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A oração perseverante de uma mãe (Andrew Murray)

“E eis que uma mulher cananeia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. […] Então lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E desde aquele momento sua filha ficou sã.” (Mt 15.22-28)

No Antigo Testamento, encontramos promessas claras e certas da bênção de Deus sobre o treinamento piedoso dos filhos. As advertências sobre a negligência desse dever não são menos distintas. Em mais de uma ocasião, vemos com que força irresistível a advertência tornou-se realidade. No caso dos filhos de Arão e dos de Eli, e no da família de Davi, bem como o da família de Salomão, provas foram dadas de que a justiça pessoal dos pais não pôde salvar o filho ímpio. Não encontramos ali resposta alguma para uma das perguntas mais sérias que podem ser feitas e que têm ardido no coração de muitos pais: ainda há esperança para um filho que vive no pecado e que está fora do alcance da influência dos pais?

É em Cristo Jesus que Deus revela quão completamente o poder do pecado e de Satanás foi quebrado. É em Cristo Jesus que Deus nos mostra o que Sua graça pode realizar. Descobrimos aqui o que Seu grande poder pode realizar em favor de um filho que se afastou do caminho.

Ouça as palavras preciosas e encorajadoras que Cristo proferiu a pais com referência aos filhos: “Não temas, crê somente” (Mc 5.36); “Tudo é possível ao que crê” (9.23); “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres” (Mt 15.28). Essas palavras são propriedade dos pais e lhes dão preciosa segurança de que não existe caso algum de que um filho, mesmo estando sob o domínio de Satanás, esteja além do alcance do amor do Salvador e da fé dos pais.

Vejamos quão maravilhosamente isso é demonstrado na história bem conhecida da mãe siro-fenícia, dando atenção especial ao estado miserável de sua filha, à recusa de sua oração, à perseverança de sua fé e a sua rica recompensa.

Estado de miséria de sua filha

“Minha filha está horrivelmente atormentada por um demônio.” Quantas mães também poderiam fazer essa oração por um filho perturbado por espírito maligno? No referido caso, era mais doença do que pecado, o poder de Satanás mais no corpo do que na alma. Entretanto, quantos filhos adultos de pais cristãos estão sob o poder de Satanás, entregando-se ao prazer, aos desejos do mundo, à vontade própria ou ao pecado! Que essa história encoraje esses pais a crer que, ainda que o caso pareça desesperador, há Alguém que é poderoso para salvar.

Que os pais cheguem a Jesus com suas necessidades e clamem em oração: “Meu filho está horrivelmente atormentado por um demônio!” Que façam plena confissão do estado perdido do filho. Mas tomem muito cuidado para não justificar o pecado, tentando exaltar o que é bom ou louvável sobre o filho, ou lançando a culpa nas circunstâncias ou companhias. Levem-no a Cristo e digam que está perdido, sob o poder de Satanás. Não ocultem seu estado miserável. Não peçam apenas para que seja salvo e feliz. Não peçam nada menos do que a libertação do poder de Satanás, para que seu filho se volte para Deus e seja transportado do poder das trevas para o reino do Filho amado de Deus.

A recusa de sua oração

Essa é a segunda lição que podemos aprender aqui. Parece que Cristo fez questão de se fazer de surdo para o pedido da mulher. Primeiro, Ele nem lhe respondeu. Depois, quando resolveu falar, Sua resposta foi pior do que o silêncio, tirando dela qualquer esperança: Ele não fora enviado para os gentios. Mesmo assim, ela se aproximou e O adorou, dizendo: “Senhor, socorre-me!” A segunda resposta de Jesus piorou ainda mais: pareceu acumular desprezo sobre o infortúnio da mulher: ela não era apenas uma gentia, mas também um cão.

Aqui está um verdadeiro quadro daquilo que se passa no coração de muitos pais suplicantes. Eles ouvem do amor e do poder de Cristo e começam a orar com uma enorme urgência. No entanto, a única resposta que recebem é o silêncio. Não existe sinal algum de mudança de pensamento ou atitude da parte daquele que está perdido. Enquanto os pais continuam a orar, é como se o poder do pecado crescesse ainda mais, e o filho amado apenas se afastasse para mais longe.

Com isso, a consciência dos pais começa a acusá-los, dizendo que a culpa é deles, que não são dignos de receber uma resposta de Deus. Como podem esperar que Deus opere um milagre? A tendência é recuar para um sentimento de desalento passivo e conformidade com a condição de miséria.

Fé e perseverança

O exemplo dessa mãe nos é apresentado exatamente por causa desta qualidade: ela se recusou a ser negada. Ela enfrentou o silêncio, o argumento e o aparente desprezo com apenas uma arma: mais oração e mais confiança.

