Se um homem não pode ser cristão onde está, ele não pode ser cristão em lugar nenhum.
(Henry Ward Beecher)
Uma árvore sempre pode ser conhecida por seus frutos. Assim, um verdadeiro cristão sempre pode ser identificado por seus hábitos, gostos e afeições.
(J. C. Ryle)
“Bem-aventurado é aquele que em Mim se não escandalizar” (Lc 7.23). Às vezes, é muito difícil não se escandalizar em Jesus Cristo. Os escândalos podem ser circunstanciais. Encontro-me em uma prisão ― uma esfera de ação estreita, um quarto de doente, uma posição impopular ― quando esperava grandes oportunidades. Sim, mas Ele sabe o que é melhor para mim. Meu ambiente é determinado por Ele. Ele pretende intensificar minha fé, atrair-me a uma comunhão mais próxima Consigo mesmo, amadurecer meu poder. Na masmorra, minha alma poderá prosperar.
O escândalo pode ser mental. Sou assombrado por perplexidades e perguntas que não consigo resolver. Eu esperava que, quando me desse a Ele, meu céu estaria sempre limpo; mas muitas vezes ele é encoberto por névoa e nuvens. No entanto, permita-me crer que, se as dificuldades persistirem, é para que eu aprenda a confiar Nele de maneira ainda mais interior ― a confiar e não ter medo. Sim, e, por meio de meus conflitos intelectuais, sou treinado para ser tutor de outros homens que estejam atravessando tempestades.
O escândalo pode ser espiritual. Eu imaginei que, em Seu rebanho, nunca sentiria os ventos cortantes da tentação; mas é melhor como é. Sua graça é ampliada. Meu próprio caráter é amadurecido. Seu céu é mais doce no final do dia. Lá, examinarei as mudanças e as provações do caminho e cantarei os louvores de meu Guia. Então, venha o que vier, Sua vontade é bem-vinda, e eu me recusarei a ficar escandalizado em meu amoroso Senhor.
(Alexander Smellie)
O teste final de nossa espiritualidade é a medida de nossa admiração pela graça de Deus.
(Martin Lloyd-Jones)
“Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20.7).
Qualquer coisa relacionada ao Deus verdadeiro ― Seu ser, Sua natureza, Sua vontade, Suas obras, Sua adoração, Seu serviço ou Sua doutrina ― pertence ao nome de Deus. Esse mandamento se estende ao estado dos pensamentos e do coração dos homens, bem como a suas palavras. Tomar o nome de Deus em vão é usá-lo de qualquer maneira frívola, falsa, imprudente, irreverente ou perversa. O escopo desse mandamento é garantir o uso santo e reverente de tudo aquilo pelo que Deus se faz conhecido a Seu povo e, assim, guardar Seu nome sagrado contra tudo o que é calculado para torná-lo desprezível. A maneira correta de tomar Seu nome é ser grave, solene, inteligente, zeloso, sincero e com piedoso temor.
“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome” (Mt 6.9).
(William S. Plumer)
Deus, dá-me uma profunda humildade, um zelo bem orientado, um amor ardente e um olhar singelo!
(George Whitefield)
Ora, o Deus da paz, que,
pelo sangue da aliança eterna,
tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor, Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas,
vos aperfeiçoe em toda a boa obra,
para fazerdes a Sua vontade,
operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém!
A pessoa ímpia teme o homem, não a Deus. O cristão forte teme a Deus, não o homem.
O cristão fraco teme demais o homem e muito pouco a Deus.
(John Flavel)
Deus não pode mudar para melhor, pois Ele já é perfeito. E, sendo perfeito, Ele não pode mudar para pior.
(Arthur Pink)
Não há consolo, a não ser no seio de Cristo. Não há segurança, a não ser ao lado de Cristo.
Não há força, a não ser no braço de Cristo.
Não há santidade, a não ser nos passos de Cristo.
(George Everard)
(Comentário sobre Elias e o ribeiro de Querite)
A educação de nossa fé é incompleta se não aprendemos que há uma providência de perder, um ministério de fracassar e de coisas se desvanecerem, um dom de vazio. As inseguranças materiais da vida contribuem para o estabelecimento espiritual dela. […] De uma maneira ou de outra, teremos de aprender a diferença entre confiar na dádiva e confiar no Doador. A dádiva pode ser boa por um tempo, mas o Doador é o Amor Eterno. […] As palavras duras de Deus nunca são Suas últimas palavras. A aflição, o desperdício e as lágrimas da vida pertencem ao interlúdio e não ao final. […] Sempre que em sua vida e na minha, alguma fonte de recursos terrestres e externos secou, foi para que aprendêssemos que nossa esperança e nossa ajuda estão em Deus, que criou o Céu e a Terra.
(F. B. Meyer)
Ensina-me, Senhor, o Teu caminho,
e andarei na Tua verdade; une o meu coração ao temor do Teu nome.
