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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (315)

Não podemos mudar Deus. Deus é imutável. Se mudanças devem ser feitas, elas precisam ser feitas em nós.

(R. C. Sproul)

A Palavra de Deus é a verdade, quer creiamos nisso, quer não. A incredulidade humana não pode alterar o caráter de Deus.

(A. W. Tozer)

Uma reprovação severa por vezes é uma pérola preciosa e um doce bálsamo. As feridas de pecadores que se sentem seguros não serão curadas com palavras doces.

(Richard Sibbes)

Onde quer que o homem esteja, seja o que for que faça, seja onde for, ele está constantemente diante da face de Deus.

(Abraham Kuyper)

Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. […] Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a Minha palavra e crê Naquele que Me enviou tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.

(Jo 3.36; 5.24)

A mais pura alegria no mundo é a alegria em Cristo.

(Robert Murray McCheyne)

Onde a verdade for, eu irei, e, onde a verdade está, eu estarei, e nada, a não ser a morte, poderá me separar da verdade.

(Thomas Brooks)

Há um nome para os pastores que nunca falam de pecado, arrependimento ou inferno: eles são chamados de falsos mestres.

(Burk Parsons)

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Bíblia Doze pérolas Steve Shirley

Doze pérolas (15)

Número doze na Bíblia (1)

  1. Eram doze os filhos, ou tribos, de Jacó, que veio a se chamar Israel (Gn 35.22b; 42.13,32; 49:28; Lc 22.30; At 7.8; Ap 21.12).
  2. Deus prometeu que doze príncipes viriam de Ismael (Gn 17.20; 25.16).
  3. Em Elim, havia doze fontes de água (Êx 15.27).
  4. Deveria haver doze pães da proposição no Tabernáculo (Lv 24.5).
  5. Durante a dedicação do Tabernáculo, os príncipes de Israel ofertaram doze bois (Nm 7.3).
  6. O total de outras ofertas para a dedicação do Tabernáculo foi de doze pratos de prata, doze bacias de prata, doze colheres de ouro, doze novilhos, doze carneiros, doze cordeiros de um ano e doze bodes (Nm 7.84,87). Essas ofertas foram trazidas ao longo de um período de doze dias (v. 78).
  7. Doze homens foram enviados para espiar a Terra Prometida (Nm 13).
  8. Deus ordenou a Moisés que tomasse doze varas, uma para cada tribo, e as colocasse na tenda da congregação. A vara que florescesse indicaria o homem a quem Ele escolheu (Arão) (Nm 17.1-9).
  9. Doze homens deveriam tirar doze pedras (cada homem, uma pedra) do meio do Jordão para servir de sinal de que Deus havia secado o rio para que a Arca da Aliança e o povo pudessem cruzá-lo (Js 4.1-8), e doze pedras deveriam ser levantadas nele e ali deixadas (v. 9).
  10. Quando os homens de Gibeá mataram a concubina de um homem, ele cortou o corpo dela em doze partes, e as enviou por todos os termos de Israel (Jz 19.14-29).
  11. Salomão nomeou doze oficiais sobre todo o Israel (1Rs 4.7).
  12. O trono de Salomão tinha seis degraus que conduziam até o lugar que ele ocupava, e havia doze leões, um de cada lado dos degraus (1Rs 10.18-20).
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Samuel Rutherford Sofrimento Testemunho

Cartas de Samuel Rutherford (17)

Para Alexander Colville (de Blair) [1]

Aberdeen, 23 de junho de 1637

Pesar por estar calado no ministério

Graça, misericórdia e paz estejam contigo.

Gostaria de saber como meu senhor recebeu a carta que eu lhe enviei, e como ele está. Não desejo nada além de que ele esteja firme e seja honesto com meu nobre Mestre e Rei. Estou bem em todos os sentidos – todo louvor seja dado a Ele, em cujos livros eu permaneço para sempre como Seu devedor.

Somente o meu silêncio me dói. Eu tinha uma alegria do céu, depois de Cristo, meu Senhor, e era pregá-Lo a esta geração sem fé; e tiraram isso de mim. Para mim, foi como o único olho de um pobre homem, e eles tiraram esse olho. Eu sei que a violência que fizeram a mim e à noiva desolada desse pobre está perante o Senhor; e suponho que eu não veja o outro lado da minha cruz, ou o que o meu Senhor trará disso. Mas eu creio que essa visão não permanecerá, e que Cristo está a caminho para o meu livramento. Ele não vem devagar, mas passa por cima de dez montanhas em um só passo.

Desejos por Cristo

Entrementes, sofro com Seu amor, porque desejo a posse real. Quando Cristo vem, Ele não fica por longo tempo. Mas certamente Seu sopro sobre uma pobre alma é o céu na terra; e quando o vento se torna para o norte, e Ele se vai, eu morro até o vento se voltar para o oeste e Ele visitar Seu prisioneiro. Mas Ele não me mantém muitas vezes à Sua porta. Eu sou ricamente recompensado por sofrer por Ele. Oh, se toda a Escócia fosse como eu, exceto por minhas algemas! Oh, que grande dor eu tenho por não poder louvá-Lo por meus sofrimentos.