Ela havia ouvido falar do Homem maravilhoso e de Sua compaixão. Ela viu o amor em Sua face e o ouviu até mesmo na voz que a recusava. Ela não podia acreditar que Ele a mandaria embora vazia. Ela esperou ainda que a esperança lhe tivesse sido negada; creu apesar das aparências – creu e triunfou.

Você tem milhares de palavras de promessa, uma revelação da vontade do Pai e do poder e amor do Salvador tais como a mulher cananeia nunca teve.

Portanto, você, mãe, que está rogando por seu filho pródigo, está aqui o exemplo dessa mulher para lhe dar esperança. Além disso, você também tem milhares de palavras de promessa, uma revelação da vontade do Pai e do poder e amor do Salvador tais como a mulher cananeia nunca teve.

Deixe que a fé e a perseverança dela envergonhem sua incredulidade. Diante de todas as aparências contrárias e de todas as dúvidas, que sua fé se levante e clame pela promessa de uma resposta à oração em nome de Jesus. Renda-se ao Espírito Santo para que Ele possa sondar e trazer à luz toda dúvida, a fim de que você a confesse e a lance fora. Não confie no próprio fervor nem no senso de urgência de sua petição. Coloque sua força na promessa e na fidelidade de Deus, no poder e no amor Dele. Permita que seu coração, com confiança e descanso em Jesus, louve-O pela promessa e pelo poder Dele para salvar. Nessa confiança, não permita que nada a abale, removendo-a da oração contínua e perseverante da fé. A oração da fé sempre é ouvida.

A maravilhosa recompensa

Aquela mulher recebeu não apenas a libertação de sua filha da terrível escravidão, mas também uma bênção espiritual: a admiração do Senhor ao aprovar sua fé: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres”.

Sim, é na súplica ardente e confiante por um filho que o coração de um pai ou de uma mãe pode ser atraído em direção ao Senhor para aprender a conhecer e a confiar Nele. Mãe, você que está rogando por seus amados que estão longe do aprisco, aproxime-se, aproxime-se de Jesus. Ele é plenamente capaz de salvá-los. Ele aguarda até que sua fé se apodere da força divina, para tomar posse da salvação em favor deles. Não permita que seus filhos se percam por sua falha em se achegar e gastar tempo com Ele até que o amor Dele lhe inspire fé. Mãe, aproxime-se, gaste tempo com Jesus em oração, confie Nele: seu filho pode ser salvo!

Oração de uma mãe (ou de um pai)

“Senhor, quero confessar o pecado de meu filho. Tu conheces todas as coisas: ele não é convertido e é Teu inimigo por natureza. Rejeitou Teu amor e escolheu o mundo e o pecado.

“Confesso meu pecado também, Senhor! Tivesse eu usado minha vida menos no mundo e na carne, vivendo com mais pureza e santidade, com mais fé e amor, meu filho poderia ter crescido de forma diferente. Senhor, em profundo sofrimento eu confesso meu pecado. Oh, não deixes que meu filho pereça! Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

“Bendito Senhor, ponho minha confiança em Ti. Aguardo, com fé, por Teu grande poder. As coisas que são impossíveis para os homens são possíveis para Ti. Creio que Tu me ouves; ajuda-me na minha incredulidade. Coloco esse filho que está perecendo a Teus pés e clamo por livramento, pelo Teu amor. Nessa fé, eu Te louvarei por Tua graça. Esperarei a Teus pés dia após dia, no descanso da fé, louvando a Ti e esperando o cumprimento de Tua promessa. Amém.”

 

(Fonte)

(Traduzido do livro How to Bring Your Children to Christ (Como levar seus filhos a Cristo), de Andrew Murray. Revisado por Francisco Nunes.)

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Família – céu ou inferno? (Andrew Murray)

Sua família pode ser útil para Deus!

 

Deus criou o homem à sua própria semelhança (Gn 5.1). O homem caído também produziu filhos à sua semelhança, de acordo com sua imagem. Infelizmente, depois da queda de Adão, seus filhos receberam a sua semelhança, e não a de Deus (v. 3).

Este fato nos mostra o temível e universal poder do pecado. O poder de dar vida aos outros foi uma das maravilhosas características da semelhança de Deus conferidas ao homem. Quando o pecado entrou no homem, aquela semelhança não foi destruída, porém foi terrivelmente distorcida. O homem ainda tinha o poder de gerar filhos a sua própria semelhança.

