William Webster
A Reforma do século 16 foi responsável por restaurar à Igreja o princípio de Sola Scriptura, um princípio que havia operado dentro da Igreja Cristã a partir do início da era pós-apostólica.
Primeiro, os apóstolos de Jesus Cristo ensinaram oralmente; entretanto, com o findar da era apostólica, toda revelação especial que Deus tencionou preservar ao homem foi reunida por escrito, nas Escrituras. Sola Scriptura é, pois, o ensino, baseado na própria Escritura, de que há somente uma revelação especial de Deus que o homem possui hoje – a.s, A Bíblia.
Logo, as Escrituras devem ser materialmente suficientes e ser, por sua própria natureza (i.e., por serem inspiradas por Deus), a autoridade final para a Igreja. Isto também implica dizer que não há porção da revelação que tenha sido preservada na forma de tradição oral, independente da Palavra escrita. Não possuímos qualquer ensino de um Apóstolo atualmente – fora das Escrituras. Somente as Escrituras, então, registram para nós o ensino apostólico e a revelação final de Deus.
O Concílio de Trento negou a suficiência da Escritura
O Concílio de Trento no décimo sexto século declarou que a revelação especial de Deus não estava contida unicamente nas Escrituras. Foi estabelecido que a revelação especial estava contida em parte na forma escrita, nas Escrituras, e em parte na tradição oral – e que, portanto, as Escrituras não eram materialmente suficientes.
Esta tem sido a visão universal dos teólogos católicos romanos ao longo dos séculos, desde o Concílio de Trento. Entretanto, é interessante observar que mesmo no círculo católico romano existe um debate hodiernamente, entre os teólogos, acerca da verdadeira natureza da Tradição. Não há um claro entendimento acerca do que vem a ser a Tradição no Catolicismo Romano, atualmente. Alguns estão concordes com a definição proposta por Trento enquanto outros a rechaçam.
Os Pais Apostólicos e os Apologistas sustentaram Sola Scriptura
A visão promovida pelo Concílio de Trento contradizia a crença e a prática da Igreja Primitiva. A Igreja sustentava o princípio de Sola Scriptura. Ela cria que toda doutrina deveria ser provada a partir da Escritura e que, se alguma prova bíblica não pudesse ser extraída, tal ensino deveria ser rejeitado.
Os Pais da Igreja Primitiva (a exemplo de Inácio, Policarpo, Clemente, Barnabé e também o Didaquê) ensinaram a doutrina cristã e defenderam o Cristianismo contra as heresias. Ao fazerem isto, porém, a única autoridade para a qual apelaram foi a Escritura. Em seus escritos, exalava o espírito do Antigo e Novo Testamentos. O mesmo se diz dos escritos de apologistas como Justino Mártir e Atenágoras. Não há qualquer apelo, em qualquer desses escritos, para a autoridade da Tradição como se esta fosse um separado e independente corpo de revelação.
Irineu e Tertuliano sustentaram Sola Scriptura
É com os escritos de Irineu e Tertuliano, na segunda metade do segundo século, que encontramos, pela primeira vez, o conceito de Tradição Apostólica (uma tradição supostamente herdada pela Igreja a partir dos apóstolos, na forma oral). A palavra “tradição” significava simplesmente ensino. Irineu e Tertuliano enfatizaram que todos os ensinos dos bispos, que eram repassados oralmente, estavam arraigados na Escritura e podiam ser provados a partir dela.
Ambos apresentam o real conteúdo doutrinário da Tradição Apostólica que era oralmente pregada nas igrejas. A partir disto, pode-se ver nitidamente que toda a sua doutrina derivava da Sagrada Escritura. Não havia doutrina à qual eles se referiam como sendo Tradição apostólica que não pudesse ser encontrada na Escritura.
