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Perseverança T. Austin-Sparks

Capítulo 1: O fato e a natureza do caminho celestial

Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.

(Hb 11.13-16)

Um tempo antes dessas mensagens serem compartilhadas fui para o interior em busca de quietude e distanciamento, dirigindo meu coração para o Senhor e Sua Palavra. Certo dia, nas primeiras horas da manhã, foi como se os céus tivessem sido abertos e tudo tivesse se tornado claro, descortinando-se maravilhosamente em torno de um tema: “Pioneiros no caminho celestial”. Essas palavras resumem os versos que acabamos de citar. Enquanto vamos meditar e, talvez, compartilhar muito sobre o caminho celestial, meu principal foco será a questão do pioneirismo nessa jornada. Para tanto, é necessário iniciar nossa consideração um pouco extensa sobre o caminho celestial, mas reitero que essa impressionante questão do pioneirismo deve ser, a meu ver, o ponto central da mensagem. Acredito que esse seja o interesse central do Senhor neste momento, e deve ser o nosso.

A Terra relacionada ao céu

A Bíblia se inicia com os céus: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). A ordem da criação não foi “a terra, então os céus”; os céus vieram em primeiro lugar. A Bíblia se encerra com a santa cidade, a nova Jerusalém, descendo de Deus do céu (Ap 21.2). Vemos no início e final da Palavra de Deus que tudo se origina do céu e se dirige novamente para lá. Todo o conteúdo restante das Escrituras obedece a esse princípio. Assim como aconteceu na esfera natural, ocorre na espiritual. O céu governa a terra e tudo que é terreno, e as coisas terrenas têm de responder às celestiais. O céu é o ponto de referência: tudo deve estar à sua luz, responder ao céu e ter sua origem ali. Essa é uma síntese da Palavra de Deus, o inteiro conteúdo das Escrituras.

Esse mundo, essa Terra, não está isolado, abandonado. Ainda que a Terra seja importante dentro dos arranjos divinos, não pode ser vista de forma separada, mas se relaciona ao céu e todo o seu sentido se deriva desse relacionamento. De fato, a Terra é um objeto de grande interesse celestial, pois talvez as coisas mais grandiosas do universo tenham tomado lugar aqui: Deus veio em carne, viveu, deu-se pelo mundo; o grande drama dos conselhos eternos se relaciona com a Terra. Ainda assim, devemos atentar para o fato de que seu sentido e sua importância estão atrelados a ela estar relacionada a algo maior que ela mesma: os céus.

A Bíblia nos ensina que é lá nos céus que Deus se encontra, conforme está escrito: “Deus está nos céus” (Ec 5.2). Aprendemos que existe um sistema, uma ordem suprema e verdadeira nos céus. No final de tudo, a consumação de todos os conselhos de Deus será, na Terra, uma reprodução da ordem celestial. Cristo desceu dos céus e para lá retornou. O cristão, como filho de Deus, nasce do céu e tem sua vida centrada ali. A vida do filho de Deus terá sua consumação no céu. A Igreja, a obra-prima de Deus, tem origem, chamamento e destino celestiais. Em todas essas coisas, e em muitas outras “o céu reina” (Dn 4.26). Tudo é governado por esse elemento do céu.

Filhos de Deus relacionados ao céu

Se somos filhos de Deus, então, toda a nossa educação e nossa história estão relacionadas aos céus. Esse assunto será tratado com mais detalhes adiante. No entanto, é importante afirmar, para que fique claro na compreensão de todos, que toda a nossa história e nossa educação como filhos de Deus estão relacionadas aos céus, e com digo isso não me refiro apenas a que vamos para o céu. Estamos relacionados ao reino dos céus por nascimento, por seu sustento a nós e por nossa eterna vocação. Toda a nossa educação, eu disse, está relacionada aos céus. Tudo o que temos de aprender está em saber como as coisas são feitas ali, como o Senhor disse ao afirmar: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10). Quando o Senhor iniciou com “Pai nosso, que estás nos céus” [v. 9], ficou claro que esse fragmento da oração é muito abrangente, englobando toda a educação dos filhos de Deus. As coisas devem ser aqui como são no céu; mas se faz necessário passar por uma vida inteira de educação, um profundo e drástico treinamento para essa conformidade ao céu de fato acontecer.

A Bíblia dos cristãos do Novo Testamento era o Antigo Testamento. Quando lemos o Novo Testamento, como fazemos com frequência, vemos citações a respeito das Escrituras: “Para que se cumprisse o que foi dito” [Mt 1.22; 4.14; 8.17]; “Como está escrito” [Mc 7.6], fazendo referência ao Antigo Testamento. O Antigo Testamento era tudo o que os cristãos possuíam em termos de Escrituras, a única Bíblia dos primeiros cristãos que viveram nas primeiras décadas da história da igreja, pois eles ainda não tinham o Novo Testamento. Para eles, o Antigo Testamento era a Bíblia, e era tomado continuamente como fonte de consulta e como referência para exemplificar a experiência espiritual dos cristãos. Isso ocorreu na Epístola aos Hebreus, de onde extraímos nossa citação inicial. Essa carta está repleta de referências ao Antigo Testamento, do início ao fim. O Antigo Testamento era usado com frequência para ilustrar e demonstrar o sentido da vida espiritual de um cristão do Novo Testamento.

Uma peregrinação relacionada ao céu

O que encontramos no Antigo Testamento é uma peregrinação, ao longo de todo ele: uma peregrinação para o céu. Vamos voltar ao início do registro bíblico. A intenção Divina na criação foi que houvesse uma harmonia entre o céu e a Terra que possibilitasse a Deus estar nesse mundo com prazer, alegria, descanso, da mesma forma que Ele podia estar em Seu céu. Ele fez a Terra para Seu prazer, Ele a fez para Si mesmo, Ele a fez para visitá-la quando desejasse em total satisfação, descanso e alegria. Vemos, como primeira imagem diante de nós, a satisfação de Deus ao visitar o mundo que criou. Ele o moldou, foi feitura Sua, e é dito que Ele entrou no Seu descanso quando concluiu essa obra. Ele encontrou Seu descanso enquanto estava aqui, em Sua criação.

Entretanto, desde a tragédia da queda, os céus e a terra entraram em divergência, perdendo a harmonia. Esse mundo permanece em conflito com o céu; tudo na Terra mudou. No que diz respeito ao mundo, Deus não tem prazer em visitá-lo ou de estar aqui. Sua presença aqui é encontrada por meio de um testemunho, não mais em sua plenitude. Esse testemunho de Sua presença atesta que esse é Seu lugar de direito, que “do Senhor é a terra e a sua plenitude” (Sl 24.1) e que Ele tudo criou para Seu prazer. Mas Deus permanece aqui apenas por meio de um testemunho, como um sinal, que se faz necessário uma vez que Ele não mais está presente em Sua plenitude. Em um sentido muito real e amplo, Deus está fora desse mundo, e existe um conflito entre o céu e a Terra. Embora haja esse testemunho, o próprio testemunho está aqui e não está. Em certo sentido, o testemunho está fora, pois o próprio vaso que testemunha da presença de Deus não pertence a este mundo. Não existe aqui uma habitação permanente, uma cidade. Apesar de estar ‘dentro’, não ‘pertence’ a esse mundo, é um estrangeiro. Isso ocorre desde a queda.