Oh, se o céu, por dentro e por fora, e a terra fossem papel, e todos os rios, fontes e mares fossem tinta, e eu pudesse escrever em todo aquele papel, frente e verso, todos os Seus louvores, e Seu amor, e Sua excelência, para ser lido por homens e anjos!

Não, isso é pouco demais; eu devo o meu céu a Cristo, e realmente desejo, mesmo que não pudesse entrar pelos portões da Nova Jerusalém, enviar meu amor e meus louvores por cima de seus muros a Cristo. Ai de mim, porque o tempo e os dias estão entre Ele e mim, e adiam nosso encontro! A minha parte é gritar: “Oh, quando a noite estiver passada e o dia alvorecer, nós nos veremos um ao outro”.


[1] Alexander Colville, um Ancião presbiteriano de Blair, na paróquia de Carnock, Fifeshire. Ele tinha alto cargo legal, e se tornou amigo de Rutherford quando este se apresentou perante a Corte de Alta Comissão em 1630. Ele foi um eminente membro da Igreja Presbiteriana Escocesa durante um longo período.

 

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (314)

Tudo é pela graça na vida cristã, do início ao fim.

(Martyn Lloyd-Jones)

Não temo a tirania dos homens, e muito menos as mentiras que o diabo venha a inventar contra mim.

(John Knox)

Pregação doutrinária, com certeza, entedia os hipócritas, mas é somente a pregação doutrinária que salvará as ovelhas de Cristo.

(J. I. Packer)

Demanda coragem morrer por Cristo, mas também demanda coragem viver por Ele.

(John MacArthur)

Feliz é o homem que é trazido a um conhecimento correto de Cristo e a uma familiaridade salvífica com Ele.

(John Berridge)

‘Não temas diante deles, porque estou contigo para Te livrar’, diz o Senhor. […] ‘Sabe, pois, e vê, que mal e quão amargo é deixares ao Senhor, teu Deus, e não teres em ti o Meu temor’, diz o Senhor Deus dos Exércitos. […] ‘Torna para Mim’, diz o Senhor.

(Jr 1.8; 2.19b; 3.1c)

Não há dia em que o Senhor Jesus não esteja ao lado de Seus santos. […] Nunca conseguimos estar sozinhos.

(F. B. Meyer)

A oração precisa ser baseada na promessa, mas, graças a Deus, Suas promessas sempre são mais amplas do que nossas orações.

(Frances Ridley Havergal)

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Doze pérolas Given O. Blakely

Doze pérolas (14)

Cem coisas que acompanham a salvação (10)

  1. Termos sido feitos idôneos para participar da herança dos santos (Cl 1.11,12)
  2. Sermos totalmente santificados: espírito, alma e corpo (1Ts 5.23,24)
  3. Participarmos da santidade de Deus por meio da correção (Hb 12.10)
  4. A vitória de vencer o mundo (1Jo 5.4,5)
  5. Termos Satanás esmagado sob nossos pés (Rm 16.20)
  6. Termos sido chamados à liberdade (Gl 5.1,13)
  7. Aprendermos a Cristo (Ef 4.20)
  8. Pureza de alma (1Pd 1.22)
  9. Provar do Senhor (1Pd 2.3)
  10. Termos sido recebidos por Cristo (Rm 15.7)

Pai, em nome de Jesus, obrigado pela grandeza de Tua salvação e pela abundância de benefícios que ela traz. Dê-me graça para abraçar sua plenitude e para resistir a qualquer tentação de pensar pequeno a respeito daquilo que tenho em Cristo Jesus.

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Samuel Rutherford Sofrimento Testemunho

Cartas de Samuel Rutherford (16)

Para John Henderson (de Rusco) [1]

Aberdeen, sem data

Avisos práticos

Eu sinceramente desejo tua salvação. Conhece o Senhor e busca-O. Tu tens uma alma que não morre. Procura uma morada para tua pobre alma, pois essa casa de barro irá cair. É o céu ou nada! Ou Cristo ou nada! Faz uso da oração em tua casa e põe freqüentemente teus pensamentos perante a morte e o julgamento. É perigoso seres leniente quanto à questão de tua salvação.

Poucos são salvos; as pessoas vão para o céu em pequeno número, e o mundo inteiro jaz no pecado. Ama os teus inimigos e fica ao lado da verdade que eu te ensinei em todas as coisas. Não temas os homens; antes, deixa Deus ser o teu temor.

Teu tempo não será longo; faz da busca a Cristo a tua tarefa diária.