(Sl 86.11)
Nosso Senhor tem muitos filhos fracos em Sua família, muitos alunos morosos em Sua escola, muitos soldados inexperientes em Seu exército, muitas ovelhas coxas em Seu rebanho. No entanto, Ele carrega todos eles e não lança fora nenhum deles. Feliz é aquele cristão que aprendeu a fazer o mesmo com seus irmãos.
(J. C. Ryle)
A única preocupação do diabo é impedir que os cristãos orem. Ele não tem medo de estudos sem oração, trabalho sem oração e religião sem oração. Ele ri de nosso trabalho, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando oramos.
Se sou cristão, a verdade pura e simples é que Cristo está em mim. Não somente eu estou unido a Cristo indissoluvelmente e, portanto, sou participante de tudo quanto é verdade a respeito Dele, mas também Cristo está em mim.
(Martin Lloyd-Jones)
Tu, que me deste tanto, dá-me uma coisa mais: um coração grato!
(George Hodges)
Por estar em Cristo é seguro esquecer o passado, é possível ter certeza do futuro, é possível ser diligente no presente.
(Alexander MacLaren)
Senhor, […]
dize à minha alma:
“Eu sou a tua salvação”.
[…]
E a minha alma
se alegrará no Senhor;
alegrar-se-á na Sua salvação.
(Sl 35.1,3b,9)
Se olharem para o passado, muitos de nós descobrirão que o tempo em que nosso Pai Celestial escolheu fazer as coisas mais gentis por nós e nos deu as bênçãos mais ricas foi o tempo em que fomos pressionados e limitados por todos os lados. As jóias de Deus costumam ser enviadas em pacotes rudes, mas, dentro deles, encontramos os tesouros do palácio do Rei e do amor do Noivo.
(A. B. Simpson)
“Cristo vos amou e se entregou a Si mesmo por nós!” (Ef 5.2)
A seus olhos, é algo pequeno ser amado por Deus ― ser filho, esposa, amado, o deleite do Rei da glória? Cristão, pense sobre isso!
Você será eternamente abraçado nos braços do amor que era desde a eternidade, e isso se estenderá para a eternidade ― do amor que trouxe o Filho do amor de Deus do céu para a Terra, da Terra para a cruz, da cruz ao túmulo, do túmulo à glória; aquele amor que esteve cansado e faminto, que foi tentado, desprezado, açoitado, golpeado, cuspido, crucificado, trespassado; que jejuou, orou, curou, chorou, suou, sangrou, morreu. Esse amor abraçará você eternamente! Que você tenha o poder de entender, como todo o povo de Deus deve, quão amplo, quão longo, quão alto e quão profundo é Seu amor! Que você experimente o amor de Cristo, embora seja grande demais para ser completamente entendido (Ef 3.18,19)!
(Richard Baxter)
Quando você está lendo um livro em um quarto escuro, e chega a uma parte que é difícil de ler, você o leva a uma janela para obter mais luz. Então, leve sua Bíblia a Cristo.
Há mais de vinte anos, ouvi uma jovem, com lágrimas, contando uma experiência que teve. Ainda hoje lembro-me da profunda impressão que ela me causou. Que lição singela, mas necessária! O registro que fiz à época é o que segue:
“Certa noite, na minha rua, estavam soltando muitos fogos de artifício, e o barulho que eles faziam era muito forte. Minha irmãzinha de três anos acordou com o barulhão e me chamou gritando. Eu fui vê-la, e ela me pediu: ‘Dani, fica comigo, eu tô com medo!’ Eu deitei ao lado dela e rapidamente ela dormiu de novo.
“Naquele momento, Deus falou comigo. Ele me levou a perceber que muitas coisas na minha vida me dão medo, mas eu não sou simples como minha irmã e não chamo por Ele. Eu sou muito fraca e impotente, mas, mesmo assim, tento resolver sozinha meus problemas. Minha irmã não sabe que eu sou incapaz; para ela eu era capaz de protegê-la daqueles barulhos assustadores. Mas Deus é capaz! Ele pode me proteger de verdade! Ele pode me guardar!
“Minha irmã não pediu pra que eu fizesse o barulho parar; simplesmente pediu pra eu ficar com ela, pois estava com muito medo. Eu sei que Satanás tem feito muito barulho na minha vida, tem soltado muitos fogos que me assustam demais. Às vezes, eu apenas fico com medo; outras vezes, eu peço pra Deus fazer parar o barulho. Mas minha irmãzinha me mostrou que não é assim. Deus deixa Satanás fazer barulho pra que eu me volte para Ele, pra que eu grite: ‘Senhor, fica comigo! Senhor, eu tô com muito medo; por isso fica comigo! Se Tu ficares comigo, mesmo que o barulho não pare, eu vou me sentir protegida. Senhor, fica comigo!’”
