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Cartas de Samuel Rutherford (20)

Para Hugh M’Kail [1]

Aberdeen, 5 de setembro de 1637

A Lei

Tu sabes que os homens podem receber seu doce suprimento da amarga Lei com base na graça, e de entre os sentimentos do Mediador. E esse é o caminho mais seguro do pecador, pois há, no Novo Pacto, um leito para os pecadores cansados descansarem, embora não tenha sido cama feita para Cristo nela dormir. A Lei nunca será minha sentenciadora, pela graça de Cristo. Se eu não obtiver nenhum outro bem dela (eu irei encontrar um destino suficientemente dolorido no Evangelho para me humilhar e para me derrubar), ela será, eu concordo, um amigo bom e rude para seguir um traidor até o tribunal, e apoiá-lo até que ele venha a Cristo. Nós podemos nos culpar, por fazermos com que a Lei suspire por dívidas bem pagas, a fim de nos espantar para longe de Jesus, e brigar sobre nossa própria justiça, um mundo na lua, uma quimera, e um sonho noturno do qual o orgulho é mãe e pai. Não pode haver uma alma mais humilde que a do crente; não é orgulho para um homem que está se afogando segurar-se em uma rocha.

A segurança dos crentes

Eu me regozijo que as rodas desse mundo confuso girem nas engrenagens e são dirigidas de acordo com a vontade do Senhor. De qualquer quadrante do céu que o vento sopre, ele nos levará para o Senhor. Nenhum vento pode jogar nossas velas ao mar, porque a habilidade de Cristo e a honra de Sua sabedoria são estabelecidas como penhor e como fogueiras para os passageiros do mar de que Ele os colocará, com Suas mãos, a salvo na praia, nos limites conhecidos do Pai, nossa própria terra. Meu caro irmão, não tenhas medo da cruz de Cristo. Ainda não se vê o que Cristo fará por ti quando vier o pior. Ele manterá Sua graça até que chegues a um estreito, e então trará o decretado nascimento para tua salvação (Sf 2.2). Tu és uma flecha que Ele próprio fez. Deixa-O lançar-te contra um muro de bronze, pois tua ponta será mantida íntegra.


[1] Hugh M’Kail, ministro em Irvine, Ayrshire.

 

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