Muitos cristãos ainda têm dúvidas sobre exatamente o que é Design inteligente e qual sua relação com a fé cristã. Encontrei um texto bastante direto e esclarecedor no sítio do Discovery Institute, que traduzo abaixo. Há, com certeza, bons textos em português, mas preferi este 🙂
Definição de design inteligente
O que é design inteligente?
O design inteligente refere-se a um programa de pesquisa científica bem como a uma comunidade de cientistas, filósofos e outros estudiosos que buscam evidências de design [ou seja, planejamento, projeto] na natureza. A teoria do design inteligente sustenta que certas características do universo e dos seres vivos são melhor explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo não-direcionado como a seleção natural. Por meio do estudo e da análise dos componentes de um sistema, um teórico do design é capaz de determinar se várias estruturas naturais são o produto do acaso, da lei natural, de design inteligente ou de alguma combinação destes. Essa pesquisa é realizada observando-se os tipos de informação produzida quando agentes inteligentes atuam. Os cientistas, então, buscam encontrar objetos que possuam os mesmos tipos de propriedades informativas que, sabe-se geralmente, vêm de inteligência. O design inteligente tem aplicado esses métodos científicos para detectar design em estruturas biológicas irredutivelmente complexas, o conteúdo de informação complexa e especificada no DNA, a arquitetura física do universo voltada para a manutenção da vida e a origem geologicamente rápida da diversidade biológica no registro fóssil durante a explosão cambriana, ocorrida cerca de 530 milhões de anos atrás.
Veja o verbete Desing inteligente na New World Encyclopedia.
Design inteligente é o mesmo que criacionismo?
Não. A teoria do design inteligente é simplesmente um esforço para detectar empiricamente se o “design aparente” na natureza, reconhecido por praticamente todos os biólogos, é design genuíno (o produto de uma causa inteligente) ou é simplesmente o produto de um processo não-direcionado, como uma seleção natural agindo sobre variações aleatórias. O criacionismo normalmente começa com um texto religioso e tenta ver como as descobertas da ciência podem ser conciliadas com ele. O design inteligente parte da evidência empírica da natureza e procura saber quais inferências podem ser tiradas essa prova. Ao contrário do criacionismo, a teoria científica do design inteligente não afirma que a biologia moderna pode identificar se a causa inteligente detectada pela ciência é sobrenatural.
Críticos honestos do design inteligente reconhecem a diferença entre design inteligente e criacionismo. Ronald Numbers,historiador da ciência da Universidade de Wisconsin, é crítico do design inteligente, ainda que, de acordo com a Associated Press, ele ” aceita que o rótulo criacionista é impreciso quando se trata do movimento do DI [design inteligente].” Por que, então, alguns darwinistas continuam tentando confundir o design inteligente com o criacionismo? De acordo com o dr. Numbers, é porque eles acham que tais alegações são “o modo mais fácil de desacreditar o design inteligente.” Em outras palavras, a acusação de que o design inteligente é o “criacionismo” é uma estratégia retórica por parte dos darwinistas que pretendem deslegitimar a teoria do design sem realmente lidar com o mérito de seu caso.
O design inteligente é uma teoria científica?
Sim. O método científico é comumente descrito como um processo de quatro etapas que envolve observações, hipóteses, experimentos e conclusão. O design inteligente começa com a observação de que agentes inteligentes produzem informação complexas e especificada (ICE). Teóricos de design criam a hipótese de que, se um objeto natural foi projetado, ele irá conter altos níveis de ICE. Os cientistas, em seguida, realizam testes experimentais sobre os objetos naturais a fim de determinar se eles contêm informação complexa e especificada. Uma forma facilmente testável de ICE é a complexidade irredutível, que pode ser descoberta por engenharia reversa de estruturas biológicas experimentalmente para ver se elas exigem todas as suas partes para funcionar. Quando os pesquisadores de DI encontram complexidade irredutível na biologia, concluem que tais estruturas foram projetadas.
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