Todas as bênçãos espirituais por meio das quais a igreja é enriquecida estão em Cristo e são concedidas por Cristo. Nossa eleição é determinada por Ele (Ef 1.4), nossa filiação é por Ele (v.5), nossa redenção e remissão de pecados são ambas por intermédio Dele. Todas as transações graciosas entre Deus e Seu povo realizam-se por meio de Cristo. Deus nos ama por meio de Cristo; Ele ouve nossas orações mediante Cristo; Ele nos perdoa todos os pecados por meio de Cristo.
Mediante Cristo Ele nos justifica; mediante Cristo Ele nos santifica; mediante Cristo Ele nos sustém; mediante Cristo Ele nos aperfeiçoa. Todas as relações de Deus conosco são por meio de Cristo; tudo o que temos vem de Cristo; tudo o que esperamos ter, depende Dele.
(Ralph Robinson)
É impossível para um homem ser cristão sem ter Cristo. E, se ele tem Cristo, ele tem, ao mesmo tempo, tudo o que está em Cristo.
(Martinho Lutero)
Quando o grande Deus deu Seu Filho, Ele deu Deus mesmo, porque Jesus em Sua natureza eterna não é menos que Deus. Quando Deus deu Cristo por nós, Ele deu a Si mesmo. O que mais poderia dar? Deus deu tudo: deu-se a Si mesmo. Quem pode medir tal amor?
Deus nos amou de tal maneira que parece ter-nos amado mais do que a Seu próprio Filho, e não O poupou, para que pudesse nos poupar. Ele permitiu que Seu Filho perecesse para que “todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Veja como o Pai O entregou – até o ponto de esconder Seu rosto Dele, e agir como se não tivesse nada que ver com Ele! “Lamá sabactâni” nos revela quão completamente Deus deu Seu Filho para redimir os pecadores.
(Charles Spurgeon)
Muitos dizem da minha alma:
‘Não há salvação para ele em Deus.’
(Selá) Porém Tu, Senhor,
és um escudo para mim,
a minha glória
e o que exalta a minha cabeça.
Com a minha voz clamei ao Senhor,
e ouviu-me desde o Seu santo monte.
(Selá)
(Sl 3.2-4)
O resultado da pregação do evangelho não é apenas levar pecadores para o céu, mas é fazer de cada pessoa salva alguém que ama a Cristo.
(Watchman Nee)
Não há propósito em jactar-nos de Cristo, se não tivermos evidência de Suas graças em nosso coração e na nossa vida. Mas para quem Ele é a esperança da glória futura, para este Cristo é a vida da graça presente.
(John Owen)
Nós dizemos, e nós dizemos abertamente, e enquanto tu nos torturas, mutilados e ensangüentados nós clamamos: “Nós adoramos a Deus por meio de Cristo!” Creia que Ele é um homem: é por meio Dele e Nele que Deus quer ser conhecido e adorado.
Estar sem oração é estar sem Deus, sem Cristo, sem graça, sem esperança e sem o céu.
(J. C. Ryle)
A vida que é entregue a Deus em verdadeira devoção não precisa temer nada. Podemos ter nossas tristezas, nossos desapontamentos, nossas perdas, mas toda a nossa vida está nas mãos de Deus – e nenhum dano real pode vir a nós. Em todos os eventos e as experiências de nossos dias mais difíceis, Deus está desenvolvendo a graça em nós e nosso caráter!
(J. R. Miller)
Se o homem não é feito para Deus, por que ele não é feliz exceto em Deus? Se o homem é feito para Deus, por que ele é tão contrário a Deus?
(Blaise Pascal)
Os que confiam no Senhor
serão como o monte de Sião,
que não se abala,
mas permanece para sempre.
Assim como estão os montes à roda de Jerusalém,
assim o Senhor está em volta do Seu povo
desde agora e para sempre.
Porque o cetro da impiedade
não permanecerá sobre a sorte dos justos,
para que o justo não estenda as suas mãos
para a iniqüidade.
(Sl 125.1-3)
A primeira pergunta que devemos fazer a todo homem não é: “Como você se sente: feliz ou miserável?” Não! A pergunta é: “Como você vai comparecer à presença de Deus?”
(Martin Lloyd-Jones)
A experiência de santidade não é um dom que recebemos, como a justificação, mas algo que somos claramente exortados a conseguir com esforço.
(Jerry Bridges)
Estude profundamente a Palavra escrita, mas empenhe-se ainda mais por conhecer a Palavra viva, pois você pertence a Deus em Cristo, o Verbo que se fez carne. O Senhor Jesus – a sabedoria de Deus – somente pode ser conhecido por meio de uma vida de confiança e obediência.
Desde tempos imemoriais, os homens saciam a sede com água sem saber nada sobre seus constituintes químicos. Da mesma forma, não precisamos ser instruídos em todos os mistérios da doutrina, mas precisamos receber a Água Viva que Jesus Cristo nos dá, a qual é a única que satisfazer nossa alma.
(Sadhu Sundar Singh)
Escolha o sofrimento em lugar de pecar (Hb 11.24,25). Oh! amado, há mais mal no menor pecado contra Cristo do que no maior sofrimento por Cristo!
