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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (121)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

A evidência de que se conhece a Deus é a obediência a Ele.

(Eric Alexander)

Um pouco de conhecimento de Deus vale muito mais do que uma grande quantidade de conhecimentos sobre Ele.

(J. I. Packer)

Sempre há uma grande parcela de conhecimento em que nada mais há do que pouca sabedoria para melhorar aquele conhecimento. O cristão que vê e evita as ciladas de Satanás e escapa delas não é o que mais conhece, mas o mais sábio. O conhecimento sem sabedoria é como o ímpeto em um cavalo cego, com freqüência provocando a queda do cavaleiro.

(Thomas Brooks)

Muito do conhecimento de um homem pode ser uma tocha que ilumina seu caminho para o inferno.

(Thomas Watson)

Os pecados por omissão são agravados pelo conhecimento.

(Thomas Manton)

Pode-se conhecer muito sobre a divindade sem haver muito conhecimento de Deus.

(J. I. Packer)

De que adianta o conhecimento mais profundo se tivermos o coração mais superficial?

(Leonard Ravenhill)

O conhecimento divino não deixa o homem estagnado.

(W. Graham Scroggie)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (120)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

O Espírito Santo é o único que torna real em sua vida tudo o que Jesus fez por você.

(Oswald Chambers)

Assim como toda a Palavra de Deus é dada por Seu Espírito, assim também cada palavra dela precisa ser-nos interpretada pelo mesmo Espírito.

(Andrew Murray)

O fruto do Espírito não é emocionalismo nem ortodoxia: é caráter.

(G. B. Duncan)

Sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada, a não ser acrescentar pecado sobre pecado.

(John Wesley)

A compreensão adequada das Escrituras só ocorre por meio do Espírito Santo.

(Martinho Lutero)

Se de fato o Espírito Santo nos guia, Ele o faz de acordo com as Escrituras, nunca de maneira contrária a elas.

(George Muller)

Grande parte de seu trabalho de oração deve ser implorar ao Todo-Poderoso que lhe dê medida maior do Espírito Santo.

(Walter Chantry)

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J. Stuart Holden Vida cristã

O perigo de escolher o bom e não o melhor

“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Sl 106.15).

O evangelho coloca diante de nós Cristo e seu Reino em contraste com o mundo e suas atrações. Insta conosco para escolher. De fato, toda sua influência é direcionada para mostrar que a escolha é inevitável. Mas, quando a vontade faz sua escolha eterna e abre sua vida ao reinado e governo do Salvador, somente o primeiro passo na vida cristã foi dado. Existe diante de nós todo um caminho de peregrinação que teremos de percorrer com paciência na companhia de nosso Senhor.

E, no decorrer deste caminho, sempre rondando nossos passos, existe a cilada sutil de se escolher um bem menor. Pois a vida é uma longa série de escolhas, escolhas que precisam ser feitas diariamente, entre aquilo que é supremo e superior e aquilo que é secundário, entre o que agrada a si mesmo e o que agrada a Deus.

O perigo mais comum não é o que muitos imaginam: desviar-se e cair no pecado. É antes a tentação que aparece com freqüência alarmante de escolher o bom em vez do melhor, de escolher algo que tem inúmeros pontos a favor, mas não é a vontade explícita de Deus para nós.

Quando nos comprometemos a qualquer outro curso de vida, que não seja de absoluta fidelidade ao bem superior, estamos nos posicionando lamentavelmente fora do contato vivo com Deus, que às vezes pode conceder-nos nossos desejos e, ao mesmo tempo, deixar nossa alma definhar-se.

Israel, a quem este texto em Salmos se refere, foi um forte exemplo disso. O propósito de Deus para a nação era que não tivesse um soberano terreno; Ele mesmo seria seu Senhor e seu Rei. Israel seria exemplo e modelo ao mundo inteiro. Mas Israel se rebelou. O povo queria ser igual, e não diferente, às outras nações. Pediram um rei para guiá-los à batalha; queriam um monarca com toda a pompa e todo o esplendor.

