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Desconhecido Doze pérolas Estudo bíblico

Doze pérolas (32)


Sete “andar” em Efésios

  1. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (2.1,2).
  2. “Somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (2.10).
  3. “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados” (4.1).
  4. “E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente” (4.17).
  5. “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (5.1,2).
  6. “Noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (5.8).
  7. “Vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios” (5.15).
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Doze pérolas (29)


Abraão, Isaque, Jacó, José

  1. Abraão prefigura eleição e graça: “Em Cristo Jesus vos chamou” (1Pd 5.10).
  2. Isaque prefigura filiação e herança: “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros” (Rm 8.17).
  3. Jacó prefigura disciplina e maturidade: “Que filho há a quem o Pai não corrija?” (Hb 12.7b).
  4. José prefigura sofrimento e glória: “Se sofremos, também com Ele reinaremos” (2Tm 2.12).
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Doze pérolas (28)

Oito meios de santificação no Novo Testamento

  1. Pelo Pai (Jd 1; Jo 17.17)
  2. Pelo Filho (Hb 2.11; 1Co 1.30)
  3. Pelo Espírito (Rm 15.16; 1Co 6.11; 2Ts 2:13; 1Pd 1.2)
  4. Pela palavra de Deus – “a verdade” (Jo 17.17; Ef 5.26; 1Tm 4.5)
  5. Pela oração (1Tm 4.5)
  6. Pelo casamento (1Co 7.14)
  7. Pelo sangue de Jesus (Hb 10.29; 13.12)
  8. Pela vontade de Deus (Hb 10.10)

O Espírito Santo, no Novo Testamento, corresponde ao azeite da unção no Antigo.

A Palavra de Deus, no Novo Testamento, corresponde à água da purificação no Antigo.

O sangue do Senhor Jesus, no Novo Testamento, corresponde ao sangue das ofertas e às cinzas da novilha, no Antigo.

No Antigo Testamento temos a sombra; no Novo, a realidade.

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Doze pérolas (27)


Quatro números três na Bíblia

Três coroas

  1. da justiça (2Tm 4.8)
  2. da vida (Tg 1.12)
  3. da glória (1Pd 5.4)

Três visões do Pastor

  1. o Grande Pastor, objeto de fé (Sl 22)
  2. o Bom Pastor, objeto de amor (Sl 23)
  3. o Sumo Pastor, objeto de esperança (Sl 24)

Três manifestações de Cristo

  1. no passado (Hb 9.26)
  2. no presente (Hb 9.24)
  3. futuro (Hb 9:28)

Três ceias

  1. ceia do evangelho (Lc 14.16)
  2. ceia das bodas do Cordeiro (Ap 19.9)
  3. a grande ceia da ira (Ap 19.17-21)
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Desconhecido Doze pérolas Estudo bíblico

Doze pérolas (25)


Fé, esperança e amor

Nossa repousa no Senhor Jesus, o Grande Pastor (Hb 13.20).
Nosso amor confia no Senhor Jesus, o Bom Pastor (Jo 10.11,14).
Nossa esperança busca o Senhor Jesus, o Sumo Pastor (1Pd 5.4).

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Doze pérolas (22)

O Senhor estava com…

1. José, que é um tipo de Cristo

  • quando José foi vendido por seus irmãos, “Deus era com ele” (At 7.9)
  • o Senhor estava com ele na casa de Potifar (Gn 39.2)
  • e seu dono viu que o Senhor estava com ele (v. 3)
  • o Senhor estava com ele também na prisão (v. 21)
  • e o carcereiro-mor entendeu isso também (v. 23)

2. Samuel (1Sm 3.19)

3. Davi, que é um tipo de Cristo

  • um servo de Saul deu testemunho disso (1Sm 16.18)
  • Saul temia a Davi por essa razão (18.12)
  • além da prudência de Davi, “o Senhor era com ele” (v. 14)
  • Saul tramou contra Davi por essa razão (v. 28)
  • Benaia reconheceu isso (1Rs 1.37)

4. Finéias, sacerdote (1Cr 9.20)

5. Salomão (2Cr 1.1)

6. Jeosafá, rei (2Cr 17.3)

7. Cristo

  • Nicodemos reconheceu isso por causa dos sinais que Cristo fazia (Jo 3.2)
  • Pedro dá testemunho disso (At 10.38)
  • “Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5.19)

Amado leitor, o Senhor está contigo?