Tu podes, quando estiveres no campo, falar com Deus. Busca ter um coração quebrantado pelo pecado, pois, sem isso, não há encontro com Cristo. Digo isso tanto para tua mulher como para ti mesmo. Eu desejo que tua irmã, nos temores e dúvidas dela, se agarre firmemente no amor de Cristo. Proíbo-a de duvidar, pois Cristo a ama e tem o nome dela escrito em Seu livro. A salvação dela vem logo. Cristo, o Senhor dela, não se demora em vir. Ele não negligencia a Sua promessa.

 


[1] John Henderson, de Rusco, um paroquiano que desperdiçou a propriedade de Rusco (Anwoth). [Possível tradução da nota de rodapé original, A parishioner who fanned the ‘hoine-steading’ of Rusco (Anwoth), pois não foi possível encontrar o significado de hoine-steading. (N. E.)]

 

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (313)

Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

(Mt 6.26)

Irmãos, é mais fácil falar contra mil pecados de outros do que mortificar um só pecado em nós mesmos.

(John Flavel)

O evangelho não é um anúncio de que Deus relaxou Sua justiça ou baixou o padrão de Sua santidade.

(Arthur W. Pink)

Deus é o Deus que nos liberta das mais escuras e profundas implicações de nosso próprio coração rebelde e nos leva em segurança para o lar.

(Alistair Begg)

Não importa quanto já tenhamos caminhado com Jesus, nós precisamos ouvir novamente: ‘Não ameis o mundo’.

(Kevin DeYoung)

Nossa alma é como o leito de um rio: nós fomos feitos para a água, fomos feitos para que Deus nos encha, e Ele mesmo é nossa água: Ele é a água da vida para nós.

(Stephen Kaung)

Só Deus, por Seu Espírito, faz novas todas as coisas. Só Ele pode restaurar e renovar o homem e o universo. Ele faz isso hoje, ainda que num sentido restrito. Ele o fará completamente, depois, quando Cristo voltar.

(William Hendriksen)

O labor de Paulo no evangelho é um modelo a ser imitado. Ele trabalhava até a exaustão, disposto a ser a libação na oferta a Deus pelas almas ganhas (Fp 2.16,17). Ele tinha uma dívida que nunca poderia saldar, e vivia a sua vida em devoção ao Senhor a quem ele tudo devia (Rm 1.14).

(Norman Crawford)

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Doze pérolas Given O. Blakely

Doze pérolas (13)

Cem coisas que acompanham a salvação (9)

  1. Grandíssimas e preciosas promessas (2Pd 1.4)
  2. Sermos ressuscitados com Cristo e assentados com Ele (Ef 2.6)
  3. Deus, por meio de Sua Palavra, edifica-nos e dá herança (At 20.32)
  4. Sermos confirmados em Cristo por Deus (2Co 1.21)
  5. Recebermos o selo do Espírito Santo (2Co 1.22)
  6. Recebermos de Deus a capacidade (2Co 3.5)
  7. Um poder pelo qual Deus pode operar transcendentemente (Ef 3.20)
  8. Termos toda a suficiência em todas as coisas (2Co 9.8)
  9. Termos a obra Deus aperfeiçoada em nós até o dia de Jesus Cristo (Fp 1.6)
  10. Termos todas as nossas necessidades supridas de acordo com a glória de Deus (Fp 4.19)
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Samuel Rutherford Sofrimento Testemunho

Cartas de Samuel Rutherford (15)

Para William Gordon, de Kenmure [1]

Aberdeen, 1637

Testemunho para Cristo

Graça, misericórdia e paz estejam contigo.

Há muito tenho desejado responder a tua carta, que chegou em boa hora. É meu alvo e desejo do coração que meu fogo, aceso pelo Senhor, ateie-se também nos que estão por perto para aquecer-lhes o coração com o amor de Deus. Até a poeira que cai dos pés de Cristo, Seus velhos andrajos, Sua cruz negra e nodosa, são para mim mais doces do que as coroas de ouro dos reis e seus prazeres consumidos pelo tempo. Eu seria um mentiroso e uma falsa testemunha se não desse a meu Senhor Jesus, com toda a minha alma, um testemunho justo.

Minha palavra, eu sei, não O exaltará; Ele não necessita de tais adereços sob Seus pés para elevar ainda mais alto Sua glória. Mas, oh!, como eu gostaria de exaltá-Lo à altura do céu, e da largura e do comprimento de dez céus, na estimativa dos jovens que O amam! Pois todos nós concebemos Cristo estreito e pequeno demais, e concebemos Seu amor, com nossos próprios conceitos, de modo muito indigno dele. Oh, se os homens pudessem compreender a beleza e a formosura Dele! Eles desistiriam de brincar com os ídolos, nos quais não há lugar para o amor de uma alma se expandir. O amor do homem é de coração faminto por roer ossos descarnados e sugar peitos secos.

É bem merecido que os ídolos queiram quem não venha a Ele, Ele que tem um mundo de amor e bondade e recompensas para todos. Nós procuramos descongelar o coração na fumaça fria das criaturas de curta duração, e nossa alma não consegue nem calor, nem vida, nem luz, pois essas criaturas não nos podem dar o que não têm em si mesmas.