Se atentarmos para a história individual ou corporativa dos instrumentos divinamente apreendidos para expressar esse testemunho, veremos uma história de pioneirismo espiritual em relação ao céu. Vocês compreendem isso? Vou enfatizar mais uma vez. Toda a história desses vasos, individuais ou corporativos, escolhidos e capturados por Deus para expressarem Seu testemunho, é o relato de pioneiros fazendo picadas, abrindo caminho, fazendo algo que é novo no que diz respeito ao mundo, conquistando terreno novo, inovando e fazendo descobertas relacionadas ao céu ― pioneiros na esfera celestial. Quanta história pode ser agregada nessa afirmação!

Para os pioneiros, o centro de gravidade é o céu

Vamos observar uma ou duas características dessa vocação para o pioneirismo. Primeiramente, aqueles que são chamados e capturados pelo céu para servir a um propósito celestial percebem que o centro de gravidade foi interior e espiritualmente mudado e transferido desse mundo para o céu. Há uma sensação profundamente arraigada de não mais pertencer a esse mundo, de que este não é nosso lugar de repouso, que não é nosso lar e não é mais nosso centro de gravidade. Não somos mais atraídos interiormente para o mundo. Uma sensação de conflito com o que está aqui, de haver uma divergência interior e de não poder aceitar o mundo permanece no espírito de um pioneiro. Repito: o centro de gravidade, interior e espiritualmente, foi transferido deste mundo para o céu. Essa é uma consciência inata, e é a primeira coisa nesse chamamento celestial, o primeiro efeito, o primeiro resultado de nosso chamamento do alto. Esse assunto será tratado mais adiante.

Podemos adotar isso como um teste. É claro que isso é verdadeiro até mesmo para o mais simples dos filhos de Deus. A primeira consciência de que alguém nasceu, verdadeiramente nasceu, do alto é percebida pela mudança em seu centro de gravidade. De uma forma ou de outra, interiormente, saímos de um mundo e entramos em outro. De uma forma ou de outra, as coisas com as quais éramos relacionados por nossa natureza não nos seguram mais: elas não são mais nosso mundo. Essa deve ser nossa consciência, e se isso não acontecer, existe algo bem duvidoso nessa profissão de fé no Senhor Jesus. O senso inato de um novo centro de gravidade deve crescer progressivamente ao ponto de se tornar cada vez mais impossível para nós aceitar esse mundo em qualquer aspecto. Mais uma vez afirmo que este é um teste para nosso progresso espiritual, de nossa peregrinação e de quanto avançamos nela. No entanto, isso, afinal de contas, ainda é algo elementar.

A esfera celestial é-nos desconhecida por natureza

Essa outra esfera, a respeito da qual recebemos a consciência em nosso coração, essa gravitação que se iniciou em nosso espírito, é um mundo absolutamente desconhecido da nossa natureza. Para a nossa natureza humana trata-se de um reino totalmente outro: diferente, nada familiar, inexplorado. Para cada indivíduo essa jornada corresponde a um mundo completamente novo que só pode ser conhecido por meio da experiência, independente de muitas pessoas já terem iniciado essa caminhada e terem nela permanecido por um longo tempo. Podemos extrair valores das experiências dos outros, e graças a Deus por isso, mas essas experiências não podem nos levar nem um passo adiante nesse caminho. Trata-se de um novo, completamente novo e estranho caminho para nós. Precisaremos aprender tudo a respeito dele, desde o início.

Isso torna o pioneirismo ― algo que o pioneirismo sempre foi ― um caminho solitário. Ninguém pode nos transmitir essa herança. Precisaremos conquistar nossa própria herança nesse mundo desconhecido e estranho, e isso vai demandar, basicamente, uma nova constituição de acordo com ele, capacidades que não há em nós pela natureza. Nenhum homem pode desvendar a Deus por meio de investigação (Jó 11.7) ― não temos essa capacidade. Isso precisa nascer em nós vindo do céu. Precisaremos descobrir isso tudo por nós mesmos. Precisaremos conhecer a Deus por nós mesmos, em cada detalhe da Sua disposição de se relacionar com o coração humano.

Podemos receber luz por meio de testemunhos, por meio das Escrituras; podemos também ser ajudados por conselhos, receber inspiração de outros que desbravaram esse caminho antes de nós. Todavia, em última análise, precisaremos tomar posse de nosso próprio terreno nesse país celestial; precisaremos conquistar, cultivar e explorar. Se você está seguindo esse caminho em sua vida espiritual, sabe do que estou falando, porque está precisando descobrir as coisas sozinho. Oh, como desejaríamos ter alguém que nos tomasse nos braços e nos delegasse o benefício de suas experiências! O Senhor nunca permitirá isso. Se estamos verdadeiramente e de fato prosseguindo na estrada celestial, se não apenas começamos e, então, desanimamos ou desistimos ao longo do caminho, somos todos pioneiros. Se formos pioneiros, poderemos compartilhar valores com outros, mas, em certo sentido, todos que estão nessa jornada precisarão fazer as próprias descobertas, e é melhor que seja assim. Em última análise, não existe nada de segunda mão na vida espiritual.

Pioneirismo repleto de custo e conflito

Chegamos à terceira característica desse pioneirismo. Todo o pioneirismo é repleto de custo e sofrimento. Como essa jornada, ou caminho, é espiritual, compreendemos que o preço a ser pago pelo pioneirismo será principalmente interior.

Perplexidade, sim, perplexidade. Li a tradução de uma mensagem do nosso irmão Watchman Nee, na qual ele afirmou: “No passado, eu tinha um conceito elevado a respeito da vida cristã imaginando que um cristão estar perplexo era absolutamente errado. Um cristão ser humilhado? Um cristão em desespero? Isso está totalmente errado; afinal, que tipo de cristão seria esse? Quando li as palavras de Paulo dizendo que estava perplexo, em angústia e desespero, isso se tornou um problema real para mim, considerando meu conceito daquilo que um cristão deveria ser. Então, por fim vi que não havia nada errado nisso” [cf. 2Co 4.8,9]. Sim, um cristão como o apóstolo Paulo perplexo, humilhado e em desespero. Esse é o caminho dos pioneiros.

