Existe um tempo, não sabemos quando,
Um ponto, não sabemos onde,
Que marca o destino dos homens,
Para glória ou desgraça.
Existe uma linha a nós invisível,
Que cruza cada caminho;
O limite misterioso entre
A paciência e a ira de Deus.
Passar este limite é morrer,
Morrer como se em segredo:
Ele não apagasse o olhar que brilha,
Nem empalidecesse a saúde que incandesce.
A consciência pode estar todavia tranqüila,
O espírito leve e alegre;
Naquele que pensa estar agradando,
E nem cuida ser arremessado para longe.
Mas sobre esta testa, Deus tem colocado
Permanentemente uma marca
Invisível ao homem, porque o homem ainda
É cego e corre na escuridão.
E ainda que o caminho do homem condenado
Como o Éden possa ter florido;
Ele não sabia, nem sabe, nem saberá,
Nem sente que está condenado.
Ele pensa e sente que tudo está bem,
E cada medo é tranqüilizado;
Ele vive, morre, acorda no inferno,
Não somente condenado mas desaprovado.
Ó, onde está Tua misteriosa linha,
A qual nosso caminho cruza,
Além da qual o próprio Deus tem jurado,
Estar perdido quem dela passar?
Até onde podemos viver pecando?
Quanto Deus tolerará?
Quando a esperança termina? E onde começam
Os confins do desespero?
Uma resposta dos céus é enviada:
“Tu que te desvias de Deus
Enquanto és chamado, hoje, Arrepende-te!
E não endureças o teu coração.”
(C. H. Spurgeon)
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