Categorias
A. W. Pink A. W. Tozer Bíblia Citações Evangelho Gotas de orvalho J. C. Ryle Matthew Henry Octavius Winslow Oração Pecado Salvação

Gotas de orvalho (86)

Gotas de orvalho que alimentam a fé!

Acolher a Bíblia de forma meramente teórica, especulativa, gera um travesseiro desconfortável para a hora da morte. E é impressionante e solene refletir como cada assunto, cada tema, cada questão que surge da história, na filologia ou do objetivo da Palavra de Deus, naquele terrível momento dá lugar ao único assunto de fato importante: a sublime salvação nela revelada, por meio da qual a alma pode escapar do inferno e subir ao céu. Quem, nessa hora, deseja ouvir tratados, por mais cultos que sejam, a respeito da literatura, da eloqüência, da poesia ou da sublimidade da Bíblia? Quem, quando a natureza estiver se dissolvendo, a terra sumindo, a eternidade se abrindo, quem estará em condições de ponderar, examinar e verificar as evidências da inspiração das Escrituras? A linguagem ardente, a súplica de alguém nessa situação, cônscio do pecado e do perigo, é esta: “Haverá perdão, haverá salvação, haverá esperança para um pecador como eu? Será que a Palavra de Deus me diz como posso ser salvo? Leia para mim a respeito de Cristo. Fale-me do Salvador. Aponte-me o Cordeiro de Deus. Direcione meus olhos para a cruz, e ajude-me a ver Aquele cujo sangue purifica de todo pecado. Leia, fale, conte-me unicamente sobre Jesus!”.

(Otávio Winslow)

Não há nada mais inadequado do que pronunciar verdades solenes com um espírito brincalhão!

(Samuel Davies)

Existem, portanto, muitos homens e mulheres batizados que praticamente nada sabem sobre Cristo. A fé deles consiste em algumas noções vagas e expressões vazias. “Mas eles crêem, não são piores que outros; eles se mantêm na igreja, tentam fazer suas obrigações; não prejudicam a ninguém; esperam que Deus seja misericordioso para com eles! Eles confiam que o Poderoso perdoará seus pecados e os levará para o céu quando morrerem”. Isso é quase a totalidade de sua fé. Mas o que essas pessoas sabem de fato sobre Cristo? Nada! Nada mesmo! Que relação experiencial eles têm com os ofícios e a obra de Cristo, com Seu sangue, Sua justiça, Sua mediação, Seu sacerdócio, Sua intercessão? Nenhuma! Nenhuma mesmo! Pergunte-lhes sobre a fé salvífica; pergunte-lhes sobre nascer de novo do Espírito; pergunte-lhes sobre ser santificado em Cristo Jesus. Que resposta você terá? Você é um bárbaro para eles. Você lhes perguntou questões bíblicas simples, mas eles não sabem mais sobre elas, experimentalmente, do que um budista ou um muçulmano. E, mesmo assim, essa é a fé de centenas de milhares de pessoas por todo o mundo que são chamadas de cristãs.

(J. C. Ryle)

É terrível pensar que multidões de pessoas que se professam cristãs haverão de acordar no inferno para então descobrir que o conhecimento da verdade divina que possuíam não era mais sólido que um mero sonho!

(A. W. Pink)

Foi a certeza de que o homem terá de prestar contas a seu Criador que fez da América uma grande nação. Entre os antigos líderes encontrava-se Daniel Webster, cujos olhos flamejantes e cuja oratória ardente muitas vezes fascinou o Senado. Naqueles dias, o Congresso era composto de estadistas fortes, nobres, que carregavam no próprio coração e mente o peso da nação. Perguntaram, certa vez: “Sr. Webster, qual foi o pensamento mais sério que já lhe passou pela mente?” “O pensamento mais sério que já entrou em minha mente é minha responsabilidade de prestar contas a meu Criador”, replicou ele. Homens desse calibre não há como corromper nem comprar. Eles não precisam preocupar-se com escutas telefônicas. Aquilo que eram, em caráter e conduta, era resultado da convicção que tinham que no final teriam de prestar contas a Deus.

