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Você está disposto a desistir dos seus direitos?

“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24); “(Jesus)… como um cordeiro que é levado ao matadouro… não abriu a sua boca” (Is 53:7); “Estes são os que seguem o Cordeiro por onde quer que Ele vá” (Ap 14:4); “(Eu) fui crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20)

Em Lucas 14 o Senhor Jesus mencionou três vezes a frase: “não pode ser meu discípulo” (vs. 26, 27 e 33) A primeira condição é aborrecer pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs e a própria vida (alma); a segunda é levar a própria cruz e seguir o Senhor; e a terceira é renunciar a tudo quanto possui. Diante disso, quantos crentes em Cristo são Seus discípulos? Precisamos negar o nosso Eu, carregar nossa Cruz, seguir o Senhor, ir para o matadouro sem abrir a boca, seguir o Cordeiro onde quer que Ele vá, mesmo para o matadouro: Isso é crucificação do Eu!

No nosso viver diário o Senhor prepara situações especiais para negarmos a nós mesmo, renunciarmos nosso direitos aborrecermos nossa alma (Eu), tomar nossa Cruz e segui-Lo. Vamos ver alguns exemplos de como isso acontece na prática:

1) Quando suportamos com amor e paciência qualquer confusão ou aborrecimento; quando enfrentamos o desperdício, a extravagância, a intolerância espiritual e reagimos como Jesus reagiu: Isso é morte do Eu!

Enquanto os outros parecem poder exaltar os seus feitos, sucessos e promover a si mesmos, o Espírito Santo não dará essa permissão a você. Eles podem falar sobre seus planos, mas se você tentar falar das boas obras que realizou, o Espírito Santo irá ferir sua consciência, convencendo você da loucura dos esforços humanos e fazendo com que você despreze a si mesmo e as boas obras que deseja exaltar.

2) Quando você nunca se preocupar em falar de si próprio numa conversa, ou de suas boas ações, ou provocar elogios; quando você puder amar verdadeiramente e ainda se manter desconhecido : Isso é morte do Eu!

Outros podem evidenciar-se ganhando enormes somas de dinheiro, tirando beneficio de casos incríveis, ou fazer investimentos no tempo certo; todavia o Senhor pode manter você na pobreza, a fim de que você se aproxime da imagem do Seu Filho. O seu negocio ou profissão pode não prosperar, problemas de saúde na família podem obrigá-lo a gastar muito dinheiro, podem minar seus recursos, ou os seus investimentos podem ficar em uma cotação tão baixa repentinamente. Deus pode levá-lo a uma dependência dEle total e absoluta, para que você possa experimentar a alegria de ver que o Senhor satisfaz as suas necessidades, dia a dia, a partir de um tesouro que não é visível mas que é ilimitado.

3) Quando você puder ver seu irmão prosperar, com todas as necessidades dele satisfeitas, e, honestamente, regozijar-se com ele sem sentir inveja ou questionar a Deus, enquanto suas próprias necessidades são muito maiores e sua situação é desesperadora : Isso é morte do Eu!

A outros podem ser concedidas honras; eles podem brilhar enquanto você trabalha para Deus na obscuridade. Você nunca é mencionado, mas eles recebem incentivos, elogios e abraços daqueles que os rodeiam. Por quê? Porque alguns dos frutos de qualidade mais excelentes para o Reino do Senhor só podem ser produzidos na obscuridade. Outros podem tornar-se importantes, enquanto você continua sendo insignificante. Ele pode permitir que outros realizem um trabalho para a eternidade, que recebam amplo crédito por isso, enquanto você trabalha horas sem fim, sem saber o que está a realizar. Então Ele fará com que o seu trabalho seja ainda mais precioso, permitindo que os outros recebam o credito pelos esforços que você fez. Você receberá a sua recompensa multiplicada, mas só quando o Senhor Jesus voltar!

4) Quando você for esquecido e negligenciado, desprezado ou evitado propositalmente e não ficar ferido ou magoado com os insultos e enganos, mas se sentir feliz em seu coração achando que vale a pena sofrer por amor a Cristo: Isso é morte do Eu!

Você que deseja ser como Cristo, pode notar o Espírito Santo mantendo-o sob vigilância, demonstrando assim o amor zeloso que Deus tem por você. Ele vai repreendê-lo pelas palavras vazias, sentimentos impróprios e tempo desperdiçado; entretanto os outros cristãos nunca parecem sofrer punições. Outros poderão aproveitar-se de você, abusando de sua boa vontade e quando você pedir recompensa poderão tratar você mal. Não compete a você perguntar porquê ou exigir uma resposta. Deus apenas procura que aceitemos a Sua soberania em nossas vidas, tendo Ele o direito de fazer o que Lhe agrada com Seus filhos.

5) Quando você puder receber correções e censuras de alguém que seja menos importante do que você e manter-se em humildade interior e exterior, sem que surja no seu coração qualquer sinal de revolta ou ressentimento: Isso é morte do Eu!

Se você estiver disposto a desistir dos seus direitos, a não ser compreendido por aqueles a quem você respeita e ser punido sem ter culpa nenhuma, pelo contrário, tornando-se escravo do Deus eterno, você verá bênçãos de Deus derramadas sobre a sua vida, o que acontece apenas com aqueles que têm honra de serem incluídos no grupo “íntimos” do Senhor, aos quais é revelado o “segredo” do Senhor.

