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Não sigo após tolos (1a. revisão)

Eu cunhei essa frase, esse jogo de palavras, dia 9 de maio de 2005, em uma lista de que participo após ler o artigo do Márcio Redondo “Apostolado ou Apostolice”. (Posteriormente, criei a expressão Não Sigo Apóstolo(bo)s.) Depois, vou comentar mais sobre o chamado movimento apostólico. Penso que o Márcio já apresentou as linhas gerais do assunto. Quero comentá-lo de um ponto de vista mais prático, daquilo que as pessoas que seguem após tolos têm sido induzidas a fazer e como entendo o apostolado nesses tempo finais.

Isso é só o início. Só quis mesmo registrar a parternidade da frase, que já está sendo usada por aí .

O assunto é sério e exige nossa reflexão.

Ao considerar o processo de degradação da Igreja, percebe-se que ele seguiu determinadas etapas ou processos. Primeiramente, Cristo foi sendo eclipsado, deixado de lado. Sua queixa à igreja em Éfeso, de que ela abandonara seu primeiro amor, é representativo do início desse processo. O amor de muitos esfriou e pouca fé era encontrada na terra.

Após o Senhor ser deixado de lado, foi a vez de Sua Palavra. Um fato está inteiramente ligado ao outro. Uma vez que a centralidade de Cristo é ignorada, Sua Palavra, que é fonte última de autoridade, fé e prática na Igreja, vai sendo substituída pela tradição humana, pela hierarquia religiosa, pelo legalismo. E assim foi. As obras do nicolaítas dão lugar a sua doutrina, a um corpo de ensinamentos que defendem sua autoridade e maneira de conduzir o povo de Deus.

Como resultado desses dois fatos anteriores, o terceiro não podia ser outro: a perda da realidade e prática da Igreja. Uma vez que o Cabeça da Igreja é ignorado e Sua Palavra é substituída por opiniões e invenções humanas, é evidente que Sua Igreja também viria a ser danificada. Já que os homens não mais se importam com o Senhor da Igreja nem com aquilo que Sua Palavra diz sobre ela, eles começaram a criar as hierarquias, os nomes especiais, as exigências denominacionais, a construir templos e ministérios para si mesmos, dando lugar ao trono de Satanás e despojando o Senhor.

O que chamado movimento apostólico pretende? Ele quer começar as coisas pelo fim. Sua proposta é impor os chamados apóstolos (e toda a tralha de títulos e posições que inventou) a uma Igreja dividida, fragmentada, exclusivista ou, por outro lado igualmente perigoso e não aprovado biblicamente, ecumênica. O chamado movimento apostólico admite pequenos impérios: cada um que deseja ser apóstolo ou qualquer outro título pomposo cria seu ministério ou sua “igreja”, coloca sobre ela seu nome ou algum que revele sua modéstia (o termo “internacional” está cada vez mais presente; em breve teremos grupos “galácticos” ou “intergalácticos”, já que certa “empresa” usa o adjetivo “universal”) e pronto! Mais um passo dado para a restauração do apostolado! Quanta tolice!

Não pode haver genuíno resgate (prefiro esse termo a restauração; conferir Resgate ou Restauração, de Dana Congdon, Edições Tesouro Aberto) de qualquer verdade sem haver o resgate das verdades que lhe são anteriores e lhe servem de base. Se há que haver o tal ministério apostólico, antes é preciso haver a “redescoberta” do lugar de Cristo e da absoluta submissão a Ele. Em conseqüência, Sua Palavra, não as sandices e férteis imaginações dos líderes atuais, será de novo a autoridade absoluta e suprema para julgar todos os ensinamentos e práticas. Por respeito à Palavra, e sujeitos a ela, então, os cristãos voltarão a viver a Igreja, não mais sob os nomes especiais e as muitas divisões, mas apenas em nome de Cristo. E é nesse ambiente normal, bíblico, correto, baseado na Palavra e dominado por ela, é que surgirão homens exercendo as funções (não posições nem títulos) dadas por Deus para servir Seu povo.

O que for feito de outra forma vem do maligno.

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