(A. W. Tozer)

Para alcançarmos o conhecimento proveitoso, a coisa mais necessária é temer a Deus. Não somos capazes de aproveitar as instruções que nos são dadas a não ser que nossa mente esteja possuída de santa reverência por Deus e que cada pensamento nosso seja trazido à obediência Dele. […] Da mesma forma que todo o nosso conhecimento precisa originar-se do temor de Deus, assim também ele precisa conduzir-nos ao temor de Deus como seu aperfeiçoamento e centro. Somente aqueles que sabem como temer a Deus, aqueles que são cuidadosos para em tudo agradá-Lo e que temem ofendê-Lo de qualquer forma, têm conhecimento adequado.

(Matthew Henry)

A idéia corrente sobre a oração parece ser que eu me achego a Deus e Lhe peço alguma coisa que quero, e minha expectativa é que Ele me dê aquilo que pedi. Mas essa é uma concepção que muito desonra e deprecia a oração. Essa crença popular reduz Deus a um servo, nosso servo: fazendo o que ordenamos, executando nossos desejos, concedendo-nos o que desejamos. Não, não! A oração consiste em aproximar-me de Deus, apresentar-lhe minhas necessidades, entregando-Lhe meu caminho e deixando que Ele lide com a situação como Lhe parecer melhor.

(A. W. Pink)

Categorias
A. W. Pink Bíblia Citações Gotas de orvalho J. C. Ryle João Calvino John Flavel Jonathan Edwards Matthew Henry Octavius Winslow Oração Pecado

Gotas de orvalho (85)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Quando o pecado influencia nossas preferências, ele parece agradável e bom. A mente é naturalmente predisposta a pensar que tudo o que é agradável é correto. Portanto, quando um desejo pecaminoso vence a vontade, também lesa o entendimento.

(Jonathan Edwards)

“Deus falar” é o mesmo que “Deus agir”; para Ele, dizer e fazer são a mesma coisa.

(Matthew Henry)

Que esta seja a nossa regra sacra: não procurar saber nada mais, senão o que a Escritura nos ensina. Naquilo em que o Senhor fecha Seus próprios lábios que igualmente impeçamos nossa mente de avançar um passo a mais.

(João Calvino)

Abandonar o pecado é a própria essência do verdadeiro arrependimento. O arrependimento que consiste apenas em sentimentos, confissão verbal, desejos, esperança e decisão é indigno aos olhos de Deus. Os atos é que constituem a essência do “arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar”. Até que um homem cesse de fazer o mal e abandone seus pecados, ele não se arrependeu. Se queremos saber se realmente somos convertidos a Deus e se experimentamos tristeza pelo pecado e o arrependimento que causa “jubilo nos céus”, examinemo-nos e vejamos se, na verdade, abandonamos o pecado. Não descansemos até que sejamos capazes de dizer, como se estivéssemos na presença de Deus: “Odeio o pecado, e não quero mais pecar”.

(J. C. Ryle)

Guarde-se de estudar a Bíblia como mero amante de história, ou de ciência ou de poesia. Estude-a como um pecador, ansioso por saber como pode ser salvo. Leia a Bíblia para saber como Deus pode perdoá-lo, justificá-lo e conduzi-lo ao céu quando você morrer. Deixe de lado suas críticas, discussões e especulações, e aproxime-se da Bíblia como uma criancinha, como um sincero investigador, como um aluno humilde, desejoso de conhecer as Escrituras, que podem torná-lo sábio para a vida eterna. Nessa busca tão séria, deixe de lado todos os outros livros, e torne-se estudante desse único Livro de Deus. A salvação é o grande e principal tema da Bíblia, e isso é tudo que você, como pecador que vai enfrentar o trono do juízo de Deus, precisa conhecer.

(Otávio Winslow)

A hipocrisia é uma erva daninha que naturalmente brota em todo terreno. O melhor coração não está perfeitamente limpo nem livre dela.

(John Flavel)

A oração não é tanto um ato, mas é uma atitude; uma atitude de dependência, dependência de Deus.

(A. W. Pink)

Categorias
Bíblia

A reforma pela Palavra de Deus

A reforma não foi uma inovação da igreja, mas uma volta às Escrituras.