Mesmo assim, Deus não os deixou a seus próprios desejos nem os rejeitou. Com efeito, Deus disse a Samuel: “Muito bem; nomeie um rei para eles; não estão escolhendo o melhor, e vou permitir que tenham o bem inferior escolhido por eles mesmos. É a única maneira de mostrar-lhes a tolice do que estão fazendo.”

A história subseqüente da nação mostrou realmente o perigo de se escolher um bem inferior. Israel tinha uma posição geográfica crucial e visada por todos os povos que levantavam impérios. Desta forma, era mais importante ainda que estivesse sob a proteção de Deus. Mas escolheu um caminho diferente, e qual foi o resultado? Desastre após desastre em guerras e conquistas por outros povos. A terra foi dilacerada por dissensões e agitações e, por fim, o povo foi retirado e levado ao cativeiro.

Se essas ilustrações de um princípio de vida puderem servir de alguma forma para nós, certamente seria para mostrar a ênfase que Deus dá às escolhas que são feitas em cada crise moral e espiritual. É comum dizer que nossas escolhas atestam nosso caráter e que a direção a que a mente da pessoa se volta involuntariamente mostra que tipo de pessoa é. A seriedade da vida é que cada dia somos testados a respeito dos fundamentos e inspirações vitais de nosso ser.

Há momentos em que somos tentados a seguir rumos em que ganho material e vantagem pessoal estão em primeiro lugar. Somos tentados a garantir para nós mesmos vantagens atuais, e a colocar conforto, facilidade e prosperidade como nossos objetivos principais. Perguntamos: “Não podemos tirar proveito máximo dos dois reinos?”

O perigo é, ao tentar conciliar as duas coisas, escolhermos o bem inferior. E, se isto acontecer, Deus não nos abandonará, pois Ele nunca faz isso. Mas Ele permite que a escolha inferior corrija nossa vontade própria e nos conduza de volta ao lugar de obediência de todo coração a Ele.

A escolha de um bem inferior pode resultar no abafamento de nossos instintos mais espirituais, na perda de uma comunhão mais íntima com Deus e na ausência daquela divina parceria de poder em que Deus fortalece e usa as pessoas para Sua glória.

É sempre um grande desafio de fé compreender o que é o melhor de Deus, mas, quando o reconhecemos, isso traz a exigência imediata de uma resposta. Seguir a luz divina que vem para nos guiar e submeter todas as nossas escolhas à vontade de Deus são os testes mais severos que a vida nos reserva. Mas feliz de fato é o homem cuja coragem não hesita, cujos ideais não são renegados, na hora de sua provação.

Nossa vida presente e o treinamento que temos aqui são apenas uma preparação para o serviço eterno. A escolha de um bem inferior sempre resultará no empobrecimento da influência presente, pois, se um homem quiser exercer influência superior, ele deve viver em função das coisas superiores.

Sabemos de pais que se dizem cristãos, mas cuja escolha de um bem inferior se reflete na vida insatisfatória de seus filhos. Em vez de buscarem primeiro o reino de Deus, a perspectiva de sua vida no lar é influenciada em grande medida pelo mundo, pelas convenções da sociedade, não pelas convicções do coração. E seus filhos tomaram uma medida muito inferior de Deus por causa dessa imagem distorcida que os pais refletiram.

O Exemplo de Nosso Senhor

Nem tudo é desalento, porém. Para nos aliviar no meio de todas essas advertências, temos sempre presente a inspiração da própria vida do Senhor, na qual encontramos o mais forte apelo ao nosso coração para escolher o mais alto. Pois, ao lermos o registro de Sua vida, nos dias de Sua carne, vemo-Lo como aquele que sempre, coerentemente, escolhia o melhor de Deus. “Desci do céu, não para fazer a Minha própria vontade, e, sim, a vontade Daquele que Me enviou” (Jo 6.38). “O Filho do homem […] não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20.28).

