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Minhas considerações sobre a Bíblia King James em português (3)

Para começar este artigo, por gentileza, leia o texto abaixo:

POR QUE A KING JAMES É MELHOR?

A QUÁDRUPLA SUPERIORIDADE DA TRADUÇÃO KING JAMES .

(Este artigo foi traduzido e adaptado do livro :”The Four-fold Superiority of KJV”, Dr. Donald A. Waite, Bible for Today, 1992, 900 Park Ave., Collingswood, New Jersey 08108. ISBN # 1-56848-000-8. Used by permission. A imagem ao lado é de Esrasmo de Rotterdam, autor de Textus Receptus). Uma gentil colaboração de Camila Guerra, gerente de marketing da Abba Press Editora.

1.Introdução

“Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreendas e sejas achado mentiroso” (Prov. 30:5-6)

O ataque satânico contra a palavra de Deus remonta o Jardim do Éden. A primeira intervenção de Satanás na História foi adulterando e pondo dúvida na Palavra de Deus: nascia a primeira Bíblia na Linguagem de Hoje! O primeiro pecado de Eva foi o de aceitar a suposta palavra de Deus “modernizada” da boca do Diabo. Séculos mais tarde, Satanás recorreu novamente às Escrituras para tentar o Mestre Jesus em Mateus 4:1-11. Com o passar dos séculos, após a consumação da revelação de Deus no Apocalipse, o ataque satânico ficou mais bem elaborado, usando supostos crentes e sociedades Bíblicas. Nasciam as “versões”, com textos manipulados e com técnicas de tradução traidoras do texto original como é o caso da equivalência dinâmica. Vejamos porque a tradução King James (e sua equivalente no português) é muitíssimo superior às versões modernas as quais devem ser rejeitadas pelos crentes sérios.

2. O TEXTO da língua original da Bíblia King James é superior.

O TEXTUS RECEPTUS (T.R.), texto grego base do Novo Testamento da Bíblia King James, não tinha nenhum contestador desde 1611 até 1881, quando dois heréticos liberais chamados Brooke Foss Westcott e Fenton John Anthony Hort entraram em cena com esforço concentrado. Eles eram teólogos da igreja Anglicana e passando por “conservadores” editaram o texto Westcott-Hort (WH), que difere em 9.970 palavras (7%) do T.R. que tem sido usado pela cristandade fiel de 19 séculos! Para se ter uma idéia da incomparável superioridade do T.R, dos 5.255 manuscritos gregos do Novo Testamento, que foram preservados e disponíveis para nós hoje, 5.210 (99%)concordam com o T.R. e apenas 45 (MENOS DE 1%) com o WH ! As bases do texto falso, foram desenterradas das profundezas do obscurantismo, esquecimento e desprezo, justamente por não terem credibilidade sendo o WH publicado apenas em 1881. Além do mais, o texto WH se baseou dentre outros, no Codex “B” e Sinaiticus que diferem entre si em 3.000 vezes só nos Evangelhos! Com toda honestidade, qual o texto grego que Deus preservou? A Bíblia diz: em Sal. 12:6-7: “As palavras do Senhor são palavras puras… ” O Textus Receptus (T.R.) e Massorético, que são usados também na Bíblia publicada atualmente pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (Corrigida e Fiel), é muito superior ao texto Westcott e Hort (WH), que dentre outras omissões, é ecumênico e por isso mesmo, enfraquece várias doutrinas da fé cristã.

3.Os TRADUTORES da Bíblia King James são superiores!

Bastaria o motivo do texto duvidoso e os homens envolvidos com ele, para qualquer crente sério rejeitar esta “versão”, porém, vamos adiante e analisemos os homens envolvidos com o preparo da Bíblia King James. Foram eles 54 eruditos do mais alto grau de brilhantismo, que, em mais de 7 anos de trabalho reverente, árduo e profícuo, prepararam esta versão:

John Bois: Relator dos trabalhos da comissão de forma mais completa. Lia o Velho Testamento no Hebraico com apenas 5 anos de idade escrevendo nesta língua já aos 6 com elegância e estilo. Era especialista em todas as formas de grego. Sir Lancelot Andrews: Líder dos tradutores do Velho Testamento. Falava fluentemente apenas 15 idiomas orientais…Devido à limitação de espaço não se pode detalhar os demais componentes, porém, fica a certeza de que desprezar este trabalho usado grandemente por Deus na salvação de milhões de pessoas nas missões modernas, e se voltar para pseudo-intelectuais e falsos mestres produzidos por esta geração apóstata, é uma decisão pessoal que terá suas consequências diante de Deus.

4. A TÉCNICA de tradução da Bíblia King James é superior!

A técnica usada para a tradução da Bíblia King James foi a equivalência verbal e formal, significando isso fidelidade ao texto original. A palavra tradução (translatus no latim – carregar através) tem o significado de translação ou transporte. Significa transportar um objeto de um lugar (uma língua) para o outro sem mudar suas características quer mudando adicionando ou subtraindo. As versões modernas e pervertidas, todavia, usam num grau maior ou menor, a técnica da equivalência dinâmica. Tal técnica, incompatível com o verdadeiro e honesto tradutor, manipula a palavra ou texto segundo seu bel-prazer. Aliás a expressão equivalência dinâmica já é uma contradição de termos porque equivalência significa igual, imutável. Dinâmica significa em movimento e mutante, progressiva. É uma expressão ilógica e incompatível, própria para enganar os incautos e ingênuos. Ou a tradução é equivalente, ou é dinâmica. O que está por trás dessa técnica mesmo é a velha artimanha maligna de dar ao ser humano o direito de adicionar, subtrair ou mudar a sacro-santa e imutável Palavra de Deus.