Em outras palavras, a Tradição apostólica, tal como definida por Irineu e Tertuliano, era simplesmente o ensino da Escritura. Foi Irineu quem declarou que, embora os Apóstolos tenham inicialmente pregado oralmente, o ensino deles foi posteriormente posto por escrito (nas Escrituras), e que as Escrituras haviam se tornado desde aquele tempo o pilar e o fundamento da fé da Igreja. Sua exata declaração é a seguinte:
“De nada mais temos aprendido o plano de nossa salvação, senão daqueles através de quem o evangelho nos chegou, o qual eles pregaram inicialmente em público, e, em tempos mais recentes, pela vontade de Deus, nos foi legado por eles nas Escrituras, para que sejam o fundamento e pilar de nossa fé.” [1]
A Tradição, quando em referência à proclamação oral, assim como a pregação ou ensino, foi vista primordialmente como a apresentação oral da verdade escriturística, ou a codificação da verdade bíblica na expressão de credo. Não há apelo nos escritos de Irineu ou Tertuliano a uma tradição, em questões de doutrina, que não seja encontrada na Escritura.
Ao contrário, estes homens tiveram de contender com os Gnósticos, os quais foram os primeiros a asseverar e ensinar que possuíam uma tradição oral apostólica que operava independentemente da Escritura. Irineu e Tertuliano rechaçaram tal noção e apelaram somente para a Escritura na proclamação e defesa da doutrina. A historiadora da Igreja, Ellen Flessman-van Leer confirma este fato:
“Para Tertuliano, a Escritura é o único meio para refutar ou validar uma doutrina quanto ao seu conteúdo… Para Irineu, a doutrina da Igreja certamente nunca é meramente tradicional; ao contrário, a noção de que poderia haver alguma verdade transmitida exclusivamente de viva voz (oralmente) é a linha de pensamento Gnóstica … Se Irineu quer provar a veracidade de uma doutrina materialmente, ele recorre à Escritura, porquanto, através dela, o ensino dos apóstolos está objetivamente acessível. A prova da tradição e da Escritura serve para um e o mesmo fim: identificar o ensino da Igreja como o ensino apostólico original. O primeiro estabelece que o ensino da Igreja é aquele ensino apostólico, e o segundo, o que este ensino apostólico de fato é”. [2]
A Bíblia era a autoridade final para a Igreja Primitiva. Era materialmente suficiente e o árbitro final em todas as matérias de verdade doutrinária, assim como J.N.D.Kelly assinala:
“A mais clara demonstração do prestígio que as Escrituras gozavam é o fato de que quase todos os esforços teológicos dos Pais, quer pretendessem ser polêmicos ou construtivos, foram dirigidos à exposição da Bíblia. Ademais, de todos era bem sabido que, para que qualquer doutrina obtivesse aceitação, primeiramente dever-se-ia estabelecer a sua base escriturística”. [3]
Heiko Oberman comenta acerca do relacionamento entre Escritura e Tradição na Igreja Primitiva:
“Para a Igreja Primitiva, a Escritura e a Tradição não eram mutuamente exclusivas em nenhum sentido: kerigma (a mensagem do evangelho), Escritura e Tradição coincidiam completamente. A Igreja pregava o kerygma, que se achava in totum na forma escrita nos livros canônicos. A tradição não era entendida como uma adição ao kerygma contido na Escritura, mas como uma forma de repassar o mesmo kerygma em forma viva; em outras palavras, tudo era encontrado na Escritura e ao mesmo tempo tudo era uma tradição viva”. [4]
Cirilo de Jerusalém sustentou Sola Scriptura
O fato de que a Igreja Primitiva era fiel ao princípio de Sola Scriptura é claramente visto a partir dos escritos de Cirilo de Jerusalém (o bispo de Jerusalém na metade do século IV). Ele é o autor do que é conhecido como Discursos Catequéticos.
Esta obra é uma extensiva série de discursos repassados a novos crentes expondo as principais doutrinas da fé. Não há, de fato, nenhum apelo em todos os Discursos a uma Tradição apostólica que seja independente da Escritura.
Ele declarou em termos explícitos que, caso apresentasse qualquer ensino àqueles catecúmenos que não pudesse ser validado pela Escritura, deveriam rejeitá-lo. Este fato confirma que sua autoridade como um bispo estava sujeita à sua conformidade diante das Escrituras em seu ensino. O fragmento seguinte é algo de sua declaração acerca da autoridade final da Escrituras diante daqueles discursos.