Nossos sofrimentos por Cristo são sempre leves. Nossos sofrimentos por Cristo são curtos, apenas por um momento. Cristo está ao nosso lado em nossos sofrimentos. Nossos sofrimentos são ordenados pelo Pai. Nossos sofrimentos não podem ferir nossa alma. Deus nos dá o melhor dos confortos nos piores momentos. Temos mais consolo de Deus quando temos mais tribulação dos homens! Como nossos sofrimentos abundam, assim nossas consolações são abundantes. Quando o fardo é mais pesado sobre as costas, então, a paz de consciência é mais doce interiormente.
Portanto, meu querido irmão, mantenha-se fora da poça imunda deste mundo e do mal deste mundo! E se você tiver de escolher entre pecar ou sofrer, escolha o sofrimento em lugar de pecar!
(William Dyer)
O mais importante: nunca devemos esquecer a oração privada. Esse é um grande segredo da força do ministério. É ali que as raízes do ministério, falando de modo prático, são encontradas. O ministério do homem que tem dons, por maiores que sejam, mas não dá à oração o lugar principal, mais cedo ou mais tarde, vai se tornar tedioso e ineficaz.
(J. C. Ryle)
Tu [ó Deus] contas as minhas vagueações; pões as minhas lágrimas no Teu odre. Não estão elas no Teu livro?
(Sl 56.8)
Comece de uma vez; antes de você se aventurar afastando-se de seu momento de silêncio, peça ao seu Rei para levar você inteiramente ao serviço Dele, e coloque todas as horas deste dia simplesmente à disposição Dele, e peça-Lhe que faça e mantenha você pronto para fazer exatamente o que Ele indicar. Não se preocupe com o amanhã; um dia de cada vez é o suficiente. Experimente isso hoje, e veja se não será um dia de estranha, quase curiosa, paz, tão doce que você será muito grato quando o amanhã vier pedir-lhe para ser assim também.
(Francis Ridley Havergal)
Ó filho da tristeza! Isto lhe bastará: possuir a simpatia de Cristo, imensurável e sem limites como o oceano, primorosa e imutável como o ser Dele! Entregue seu coração à rica compaixão de Cristo! Será que Jesus é indiferente ao que eu sinto e às tristezas sob as quais eu gemo? Ah, não! O suspiro que sai em segredo do meu coração não é secreto para Ele; a lágrima que é minha comida dia e noite, e cai despercebida e desconhecida, é conhecida e lembrada por Ele!
(Otávio Winslow)
Ninguém jamais esgota as Escrituras; o Livro se amplia e se aprofunda conforme passam nossos anos.
Se eu de fato creio que meu pecado custou o sangue de Cristo, então, certamente meu pecado é um mal terrível.
(Jeremiah Burroughs)
Esta é uma sábia e sã fé cristã: que um homem entregue a si mesmo, sua vida e suas esperanças a Deus; que Deus encarregue-se da proteção especial desse homem; que, portanto, esse homem não tenha medo de nada.
(George MacDonald)
O que a Igreja precisa hoje não é mais ou melhores equipamentos, nem novas organizações ou mais e novos métodos, mas homens a quem o Espírito Santo pode usar: homens de oração, homens poderosos em oração. O Espírito Santo não flui através dos métodos, mas através de homens. Ele não vem sobre máquinas, mas sobre homens. Ele não unge planos, mas homens: homens de oração.
(Edward McKendree [E. M.] Bounds)
Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí.
(Jr 31.3)
Oh, a paz que flui da crença de que todos os eventos nos quais estamos envolvidos estão sob o arranjo direto de Deus; que os cabelos de nossa cabeça estão todos contados; que Ele se deleita em nossa prosperidade; […] e que todas as coisas certamente trabalharão juntas para nosso bem!
(John Newton)
Não é o mero tocar da flor pela abelha que recolhe o mel, mas é a permanência dela por um tempo sobre a flor que extrai o dulçor. Não é aquele que mais lê, mas aquele que medita mais, que provará ser o cristão mais excelente, mais doce, mais sábio e mais forte.
(Thomas Brooks)
Suas aflições não foram designadas arbitrariamente. Existe uma necessidade justa em tudo o que o Senhor faz. Quando Ele coloca a mão de repreensão sobre você, e o conduz por caminhos que você não conhece, e que você nunca teria escolhido, Ele sussurra com gentil ênfase em seu ouvido: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde”.
Nada é mais perigoso nem de maior custo do que ser cristão!
(A. W. Tozer)
Nossas aflições são leves quando comparadas com o que realmente merecemos. Elas são leves quando comparadas com os sofrimentos do Senhor Jesus. Mas talvez sua real leveza seja mais bem vista se a compararmos com a eterna glória que nos aguarda!
(A. W. Pink)
Esteja bem certo disso: as pessoas nunca rejeitam a Bíblia porque não conseguem entendê-la. Elas a entendem muito bem!