Perplexo. Mas o que essa perplexidade implica? Ela implica a carência de faculdades ou habilidades para compreender o que se passa em determinada esfera a respeito da qual, no momento, não as temos. Encaramos algo que está além de nossa capacidade. Isso não quer dizer que ficaremos sempre perplexos na mesma medida em relação às mesmas coisas. Sairemos da perplexidade em determinado assunto e o entenderemos; todavia sempre encontraremos alguma medida de perplexidade, simplesmente porque o céu é maior que este mundo, mais vasto que essa vida natural, e precisamos continuar a crescer. Perplexidade é a porção dos pioneiros.

Fraqueza. O irmão Nee questionou: “Um cristão em fraqueza e confessando ser fraco? Que tipo de cristão é esse?” Paulo discorre muito sobre fraqueza, sua própria fraqueza, indicando, certamente, existe outro tipo de força diferente da nossa a ser descoberto, algo que não conhecemos naturalmente. Este é o caminho dos pioneiros: chegar à sabedoria que está além de nós, a qual, por ora, significa perplexidade; obter uma força que está além de nós, a qual, por ora, significa fraqueza em nós mesmos. Estamos em um processo de aprendizado ― é tudo. Esse é o caminho dos pioneiros, mas existe um preço alto, como esse, a ser pago em nosso interior, das mais variadas formas.

Mas, apesar desse preço ser interior, ele é também exterior. A Epístola aos Hebreus tem diversas indicações desses dois aspectos de nossa peregrinação. “Todos estes […] confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (11.13). O apóstolo escrevia sobre uma jornada espiritual, uma transição do terrenal para o celestial, indicando o aspecto interior. Mas houve também o aspecto exterior no testemunho daquelas pessoas, e acontece o mesmo conosco. Toda a inclinação da natureza tende para baixo, se for deixada por conta própria. Isso acontece em todas as esferas da natureza, se deixarmos que elas sigam sua tendência natural, não é? Um belo jardim logo se torna em desolação, desordem e caos, se pararmos de cultivá-lo. E isso também é verdade a nosso respeito, nessa jornada espiritual: nossa gravitação natural se dirige para a Terra, sempre buscaremos um lugar para nos estabelecer, sempre ansiaremos pelo fim do conflito e do combate, buscando uma saída dessa atmosfera de tensão na vida espiritual. Toda a história da Igreja é uma longa história dessa tendência de acomodação a essa Terra, de conformar-se a esse mundo, de busca por aceitação e popularidade e para eliminar os elementos de conflito e de peregrinação. Essa é a nossa inclinação, a tendência natural. Assim o pioneirismo tem um alto preço, exterior e interiormente.

Estaremos assumindo uma posição contrária à inclinação religiosa. Voltemos à Epístola aos Hebreus. Ali vemos uma inclinação descendente e retrógrada para a Terra, tornando o cristianismo um sistema religioso terreno com todas as suas externalidades, suas formas, seus rituais e suas vestimentas. Todo esse sistema precisava ser visível e deveria responder aos sentidos naturais. Isso exercia uma grande atração àqueles cristãos; fazia um grande apelo à alma deles, à sua natureza, e essa carta foi escrita para admoestar: “Deixemos essas coisas para trás e prossigamos. Somos peregrinos, estrangeiros; aquilo que é celestial é que tem importância”. Relembremos do grandioso parágrafo sobre a nossa chegada à Jerusalém celestial (12.18-24).

Mas tomar uma posição contrária ao sistema religioso “acomodado” envolve um alto preço e um grande sofrimento. Por vezes parece-me que isso é bem mais difícil do que se posicionar contra o próprio mundo. Isso porque o sistema religioso pode ser ainda mais cruel, implacável e amargo, por sofrer influência de coisas malignas e desprezíveis como preconceitos e suspeitas, que são encontradas até mesmo nas pessoas decentes do mundo. Uma progressão ascendente para o céu tem um alto preço, é dolorosa, mas é o caminho do pioneiro, e precisa estar bem claro que isso é assim. Nessa carta temos a seguinte afirmação: “Saiamos, pois, a Ele fora do arraial” (13.13). Deixo a seu critério determinar o que é esse arraial, mas não é o mundo. “A Ele fora do arraial” representa banimento, suspeita.

“Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as” [11.13]. Não seria esta a visão de um pioneiro: sempre ver e saudar de longe aquele dia da concretização de sua fé, ainda que esteja além da curta duração de sua vida? “Confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.” Deus não se envergonha do povo que peregrina com Ele em direção a Seu propósito, Ele considera Seus os desse povo, é chamado “seu Deus” e preparou-lhes “uma cidade” (vv. 13-16).

Quando meditamos nesse texto, vemos que é um resumo maravilhoso. “Todos estes” [v. 13] ― que afirmação abrangente! Percebemos nessa afirmação que todas essas pessoas viram alguma coisa e não mais descansaram depois dessa visão, até chegarem ao fim de seus dias e darem seu último suspiro nessa Terra. Elas ainda eram peregrinas e não puderam mais descansar, pois receberam aquele chamado do invisível. Precisamos receber isso dos céus, para sermos conduzidos para lá. Isso ficou claro?

Como podemos ver, essa é a chave e a explicação para tudo. Essa é a garantia de que tudo o que ansiamos, desejamos, buscamos e foi originado no Espírito de Deus será realizado. Oh, bendito seja Deus por isso! Que mais pessoas do povo do Senhor experimentem, com poder, essa convicção!

Você tem fome disso? Anseia por isso? Está insatisfeito? Esse anseio é como uma profecia de que existe algo mais. Você está acomodado? Você se conformou? Sua visão é curta e estreita? Você só consegue ir até aqui? Você aceitando as coisas como elas são? Muito bem, é isso que você irá alcançar ― não espere chegar muito longe. Deus se intitula o Deus daqueles peregrinos [11:16]. Ele é o Deus dos peregrinos. Vamos abandonar essa mentalidade literal a respeito dessa peregrinação literal ― ou, como preferem alguns, de um céu literal. De fato, apesar de desconhecer onde o céu está, sei que existe uma ordem celestial e que os tratos de Deus para comigo são relacionados a essa ordem, diariamente. Deixemos o literal e vejamos o lado espiritual, que é muito real. Vamos pedir ao Senhor para plantar poderosamente em nós esse espírito de peregrino.

Você descobrirá, à medida que prosseguir, que, apesar de ter havido momentos de sua vida espiritual em que acreditava estar tudo tão maravilhoso e pleno, ao ponto de acreditar que havia chegado ao ápice, em outros momentos, essas maravilhas irão parecer insignificantes. Ao fazer uma retrospectiva, vai considerar tudo aquilo meninice. Olhará para algumas de suas leituras daquela ocasião que o alimentavam e dirá: “Como é que eu encontrava alguma coisa nisso?” Não me entenda mal: não é que houvesse alguma coisa errada naquelas coisas; elas eram adequadas para aquela ocasião, mas você prosseguiu e precisará de algo mais agora. Precisamos amadurecer em todas as coisas, prosseguir. Precisamos ser um povo do além. Esse é provavelmente o sentido da palavra “hebreu”. Essa carta é chamada de Epístolas aos Hebreus, e fala de peregrinos e estrangeiros. Se a palavra “hebreu” significa “pessoa do além”, podemos afirmar que somos um povo do além, que nossa morada e nossa gravitação estão além. Somos peregrinos nessa Terra, peregrinos do além.

