(Notas1 de uma mensagem proferida por Austin-Sparks na Conferência de dezembro)
Publicado pela primeira vez na revista A Witness and A Testimony, abril de 1927, Vol 5-4.
“Glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti […] Para que vejam a minha glória que me deste: porque tu me amaste antes da fundação do mundo […] E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado” (Jo 17.1,24,10).
“Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu, que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei” (Jo 12.28).
“O zelo da tua casa me devorará” (Jo 2.17).
“Jesus Cristo, filho de Davi” (Mt 1.1).
“E há de ser que, quando forem cumpridos os teus dias, para ires a teus pais, suscitarei a tua descendência depois de ti, um dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. Este me edificará casa; e eu confirmarei o seu trono para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e a minha benignidade não retirarei dele, como a tirei daquele que foi antes de ti” (1Cr 17.11-13).
“Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei; e mais uma vez: Eu lhe serei Pai, e ele será para mim um Filho?” (Hb 1.5).
Salomão tornou-se um tipo de Cristo ao construir a casa e ao ter um trono. Lembre-se sempre de que a casa e o trono são combinados em Cristo. O templo espiritual, ou Igreja, e a soberania de Cristo entronizado e eterno: essas duas coisas sempre andam juntas. Em 2Crônicas 6 lê-se que Salomão construiu seu templo e dedicou-o ao Senhor, e em sua oração ele pede que (o Senhor tinha dito que Seu nome estaria lá) sempre que a oração fosse dirigida àquela Casa e qualquer homem, em qualquer parte da terra, se voltasse para lá com olhos de desejo e fome espirituais, pois o nome do Senhor estava lá, que esse homem percebesse a bondade amorosa do Senhor e experimentasse o poder do Senhor e libertação. Você verá, sem que eu precise apontar isso, muito naturalmente, a associação de três coisas nessas passagens:
A casa, o nome, a glória
“O zelo da tua casa me devorará”, disse Aquele que construiu uma casa mais gloriosa do que a de Salomão, um templo mais maravilhoso do que aquele que maravilhou a rainha de Sabá por sua beleza incrível. “Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (Hb 3.6). Sobre a casa, que é mais familiarmente conhecida por nós como a Igreja, que é Seu Corpo, está Seu nome. E o nome é o objeto da glória: “Pai, glorifica o Teu Nome” (Jo 12.28). Você pode conectar essas coisas mais plenamente, mas tomamos a sugestão inclusiva delas na mensagem desta noite: que, de eternidade a eternidade, o objeto e a base da glória de Deus é Seu nome. E essa glória, por causa do nome, deve ser revelada e manifestada na Casa sobre a qual repousa o nome. Perceba o resumo proposto:
A glória antes dos tempos eternos e a glória encarnada
Agora coloque essas duas coisas juntas: “O zelo da tua casa me devorará”. Não é notável que imediatamente associado [à declaração “Manifestou a sua glória” (Jo 2.11)]2 haja esta declaração: “O zelo da tua casa me devorará” após os fariseus dizerem: “Dê-nos um sinal, nos mostre Suas credenciais: qual é Sua autoridade para fazer isto: usar essas cordas e expulsar do templo os que compram e vendem? Dê-nos um sinal de autoridade para fazer isso.” Isso foi perguntado na base deste dito: “O zelo da tua casa me devorará.” A resposta de Jesus foi: “Destruam este templo, e em três dias eu o levantarei”, falando a respeito de Seu corpo. A vindicação da soberania de Cristo está no corpo da ressurreição, no triunfo sobre a morte no corpo da ressurreição. E quando você chega ao terreno da ressurreição e fala sobre o Corpo, sempre lembre que – tanto quanto este mundo está em vista para propósitos presentes, e além deles, é claro, mas imediatamente para propósitos presentes – corpo é um Corpo coletivo, composto por todos os que foram unidos a Cristo na vida de ressurreição. Lembre-se de 1Coríntios 10:11.
Em primeiro lugar, o versículo 16: “O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?” Este é o pão que representa inclusivamente Cristo e Seus membros como um pão.
Em 11.24 lemos: “Isto é o meu corpo que é partido por vós”.