E, no fim de Sua vida, quando o cálice estava cheio, amargo e pesado, ouvimo-Lo no Jardim, ainda fiel ao propósito governante de Sua vida redentora: “Todavia não seja o que Eu quero, mas o que Tu queres” (Mc 14.36). E, escolhendo o melhor de Deus, Ele bebeu o cálice até o fim.

Para os homens hoje, o melhor de Deus se expressa no chamado de Cristo: Segue-Me. Segui-Lo corajosa, coerente e lealmente é escolher a melhor e mais alta de todas as alternativas da vida.

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J. Stuart Holden era um pregador anglicano e um dos palestrantes regulares das famosas Conferências Keswick na Inglaterra no início do século 20.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (119)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Não há um minuto de tempo em toda a nossa vida em que não devamos estar perto de Deus. Ou isso ou estaremos arruinados.

(Richard Sibbes)

Embora a alma piedosa sempre deseje mais de Deus, ela nunca deseja mais do que Deus.

(Matthew Henry)

O grau de plenitude em qualquer ser concorda perfeitamente com a intensidade do verdadeiro desejo. Temos tanto de Deus quanto, na verdade, gostaríamos de ter.

(A. W. Tozer)

Se é a Deus que você está buscando em sua adoração, você não ficará satisfeito sem Deus.

(Richard Baxter)

Será que um homem que ama seu Senhor estaria disposto a ver Jesus vestindo uma coroa de espinhos, enquanto ele mesmo almeja uma coroa de louros? Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? Não seja tão fútil em sua imaginação. Avalie o preço e, se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte à sua fazenda ou a seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita-me sussurrar em seus ouvidos: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”

(C. H. Spurgeon)

Confie tudo à altíssima providência de Deus e não permita que nada repouse em seu coração nem entre ali, exceto unicamente Deus. Todas as coisas da terra são baixas e vis demais para ocupar seu amor ou seu cuidado, ou para inquietar seu nobre coração. Que os que pertencem ao mundo se preocupem, lamentem-se ou se alegrem com as coisas do mundo. Por tais pessoas Cristo não orou. Você não pode agradar ou servir a dois senhores ao mesmo tempo. Você não pode amar coisas diversas e contrárias; então, se quer saber o que você realmente ama, marque bem aquilo que predominantemente ocupa seu pensamento. Abandone a terra e tenha o céu; abandone o mundo e tenha Deus.

(Robert Leighton)

A busca de Deus é a busca da alegria. O encontro com Deus é a própria alegria.

(Agostinho)

Incendeie-se por Deus, e os homens virão ver você pegar fogo.

(John Wesley)

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Robert Govett Salvação Segunda vinda

Esaú e a primogenitura

Que os santos podem se tornar culpados de fornicação é algo fora de qualquer dúvida; isso é confirmado tanto por tristes fatos quanto pelas Escrituras. “E chore por muitos que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição e lascívia que cometeram” (2Co 12.21). Qual será, então, o resultado de tais pecados cometidos após a fé e a confissão do nome de Cristo? Eles não afetarão a posição da parte culpada no futuro? Não existe nenhuma punição além da frieza e da morte espirituais agora? A Escritura nos dá um testemunho bastante diferente. Ela nos assegura que os tais, embora sejam salvos no final, não terão nenhuma parte no reino de mil anos do Salvador. “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1Co 6.9,10). “Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus” (Ef 5.5). O reino mencionado como sendo de Cristo (ou Messias) demonstra ser o reino temporário que Jesus receberá como Filho de Davi, o Messias dos judeus.