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Consolo Cristo Desconhecido

Jesus, um amigo!

Em quem você pode confiar a todo tempo?

“Há um amigo mais chegado do que um irmão” (Pv 18.24).

Quem será este Amigo? Jesus! Isso mesmo. Sabia que você não hesitaria: é, de fato, o homem Cristo Jesus. “Debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens” ao qual essa personalidade se ajuste tão adequadamente (cf. At 4.12). Homens elevados são sinônimo de vaidade; homens inferiores são sinônimo de mentira; homens de qualquer posição são canas quebradas – de nenhum deles se pode depender. Falam com cortesia e quase se passam por honestos, mas acabam por falhar. Seja pela inconstância ou pela fragilidade, por não serem sinceros ou por não serem hábeis, falham conosco quando mais precisamos de sua ajuda. Mas não nosso “irmão mais velho”, nosso Amigo divino. Ele é Cristo Jesus, o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 13.8).

Diga, cristão: poderia eu ter mencionado alguém cuja companhia você desejaria mais? Sei que Ele é precioso para você; precioso o tempo todo.

Jesus Cristo é o amigo mais antigo. Este é um fato que, por si só, já O aproxima de nós. “Não deixes o teu amigo, nem o amigo de teu pai” (Pv 27.10), indicando que alguém assim, que tem sido um amigo próximo de nossa família por muito tempo, deve, de fato, ser valorizado.

Aqui, Cristo supera infinitamente o amigo mais antigo que tivermos. Veja o que Ele diz sobre Si mesmo: “Quando [Deus] compunha os fundamentos da terra, então Eu estava com Ele, e era Seu arquiteto; era cada dia as Suas delícias, alegrando-Me perante Ele em todo o tempo; regozijando-Me no Seu mundo habitável e enchendo-Me de prazer com os filhos dos homens” (Pv 8.30,31). Eis aqui uma inigualável amizade altruísta!

No Antigo Testamento, nós O vemos freqüentemente como “Anjo do Senhor” e “Anjo da aliança” transmitindo mensagens de amor para Seu povo. Mas nenhuma expressão é mais enfática que Sua própria palavra. “Em toda a angústia deles Ele foi angustiado, e o anjo da Sua presença os salvou; pelo Seu amor, e pela Sua compaixão Ele os remiu; e os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade” (Is 63.9).

Se um completo estranho viesse em nosso favor em meio à angústia e nos oferecesse alívio, não saberíamos ao certo se confiar nele é seguro. “Como posso saber quem ou o que ele é? Talvez só queira zombar de minha dor. Se ele fizer o que diz, vou agradecer-lhe; mas não é seguro acreditar antes de ver se faz o que promete.”

Agora, a respeito de Cristo, essa refutação não existe. Ele não é um estranho. Ele é alguém com quem estamos familiarizados há muito tempo. Tem sido um amigo da família há mais dias do que conseguimos nos lembrar; e pelos dias posteriores também. Nós “temos ouvido e sabido, e nossos pais nos têm contado” (Sl 78.3) quão amável Ele lhes foi, além de termos recebido milhares de provas de Sua gentileza para conosco. Deveria eu deixar de confiar Nele agora? Não! Embora minha provação presente seja mais difícil que qualquer outra pela qual tenha passado antes, posso confiar Nele. “Eu me lembrarei dos anos da destra do Altíssimo, lembrarei das Tuas maravilhas da antiguidade” (Sl 77.10,11), e não tenho a menor dúvida de que Ele, que tem sido meu amigo e amigo de meu pai por tantos anos, continuará a ser um amigo para mim, quando e o quanto eu precisar Dele.