6) Quando suas obras forem caluniadas e seus desejos contrariados, seus conselhos postos de lado, suas opiniões ridicularizadas e você não deixar que a ira se apodere do seu coração, ou mesmo quando você se recusar a defender, suportando tudo com paciência e silêncio amoroso: Isso é morte do Eu!

Se você deseja realmente ser como Cristo, precisa colocar um fim nessa questão de uma vez para sempre. Deus através do Seu Espírito possui o privilégio divino de prender sua língua, de amarrar suas mãos e de fechar os seus olhos. Ele pode conduzir o seu negócio, a sua posição social, sua família ou reputação, de uma maneira que Ele não faz com outros. Mas no fundo do seu coração, será que você vai reagir com humildade e prazer? Você vai permitir que Deus seja o Deus que Ele quer ser em você, fazendo com obediência aquilo que o seu Pai celestial quer que você faça? Você vai deixar de esperar que Deus trate você como Ele trata os outros cristãos, e agradecerá por estar proibido de fazer aquilo que ele permite aos outros?

7) Quando você estiver satisfeito com qualquer comida, oferta ou vestuário, qualquer clima, sociedade ou solidão e qualquer interrupção provocada pela vontade de Deus : Isso é a morte do Eu!

Quando o Deus vivo absorver você de tal forma que você venha a se regozijar com este tratamento fora do comum e sentir Sua presença, satisfação e prazer, descobrindo que você está feliz com o envolvimento único, pessoal e especial do Espírito Santo em sua vida, então você irá compreender que está vivendo no Espírito uma vida de qualidade que desafia qualquer explicação. Aí você saberá realmente, o que significa: A Morte do Eu!

Texto selecionado por Delcio Meireles

(Extraído de http://www.preciosasemente.com.br/vidacrista/mortedoeu.htm)

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Encorajamento

Uma palavra de encorajamento para este começo de semana

É maravilhoso lermos na Bíblia que Deus se identifica como o Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó. Se Deus é Deus de Jacó, então, eu creio, todos nós temos esperança! Se Deus pôde trabalhar em Jacó, certamente Deus pode trabalhar em cada um de nós. Pessoas como Jacó podem ser colunas? Nele se podia ver a natureza de Cristo? Deus usou Jacó no processo de edificação de Jerusalém? Então, o mesmo pode ocorrer conosco. Aleluia!

(Christian Chen, em O Duplo Chamamento)

Deus começou a trabalhar em Jacó quando este tinha mais de 70 anos. E concluiu Sua obra. Ele deseja e pode fazer o mesmo em mim e em você. Permita!

Tenha um bom dia sob as amorosas e feridas mãos de nosso Senhor!

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Bíblia

Muitos comentários bíblicos reunidos

Aqui você encontra 14 comentários bíblicos, incluindo Spurgeon, Wesley, Gill, Henry, entre outros. Os comentários estão separados por livros e capítulos da Bíblia. Assim, se você quiser entender o que esses homens falavam sobre João 2, por exemplo, é só procurar por John, depois 2, e pronto! Simples e completo!

Dica de meu amigo Magno Braga.

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Citações

Salvação

Oh, o claro, fácil e simples caminho da salvação, que não almeja resquícios de arte ou ciência, nenhum aprendizado emprestado, nenhum refinamento de razão, mas tudo feito pelo simples e natural mover de todo coração, que verdadeiramente deseje a Deus. Pois não mais é o desejo finito da criatura movendo-se em direção a Deus, mas o infinito desejo de Deus unido a este, e cooperando com ele. E é da união desses desejos, o de Deus e o da criatura, que emergem a salvação e a vida da alma.

William Law (1986 – 1761), O Espírito da Oração (1749)

(Tradução de Duda Ruiz)

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Igreja Modernismos

Eu tenho de gostar da Lagoinha?

Há alguns anos, a chamada música louvor-e-adoração tem sido presença marcante nos grupos…

(abramos um longo parêntese para tentar responder à pergunta: Como chamar os filhos de Deus? A Bíblia os chama de irmãos, santos, discí­pulos e, bem poucas vezes, cristãos. Depois, vieram os termos “crentes” e “evangélicos”; mais recentemente “gospel” e, absurdo dos absurdos!, “fãs de Jesus”. Este último, evidentemente, é repugnante. Fãs de Jesus foram aqueles que O receberam à entrada de Jerusalém e, poucos dias depois, pediram que fosse crucificado. Fã o é hoje, e amanhã deixa de ser. Portanto, não serve para descrever um relacionamento sério com o Senhor. Gospel? De um tipo de música americana a carimbo sobre tudo o que é feito em nome de Deus ou é — mais ou menos — relacionado com Ele. Assim, temos música, revistas, bandas, axé, camisetas, canetas, canecas, cartão de crédito, baladas, fã-clubes, heavy metal, piercing, pulseiras… tudo gospel. O que isso significa? Para mim, apenas que Deus se tornou um bom produto. De um modo ou de outro. A Superinteressante, por exemplo, todo final de ano tem de fazer uma matéria de capa achincalhando a fé cristã. Vende, e isso é o que importa.Infelizmente, os filhos de Deus (e muitos que não o são) descobriram também este filão — basta colocar o nome gospel em alguma coisa (qualquer coisa) que o povo compra, usa, ouve e toma como inspirado pelos céus.Portanto, repudio também o adjetivo gospel. Para mim, ele nada significa, a não ser comércio.
Entre os termos bí­blicos, fico com cristão. Indica seguidor de Cristo. Sei que os católicos e espíritas também usam esse termo para si, mas são usurpadores apenas, não renascidos. Sim, há salvos entre os católicos, mas, no que diz respeito à instituição, o termo cristão não lhe cabe.)

