O que você diz para uma mulher cujo único filho acaba de morrer? Nada, em primeiro lugar. Nós choramos com os que choram. Mas, se eles pedem conselhos, há uma coisa acima de tudo o que podemos fazer.
Isto é o que Jonathan Edwards fez por seis páginas em uma carta de 1751 para Mary Pepperrell, cujo filho acabara de morrer. Aqueles que conhecem alguma coisa sobre a vida de Jonathan Edwards sabem que recentemente ele tinha sido jogado em grande tristeza – sendo retirado de maneira traumática do pastorado de sua igreja. Era um tempo de grande aflição pessoal. Mas ele fala para Mary Pepperrell:
“É terrível perder um filho. Mas nós vemos claramente, querida senhora, o quão rico e quão adequado é a disposição que Deus fez e providenciou para nosso consolo, em todas as nossas aflições, dando-nos um Redentor de tanta glória e tanto amor, especialmente, quando se considera, quais foram os fins dessa grande manifestação de beleza e amor na Sua morte.
“Ele sofreu para que pudéssemos ser assistidos. Sua alma estava profundamente triste até a morte para tirar o aguilhão da dor e para dar uma eterna consolação.
“Ele foi oprimido e afligido para que sejamos apoiados. Ele foi oprimido nas trevas da morte para que tenhamos a luz da vida. Ele foi lançado na fornalha da ira de Deus para que bebamos dos rios de Seus prazeres. Sua alma estava sobrecarregada com uma enxurrada de tristeza para que nossos corações sejam sobrecarregados com uma inundação de alegria eterna.
“A morte pode nos privar de nossos amigos e amados aqui, mas não pode nos privar de nosso melhor Amigo e do Amado de nossa alma […] Portanto, nisto podemos estar confiantes: embora a terra se mude, Nele vamos triunfar com alegria eterna.
“Agora, quando tempestades e tempestades surgem sucessivamente, podemos recorrer a Ele, que é um esconderijo contra a tempestade e um refúgio contra a tormenta devastadora. Quando a sede chega ao coração, nós podemos ir a Ele, que é como ribeiros de águas em um lugar seco. Quando estamos cansados, podemos ir até Ele, que é como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta […]”.