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Gotas de Orvalho (39)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Incendeie-se por Deus, e os homens virão ver você pegar fogo.

(John Wesley)

Em nossas orações ainda não resistimos até o sangue; não mesmo. Como diz Lutero, “nem ao menos fizemos suar nossa alma”. Oramos com uma atitude do tipo “o que vier está bom”. Deixamos tudo ao acaso. Nossas orações não nos custam nada. Nem mesmo demonstramos forte desejo de orar. Fica tudo na dependência de nossa disposição, e por isso oramos de forma intermitente e espasmódica. A única força diante da qual Deus se rende é a oração. Escrevemos muito sobre o poder da oração, mas ao orar não temos aquele espírito de luta. Nós fazemos tudo: exibimos nossos dons espirituais ou naturais; expomos nossas opiniões, políticas ou religiosas; pregamos sermões ou escrevemos livros para corrigir desvios doutrinários. Mas quem quer orar e atacar as fortalezas do inferno? Quem irá resistir ao diabo? Quem quer privar-se de alimento, descanso e lazer, para que os infernos o vejam lutando, envergonhando os demônios, libertando os cativos, esvaziando o inferno e sofrendo as dores de parto para deixar atrás de si uma fileira de pessoas lavadas pelo sangue de Cristo?

(Leonard Ravenhill)

Deus nos convida a vir como estamos, não para permanecer como estamos.

(Tim Keller)

Aprendi que não é em nosso perdão, nem em nossa justiça própria, que repousa a sorte do mundo, mas nos do Senhor. Quando Ele nos ordena que amemos nossos inimigos, Ele nos dá, juntamente com a ordem, Seu amor.

(Corrie Ten Boom)

O homem só deve entrar no ministério cristão se não conseguir ficar fora dele.

(Martyn Lloyd-Jones)

Nunca ouvi alguém dizer: “As lições mais profundas da minha vida vieram por meio de tempos de conforto e tranqüilidade”. Mas já ouvi santos fortes dizerem: “Todo avanço significativo que fiz em assimilar as profundezas do amor de Deus e em crescer na comunhão com Ele veio por meio do sofrimento.”

(John Piper)

É muito improvável que Deus use uma pessoa que nunca sofreu profundamente uma dor.

(A. W. Tozer)

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Gotas de Orvalho (37)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Gosto de ver pessoas cheias de água viva, tão cheias que não conseguem contê-la, tão cheias que precisam sair e proclamar o evangelho da graça de Deus. Quando alguém fica tão cheio que não pode mais se conter, então, está pronto para o serviço de Deus.

(D. L. Moody)

Há tantos mundanos que se consideram homens religiosos, que fazem de Cristo apenas um servo de seus interesses egoístas e buscam os céus apenas como uma reserva para quando nada mais lhes restar na terra. Tais homens são apegados a certas coisas deste mundo que lhes são tão queridas, ao ponto de não poderem abandoná-las nem mesmo pela esperança da glória. Assim, entregam-se a Cristo com secretas exceções e reservas, em virtude de sua prosperidade no mundo. Tudo isso porque nunca conheceram uma conversão genuína, a qual deveria ter arrancado de seu coração esse interesse mundano e tê-los libertado inteira e absolutamente para Cristo.

(Richard Baxter)

Uma pessoa espiritual ama as coisas santas pela mesma razão que a não-espiritual as odeia – e o que uma pessoa não-espiritual odeia nas coisas espirituais é precisamente sua santidade! Assim também, é a santidade das coisas santas que uma pessoa espiritual ama. Vemos isso nos santos e nos anjos no céu. O que lhes cativa a mente e o coração é a glória e a beleza da santidade de Deus. “E clamavam uns para os outros dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia de Sua glória” (Is 6.3). “Não têm descanso nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir” (Ap 4.7). “Quem não temerá e não glorificará o Teu nome, ó Senhor? […] Pois só Tu és santo” (15.4). E, assim como é nos céus, assim também deveria ser na terra. “Exaltai ao Senhor, nosso Deus, e prostrai-vos ante o escabelo de Seus pés, porque Ele é santo” (Sl 99.5). Podemos testar nossos desejos pelo céu por essa regra. Queremos estar lá pela santa beleza de que ali brilha? Ou nosso desejo pelo céu é baseado numa simples ansiedade pela felicidade egoísta?