Que o Senhor torne essa mensagem útil, tirando-nos da condição de letargia, do falso contentamento ou do desejo indevido de alcançar um fim aqui. Por outro lado, que o Senhor mantenha nossos olhos e nosso coração unidos aos daqueles que foram pioneiros antes de nós, vendo, saudando, e, se necessário morrendo em fé.

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Samuel Rutherford Sofrimento Testemunho

Cartas de Samuel Rutherford (1)

Para Lady Kenmure,1

de Anwoth, 26 de junho de 1630

Os inexplicáveis tratos de Deus com Seu povo são bem ordenados

Eu compreendo tuas circunstâncias neste mundo, saborizadas pela adoração ao Filho de Deus e pela comunhão com Ele em Seus sofrimentos. Tu não podes, não deves ter aqui uma condição mais agradável ou mais fácil do que a que Ele teve, Ele que “por aflições foi aperfeiçoado” (Hb 2.10). Podemos, de fato, pensar: “Deus não pode nos levar ao céu de maneira fácil e próspera?” Quem duvida que Ele pode? Mas Sua infinita sabedoria pensa e decreta o contrário; e, embora não possamos ver uma razão para isso, ainda assim Ele tem uma razão mais justa.

Com os olhos, nunca vimos nossa própria alma; ainda assim, temos uma alma. Vemos muitos rios, mas não conhecemos sua primeira nascente, a fonte original; ainda assim, eles têm um começo.

Senhora, quando chegares ao outro lado do rio, e pousares teus pés nas praias da eternidade gloriosa e olhares para trás, novamente, para as águas e para tua penosa jornada, e vires naquele límpido cristal de glória eterna de mais perto as profundezas da sabedoria de Deus, terás forçosamente que dizer:

“Se Deus houvesse feito de modo diferente comigo o que Ele fez, eu nunca teria chegado ao desfrute dessa coroa de glória”.

Tua parte agora é crer, e sofrer, e confiar e esperar, pois assevero, na presença daquele Olho que tudo discerne, que sabe o que escrevo e o que penso, que não me faltou a doce experiência das consolações de Deus em toda a amargura da aflição. Não; se Deus vem a Seus filhos com uma vara ou com uma coroa, se Ele próprio vem, então, está tudo bem. Bem-vindo, bem-vindo Jesus, vem da maneira que Tu vieres, desde que possamos Te ver. E, estou certo, é melhor estar doente, contanto que Cristo venha para o lado da cama, abra as cortinas e diga: “Coragem, Eu sou tua salvação”, do que gozar de saúde, ser vigoroso e forte, e nunca ser visitado por Deus.

Falta de ordenanças

Digna e cara senhora, na força de Cristo, luta e vence. Tu estás agora sozinha, porém podes ter, se buscares, três sempre em tua companhia: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Sei que estão perto de ti. Tu estás agora privada do conforto de um ministério ativo; foi assim com os israelitas no cativeiro; contudo, ouve a promessa de Deus para eles: “Portanto, dize: Assim diz o Senhor Deus: Ainda que os lancei para longe entre os gentios, e ainda que os espalhei pelas terras, todavia lhes serei como um pequeno santuário, nas terras para onde forem” (Ez 11.16). Vê, um santuário! Um santuário, o próprio Deus, em lugar do templo de Jerusalém. Confio em Deus que, carregando esse templo contigo, tu verás a beleza de Jeová em Sua casa.

 


1 Jane Campbell, Viscondessa de Kemnure, filha do sétimo Conde de Argyle. Em 1628, ela se casou com John Gordon, de Lochinvar, cuja morte prematura ocorreu em 1634. Jane se casou novamente em 1640, mas em pouco tempo uma nova viuvez lhe sobreveio. Ela viveu até os anos 1670 com o que parece ter sido uma vida cristã exemplar. [Nota do editor original.]

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Samuel Rutherford Sofrimento Testemunho

A vida de Rutherford


Samuel Rutherford (1600–1661) nasceu perto de Nisbet, Escócia, e pouco se conhece sobre o início de sua vida. Em 1627, ele recebeu o grau de Mestre da Universidade de Edimburgo, onde foi professor de Humanidades. Ele se tornou pastor da igreja em Anwoth em 1627, uma paróquia rural, cujos membros estavam espalhados pelas fazendas nas colinas. Ele possuía um verdadeiro coração de pastor e era incansável no trabalho pelo rebanho. Conta-se que os homens diziam a respeito de Rutherford:

“Ele estava sempre orando, sempre pregando, sempre visitando os doentes, sempre catequizando, sempre escrevendo e estudando.”

Entretanto, seus primeiros anos em Anwoth foram marcados por tristeza. Sua esposa esteve doente por treze meses antes de falecer na nova casa deles. Dois filhos também morreram nesse período. Não obstante, Deus usou esse tempo de sofrimento a fim de preparar Rutherford para ser um consolador de Deus para pessoas em sofrimento.

Em 1636, Rutherford publicou um livro defendendo as doutrinas da graça (calvinismo) contra o arminianismo. Isso o colocou em conflito com as autoridades da Igreja, que era dominada pelo episcopado inglês. Ele foi chamado perante a Suprema Corte, foi retirado de seu cargo ministerial e foi exilado em Aberdeen. Esse exílio foi uma dolorosa provação para o querido pastor. Ele sentia ser insuportável estar separado de sua congregação. Contudo, por causa desse exílio, nós hoje temos muitas das cartas que ele escreveu a suas ovelhas ― portanto, o mal de seu banimento tornou-se uma grande bênção para a igreja ao redor do mundo.

Em 1638, as disputas entre o Parlamento e o rei na Inglaterra, e entre o presbiterianismo e o episcopalianismo na Escócia, culminaram em eventos importantes para Rutherford. Na confusão daquela época, ele escapou de Aberdeen e retornou a sua querida Anwoth. Mas não foi por muito tempo. A Kirk (Igreja da Escócia) reuniu-se em Assembleia Geral naquele ano e restaurou o presbiterianismo integral no país. Além disso, indicaram Rutherford como professor de Teologia de St. Andrews, embora ele tivesse negociado para lhe ser permitido pregar pelo menos uma vez por semana.