Parece que até mesmo punição positiva será aplicada aos santos culpados desse pecado. “Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo” (1Ts 4.3-8). “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13.4)

A ira de Deus contra este pecado foi vista em Seu tratamento a ele dado sob a lei, conforme nos foi indicado no resumo de Paulo a respeito dos caminhos do Senhor com relação a Seu povo do passado (1Co 10). Moisés, da mesma forma, observa este ponto, quando recorda aos israelitas os tratos do Senhor com eles: “Os vossos olhos têm visto o que o Senhor fez por causa de Baal-Peor; pois a todo o homem que seguiu a Baal-Peor o Senhor, teu Deus, consumiu do meio de ti” (Dt 4.3).

Esaú é caracterizado como “profano”, e sua história confirma de modo real e completo a acusação. Ele “vendeu o seu direito de primogenitura”. O que estava contido no “direito de primogenitura” não está esclarecido em cada ponto. Sob a lei, uma porção dobrada das posses do pai pertencia ao primogênito (Dt 21.17). E, quando o pai era um rei, o reino era, naturalmente, dado a ele, a menos que o Senhor, como Governador Supremo, se agradasse em ordenar de outra forma (2Cr 21.3). Porém, no caso de Esaú, podemos ver o que ele perdeu, observando o que Jacó se tornou posteriormente. O Altíssimo inseriu o  nome de Jacó em Seu próprio nome. Jeová era “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. Freqüentemente Ele é chamado apenas de “o Deus de Jacó” ou “o Deus de Israel”. Tal glória, então, foi rasgada de Esaú, o profano. De Jacó também nasceram os doze patriarcas e o próprio Messias. O reino de Deus é fundado na base das doze tribos, e o nome delas está  eternamente gravado nos portões da cidade eterna de Deus. Desistir das vantagens espirituais em troca daquelas que são terrenas é o ganho da profanação; e deste crime Esaú se tornou culpado ao vender seu direito de primogenitura.

Mas ele foi ainda mais culpado por ter aceitado em troca uma insignificante remuneração de categoria humana. Foi uma “única refeição”. Se ele tivesse exigido que Jacó o sustentasse durante toda a vida, como pagamento por sua rendição, teria sido profanação. Mas, desfazer-se do direito de primogenitura pela gratificação de uma hora, foi o extremo da profanação. Sua referência a tal direito revela desprezo enquanto efetua a venda: “Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?” (Gn 25.32). Os homens em geral apregoam o valor dos bens que estão para vender; mas o próprio Esaú deprecia a primazia daquilo que estava para lançar fora. Ele o vendeu também com um juramento recorrendo a Deus para dar testemunho à ímpia transação (v. 33). Observe outro agravante do pecado! Levando em consideração a venda, o Espírito Santo acrescenta: “E ele comeu, e bebeu, e levantou-se e saiu” (v. 34). Ele foi cuidar das suas obrigações rotineiras quando terminou a refeição, como se nada de importância particular tivesse acontecido.

Observe, entretanto, a extensão do pecado. Não foi por ter caído em idolatria, ou por ter renunciado a Deus de seu pai, que Esaú perdeu seu direito de primogenitura. Também não foi por ter repudiado Isaque como pai. Isaque ainda o reconhecia como filho, embora fosse forçado a reter a bênção do primogênito. O exemplo de Esaú é, portanto, uma lição para o crente, para alguém que será reconhecido por Deus como Seu filho no dia da recompensa.

O desfecho do caso é transformado em aviso para nós. Esaú, por fim, desejou a bênção. Quando seu pai estava para concedê-la, ele se empenhou em consegui-la, mas foi negada a ele pela providência de Deus. (Não temos necessidade de defender a conduta de Jacó, tanto pela compra do direito de primogenitura como pela tentativa de obtê-lo fraudulentamente. Isso foi incorreto à vista de Deus e, como tal, foi punido. Mas este não é o ponto de que estamos tratando agora.)