Quando o pecado conquistou Adão, conquistou toda a raça humana. É por causa dessa habilidade de reproduzir que o homem pode ser renovado para se tornar a força que Deus usa para restabelecer seu Reino. A relação de pais para filhos tornou-se o poder do pecado. Contudo, quando Deus a restaurar, será a força da graça.

O pecado dos pais

Notemos na primeira família como o pecado do pai reapareceu e amadureceu no filho. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração… e o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39). Nestes dois grandes mandamentos, temos a soma de toda a vontade de Deus para conosco.

Adão havia transgredido o primeiro e, no seu pecado, lançara fora o amor a Deus. Seu primogênito se recusou a sujeitar-se ao segundo mandamento, alimentando ódio e, depois, assassinando seu irmão. Com o pecado de Adão, sua natureza se corrompeu, e foi justamente essa natureza que ele transmitiu ao seu filho. O pecado do filho foi o fruto amadurecido do pecado do pai.

Este primeiro quadro da vida em família, que temos na Palavra de Deus, lança uma luz sombria sobre nossos próprios lares. Os pais freqüentemente vêem suas próprias falhas e limitações no comportamento pecaminoso de seus filhos. Quando os pais reconhecem que seus filhos herdaram sua própria natureza corrupta, isso deve torná-los muito mais pacientes e sábios na forma de discipliná-los. Deve levar os pais a buscarem a única solução para o pecado – a graça e a vida que vêm do alto!

A raiz de todo o pecado

É no pecado daquele primeiro filho, Caim, que temos a raiz e o protótipo de todos os pecados dos filhos. A família foi designada por Deus para ser a imagem do amor que reina no céu. O pecado entrou na primeira família e, ao invés de ser a imagem do céu, passou a ser a entrada para o inferno. No lugar do amor e da felicidade que Deus planejou para a família, ódio e homicídio a transformaram numa cena de terrível violência.

A raiz de todo o pecado é o egoísmo – separando-nos primeiro de Deus e depois do homem. O egoísmo se manifesta até nos pequeninos do maternal. Surge nas atividades diárias com amigos na escola ou nas brincadeiras com colegas. Manifesta-se mesmo contra o pai ou a mãe, impedindo o filho de dar amor ou obediência.

A raiz de todo o pecado é o egoísmo – separando-nos primeiro de Deus e, depois, do homem

O amor é o caminho que nos leva a habitarmos em Deus e Deus em nós. Os pais devem buscar isto acima de tudo: o reinado do amor em seu lar. Precisamos reconhecer que cada manifestação de um espírito egoísta ou sem amor é semente da árvore que produziu fruto tão amargo em Caim. Nada deve servir de empecilho para que os pais removam essas sementes malignas da vida de seus filhos. Devemos temer e arrancar as sementes que podem amadurecer de forma tão terrível mais adiante. Nosso alvo deve ser restaurar a vida em nossa família para aquilo que era o propósito original de Deus: ser um espelho e um antegosto do amor do céu.

A responsabilidade dos pais

Acompanhe seu filho!

Não devemos esquecer a influência da vida dos pais. “À sua semelhança, conforme a sua imagem…” Estas palavras se referem não só a uma bênção perdida no Paraíso e à maldição que veio com o pecado, mas também à graça que vem com a redenção.

É verdade que um cristão nascido de novo não pode, mediante nascimento natural, gerar um filho à sua semelhança espiritual. Entretanto, é também verdade que aquilo que a natureza não pode produzir, a oração e uma vida de fé podem alcançar por meio das promessas e do poder de Deus.

Os pais devem ser o que querem que seus filhos sejam. Se quisermos guardá-los do pecado de Caim, que não amou seu irmão, devemos vigiar contra o pecado de Adão, que não amou o mandamento do seu Deus. Que o pai e a mãe vivam uma vida marcada pelo amor a Deus e ao próximo. Este é o tipo de ambiente em que filhos amorosos podem ser criados. Que todos os tratamentos com seus filhos sejam marcados pelo amor. Palavras iradas, repreensões ásperas e respostas impacientes são contagiosas.

O amor exige abnegação. Leva tempo, atenção e perseverança para treinar nossos filhos nos caminhos de Deus. Quando nossos filhos nos ouvem falando dos outros, seja de amigos ou de inimigos, que recebam a impressão do amor de Cristo que queremos manifestar. O pai e a mãe também devem mostrar amor e respeito um pelo outro. Suas atitudes bondosas e desprendidas de egoísmo devem provar aos filhos que o amor é possível e que tem recompensas imediatas.