A Assembléia de Westminster iniciou suas famosas reuniões em 1643, e Rutherford foi um dos cinco comissionados escoceses convidados a participar dos processos. Embora não lhes fosse permitido votar, os escoceses tinham uma influência que de longe ultrapassava seu número. Rutherford, conforme é crido, teve grande influência sobre o Catecismo Breve. Durante esse período na Inglaterra, ele escreveu sua obra mais conhecido, Lex Rex [A lei, o rei]. Esse livro defendia o governo limitado e limitações na ideia corrente do Divino Direito dos Reis.

Cronologia

 

1600

Data aproximada do nascimento na paróquia de Nisbet, Roxburgshire.

1617

Admitido na Universidade de Edimburgo, fez Mestrado em Artes em 1621.

1623–1626

Regente em Humanidades na Universidade de Edimburgo.

1626

Época em que se tornou seriamente religioso.

1627

Indicado para a Paróquia de Anwoth (Galloway), Escócia.

1630

Envolveu-se em questão legal perante a Corte da Alta Comissão, porque recusou-se a obedecer aos Artigos de Perth. Morte da esposa (fuga de Eupham Hamilton).

1636

Publicou Treatise against Arminianism [Tratado contra o arminianismo].

1636

O bispo de Galloway conseguiu com que a Corte de Alta Comissão o proibisse de exercer o ministério. “Exilado” à prisão em Aberdeen em agosto de 1636. (Inaugura-se o período de sua vida em que escreve cartas.)

1638

A nação escocesa, em revolta contra os erros da Igreja da Inglaterra sob William Laud, assinou o Pacto Nacional. Rutherford retorna para Anwoth.

1638

A Assembléia de Glasgow o indicou como Professor de Divindade na Universidade St. Mary, em St. Andrews. Ele aceitou relutantemente. Compareceu a diversas Assembléias da Convenção. Casou-se com Jean M’Math.

1642

(Eclosão da Guerra Civil na Inglaterra contra o rei Charles I e as forças do Parlamento sob o comando de Oliver Cromwell.)

1643–1647

Membro ativo da Assembléia de Westminster de Teólogos (novembro de 1643 a novembro de 1647). Reside em Londres.

1644

Publicou Lex Rex [A lei, o rei], um tratado político, e Due Right of Presbyteries [Direitos devidos aos presbitérios].

1645–1647

Publicou Trial and Triumph of Faith [Provação e triunfo da fé], Divine Right of Church Government [Direito divino do governo da igreja], e Christ Dying and Drawing Sinners to Himself [Cristo morrendo e trazendo pecadores para si].

1648

Reassumiu os deveres em St. Andrews. Tornou-se diretor da Universidade de St. Mary. Publicou diversos trabalhos menores.

1649

(O Parlamento saiu-se vitorioso na Inglaterra e cessou por algum tempo a perseguição aos dissidentes e não-conformistas por parte da Igreja da Inglaterra.)

1651

Indicado como reitor da Universidade de St. Andrews. Publicou De Divina Providentia [Da providência divina].

1650–1661

Ativo em assuntos nacionais escoceses.

1655

Publicou The Covenant of Life Opened [Aberta a aliança da vida].

1659

Publicou Influences of the Life of Grace [Influências da vida de graça].

1660

(Após a restauração de Charles II). Foi privado de todos os cargos e citado a comparecer ante o Parlamento acusado de traição. Doente demais para fazer a viagem.

1661

Faleceu em março.

1664

Publicada a primeira edição de Letters [Cartas].

1668

(Sua obra Examen Arminianismi [Exame do arminianismo] publicada na Holanda.)

(Sua viúva e sua filha Agnes faleceram depois dele; todos os filhos do primeiro casamento e seis do segundo faleceram antes dele.)

 

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Gotas de orvalho (290)

Para que uma obra seja considerada boa, ela deve não apenas se conformar externamente à lei de Deus, mas deve ser motivada interiormente por um amor sincero a Deus.

(R. C. Sproul)

No inferno é assim: os que estão lá querem morrer, mas não conseguem. Os ímpios estarão sempre morrendo, mas sem conseguir; a fumaça que vem da fornalha sufoca por toda a eternidade. Oh! Quem consegue agüentar uma tortura eterna? A palavra “eterna” quebranta o coração. Ó ímpio, não considere um culto muito demorado, nem considere que uma oração seja demorada demais. Mas pense em como será demorado ficar no inferno por toda a eternidade!

(Thomas Watson)

Se fosse possível a mim alterar qualquer parte do plano de Deus, eu só poderia estragá-lo.

(John Newton)

Deus não é igual a nada que conhecemos.

(David de Bruyn)

‘Filhos de Deus!’, favor inaudito!
Deus nos amou em grau infinito!

(Hinário cristão, 266)

Seja mais diligente do que nunca a fim de vencer o amor excessivo ao mundo.

(Richard Baxter)

A Igreja costumava ser um barco salva-vidas resgatando os que pereciam. Agora ela é um navio de cruzeiro recrutando os promissores.

(Leonard Ravenhill)

A oração é o sangue da alma.

(George Herbert)

Esaú lamentou ter perdido a bênção, não a ter vendido.

(William Gurnall)

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Gotas de orvalho (288)

‘Eu sou a luz do mundo.
Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida’.

(Jo 8.12)

Embora o primeiro advento tenha vindo com um pequeno vislumbre da glória, o segundo aparecimento de Jesus será acompanhado de glória em proporções cósmicas. […] Para aqueles que persistem em não crer, o dia da volta de Cristo será ocasião de grande choro. Mas, para aqueles que O amam, será ocasião de glória.

(R. C. Sproul)

Se o Senhor está conosco, não precisamos temer. Seus olhos estão sobre nós, Seu braço está sobre nós, Seus ouvidos estão abertos à nossa oração ― Sua graça é suficiente, Sua promessa é imutável.

(John Newton)

As pessoas devem ser expostas ao que é excelente (Fp 1.9-11).

(David de Bruyn)

Terra e céus são sustentados e mantidos por Deus, e serei eu quem Dele desconfiará?

(Richard Baxter)

Dizer que a soberania de Deus é limitada pela liberdade do homem é tornar o homem soberano.

(R. C. Sproul)

Faça sua petição diante de Deus e depois diga: ‘Seja feita a Tua vontade, não a minha.’ A mais doce lição que aprendi na escola de Deus é deixar que o Senhor escolha por mim.

(D. L. Moody)

Amamos o que nos parece mais desejável.

(John Owen)

Nem dezenove séculos, nem dezenove mil séculos, podem fazer a menor diferença na verdade do evangelho.

(Charles Spurgeon)

Deus é distinto de todos os outros seres e exaltado acima deles, principalmente por Sua beleza divina.

(Jonathan Edwards)

Deus, em Seu amor, sempre deseja o que é melhor para nós.