Agora, aqui você tem esse fato de que Ele imediatamente se refere a Sua ressurreição corporal corporativamente como a vindicação de Suas atividades e do estabelecimento de Sua soberania. “Destruam esse santuário, esse lugar de morada divina, e em três dias Eu o levantarei. Este é Meu sinal e esta é Minha vindicação: o Santuário de ressurreição, o Corpo de Cristo.” Deus vindica Cristo, justifica-O, e sobre aquele Corpo Seu nome repousa. Como o nome do Senhor simbolicamente pousou sobre o templo de Salomão, assim o Nome em realidade repouso sobre esse Corpo de ressurreição, e o nome é a base da glória divina. “Glorifica o Teu Nome.”
Se tivéssemos tempo e estivéssemos dispostos, poderíamos percorrer a Palavra e seguir as frases “o nome do Senhor” ou “Meu nome” ou “Meu santo nome”. Encontraríamos muita luz lançada sobre isto: que a única coisa sobre a qual Deus é ciumento é Seu nome, e é na sustentação de Seu nome que Ele mostra Sua Glória.
Tudo isso é básico. Acho que está perfeitamente claro, mas isso nos leva de volta para o princípio de coisas que tiveram início antes dos tempos eternos3. Lembremo-nos de que o nome não representa necessariamente um título humano. É aquele valor intrínseco que é consagrado dentro do mome do Senhor. Senhor: é o que o nome representa. Weymouth4 dá uma tradução esplêndida que nos ajuda aqui. Ao traduzir a expressão “nome que é sobre todo o nome” (Fp 2.9), ele verte: “Título de soberania acima de qualquer título de soberania”. Para fins de definição, eu faria uma melhoria e diria: “O título para soberania acima de todos os títulos para soberania”, pois é aí que você começa. Você percebe que foi o título da soberania suprema e todo-inclusiva e indivisível no Universo que foi atacado, vituperado. Ele foi atacado no céu. A igualdade do Filho com o Pai no título de soberania foi – como tantas vezes dissemos – desafiado e atacado por alguém que buscou ter a mesma igualdade – o ser igual a Deus – e, assim, entrar e dividir e ocupar um lugar ao qual não tinha direito, e tomar esse nome para si mesmo ilegalmente, para ser adorado como Deus. Seu último esforço todo-inclusivo será buscado no Templo de Deus ao ser adorado como Deus no anticristo.
Quando digo todo-inclusivo, quero dizer que ele vai reunir todas as formas ao longo dos séculos de sua tentativa de conseguir a posse. Toda forma em que ele veio ao longo dos tempos, em diferentes épocas e lugares, para tomar o lugar de Deus na raça humana e capturá-la para si mesmo. Nos deuses dos egípcios, você tem a coisa por trás de um sistema com toda sua parafernália. Na adoração cananéia, você tem um sistema de demonologia, a adoração de demônios e o rito de iniciação de passar pelo fogo. Esse aspirante à posição do Filho de Deus tem procurado capturar a raça humana, e no anticristo você vai ver que todos esses métodos são somados, em espiritismo e culto ao demônio, velado, coberto e glorificado, tanto quanto ele pode revesti-las com as coisas que capturarão a imaginação e a alma do homem, e ele será adorado como Deus. Contra o nome do Senhor essa coisa foi organizada e projetada e afirmada.
O título para a soberania por parte do Filho é o que o nome representa, e é para a santificação desse nome que o Filho saiu do seio do Pai, e entrou nessa tremenda obra e, por meio de Sua cruz, ganhou por herança um nome mais excelente que anjo e arcanjo, e esse nome é o símbolo de Sua justa autoridade e soberania no universo, nos céus e na terra. É o que Deus deseja glorificar, e o diabo deseja caluniar.
Agora talvez você entenda, se olhar para esse assunto sob essa luz, por que é que cada armadilha e laço e recurso diabólico está instituído e é contra aqueles que levam o nome do Senhor, pois, amados, temos de cumprir o que ninguém mais tem para fazê-lo nesses esforços do adversário, simplesmente porque o Nome está sobre nós, para caluniar e desantificar esse nome em nós e por meio de nós. Na medida em que o Senhor determinou que Seu nome deveria repousar sobre uma casa espiritual, um templo não feito por mãos, e que esse nome será a única coisa que Ele fará glorioso na casa, por meio da casa e para a casa, assim, no mesmo grau e medida, o adversário determinou, se puder, por qualquer meio desonrar o Nome que está sobre nós conforme o sustentamos, e cada vez que ele ganha uma vantagem sobre nós, ele é capaz de, em algum grau, de macular o nome e, portanto, roubar de Deus a glória. Então, a glória de Deus está envolta com a santificação do Nome. O objetivo do Senhor é trazer um povo para Seu nome, que seja consumido com o zelo de Sua casa e que, ao mesmo tempo, seja enviado daquela casa: “Pelo seu Nome saíram” (3Jo 7).