Os pais devem ser o que querem que seus filhos sejam

Acima de tudo, lembremos que é o amor de Deus que é o segredo de um lar amoroso na Terra. Quando os pais amam ao Senhor seu Deus com todo o coração, o amor em família será fortalecido. Somente aqueles pais que estão dispostos a viver vidas consagradas, inteiramente entregues a Deus, receberão a plena promessa e a bênção do Senhor. Se quisermos transformar nossos lares num antegosto do céu, então religião comum, de coração morno, não será suficiente. Somente o amor de Deus derramado em nossos corações e vidas farão nossos lares na Terra se assemelharem ao lar do céu.

Família – Instrumento de Deus

“Pela fé Noé… aparelhou uma arca para a salvação de sua casa” (Hb 11.7). Noé é um exemplo de como a fé de um pai justo obtém uma bênção, não só para si mesmo, mas para seus filhos também. Até Cão, o filho de Noé que, quanto ao seu caráter, merecia perecer, foi salvo do dilúvio por meio da fé do pai. Isto prova que, aos olhos de Deus, a família é considerada uma unidade, com o pai como cabeça e representante. Os pais e os filhos são um só, e é neste princípio que Deus agirá com as famílias do seu povo. Foi esse mesmo princípio que deu ao pecado seu terrível poder no mundo.

Quando Adão pecou, todos seus descendentes se tornaram sujeitos ao pecado e à morte. O dilúvio, assim como a queda, foi prova disso. Vemos que os filhos do terceiro filho de Adão, Sete, caíram tanto quanto os filhos de Caim. Sete também foi um filho gerado à semelhança de Adão (Gn 5.3), com uma natureza pecaminosa a ser transmitida de geração a geração. Assim, o pecado ganhou domínio universal sobre todas as gerações. A família tornou-se a maior fortaleza do pecado, porque os filhos herdavam o mal de seus pais. A unidade dos pais e filhos era a força do pecado.

Proteja seu filho do pecado!

A libertação de Noé do dilúvio seria a introdução de uma nova era – o primeiro grande ato da graça redentora de Deus em favor de um mundo pecaminoso. Nele, Deus manifestou os grandes princípios da graça que são: misericórdia no meio do juízo, vida por meio da morte, e fé como o meio de libertação.

A família foi o instrumento por meio do qual o pecado alcançou seu domínio universal. Este princípio seria agora resgatado do poder do pecado e adotado na aliança da graça. A família agora serviria como a ferramenta para estabelecer o Reino de Deus. A relação de pais e filhos tinha sido o meio de transmitir e estabelecer o poder do pecado. Agora a família seria o veículo para a extensão da graça do Reino de Deus.

O pai deverá levar toda sua família para dentro da arca

O homem que é justo aos olhos de Deus não é tratado meramente como indivíduo, mas no seu papel como pai. Quando Deus abençoa, ele tem prazer em abençoar de forma tão abundante que a bênção transborda para a casa do seu servo. O pai é mais do que o canal designado para suprir as necessidades materiais do filho. O pai que crê precisa se enxergar como canal escolhido e administrador da graça de Deus.

Precisamos compreender esta verdade bendita e, pela fé, aceitar a Palavra de Deus. “Tens sido justo diante de mim no meio desta geração” (Gn 7.1). Então compreenderemos também esta palavra: “Entra na arca, tu e toda a tua casa”. Deus dá a certeza de que a arca na qual o pai será salvo é para toda sua família também. A arca será a casa da família. Deus não se dirige aos membros da família separadamente – o pai deverá levar toda sua família para dentro da arca.

Salvos pela fé

Pode surgir a pergunta se um pai tem o poder de levar seus filhos à arca. A resposta é simples e clara: “Pela fé Noé aparelhou uma arca para a salvação de sua casa”. Deus sempre dá graça em proporção ao dever que impõe. Os pais que crêem precisam viver, agir e orar em favor de seus filhos e, junto com eles, como os que têm a convicção que os filhos foram designados por Deus para estarem junto com eles na arca. Devemos confiar firmemente em Deus em favor da salvação de cada filho. Devemos instruir e inspirar nossos filhos com este pensamento em mente. Que eles cresçam com a consciência de que estar junto com seus pais é estar na arca. Dessa forma, a bênção não se perderá.

Não é suficiente orar e esperar que seu filho seja salvo. Você precisa aceitar pela fé a certeza de que pode ser salvo e agir em obediência à ordem de trazê-lo para dentro da arca.

(Extraído do livro How to Bring Your Children to Christ. www.impacto.com.br)

 

(Publicado originalmente neste blogue em 28.7.08. Revisado por Francisco Nunes e republicada em 30.12.15.)