5. A TEOLOGIA da Bíblia King James é superior!

A verdade é uma consequência da fidelidade. É lógico que como resultado do texto, tradutores e técnica corretos, a Bíblia King James desponta na superioridade teológica, que é o fruto da verdadeira palavra de Deus. A igreja católica jamais a reconheceu, as seitas a abominam e os liberais apóstatas a odeiam. Os textos da divindade de Cristo, Trindade, inspiração e inerrância das escrituras são contundentes. As doutrinas criacionistas são claras e irrefutáveis. Por outro lado, como seria de se esperar, o texto das versões modernas é infiel, pois os homens são infiéis, a técnica é infiel, o texto base é infiel e como conseqüência não se poderia esperar a verdade como resultado. O Dr. Jack Moorman’s fez uma compilação registrando 356 passagens doutrinárias mudadas pelos textos heréticos Egípcios “B” (Vaticanus) e ALEPH (Sinaiticus). Olhe só dois exemplos: João 3:15 ” Para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.” (foi retirado “não pereça” !). Mar.9:44-46: Foi retirado o fogo do inferno, etc… O limitado espaço não permite comentar, as centenas de adulterações…

6.Conclusão

A palavra de Deus dura para sempre (Sal 119:160). O Diabo, inimigo número um do Senhor, desde o jardim do Éden tenta acabar com ela. Seja queimando, seja ridicularizando, seja usando um texto parecido (porém falso), ele a persegue. Os verdadeiros crentes, contudo, devem procurar saber e reconhecer as mãos santas e trêmulas que, com temor e reverência, traduziram a pura palavra do Senhor, rejeitando ao mesmo tempo os imprudentes, irreverentes e arrogantes deturpadores dessa geração apóstata.

“E se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro. ” (Apoc. 22:19)

BIBLIOGRAFIA

A BÍBLIA SAGRADA – Edição Almeida Corrigida e Fiel Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995.

THE HOLY BIBLE, AUTHORIZED KING JAMES VERSION

THE FOUR-FOLD SUPERIORITY OF KJV – Dr. D.A. Waite

A BÍBLIA TRAÍDA, Pr. Aníbal Pereira Reis,1976.

MODERN BIBLE VERSIONS, David W. Cloud, 1994.

THE LIVING BIBLE, BLESSING OR CURSE, David Cloud, 1991.

COUNTERFEIT OR GENUINE?, David Otis Fuller, 1975.

EXPONDO OS ERROS DA NVI, folheto, 1999.

UNHOLY HANDS ON God’s HOLY BOOK, David W.Cloud, 1999.

MODERN BIBLES-THE DARK SECRETS, Jack Moorman.

FOR LOVE OF THE BIBLE, David Cloud, 1995

Agora, compare-o com o texto abaixo:

Desde o final do século 19, o desenvolvimento dos estudos textuais da Bíblia, juntamente com os descobrimentos promovidos pela arquelogia bíblica, resultaram num extraordinário benefício para a restauração do Texto Bíblico. Hoje, como nunca antes, a Igreja de Jesus Cristo tem em sua mão manuscritos nas línguas originais (hebraico, aramaico e grego), maravilhosamente próximos dos Autógrafos das Sagradas Escrituras.
Ao mesmo tempo, estas descobertas e avanços científicos têm colocado em evidência numerosas diferenças entre os vários manuscritos, denominadas “variantes textuais”, de maneira que quando se compara as mais reconhecidas traduções do mundo moderno: “King James de 1611″ (em inglês); a ¨Reina-Valera de 1862” (em espanhol), e a João Ferreira de Almeida (em português), publicada pela primeira vez no Brasil, em 1943; com manuscritos originais mais antigos e fidedignos que aqueles que serviram de base para essas excelentes traduções, se manifestam algumas discrepâncias e erros textuais importantes, os quais a tradução da Bíblia King James Atualizada procura corrigir.
Essa edição atualizada e comemorativa aos 400 anos da primeira publicação da Bíblia King James nos chega numa de suas traduções mais acuradas e notáveis, que prima por um texto tão claro quanto elegante; ao mesmo requintado e acessível, rigoroso na precisão exegética e hermenêutica, mas transposto para o nosso idioma com extrema erudição e sensibilidade.

Independentemente da concordância ou não com o primeiro, é evidente a qualquer leitor atento que o segundo contradiz o primeiro. O primeiro dá testemunho da superioridade da Bíblia King James (BKJ); o segundo diz que ela tem “algumas discrepâncias e erros textuais importantes” e, implicitamente, diz que os manuscritos usados para a tradução da BKJ não eram tão “maravilhosamente próximos dos Autógrafos (sic) das Sagradas Escrituras” como os usados para a Bíblia King James Atualizada (KJA) utiliza.

Pois bem: o primeiro texto foi retirado do sítio da Sociedade Bíblica Ibero-Americana (SBIA), que coordenou o “comitê internacional e permanente de tradução e revisão da Bíblia King James Atualizada para a língua portugues (KJA)”, segundo a página de créditos da referida Bíblia. O segundo texto, com seus vários erros de português, se encontra na luva (uma tira de papel que envolve a Bíblia e traz informações/propaganda adicionais a ela) da KJA!

Isso gera algumas perguntas:

1. Afinal, em que crê a SBIA: na superioridade ou nos erros da BKJ?

2. A divulgação desse texto, bem como toda a apresentação do sítio, não é para fazer o leitor supor que ele tem em mãos a BKJ?

3. Se a SBIA crê no que é afirmado no primeiro texto, por que, então, faz as sérias ressalvas que faz à BKJ?

4. Se, segundo o primeiro texto, o Textus Receptus é superior ao Texto Crítico e se a forma como a BKJ foi traduzida é superior a outras, modernas, por que a SBIA não seguiu nem um nem outra?

Até o próximo artigo!

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