Entendem que ela lhes condena o comportamento!
Entendem que ela lhes testemunha contra os pecados e as convoca para julgamento!
Elas tentam acreditar que a Bíblia é falsa e inútil porque não gostam de acreditar que ela é verdade.
Um modo maligno de viver sempre levantará uma objeção ao Livro Sagrado.
Os homens questionam a verdade da fé cristã porque odeiam a prática dela!
(J. C. Ryle)
O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do Senhor todo dia.
(Provérbios 23.17)
Deus não conduz todos os Seus servos por um mesmo caminho, nem do mesmo modo, nem de uma só vez, pois Deus governa todas as coisas.
(Johannes Tauler)
Nunca tenha medo de confiar um futuro desconhecido a um Deus conhecido.
(Corrie ten Boom)
“O Filho de Deus, o qual me amou e se entregou por mim!” (Gl 2.20).
Da condenação de Cristo flui minha justificação!
De Sua agonia vem minha vitória!
De Sua dor vem meu conforto!
De Suas chagas minha cura!
Do fel e do vinagre vêm meu dulçor!
De Sua maldição vem minha bênção!
De Sua coroa de espinhos vem minha coroa de glória!
De Sua morte expiatória pelo pecado vem minha vida eterna!
A intervenção divina é geralmente assim: Deus não fará para nós aquilo que podemos fazer por nós mesmos.
(James Anderson)
Salvador, se da cidade de Sião
pela graça membro sou,
que o mundo zombe ou se compadeça,
gloriar-me-ei no Teu nome:
o prazer do mundano se apaga,
toda a sua pompa, orgulho e exibição;
alegria sólida e tesouro durável
somente conhecem os filhos de Sião.
(John Newton)
De fato, todas as coisas nos vêm, não por acaso, mas de Suas mãos paternais.
(Zacarias Ursino)
A sós, Senhor querido, ah, sim! A sós Contigo!
Meu dolorido coração descansa, meu espírito livre;
meu sofrimento se vai, meus pesos todos esquecidos,
quando bem longe eu me elevo a sós Contigo.
(Oswald J. Smith)
É impossível para Deus encontrar-se com Seus santos no caminho da comunhão a menos que seja por meio da vereda da obediência.
(Robert C. Chapman)
Se muito amarmos a Cristo, certamente muito Nele confiaremos.
(Thomas Benton Brooks)
Cristo é a humildade de Deus incorporada em natureza humana.
O nobre amor de Jesus impele um homem a fazer coisas grandiosas e estimula-o a desejar sempre o que há de mais perfeito.
(Thomas à Kempis)
A vida de santidade é uma vida de fé em que o crente, com um profundo conhecimento do próprio pecado e do desamparo longe de Cristo, cada vez mais lança-se sobre o Senhor, e procura o poder do Espírito e a sabedoria e o conforto da Bíblia para batalhar contra o mundo, a carne e o diabo.
(Edmund P. Clowney)
Muitas vezes a desilusão vem simplesmente porque a circunstância não se encaixa em nosso conceito de quem é Deus e de como Ele age.
(Mark Wiley)
O momento presente sempre revela a presença e o poder de Deus.
(Jean-Pierre de Caussade)
Se sua confiança em Deus depende de sua confiança em um ser humano, você está sobre areia movediça.
(Francis Schaeffer)
Acima de tudo, o desejo de agradar a Cristo; tema Sua desaprovação acima de tudo.
(Rowland Croucher)
Acho que a maioria dos cristãos ficaria mais satisfeita se o Senhor não investigasse seus assuntos pessoais com muita atenção. Esses cristãos querem que Ele os salve, que os mantenha felizes e que, por fim, os leve para o céu, mas que não seja muito curioso a respeito da conduta e do serviço deles.
“Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9).
“E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade” (Hb 3.19).
“Então, os filhos de Judá chegaram a Josué em Gilgal; e Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, lhe disse: Tu sabes o que o SENHOR falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barneia por causa de mim e de ti. Quarenta anos tinha eu, quando Moisés, servo do SENHOR, me enviou de Cades-Barnéia a espiar a terra; e eu lhe trouxe resposta, como sentia no meu coração.
“Mas meus irmãos, que subiram comigo, fizeram derreter o coração do povo; eu, porém, perseverei em seguir ao SENHOR, meu Deus. Então Moisés naquele dia jurou, dizendo: Certamente a terra que pisou o teu pé será tua e de teus filhos, em herança perpetuamente; pois perseveraste em seguir ao SENHOR, meu Deus.
“E agora eis que o SENHOR me conservou em vida, como disse; quarenta e cinco anos são passados, desde que o SENHOR falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e agora eis que hoje tenho já oitenta e cinco anos; e ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal é agora a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar. Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou aquele dia; pois naquele dia tu ouviste que estavam ali os anaquins, e grandes e fortes cidades. Porventura o SENHOR será comigo, para os expulsar, como o SENHOR disse.
