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Cristo Deus G. Campbell Morgan

O Filho: a palavra final de Deus para o homem

“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1.1).

A Epístola aos Hebreus tem um valor especial para os dias de hoje porque existe uma difundida concepção de Cristo que é mais baixa do que aquela do Novo Testamento. Ao nos voltarmos para a carta aos hebreus, vemos quão separado Cristo está de todas as outras coisas, e a razão disso é Seu ser e Sua obra. Duas vezes na carta, o escritor chama seus leitores para “considerá-Lo” [a Cristo]. Na primeira ocasião, ele diz: “Considerem o apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (3.1), e, mais tarde, acrescenta: “Considerai, pois, Aquele que suportou tais contradições dos pecadores” (12.3). É evidente que essa carta foi escrita para os hebreus, porém seus ensinamentos são para todos os cristãos. O escritor estava supremamente consciente do fato de que o povo hebreu foi criado e escolhido por Deus a fim de ser Seu instrumento para alcançar todas as nações; e, quando trata dessa grande verdade do ponto de vista dos hebreus, assim o fazia no interesse de todos aqueles que estavam no propósito de Deus. Portanto, embora a carta seja um documento hebreu, ela também é preeminentemente um documento humano; e, embora Cristo seja apresentado a nós tendo como pano de fundo o que aconteceu com os hebreus, Ele permanece em primeiro plano claramente revelado como relacionado ao propósito de Deus para a humanidade. Nas sentenças de abertura do livro somos conduzidos a estar frente a frente com uma declaração decisiva. Ali há dois fatos definidos: o primeiro: Deus; o segundo: Deus fala.

O primeiro indica a realidade de que Deus é a verdade de toda a literatura bíblica. Não podemos ler a primeira sentença em Hebreus sem sermos lembrados da primeira frase em Gênesis: “No princípio, Deus”. Aqui, e na verdade em qualquer outro lugar da Bíblia, a realidade de Deus é reconhecida e referida sem nenhum argumento. O segundo fato definido é que Deus se faz conhecido a nós, que Ele fala. Isso imediatamente apresenta Deus como mais do que uma energia ou uma idéia, antes como tendo inteligência e fazendo-nos conhecido Seu pensamento.

Posteriormente na carta, o escritor diz: “É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que O buscam” (11.6). Essa declaração acompanha as declarações a que nos referimos, isto é, a existência de Deus e o fato de que Ele se aproxima da humanidade para se fazer conhecido. As declarações são de que Deus falou na história de duas maneiras.

Lembremo-nos novamente que a carta foi dirigida aos cristãos hebreus. Necessariamente sua perspectiva é limitada por esse fato. Podemos parar por um momento e ter um panorama mais amplo. Não há dúvida que Deus falou a outras pessoas, e de outras formas, as quais prestarão contas por certos elementos da verdade a serem descobertos em cada forma de pensamento religioso. Todavia, cremos que Seu discurso supremo e central a todas as pessoas veio por meio do povo hebreu. Desse ponto de vista, o escritor, olhando a história humana, diz: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneira, aos pais, pelos profetas”, referindo-se a toda a economia passada, e continua: “A nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (1.1).

Se pesquisarmos a literatura do Antigo Testamento, que nos dá uma ideia daquilo a que o escritor se refere pela frase “no passado”, descobriremos que, em Seu tratamento com a humanidade, está registrado que Deus falou primeiro por intermédio de anjos ― nenhum profeta ou sacerdote é encontrado em Gênesis. Depois, Ele falou pelos líderes Moisés e Josué. Ele nunca falou aos homens diretamente, com respeito a Seu governo, por meio de reis. Então, vieram os profetas, e devemos encontrar todas essas referências ao longo da carta. Devemos pesquisar a carta imaginando ser um hebreu cristão lendo-a e encontrando uma resposta às coisas que ele pode estar inclinado a dizer, se fosse tentado a pensar que, na passagem do esplendoroso ritual da economia mosaica para a simplicidade encontrada em Cristo, algo vital fosse perdido.

“As coisas de nossa religião foram ministradas por anjos”, ao que o escritor responde: “Isso é verdade, mas o Filho é superior aos anjos”. “Mas”, diz o hebreu cristão, “tivemos um grande líder dado por Deus, Moisés”. “Isso”, diz o escritor, “é igualmente verdadeiro, mas ele foi um servo na casa, e o Filho é maior que o servo, e, além disso, ao guiar o povo para sair, Moisés foi incapaz de guiá-los para a possessão”. “Que sendo confirmada”, diz o hebreu, “Josué nos guiou para a terra”. “Ele o fez”, diz o escritor, “mas não pôde dar descanso. O Filho não somente guia para sair, mas guia para entrar, e dá descanso.”

