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Gotas de orvalho (363)
Tudo está seguro quando o confiamos a Deus, e nada está realmente seguro se não for confiado desse modo.
(A. W. Tozer)
Nós sabemos coisas sobre Deus, mas nosso problema real é nossa ignorância quanto ao próprio Deus: o que Ele realmente é, e o que Ele é para Seu povo.
(Martyn Lloyd-Jones)
A vontade do homem sem a graça de Deus não é absolutamente livre, mas é prisioneira e escrava permanente do mal, pois ela não pode ser voltar para o bem.
(Martinho Lutero)
O fogo da aflição revela a qualidade de nossa fé.
(João Calvino)
A carne é um inimigo astuto: ela mata abraçando.
(Thomas Watson)
Há pecado até em nossa santidade; há incredulidade em nossa fé; há ódio em nosso amor; há lama da serpente na mais bela flor do nosso jardim.
(Charles Spurgeon)
Se ficasse por conta dos pecadores, totalmente depravados como são, a iniciativa de reagir com fé, por sua própria vontade, ao evangelho, nenhum deles tomaria essa iniciativa.
(R. B. Kuiper)
Não é possível tornar o inferno atraente; então, o diabo torna atraente o caminho que leva até lá.
(Basílio Magno)
No meio de um longo e duro combate, serei muito estúpido se subestimar meus inimigos. Existem muitos, mas todos servem sob as ordens de uma tríade de comandantes perversos.
1. “Se alguém ama o mundo”, escreve João, “o amor do Pai não está nele” (1Jo 2.15). O mundo é meu inimigo jurado e constante – um inimigo muito perigoso, pois ele alega ser algo tão diferente: o melhor dos companheiros e o mais fiel dos amigos.
Eu preciso entender minha posição nos negócios deste mundo, e isso com prudência. Mas é grande o risco dele absorver meus pensamentos dia e noite! Se isso acontecer, eu me tornarei egoísta, materialista (não espiritual) e mundano.
Preciso conhecer a literatura do mundo, e muito dessa literatura é bela e boa. Mas minha tendência é dar-lhe atenção exagerada, e esquecer a livraria divina que o dedo de Deus escreveu.
Eu preciso envolver-me com os cidadãos do mundo, e muitos deles são dignos de amar e encantadores. Mas, quando eu os valorizo demais, eles me separam do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
2. “O diabo, vosso adversário”, escreve Pedro (1Pd 5.8). Eis aqui outro antagonista poderoso. O acusador dos irmãos anda à espreita, invisível e mal-intencionado, conspirando sem parar contra mim! Eu não devo nunca despir minha armadura espiritual.
3. “A carne cobiça [milita] contra o Espírito”, escreve Paulo (Gl 5.17). Afinal, meus inimigos mais sutis e fortes estão dentro de mim mesmo! O velho pecado volta, tentando conquistar o governo outra vez. E há em mim muita coisa que gosta dele e lhe sai ao encontro para abraçá-lo. É aí que reside, na verdade, meu maior perigo – essa é a armadilha mais mortal!
“Miserável homem que eu sou!” Faço eco ao grito de outrora: “Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Sim, meus piores inimigos estão entrincheirados dentro da cidadela de Almahumana,¹ dentro do meu próprio coração!
“Meus Deus, eu não tenho força nenhuma contra esses inimigos, nem sei o que devo fazer! Mas meus olhos estão fixos em Ti!”
“Ora, Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória, ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora e para todo o sempre. Amém!” (Jd 24,25).
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¹ Referência ao livro de John Bunyan As guerras da famosa cidade de Almahumana. Ele é também autor de O peregrino.