O Senhor sustentou a barganha de Esaú. Deus foi  convidado como testemunha da venda, e, por Sua providência, impediu que Isaque concedesse a bênção a Esaú. Quando descobriu que seu irmão havia obtido a bênção para si, “ele [Esaú] bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai!” Mas Isaque não foi persuadido a se arrepender de suas palavras ou a revogar a bênção. “Abençoei-o e ele será bendito! E levantou Esaú a sua voz e chorou.” Embora tivesse buscado no final a bênção com lágrimas, não a obteve. (O buscar pode se referir, gramaticalmente, à (1) bênção ou à (2) mudança no propósito do pai. Eu prefiro entender como sendo a última.) Esaú não pôde levar o pai ao arrependimento por ter dado a suprema honra a seu irmão mais novo. “Ele foi rejeitado” (a palavra grega indica alguém vindo a ser um “rejeitado”, coisa que Paulo temia para si mesmo, uma vez que usa uma palavra da mesma raiz em 1Co 9.27).

Mas como o exemplo se aplica a nós, cristãos?

Em primeiro lugar, Esaú era um descendente de Abraão e o filho circuncidado de Isaque. Nisso ele corresponde aos crentes agora. Ele era em verdade um filho tanto quanto Jacó. Em todos os aspectos, o direito de primogenitura era seu. Ele lhe teria sido dado oportunamente no final, exceto por sua má conduta. Nós, cristãos, estamos, portanto, numa posição semelhante. Como nascidos de novo de Deus, somos presumivelmente herdeiros do reino. Como crentes em Jesus, antes do dia milenar e antes da inclusão de Israel, nós somos os primogênitos. Assim, essa não é uma lição para os descrentes.

Uma conduta profana, como a de Esaú, causará a perda do direito de entrar no reino, que é o direito de primogenitura a nós proposto. Podemos trocar a bênção futura espiritual pelo presente e terreno. Em milhares de casos, essa venda profana tem acontecido, e até o dia presente é negociada das mais variadas formas:

  1. Um ministro crente vê que tais e tais doutrinas e práticas de sua denominação não têm apoio nas Escrituras. Elas ferem muito sua consciência. Mas o que ele fará se desistir de seu posto atual e dos benefícios que tira dele? Que proveito seu direito da primogenitura terá para ele, caso tenha de entregar sua posição atual e seu sustento? Assim argumenta sua incredulidade. E, sob a influência de tal motivo sem valor, ele continua numa posição que acredita ser pecaminosa. Em que tal procedimento difere do de Esaú? Em princípio, nada. Os benefícios mundanos que essa pessoa recebe por manter sua posição de infidelidade são como um prato de lentilhas e representam o preço que recebe pela venda de seu direito de primogenitura. Daí em diante, Deus o prenderá a sua barganha.
  2. Eis um negociante cristão. Ele descobre que algumas de suas práticas comerciais não são cristãs, e sim malignas. Mas como poderá agir de forma diferente de seus vizinhos incrédulos? Se ele deseja fazer fortuna, como é o caso deles, deve agir como eles; caso contrário, será deixado para trás na competição. Ele persevera em tais feitos, até que sua consciência se torna calejada. Que diremos, então? Não é a profana barganha de Esaú que se repete? Se esse homem recebe a realidade da troca ou não, Deus o prenderá à troca feita. Eles receberam suas boas coisas agora e as obtiveram pelo sacrifício dos interesses espirituais. Quando, portanto, vier o tempo da recompensa, sua venda real será lembrada. Foi uma barganha real, embora não tenha sido formal. Ela procede de pensamentos vulgares da prometida glória de Deus. É como o desprezo de Esaú pelo direito da primogenitura, manifestado em suas ações.
  3. Para esses, o dia da recompensa apresentará novamente a cena entre Esaú e seu pai. Esaú, apesar da venda e do juramento, ainda esperava receber plenamente a bênção do primogênito. Finalmente, quando rejeitado, podemos ouvi-lo falar como alguém que tivesse sido roubado naquilo que lhe era devido. Mas o Senhor cuidou para que ele fosse rejeitado. Assim serão tratados todos aqueles cristãos que, como Esaú, se mantém presos a suas trocas profanas das coisas espirituais pelas coisas temporais. No final, quando o reino e a glória de Cristo chegarem, eles despertarão para a percepção e valor da bênção e a desejarão ardentemente. Mas a troca permanecerá. O reino não poderá ser deles.