Uma reflexão sobre 2 Reis 22:1-23:3

Deus separou para si um povo, Israel, a quem se revelou e essa revelação foi registrada/escriturada, revelação essa que damos o nome de especial, pois sem ela continuaríamos perdidos tateando ao nosso redor procurando encontrá-Lo, mas perdidos e corrompidos por conta de nossos pecados. Por meio de seu servo Moisés, Deus trouxe ao povo de Israel o livro da Lei, conhecido pelos judeus como a Torá, que compõe os cinco primeiros livros da Bíblia. Lá Deus deixou mandamentos e instruções sobre como viver bem e em harmonia com a vontade de Deus, revelando o Deus Criador e Sustentador de todas as coisas, o único Deus verdadeiro.

A ordem ao povo era dedicar-se a fé monoteísta revelada no Pentateuco, amar e servir a Deus de todo coração e alma, aplicando-se por guardar todos os mandamentos da Lei (Deuteronômio capítulo 6). Basicamente, o povo tinha que escolher entre a vida ou a morte, a benção ou a maldição que estava diante deles e dependia da obediência, fruto da Aliança com Deus (Dt 28 e 30).

Davi, conhecido com o rei segundo o coração de Deus, advertiu seu filho Salomão, que para a sucessão do trono ele deveria guardar todos os preceitos e mandamento de Deus, segundo a Lei de Moisés (1 Reis 2:3).

A situação de Josias era complicada, pois aos oito anos de idade ela herdara o trono debaixo de uma catástrofe. O reino de Judá (o remanescente de Israel) havia se afastado do Senhor durante os 57 anos de infeliz liderança de seu avô (Manassés) e pai (Amom). Além de abandonar ao Senhor, a nação estava imersa na idolatria, inclusive seu avô havia sacrificado seu filho como oferta aos deuses, além de outras práticas detestáveis a Deus como consultar os mortos, feitiçaria, homicídios e promoção da injustiça, provocando assim a ira de Deus e promovendo a corrupção moral de toda uma nação.

Porém o jovem Josias distinguiu-se dos seus antepassados por fazer aquilo que eles haviam abandonado, pois aos 16 anos de idade começou a buscar Deus (2 Cr 34:3, Buscar-me-eis e me achareis quando me buscares de todo coração Jr 29:13). A devoção de Josias a Deus se convertia em ações práticas, como o abandono da idolatria, o retorno as Escrituras e a renovação da Aliança entre Israel e o Senhor.

O retorno as Escrituras foi o grande responsável pelo avivamento espiritual da nação de Israel, sobre a liderança de seu rei Josias, muito parecido com a Reforma Protestante.

A Reforma Protestante, do século dezesseis, teve início no dia 31 de outubro de 1517, quando o monge agostiniano, Martinho Lutero, fixou nas portas da igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses contra as indulgências, rompendo assim, com os desmandos do papado e com os desvios doutrinários da igreja.

Os reformadores buscavam uma volta da Igreja aos ensinos bíblicos, ao modelo de vida da igreja primitiva, descentralizado o poder das mãos de uma liderança eclesiástica corrupta e distante dos leigos, para uma experiência de fé pessoal e comunitária acessível a todos. Porém as ideias dos reformadores não foram bem aceitas pela Igreja Romana, excomungando e condenando o ensino daqueles que protestavam.

A reforma não foi uma inovação da igreja, mas uma volta às Escrituras. Seu propósito foi fazer uma correção de rota e seguir pelas mesmas pegadas trilhadas pelos apóstolos. A reforma colocou a igreja de volta nos trilhos da Verdade.

A verdade de que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática e devemos rejeitar decisivamente todas as doutrinas que não estiveram amparadas pelas Escrituras.
A verdade de que a salvação é pela fé e não pelas obras. Não somos salvos pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz.
A verdade de que somos salvos pela graça de Deus e não pelos méritos humanos.
A verdade de que Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens, o único Salvador da igreja e o único Senhor do universo.
A verdade de que a Deus pertence o poder, honra e a glória, agora e pelos séculos eternos.

Podemos fazer três aplicações simples que nos ajudarão a desenvolver na fé, de maneira segura e correta.

  • Não existe vida cristã sadia sem o conhecimento das Escrituras, por isso devemos nos aplicar a leitura e estudo da mesma como uma prática devocional diária.
  • Todo conhecimento sobre a fé cristã que contrariar ou ultrapassar (ir além) o ensino das Escrituras deve ser rejeitado.
  • Toda resistência à obediência às Escrituras deve ser combatida com oração e submissão do ‘eu’ a Deus.

Fonte: (http://pedpau.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html)

Sair da versão mobile