Naqueles primeiros dias, o Senhor sempre glorificou o Nome conforme ele era usado corporativamente contra as tentativas do adversário de assumir a soberania e desafiar a autoridade divina. Onde quer que iam os homens sobre para quem o nome descansava, o inimigo se opunha ao nome e Deus vindicava o nome. Em seu ato de testemunha e testemunho para sua identificação com Cristo, o nome do Senhor era invocado sobre eles. Tiago diz: “Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?” (Tg 2.7; cf. Dt 28.10; At 15.17). O nome não é apenas um rótulo; é um título ou direito e, por fim, a confissão universal deverá ser feita do direito a reinar.
Então, o Senhor diz, a fim de que ele não seja caluniado, para que não haja nenhum motivo para que ele seja profanado: “Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade” (2Tm 2.19). Pois, imediatamente, se você tomar esse nome e a iniqüidade for encontrada em você, o nome é profanado e desonrado e a glória é presa, pois há terreno sobre o qual o inimigo pode operar para destruir as obras do Senhor.
Eu posso ver em tudo isso uma explicação para os assaltos do inimigo contra o Corpo de Cristo e seus membros, em particular. Como se tem dito muitas vezes a você, isso não é simplesmente por causa de sua importância individual ou de minha importância individual. Nós não contamos para nada em nós mesmos, mas é porque o santo Nome tem sido invocado sobre nós que nos tornamos, fora da eternidade, o objeto de interesse e da malícia do inimigo. Antes dos tempos eternos, mas começando em um plano muito mais elevado do que nós mesmos, do que a raça humana, ele começou contra o próprio Filho de Deus, que carregava o nome, o título de soberania igual a Deus.
E isso, amados, por outro lado, é o motivo para nossa permanência firme e recusa, não importa o que custar, de ceder à pressão do inimigo e cair. Não podemos, por causa do nome, falhar com o Senhor. Não podemos ceder porque esse nome está sobre nós. Não podemos desonrar esse nome por dar lugar ao inimigo sob sua pressão. O motivo é o Nome; por causa do Nome devemos permanecer firmes. Assim, a glória de Deus vai se manifestar onde Seu nome está, e a glória, sem dúvida, é mais ampliada pela intensidade dos ataques do adversário sobre nós, se permanecermos no poder do Nome. Cristo, como sabemos, era o centro dos ataques e assaltos. Todo o inferno se jogou sobre Ele por ser quem Ele era e o que era, mas, na presença do ataque mais cruel do inferno, como veio sobre Ele imediatamente sob a sombra do Getsêmani e da cruz, Ele disse: “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome.” Então, o Pai respondeu: “Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei” (Jo 12.27,28).
Amados, creiam nisto: a hora do ataque mais feroz e terrível ao Nome pode ser a hora em que ele é mais glorificado. Quando você sente que todo o inferno se abriu para engoli-lo, então, o Senhor é mais glorificado. Conhecemos que é assim: na hora da mais terrível e profunda angústia por causa da pressão, temos apelado para a honra desse Nome, e o Senhor tem vindo e sido glorificado naquela hora – naquela hora!, em que a cruz estava sendo compartilhada em seu significado mais profundo, Ele veio e foi glorificado no que Ele tem feito.
