Hoje em dia, nada é mais necessário entre os pregadores do que termos a coragem de nos libertar das mil e uma trivialidades em que somos solicitados a desperdiçar nosso tempo e força, e retornar resolutamente ao ideal apostólico que tornava necessário o ofício do pastorado. Nós continuaremos firmemente na oração e no ministério da Palavra.
(G. Campbell Morgan)
Não é a boca que é a principal coisa a ser vista na oração, mas se o coração está tão cheio de afeto e sinceridade na oração com Deus que é impossível expressar seu senso e desejo; pois um homem deseja de fato quando seus desejos são tão fortes, muitos e poderosos, que todas as palavras, lágrimas e gemidos que podem vir do coração não podem expressá-los.
(John Bunyan)
Nossa vida está cheia da mídia que se destina à distração perpétua, com seus ruídos de fundo que abafam a clareza e a curiosidade provenientes do silêncio.
(David de Bruyn)
É conveniente que um pecador perdoado conheça a força do seu pecado, para que não o favoreça nem menospreze o perdão recebido.
(Richard Baxter)
Para sustentar a crença de que Deus não existe, o ateísmo deve demonstrar conhecimento infinito, o que equivale a dizer: “Eu tenho conhecimento infinito de que não existe um conhecimento infinito”.
(Ravi Zacharias)
Libertação do pecado é uma bênção muito maior do que libertação da aflição.
(Daniel Defoe)
Em Cristo, na cruz do Calvário, “a misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram”.
A civilização moderna é tão complexa que torna a vida de devoção quase impossível. Cansa-nos multiplicando distrações e nos prostra destruindo a nossa soledade, quando, doutro modo, poderíamos beber da Fonte de água vida e renovar as nossas forças antes de sair para enfrentar de novo o mundo. A ciência, que propiciou aos homens certas comodidades materiais, roubou-lhes as almas, cercando-os com um mundo hostil à sua existência.
(A. W. Tozer)
Proximidade de Cristo, intimidade com Ele, assimilação de Seu caráter: esses são os elementos de um ministério de poder.
(Horatius Bonar)
Vamos, portanto, em todas as coisas crer na Palavra de Deus que nos foi entregue pelas Escrituras. Vamos pensar que é o próprio Senhor, que é o próprio Deus vivo e eterno, a falar-nos pelas Escrituras. Vamos para sempre louvar o nome e a bondade Dele, que tem outorgado tão fiel, plena e claramente abrir para nós, miseráveis homens mortais, todos os meios para vivermos bem e santamente.
(Henrique Bullinger)
As aflições, muitas vezes, possuem o notável poder de fazer-nos lembrar de nossos pecados.
(William S. Plummer)
As Escrituras Sagradas, por serem uma regra tanto de nossos deveres para com Deus como de nossas expectativas a respeito Dele, são de muito maior utilidade e benefício para nós do que o dia ou a noite, do que ar que respiramos ou a luz do Sol.
(Matthew Henry)
Creio firmemente que nenhum daqueles autores [da Bíblia] errou em qualquer aspecto quando escreveu.
(Agostinho)
Aprendi a atribuir infalibilidade apenas aos livros chamados canônicos, de forma que creio confiantemente que nenhum de seus autores cometeu erros.
(Martinho Lutero)
A não ser que a Palavra de Deus ilumine o caminho, toda a vida dos homens estará envolta em trevas e nevoeiro, de forma que eles inevitavelmente irão se perder.
Muitos de nós já experimentaram isto: ao nos sentarmos fora de casa para fazer uma refeição, aparece a primeira mosca. O inseto não pousa para “servir-se”, mas voa freneticamente de um lado para outro, dando a impressão de que, devido aos muitos odores, não sabe onde pousar. Isso afeta a todos os que estão ao redor da mesa, gerando agitação: o primeiro se levanta, o segundo tenta matá-la e o terceiro diz: “Fiquem quietos, não façam nada”.
Quem sabe isso ocorra simplesmente porque, devido à abundância de estímulos, a mosca não consegue decidir onde alimentar-se e, desse modo, não encontra tranqüilidade.
Como seres humanos, nós também enfrentamos uma enxurrada de estímulos e distrações, pois a cada dia nos expomos a diversas impressões. Esses estímulos freqüentemente se convertem em tentações para nossa carne, quer dizer, para a velha natureza que há no crente. Podem se apresentar de maneiras diferentes a cada um: esportes, livros, músicas, filmes, jogos de computador, celulares, internet, Facebook, salas de bate-papo, WhatsApp, carreira ou outra coisa. Nossa carne quer pecar. Em sua epístola, o apóstolo Tiago escreve: “Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência” (1.14).
O que atrai nossa atenção não é necessariamente mau em si mesmo, porém afeta nossa carne (a concupiscência) e nos leva a querer satisfazer esse desejo, seja qual for; então, é pecado. “Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (v. 15).
Embora os estímulos possam ser diferentes, têm algo em comum: absorvem nossas atenção, concentração, energia, nosso tempo e nos impedem de estar quietos. Se reagimos a esses atrativos, facilmente deixamos de ler a Bíblia, de refletir sobre o que lemos e de orar.
