“Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (Mc 2.17).

O Espírito glorifica a Cristo revelando, para uma alma humilde, contrita e esvaziada de si mesma, o que Ele é. E isso Ele o faz evidenciando a grande verdade bíblica: Jesus morreu por pecadores. Não pelos justos, nem pelos merecedores, mas pelos pecadores, por serem o que são. Sua morte foi pelos injustos, pelos indignos, pelos culpados, pelos perdidos. Precioso momento é quando o Espírito Eterno, o grande Glorificador de Jesus, traz ao coração essa verdade com poder!

“Nisto cri”, diz a alma, “que Jesus morreu somente por aqueles que eram dignos de tamanho sacrifício e de tão imenso amor. Pensava trazer em minhas mãos algum valor meritório, algum preparo, alguma adequação prévia, algo que tornasse meu caso digno de Sua atenção e o fizesse considerar-me com bondade. Mas, agora, vejo que Sua salvação é para o vil, para o pobre, para o miserável.”

Li que “estando nós ainda fracos”, Cristo “morreu a Seu tempo pelos ímpios”, que, “sendo nós ainda pecadores, Cristo morreu por nós”, e “sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho” (Rm 5.6,8,9). Li que “é uma palavra fiel e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores” (1Tm 1.15), que é “sem dinheiro e sem preço” (Is 55.1), que “pela graça [somos] salvos” (Ef 2.5) e que “é pela fé, para que seja segundo a graça” (Rm 4.16).

Essa boa e jubilosa notícia, essa gloriosa mensagem da gratuita misericórdia para com o mais vil dos vis, quando crida, recebida e acolhida, faz todas as nuvens desaparecerem em um instante, dissipa toda a neblina, e a face de Deus resplandece em brando e suave brilho, entre luz e alegria, satisfação e louvor, conduzindo a alma ao júbilo.

Oh, que glória agora cerca o Redentor! Aquela alma ousando estar diante Dele com nada mais além da fé confiante, caminhando em Sua direção coberta das próprias fraquezas, e diante de tamanho contraste, traz mais glória a Seu nome do que todos os aleluias entoados pelos menestréis celestiais um dia já trouxeram.

Traduzido por Beatriz Santana de “A faith of reliance”. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria e de tradução e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo. Ao compartilhar nossos artigos e/ou imagens, por favor, não os altere.
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