“Que este selo permaneça sempre em tua mente, o qual foi agora, por meio do sumário, colocado em teu coração e que, se o Senhor o permitir, daqui em diante, será elaborado de acordo com nossas forças por provas da Escritura. Porque, concernente aos divinos e sagrados Mistérios da Fé, é nosso dever não fazer nem a mais insignificante observação sem submetê-la às Sagradas Escrituras, nem sermos desviados por meras probabilidades e artifícios de argumentos. Não acreditem em mim porque eu vos digo estas coisas, a menos que recebam das Sagradas Escrituras a prova do que vos é apresentado: porque esta salvação, a qual temos pela nossa fé, não nos advém de arrazoados engenhosos, mas da prova das Sagradas Escrituras”. [5]
“Mas enquanto avanças naquilo que estudas e professas, agarra-te e sustentes apenas a esta fé, que pela Igreja é entregue a ti e é estabelecida a partir de toda Escritura. Por nem todos poderem ler a Escritura, sendo uns por ignorância e outros pelos negócios da vida, o conhecimento da mesma está fora do alcance deles; assim, a fim de que suas almas não pereçam por carecerem de instrução, por meio dos Artigos, que são poucos, procuramos abranger toda a doutrina da Fé […] E para o presente momento, confiamos a Fé à memória, meramente atentando às palavras; esperando, porém, que, no tempo oportuno, possa-se provar cada um destes Artigos de Fé pelas Divinas Escrituras. Pois os artigos de Fé não foram compostos ao bel-prazer dos homens: antes, os mais importantes pontos dela foram selecionados a partir de todas as Escrituras, forjando o único ensino da Fé. E, como a semente de mostarda em seu pequeno grão contém muitos ramos, assim também esta Fé, em umas poucas palavras, tem abrangido em seu seio o pleno conhecimento da piedade contido em ambos, Antigo e Novo Testamentos. Diante disso, irmãos, observem e sustentem as tradições que agora recebem, e escrevei-as sobre a tábua de vossos corações”. [6]
Observe que, na passagem, Cirilo declara que os catecúmenos estão recebendo a tradição, e ele os exorta a que sustentem as tradições que ora recebem. Não obstante, a partir de qual fonte esta tradição derivava? Obviamente ela derivava das Escrituras, as quais são aquele ensino ou tradição ou revelação de Deus, que foi entregue aos Apóstolos e repassado à Igreja, e que agora nos está acessível apenas na Escritura.
É significativo que Cirilo de Jerusalém, que está comunicando a inteireza da fé àqueles crentes, não faça nem mesmo um apelo para uma tradição oral a fim de basear seus ensinos. A plenitude da fé está baseada sobre a Escritura e a Escritura somente.
Gregório de Nissa sustentou Sola Scriptura
Gregório de Nissa também enunciou este princípio. Ele declarou:
“A generalidade dos homens ainda flutua em suas opiniões acerca disto, as quais são tão errôneas como eles são numerosos. Quanto a nós, se a filosofia gentílica, que trata metodicamente todos estes pontos, fosse realmente adequada para uma demonstração, com certeza seria supérfluo adicionar uma discussão acerca da alma a tais especulações. Mas ainda que tais especulações procedessem, no que se refere ao assunto da alma, avançando tanto quanto satisfizessem ao pensador na direção das conseqüências já antevistas, nós não estamos autorizados para tomar tal licença – refiro-me a sustentar algo meramente por que nos satisfaz; pelo contrário, nós fazemos com que as Sagradas Escrituras sejam a regra e a medida de cada postulado; nós necessariamente fixamos nossos olhos sobre isto, e aprovamos somente aquilo que se harmoniza com o sentido de tais escritos”. [7]
A Igreja Primitiva operou sobre a base de Sola Scriptura
Estas citações anteriores são simplesmente representativas da Igreja dos primeiros pais como um todo. Cipriano, Orígenes, Hipólito, Atanásio, Firmiliano e Agostinho são apenas alguns dos que poderiam ser citados como proponentes do princípio de Sola Scriptura em adição a Tertuliano, Irineu, Cirilo e Gregório de Nissa. A Igreja Primitiva operou sobre a base do princípio de Sola Scriptura. E foi este princípio histórico que, com efeito, os Reformadores tencionavam restaurar à Igreja. O uso extensivo da Escritura pelos pais da Igreja Primitiva desde o início é observado nos seguintes fatos:
Irineu: Conheceu a Policarpo, que foi discípulo do Apóstolo João. Viveu entre 130 e 202 d.C. Citou 24 dos 27 livros do Novo Testamento, tomando mais de mil e oitocentas citações somente do Novo Testamento.