O leque de atividades é cada vez maior e mais variado, e atrás dele se esconde uma estratégia de Satanás:
Tenta evitar que o homem reflita sobre a eternidade, sobre o que vem depois da morte, sobre o motivo de sua existência e, ao final das contas, sobre o próprio Deus.
Como não tem podido evitar a conversão de homens em filhos de Deus, tenta impedir que se alegrem em seu andar com o Senhor Jesus. Quer evitar que tenham comunhão com o Pai e com Seu Filho, Jesus Cristo; põe obstáculos para que não orem nem vivam para a glória de Deus. Então, usa qualquer meio para enchê-los de atividades a cada dia.
Isso acontece com você e comigo? Satanás alcança seus objetivos?
“Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor” (Gl 5.13). Um atleta de alto nível é muito disciplinado, treina todos os dias e se alimenta adequadamente. Ao mesmo tempo, renuncia a muitas coisas que lhe impedem de chegar à meta desejada. A vida de um filho de Deus também não pode ser passiva, pois, por si mesma, uma bola nunca rola ladeira acima, apenas ladeira abaixo.
Necessita-se de muita disciplina e de energia para renunciar ou dizer “não” a todas as tentações ou aos pensamentos. Podemos obter essa disciplina sobretudo mediante a oração. O Senhor Jesus disse a Seus discípulos no jardim do Getsêmani: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38).
Freqüentemente as distrações nos roubam tempo à noite; dormimos tarde e, no dia seguinte, é difícil levantar-nos. Quanto tempo nos sobra, então, para começar tranqüilamente o dia, com um adequado tempo devocional?
Um serviço de acordo com os pensamentos de nosso Senhor emana e se realiza na comunhão com Ele.
“Deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1).
Estar quietos não significa cruzar os braços e não fazer nada. Se nos retiramos do ruído e dos estímulos cotidianos, da abundância das distrações, é para buscar em quietude a comunhão com nosso Pai celestial e com nosso Senhor Jesus Cristo, orando e ocupando-nos da Palavra. Assim, o Senhor nos molda, fortalece e prepara para a tarefa que nos quer dar.
Um serviço de acordo com os pensamentos de nosso Senhor emana e se realiza na comunhão com Ele. Em Marcos 6.7, o Senhor enviou os discípulos e lhes deu uma missão; quando a cumpriram, reuniram-se novamente: “E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus e contaram-Lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado (v. 30). O serviço deles começou na comunhão com o Senhor (3.13,14) e com Seu encargo, e terminou quando “Lhe contaram tudo”. Então, o Senhor Jesus “disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer” (6.30,31).
O Senhor sabia em que momento devia tirar Seus discípulos da agitação e levá-los a um lugar tranqüilo para descansar e comer algo.
Às vezes, temos a tendência a ir aos extremos: ou perdemos o tempo (esse precioso tempo que Deus nos tem dado) ou nos envolvemos em muitas atividades, e cedo ou ou tarde temos uma decepção porque estamos agindo com nossa própria força. Peçamos ao Senhor que nos ajude a ser equilibrados, seja retirando-nos, seja agindo no momento adequado.
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1).
(Traduzido por M. Luca de Un mensaje bíblico para todos, n. 09/2015, autoria de R.P., publicado por Ediciones Bíblicas Para Todos (Suíça). Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria e de tradução e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)
Talvez o maior problema da maior parte dos filhos de Deus seja manter a linha de separação entre aquilo que são neles mesmos e aquilo que Cristo é neles.
A grande frente de ataque do inimigo é trazer o que somos continuamente à tona e nos ocupar com isso, obscurecendo assim a Cristo. O grande objetivo do Espírito Santo em Sua oposição a Satanás é trazer Cristo à vista e ocupar-nos com Ele para obscurecer a nós mesmos. É aí que se levanta a grande dificuldade para a maioria dos filhos do Senhor. Existe sempre essa investida para nos manter ocupados com nós mesmos e com aquilo que somos, a fim de nos manter longe de estarmos ocupados com Cristo e com o que Ele é; de forma a abrir uma brecha, um abismo, uma separação e ter-se a linha limítrofe removida para que então haja confusão. Deus começa com o Primogênito. Isso implica algo completamente diferente daquilo que somos, e é importante ver o que Deus diz e como Deus vê aqueles que são apresentados como estando em Cristo e em quem Cristo está […].
Quando Cristo está em nós, Deus nos vê por intermédio de Cristo. Oh, que reconheçamos isto: que, quando Cristo está em nós, há a corporificação do pensamento de Deus, e Ele é capaz de dizer isso de nós. Seu lidar conosco relaciona-se a Cristo que agora está em nós pelo Espírito Santo, e em Quem estamos. O fato do Primogênito estar invariavelmente ligado à morte e à ressurreição é a maneira de Deus dizer que aquilo que somos em nós mesmos por natureza está enterrado, de Seu ponto de vista, e é Seu Filho somente que propicia o lugar onde estamos como o Ressurreto, o Único que vive diante Dele. Tudo mais está morto e enterrado à vista de Deus, e Deus espera que tomemos essa atitude. Lembremos que estamos mortos e enterrados.
(Traduzido por Tathyane Faoth. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)