Parêntese fechado, voltemos ao tema proposto. Como eu dizia, os rincões cristãos foram invadidos por esse tal de louvor-e-adoração. E dentro os expoentes desse tipo de música está o chamado Ministério Diante do Trono.
Não quero me alongar em considerações sobre o tal ministério (uma pergunta: você encontra ministérios com nomes no Novo Testamento? Nome de pessoas, de pastores, nomes “bíblicos”, nome engraçadinho — você encontra alguma coisa assim naquela que é [deveria ser] nossa regra de fé e prática?). Apenas assusto-me com a imposição de seu estilo sobre os cristãos, quase colocando-se como a versão oficial dos louvores do céu. Todos querem gravar CDs e DVDs como o DT e cantar como ele e aparecer como ele. É o comércio, novamente.

Encontrei a lí­der do DT numa “feira evangélica” em São Paulo. Havia uma fila enorme de pessoas esperando por um autógrafo dela e para serem fotografadas ao seu lado. Que é isso? Idolatria? E é tudo para a glória de Deus, como se justificam as estrelas gospel? Comércio. E os produtos são muitos: livros, cds, dvds, cds para crianças, revistinhas, até ringtones e papéis de parede para celular. É assim que tem de ser? Essa é a maneira bí­blica de pregar o evangelho? de denunciar os pecados? de conduzir pessoas à luz? Isso funciona?

Aparentemente, não. Um xou desse grupo reúne, segundo seus organizadores, dois milhões de pessoas. Para quê? Qual foi o impacto real na cidade de dois milhões de cristãos (se é que o eram todos) reunidos? Nenhum. Corrupção, violência, prostituição, drogas, mentira, tudo continua exatamente como antes. Ah, que saudades de Jonathan Edwards que, sozinho, sem orquestra, banda, coral, dança, pintura profética (que será isso?), pirotecnia, propaganda e tv, em tom monocórdico, pregou “Pecadores nas Mãos de um Deus Irado” e, pela convicção de pecados, acabaram os prostíbulos daquela cidade naquela noite!

Outros grupos, à semelhança do DT, reúnem milhares, fazem um espetáculo roliudiano, mas sem impacto espiritual real e duradouro sobre a sociedade. Há algo, com certeza, profundamente errado em tudo isso.

Não gosto do DT por razões teológicas, em primeiro lugar, e, depois, musicais. Mas, pelo que vejo entre muitos cristãos, por comentários e devoção ao DT, eu deveria. Ouvi um locutor de rádio dizer sobre a lí­der do DT: “Se isso não é unção, o que é? Se essa moça não é usada por Deus, quem é?”

Pois é. Agora, ele/ela é também sinônimo de unção e de ser usado por Deus.

Onde irá parar tudo isso?

___________________

Obs.: Escrevi este curtíssimo artigo em 10 de dezembro de 2005. De lá para cá, muita coisa mudou. Menos no DT, que continua tão ruim, teológica e musicalmente, quanto à época em que escrevi. Minha opinião continua a mesma, agravada pelos muitos filhos que o DT gerou.

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Vida cristã

A vida e a vida abundante

A. J. Gordon (1836-1895)

Com certeza, não nos esquecemos que a Escritura usa a expressão “obtendo o fim de vossa fé, a salvação de vossa alma”. Mas o contexto mostra claramente que isso se refere ao fim último, ao aperfeiçoamento e a glorificação da alma na revelação de Jesus Cristo, e não a sua justificação quando creu em Cristo. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna”, tem sua semente e princípio. Mas Cristo disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10:10). Cristo para nós, recebido pela fé, é a origem da vida; Cristo em nós, por meio da morada em nós do Espírito Santo, é a origem da vida mais abundante. O primeiro fato assegura nossa salvação; o outro nos faz aptos para glorificar a Deus pela salvação de outros.

De que formas tão distintas são manifestados esses dois graus da vida espiritual no discurso de nosso Senhor acerca da água da vida! O primeiro efeito sobre o crente ao beber essa água é: “Jamais terá sede; mas a água que Eu lhe der será nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4:14). Ou seja, a alma recebe a salvação e a alegria e a paz perenes que acompanham a salvação. Mas o segundo grau é esse: “O que crê em Mim, como diz a Escritura, de seu interior fluirão rios de água viva. Isso disse do Espírito que haviam de receber os que cressem Nele” (Jo 7:38-39). Aqui vemos a vida divina derramando-se en serviço, testemunho e bênção, pelo Espírito Santo.

É esse último grau, a plenitude e o conseqüente derramamento das influências do Espírito Santo, o que necessita ser especialmente procurado nesses dias, por parte dos cristãos. Há tantos exemplos da falta de desenvolvimento na igreja; crentes que se têm contentado com o estado de infantilidade permanente e cujo testemunho sempre começa com sua conversão e gira em redor desse acontecimento, como a cantiga das crianças que continuamente estão dizendo sua idade.