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Indicações de sexta (18)

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Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que você precisa ler

  1. Sem dúvida, obediência é elemento central no relacionamento com Deus. E, conforme escreveu Andrew Murray, Cristo é nosso exemplo supremo de obediência. Leia esse excelente artigo.
  2. Memorizar porções das Escrituras são um recomendado exercício espiritual. Mas por que não memorizar um livro todo? Andy Nasseli apresenta 14 razões para você fazer isso.

Mensagem que você precisa ouvir

A profundidade da vida espiritual, por Christian Chen

Hino que honra a Deus

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Letra de Lucy Ann Bennett (1850-1927), música de Joseph Barnby (1838-1896)

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Confronte todas as coisas com a verdade da Bíblia

 

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Artigos que merecem ser lidos

  1. Comentário de João Calvino sobre Romanos 3.23-26
  2. O culto familiar, de A. W. Pink
  3. Biografia de Andrew Murray
  4. A atitude do cristão em relação à volta do Senhor, de Ruth Paxon
  5. Falsas doutrinas sobre a Bíblia (2), de Wilson Porte. Denúncia clara e bíblica de modismos “espirituais” que são contrários à Bíblia. Leia também a parte 1.

Mensagem que merece ser ouvida

Duas formas de morrer, por Martin Lloyd-Jones

Hino que merece ser ouvido

Jesus paid it all

(letra de Elvina M. Hall [1865], música de John T. Grape [1868]. Baseado em Is 1.18; 1Pd 1.18,19; Ap 1.5,6)

Letra original

I hear the Savior say,
“Thy strength indeed is small;
Child of weakness, watch and pray,
Find in Me thine all in all.”

Refrain:
Jesus paid it all,
All to Him I owe;
Sin had left a crimson stain,
He washed it white as snow.

For nothing good have I
Whereby Thy grace to claim;
I’ll wash my garments white
In the blood of Calv’ry’s Lamb.

And now complete in Him,
My robe, His righteousness,
Close sheltered ’neath His side,
I am divinely blest.

Lord, now indeed I find
Thy pow’r, and Thine alone,
Can change the *leper’s spots [*leopard’s]
And melt the heart of stone.

When from my dying bed
My ransomed soul shall rise,
“Jesus died my soul to save,”
Shall rend the vaulted skies.

And when before the throne
I stand in Him complete,
I’ll lay my trophies down,
All down at Jesus’ feet.

Aqui está uma história real relacionada a essa canção:

Na noite de Ano Novo de 1886, alguns missionários estavam mantendo cultos ao ar livre, a fim de atrair os transeuntes a uma missão próxima, onde reuniões seriam realizadas mais tarde. “Tudo a Cristo eu devo” [outro nome pelo qual o hino é conhecido, por conta do verso All to Him I owe da estrofe. (N. do T.)] foi cantado, e, depois de ter dado uma breve palavra, um cavalheiro apressou-se para a missão. Ele logo ouviu passos atrás de si e uma jovem alcançou-o e lhe disse:

– Ouvi você pregar na reunião ao ar livre agora mesmo. Você acha, senhor, que Jesus poderia salvar uma pecadora como eu?

O cavalheiro respondeu que não havia nenhuma dúvida sobre isso, se ela estava ansiosa para ser salva. Ela lhe disse que era uma serviçal, e tinha deixado seu lugar de trabalho naquela manhã depois de um desentendimento com sua senhora. Enquanto ela vagava pelas ruas no escuro, imaginando onde poderia passar a noite, a doce melodia desse hino a havia atraído, e ela se aproximou e ouviu atentamente. Conforme os diferentes versos eram cantados, ela sentiu que as palavras certamente tinham relação com ela. Ao longo de todo o culto, ela parecia ouvir aquilo que sua alma oprimida tinha necessidade naquele momento. O Espírito de Deus lhe havia mostrado quão pobre criatura, pecadora e miserável ela era, e a levou a perguntar o que deveria fazer. Ao ouvir sua experiência, o cavalheiro a levou de volta para a missão e a deixou com as senhoras responsáveis. A jovem rebelde foi trazida a Cristo naquela noite. Um lugar para ela lhe foi dado na família de um ministro. Lá ela ficou doente e teve de ser levada para um hospital. Ela piorou rapidamente, e tornou-se evidente que ela não estaria por muito tempo mais na terra. Um dia, o cavalheiro que ela conhecera na noite de Ano Novo foi visitá-la na enfermaria. Depois de citar alguns versos adequados das Escrituras, ele repetiu o hino favorito dela: “Tudo a Cristo eu devo”, e ela parecia tomada com o pensamento de chegar à glória. Duas horas depois, ela dormiu no Senhor.

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Indicações de sexta (1)

Confronte todas as coisas com a verdade da Bíblia!