(Jonathan Edwards)

Ele é um Deus que perdoa pecados: não apenas Ele pode perdoar, mas Ele está mais pronto a perdoar, mais pronto a esquecer do que nós estamos prontos a nos arrepender.

(Matthew Henry)

Hipócritas laboram mais em prol de um bom nome do que de um bom coração; mais por uma boa repercussão de seus feitos do que por uma boa consciência. Eles são como violinistas, mais cuidadosos em afinar seus instrumentos do que em vigiar sua alma. Hipócritas são como prata, porém escurecem; eles possuem uma aparente santificação externa, mas interiormente são cheios de malícia, mundanismo, orgulho, inveja, etc. São como almofadas de sofá, feitas de veludo e ricamente bordadas, mas cujo interior é cheio de feno. Um hipócrita pode oferecer sacrifício como Caim, correr como Jezabel, se humilhar como Acabe, chorar com as lágrimas de Esaú, beijar Cristo como Judas, seguir a Cristo como Demas,e aparentar compromisso como Simão, o mago; e, apesar de tudo isso, seu interior ser tão mau quanto qualquer um deles.

(Thomas Brooks)

Pais, não deixem que seus filhos vejam coisa alguma em vocês exceto aquilo que é recomendável e digno de imitação. Tornem-se capazes de dizer a suas crianças: “Meu filho, siga-me como você me vê seguir a Cristo”. Seu exemplo pode fazer muito no sentido da salvação de seus filhos, suas obras irão trabalhar mais sobre seus filhos do que suas palavras; seus padrões farão mais do que seus preceitos; sua imitação mais do que seus conselhos.

(Cotton Mather)

É melhor trazer juízo sobre si mesmo, pregando plena e fielmente a outros, do que deter a verdade pela injustiça, a fim de proteger-se do poder condenador da Palavra.

(John Bunyan)

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Vida cristã

Guarde seu coração (John Flavel)

“Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23 – Trad. Bras.).

O dever de guardar o coração é sempre obrigatório; não existe hora nem condição na vida em que sejamos dispensados dessa tarefa, mas existem algumas ocasiões especiais e horas críticas que requerem mais vigilância do que aquela que comumente mantemos sobre o coração.

Uma dessas ocasiões é quando somos ofendidos e maltratados pelos outros. A depravação e a corrupção do homem é tão grande que um trata o outro como lobo ou tigre. E, como os homens são cruéis por natureza e oprimem uns aos outros, assim os ímpios conspiram para maltratar e ofender o povo de Deus. “O ímpio devora o homem que é mais justo do que ele.” Quando somos ofendidos e maltratados dessa forma, é difícil guardar o coração de impulsos vingativos; com mansidão e quietude passar a situação para Aquele que julga retamente; evitar todo e qualquer sentimento pecaminoso. O espírito que está em nós deseja vingança, mas não deve ser assim. Nós temos opções de ajuda no evangelho para guardar o coração de sentimentos pecaminosos contra nossos inimigos e para abrandar nosso espírito amargurado. Quer saber como pode um cristão guardar o coração de sentimentos vingativos quando é alvo das maiores ofensas e maus tratos dos homens? Eu explico. Quando você começar a perceber o coração inflamar-se de sentimentos vingativos, reflita imediatamente nas seguintes coisas:

1ª) Recomende com insistência a seu coração as severas proibições da Palavra de Deus contra a vingança. Por mais gratificante que seja a vingança a suas propensões corruptas, lembre-se de que ela é proibida. Ouça a Palavra de Deus: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira [de Deus]; porque está escrito: A Mim Me pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.19-21). Este sempre foi um argumento apresentado pelos cristãos para provarem que sua religião é sobrenatural e pura: ela proíbe a vingança, que é tão agradável à natureza humana. Intimide seu coração, então, com a autoridade de Deus nas Escrituras; e quando a razão carnal disser: “Meus inimigos merecem ser odiados!”, faça a consciência replicar: “Mas será que Deus merece ser desobedecido?” “Isso e isso foi feito contra mim, eu fui injustiçado”; “Mas o que é que Deus fez para que eu cometa alguma coisa contra Ele? Se meu inimigo se atreve a perturbar minha paz, devo eu ser tão perverso ao ponto de transgredir o mandamento de Deus? Se meu inimigo não teme fazer mal contra mim, será que não devo temer fazer mal contra Deus?” Dessa forma, faça com que o temor de Deus restrinja e acalme seus sentimentos.

2ª) Coloque diante de seus olhos os mais altos padrões de mansidão e perdão, para você sentir o vigor do exemplo deles. Essa é a forma de acabar com os argumentos normais de carne e sangue em busca de vingança, como estes: “Homem nenhum suportaria esse tipo de ofensa!” Sim, há homens que suportaram ofensas tão grandes e até maiores do que as que você sofreu! “Mas eu vou passar por covarde, por estúpido, se não revidar!” Isso não deve preocupar você, desde que siga o exemplo de homens mais sábios e santos. Ninguém nunca sofreu mais ou maiores ofensas por parte dos homens do que Jesus, nem jamais suportou insultos e acusações e todo tipo de abuso de forma mais pacífica e perdoadora. Quando Ele foi insultado, não devolveu os insultos; quando sofreu, não fez ameaças; quando Seus assassinos O crucificaram, Ele pediu ao Pai que lhes perdoasse. Com isso, Ele nos deu exemplo, para que sigamos Seus passos. Seus apóstolos O imitaram: “Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos” (1Co 4.12,13).

Eu ouvi falar de um santo homem de Deus, o sr. Dod. Quando uma pessoa enfurecida por causa da pregação penetrante e convincente dele o atacou, socou-lhe o rosto e lhe quebrou dois dentes, esse humilde servo de Cristo cuspiu os dentes e o sangue na mão e disse: “Veja só, você me arrancou dois dentes, e isso sem nenhuma provocação legítima. Mas, se você permitir que eu o abençoe e faça bem a sua alma, deixo que arranque o resto de meus dentes”. Aqui temos o exemplo da excelência do espírito cristão. Esforce-se para ter esse espírito, que é a verdadeira excelência dos cristãos. Faça o que os outros não podem fazer, conserve ativo esse espírito, e você preservará a paz em sua alma e obterá a vitória sobre seus inimigos.

3ª) Considere o caráter de quem lhe fez mal. É um homem piedoso ou é um ímpio? Se é um homem piedoso, existem luz e sensibilidade na consciência dele, que mais cedo ou mais tarde lhe trarão um senso do mal que cometeu. Se é um homem piedoso, Cristo lhe perdoou ofensas maiores do que as que ele cometeu contra você; e por que você não o perdoaria? Cristo o repreenderá pelas suas ofensas, mas liberalmente perdoará todas elas; e você o pegará pelo pescoço por causa de uma pequena ofensa que ele cometeu contra você?

4ª) Mas se foi um ímpio que ofendeu ou insultou você, na verdade é mais razão ainda para você exercer misericórdia em vez de vingança contra ele. Ele se encontra numa situação de engano e miséria; é escravo do pecado e inimigo da justiça. Se ele algum dia se arrepender, estará pronto para reparar seu erro; se continuar impenitente, está chegando um dia quando será punido como merece. Você não precisa planejar nenhuma vingança; Deus executará a vingança contra ele.