Clemente de Alexandria: Viveu entre 150 e 215 d.C. Citou todos os livros do Novo Testamento, exceto Filemom, Tiago e a Segunda Epístola de Pedro. Ele faz cerca de duas mil e quatrocentas citações do Novo Testamento.
Tertuliano: Ele viveu entre 160 e 220 d.C. Fez cerca de sete mil e duzentas citações do Novo Testamento.
Orígenes: Ele viveu 185 e 254 d.C., tendo sucedido a Clemente de Alexandria na escola Catequética em Alexandria. Fez aproximadamente dezoito mil citações do Novo Testamento.
Ao fim do terceiro século, a inteireza do NT poderia ser virtualmente reconstruída a partir dos escritos dos Pais da Igreja.
Costumes e Práticas como Tradição Oral Apostólica
É verdade que a Igreja Primitiva também sustentava o conceito de tradição em referência a alguns costumes e práticas eclesiásticas. Cria-se, muito freqüentemente, que certas práticas haviam realmente sido herdadas dos Apóstolos, mesmo que elas não pudessem ser validadas a partir das Escrituras. Estas práticas, contudo, não envolviam as doutrinas de fé e eram, por vezes, contraditórias entre diferentes seguimentos da Igreja.
Um exemplo disto é encontrado já no começo do segundo século, na controvérsia acerca de quando celebrar a Páscoa. Certas Igrejas celebravam em um dia diferente daquelas do Ocidente, mas cada uma reivindicava que sua prática particular foi herdada diretamente a partir dos apóstolos. Na realidade, isto levou ao conflito com o Bispo de Roma, o qual exigia que os bispos do Oriente se submetessem à prática do Ocidente. Mas eles recusaram-se a fazê-lo, por crerem firmemente que estavam aderindo a uma Tradição apostólica.
Quem estava correto? Não há maneira de determinar isto, se é que alguma dessas práticas tinha, verdadeiramente, origem apostólica. É interessante notar, contudo, que um dos proponentes da visão do Oriente foi Policarpo, que foi um discípulo do apóstolo João. Há outros exemplos desta espécie de reivindicação na história da Igreja. Mas, apenas pelo fato de certos Pais afirmarem que uma determinada prática é de origem apostólica, não significa necessariamente que seja. Significa simplesmente que eles assim o criam. Não existe, porém, um modo de verificar se, de fato, trata-se de uma tradição dos Apóstolos.
Houve numerosas práticas nas quais a Igreja Primitiva se engajou por crer que eram de origem apostólica (enumeradas por Basílio, o Grande), mas que ninguém as pratica hodiernamente. Diante disso, está claro que tais apelos para a Tradição oral apostólica – em referência a costumes e práticas – são carentes de algum significado.
As reivindicações da Igreja Católica acerca da Tradição como uma autoridade não são válidas
A Igreja Católica Romana afirma possuir uma Tradição oral apostólica que é independente da Escritura, e que é obrigatória a todos os homens. Para tal reivindicação, apela-se à declaração de Paulo em 2 Tessalonicenses 2.15: “Por isso, irmãos, firmem-se e retenham as tradições que receberam, quer seja por palavra quer seja por epístola nossa”.