O Senhor é muito zeloso de Seu nome, pela santificação de Seu nome5. Ele disse: “Vós orareis” – não dizer essa oração – “assim”, mas orar desta maneira, de acordo com estas leis eternas: “Pai, santificado seja o teu nome”. Essa é a busca, essa é a luta de oração, que é a questão no campo de batalha de oração: a santificação do Nome em uma esfera na qual o adversário está tentando profaná-lo. E acreditem em mim, amados: somos chamados para a luta e o fogo, para o conflito, para o próprio sangue de Cristo e para a angústia de Cristo em benefício do Nome. Estamos nessa coisa por causa do Nome, estamos sendo batizados6 na honra do Nome. Honrar o Nome nesta era é uma tarefa tremenda, você sabe disso. Você reconhece que ele está registrado em sua vida, você sabe que de centenas de maneiras todos os dias o Nome pode ser facilmente profanado. Oh!, as armadilhas – nunca poderemos mencionar todas elas. Não podemos catalogar as armadilhas que o diabo põe para o povo de Deus. Se ele conseguir tão-somente obter uma aliança profana, alguma pequena ligação carnal, algum movimento por mesmos na força da carne, algo que ele possa fazer-nos dizer ou fazer de qualquer forma que seja, se ele conseguir tocar no Nome que carregamos, o Nome será profanado e desonrado.
Esse é, portanto, o clamor pela santificação do Nome pela santificação de nós mesmos, os que carregam o Nome, a consagração de nossa vida aos interesses daquele Nome, para que Deus seja glorificado onde Seu nome for honrado. A vida tem de ser ajustada pela graça de Deus mediante a cruz – o cortar fora a carne – para a santificação desse nome, e você aparece em Sua presença por causa do Nome que está entre nós. Ser santificado! “Santificai-vos”, e há apenas um meio de santificação: a cruz.
A cruz é o meio de santificação, e, portanto, o meio de santificação do Nome e, portanto, o meio da glorificação de Deus em Cristo. Isso, então, é a ênfase sobre a necessidade da cruz ser aceita e plantada profundamente em nossa vida para o corte de tudo aquilo sobre o que o inimigo pode, na menor medida, atingir os fins que tinha em vista na eternidade para tomar a glória do Filho de Deus. A cruz deve cortar toda a carne. Então, o Senhor é glorificado em nós.
Mas há o outro lado, mais positivo e prático, no trabalho intenso para que o Senhor seja glorificado por meio de nós: mover-nos Nele pelo Espírito para o bem do nome. Essa é uma confiança e uma esperança. Qual é a nossa garantia de que, quando seguirmos, algo vai acontecer, algo vai ser feito, algo vai ser cumprido? Que garantia temos de que, quando sairmos, não haverá um problema? Bem, nós não temos nenhuma garantia em nós mesmos. Não é o valor de nossa oração em si mesma, nem de nossa pregação em si mesma nem de todos os nossos esforços em si mesmos. Não é nada que possamos fazer, da forma que for, que pode nos dar garantia de qualquer eficácia, mas apenas o Nome. Essa é uma base suficientemente sólida. Ele é reconhecido no céu, na terra e no inferno, nas coisas acima e nas debaixo da terra.
Temos muitas vezes citado esta passagem muito útil, que sempre nos ajuda, em que o apóstolo enfrentou uma situação relativa ao Nome (cf. At 19.1-12), e ele efetivamente o usou, mas alguém veio e tentou usá-lo de segunda mão: “Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega” (v. 13). E foi tudo muito diferente! Em vez de sucesso, fracasso total, e, mais do que fracasso, um desastre horrível! Sair no Nome, não apenas usá-lo de segunda mão, adotando-o como fraseologia, mas sair experimentalmente no Nome por estarmos cortados pela cruz das coisas que desonram o Nome – sair naquele Nome –: esta é a base de nossa certeza de que algo deve acontecer. Deus é zeloso de Seu nome, muito zeloso, e sempre glorificará Seu nome onde ele é verdadeira e profundamente proclamado no Espírito e posto em prática sob a liderança do Espírito Santo. Essa é a nossa garantia.
Amados, você tomam o nome de Jesus, cada um de vocês, e vêem que é uma coisa tremenda carregar o Nome, tomar o Nome. Isso os liga com algo de significado e de importância infinitos, que teve início antes do mundo ser. Liga vocês com a batalha das eras, e liga com a glória da eternidade, quando Ele vier para ser glorificado em Seus santos, que é Sua igreja, onde Seu nome está. Estamos ligados com essa coisa eterna, à glória de Deus associada com o Nome que está para ser estabelecido pelo “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8), e nós, no tempo, unimo-nos a ele em Sua cruz. Mesmo assim, será a glória de Deus revelada, e de mil maneiras a glória do Senhor pode ser revelada a cada dia. Não tenho certeza de que o Senhor esteja ansioso para fazer uma demonstração de Sua glória para os mortais – “lançar pérolas aos porcos”–, mas há um reino em que a glória do Senhor tem uma significação que transcende a deste mundo por dimensões infinitas. Oh!, entre principados e potestades a glória do Senhor significa alguma coisa, não é um espetáculo vazio. É o estabelecimento de Seu título infinito à soberania e a manifestação do poder daquela soberania. Estamos em algo enorme, e, por isso, nossos triunfos diários, pela graça, percorrem um longo caminho para além da situação local, um longo caminho para além de nossa própria gratificação por não termos falhado; eles têm registrado algo para a glória de Deus em um universo, cuja altura, largura e profundidade você nunca imaginou.