Oh, se pudéssemos passar por esses espinhos e por essa multidão de amantes bastardos, e ser tomados de paixão por Cristo! Nós iríamos encontrar firmeza e um lugar, e uma doce calma no Senhor para nossa alma cambaleante e tola. Eu quero que esteja em meu poder, depois deste dia, depreciar todo tipo de amor, exceto o amor de Cristo, e acabar com todos os deuses, exceto Cristo, todos os salvadores, exceto Cristo, todos os bem-amados, exceto Cristo, e todos os pretendentes de almas e mendigos do amor, exceto Cristo.

Marcas da graça na convicção do pecado e no conflito espiritual

Tu reclamas que queres uma marca do trabalho sadio da graça e do amor em tua alma. Como resposta, considera, para tua satisfação (até que Deus te mande mais), 1João 3.14. E, quanto às tuas reclamações de apatia e dúvidas, Cristo irá, espero, tirar tua apatia e a ti, junto. Eles são corpos cheios de buracos, de furúnculos e de ossos quebrados que precisam da cura que Cristo, o Médico, pode assumir; os vasos inteiros não servem para a arte do Mediador. Os publicanos, os pecadores, as prostitutas, mulheres da vida são os artigos de mercado para Cristo.

A única coisa que trará os pecadores a um molde dos braços acolhedores de Cristo é aquilo sobre o que tu escreves: algum sentimento de morte e pecado. Isso traz murmurações, e, sem sentido, murmuram mais, e ficam mais acostumados com câimbras, dores e desfalecimentos da alma que te incomodam. Quanto mais dor, mais noites sem dormir, mais febre, tanto melhor. Uma alma que sangra de verdade, até que Cristo seja solicitado e que clame por Cristo com toda urgência para vir e estancar o sangue e fechar a ferida com Sua própria mão e com Seu bálsamo, tem uma doença muito boa, quando muitos estão morrendo com um coração íntegro. Assim, todos nós temos muito pouco das dores do inferno e de seus terrores. Não, que Deus me envie tal inferno porque Cristo prometeu fazer dele um céu!

Ai de mim, eu ainda não cheguei nesse ponto, como para dizer: “Senhor Jesus, grande e soberano Médico, aqui está um paciente de dores para Ti.”

Mas o que nós mal interpretamos é a falta de vitória. Nós achamos que essa é a marca de quem não tem a graça. Não, digo eu; a falta de luta é que é a marca de quem não tem a graça; mas eu não direi que a falta de vitória seja essa marca. Se meu fogo e a água do diabo crepitam como um trovão no ar, eu sou o que menos teme; porque onde há fogo, essa é a parte de Cristo, que eu entrego a Ele e confio Nele para manter a brasa, e peço ao Pai que minha fé não falhe, se eu, enquanto isso, estiver lutando, e fazendo, e brigando e lamentando. Pois a oração não colocou para fora logo de início o demônio de Paulo (o espinho na carne, mensageiro de Satanás); mas nosso Senhor usa isso para testar a cada um, e deixou Paulo se defender, com a ajuda de Deus, moderando o jogo.

E fazes bem em não duvidar, se o alicerce for firme, mas certifica-te se é, de fato, assim; porque há uma grande diferença entre duvidar que temos a graça e testar se temos a graça. O primeiro pode ser um pecado, mas o último é bom.

Nós ficamos perdidos quando tentamos nos libertar de Cristo e de Sua obra. O temor santo é a procura do campo em que não haja inimigo no nosso íntimo para nos trair, e a visão de que tudo esteja firme e seguro. Porque eu vejo muitos vasos que vazam ante o vento, e crentes professos que tomam confiadamente a conversão daqueles, e aqueles vasos seguem seguros, e não vêem o que está sob as águas, até que uma tempestade os naufrague. Todo homem necessita duas vezes por dia, ou mais, ser examinado completamente, e sondado com velas [2].

 


[1] William Gordon, de Kenmure. Nada se sabe sobre essa pessoa.

[2] No sentido de uma luz próxima, que permita ver detalhes. Nos anos 1600, em que viveu Rutherford, velas eram o máximo que havia de luz para iluminar uma área pequena, específica.

 

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (312)

Ser um pregador, um expositor do Livro de Deus, é uma das coisas mais perigosas do mundo.

(Martyn Lloyd-Jones)

Quanto mais reverência nós tivermos pela Palavra de Deus, mais alegria encontraremos nela.

(Matthew Henry)

E isso não é para meu conforto? Apesar do mundo me odiar, Cristo ainda me ama.

(Thomas Watson)

Eu tenho uma secreta satisfação na grandeza das dificuldades que encontro pelo caminho. Em vez de ser abatido por causa delas, elas deleitam minha alma.

(George Müller)

Se tu queres livrar-te das tentações, labora por ter contentamento. É a paz de Deus que guarda o coração da tentação.