Pois, mesmo nossa conversão, não obstante ter sido um acontecimento bendito, pode ser uma daquelas coisas que ficam para trás; que temos de esquecer para avançar para coisas mais sublimes. Não há um significado profundo naquela expressão de união dupla que nosso Senhor usa com tanta freqüência: “Vós em Mim e Eu em vós”? O ramo que está na videira tem seu lugar; mas, só por estar a videira nele, penetrando-o de contínuo com sua seiva e substância, é que tem poder para ser frutífero.

“Se alguém está em Cristo, nova criatura é”, é regenerado, é justificado. Mas permita-nos perguntar: Que podem significar as palavras do apóstolo quando, referindo-se a semelhantes pessoas regeneradas, disse: “Filhinhos, por quem de novo sofro dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl 4:19)? Esse último trabalho – essas segundas dores de parto pelos que já nasceram do Espírito – o que significa? Será uma metáfora ou será uma indicação de alguma obra mais profunda de renovação divina, por aqueles que, tendo começado no Espírito, estão em perigo de procurar tornar-se perfeitos pela carne?

***
Traduzido por Francisco Nunes; revisado por Rafael Araújo

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Citações Vida cristã

Um poema de A. B. Simpson

 

Antes era a bênção; agora é o Senhor.
Antes era o que eu sentia; agora é a Palavra.
Antes eu queria os dons; agora, o Doador.
Antes eu queria a cura; agora basta-me o próprio Jesus.

Antes era o esforço penoso; agora, a confiança perfeita.
Antes era uma salvação incompleta; agora é a perfeição.
Antes me segurava Nele; agora Ele me segura firmemente.
Antes estava sempre à deriva; agora minha âncora está firme.

Antes era um planejamento incessante; agora a oração da fé.
Antes era uma preocupação constante; agora Ele cuida de tudo.
Antes era o que eu queria; agora é o que Jesus disser.
Antes era uma petição constante; agora, adoração incessante.

Antes era eu que trabalhava; agora Ele age por mim.
Antes eu tentava usá-Lo; agora é Ele que me usa.
Antes queria o poder; agora tenho o Todo-Poderoso.
Antes trabalhava por vaidade; agora, tão somente para Ele.

Antes tinha esperança de conhecer Jesus; agora sei que Ele é meu.
Antes minha luz era intermitente; agora brilha intensamente.
Antes esperava a morte; agora anseio por Sua volta.
E minhas esperanças estão firmadas no céu.

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Vida cristã

O cristão e o dinheiro

O artigo a seguir apareceu em 1864 na publicação Things New and Old (Coisas novas e velhas), cujo editor foi C. H. Mackintosh. Trata-se de uma resposta a um leitor que lhe escreveu. Atentamente para o zelo que se evidencia na explanação deste irmão da “época antiga”.

O Cristão e o Dinheiro

Li sua carta com profundo interesse e concordo plenamente com os seus pensamentos que você teceu sobre o tema: “o cristão e o dinheiro”. Sim, eu certamente creio que o cristão tem o dever de prover pelas necessidades diárias de sua família, o dever de educar seus filhos e de encaminhá-los para que obtenham os seus próprios recursos e aprendam a ganhar seus proventos de maneira honesta. São tão claras as instruções no Novo Testamento para que se faça estas coisas, que não há margem para dúvidas. Porém estes sagrados deveres não tocam a questão de acumular e guardar, por um lado, e de especular, por outro. Não cremos que uma ou a outra coisa sejam adequadas. Cremos que acumular dinheiro ou bens materiais enche a alma de ferrugem, enquanto que a especulação enche o coração e a mente de preocupações e ansiedade. Amamos e honramos a diligência e o esforço honesto; porém a Escritura nos diz que “o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males” (1 Tm 6:10). Não cremos que a benção de Deus repouse sobre seus filhos quando estes se tornam acionistas de empresas do mundo. Você mesmo, querido amigo, passou por esta experiência. Pensamos que teria feito muito melhor se tivesse adquirido uma casa – seja para morar nela ou para alugá-la – do que investir o seu dinheiro em uma empresa do tipo que descreveu. Porém estas são coisas que devem ser reguladas entre o Senhor e a própria consciência de cada um. Somente é bom lembrar que cometer realmente um pecado é uma coisa bem diferente que estar em falta na sua devoção pessoal ou não estar à altura correspondente a um discípulo de Cristo. Que possamos todos buscar com afinco esta devoção pessoal e este elevado nível de um caminhar condizente com a condição de discípulos. Lamentavelmente verificamos que isto falta nos dias de hoje, em que a maré do mundanismo está avançando e a ponto de nos encobrir. Não conhecemos outra barreira mais eficaz contra ela que uma inteira devoção de coração e uma consagração a Cristo e a sua causa. Quando o verdadeiro pendor da alma é para Cristo, o indivíduo não se vê acometido por angustiantes perguntas se isto ou aquilo é bom ou mau. Agora, quando a alma não está inclinada para Cristo, o coração pode armar se de milhares de argumentos plausíveis, e é uma verdadeira perda de tempo e um vão esforço tratar de responder tais argumentos, posto que não há capacidade espiritual para apreciar a força da resposta.
Que Deus lhe bendiga, meu caro amigo, e conforte o seu coração em vista desta sua pesada perda. Que sua inquebrantável confiança possa estar nEle, e Ele lhe demonstrará ser dez mil vezes melhor que todas as empresas de “sociedade anônima” operando na bolsa de valores”.