(Jerry Bridges)

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Bíblia Vida cristã

Leitura da Bíblia em 2021


Estamos no final de 2020, um ano em que, apesar de tudo o que aconteceu, nosso Senhor governou absolutamente sobre tudo e sobre todos. Nem o menor átomo do Universo saiu-Lhe do controle; nem a mais ínfima decisão humana pegou Deus de surpresa. Ele reina!

Em Sua bondade, talvez Ele nos dê um novo ano. Dizemos talvez, pois não sabemos quando o Senhor voltará. Ao que tudo indica, Seu glorioso segundo advento está ainda mais próximo! Maranata!

De qualquer modo, um novo ano é um bom momento para (re)começarmos a leitura da Bíblia. Cada dia mais, a vida moderna torna as disciplinas espirituais ― comunhão com o Senhor, oração, leitura devocional e estudo das Escrituras, meditação, etc. ― um imenso desafio. Todas essas práticas vitais demandam tremendo esforço, organização e sacrifício para que as pratiquemos com regularidade, com profundidade, com paz, com realidade. Muita coisa rouba nosso tempo, nossa energia, nossa atenção, nosso interesse. Mas devemos insistir, pedindo a graça e o poder do Senhor. Não há outro meio de sermos cristãos maduros e bem firmados na verdade sem um contato constante, sério, profundo e intencional com o Livro Antigo. Como disse A. W. Tozer:

Nunca vi um cristão útil que não seja estudante da Bíblia. Não existem atalhos para a santidade.

Visando ajudar os leitores nessa tarefa tão vital, indicamos abaixo alguns planos de leitura da Bíblia. Escolha o que for mais adequado a você e use-o com dedicação, diariamente.

Planos de leitura da Bíblia

Abaixo, apresentamos de modo sucinto cada um dos planos sugeridos. Para baixá-lo, basta clicar no nome (o arquivo será aberto em uma nova janela do navegador).

O plano cronológico sugere a leitura dos livros da Bíblia, não na ordem em que se encontram, mas aproximadamente pela sequência dos fatos registrados. Bom para ter-se uma idéia mais histórica do relato bíblico.

O calendário McCheyne apresenta o plano de leitura idealizado por Robert McCheyne, no qual há uma leitura individual e uma leitura em família. (É a principal indicação de nosso editor que, há alguns anos, desenvolveu uma Bíblia que traz essas leituras para cada dia do ano. Chama-se Bíblia Devocional Robert McCheyne. Infelizmente, parece que ela não é mais publicada.) Nesse plano, o Antigo Testamento será lido uma vez e o Novo Testamento e Salmos serão lidos duas vezes.

Há o plano McCheyne adaptado, que exclui uma das leituras diárias do plano anterior, e uma versão dele feita para ser impressa em frente e verso e ser colocada dentro da Bíblia.

Há um plano para ler a Bíblia toda em três meses e um para ler apenas o Novo Testamento, Salmos e Provérbios. Há plano para novos convertidos e para crianças. Há um plano em que os livros da Bíblia são lidos de modo alternado ou misturados, com a leitura de três porções diárias. Há um plano que considera os meses tendo 25 dias, para que haja tempo para meditação e para repôr alguma leitura.

Há dois planos em formato de planilha (Plano 1 e Plano 2), para uso no computador, que permitem acompanhar o progresso (é preciso habilitar as macros).

Há duas versões (elas só têm diferenças na apresentação visual) para a leitura de capa a capa, de Gênesis 1 a Apocalipse 22: Capa 1 e Capa 2.

Por fim, há um quadro com todos os livros da Bíblia, com seu número de capítulos, para que você marque seu progresso na leitura, seguindo o método que preferir. No início do arquivo, há algumas orientações sobre como ter mais proveito da leitura do Livro Antigo.

Independentemente do método escolhido, o fundamental é o contato diário com a Palavra de Deus. Para isso, com certeza será preciso (re)organizar a vida, estabelecer horários a fim de ser possível separar um tempo a cada dia para estar a sós com Deus e com Seu Livro.

Não há vida cristã sem a Palavra de Deus. Não há maturidade cristã sem contato constante e sério com a Sagrada Escritura. Não é possível conhecer de fato a Deus à parte da Santa Palavra. Não é possível conhecer a vontade de Deus sem buscá-la no Livro Antigo. Não é possível viver de modo agradável a Deus sem submeter-se ao Sagrado Livro. Não é possível ter uma fé robusta sem alimentá-la com o Santo Texto. Ninguém se volta para Deus sem voltar-se para Sua Palavra. Ninguém ama a Deus sem amar Seu Livro.

Leia a Bíblia na presença do Senhor, na dependência de Seu Espírito, sob a operação da cruz, com santo temor, com coração humilde, com santa expectativa, com alegria, com amor, com desejo de que Deus fale por meio dela. Já disse alguém: “Você quer ouvir Deus falar? Leia a Bíblia. Quer ouvir Deus falar com voz audível? Leia a Bíblia em voz alta!”

A equipe do Campos de Boaz deseja que o Senhor abençoe você a cada dia do novo ano por meio de Sua Palavra.

Divulgue também para outros irmãos.

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Encorajamento Sofrimento T. Austin-Sparks

“Nem cheiro de fogo”

Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: “Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.”

Então Nabucodonosor se encheu de furor, e mudou-se o aspecto do seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abednego; falou, e ordenou que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer. E ordenou aos homens mais poderosos, que estavam no seu exército, que atassem a Sadraque, Mesaque e Abednego, para lançá-los na fornalha de fogo ardente. Então estes homens foram atados, vestidos com as suas capas, suas túnicas, e seus chapéus, e demais roupas, e foram lançados dentro da fornalha de fogo ardente. E, porque a palavra do rei era urgente, e a fornalha estava sobremaneira quente, a chama do fogo matou aqueles homens que carregaram a Sadraque, Mesaque, e Abednego. E estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.

Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa; falou, dizendo aos seus conselheiros: “Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados?” Responderam e disseram ao rei: “É verdade, ó rei.” Respondeu, dizendo: “Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus.”

Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: “Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde!” Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo.

E reuniram-se os príncipes, os capitães, os governadores e os conselheiros do rei e, contemplando estes homens, viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os seus corpos; nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles.

(Dn 3.16-27)

Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; ao qual, não O havendo visto, amais; no qual, não O vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso.

(1Pd 1.6-8)

“A prova da vossa fé”. Vamos considerar quatro coisas que são o resultado da prova.

O resultado da prova

1. A autodestruição do inimigo

Quão maravilhosamente superior foi a situação daqueles três homens! Com a proximidade da provação, com a ameaça sobre a cabeça, quão sumamente despreocupada foi sua resposta ao rei! “Não necessitamos de te responder sobre este negócio.” Isso era uma bem estabelecida confiança de coração, o resultado de integridade de vida e de caminhar diante de Deus. A preocupação deles é que, de modo algum, poderiam comprometer seu relacionamento com o Deus Altíssimo. Ameaçaram-nos com a fornalha ardente – eles estavam muito acima disso. E o primeiro efeito de lançarem aqueles três homens na provação justificou a confiança deles, porque os que foram usados pelo inimigo para lançá-los no fogo foram consumidos pelo fogo.