(Jeremiah Burroughs)

Ninguém é tão mau que o evangelho não lhe possa dar uma base de esperança. Ninguém é tão bom que tenha uma justa base de esperança sem ele.

(John Newton)

O Senhor será também um alto refúgio para o oprimido, um alto refúgio em tempos de angústia. Em Ti confiarão os que conhecem o Teu nome, porque Tu, Senhor, nunca desamparaste os que Te buscam.

(Sl 9.9,10)

O apetite pela Palavra de Deus cresce naqueles que se alimentam dela.

(Charles Spurgeon)

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Doze pérolas Given O. Blakely

Doze pérolas (12)

Cem coisas que acompanham a salvação (8)

  1. Todas as coisas contribuírem juntamente para nosso bem (Rm 8.28)
  2. O Senhor como nosso Ajudador (Hb 13.6)
  3. Mente pura (2Pd 3.1, KJV)
  4. Deus ser “por nós” (Rm 8.31)
  5. Uma melhor esperança (Hb 7.19)
  6. Sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel (Hb 12.24)
  7. Não termos condenação (Rm 8.1)
  8. Paz com Deus (Rm 5.1)
  9. Vida eterna (1Jo 5.11)
  10. Vida abundante (Jo 10.10)
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Perseverança T. Austin-Sparks

Capítulo 8: O significado dos levitas em relação à plenitude celestial

E ordenaram ao povo, dizendo: Quando virdes a arca da aliança do Senhor, vosso Deus, e que os sacerdotes levitas a levam, partireis vós também do vosso lugar, e a seguireis.

(Js 3.3)

Em primeiro lugar, vamos tomar este fragmento – “os sacerdotes levitas a levam”, levam a arca –, que é a chave para nossa consideração nesse momento.

Vemos muitas referências aos levitas no livro de Josué, indicando sua importância. Temos, inclusive, um capítulo inteiro dedicado a eles. Meu desejo, com a ajuda do Espírito Santo, é tentar apresentar-lhes o sentido dos levitas em relação à plenitude celestial. Apesar de muitos de nós estarmos bastante familiarizados com sua história, acredito ser necessário inicialmente tratar dela, ainda que de forma breve.

Os levitas são apresentados de três maneiras em Josué. Em primeiro lugar, como acabamos de ver, eles são vistos levando a arca da aliança para o leito do Jordão e permanecendo ali com ela, a uma distância de dois mil côvados do povo – uma distância muito grande, como já abordamos no capítulo 5. Então, em segundo lugar, é declarado, em Josué 14, que os levitas não receberiam herança. Ou seja, na divisão da terra, ao contrário das outras tribos, eles não receberiam uma porção específica, não receberiam uma herança na terra. Mas, em terceiro lugar, no capítulo 21, que é focado nos levitas, descobrimos que todas as tribos precisaram conceder a eles um lote, um espaço. Os levitas foram distribuídos entre todas as tribos, e seu lugar e sua porção não estavam limitados a um só lugar; eles foram distribuídos por todo o país, ou seja, os levitas foram espalhados por toda a terra, por todos os lugares, em meio ao restante do povo. Esses são três pontos relacionados aos levitas neste livro, plenos de maravilhoso significado.

Os levitas representam o propósito de Deus

O que os levitas representam? Voltemos um pouco na história. Lembre-se de como os levitas se tornaram uma tribo. Isso aconteceu quando Israel retrocedeu, quando o bezerro de ouro foi feito, quando o povo clamou: “Este é o teu deus, ó Israel” (Êx 32.4), abandonando o Senhor. Então, Moisés desceu do monte, ouviu e viu tudo aquilo, destruiu o bezerro, pôs-se à porta do arraial e disse: “Quem é do Senhor, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi. E disse-lhes: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho. E os filhos de Levi fizeram conforme à palavra de Moisés” (vv. 26-28). Todas as considerações terrenas foram sacrificadas a favor dos interesses celestiais; todos os relacionamentos terrenos foram cortados pelo propósito celestial; tudo aquilo que envolvia sentimentos e emoções naturais, tudo o que era da mera alma, foi morto pelos interesses daquilo que governava o próprio surgimento do povo de Deus. Isso porque o propósito de Deus era que eles fossem um povo celestial, e não deveriam se envolver no sistema espiritual que governa este mundo. Nesse ponto específico, os levitas representam o propósito celestial de Deus. Aquilo que tiveram de fazer era muito drástico e absoluto, não é mesmo?