Continuando, o hebreu poderá se referir ao sacerdócio e ao sistema ritualístico do passado. “Isso”, responde o escritor, “é verdade, e foi divinamente arranjado, mas não tornou nada perfeito, e a vinda do Filho foi a vinda do Sacerdote com a melhor aliança e a melhor adoração.” “E ainda”, o hebreu pode dizer, “tivemos profetas que nos falaram a palavra de Deus”. “Isso é verdade”, é o argumento do escritor da carta, “mas tudo o que eles falaram foi parcial. A Palavra de Deus por meio do Filho é completa e final”. Por isso, vemos que a declaração de que Deus falou em tempos passados, de várias formas, é reconhecida por toda parte como sendo verdadeira. Deus certamente estava fazendo a Si mesmo e a Seu caminho conhecidos ao longo de todo esse período, mas finalmente falou em Seu Filho.

A questão que se levanta é: por qual razão Deus adotou esse método de tratar com o povo? Podemos encontrar ajuda nas palavras que nosso Senhor ofereceu aos discípulos no final de Seu ministério: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (Jo 16.12). Dessas palavras vemos que o método divino caracteriza-se sempre por um processo e uma progressão. Deus tinha coisas para dizer no passado, porém somente as falou quando o povo foi capaz de suportá-las. Isso continuou até o tempo em que Deus falou em Seu Filho, e a diferença entre o passado e este é a diferença entre o processo e o final. A finalidade da fala de Deus por meio de Seu Filho é assim sugerida nas sentenças inicias e arguidas ao longo de toda a escrita. Aqui deveria ser dito que, embora a fala do Filho fosse final, o povo não compreendeu completamente aquela fala. Apesar de ainda sê-lo conforme estamos capacitados a suportar, agora, sob a liderança do Espírito da verdade, é o da interpretação da fala final de Deus.

Agora voltemos a considerar Aquele referido como “o Filho”. No parágrafo de abertura (Hb 1.2,3) temos uma sétupla descrição. Primeiro Ele é declarado ter sido apontado por Deus “herdeiro de todas as coisas”, e, em conexão a isso, é feita uma declaração de que, por meio Dele, o universo foi moldado (“por quem fez também o mundo”), uma declaração revelando-O como o que rege todos os movimentos na história humana.

Passando dessa declaração concernente à posição de Cristo, o escritor fala do fato essencial de Seu ser, e declara que Ele é “o resplendor da glória de Deus”, ou seja, Aquele mediante o qual houve a manifestação daquela glória. Assim sendo, Ele é descrito como “a expressa imagem do Seu ser”. A idéia é que o mistério fundamental da divindade, que não pode ser compreendido ou completamente interpretado pelo intelecto humano, foi visto no Filho.

Voltando dessa sublime referência, o autor então diz do Filho: “Sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder” (v. 3). Isso pode se referir à ordem material do universo, como na referência de Paulo de que todas as coisas se fundamentam ou convergem Nele, mas eu tendo a crer que a referência é antes ao mundo da autoridade moral. Uma vez mais, naquilo que é apenas uma referência passageira, o mistério redentor da cruz é reconhecido nas palavras: “Havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados” (v. 3), até que por fim é declarado que, tendo Ele feito isso, “assentou-se à destra da Majestade nas alturas”.

Este é o Cristo; este é o Filho; este é Aquele por quem Deus agora falou.

Tendo assim descrito o Filho, o escritor diz: “Quando introduz no mundo o Primogênito” (v. 6). Aqui, os tradutores verteram uma palavra grega como “mundo”, mas há quem sugira que, em vez de “mundo”, deveria ser “a terra inabitada”. Sugiro que seria muito melhor transliterar a palavra grega: “Quando introduz na economia o Primogênito”. Esta palavra, “economia”, era de uso comum nos tempos de nosso Senhor e dos escritores do Novo Testamento, e referia-se ao Império Romano. Agora, diz o escritor, o Filho é vindo à economia que Ele estabeleceu, e, quando Ele vem, todos os anjos O adoram. Este é o Filho por quem Deus falou, e ainda está falando. Quando Deus falou ao povo em Cristo, Ele disse tudo o que tinha a dizer, o que significa que Ele disse tudo o que precisamos ouvir para nossa vida terrena. Sou cuidadoso em colocar isso dessa forma porque existem coisas não ditas em Cristo durante a vida presente. Paulo, escrevendo aos coríntios, disse: “Agora conhecemos em parte”, e o que é certo é que em Cristo podemos saber tudo o que precisamos para os dias de hoje.