Jesus Cristo é um amigo carinhoso. Encontramos pessoas que falam com muita gentileza e respeito; nada além de expressões como “querido amigo” a cada palavra e afirmações sobre “como estariam felizes em nos servir” – embora, ao mesmo tempo, tenhamos razão para pensar que não há sinceridade real em sua consideração, mas um desgosto verdadeiro. Preferiam, furtivamente, agir com grosseria para conosco.

No entanto, Jesus não é um desses. Jamais engano algum foi ouvido em Sua boca.

Sempre que professa amor, Seu coração e Suas mãos acompanham o que diz. Teste-O acerca dessas coisas, das expressões comuns de consideração entre amigos, e verá como Cristo tem supremacia em todas elas.

Por exemplo: amigos sinceros compadecem-se mutuamente um do outro e compartilham alegrias e pesares. Cristo o faz: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.15,16).

Amigos sinceros amam a companhia uns dos outros e aproveitam cada oportunidade de estarem juntos. E, quando forçados a se separarem, planejam encontrar-se outra vez o mais rápido possível. Cristo age assim. Ele “anda no meio dos sete castiçais de ouro” (Ap 1.13) e “ama as portas de Sião, mais do que todas as habitações de Jacó” (Sl 87.2).

Amigos sinceros preocupam-se com os interesses uns dos outros. Faça uma gentileza a um, e o outro a valorizará como se tivesse sido feito a si. Prejudique a um, e o outro se ressentirá como se tivesse sido feito a ele. Cristo sentiu a ira de Saulo contra a Igreja: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” (At 9.4).

Amigos sinceros abrem o coração com liberdade uns aos outros. São atenciosos uns para com os outros, ainda que distantes. Em tudo isso, e de várias outras formas, Jesus mostra-se o Amigo mais carinhoso e mais cheio de afeto.

Jesus Cristo é um amigo leal. Alguns seriam considerados amigos muito bons por não fazerem nada além de nos elogiar, aplaudir nossas palavras e ações – mesmo quando são erradas – e nos divertir em nossas folias e vícios. Contudo, não há amizade em nada disso. Às vezes, é muito difícil ser o lado que age com lealdade, bem como é difícil ser o lado que recebe a lealdade.

Mas Cristo é um amigo leal. “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo” (Ap 3.19).

Jesus Cristo é um amigo poderoso. Talvez tenhamos muitos amigos sinceros – e, ainda assim, nunca sermos o melhor amigo para eles. Eles podem nos desejar o bem, mas isso é tudo o que podem fazer. São pobres, fracos e também precisam de ajuda. Mas, se tivermos um Amigo tão rico quanto amável, então, nos consideramos favorecidos; e, se algum dia estivermos em uma situação difícil, saberemos a que fonte recorrer.

E quem é rico como Cristo? Ele é o herdeiro de todas as coisas. “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude Nele habitasse” (Cl 2.19).

Ele é um amigo constante. “Como havia amado os Seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13.1). Não é o que costuma acontecer em amizades humanas. Às vezes, uma mera bobeira pode dissolvê-las. Aqueles que uma vez foram amigos sinceros por anos podem tornar-se inimigos amargos um do outro.

Mas, uma vez que Cristo estabelece Seu amor, Ele nunca mais o toma. Sua afeição não muda por causa de nossa condição. Ele nunca se envergonha de nós por sermos pobres e estarmos em sofrimento.

A amizade de Cristo não somente se estende por todas as mudanças da vida, como também pela morte e pela eternidade. Permita que amigos terrenos caminhem o mais perto possível; partirão após a morte. Se nos acompanharem até a beira do túmulo, ali deverão partir e despedirem-se. Mas Cristo é um amigo que estará ainda mais próximo quando todo o conforto terreno for deixado.