Lembre-se de que o Senhor jamais se esqueceu disso. No final do Antigo Testamento, no seu último livro, Malaquias, vemos uma referência à questão de Baal-Peor, quando Finéias sustentou uma posição a favor dos interesses celestiais que foram originalmente assumidos naquela ocasião do bezerro de ouro (Nm 14), e o Senhor disse: “Minha aliança com ele [Levi] foi de vida e paz” (Ml 2.5). “Não conheceu seus irmãos” (Dt 33.9): isto é, ele não se compadeceu da própria carne quando ela se afastou dos elevados propósitos de Deus. Deus estabeleceu Sua aliança com Levi. Assim, logo no início, os levitas foram selecionados e separados do restante de Israel, tomando o lugar dos primogênitos em Israel, tornando-se a tribo dos primogênitos. Podemos imediatamente remontar à Epístolas aos Hebreus: “Chegastes ao monte Sião […] à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus” (12.22,23). Aqui vemos o celestial entrando em cena novamente: o primogênito arrolado no céu, os levitas, o propósito celestial.

No capítulo 5, mencionamos o espaço de, pelo menos, dois mil côvados que foi estabelecido entre o povo e a arca – não podemos determinar hoje qual dos três tipos de côvado foi adotado, mas a distância poderia ser estimada em, no mínimo, 300 metros, podendo facilmente atingir um quilômetro. Esse grande espaço entre a arca e o povo indicava a imensa distância entre Cristo e qualquer outra pessoa na obra de salvação, de redenção, de libertação. Entretanto, vemos levitas carregando a arca. Você pode questionar: “Isso não é uma contradição? Cristo permanece único, separado de tudo.” Veja o princípio do levita: ele representa aquilo que é celestial.

Este é o Cristo celestial, e esse é o princípio dos levitas que carregam a arca. Este não é apenas o Cristo terreno, o Jesus da história, um Homem entre os homens, ainda que infinitamente superior. Este é o Cristo Celestial.

Se você desejar uma prova desse princípio, lembre-se do incidente nos dias de Davi, quando ele consultou os anciãos de Israel a fim de trazer a arca até Jerusalém e fez um carro com esse propósito. Ele aprendeu isso na terra dos filisteus, onde vivera durante o reinado de Saul, quando os viu fabricando carros. Quando a arca foi posta em um carro, uma tragédia logo se seguiu: Uzá morreu diante do Senhor. Davi ficou muito triste com o Senhor, porque Ele abrira uma rotura em Uzá [2Sm 6.8]; mas, sendo o homem que era, sempre ajustável ao Senhor – uma das coisas gloriosas sobre Davi era sua ajustabilidade –, ele não se alongou na controvérsia com o Senhor, nem o Senhor com ele. Davi se voltou para o Senhor e provavelmente tentou argumentar, mas o Senhor venceu a discussão. O Senhor o conduziu de volta às Escrituras e mostrou-lhe que os levitas deveriam carregar a arca – não máquinas, nem organizações, mas um povo celestial deveria levar o testemunho de Jesus.

Então, os levitas estavam carregando a arca. O fator celestial é o princípio da função levita, e isso, claro, é o cerne da questão de eles não receberem uma herança na terra. Eles não pertencem à terra: pertencem ao céu. Eles não serão enraizados aqui; mas, ainda assim, como homens que representam as coisas celestiais, eles serão distribuídos entre todo o povo de Deus para manter o povo de Deus em contato com o céu. O povo de Deus está sempre inclinado a se tornar terreno. Este tem sido o perigo e a tragédia da Igreja ao longo dos séculos: sempre gravitar em torno desta terra, tornando-se algo daqui segundo os conceitos do homem e os critérios deste mundo.

O Senhor precisa de levitas entre Seu povo

Agora, chegamos ao ponto que desejamos destacar. O Senhor precisa daqueles que passaram pelo sofrimento, pela Cruz e pelo sacrifício mediante uma profunda obra de separação; daqueles que não fizeram concessões, não consideraram seus sentimentos ou interesses terrenos. Ele precisa daqueles que se levantaram e estão totalmente firmados, a qualquer preço, a favor de Seu pleno propósito celestial em relação a Seu Filho e à Igreja. O Senhor precisa ter esses, e precisa distribuí-los por toda parte, trazendo-os a um relacionamento vital com Seu povo, a fim de evitar que este sucumba a esta tendência terrena: de se tornarem ligados ao mundo.

Centro de operações celestial

Não foi exatamente isso que aconteceu no Novo Testamento? É fascinante perceber isso. Quando chegamos ao Novo Testamento, deixamos os tipos e figuras para trás (imagino que alguns de vocês estejam um pouco cansados de tipos e figuras; já receberam muito deles). É maravilhoso ver a realidade! Quando chegamos em Atos, descobrimos que tudo se repete. O que aconteceu? Iniciamos com o Senhor Jesus posicionado no céu: o centro de operações celestial, cada detalhe do governo agora no céu; e então o Espírito Santo vem para tornar tudo celestial, para governar tudo em relação ao céu. Foi disto que falamos no último capítulo: o Capitão do exército do Senhor chegando para encaminhar tudo em relação ao céu e, depois, tudo se move a partir do céu.