Não vemos nada de mal um cristão solicitar uma melhoria de salário, sempre e quando isto não for fruto de ambição, mas com vistas ao sustento de sua família. Porém não podemos tratar de estabelecer regras quanto a este tema. Tudo dependerá muito das circunstâncias de cada caso.

No que diz respeito à passagem de Lucas 16:9: “granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nas moradas eternas”, sempre a temos explicado mediante 1 Timóteo 6:17-19: “manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam generosos; que entouserem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna”. Esta passagem constitui um excelente comentário à passagem de Lucas. As coisas que nos pertencem como cristãos não são propriamente as riquezas deste mundo. As nossas riquezas são celestiais; as nossas bênçãos são celestiais, estão nos lugares celestiais e em Cristo (Ef 1:30). Ao judeu, sim, são próprias as riquezas deste mundo; ao cristão, porém, elas são o “mamom” – a injustiça (Mt 6:24; Lc 16:9,13), ou seja, são riquezas que não nos pertencem legitimamente.

Se, por ocasião de sua conversão, alguns já sejam possuidores de tais riquezas, Lucas 16:9 os ensina que façam amigos com elas, gastando-as no serviço do Senhor e para os pobres, entesourando “para si mesmos um bom fundamento para o futuro”. A expressão “para que vos recebam” também pode ser revertida assim: “para que elas sejam o meio de recebê-los”. Temos aí a verdadeira maneira de empregar as riquezas, a melhor forma de investir o capital. Produzirá uma rentabilidade cem vezes maior. Que banco deste mundo, ou que empresa de “sociedade anônima” operando na bolsa de valores poderá oferecer tamanha rentabilidade? Ultimamente, muitos crentes tem provado o amargo resultado de ir após aquilo que consideravam “perspectiva de lucro”. É de se questionar até mesmo se a desastrosa quebra de alguns bancos ou a queda de empresas operando nas bolsas não é o resultado dos caminhos de Deus para com os seus filhos que estavam associados com elas.
O melhor que podemos fazer com nosso dinheiro é gastá-lo para o Senhor. Isso, então, ao invés de colocar ferrugem em nossas almas, acumulará tesouros no céu (Mt 6:19-20). É conveniente recordar que Lucas 16:9 e 1 Timóteo 6:17-19 se dirigem aos discípulos, e não aos inconversos. Se perdermos isto de vista, estaremos apenas jogando poeira nos olhos dos homens, induzindo-os a supor que “o dom de Deus pode ser obtido com dinheiro”. Havia um homem que pensava assim, e Pedro lhe disse: “o teu dinheiro seja contigo para perdição” (Atos 8:20).

Quanto a Romanos 13:8: “a ninguém devais coisa alguma”, isto deve ser tomado em seu sentido direto e amplo.

Cremos que o ensino aqui simplesmente seja não dever nada a ninguém. Queira Deus que isto seja – em seu mais pleno sentido – uma realidade na vida de todos! É lastimável a falta de consciência que muitos cristãos professos têm demonstrado com respeito às dívidas. Exortamos solenemente a todos os nossos leitores que porventura tenham por hábito envolver-se em dívidas, a julgar-se a si mesmos com respeito a este tema, e que abandonem em seguida uma falsa posição. É muito melhor sentar-se para comer um pedaço de pão duro e vestir uma roupa usada, do que viver bem e vestir-se bem às custas de nosso próximo. Esta última hipótese, nós a consideramos como verdadeira injustiça.
Queira Deus que tenhamos uma mente íntegra quanto a isto!

A grande prioridade para uma pessoa endividada deve ser honrar sua dívidas. Devemos ser antes justos que generosos.

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Esta mensagem foi extraída de Leituras Cristãs 42 nº 5

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Frases sobre a verdade ditas por homens de Deus

A doutrina não é tarefa da língua, mas da vida… Ela é recebida apenas quando toma conta da alma toda.

João Calvino

A igreja de hoje… não tem dever mais solene do que conservar a pureza da doutrina.

R. B. Kuiper

Se não tornarmos clara nossa posição, com palavras e obras, em favor da verdade e contra as falsas doutrinas, estaremos edificando um muro entre a próxima geração e o evangelho.

Francis Schaeffer

Abracemos toda a verdade ou renunciemos totalmente ao cristianismo.

Joseph Irons

A indiferença doutrinária não é a solução para o problema das diferenças doutrinárias.

J. Blanchard

Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir.

Martinho Lutero

Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.

Martinho Lutero

A questão não é se uma doutrina é bela, mas se ela é verdadeira.

Anônimo

Há tanto direito de crer nas doutrinas do cristianismo quanto dever de praticá-las.

M. Arnaud

Se você crê somente no que gosta do evangelho e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas, sim, em si mesmo.

Agostinho

Doutrina é coisa prática, visto que desperta o coração.

Andrew Bonar

Como é humilhante para todos os que estão aprendendo descobrir que sua doutrina ultrapassou suas experiências!

Thomas Chalmers

Algumas coisas confiamos a Deus, outras Deus confia a nós… Aquilo que Deus confia a nós é principalmente Sua verdade.

William Gurnall

Às vezes as verdades mais claras são os argumentos mais fortes em favor dos deveres mais difíceis.

Matthew Henry

Você não pode abandonar os grandes temas doutrinários e ainda assim produzir grandes santos.