5ª) Lembre-se de que, por meio da vingança, você só conseguirá gratificar uma paixão pecaminosa, paixão essa que, por meio do perdão, você pode subjugar. Lembre que, por meio da vingança, você pode destruir um inimigo; mas, pelo exercício da moderação cristã, pode subjugar três inimigos de uma só vez: sua própria paixão, a tentação de Satanás e o coração de seu inimigo. Se, por meio da vingança, você dominar seu inimigo, a vitória será infeliz e sem glória, pois, ao conquistá-la, você será vencido por sua própria corrupção; mas, pelo exercício da moderação mansa e perdoadora, você sempre sairá com honra e sucesso. A pessoa em quem a mansidão e o perdão não operam é, de fato, uma pessoa muito perversa. É de pedra o coração que não se deixa derreter por esse fogo. Foi assim que Davi obteve vitória sobre Saul, seu perseguidor: “E chorou Saul em voz alta. Disse a Davi: Mais justo és do que eu” (1Sm 24.16,17).

6ª) Com seriedade, pergunte a seu coração: “Será que aproveitei alguma coisa para minha própria alma por meio das ofensas e injustiças que sofri?” Se elas não lhe fizeram nenhum bem, volte sua vingança contra si mesmo. Você tem todos os motivos para se encher de vergonha e tristeza por ter um coração que não consegue extrair nenhum bem desse tipo de aflição e ter uma disposição mental tão diferente da atitude de Cristo. A paciência e a mansidão de outros cristãos fizeram com que as ofensas dirigidas a eles lhes fossem de bom proveito! Eles louvaram a Deus quando o mundo os acusou e repreendeu. Jerônimo disse: “Dou graças a meu Deus que eu seja considerado digno do ódio do mundo”. Mas, se você tem recebido algum benefício das acusações e injustiças que recebeu, se elas o levaram a examinar o próprio coração, se fizeram com que você conduzisse a vida com mais prudência, se elas o convenceram do valor de um temperamento santificado, não vai perdoá-las? E daí se essas coisas foram feitas com más intenções? Se, pela bênção de Deus, sua felicidade tem sido promovida por aquilo que lhe foi feito, por que deveria você sequer dispensar um pensamento desagradável a respeito do autor dessas coisas?

7ª) Pondere em quem ordena todas as suas tribulações. Isso será de grande ajuda para guardar seu coração da vingança; isso de imediato aquietará e suavizará seu ânimo. Quando Simei cercou Davi e o amaldiçoou, o espírito desse homem piedoso não se deixou envenenar pela vingança. Quando Abisai se ofereceu para arrancar a cabeça de Simei, o rei disse: “Deixai-o amaldiçoar; pois, se o SENHOR lhe disse: ‘Amaldiçoa a Davi’, quem diria: ‘Por que assim fizeste?’?” (2Sm 16.10). Pode ser que Deus o use como Sua vara para castigar-me, porque por causa do meu pecado eu dei ocasião a que os inimigos de Deus blasfemassem; e deveria eu ficar irado com o instrumento? Como isso seria irracional! Dessa mesma forma Jó se aquietou; ele não xingou nem planejou vingança contra os caldeus e sabeus, mas considerou que Deus tinha ordenado suas tribulações, e disse: “O SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!”

8ª) Considere em como você está diariamente e a toda hora ofendendo a Deus, e não será tão facilmente inflamado com represália contra aqueles que ofendem você. O tempo todo você está afrontando a Deus, mas Ele não se vinga contra você; antes, o tolera e perdoa – e mesmo assim você quer se levantar e vingar dos outros? Reflita nesta cortante repreensão: “Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” (Mt 18.32,33). As pessoas que mais devem estar cheias de paciência e misericórdia para com os que as prejudicam devem ser aquelas que experimentaram por si mesmas as riquezas da misericórdia! A misericórdia de Deus para conosco deve enternecer nosso coração com misericórdia para com os outros. É impossível sermos cruéis com os outros – só se esquecermos o quanto Deus tem sido bom e compassivo para conosco. E, se a bondade não prevalece em nós, temos de ouvir isto: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (6.15).

9ª) Que a lembrança da proximidade do dia do Senhor refreie você de antecipá-lo com atos de vingança. Por que tanta pressa? Não está o Senhor perto para vingar todos os Seus servos maltratados? “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.8,9). A vingança pertence a Deus, e você vai se equivocar ao ponto de tomar sobre si o que é prerrogativa Dele?!

 


Fonte: Revista Meditas Estas Coisas

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