O primeiro movimento do céu foi em Jerusalém, um poderoso movimento do céu, e as coisas estavam acontecendo. Mas observe a tendência depois de certo tempo (é claro que a história é contada em poucas frases, mas abrange um período considerável). Depois de um tempo, Jerusalém começou a gravitar em torno da Terra, e tendeu – não apenas tendeu, mas realmente começou – a se tornar a sede terrena da Igreja. De acordo com o mandamento do Senhor, Jerusalém deveria ser apenas o começo, o ponto inicial: “Começando em Jerusalém” [Lc 24.47]. Nunca fora planejado que Jerusalém se tornasse em algo final e inclusivo, mas ela se constituiu em uma espécie de centro de operações para governar a Igreja, e veremos esse tipo de coisa se desenvolvendo à medida que avançamos no livro de Atos. Olhe um pouco para Paulo, o homem celestial, e veja como ele repudiou Jerusalém.

Quando chegamos ao sétimo capítulo do livro de Atos, temos o apedrejamento de Estêvão, e então vemos o fim de Jerusalém. A partir desse ponto, o céu reivindica: “Não; nada de um centro ou sede terrena; a sede fica no céu”; e daquele ponto em diante, os irmãos começaram a ser dispersos de Jerusalém. Eles foram agitados e jogados fora do ninho, seguindo em todas as direções. Independente do lugar para onde fossem, Filipe ou quem quer que fosse, eles testificavam do Senhor celestial por toda parte, apresentando o lado celestial das coisas. Sim: esses levitas foram colocados por toda parte, no mundo inteiro, com o propósito de manter as coisas no caminho celestial. Tudo se desenvolveu assim.

Ao chegar no capítulo 9, vislumbramos um dos mais extraordinários movimentos do céu. Saulo seguia de Jerusalém para Damasco – e Jerusalém era seu centro de operações, com certeza. Ele recebera autoridade do sumo sacerdote, dos governantes, e o governo estava em Jerusalém, naquilo que lhe dizia respeito. Mas Paulo descobre, antes de chegar ao fim da jornada, que o governo estava no céu, não em Jerusalém. Os céus foram rasgados, ele viu uma luz do céu e ouviu uma voz do céu. E esse é o fim do mundanismo de Saulo de Tarso. Dali em diante, ele é um homem celestial – e veja como a partir daquele ponto esse homem sempre se movia em relação ao céu. Poderíamos seguir com mais detalhes, mas o fato é que aqui temos um poderoso levita. E não mais vemos Jerusalém, mas Antioquia. O Senhor se moveu de Jerusalém. Antioquia representa algo espiritualmente puro. Jerusalém se tornou o centro do oficialismo cristão, mas não há nada de oficial em Antioquia. O que temos ali, que agora suplanta Jerusalém, é um grupo de homens jejuando e orando. Então, o céu irrompe e o Espírito Santo diz: “Apartai-me a Barnabé e a Saulo” (At 13.2). Vemos algo relacionado ao céu. Isso é maravilhoso.

Poderíamos continuar evidenciando isso. Mas qual é o ponto central? Não ficou muito claro que, do ponto de vista de Deus, de acordo com Sua mente, tudo deve ser relacionado ao céu e governado a partir de lá? A plenitude celestial é Seu objetivo para Seu povo: torná-lo um povo celestial, cheio de Sua plenitude celestial. Bem no final do registro da Palavra de Deus vemos a nova Jerusalém – não a antiga, mas a nova Jerusalém – descendo do céu da parte de Deus, em grande plenitude celestial. Aquela nova Jerusalém é imensa – doze mil estádios em todas as direções (Ap 21.16). Vemos enorme plenitude ali. Todas as nações irão derivar seus recursos a partir dela. O fruto da sua árvore da vida e as águas do seu rio da vida são para todas as nações. Sua luz é para todas as nações. “E as nações andarão mediante a sua luz” (v. 24, ARA). Eis a plenitude celestial, aquilo em que o Senhor tem trabalhado todo o tempo.

Ele está trabalhando em nós agora. Às vezes imagino que somos duas pessoas: uma na terra e outra no céu. Naturalmente estamos aqui, mas existe algo de nós “subindo” o tempo todo, quando o Senhor implanta em nós algo mais do céu. Isso está sendo armazenado lá. Não seria talvez isso que o Senhor quis dizer quando se referiu a Si mesmo como “o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13), mesmo enquanto ainda estava aqui na Terra? Existe um aspecto nosso que está crescendo no céu. Não pense no céu como um planeta remoto. Estamos crescendo nesse conceito celestial das coisas. Algo de nós está “subindo”.

Acredito que a Igreja seja assim. A verdadeira Igreja é algo invisível. Não sabemos, exceto pelo Espírito, o que a Igreja realmente é. Você não pode dizer que as pessoas que freqüentam determinado lugar são a Igreja. Você não pode dizer que as pessoas que professam certas doutrinas e verdades cristãs são a Igreja. Elas podem ser ou não. Mas se você se encontra no Espírito – e isso é algo intangível –, ali você tem a Igreja. A Igreja é assim, esse é seu caráter celestial – e isso está “subindo”, por assim dizer, o tempo todo, e dentro em pouco irá descer em plenitude do céu. Ela está sendo edificada dessa forma agora. É a vontade de Deus que seja assim.

