Alexandre Rodrigues
O Natal sempre foi e ainda é uma data importante no calendário mágico dos adoradores dos espíritos da natureza (demônios).
O argumento de que estavam “tirando a glória do deus pagão e dando esta glória a Cristo” é um argumento muito antigo…
Imaginem vocês a repercussão daquele dia lá pelo 4º século da era cristã quando o poderoso imperador de Roma, Constantino, declarou legalizada a religião romana ou, pior ainda, imagine quando mais o imperador de Roma, Justiniano, declarou a religião cristã a religião oficial do Estado Romano…
Imaginem só o que aconteceu com os belos e esplêndidos templos greco-romanos? Viraram templos “igrejas” cristãs, santuários da fé, casas de oração…
Mas e as bonitas estátuas de dianas, apolos e jupiteres?
Viraram estátuas das virgens santas, de varões da fé, pedros, paulos e mártires…
Tudo para “maior glória de Deus”.
De fato ainda hoje na Europa existem santuários e “igrejinhas” católicas onde ainda pode-se ver curiosas estátuas representando “relações sexuais entre ninfas e faunos”, tem lá representações fálicas (quem não conhece a palavra, por favor, confira no dicionário)…
Agora, o problema, é que não estamos, na verdade, muito reocupados com “a verdade”…Somos consumistas e vivemos o “aqui e o agora”, se estou “curtindo” e “fico feliz” e “me sinto bem” toco em frente e vou lá encher minha casa de pinheirinhos, bolinhas coloridas, bolotas ou pinhas, papais noeis vermelhos com seus duendes em seu carro puxado por “renas voadoras”… E vou ai aceitando uma dezena de “costumes das nações”, coisas ridiculas que nada tiveram a ver com o nascimento de Jesus e digo que estou comemorando…
Seria como se minha esposa e filhos resolvessem comemorar meu aniversário e fizessem todo ano uma festa num dia em que eu não nasci e usassem fantasias havaianas, ovos coloridos russos, bonecos esquimós e o personagem principal para meus filhos é um velhinho bosquimano caçador de sonhos, ou seja, um tipo de pajé ou um tipo de feiticeiro africano com vestes tipicas…E ainda querem que eu me sinta honrado e me sinta a vontade…
Quem estudar um pouco sobre culturas e datas importantes ligadas aos cultos pagãos vai descobrir que 25 de dezembro é comemorado o “renascimento da luz” porque é a noite mais longa do ano, no hemisfério norte (http://paginasesotericas.tripod.com/solsticioseequinocios.htm) e era muito dificil convencer os adoradores da natureza a deixarem passar em branco um dia sagrado como aquele. O imperador romano e o clero católico tinham duas opções: forçar os pagão a não saírem aos campos para cultuar com festas aquela data ou “cristianizar” a data, ou seja, a escolha da data do Natal, não foi livre, não foi soberana e nem tampouco foi determinada por Deus.
Fica a pergunta: Deus se agrada de obediência a ele ou nos dá liberdade de ficar inventando datas e festas em homenagem a ele?
Ele é Deus de confusão?
Tabernáculo, Templo, datas e festas do AT não eram todas detalhadamente reveladas e estabelecidas por Deus através de Moisés e dos profetas?
Se você conferir as datas de festas católicas verá que muitas delas, se não todas, são datas pagãs em que pagãos continuam ocultamente com sua religião particular de adoração a natureza e a demônios. A mais evidente talvez seja o dia de finados, dia dos mortos, 2 de novembro, mesma data em que pagãos cultuavam também os mortos e iam se encontrar com demônios e espiritos da natureza… Que necessidade havia de o catolicismo instituir um “dia dos mortos”? Era a exigência e a imposição dos adoradores de demônios e o clero católico mais uma vez cedeu à pressão…
Como disse não fico criticando as pessoas que comemoram o Natal, apenas não comemoro bem como não comemoram o Natal inúmeros outros cristãos, e explico minhas razões para quem me pergunta… [E eu, Francisco, não o comemoro pelas mesmas razões.]
Enfim a comemoração do aniversário de nascimento de Jesus de um ponto de vista estritamente bíblico é ridicula. João escreveu seu evangelho e últimas epístolas uns 60 anos após a morte e ressurreição de Jesus e não menciona nem de longe tal costume, ou seja, os primeiros cristãos jamais se preocuparam em comemorar a data do nascimento de Jesus até que veio o imperador Constantino e quis dar uma desculpe para manter a festa de seu deus Sol, Mithra chamada Natalis Solis Invictus (nascimento do Sol invencível).
Reis e imperadores idólatras é que gostam de festa de aniversário.
Na Bíblia só se menciona duas festas de aniversário, uma no AT e outra no NT.
Uma é a festa de aniversário de Faraó quando José estava na prisão.
Outra é a festa de aniversário do rei Herodes quando João Batista estava na prisão.
Na festa de Faraó morreu o padeiro do rei condenado a ser enforcado.
Na festa de Herodes foi cortada a cabeça de João Batista e apresentada numa bandeja de prata.
Quem lê entenda…
“Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis vos dedicar? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco” (Gl 4.9-11).
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