Para retornar àquela idéia limitada, pergunto: “Quais são as coisas que precisamos saber? Quais coisas são essenciais para o bem-estar da natureza humana?” A primeira é a autoridade. Não há nada de que o mundo mais precise hoje do que autoridade, porém deve ser uma autoridade que traga o consentimento do governado. Os métodos humanos constantemente têm sido de coação às pessoas para fazerem coisas sem seu consentimento. No final, isso sempre falha. Quando Deus falou no Filho, Ele nos deu um Rei, no qual, sendo conhecido em Si mesmo e cujas palavras sendo corretamente compreendidas, encontraremos a autoridade à qual podemos nos render em perfeito acordo. Esse mesmo caráter final da autoridade traz consigo um senso de deficiência, e, além disso, suscita o próximo elemento da necessidade humana. É a de um mediador ou árbitro, que deve estar entre Deus e a humanidade e agir de forma a provocar uma reconciliação. Isso é perfeitamente provido no Filho.

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G. Campbell Morgan

Gotas de orvalho (197) – G. Campbell Morgan

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

Estamos agora falando de um terceiro poder de bênção por meio da cruz. Somos freqüentemente lembrados do fato de que, na grande experiência da salvação, há tempos verbais. Fui salvo; estou sendo salvo; agora está minha salvação mais perto do que quando cri – isto é, serei salvo. O aspecto particular da Cruz que está diante de nossa mente lida com o tempo presente e progressivo da salvação. O perdão completo, suficiente, perfeito é concedido no exato momento em que cremos no Senhor Jesus Cristo. A pureza está naquele mesmo momento colocado a nossa disposição; se nos apropriamos dela ou não é outro assunto. O poder também está a nossa disposição a partir daquele momento e para sempre, mas necessariamente chegamos a compreendê-lo e a utilizá-lo apenas à medida que vivemos a vida cristã.

A Palavra da Cruz é o poder de Deus para aqueles que estão sendo salvos. A alma perdoada e purificada imediatamente confronta o futuro, e em nenhum lugar a fraqueza é mais sentida do que naquele momento. Freqüentemente, os homens são impedidos desse grande ato de entrega a Jesus Cristo, que os coloca na posição de perdão ou de pureza, ou de ambos, pelo medo do futuro. E, ainda que os homens se submetam ao chamado do Senhor e se regozijem no perdão dos pecados; mesmo que eles se submetam totalmente ao Senhor e reivindiquem a grande purificação da consciência que vem com tal rendição; mesmo que a grande paz de Deus esteja no coração deles, no entanto, quando eles enfrentam o futuro, o sentimento de fraqueza vem, talvez como nunca antes. Para esse sentimento de fraqueza a Cruz traz um evangelho, e como pelo caminho da Cruz tenho perdão e pureza e paz, assim também pelo caminho da cruz – bendito seja Deus! – existe poder para mim.

“Jesus!” Esse é o nome que O coloca além da minha compreensão, pois encontramos no Homem que tem esse nome o ponto de contato entre nós e Aquele a quem Ele veio revelar de forma suprema. Retire-O de mim e lembre-me apenas do poder executivo que Deus possui em Seu universo, e estarei perdido, pois não poderei compreender a verdade inacessível. Retire-O de mim e fale a minha alma sobre Deus, sobre as maravilhas e mistério de Seu ser, e serei totalmente incapaz de entender esse Deus –  Ele será incompreensível para mim. Um evangelho que é o Evangelho de Deus, mas não é soletrado na minha linguagem e feito visível para a minha natureza finita, não é evangelho para mim.


O príncipe dos expositores da Bíblia

G. Campbell Morgan (1863–1945)

Pregador inglês e importante estudioso da Bíblia, considerado por muitos como o Príncipe dos expositores da Bíblia. Foi pastor da capela Westminster (Londres) de 1904 a 1919 e de 1933 a 1943, sendo, então, substituído por Martin Lloyd-Jones.