Observe o mais convincente ponto da representação: é uma transação entre pai e filho. O pai a recusa ao seu filho favorito. A despeito da ternura natural e especial, o choro e as lágrimas são inúteis.

Cuidado, cristão, para não desvalorizar seu direito de primogenitura e não vir finalmente a vendê-lo, embora sendo filho de Deus. Aquele que é imutável em justiça e santidade excluirá você como profano dos mil anos de glória do Messias. Pois, observe bem, Esaú não se retirou da presença do pai com uma maldição. Ele simplesmente perdeu a bênção que comerciou.

(Clique aqui para ver o primeiro artigo desta série.)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (118)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

É um terrível desprezo supor que você pode oferecer ao mundo e ao diabo o vigor da sua juventude, deixando para o Rei Jesus as sobras de sua vida e o resto de suas forças.

(J.C.Ryle)

A grandeza do poder de um homem é a medida de sua capacidade de rendição.

(William Booth)

Hoje estive diante de Deus e entreguei-Lhe tudo o que tenho e o que sou, de forma que já não pertenço a mim mesmo de modo nenhum. Eu me entreguei completamente a Ele.

(Jonathan Edwards)

Faça desta regra simples uma diretriz para sua vida: não ter nenhuma vontade que não seja a de Deus.

(François Fenelon)

Promoção, publicidade, personalidade, política, popularidade e até prosperidade nós temos em abundância. Mas existe grande escassez de homens e mulheres cheios do poder de Deus, com um profundo amor pelo Salvador, dedicação incondicional a Ele e completa indiferença por próprio bem-estar.

(James R. Graham)

Se você se colocar aos pés de Cristo, Ele o tomará em Seus braços.

(William Bridge)

Um dos milagres da graça de Deus é o que Ele é capaz de fazer com as redes arrebentadas das vidas que se rendem a Ele.

(G. B. Duncam)

 

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Espírito Santo J. T. Mawson

Não me detenhais

O capitulo 24 de Gênesis é um dos mais impressionantes e magníficos relatos do Antigo Testamento. Isaque, o filho amado, é uma imagem de Cristo, o homem celestial ressuscitado, que antes, em figura, havia morrido (cap. 22). O desejo de Abraão de que Isaque tivesse uma esposa simboliza o mesmo desejo do coração de Deus para que Cristo tenha uma esposa idônea. Por último, essa missão é encomendada a um servo cujo nome não é mencionado, que vai a um país distante a fim de cumprir a vontade de seu senhor e volta trazendo Rebeca. Isso nos fala da operação do Espírito Santo, que trabalha incansavelmente a fim de tomar deste mundo uma esposa para o Cordeiro. Mas gostaríamos que essas verdades não somente sejam compreendidas em nosso espirito, mas também tenham um poderoso efeito em nossa alma.

Todo este capítulo é magnífico. Do início ao fim, Isaque se constitui o centro e o objeto. Abraão o amava e lhe deu tudo o que possuía (24.36). Lemos o mesmo a respeito de Cristo: “O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas Suas mãos” (Jo 3.35). O servo de Abraão não busca nada para si nem fala de si mesmo. Seu objetivo é cumprir a vontade de Abraão; faz tudo para Isaque. Da mesma forma, lemos a respeito do Espírito Santo: “Quando vier o Espirito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é Meu; por isso vos disse que há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar” (Jo 16.13-15).

Rebeca, ainda sem ter visto Isaque, é atraída por ele. Ela segue seu caminho com o fim de juntar-se a seu esposo sabendo somente o que o servo lhe tinha dito de Isaque. Concernente aos cristãos, a Palavra diz: “Jesus Cristo, ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso” (1Pe 1.7,8).