Se nossa vida está corretamente posicionada em relação ao Senhor a quem confessamos e servimos, não precisamos temer o fogo.

Certamente, devemos ser sábios para não convidar o fogo, mas, se no curso de nossa vida e de nosso testemunho, se e quando o fogo vier, não precisamos temê-lo. Os próprios instrumentos que o inimigo usa para levar-nos à situação ardente serão consumidos. Isso é uma palavra muito solene para qualquer um que seja achado criando condições ardentes para os santos. A preocupação dos santos deve ser apenas seu relacionamento com o Senhor.

2. O desatamento das amarras

Outro resultado do fogo é o desatamento das amarras. Você está no fogo? Quer uma boa razão para estar ali? Aqui está uma, que pode se aplicar a você: o fogo é ordenado por Deus com o propósito de desprender você de amarras. Sim, as limitações que as circunstâncias e as condições fora de nós impõem a nós, as frustrações das quais estamos tão conscientes – elas são tratadas com o fogo.

Mas o que dizer das limitações, as amarras, que são particularmente nossas, dentro de nós – as amarras de nossa constituição, as características de nosso temperamento? O mesmo é verdade. Aqui está um Deus amoroso ordenando o fogo e permitindo que o inimigo esquente a fornalha sete vezes mais, com o propósito, no coração de Deus, de desprender-nos das amarras. Oh, isso está acontecendo conosco? Os fogos estão sendo atiçados a uma intensidade tal que nunca pensamos ser possível suportar, e estamos sendo libertados por meio deles? Estamos sendo levados à gloriosa liberdade dos filhos de Deus? Estamos sendo livrados daquelas coisas que tanto arruinaram nossa vida, nosso testemunho, nosso ministério?

Talvez você sinta que não tenha muitas amarras. Bem, alguns de nós têm, e alguns de nós estão satisfeitos que seja isso o que Deus está fazendo no fogo. Há uma libertação no fogo.

3. Comunhão próxima com o Senhor

Outra coisa que aconteceu no fogo é que aqueles três homens se encontraram com Alguém numa comunhão e companhia mais próximas do que eles já houvessem experimentado. Nós conhecemos um pouco sobre isto, não é? No fogo, virmos a um conhecimento [especial] de nosso Senhor. Passamos pela fase do fogo e dizemos:

“Eu nunca teria conhecido o Senhor desta maneira se não fosse pelo fogo. Foi no fogo que eu O encontrei dessa forma. Antes, eu sabia toda a teoria sobre isso, mas eu alcancei a realidade aqui.”

Algumas versões registram que Nabucodonosor disse, em sua ignorância: “O aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses”, mas, no que diz respeito a nós, era o Filho de Deus. Passamos pelo fogo em comunhão com nosso amado Senhor. Bem, o fogo é justificado.

4. A suprema glória: nenhum cheiro de fogo, mas alegria inefável

Mas, para mim, a coroa de tudo isso foi o que se seguiu, e este é o real encargo de meu coração. Eles saíram do fogo, e não havia nem mesmo cheiro de fogo sobre eles. Eu penso que isso é maravilhoso. Sim, maior conhecimento do Senhor; sim, libertação e emancipação; sim, mas nem mesmo o cheiro de queimado! Qual é a interpretação disso? Bem, eu penso que não há dúvida de que um esforço muito grande do adversário na fornalha ardente – se ele não puder nos impedir de sair e não puder consumir-nos no fogo – é, então, deixar as marcas e o cheiro sobre nós para que, nos dias subseqüentes, as pessoas irão associar conosco o tema do sofrimento e da provação. Você vê o que isso faz: atrai atenção para nós, e o diabo não se importa que, por ser a atenção desviada para nós, o Senhor seja ocultado.

Ter cheiro de queimado sobre nós significa que o sofrimento e a provação pelos quais passamos eclipsaram a glória. Sair da provação de fogo de nossa fé sem o cheiro de queimado significa, eu penso, o cumprimento da palavra de Pedro: “Jesus Cristo; ao qual, não O havendo visto, amais; no qual, não O vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso [cheio de glória]” (1Pd 1.8). Isto é o que se segue à palavra concernente à provação em fogo de nossa fé: “gozo inefável e glorioso”.

Aqui está a coroa de um tempo desesperadamente negro, de, talvez, anos de sofrimento, de teste de nossa fé: alegria além do que é possível falar, cheia de glória. O inimigo sempre busca roubar nossa alegria e frustrar o desejo do Senhor de que sejamos irradiadores de Sua glória – e por meio da provação de fogo ele freqüentemente consegue.

Recentemente tive ocasião de ver um irmão que antes da última guerra [a Segunda Guerra Mundial] estava no Continente [na Europa]. Ele havia sido aprisionado por anos em um dos maiores campos de concentração. Sem tentar descrever suas lancinantes experiências em detalhes, é suficiente dizer que, em razão da posição que tomou, por, pelo menos, três vezes ele foi amarrado de cabeça para baixo no galho de uma árvore e espancado até ficar inconsciente. Eu estava interessado em vê-lo e notar quais foram os efeitos do sofrimento sobre ele. A fé daquele homem estava intacta; sua força foi aumentada e a marca proeminente não era o sofrimento, mas a glória. Ele é cheio de alegria. Sim, eu penso que ele conhece alguma coisa sobre a alegria inefável.

A necessidade de vigilância

O inimigo está, agora, fazendo um esforço muito grande para roubar nossa alegria. Se ele não puder nos manter na fornalha, jogará sobre nós algum cheiro de fogo para que, por onde quer que formos, as pessoas digam: “Tadinho! Ele está passando por uma situação terrível. Eu não sei como ele agüenta! Eu não sei o que ele vai fazer!” Você vê o que o cheiro de fogo está fazendo: está atraindo a atenção para nós mesmos.

Eu tenho sido bastante impressionado com quanto júbilo e alegria estão relacionados com a unção. Estamos familiarizados com o pensamento de que a unção traz poder e o exercício da autoridade do Trono, mas lembremos a palavra em Salmos 45.7 citada em Hebreus 1.9: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria mais do que a Teus companheiros”. Aqui está Aquele que se posiciona por Deus supremamente, entregue por um caminho de provação, de sofrimento, à fornalha ardente; sim, mas Esse é proeminente em júbilo e alegria.