Se temos um tal amigo como Jesus, mostremo-nos gratos e carinhosos a Ele. Ele se compadece de nós em nossos pesares e em nossas alegrias. Será que fazemos o mesmo com Ele? Preferimos a Ele a nossa maior alegria terrena?

“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” (Ct 6.3).

“Não temas, porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu. Quando passares pelas águas estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque Eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador” (Is 43.1-3).

“Quem tenho eu no céu senão a Ti? E na terra não há quem eu deseje além de Ti. A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção para sempre” (Sl 73.25,26).

“E assim para vós, os que credes, [a Pedra principal, que é Cristo] é preciosa” (1Pd 2.7).

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Desconhecido Perdão

Um espírito perdoador

A cruz nos capacita a perdoar os outros!

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14,15).

O Senhor não ficou satisfeito com este impressionante chamamento para a graça prática na oração prescrita a Seus discípulos: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (v. 12), pois imediatamente depois completou com ênfase: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (v. 14).

Há tal confusão na cristandade quanto ao perdão dos pecados que a verdadeira força das solenes palavras do Senhor é grandemente perdida. A vasta maioria dos cristãos têm uma visão tão nebulosa da eterna redenção que temem crer na completa e permanente eficácia da obra de Cristo. As boas-novas, ou evangelho, de Deus são portanto despojadas de seu poder. Eles não são melhores do que um judeu que trouxe sua oferta, confessou seus pecados e foi embora com o conforto de que foi perdoado. Assim como este tinha de trazer sacrifícios com freqüência, assim os mal ensinados cristãos falam de sua necessidade de serem aspergidos de novo e de novo com aquele sangue, apesar de ter sido dito que ele foi derramado de uma vez por todas.

A vasta maioria dos cristãos têm uma visão tão nebulosa da eterna redenção que temem crer na completa e permanente eficácia da obra de Cristo.

Quanta cegueira, se não alegarmos nada mais, ao testemunho de Hebreus 10! O perfeito sacrifício fez cessar o imperfeito. Os adoradores uma vez limpos não têm mais consciência dos pecados; em evidente contraste com os sacrifícios levíticos, dos quais eram feitos lembrança ano após ano, os cristãos têm direito à remissão dos pecados. Cristo veio para remover o temporário e estabelecer o perpétuo. Assim sendo, quando Ele ofereceu um sacrifício pelos pecados, Ele eternamente [continuamente] sentou-se à mão direita de Deus. Ele tinha feito tudo perfeitamente a fim de apagar a culpa de Seus amigos (que haviam sido Seus inimigos), e assentou-se como prova de Seu triunfo, e está aguardando até que Seus inimigos, que O rejeitaram, e as obras deles sejam postos por escabelo de Seus pés. Então, Ele virá publicamente e pisará na rebelião aberta deles na consumação da era. Mas, para o cristão, o Espírito Santo testifica que de seus pecados e de sua anarquia Deus não se lembra mais. Agora, onde a remissão desses está, não há mais oferta pelo pecado: todas as coisas desse tipo são suplantadas e mais do que cumpridas em Cristo.

Mas, aqui, a fé falha, porque a Palavra de Deus não é recebida em sua divina e conclusiva autoridade; e, por causa disso, almas são defraudadas de paz e alegria ao crer; e toda a devoção a Deus é reduzida, apesar de termos sido comprados, como fomos, por um preço incalculável. Essa incredulidade ainda é aumentada por confundir coisas que se diferem, como nosso texto indica, com aquela completa redenção que repousa unicamente na cruz de Cristo. Ainda mais quando as benditas instituições da cristandade, como o batismo e a ceia do Senhor, foram tornadas ordenanças salvíficas, não figurativamente, mas intrinsecamente; e uma classe clerical se fez necessária e com direito divino de aplicá-las com o devido efeito aos leigos: uma invenção que sobrepujou as mais altas reivindicações do sacerdócio judeu, e em princípio nega o evangelho.