John Henry Jowett

A finalidade para a qual Deus instrui a mente é que Ele possa transformar a vida.

Al Martin

Doutrinas fracas não são páreo para tentações fortes.

William S. Plumer

Aquele que crê mal nunca pode viver bem, pois não tem alicerces.

Richard Sibbes

Os homens, para serem verdadeiramente ganhos, precisam ser ganhos pela verdade.

C. H. Spurgeon

O propósito que está por trás de toda doutrina é garantir a ação moral.

A. W. Tozer

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Citações

Mais frases…

Orar corretamente significa continuar orando até que Deus responda!

(John Hyde)

O Senhor cumprirá até o fim os compromissos assumidos nas promessas que nos faz. O que quer que Ele tome nas mãos, Ele executará; assim, as misericórdias passadas são garantias para o futuro e são razões verdadeiras para continuarmos a clamar a Ele.

(C. H. Spurgeon)

Há pessoas superficiais que lançam mão levianamente de uma doutrina ou de uma promessa e falam com leviandade da falta de confiança dos que recuam ante as aflições; mas aquele que já sofreu muito, não faz isto: ele possuir brandura e suavidade e sabe o que significa sofrer.

(A. B. Simpson)

O inferno ataca os santos de Deus o quanto pode. Os melhores crentes têm sido provados com as mais altas pressões e temperaturas, mas o Senhor não os desamparará.

(W. L. Watkinson)

Ah, é triste ver um crente à porta da promessa na noite escura da aflição, com receio de abrir o trinco, quando deveria chegar-se ali e buscar abrigo com confiança, como um filho na casa do pai.

(Gurnal)

Neste momento o meu coração não tem um grão sequer de sede de aprovação. Sinto-me a sós com Deus; Ele enche o vazio; não tenho um só desejo, vontade ou aspiração, senão Nele; Ele me pôs livre num lugar espaçoso. Tenho ficado maravilhada e surpresa de que Deus pudesse dominar completamente tudo o que há em mim, pelo amor.

(Lady Huntington)

Se você está em profunda escuridão por causa de alguma providência estranha e misteriosa, não tenha medo. Simplesmente prossiga, em fé e amor, sem duvidar. Deus está velando, e Ele tirará o bem e alguma coisa bela de todo o seu sofrimento e lágrimas.

(J. R. Miller)

Demora e sofrimento são parte certa da bênção que Deus nos prometeu.

(C. G. Trumbull)

Não há um monte alto sem que haja um vale fundo ao lado. Não há nascimento sem dores de parto.

(Dan Crawford)

A minha petição mais completa fica muitíssimo aquém da capacidade de dar de meu Pai: ela é bem mais ampla do que o que somos capazes de pedir.

(J. H. Jowett)

Eu peço a Deus que faça de mim hoje um crente fora do comum.

(George Whitefield)

Deus tudo fará para o homem que dá o passo da fé, ainda que pareça um passo no vazio; pois ali, debaixo dos seus pés, ele encontrará a rocha firme.

(F. B. Meyer)

Às vezes, Deus tem de nos desembaraçar de certas situações – e Ele o faz, porque a Sua misericórdia dura para sempre. Mas se tivéssemos esperado para ver o desenrolar dos Seus planos, não nos teríamos encontrado no meio de tão emaranhado labirinto e não precisaríamos ter de voltar atrás com lágrimas de vergonha. Espere, espere pacientemente!

(F. B. Meyer)

Por que me retrair ante o arado do meu Senhor, que faz sulcos profundos em minha alma? Eu sei que Ele não é um agricultor inconseqüente. Ele tem em vista uma boa colheita.

(Samuel Rutherford)

Nós nos gabamos de ser tão práticos, que geralmente desejamos um apoio mais concreto do que a fé, mas Paulo diz que “é pela fé (…) a fim de que a promessa seja firme” (Rm 4.16).

(Dan Crawford)

O triunfo de Cristo foi na Sua humilhação. Possivelmente, o nosso triunfo também será manifestado naquilo que, aos outros, parece humilhação.

(Margaret Bottome)

Creiamos mais na Palavra e no poder de Deus do que em nossas emoções e experiências. A nossa Rocha é Cristo, e não é a Rocha que oscila nas marés, mas o mar.

(Samuel Rutherford)

Deus tem um propósito eterno a nosso respeito: que sejamos semelhantes a Seu Filho. Para que isso se concretize, precisamos estar quietos em Suas mãos. Ouvimos tanto falar em atividades que, talvez, precisemos conhecer o que é estar quieto.

(Crumbs)

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Vida cristã

Mas isto não é justo!

Alguma vez você já foi tentado a acusar Deus de não agir corretamente?

O conceito de certo e errado é um assunto de grande interesse. Um número incontável de livros já foi escrito sobre os princípios da ética e como os homens deveriam interagir uns com os outros, mas esses valores freqüentemente variam entre as linhas culturais de cada povo. Algumas vezes, grande ofensa é sentida por causa de um comentário ou um gesto totalmente inocente feito por um estrangeiro que não conhecia as “regras” vigentes no local. Devido ao fato de essas infrações observáveis do comportamento aceitável poderem provocar feridas nos sentimentos, elas devem ser um tópico de preocupação para todos nós.