Felizmente, há muito material cristão excelente na internet. E, claro, é impossível trazer tudo aqui para o Campos de Boaz. Por isso, decidimos começar esta nova seção: as Indicações de sexta. Toda sexta-feira, vamos apresentar aqui uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe seja útil para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo e para despertar em você mais amor por Ele.

Artigos que merecem ser lidos

1. Caracaterísticas da esposa em que o marido confia, à luz de Provérbios 31. Texto para maridos, a fim de reconhecerem o presente de Deus que receberam, e para esposas, para que busquem a graça a fim de viverem segundo o padrão de Deus.

2. A luta de uma ex-lésbica com seus impulsos sexuais. Útil para toda pessoa que sofre, de algum modo, com pecados relativos ao sexo. E também para quem precisa ajudar pessoas nessa situação.

3. O Espírito Santo na família, de Andrew Murray. Como conduzir a família ao Senhor, na dependência do Espírito? Texto que todos os pais cristãos deveriam ler.

4. O vale dos ossos secos. Comentário sobre a visão de Ezequiel e sua aplicação à história de Israel.

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Cristo é Deus?

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Deus aceita sua entrega (Andrew Murray)

Deus a opera no secreto de nosso coração, Deus exorta-nos, pelo poder oculto de Seu Espírito Santo, a vir e falar dela, e nós temos de trazer e dar a Ele essa entrega absoluta. Mas lembre-se: quando você vir e trouxer a Deus a entrega absoluta, isso pode, conforme seus sentimentos ou sua consciência avançam, ser algo de grande imperfeição, e você pode duvidar, hesitar e perguntar-se: “É absoluta?”

Mas, oh, eu lembro que houve uma vez um homem a quem Cristo disse: “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.” E o coração do homem estava com medo, e ele gritou: “Senhor, eu creio! Ajuda a minha incredulidade.”

Essa foi uma fé que triunfou sobre o diabo, e o espírito maligno foi expulso. E, se você disser: “Senhor, eu me entrego em entrega absoluta a meu Deus”, mesmo que seja com um coração trêmulo e com a consciência que diga: “Eu não sinto o poder, eu não sinto a determinação, eu não sinto a certeza”, ela será realizada. Não tema, mas apenas venha como você é, e até mesmo no meio de seu tremor o poder do Espírito Santo irá operar.

Você ainda não aprendeu a lição de que o Espírito Santo trabalha com grande poder enquanto, no lado humano, tudo parece fraco? Olhe para o Senhor Jesus Cristo no Getsêmani. Nós lemos que Ele, “pelo Espírito eterno”, ofereceu a Si mesmo como sacrifício a Deus. O Todo-poderoso Espírito de Deus estava habilitando-O a fazê-lo. E, ainda que agonia, medo e excessiva tristeza tenham se apoderado Dele, como Ele orou! Externamente, você pode não ver sinal algum do grande poder do Espírito, mas o Espírito de Deus estava ali. Do mesmo modo, quando você estiver fraco e lutando e tremendo, com fé na operação oculta do Espírito de Deus, não tenha medo, mas renda-se.

E quando você entregar-se em absoluta rendição, faça-o na fé de que Deus irá aceitá-la. Este é o grande ponto, e é isso que tantas vezes esquecemos: que os crentes devem estar ocupados com Deus neste assunto de rendição. Eu oro para que você esteja ocupado com Deus. Queremos obter ajuda, cada um de nós, de modo que em nossa vida diária Deus seja claramente por nós, que tenha o lugar correto e seja “tudo em todos”. E, se quisermos ter isso ao longo da vida, vamos começar agora e olhar para longe de nós mesmos e olhar para Deus. Que cada um creia que, mesmo sendo um pobre verme na terra e um temeroso filho de Deus, cheio de falhas e de pecado e de medo, ajoelhando-se aqui, e ninguém sabendo o que se passa em seu coração, e, na simplicidade, disser: “Ó Deus, eu aceito Teus termos; tenho implorado por bênção para mim e para os outros, eu aceitei a Teus termos para a rendição absoluta – enquanto seu coração diz isso em profundo silêncio, lembre-se de que existe um Deus presente que toma nota disso e o escreve em Seu livro, que existe um Deus presente que naquele exato momento toma posse de você. Você pode não sentir isso, você pode não perceber isso, mas Deus toma posse, se você confiar Nele.

Deus não só vindica minha rendição, e a opera e a aceita quando levo a Ele, mas Ele a mantém.

(Traduzido de God Accepts Your Surrender por Francisco Nunes. O uso deste artigo é livre desde que seja feito de forma gratuita, conservando-se as informações de autoria, tradução e endereço do original, sem alterações no texto.)

