A distinção entre a igreja e a obra deve ser claramente definida na mente do obreiro, especialmente com relação às questões financeiras. Se um obreiro fizer uma visita rápida a certo lugar a convite da igreja, então, é bem correto que ele receba hospitalidade dela. Mas se ficar por tempo indeterminado, deve assumir o encargo sozinho diante de Deus; doutro modo, sua fé em Deus minguará. Mesmo que um irmão voluntariamente lhe ofereça hospitalidade gratuita, esta deve ser declinada, pois a vida de fé deve ser cuidadosamente mantida.

É correto que os irmãos dêem ofertas ocasionais aos obreiros, como fizeram os filipenses para com Paulo, mas eles não devem assumir a responsabilidade por nenhum obreiro. As igrejas não tem obrigações oficiais por nenhum obreiro, e estes devem atentar para que elas não assumam tais obrigações. Deus nos permite aceitar ofertas, mas não é a Sua vontade que outros se tornem responsáveis por nós.

Ofertas de amor podem ser enviadas aos obreiros dos seus irmãos no Senhor, mas nenhum cristão devem considerar-se sob obrigação legal para com eles. Não são responsáveis nem por sua alimentação, hospedagem e despesas de viagens. A total responsabilidade financeira da obra repousa sobre os ombros daqueles a quem a obra foi comissionada por Deus

Não é digno de ser chamado servo de Deus quem não pode ser responsável pelas próprias necessidades e pela necessidades da obra a que Deus o chamou. Não é a igreja local, e sim, aquele a quem a obra foi comissionada, que deve arcar com todos os encargos financeiros ligados a ela.

(A Vida Cristã Normal da Igreja, Watchman Nee, Editora Árvore da Vida)

Campos de Boaz: colheita do que Cristo, o Boaz celestial, espalhou em Seus campos é um projeto cristão voluntário sob responsabilidade de Francisco Nunes.
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