O desejo de Abraão, a atividade do servo, o amor de Rebeca: tudo é para Isaque. Que grande dia na vida espiritual do cristão quando considera que todos os pensamentos do Pai têm a Cristo como objeto e que a atividade principal do Espirito Santo, enviado pelo Pai, é revelar-lhe as glórias de Cristo, de maneira que seja atraído somente a Ele! O resultado desse afeto por seu Senhor é estar unido ao Objeto amado de seu coração! Dessa maneira, nossos afetos se distanciam do mundo e suas vaidades e se concentram em Cristo, contemplando-O em glória e esperando aquele dia no qual O veremos.

A missão do servo era encontrar uma esposa para o filho de seu senhor, e Abraão, por meio de um solene juramento, lhe encomendou que seu filho não voltasse àquele lugar, mas, dali, lhe tomasse uma esposa e a levasse para longe de sua terra a fim de a levar onde Isaque se encontrava. Se não compreendemos bem este importante ponto, isto é, que a Igreja é tomada deste mundo para pertencer a Cristo onde Ele está, enganaremos a nós mesmos com respeito a essa solene verdade a respeito de Cristo e Sua Igreja e no que concerne à atividade do Espirito Santo na Terra. A Igreja, então, como esposa do Cordeiro, deve ser conduzida pelo Espirito Santo ao lugar onde Cristo se encontra. A ignorância sobre essa grande verdade levou muitos cristãos piedosos a associar o nome de Cristo com movimentos que, por mais úteis que sejam, somente têm a visão fixa no mundo atual. Essa mesma ignorância também faz com que muitos outros se ocupem apenas com as próprias circunstâncias e tenham por único objetivo viver uma vida sem dificuldades aqui na Terra.

“Agora, pois, se vós haver de fazer benevolência e verdade a meu Senhor […]”, isto é, atuar de maneira justa e boa em relação a ele, era o que o servo havia pedido (Gn 24.49). Esse é o chamamento que o Espirito Santo faz hoje em dia. O cristão que ignora os direitos que pertencem unicamente a Cristo não se conduz de maneira justa e piedosa com respeito a Ele e ao Pai. Para poder seguir Aquele que se deu por nós e empreender nosso caminho para ir a Seu encontro, devemos, pois, dar as costas ao mundo, que sempre nos incita a ser infiéis ao Senhor. Isso não acontecerá a menos que Cristo seja um objeto muito mais brilhante e mais valioso que as melhores coisas que possamos encontrar neste mundo.

O cristão que se compromete com o mundo se esqueceu que a Igreja foi desposada com um só marido para ser apresentada como uma virgem pura a Cristo (2Co 11.2).

Mas não é somente o mundo que mantém nosso coração longe de Cristo; às vezes, nossos relacionamentos naturais também representam obstáculos que atrapalham nossa caminhada em direção a Ele. Assim, por exemplo, vemos que a mãe e o irmão de Rebeca tentam reter a jovem, impedindo que ela vá o mais rápido possível ao encontro de Isaque. Na opinião deles, não havia nenhuma razão pela qual fazer essa viagem: “Fique a donzela conosco alguns dias, ou pelo menos dez dias, depois irá”. A isso, o servo responde de imediato: “Não me detenhais” (Gn 24.55,56).

Quero insistir neste último ponto. Creio que a voz do Espírito pode se fazer compreender com clareza por meio dessas palavras. E o que tem ouvidos, ouça o que o Espírito tem a dizer! Um estilo mundano e compromissos com o mundo impedem que o Espírito realize Sua tarefa. A indiferença para com Cristo O entristece muito. O orgulho e a satisfação pessoal atrapalham Sua atividade, e não há orgulho mais detestável a Seus olhos que o orgulho religioso. Ele não pode tomar o que é de Cristo e nos dar se nós somos indiferentes, desatentos, e colocamos nossa atenção somente em nós mesmos. O mundanismo é algo ruim, já que é motivo para que o coração fique dividido. Mas a pretensão religiosa é ainda algo pior, já que coloca o “eu” como origem e fim de todas as coisas. Submete Cristo e seus interesses a nós mesmos. É como se Rebeca tivesse se ataviado com as jóias que havia recebido e se dirigisse a casa de suas amigas ostentando, dizendo: “Olhem como sou rica! Observem o quanto eu prosperei, e de nada tenho falta!”