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Cristo sempre aceitará a fé que coloca sua confiança Nele.

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Cristo, nosso exemplo de obediência (Andrew Murray)

“Assim, também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos” (Rm 5.19). Estas palavras nos revelam o que recebemos graças à obra de Cristo. Da mesma forma como o fato de estarmos em Adão nos torna pecadores, por estarmos em Cristo somos feitos justos.

Essas palavras também nos revelam exatamente o que é em Cristo que nos torna justos. Assim como a desobediência de Adão nos deu a natureza de pecador, a obediência de Cristo nos faz justos. Nós devemos tudo à obediência de Cristo.

Entre todos os tesouros da nossa herança em Cristo, este é um dos mais ricos. Quantas pessoas nunca o estudaram, a tal ponto de amá-lo e se deleitar nele, e assim obter dele a bênção completa!

Ao estudarmos o papel da obediência de Cristo na sua obra para nos salvar, veremos nela a verdadeira raiz da nossa redenção e saberemos dar-lhe o devido lugar no nosso coração e na nossa vida.

“…por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores.” Como foi isso?

A única coisa que Deus pediu a Adão no paraíso foi obediência. A única coisa através da qual uma criatura pode glorificar a Deus ou gozar do seu favor e sua bênção é a obediência. A única causa do poder que o pecado conseguiu no mundo e da ruína que ele desencadeou – é a desobediência. Toda a maldição do pecado que recai sobre nós é devido à desobediência a nós imputada. Todo o poder do pecado que opera em nós nada mais é que isto: que ao recebermos a natureza de Adão, herdamos também a sua desobediência e, conseqüentemente, nascemos já como “filhos da desobediência”.

É evidente que a única obra para a qual seria necessário que Cristo viesse era, precisamente, remover essa desobediência – com sua maldição, seu domínio, sua natureza e suas obras más. A desobediência é a raiz de todo pecado e miséria. O primeiro objetivo da sua obra salvadora foi cortar de vez a raiz do mal e restaurar o homem para o seu destino original: uma vida em obediência ao seu Deus.

Como Cristo Fez Isso?

Em primeiro lugar, ele o fez vindo como o segundo Adão para desfazer o que o primeiro tinha feito. O pecado nos fez acreditar que era uma humilhação sempre ter que buscar e fazer a vontade de Deus. Cristo veio para nos mostrar a nobreza, a bênção, o caráter celestial da obediência.

Quando Deus nos deu o manto de criatura para usar, não sabíamos que sua beleza, sua pureza imaculada, era a obediência a Deus. Cristo veio e vestiu aquele manto para nos mostrar como usá-lo e como, através dele, podíamos entrar na presença e glória de Deus. Cristo veio para vencer e, assim, carregar para longe nossa desobediência, substituindo-a com sua própria obediência sobre nós e em nós. O poder da obediência de Cristo seria tão universal, tão poderoso e tão profundamente arraigado quanto a desobediência de Adão – sim, e muito mais ainda!

O objetivo da vida de obediência de Cristo era triplo: (1) Como um exemplo, para mostrar-nos o que é a verdadeira obediência; (2) Como nossa garantia, satisfazendo pela sua obediência toda a exigência da justiça divina por nós; (3) Como nossa Cabeça, para preparar uma natureza nova e obediente a ser comunicada para nós.

Obediência é Salvação

Cada pessoa que quiser compreender plenamente o que é obediência deve considerar bem o seguinte: é a obediência de Cristo que é o segredo da justiça e da salvação que encontro nele. A obediência é a verdadeira essência dessa justiça: obediência é salvação. Em primeiro lugar, preciso aceitar, confiar e regozijar-me na obediência de Cristo para cobrir, engolir e aniquilar terminantemente toda minha desobediência. Essa precisa ser a base inabalável, invariável, jamais esquecida, da minha aceitação por Deus. E, depois, a obediência dele torna-se o poder de vida da nova natureza em mim – assim como a desobediência de Adão era o poder que me governava até então.

A minha sujeição à obediência é a única maneira que posso manter a minha relação com Deus e com a justiça. A obediência de Cristo à justiça é o único começo de vida para mim; minha obediência à justiça é sua única continuação. Há somente uma lei para a cabeça e para os membros. Tão certamente como a desobediência e a morte foram a lei para Adão e sua semente, a obediência e a vida o são para Cristo e sua descendência.

O único vínculo, a única marca de semelhança, entre Adão e a sua semente é a desobediência. O único elo de ligação entre Cristo e sua semente, a única marca de semelhança, é a obediência.