Em 1896, D. L. Moody convidou-o para uma palestra para os alunos no Moody Bible Institute (EUA). Após a morte de Moody, em 1899, Morgan assumiu o cargo de diretor da Conferência Bíblica de Northfield. Ele foi ordenado pelos congregacionalistas em Londres e recebeu um grau de Doutor em Divindade pelo Chicago Theological Seminary em 1902. Depois de cinco anos atuando ali, ele voltou à Inglaterra em 1904 e tornou-se pastor da Capela Westminster em Londres. Suas pregações e aulas semanais de sexta-feira à noite eram freqüentadas por milhares de pessoas. Em 1910, ele contribuiu com um ensaio intitulado “Os propósitos da encarnação” para o primeiro volume de The Fundamentals, ensaios estes que são considerados por muitos como a base do moderno movimento fundamentalista.

Deixando a Capela de Westminster em 1919, retornou aos Estados Unidos, onde conduziu um ministério itinerante de pregação e ensino por 14 anos. Finalmente, em 1933, retornou à Inglaterra e à Capela de Westminster e lá permaneceu até sua aposentadoria, em 1943. Trouxe Martin Lloyd-Jones a Westminster em 1939 para dividir o púlpito e se tornar seu sucessor. Morgan era amigo de F. B. Meyer, Charles Spurgeon e muitos outros importantes pregadores de sua época.

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Gotas de Orvalho (100) – Edição especial

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Mil e setecentos anos já se passaram, mas Ele ainda não voltou; e isso é um longo período, segundo o cômputo humano, mas não segundo a maneira de Deus ver as coisas. Pois para Ele mil anos é como um dia; embora os santos se impacientem, porque amam, anseiam e apressam a vinda de Cristo. Porém, embora pareça tardio, Ele finalmente virá: Ele mantém-se afastado a fim de dar tempo a Seus laboriosos ministros de exercerem todos os dons que Ele lhes outorgou, e a fim de que os preguiçosos não tenham meio de desculpa.

(John Gill: 1697-1771)

Se creio que o mundo dispara em direção ao caos irrefreável, e que Cristo voltará breve, então, meu clamor deve ser dirigido em favor de meus familiares e amigos que estejam despreparados. Seria hipocrisia eu orar para Jesus vir e, no entanto, não interceder para que meus queridos estejam preparados para aquele dia. A minha oração deve ser: “Venha, Senhor. Mas, primeiro, dá a meus familiares e amigos que estejam perdidos ouvidos para ouvir. Salve-os, salve os perdidos”.

(David Wilkerson: 1931-2011)

Com sua terra sonha o peregrino,
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.
Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!
Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?

(Watchman Nee: 1903-1972)

Pensem na segunda vinda do Senhor, e as coisas deste mundo lhes parecerão muito pequenas.

(João Flavel: 1628-1691)

Em todos os nossos pensamentos acerca de Cristo, nunca esqueçamos de Sua segunda vinda.

(J. C. Ryle: 1816-1900)

Os pensamentos sobre vinda de Cristo são os mais doces e prazerosos para mim.

(Richard Baxter: 1615-1691)

Demos, pois, guarida a uma mente mais saudável, e ainda que o cego e bronco desejo da carne lhe oponha resistência, não hesitemos em esperar a vinda do Senhor não só com anseio, mas também com gemidos e suspiros, como sendo de todas as causas a mais faustosa. Pois Ele nos virá como Redentor, para que, arrebatados deste imenso abismo de tantos males e misérias, nos introduzir naquela bem-aventurada herança da vida e de Sua glória.

(João Calvino: 1509-1564)

Quem ama a vinda do Senhor não é aquele que afirma que Ele ainda está distante nem aquele que diz que está perto. É aquele que, esteja distante ou próxima, aguarda-a com fé sincera, esperança firme e amor fervoroso.

(Agostinho: 354-430)

Cristo nos disse que virá, mas não revelou quando, para que nunca tiremos nossas roupas nem apaguemos nossas lâmpadas.

(William Gurnall: 1617-1679)

O fato de que Jesus deve voltar não é razão para ficarmos olhando para as estrelas, mas para trabalharmos no poder do Espírito Santo.

(Charles H. Spurgeon: 1834-1892)

Estou diariamente esperando a vinda do Filho de Deus.

(George Whitefield: 1714-1770)

Nunca começo a trabalhar de manhã sem pensar que Ele talvez venha interromper meu trabalho e começar o Seu. Não estou esperando a morte – estou esperando por Ele.

(G. Campbell Morgan: 1863-1945)

Oh, que Cristo venha a passos largos! Ah! Se Ele dobrasse os céus como uma capa e tirasse do caminho o tempo e os dias!