“E Josué o abençoou, e deu a Calebe, filho de Jefoné, a Hebrom em herança. Portanto Hebrom ficou sendo herança de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, até o dia de hoje, porquanto perseverara em seguir ao SENHOR, Deus de Israel” (Js 14.6-14).
Estou certo de que isso soará para muitos como voltar por um longo caminho e entrar em um reino muito vasto quando digo que nós, cristãos, estamos sendo constantemente confrontados com nosso cristianismo e desafiados por ele. Muitos de nós ainda não entraram realmente no cristianismo. O que quero dizer? Bem, por um motivo: a única porta para o verdadeiro cristianismo é a porta do descanso, o descanso da fé. O modo muito simples pelo qual o Senhor colocou isso em Seu apelo foi: “Vinde a Mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Isso foi dirigido a uma multidão, e essas palavras geralmente são usadas nas mensagens evangelísticas para os não-salvos. O sentido do que o Senhor disse com essas palavras é dado na Epístola aos Hebreus – um significado muito mais profundo e completo do que aquele que é geralmente reconhecido no uso do singelo convite: “Vinde a mim […] e vos darei descanso”. Existe algo que devemos ouvir e detectar na frase: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9).
Uma presente entrada no descanso
Se olharmos o contexto, a referência é a algo no qual o povo de Deus não entrou. “E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade” (3.19). Eles não puderam entrar. Quem eram eles? O povo de Deus. É para o povo de Deus que ainda resta um descanso. Não coloquemos isso no futuro, pois esse não é o significado de modo algum; como se depois, quando nós chegarmos em Casa na glória, então, chegaremos no dia de descanso sabático, entraremos no repouso. Não é algo que acontece na tumba: a pessoa entrou no descanso. É, antes, alguma coisa que resta agora como algo presente para o povo de Deus, não na morte, mas na vida. Resta ainda o descanso.
Não me julguem elementar, pois vocês sabem no coração, assim como sei no meu, que esse assunto de descanso do coração, o descanso da fé, é uma questão continuamente viva, que está vindo à tona em todo o tempo. Uma das coisas que está faltando em muitos de nós é o repouso, ou, colocando de outra maneira, as coisas que mais nos caracterizam são a agitação frenética, a ansiedade e a incerteza – e todas elas são o oposto da tranqüila segurança, da quieta confiança, do espírito, da atitude e da atmosfera que diz a todo tempo: “Não se preocupem, não se precipitem, está tudo bem”. Uma coisa que nosso grande inimigo está sempre tentando fazer é perturbar, destruir isso e nos roubar isso, agitar-nos, afligir-nos, conduzir-nos, atormentar-nos, qualquer coisa que roube nosso descanso ou nos impeça de entrar nele.
É o descanso da fé, não o descanso da passividade, da indiferença e da falta de cuidado. Há muita diferença entre falta de cuidado e falta de preocupação. Resta, ainda deve ser alcançado, deve ser obtido, ainda existe, ainda está preservado um descanso para o povo de Deus – para o povo de Deus. Não temos o direito de ir aos não-salvos e persuadi-los a chegarem-se a Cristo e achar descanso até, e a menos, que nós próprios conheçamos esse descanso. Nosso testemunho e nosso ministério estão ameaçados, enfraquecidos, limitados e desacreditados se nós mesmos não estivermos no repouso; e este é o objetivo da ação do inimigo com respeito a isso: tirar nosso crédito removendo de nós a primogenitura de nossa união com Cristo, Aquele que nunca está perturbado, nunca ansioso, nunca com dúvidas em qualquer questão a a respeito Daquele que reina. O repouso é o resultado exterior prático de nossa crença de que Ele é o Senhor, e de que o senhorio de Cristo está comprometido pela falta de descanso do povo de Deus.
Não temos o direito de ir aos não-salvos e persuadi-los a chegarem-se a Cristo e achar descanso até, e a menos, que nós próprios conheçamos esse descanso.