Examine a Obediência de Cristo

Em Cristo, essa obediência era um princípio de vida. A obediência para ele não era um ato individual de obediência de vez em quando, nem mesmo uma série de atos, mas o espírito de toda sua vida. “Eu não vim para fazer a minha vontade.” “Eis que venho para fazer a tua vontade, ó Deus.” Ele veio ao mundo com um único propósito. Ele vivia somente para fazer a vontade de Deus. O poder supremo, a força mestre de toda sua vida, era a obediência.

Ele deseja produzir o mesmo em nós. Foi isso que prometeu quando disse: “Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu, este é meu irmão e irmã e mãe.”

O vínculo dentro de uma família é a vida comum compartilhada por todos e uma semelhança familiar. O elo entre Cristo e nós é que ele e nós juntos fazemos a vontade de Deus.

Em Cristo, essa obediência era uma alegria. “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus.” “Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou.”

Nossa comida é refrigério e revigoramento. O homem saudável come seu pão com alegria. Mas comida é mais do que prazer – é uma necessidade vital. Da mesma forma, fazer a vontade de Deus era a comida da qual Cristo sentia fome e sem a qual ele não podia viver. Era a única coisa que satisfazia sua fome, que o refrescava, o fortalecia e o tornava feliz.

Em Cristo, essa obediência levava a uma espera pela vontade de Deus. Deus não revelou toda a sua vontade a Cristo de uma só vez e, sim, dia a dia, de acordo com as circunstâncias da ocasião. Na sua vida de obediência, havia crescimento e progresso; a lição mais difícil veio por último. Cada ato de obediência o preparava para a nova descoberta do próximo comando de Deus. Ele disse: “Tu abriste os meus ouvidos; alegro-me em fazer a tua vontade, ó Deus.”

É quando a obediência se torna a paixão da nossa vida que nossos ouvidos serão abertos pelo Espírito de Deus para aguardar os seus ensinamentos, e não nos contentaremos com nada menos que uma orientação divina para nos conduzir à vontade de Deus para nós.

Em Cristo, essa obediência foi até a morte. Quando ele disse: “Eu não vim para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”, ele estava pronto para ir às últimas conseqüências para negar a sua própria vontade e fazer a vontade do Pai. Ele não estava brincando. “Em nada a minha vontade; a todo custo a vontade de Deus.”

Esta é a obediência para a qual ele nos convida e nos capacita. Essa entrega de coração à obediência em tudo é a única verdadeira obediência, a única força capaz de nos levar à vitória. Quem dera que os cristãos compreendessem que nada menos do que isso é o que traz alegria e força para a alma!

Em Cristo, essa obediência nascia da mais profunda humildade. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que esvaziou-se a si mesmo… que tomou a forma de servo… que humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte.”

Ao homem que está disposto a se esvaziar por completo, a se tornar e a viver como servo, “um servo obediente”, a se humilhar profundamente diante de Deus e dos homens – é para este homem que a obediência de Jesus descortinará toda sua beleza celestial e seu poder constrangedor.

Pode ser que haja em nós uma vontade muito forte que secretamente confia em si mesmo e que falha nos seus esforços para obedecer. É quando caímos cada vez mais baixo diante de Deus em humildade, em mansidão, em paciência, em total resignação à sua vontade, dispostos a nos curvar em absoluta incapacidade e dependência dele, que nos será revelado que a única obrigação e bênção de uma criatura é obedecer a este glorioso Deus!

Em Cristo, essa obediência provinha da fé em total dependência da força de Deus. “Eu não faço nada por mim mesmo.” “O Pai que está em mim é quem faz as obras.”

A resposta à entrega sem reservas do Filho à vontade do Pai foi a concessão ininterrupta e irrestrita pelo Pai de todo o seu poder para operar nele.

Assim também será conosco. Se aprendermos que a proporção em que desistirmos da nossa própria vontade será sempre a mesma medida da concessão do seu poder a nós, veremos que uma rendição à obediência total nada mais é que uma fé completa de que Deus haverá de operar tudo em nós.

Vamos fixar a nossa atenção em Cristo, examinando-o como servo obediente e confiando nele como nunca antes. Seja este o Cristo que recebemos e amamos, e com quem procuramos nos parecer. Como a sua justiça é a nossa esperança, deixemos que a sua obediência seja nosso único desejo. Que nossa fé nele, com sinceridade e confiança no poder sobrenatural de Deus operando em nós, aceite Cristo, o obediente, verdadeiramente como nossa vida, aquele que habita em nós.

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Extraído de The School of Obedience (A Escola da Obediência), de Andrew Murray (1828-1917), ministro, missionário e autor na África do Sul.

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