A conduta imprópria está por trás da elaboração da maioria das leis e regulamentos, pois o bom comportamento nunca fez qualquer lei ser necessária! Se vivêssemos em um mundo perfeito, os mandamentos “Não farás isto ou aquilo” de Deus não existiriam. Mas, devido ao fato da nossa natureza depravada e caída, precisamos aderir aos padrões de Deus para que a anarquia seja evitada. No Antigo Testamento Deus selecionou e fez da nação de Israel sua testemunha para o restante da humanidade. Ao fazer isso, ele lhes deu a Lei de Moisés – Seu perfeito padrão para a conduta ética e moral. Em seguida, Jesus Cristo, o Messias prometido a Israel veio e reduziu a Lei à sua essência:

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” [Mateus 22:37-40; ênfase adicionada]

Meus amigos, se verdadeiramente amássemos a Deus com todo nosso coração, alma e mente, e amássemos nosso próximo como a nós mesmos, teríamos o céu aqui na Terra. Mas não fazemos isso! Essas regras na verdade nos condenam por que não atingimos a perfeição que Deus requer. É por esse motivo que precisamos desesperadamente de um Salvador.

Quando minha filha mais velha era pequena e a disciplina se fazia necessária, freqüentemente a resposta dela era, “Isto não é justo!”. Da sua perspectiva limitada, ela não via seu comportamento como mau. Mas, embora rimos ao lembrarmos dessas situações da infância, devemos perceber que nossa perspectiva de Deus, o Pai, também é limitada! Sabemos pela Bíblia que Ele infligirá punição sobre nós: (1) quando precisarmos ser disciplinados [Hebreus 12:6] e (2) por razões que estão além da nossa compreensão, ele algumas vezes permite que “coisas más” aconteçam conosco quando não fizemos nada de errado [Jó, capítulos 1 e 2]. Suportar a punição quando sabemos que ela é uma conseqüência do nosso pecado é uma coisa, mas sofrer caladamente quando não temos uma compreensão clara de algo que fizemos de errado é outra! Nossa carne quer gritar para Deus, “Isto não é justo!” Mas, obviamente, nosso conceito de justiça não é o mesmo que o de Deus.

“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” [Isaías 55:7-9; ênfase adicionada]

Aqueles de nós que tentam compreender Deus e assumem que Ele opera de acordo com os princípios que sempre fazem sentido para nós estão cometendo um tremendo engano! A vida algumas vezes nos coloca na posição de sermos tentados a perguntar, “Por que eu, Senhor?” Mas da Palavra de Deus a resposta Dele vem, “Por que não você?”

“Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.” [Filipenses 1:29]

“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” [2 Timóteo 3:12]

O cristianismo genuíno difere totalmente das demais “religiões” no sentido que Deus promete aos seus filhos muito pouco de uma natureza tangível. Aqueles que insistem que Deus o tornará rico se você contribuir com uma certa porção de dinheiro de “semente” para seus ministérios em particular estão totalmente errados! Os ministérios que ensinam a “nomear e reivindicar” não têm base alguma nas Escrituras porque tentam usurpar as promessas que Deus fez a Israel no Antigo Testamento. Em nenhuma parte do Novo Testamento você conseguirá encontrar algo remotamente similar a esse ensino. Precisamos ser cuidadosos e manejar bem a Palavra da Verdade, porque senão isso deixará as pessoas decepcionadas quando coisas como o “investimento” delas não produzir o retorno de “quarenta, cincoenta, ou cem vezes mais”, prometido pelo pastor. Se esse pastor foi interpelado por uma dessas suas ovelhas tosquiadas e desiludidas, sempre poderá se esconder atrás da conveniente cortina de fumaça da “falta de fé” da ovelha e gastar cada centavo do dinheiro suado dela sem um pingo de dor de consciência. Pastores apóstatas e inescrupulosos são brotando em toda a parte como joio que são e o povo de Deus precisa ficar alerta para evitar ser enganado por um (ou mais) deles. Nunca cometa o erro de acreditar em tudo o que eu, ou qualquer outro pregador disser, sem se certificar de que aquilo está de acordo com a Palavra de Deus. Mesmo que o ensino pareça ter base nas Escrituras, ore para que o Espírito Santo lhe dê a compreensão necessária e a proteção contra o erro – pois algumas vezes pregadores com as melhores das intenções também cometem erros de interpretação.

Quando os problemas da vida o cercarem (observe que não é “se”, mas “quando”) e a tentação de pensar que você está sendo tratado de forma injusta vier à sua mente – separe um tempo para considerar com o que na verdade você está pensando! Aquela massa de matéria cinzenta entre as nossas orelhas chamada cérebro é um computador maravilhoso mas seu “software” – sua programação – foi seriamente prejudicada. Herdamos uma natureza depravada de Adão e nossa capacidade de ver as coisas como elas realmente são é mínima. É por isso que o livro de Provérbios diz tanto sobre o povo de Deus buscar a sabedoria – a capacidade de ver as coisas da forma como Deus as vê.

“O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre.” [Salmos 111:10]

“O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” [Provérbios 1:7]

Se formos usar a verdadeira sabedoria e o conhecimento, Deus precisa revelá-las para nós por meio de Sua Palavra.

“Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” [Provérbios 3:5-6]

Erramos terrivelmente quando “nos estribamos no nosso próprio entendimento” e tentamos avaliar o que a vida lança contra nós como sendo injusto.

