Deus desperta Seu povo!

Ela é a “bem-aventurada esperança” (Tt 2.13), a certeza que esperamos realizar-se, a plena convicção pela qual aguardamos, a esperança que anima, que nos abençoa, que é bendita: a segunda vinda do Senhor Jesus! Ela animou os cristãos perseguidos do passado, os que deram a vida ao testemunharem do Senhor, os que pregaram em terras inóspitos a povos cruéis, os que perderam tudo por causa de sua fidelidade Àquele que lhes era tudo. Ela animou pregadores na prisão, mártires na fogueira, desterrados em ilhas áridas. Ela encheu de conforto anônimos entregues ao serviço do Rei dos reis. Ela motivava os apóstolos a prosseguirem, mesmo quando abandonados por todos, mesmo quando sentenciados à morte, mesmo quando considerados como lixo desse mundo. A doce voz Daquele que prometera voltar sustentava a jornada dos peregrinos pelo mundo que lhes crucificou o Amado.

Todos os que foram animados pela “bendita esperança” tinham plena consciência de que estamos em um campo de batalha, que o mundo não é nosso lugar, que nosso Rei foi aqui odiado – por isso também deveríamos sê-lo – e morto, mas voltará vitorioso para tomar os Seus e julgar os que se mantém rebeldes.

Infelizmente, tudo muito diferente de muitos do povo de Deus hoje. Estes estão confortáveis nesse mundo, divertindo-se, mesmo com “entretenimento cristão”, casando-se e dando-se em casamento, fazendo planos para aqui permanecer por longos dias, conformados aos esquemas do presente século, fazendo questão de serem tomados por “egípcios” em lugar de preferir os sofrimentos pelo nome do Senhor. Para estes, a volta do Senhor é mero assunto de especulações teológicas, de discussões sem importância; é apenas tema para “ficção evangélica”. Nada que faça diferença no dia a dia, nos pensamentos, nas escolhas, nos projetos, na vida de oração, na comunhão com outros santos, no relacionamento com os ímpios, no desespero por pregar o evangelho, por suspiros por mais de Cristo.

Quem ainda se lembra que sua Pátria não é desse mundo? Quem vive com os olhos na eternidade? Quem anseia, com lágrimas, que seu Senhor volte? Quem vive de tal maneira que, se possível for, “obrigue” o Senhor a voltar um dia mais cedo? Quem clama para que Ele volte, como na letra daquele maravilhoso hino?

Todos os cristãos, sem exceção, são tentados a esquecer, a, no mínimo, serem menos influenciados pela “bendita esperança”. Somos todos bombardeados o tempo todo com deslumbrantes convites de ficarmos por aqui, de fincarmos raízes nesse mundo, de não sermos tão radicais na fé, na condenação ao pecado, na afirmação de que só há um Caminho para Deus… Somos tentados a relativizar, a contemporizar, a vivermos apenas uma religião particular, que não incomode ninguém. Somos tentados a negar nosso Senhor e a desejar que Ele não volte.

Nesse Gotas de Orvalho Especial, de número 200, queremos ser sacudidos, despertados, encorajados, envergonhados por aquilo que nossos antepassados espirituais falaram da volta do Senhor. Eles almejaram tanto presenciar aquilo que nós, muito provavelmente, testemunharemos. Como podemos almejar menos do que eles?

Oh! Quão esplêndida é a glória futura! Quão perfeita é a salvação que Deus preparou para nós! Levantemo-nos e elevemo-nos. Que o céu assim nos encha para que a carne não encontre mais base nem o mundo exerça nenhuma atração! Que o amor do Pai esteja assim em nós a fim de não mantermos mais nenhuma comunicação com Seu inimigo! Que o Senhor Jesus satisfaça nosso coração a fim de não desejarmos mais ninguém! E que o Espírito Santo gere em cada crente a oração: “Vem, Senhor Jesus!”

(Watchman Nee)

Nunca prego um sermão sem pensar que é possível que o Senhor venha antes de eu ter oportunidade de pregar outro.

(D. L. Moody)

Estou diariamente esperando a vinda do Filho de Deus.

(George Whitefield)

Oh, que Cristo venha a passos largos! Ah! Se Ele dobrasse os céus como uma capa e tirasse do caminho o tempo e os dias!

(Samuel Rutherford)

Nunca começo a trabalhar de manhã sem pensar que Cristo talvez venha interromper meu trabalho e começar o Dele. Não estou esperando a morte – estou esperando por Ele.

(G. Campbell Morgan)

“Certamente cedo venho” (Ap 22.20). Depois de uma tão longa espera, quão abençoado é isso! Depois de tantas dores, provações, dificuldades, perigos, quão doce é ter uma palavra assim, e saber que Aquele que fala é o santo e o verdadeiro, e seguramente está prestes a vir na fidelidade de Seu amor! Ele não falhará em confirmar o penhor que deu a nosso coração. Ele está vindo, e vindo em breve para nós.

(William Kelly)

Que, pela graça de Deus, conservemos esta bendita esperança sempre e constantemente viva em nossa alma, e fiquemos em viva comunhão com Ele, enquanto atravessamos este mundo, não como pertencendo ao mundo, mas como separados para o Senhor que entregou a Si mesmo por nós. Que estejamos tão ocupados com Ele a ponto de ficarmos real e verdadeiramente esperando por Ele, aguardando e almejando ouvir Sua voz.

(W. Scott)

Embora nossa milícia terrena possa ser desesperadora, ela não é para sempre. Não! Ela é breve, muito breve. Seu fim está próximo, muito próximo. E com o fim virão triunfo, honra e cânticos de vitória. Então, também, a paz se seguirá e o retorno do soldado desgastado na guerra para sua morada tranqüila.

(Horácio Bonar)

Cristãos que estão realmente se preparando para a vinda iminente do Senhor estão vivendo hoje na atitude sempre vigilante de coração, de vida e de conduta que brota de um constante e predominante objetivo: poderem ser considerados dignos de escapar do julgamento de ira que virá rapidamente no fim desta era.

(Sarah Foulkes)

Será que você pode dizer: “Estou aguardando Cristo”? […] Não pergunto a você se você entende a respeito da vinda do Senhor, [mas] será que você está verdadeiramente esperando pelo Filho de Deus vindo do céu? Você gostaria que Ele viesse hoje? […] O que você pensaria se soubesse que Ele vem hoje? Será que isso é exatamente o que sua alma está desejando?

(John Nelson Darby)

Falta pouco pra chegarmos,
nossos pés descansarão.
Sem pecados, sem tristezas,
os que O seguem O ouvirão
com doçura sussurrando:
“Não temais! Avançai mais!
A jornada em breve acaba,
não caminhareis inda mais!”

(Margaret E. Barber)

Em breve voltarás, Jesus, Senhor!
Que gozo, que prazer, nosso Senhor,
Teu rosto contemplar, ser como Tu, Senhor!
Contigo sempre estar, nosso Senhor!

(James George Deck)

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