O ponto que desejo enfatizar é que o Senhor precisa desse tipo de representação, seja ela em indivíduos ou em grupos, para estabelecer ao lado de Seu povo a fim de mantê-lo em contato com o céu, mantendo as coisas celestiais sempre em vista. Uma das funções dos levitas era ensinar a Palavra de Deus – ou seja, manter o povo do Senhor em contato com os Seus pensamentos. Isso é funcional, não oficial. Não precisamos ser chamados de levitas, nem mesmo de “reverendos”. Não assuma títulos, mas apreenda os princípios. Se aqui na Terra nós estamos mantendo as pessoas em contato com o céu, se estamos ligados às coisas celestiais, se as pessoas são edificadas por nossa presença – ainda que não seja necessariamente por meio de nossa pregação ou por afirmarmos: “Veja isso ou aquilo…”; não, apenas por nossa presença, pela encarnação da vida, da natureza e da plenitude celestiais em nós –, se as pessoas são levadas a ver o pensamento mais pleno de Deus quando estão perto de nós, somos levitas sem adotar esse título, e é disso que o Senhor precisa.

Isso pode acontecer conosco como indivíduos. O Senhor é quem ordena a disposição de Seu povo. No livro de Josué foi o céu que estabeleceu e ordenou as tribos, afirmando: “Você ficará aqui, este é o seu lugar”. Soberanamente o Senhor vai dispor Seu povo: colocará alguns na Alemanha, outros, na Holanda, na Inglaterra ou na América; e, quando Ele estabelecer você em um lugar, saiba que está ali por indicação do céu, para ser um elo com o céu, para impedir que as coisas se acomodem espiritualmente no nível terreno.

Esse, é claro, também é o significado das igrejas no Novo Testamento. Este é o conceito Divino: ter grupos do povo do Senhor plantados aqui, ali e por toda parte, como um ministério levítico corporativo, mantendo o céu próximo e as coisas perto do céu. Oh, que cada igreja fosse assim, mantendo as coisas perto do céu!

Bem, esse é o começo. Muito mais poderia ser dito a esse respeito. Podemos começar agora a considerar todas as cartas do Novo Testamento e observar o resultado. Começando com Romanos 12, pois aí temos um princípio levítico: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso serviço racional [espiritual]. E não sede conformados com este mundo” [vv. 1,2]. Isso é levítico: um sacrifício vivo não conformado com este mundo. Poderíamos continuar fazendo isso ao longo do Novo Testamento. Mas o grande ponto de nossas meditações é que nossa vida aqui precisa estar relacionada ao céu, debaixo do seu governo, trazendo à luz as coisas celestiais, ministrando em relação ao céu. Isso precisa ser verdadeiro para nós, dentro de nossa medida e de nosso chamado; da mesma forma que aconteceu com Paulo, precisamos de uma visão celestial e não podemos ser desobedientes a ela. Quanto devemos àquele querido homem por todo o sacrifício e sofrimento que ele experimentou pelas coisas celestiais! E quão fiel ao céu ele foi até o fim – lançado na prisão, acorrentado, e não falando sobre nada além dos lugares celestiais.

Você diz que sua situação é tão difícil que não consegue introduzir o céu nela? Bem, existem situações difíceis. A situação de Daniel e seus três companheiros era difícil, mas eles introduziram o céu nela. Uma grande frase no livro de Daniel é “o céu reina” (4.26). E eles provaram essa verdade. O quartel-general está no céu, não na Babilônia, não em Roma, não em Jerusalém ou em qualquer outro lugar, mas no céu. O Senhor nos ajude a viver à altura e a partir do céu.

Agora que estamos chegando ao fim, trazemos mais uma vez o objeto específico dessas mensagens.

Deus tem apenas um objetivo, e só isso Lhe trará completa satisfação: a Plenitude de Cristo. Essa plenitude deve ser encontrada em um povo tomado das nações. Por meio desse povo, nessa plenitude, o Senhor tem o propósito de governar a criação nas eras vindouras. Isso não será alcançado independente de nossa cooperação, mas apenas pagando um alto preço e travando severo conflito hoje.

Nem todos os que “saem” [do mundo] “entram” neste propósito. Muitos não irão até o fim, cumprindo todas as condições, “tornando mais firme a vocação e eleição” [cf. 2Pd 1.10], ainda que entrem no Reino para receber sua herança em medidas diferentes, menores ou maiores.

Os pioneiros são necessários para a plenitude do propósito, e o caminho trilhado por eles é peculiar, repleto de experiências, sofrimentos, perplexidades e provações, pouco conhecidos pelos demais.

Mas Deus precisa de Seus pioneiros, indivíduos ou grupos; e estes são aqueles que “perseveram em seguir ao Senhor [cf. Js 14.8].


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