Roma assegura que, pelo ensino de Paulo nesta passagem, Sola Scriptura é falso, posto que o apóstolo deixou ensinos aos Tessalonicenses em ambas as formas, oral e escrita. Entretanto, o que há de interessante em tais afirmações é que os apologistas romanos jamais documentam as doutrinas específicas a que Paulo estava se referindo, e que eles reivindicam possuir e ser autoritativa a todos os homens. Desde Francisco de Sales até os escritos de Karl Keating e Robert Sungenis, existe uma ausência muito notória de documentação acerca das doutrinas específicas às quais Paulo estava se referindo.
Sungenis editou recentemente uma obra em defesa do ensino católico romano acerca da tradição, intitulada de Not By Scripture Alone; que pretendia ser uma refutação definitiva ao ensino protestante de Sola Scriptura. Seu livro possui 627 páginas. Contudo, nem mesmo uma vez, no livro inteiro, o autor define o conteúdo doutrinário desta suposta Tradição apostólica que é autoritativa a todos os homens! Ainda assim, se nos afirma que ela existe, que a Igreja Católica a possui, e que nós somos obrigados, portanto, a nos submeter, porque somente esta Igreja possui a plenitude da revelação de Deus a partir dos Apóstolos.
O que Sungenis e outros autores católicos romanos falham em definir é o conteúdo e as doutrinas específicas da suposta “tradição apostólica”. E razão pela qual eles não nos revelam isto é simplesmente porque ela não existe. Se tais tradições existissem e fossem algo de importância, por que Cirilo de Jerusalém não as mencionaria em seus Discursos Catequéticos?
Desafiamos a quem quer que seja a listar-nos as doutrinas das quais Paulo se refere em 2 Tessalonicenses 2.15, e que ele diz aos tessalonicenses que lhes foram entregues oralmente. Afinal, a única revelação especial que o homem possui hodiernamente de Deus é aquela que os Apóstolos deixaram por escrito, nas Escrituras Sagradas.
Estas eram a crença e a prática da Igreja Primitiva. Este mesmo princípio foi aderido pelos Reformadores. Eles buscaram restaurá-lo à Igreja, após a corrupção doutrinária que se havia infiltrado através da porta da tradição.
O ensino de um corpo separado de revelação apostólica conhecido como Tradição, de natureza oral, não foi originada com a Igreja Cristã, mas, sim, com o Gnosticismo. Foi uma tentativa dos Gnósticos de amparar a sua autoridade pela asseveração de que as Escrituras não eram suficientes. Eles afirmavam que possuíam a plenitude da revelação Apostólica porque não detinham apenas a revelação dos Apóstolos nas Escrituras, mas também, a tradição oral dos mesmos e, adicionalmente, a chave para interpretar e entender esta revelação.
Tal como os Pais da Igreja Primitiva repudiaram aqueles ensinos e reivindicações confiando e apelando exclusivamente para as Sagradas Escrituras, assim também devemos fazer.
“Minhas ovelhas ouvem a minha voz e eu as conheço, e elas me seguem” (João 10.27).
Notas do Autor
[1] Alexander Roberts and James Donaldson, editors, Ante-Nicene Fathers (Peabody: Hendriksen, 1995) Vol. 1, Irenaeus, “Against Heresies” 3.1.1, p. 414.
[2] Ellen Flessman-van Leer, Tradition and Scripture in the Early Church (Assen: Van Gorcum, 1953) pp. 184, 133, 144.
[3] J. N. D. Kelly, Early Christian Doctrines (San Francisco: Harper & Row, 1978), pp. 42, 46.
[4] Heiko Oberman, The Harvest of Medieval Theology (Cambridge: Harvard University, 1963), p. 366.
[5] A Library of the Fathers of the Holy Catholic Church (Oxford: Parker, 1845), “The Catechetical Lectures of S. Cyril” Lecture 4.17.
[6] Ibid., Lecture 5.12.
[7] Philip Schaff and Henry Wace, editors, Nicene and Post-Nicene Fathers (Peabody: Hendriksen, 1995) Second Series: Volume V, Gregory of Nyssa: Dogmatic Treatises, “On the Soul and the Resurrection”, p. 439.
Fonte: Site da Equipe Em Espírito
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