Você acha que foi “justo” para Deus enviar Seu Filho Jesus Cristo para este mundo com o único propósito de morrer como um sacrifício pelos nossos pecados? Foi justo para o puro e imaculado Filho de Deus literalmente tornar-se pecado enquanto estava na cruz [2 Coríntios 5:2] e receber em si mesmo a ira não dissolvida de Deus contra o pecado? Foi justo para Ele passar fome e sede e viver uma vida de pobreza?

Não seria correto dizer que sem compreensão espiritual apropriada cada um de nós protestaria sem hesitação e diria que está sendo tratado de forma injusta?

Portanto, quando a vida inevitavelmente trouxer uma situação que viole nossa zona de conforto e somos tentados a clamar para Deus pensando que fomos tratados de forma injusta – apenas pare e considere com o que estamos pensando!

“As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” [Lamentações 3:22]

Meu amigo, a graça de Deus é única razão por que qualquer um de nós ainda está respirando. Por pior que possa parecer sua situação atual, ou possa vir a tornar-se no futuro, apenas faça uma pausa e considere o que o Senhor Jesus Cristo suportou para nos livrar.

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Oração e Louvor

O louvor, em certo sentido, é mais nobre que a oração. Esta é muitas vezes tingida de egoísmo; mas o louvor, jamais. A oração expressa nossa própria fraqueza e necessidade. O louvor proclama o esplendor de Deus. O incrédulo, o idólatra e o ateu oram de certa forma quando se encontram em apuros; até mesmo os demônios fizeram súplicas ao Filho de Deus, mas nenhum deles nunca poderá erguer louvores. O louvor é a ocupação de anjos, a gloriosa herança dos santos, a contemplação de Deus por parte dos piedosos, o fluir e o cântico da alma remida, o constante exercício do cristão cheio do Espírito. O louvor só é possível para os que conhecem o Senhor, sendo também o terrmômetro de sua vida.
(Autor desconhecido; extraído e adaptado de À Maturidade, inverno de 1982)

A Vitória de Cristo

Uma passada de olhos em Apocalipse 19 derramará luz sobre o caminho da vitória para nós. Associado com o Cavaleiro Fiel e Verdadeiro sobre Seu cavalo branco está a santa cavalaria dos céus, vestida com trajes de justiça. Deus nos prometeu esmagar em breve Satanás debaixo de nossos pés (Rm 16.20). A hora chegará quando Satanás e seus asquerosos agentes sobre a terra sentirão a plena força da ira de Deus. Deus esperou a fim de permitir que os companheiros redimidos de Seu Filho em glória vinguem-se a si mesmos de seu adversário. O nome do Poderoso e Todo-glorioso Rei dos reis e Senhor dos Senhores é aqui declarado ser a Palavra de Deus. Esse é o inescrutável título de Jesus, e é muito significativo que Ele faça guerra com a espada de Sua boca.
Todo julgamento foi comissionado ao Filho. Assim, Satanás, o arquicriminoso, é sentenciado e preso, não com ferro ou aço, mas com uma grande cadeia (Ap 20.1), e é lançado no abismo. A Palavra de Cristo, a espada de Sua boca, é o que “está escrito” (cf. Mt 4), enquanto Sua cruz é a grande cadeia que prende sem esperanças Seu formidável inimigo.

(Rev. Robert Kilgour, The Overcomer, nov/02 a fev/03; traduzido por Francisco Nunes)

Ele nos Faz Passar pelo Cativeiro

Jesus Cristo foi o primeiro a entrar nessa experiência. Foi o Chefe de todos os abandonados, mas não esteve isento do cativeiro. Portanto, é impossível que tu estejas isento. Lembra-te sempre de que agradou-Lhe sair de todos os deleites que estavam ocultos no seio de Seu Pai para fazer-se o mais cativo de todos os homens.
Lembra-te também que faz muito tempo que os patriarcas hebreus seguiram a mesma senda. Alegria, deleites… e cativeiro! Os primeiros crentes da nova aliança vieram e seguiram a ordem dos patriarcas e de seu Modelo divino, Jesus Cristo.
Mas tu perguntarás: “Por que todos temos de passar por esse caminho? É para que todos cheguemos ao ponto da infelicidade?” Claro que não. O gozo é uma promessa na terra de Abraão, uma terra que está lá, além do cativeiro. Que terra é essa? Essa terra é possuir a Deus! Mas, ah, quanto há por fazer a fim de possuir essa terra! Há sofrimento que temos de conhecer!
Olhe para Faraó. Deus usou esse homem para fazer com que os fiéis hebreus entrassem no cativeiro. Mas Faraó não é o único a quem o teu Senhor emprega. Faraó também tem capatazes! Juntos, estes egípcios sobrecarregaram o povo de Deus com trabalho, pensando que oprimiriam a este povo e o impediriam de tornar-se numeroso. (E aplico isso à obra “cristã”. O mesmo é verdade hoje. Ao longo da História tem-se levantado poderes ou autoridades que decidem extinguir o caminho interior. Valem-se de perseguição, de grande alarido, de denúncias e de tudo o que está à mão. Ah, mas é nesse momento que a vida interior mais se multiplica. E qual é o resultado? Quanto mais ensinam esses poderes contra um caminhar assim e o perseguem, tantas mais pessoas se unem às fileiras daqueles que perseguem esta senda. É a perseguição que estabelece e incrementa o número de pessoas do caminho interior.

(Madame Guyon, Éxodo, La Salida, Madrid, 1999; traduzido por Francisco Nunes)

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