Mas, embora o Senhor, nem aqui ou em qualquer parte de Seu ensinamento no Monte, se refira à redenção que estava para realizar, Ele tinha uma importante lição para inculcar a Seus discípulos sobre cultivar um espírito de graça. Se o judeu em geral não podia elevar-se acima da lei na distância de Deus que ela produzia, acima do medo que encheu o grande mediador de tremores, e acima da prontidão em denunciar e amaldiçoar que ela gerou, a graça é a atmosfera na qual cristãos vivem e florescem. Sem dúvida, é mediante a justiça, mas, ao mesmo tempo, é a graça reinando.

O que era isso que atraía ao Senhor Jesus mesmo João, o batizador? O que era isso que, apesar de um ambiente de legalismo, por fim floresceu e deu frutos tão doces em Pedro e João e Tiago e um nobre exército de mártires e confessores? O que era isso que derreteu o coração de aço de Paulo e fez dele a mais ardente e sofredora testemunha de Jesus Cristo, e Ele crucificado, para o mundo? O que mais poderia começar com a mais orgulhosa, mais auto-satisfeita, obstinada e rebelde raça e transformá-la em pobres em espírito, em quem chora, em mansos, em quem tem fome e sede por justiça, em misericordiosos, em puros de coração, em pacificadores, em perseguidos por causa da justiça, e mesmo por amor a Ele, para quem a nação e seus sumos sacerdotes julgaram a crucificação ser justa, e assim cumpriram a Lei, os Salmos e os Profetas?

Assim como foram a graça e a verdade que deram vida aos discípulos, e a deram com abundância no poder da ressurreição de Cristo, assim se segue aquela plena e permanente remissão que Seu sangue assegura, e isso ininterruptamente. Mas o pecado tolerado interrompe a comunhão com nosso Deus e Pai, e necessita a advocacia de Cristo para limpar os pés que foram contaminados, mediante o lavar de água pela palavra. Seu sangue retém intacta sua virtude expiatória; mas a palavra é aplicada pelo Espírito em resposta ao Cristo elevado, e aquele que pecou se arrepende no pó e em cinzas. Pois “este [Cristo] é Aquele que veio por água e sangue” (1Jo 5.6). Nós precisamos de ambos, e temos ambos, e nada podemos fazer sem a água, assim como temos o sangue de uma vez por todas. Quem quer que ignore, ou (pior ainda) negue, a dupla provisão da graça, mina a redenção e confunde a verdade de Deus.

Você, que mantém ressentimentos e fica afagando as ofensas (freqüentemente exageradas, se não imaginadas) que outros lhe fizeram, tenha cuidado!

Agora o Senhor especifica que um espírito não-perdoador é intolerável para nosso Pai em Seu governo diário de Seus filhos. E não é de se admirar. Isso é como retornar da graça para a lei, de Cristo para o miserável ego. Conseqüentemente, como na oração, Ele recomenda com insistência graça com relação àqueles que podem nos ofender mesmo de modo muito doloroso, e amor, a respeito do qual Ele diz, alertando de modo leal e terno, que sua falta é, na prática, detestável a Seus olhos. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”.

Você, que mantém ressentimentos e fica afagando as ofensas (freqüentemente exageradas, se não imaginadas) que outros lhe fizeram, tenha cuidado. Se você é cristão, está em total falta no tocante a esse dever característico, está muitíssimo diferente de Cristo. É preciso que alguém lhe diga que você está tão infeliz quanto está endurecido? Não é nada para seu espírito elevado, degradante quanto isso o é para um cristão, que seu Pai não lhe perdoe as ofensas? Não perca tempo com um estado tão ruim e orgulhoso e não entristeça mais o Espírito Santo de Deus que selou você. Não deixe o sol se pôr sobre sua ira, nem dê lugar para o diabo (Ef 4.26,27).

 

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