Eu preferiria ensinar um homem a orar do que dez homens a pregar.
(Charles Spurgeon)
Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração.
(John Bunyan)
Não há nada que diga a verdade a nosso respeito como cristãos tanto quanto nossa vida de oração.
(Martyn Lloyd-Jones)
Não é a singularidade do “cristianismo” como um sistema que nós defendemos, mas a singularidade de Cristo. […] Então, porque em nenhuma outra pessoa, senão em Jesus de Nazaré, Deus primeiro se fez tornou humano (em Seu nascimento), em seguida carregou nossos pecados (em Sua morte), depois venceu a morte (em Sua ressurreição) e, então, habitou em Seu povo (por Seu Espírito), Ele é singularmente capaz de salvar pecadores. Ninguém mais tem Suas qualificações.
(John R. W. Stott)
É bem conhecido que Cristo constantemente usou a expressão “seguidor”. Ele nunca pediu por admiradores, adoradores ou adeptos. Não, ele chama discípulos. Não são adeptos de um ensinamento, mas seguidores de uma vida que Cristo está procurando.
(Soren Kierkegaard)
Perseverança em crer não exclui todas as tentações. Quando dizemos que uma árvore está firmemente arraigada, não dizemos que o vento nunca sopra sobre ela.
(John Owen)
Quando aflições nos prendem, nós murmuramos e resmungamos e lutamos até que vejamos que é Deus que nos golpeia.
É o grande dever de cada cristão esforçar-se ao máximo valendo-se de todos os recursos que Cristo tem dado, para não cair em tentação.
Por que é tão importante este dever? Vamos considerar algumas razões que a Bíblia nos dá.
Razão 1
O Senhor Jesus Cristo nos deu um padrão para nossa oração diária. Neste modelo uma das petições é: “e não nos deixes cair em tentação; mas livrai-nos do mal” (Mt 6.13). Este petição pode ser parafraseada: “Opera em nós de tal maneira que sejamos poderosamente libertos daquele mal que acompanha nossa entrada na tentação” – Nosso bendito Salvador sabe como a tentação é perigosa e como precisamos da ajuda de Deus para sermos guardados de entrar na tentação. Confiamos na sabedoria, no amor e no cuidado de Jesus pelo Seu povo. Ele enfatiza este dever; devemos levá-lo a sério.
Razão 2
O Senhor Jesus Cristo prometeu uma grande recompensa a igreja em Filadélfia (Ap 3.10). Essa recompensa era a libertação da hora da provação que viria sobre o mundo inteiro. Você deseja essa benção? Deve, então, levar a sério o que Cristo designou como meios pelos quais podemos nos guardar da hora da provação.
Razão 3
Quando consideramos os horrendas conseqüências que têm sido o resultado dos homens (tanto os injustos como os justos) entrarem na tentação, a sabedoria impõe que levemos bem a sério este dever. Estas horríveis conseqüências podem ser ilustradas à luz da experiência de duas classes diferentes de pessoas:
a) Pessoas que aparentam ser cristãos genuínos mas não o são.
Estas pessoas são descritas pelo Senhor Jesus Cristo na Sua parábola do semeador como “ouvintes semelhantes a terreno rochoso”. Eles “recebem a palavra com alegria quando a ouvem, mas não tem raiz” (Lc 8.13). Eles crêem apenas por algum tempo, e na hora da provação se desviam.
Em todas as épocas há pessoas assim. Parece que iniciam bem na vida cristã, todavia, mais cedo ou mais tarde entram num período de tentação e abandonam sua profissão de fé. Estas pessoas também são descritas pelo Senhor Jesus como sendo semelhantes “a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia”. O que acontece com esta casa? Ela abriga estas pessoas por algum tempo, porém quando a provação de um dia tempestuoso vem, ela cai, sendo grande a sua ruína” (Mt 7.26-27).
Verificamos que Judas seguiu o Senhor Jesus durante três anos. Ninguém, a não ser o Senhor Jesus podia perceber a diferença entre Judas e os outros do grupo dos doze. Tão logo Judas entrou em tentação ele caiu para não mais vir a ser restaurado. Demas identificou-se com o apóstolo Paulo até que o amor do mundo o venceu e ele abandonou Paulo (2Tm 4.10). A entrada na tentação para essas pessoas é uma entrada na apostasia. Em muitos casos a apostasia é evidente e todos a percebem; noutros casos ela só se evidenciará no dia do juízo.
b) Pessoas que são verdadeiros cristãos
A Bíblia nos oferece muitas ilustrações das terríveis conseqüências de santos autênticos entrando na tentação. Precisamos nos limitar a uns poucos exemplos:
Adão
Adão foi criado à imagem de Deus, com uma natureza santa, e portanto ele não estava sujeito aos desejos pecaminosos de uma natureza caída. No entanto, mesmo ele foi vencido pela tentação assim que nela entrou. Como resultado disso ele se perdeu e se arruinou, bem como a toda a raça humana. Se um homem nas condições ideais de Adão pôde cair tão facilmente, que esperança existe para o resto da raça humana? Temos que lutar não apenas com o diabo, como no caso de Adão, mas também com um mundo que está debaixo da maldição de Deus, e como todos os desejos pecaminosos de uma natureza caída.
Abraão
Abraão, o pai dos fiéis, duas vezes entrou na mesma tentação. O receio quanto a segurança da sua esposa o tentou a mentir (Na verdade a mentira dele a colocou mais em perigo ainda – a verdadeira preocupação era com a segurança dele). Deus foi desonrado, e Abraão sem dúvida alguma experimentou tristeza e remorso (Gn 12.12,13; 20.2).
Davi
Davi, “o homem segundo o coração de Deus”, entrou em tentação para cobiçar outra mulher. Caiu nos pecados de adultério e de planejamento pecaminoso que envolveu outras pessoas no seu pecado. Chegou até mesmo a planejar a morte de um homem justo.
Muitos outros
A tentação e a queda de muitos outros tais como Noé, Ló, Ezequias e Pedro nos é relatada para nossa instrução. Ele nos dão evidencia dolorosa de como os santos podem facilmente cair em pecados graves como resultado de entrarem em tentação. À luz de tais exemplos cada um de nós fará bem em orar: “Ó Senhor, se santos tão ilustres e poderosos podem cair tão miseravelmente quando entram na tentação, como poderei eu resistir nesse dia? Ó, guarda-me, para que eu não entre em tentação!!”
Deus nos tem feito muitas advertências e nos tem dado muitos exemplos de outros santos que caíram em pecado quando foram tentados. A despeito disso, alguns cristãos entram ousadamente no caminho da tentação. Quão grande tolice!