(Samuel Rutherford: 1660-1661)

Não é de admirar que, ao olharmos para nosso andar à luz da vinda do Senhor, nós nos consideremos indignos Dele. Eu não poderia esperar que nos sentíssemos de outra maneira. Mas eu gostaria que tivéssemos sempre diante de nossa mente a Pessoa
do Senhor Jesus Cristo, levantando-se de Seu lugar à direita do Pai a fim de vir nos buscar. Creio que bem cedo isso iria tornar nosso andar mais consistente e colocaria nossas afeições, nosso coração e nossos pensamentos em perfeita ordem.

(John Nelson Darby: 1800-1882)

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Gotas de orvalho (53)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

A cruz de Cristo é o lugar de exposição. Ali, como em nenhum outro lugar, é revelado o ódio do homem por Deus e o amor de Deus pelo homem. Na cruz, o pecado é visto em sua pior maneira e o amor é visto em seu mais alto grau. O pecado do homem e o amor de Deus alcançam o auge no Calvário. Ali, a hediondez de um e a glória do outro são ressaltados com o mais aguçado relevo. A cruz de Cristo é o coração de Deus quebrado pelo pecado. Ela nos fala que Deus, que tem de julgar e punir o pecado, salvará e perdoará o pecador. Ela descobre para nós as insondáveis profundezas do amor de Deus.

(Ruth Paxson)

Há mistérios de graça e de amor em cada página da Bíblia. E próspera é a alma que vê no Livro de Deus uma preciosidade cada vez maior.

(Robert Chapman)

O Espírito Santo toma a Palavra de Deus e, em cooperação com nossa vontade, faz dela um espelho, no qual Ele nos revela a nós mesmos. E ali Ele nos mostra o contraste entre o que nós somos e o que nós devemos ser, e, conforme Ele lança luz em todos os esconderijos de nossa vida, expondo diante de nós o Senhor Jesus em toda a transparência e na pureza de Seu caráter, o que essa luz fará? Ela nos leva à confissão, na medida em que vemos a nós mesmos na luz de Cristo. A confissão nos leva ao sangue e nos traz para perto de Deus, em uma comunhão mais profunda e mais estreita. A única coisa a que você e eu temos direito neste mundo é o sangue de Cristo. E, graças a Deus, temos direito a ele a todo momento, todos os dias, e nós precisamos dele!

(Gordon Watt)

Oh! Quão esplêndida é a glória futura! Quão perfeita é a salvação que Deus preparou para nós! Levantemo-nos e elevemo-nos. Que o céu assim nos encha para que a carne não encontre mais base nem o mundo exerça nenhuma atração! Que o amor do Pai esteja assim em nós a fim de não mantermos mais nenhuma comunicação com Seu inimigo! Que o Senhor Jesus satisfaça nosso coração a fim de não desejarmos mais ninguém! E que o Espírito Santo gere em cada crente a oração: “Vem, Senhor Jesus!”

(Watchman Nee)

Não é triste que Deus nos dê Seu melhor – Seu Filho unigênito – e a Igreja manifeste mais interesse no acontecimento de Sua vinda do que na Pessoa que está lá? Deus deu Seu Filho na manjedoura, e a Igreja está ocupada com o Natal. Deus deu Seu Filho de volta em ressurreição triunfal, e a Igreja tem apenas uma Páscoa. Deus prometeu que Seu Filho vai voltar à terra, e muitos estão simplesmente buscando outro acontecimento. Você está esperando que Cristo volte ou está esperando a volta de Cristo?

(Will H. Houghton)

A primeira e única lei vital que liberta o homem de todas as forças que arruínam e destroem é a vontade de Deus. Mostre-me um homem que vive por um dia total e completamente, em palavras, pensamentos e atos, na vontade de Deus, e eu lhe mostrarei um homem que está antecipando o céu e que naquele dia alcança o plano de vida que é, ao mesmo tempo, o mais amplo, o mais livre e o mais feliz.

(G. Campbell Morgan)

É da maior importância que os filhos do Senhor reconheçam plenamente que Seu objetivo é, acima de tudo o mais, que eles O conheçam. Essa é a finalidade que governa todos os Seus tratamentos para conosco. Essa é a maior de todas as nossas necessidades.

(T. Austin-Sparks)

Não, o cristão não luta visando a uma possível vitória. Ele é mais que vencedor porque a sua vida flui da triunfante morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

(F. J. Huegel)

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