Humildade deve ser definida como um hábito da mente e do coração correspondente a nossa comparativa indignidade e vileza diante de Deus, ou um senso de nossa própria miséria a Sua vista, com a disposição de um comportamento que corresponda a isso.
E um homem verdadeiramente humilde é consciente da diminuta extensão de seu próprio conhecimento, da grande extensão de sua ignorância e da insignificante extensão de seu entendimento comparado com o entendimento de Deus. Ele é consciente de sua fraqueza, de quão pequena sua força é e de quão pouco ele é capaz de fazer. Ele é consciente de sua distância natural de Deus, de sua dependência Dele, da insuficiência de seu próprio poder e sabedoria; e de que é pelo poder de Deus que ele é sustentado e guardado; e de que ele necessita da sabedoria de Deus para lhe conduzir e guiar, e de Seu poder para capacitá-lo a fazer o que deve fazer para Deus.
Se nós, então, nos consideramos seguidores do manso e humilde e crucificado Jesus, andaremos humildemente diante de Deus e dos homens todos os dias de nossa vida na terra.
Busquemos todos, ardentemente, um espírito humilde e nos esforcemos [na graça] para sermos humildes em todo nosso comportamento diante de Deus e dos homens. Busque por um profundo e permanente senso de sua miséria diante de Deus e dos homens. Conheça a Deus. Confesse sua nulidade e desgraça diante Dele. Desconfie de si mesmo. Conte somente com Deus. Renuncie a toda glória, exceto a Dele. Renda-se à vontade e ao serviço Dele. Evite um comportamento pretensioso, ambicioso, ostentoso, insolente, arrogante, desdenhoso, teimoso, impetuoso e auto-justificador; e aspire mais e mais do espírito humilde que Cristo manifestou quando esteve na terra. Humildade é o traço mais essencial e distinguidor em toda verdadeira piedade.
Ardentemente procure, então, e diligentemente e em oração cultive um espírito humilde, e Deus andará com você aqui embaixo. E quando uns poucos dias tiverem passado, Ele o receberá às honras concedidas a Seu povo à destra de Cristo.