O descanso da fé deve ser nossa posição, não apenas na grande questão da justificação – mas se não estivermos alicerçados nela, não estaremos alicerçados em qualquer outro fundamento. Oh, o inimigo está atacando isso, mesmo com respeito ao povo de Deus; ele está sempre buscando desvalorizar isso; de certa forma buscando erguer novamente a questão da justificação, de estarmos apenas com Deus em nosso posicionamento, em nossa aceitação – que ainda não é plena e final em nosso estado apenas em Cristo; ou seja, não estamos finalmente perfeitos em nós mesmos, mas somente naquela união em relação ao que Cristo é. O inimigo nunca cessa de tentar diminuir isso, seus métodos são incontáveis, muito persistentes e muito vigorosos. O descanso da fé está nisso, mas também em cento e um outros aspectos das coisas práticas da vida cotidiana, coisas que não estão em nosso poder para arrumar, assegurar, estabelecer e fazer acontecer. Cada dia traz centenas de situações nas quais há a oportunidade de permanecermos no descanso da fé, naquela fé no Senhor que traz repouso. Assim, sutis são os modos do inimigo que sempre nos dirá que é algo muito pequeno com que preocuparmos o Senhor; “é um mero incidente, por que levar ao Senhor? Ele é maior e tem coisas mais importantes do que essa aí para fazer! Por que tentar fazer do Senhor nosso garoto de recados (digo-o com reverência), apenas para fazer todas as coisinhas que queremos que sejam feitas?” Se nessas coisas o testemunho é preservado pelo descanso, então, é algo grande para o Senhor, não algo pequeno. Se nessa questão a glória do Senhor corre risco de sofrer, então, é algo realmente muito grande. Talvez seja um incidente do dia-a-dia – sim, de muitas, muitas maneiras no cotidiano, você e eu podemos perder o equilíbrio, o descanso e a tranqüila confiança como se perdêssemos nossa espiritualidade, e o Senhor perde muito, pois isso prova que em algum lugar faltou fé, e, com isso, o repouso se foi. Esse é um lado. É um desafio para nós, um real desafio.
A necessidade de fé
“E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.” Não puderam – incredulidade paralisadora, desqualificante e incapacitante. Isso significa que, o quanto antes encararmos toda essa questão e a resolvermos, tanto quanto possível, melhor. Por 38 anos Israel esteve trancado, detido, andando em círculos, por assim dizer, nesta única questão de crer ou não em Deus. Ela foi levantada, digo novamente, de diversas formas. Ela apareceu em questões físicas, pois uma vida no deserto era fisicamente um grande desafio. O Senhor não mudou as condições físicas. Ele chamou os filhos de Israel a uma grande mudança neles mesmos primeiramente; as condições físicas seriam ajustadas quando Ele obtivesse a mudança dentro deles. Quando a questão da fé Nele foi resolvida, então, o Senhor tratou com o que era físico. A questão fora levantada nas áreas circunstancial, emocional, intelectual e volitiva; o desafio fora feito a todas elas de várias maneiras. Podemos considerar toda a experiência deles e ver como cada um tinha uma forma peculiar de desafiar a fé, e esse desafio mudava quase diariamente em seus aspectos e formas, porém era sempre o mesmo. Ocorreu em todas as áreas, e o Senhor jamais o mudou, ou impediu nem permitiu que toda a gama de condições fosse alterada, focando sempre apenas em um ponto: o que importava era o homem interior, e, enquanto esse ponto não fosse decidido, o Senhor lidava com todas as outras coisas.
A coisa é mais profunda: é uma questão de simplesmente crer em Deus; fé resoluta, confiança em Deus.
Bem, isso é muito compreensível. Não pensemos que é necessariamente essa ou aquela coisa que contribui para nossa condição. Podem ser fatores contribuidores, podem ser uma grande prova, podem ter muito peso sobre nós. As questões físicas – sim, elas pesam, tornam a situação extremamente difícil, fazem um monte de diferença. As circunstâncias nas quais temos de viver fazem muita diferença, tornando a situação demasiadamente difícil. Dizemos: “Se tão-somente o Senhor tratasse com essa questão física ou com essas circunstâncias ou algo mais! Tudo acontece por causa disso, que é sua causa, sua razão”. Essa é nossa maneira de arrazoar, mas de maneira nenhuma é o pensamento do Senhor. A coisa é mais profunda: é uma questão de simplesmente crer em Deus; fé resoluta, confiança em Deus. O Senhor está tentando nos tirar de nossa variável e volátil vida da alma, na qual estamos à mercê de todos os nossos sentimentos, pensamentos, razões e todas essas coisas, e nos colocar em um reino em que, em espírito, somos firmes. Este é o ponto sobre o qual tudo ficaria fixado, segundo o salmo: “Seu [do povo] coração não estava firme nele [em Deus]” (78.37), e em torno disso todos aqueles quarenta anos transcorreram. A chave para isso é espiritual; testados por todas as outras circunstâncias, por todos os outros meios, por fim constataram que era uma questão espiritual. Ser fortalecido com poder por Seu Espírito no homem interior (Ef 3.16) é a resposta a isso tudo. O outro modo de agir, então, dá lugar a esse; pelo menos devemos ganhar ascendência sobre o outro enquanto não é removido.