A glória de Deus é manifestada em cada vitória ganha, em cada permanecer firme, em cada recusa a desistir; o Nome é salvo da desonra, e o próprio Senhor, o Cristo de Deus, que leva esse nome, é vindicado diante de anjos e demônios. […] É a revelação da Palavra que é assim; por isso, nossa união com Ele é uma união com Seu nome a fim de que Ele seja glorificado. E porque Ele nos chamou sob Seu nome para encararmos, com Ele, o desafio com toda a fúria, veemência e implacabilidade, e sentimos também o impacto desse desafio e do ódio ao Nome. Ele nos assegurou que, se sofremos com Ele, seremos glorificados com Ele. E se fomos escolhidos antes da fundação do mundo Nele – isso é a verdade –, como diz a Palavra, se fomos escolhidos para Sua glória eterna, vamos chegar à glória, experimentar a glória, conhecer a glória, assim como agora. Por causa do nome suportamos as dificuldades. Fique firme. Que esse nome saia das mãos dos inimigos de Cristo e seja vindicado como o título de toda a soberania sobre todo o título de soberania nesta era e na que está por vir.
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1Ao ler o texto, deve-se ter em mente que ele é o resultado de anotações feitas por alguém presente à mensagem dada por TAS. Por isso, há frases curtas ou sem o devido contexto; algumas de difícil compreensão; outras, assertivas demais, sem a necessária explicação ou o detalhamento acerca do ponto de vista do autor. O público para quem ele falou já o conhecia, conhecia sua forma de expor as Escrituras, suas ênfases, etc. Além da limitação das anotações, isso deve ser lembrando também. Como o texto original traz essas dificuldades, com certeza, a tradução sofrerá com elas também. No entanto, o encargo espiritual de Austin-Sparks é profundo e necessário. Creio que as possíveis falhas não impedirão que, quem tem um coração de busca pelas verdades de Deus, encontre pedras preciosas aqui. (N.T.)
2No original, está: “à oração ‘Glorifica’”, referindo-se a Jo 12.28. No entanto, no texto bíblico, evidentemente, essa passagem não está imediatamente associada ao texto de Jo 2. Não há como precisar se Austin-Sparks estava mencionando a ordem dos versículos que ele selecionou para a mensagem ou se foi falha de quem fez as anotações. Tomei a liberdade de fazer a alteração acima para tornar a mensagem coerente com o texto bíblico. Creio que isso em nada altera a importância do que o autor está apresentando. (N.T.)
3O autor, usando um jogo de palavras e a informalidade de uma apresentação oral, fala de coisas eternas, sem início, por serem antes do tempo, como tendo princípio antes dos tempos eternos, no caso, o nome do Senhor. Ele pode estar também falando em termos comparativos, entre o nome do Senhor, que é eterno, e o nome de outras soberanias ou poderes. A pontuação no original dá margem a diferentes leituras. (N.T.)
4Richard Francis Weymouth (1822-1902) editou The Resultant Greek Testament [O testamento grego resultante] que formou a base para sua tradução. Ele morreu antes que ela fosse impressa. A primeira edição é de 1903.
5Como o autor explicou antes, o Pai e o Filho partilham do nome em seu aspecto de direito soberano sobre todas as coisas, de vindicação desse direito. (N.T.)
6O autor não advoga aqui um novo tipo de batismo, mas usa o termo no sentido de imersão total, de completo envolvimento, de participação. (N.T.)
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(Traduzido por Francisco Nunes de The House, The Name, and The Glory, original aqui. Se houver qualquer sugestão para aprimoramento desse trabalho, por favor, deixe um comentário.)