Outra vez, o Senhor Jesus toma a profecia concernente a Si mesmo em Isaías 61 e diz: “O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim; porque o Senhor Me ungiu” (v. 1). Olhe para essa profecia e veja quanto júbilo e quanta alegria se seguem à unção: “Glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado” (v. 3). Por causa da grandeza da pressão e da adversidade em que se encontra, você está em perigo de perder a alegria? Você está tão feliz no Senhor agora que está caminhando há algum tempo na estrada como estava quando começou? Sem dúvida, podemos desdenhosamente atribuir a alegria inicial à superficialidade das coisas no começo. “Esses jovens crentes”, nós dizemos, “não sabem o que sofrimento, provação e teste significam. Se eles soubessem, não estariam tão radiantes!” Ah, sim, mas será que não perdemos alguma coisa? Teremos seguido com o Senhor e perdido a alegria do Senhor? Se estamos conscientes de termos perdido alguma coisa dela, devemos adotar atitudes para recuperá-la.

Eu li uma propaganda que foi colocada no jornal: “Procuram-se cristãos – alegres, se possível”. Sim, nós rimos disso, mas evidentemente quem fez o anúncio não pensa que haja muita chance de encontrar alguém assim! Piedade verdadeira e mau humor não andam juntos. Temos de vigiar, pois o inimigo está pronto para roubar-nos e manter o cheiro de fogo sobre nós. Oh, que passemos pelas mais negras experiências e sejamos aqueles que são tão cheios do que ganhamos no fogo que o fogo fica em lugar secundário e que todos que se encontrarem conosco após a provação encontrem-nos “com gozo inefável e glorioso”!

Pode ser que alguns que lêem essas palavras não saibam do que estamos falando, desta “prova de nossa fé”. Tudo o que eu posso dizer a eles é:

“Não se preocupe com isso. Apenas entesoure a Palavra, pois, se você está andando com o Senhor, se você tem alguma fé para ser purificada, Deus irá purificá-la e, de algum modo, em algum dia, de alguma forma, você vai se encontrar no fogo e não terá como escapar. Esta não é a experiência de alguns santos especiais somente. O Senhor está por trás da purificação da fé de todo Seu povo, e você chegará ao dia do fogo. Quando isso acontecer, lembre-se que o Senhor quer que estas coisas [alegria inefável e cheia de glória e fé purificada] resultem disso. Não fique tão preocupado com o inimigo; ele não está no comando de nada. Em sua fúria e malícia, em seu ódio ele está fazendo certas coisas, mas Deus as está tornando em algo importante e as usando para aperfeiçoar aquilo que diz respeito a Ele e a nós, a fim de levar-nos ao fim que Ele deseja, que é Sua glória em nós.”

(Primeira publicação em 24.12.13; segunda publicação em 18.12.19.)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (276)

Jesus Nazareno, que foi crucificado, ressuscitou!

(Mc 16.6)

A Escritura é sua própria intérprete. Nada pode cortar um diamante, a não ser um diamante. Nada pode interpretar a Escritura a não ser a Escritura.

(Thomas Watson)

Como seguidores de Cristo, nosso maior deleite deve sempre ser encontrado em nossa obediência a Sua Palavra.

(Voddie Baucham)

Se nos enchermos do mundo, menos iremos nos deleitar em Cristo.

(Thomas Case)

Se você deixar de instruir [seus filhos] no caminho da santidade, o diabo deixará de instruí-los no caminho da maldade? Não; se você não os ensinar a orar, ele os ensinará a amaldiçoar, a xingar e a mentir. Se o solo não for cultivado, as ervas daninhas brotarão.

(John Flavel)

É seu amigo quem o aproxima mais de Deus.

(Abraham Kuyper)

A fé espera de Deus o que está além de todas as expectativas.

(Andrew Murray)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (275)

Mais firmeza, ó Cristo,
mais forças na dor […]
mais triste ao pecar […]
mais gozo na cruz.

(Hinário evangélico, 126)

O cristão é gerado pela Palavra e precisa ser alimentado por ela.

(William Gurnall)

Fé e temor andam de mãos dadas. A fé mantém o coração satisfeito. O temor mantém o coração sério. A fé impede que o coração afunde no desespero. O temor impede-o de vagar na presunção.

(Thomas Watson)

A posição mais elevada que um cristão pode almejar no mundo é a de ser mártir por amor a Cristo. Um mártir é aquele de quem os poderes deste mundo dizem: ‘Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva!’ (At 22.22).

(Francisco Nunes)

Aquele a quem falta a certeza do amor de Deus conversa muito com Satanás.

(John MacArthur)

Cada vez que mencionamos Deus, tornamo-nos teólogos. A única questão é saber se somos teólogos bons ou ruins.

(J. I. Packer)

A cruz […] é tragédia e é vitória ao mesmo tempo. É escândalo e honra, derrota e triunfo, vergonha e apreço.

(R. C. Sproul)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (274)

Deus criou o homem […] para viver eternamente com Ele, amá-Lo por Seu amor, adorá-Lo por Sua sabedoria, Seu poder e Sua beleza e servi-Lo com alegria segundo Ele desejasse.

(J. I. Packer)

Oh! Quanto não me cumpre
a vida consagrar
a Ti, que padeceste
a fim de me salvar!

(Hinário evangélico, 130)

É digno de inteira confiança e de todo o amor o Pastor que deu a vida por Suas ovelhas e agora vive para interceder por elas.

(fn)

Deus é bom demais para ser cruel e é demasiado sábio para estar enganado. E, quando nós não pudermos ver Sua mão, nós devemos confiar em Seu coração.

(C. H. Spurgeon)

Deus nunca permite a dor sem um propósito.

(Jerry Bridges)

A oração triunfante é quase impossível onde há negligência no estudo da Palavra de Deus.

(R. A. Torrey)

Invoca-Me
no dia da angústia;
Eu te livrarei e
tu Me glorificarás.

(Sl 50.15)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (273)

O Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença,
para que abundeis em esperança pelo poder do Espírito Santo. […]
E o Deus de paz seja com todos vós. Amém.

(Rm 15.13,33)

Existem dois tipos de cristão: aqueles que imitam a Jesus e aqueles que se contentam em apenas admirá-Lo.

(Søren Kierkegaard)

Apesar de Cristo estar perto de nós, Ele está acima de nós em todos os aspectos.

(J. I. Packer)

No descanso perfeito, eternal,
desfrutando o labor que passou,
cantaremos, em tom triunfal,
os louvores de Quem nos amou.

(Hinário evangélico, 85)

Nós e os soldados tínhamos um acordo: nós pregávamos e eles nos batiam. Cada um fazia sua parte, e todos ficavam felizes.

(Richard Wurmbrand, pastor luterano romeno, 14 anos preso, três dos quais na solitária, e torturado em prisões comunistas por ser cristão)

Se já houve ser humano repetidamente tratado abaixo do que merecia, foi Jesus.

(R. C. Sproul)

Ore e leia [a Bíblia], leia [a Bíblia] e ore, pois um pouco vindo de Deus é muito melhor do que uma grande coisa que venha do homem.

(John Bunyan)

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