Fé em Deus, o segredo da coragem
Voltemos à palavra em Josué. Daquela primeira geração, apenas dois homens saíram do reino da alma: Josué e Calebe. Eles triunfaram nesse reino e sobre ele primeiro, e depois o Senhor os trouxe para fora, mas o fato é que o descanso da fé, que era o segredo do triunfo deles enquanto estavam nele, foi trazido tão bela e magnificentemente à luz em Josué 14. Penso que é algo excelente. Calebe, um dos dois, vem a Josué. Ele é agora um homem velho, mas ainda vivendo pela fé na posição que tomou com o Senhor anos antes. Ele tomou essa posição quando foi um dos espias e quando a grande maioria, a esmagadora maioria, trouxe seu péssimo testemunho. Os demais olharam para Deus através de suas circunstâncias, esses dois homens contemplaram suas circunstâncias através de Deus – e isso fez toda a diferença. Calebe tomou essa posição de olhar para tudo através de Deus, e ainda vive nessa posição; e agora, como um homem velho, vem a Josué, e, enquanto todos os outros estão recebendo suas heranças em posições agradáveis, fáceis e prósperas, “em que cada paisagem era agradável”, Calebe diz: “Dê-me esta montanha onde estão os gigantes e as grandes cidades muradas, esse país montanhoso! Dê-me esta montanha!”
Oh, queridos amigos, existe muito a ser dito sobre isso, mas ficarei contente, por ora, em apresentar este desafio ao meu coração e ao de vocês: O que estamos buscando? Uma herança fácil, uma horta em que trabalhar, algo que responderá a nosso toque imediatamente e nos dará satisfação? Buscamos uma terra florescente? A fé que trouxe Josué e Calebe ao descanso de coração antes do descanso da terra era este tipo de fé: “Dê-me uma possibilidade difícil! Eis aqui uma situação cheia de dificuldades, cheia de ameaças, cheia de adversidades; não obstante ser quase uma proposta aterradora, dê-me uma chance ali!” Vemos o desafio. As dificuldades nos aterrorizam ou apenas apresentam uma grande oportunidade para o Senhor? “De que o Senhor falou aquele dia […] como o Senhor disse.” Como estamos encarando as grandes dificuldades? E elas existem! Existem problemas! E essas montanhas parecem se empilhar umas sobre as outras à medida que prosseguimos. Às vezes, o que está diante de nós parece ser uma perspectiva impossível, uma situação desesperadora. Talvez para nós individualmente, por alguma razão dentro de nós ou fora de nós, ou para a obra para a qual fomos chamados, para o ministério, o testemunho que está posto diante de nós, aquilo parece tão completamente desesperador, a montanha é impossível. Bem, e daí? “Dê-me esta montanha!” Nada a não ser uma fé real em Deus pode considerar as coisas desse modo e dizer: “Tudo bem. É difícil, não há dúvidas sobre isso, é uma proposta naturalmente aterradora, uma perspectiva desesperadora; não obstante, nós a tomaremos no nome do Senhor. Como o Senhor falou… O Senhor” olhando para a montanha através do Senhor, e não para o Senhor através da montanha.
As dificuldades nos aterrorizam ou apenas apresentam uma grande oportunidade para o Senhor?
Creio que esse seja o tipo de fé de que precisamos, que conduz ao descanso. Uma montanha – sim, uma montanha alta o bastante, uma montanha de fato, uma montanha circunstancial, uma montanha da perspectiva da obra. Naturalmente, faríamos a coisa certa, a sábia, a coisa do senso comum: “Não, não tocaremos nisso!” Mas a fé diz: “Não vou tentar contornar a montanha, não vou virar as costas para ela e fugir. Dê-me esta montanha!” Eu quero essa fé, você a quer. Não é apenas nossa coragem natural, nossa natureza tenaz, nossa pugnacidade que fará isso. Sabemos bem que nada temos; se deixados por nossa conta, seria melhor desistir. Mas o Senhor está desafiando, e Calebe vem como uma repreensão para nós. Ao final de uma longa vida – quando pensaríamos que talvez fosse o tempo dele herdar um belo jardinzinho e um chalé em algum lugar onde o trabalho fosse fácil e pudesse, então, descansar – ele diz: “Dê-me esse monte onde há gigantes e cidades muradas! Dê-me esta montanha!” Sua escolha foi uma coisa difícil, pois era uma oportunidade para o Senhor.
É provável que muito em breve sejamos trazidos, de modo muito prático, ao encontro de situações como as que temos descrito, mas consideremos o Senhor nelas. Vamos ter de enfrentar com naturalidade o que serão dificuldades aterradoras, por dentro e por fora, que querem arrancar nosso coração, mas, oh!, a essa quieta e repousante segurança e confiança em nosso Deus, a qual diz: “Dê-me esse monte como uma oportunidade de experimentar o Senhor!”
E assim fez Calebe – em Hebrom, e isso é outra história (Hebrom é uma longa história). Devemos conhecê-la, pois Hebrom foi um lugar maravilhoso nos propósitos de Deus. Davi fora primeiramente coroado rei lá, antes de o ser em Jerusalém. Hebrom significa “comunhão”. Há uma grande herança em Hebrom. Hebrom está assegurado para homens e mulheres com o tipo de fé de que falamos, que não querem escapar de suas dificuldades e do caminho árduo. Que a tomemos na força do Senhor, e que Ele tenha uma oportunidade de mostrar que pode fazer o que seria naturalmente impossível. O Senhor nos dê essa fé!