Mas Rebeca não tinha um pensamento assim. Ela respondeu fielmente ao chamamento daquele que buscava não somente seu coração, mas também sua mão. Não era uma pessoa indecisa, pois, no instante em que foi chamada, respondeu com grande determinação.

Também não a vemos solicitando algum conselho ou pedindo um tempo para estudar sobre o assunto. “Irei” (v. 58), respondeu àqueles que tentavam detê-la. Quanta alegria deve ter sentido o servo ao ouvir essas palavras! Rebeca não o atrasaria.

O Espírito Santo é paciente conosco. Ele nos selou para que sejamos de Cristo, tomando assim posse de nós, e não nos abandonará jamais. Sua obra consiste em fazer com que os Seus tenham um pensamento unânime, isto é, levar-nos a sentir o que Ele sente e, então, clamar junto com Ele: “Vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).

O Espírito aguarda pacientemente aquele dia de alegria no qual a Igreja, uma Igreja gloriosa, será apresentada a Cristo. Então, Cristo encontrará nela a recompensa completa de todo Seu padecimento e dor. Será um grande dia no céu, como o descreve o apóstolo João em 19.6-8: “E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente, porque o linho fino são as justiças dos santos”.

Deteremos o Espírito, que é quem prepara a esposa para aquele dia? Que Deus não o permita! Submetamo-nos sem reservas à obra de graça do Espirito Santo e digamos resolutamente como Rebeca: “Irei”.

 

(Fonte da imagem)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (117)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Nunca pense que você encontrará mel no pote, se Deus escreveu “veneno” no rótulo.

(William Gurnall)

Nosso senso de pecado é diretamente proporcional a nossa proximidade de Deus.

(Thomas D. Bernard)

O pecado carrega em si dois castigos: vergonha e medo.

(Edward Marbury)

A culpa se relaciona com o pecado assim como a queimadura se relaciona com a brasa.

(Augusto H. Strong)

Não podemos pensar despreocupadamente no pecado se pensarmos honestamente em seus resultados.

(David C. Potter)

Não entendo como um homem pode ser um verdadeiro crente, se o pecado não é para ele o maior fardo, a maior tristeza, o maior problema.

(John Owen)

O pecado é um desafio à justiça de Deus, um roubo a Sua misericórdia, um zombar de Sua paciência, um desprezo a Seu poder e um desdém a Seu amor.

(John Bunyan)

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Citações Gotas de orvalho John Bunyan

Gotas de Orvalho (116)

Pecado é o grande mal e a arma de bloqueio para toda a nossa felicidade, é a razão para toda a miséria de todo o homem, tanto aqui quanto depois. Retire-se todo o pecado da vida do homem e nada mais o poderá ferir, pois a morte espiritual, a morte carnal e a morte eterna são seu único salário.

O fim de toda a aflição é a descoberta dos nossos pecados, desde que nos levem aos pés do Salvador. Vamos então, como o filho pródigo, voltar ao nosso Pai. Logo acharemos paz e descanso para a nossa alma.

A tua oração eliminará o teu pecado por completo, pondo-lhe fim, ou então o teu pecado dará um fim à tua oração.

Nada tem como impedir uma alma de se poder aproximar de Cristo, com exceção dum amor fútil pelas coisas que o mundo oferece. E até que uma alma esteja inteiramente liberta de tal monstruosidade, nunca poderá ter nela mesma um grande amor por Deus.

Todo aquele que se deleita com as realezas deste grande mundo pensa muito pouco, pois um dia aquilo a que admirou será testemunha veloz contra ele.

O Senhor usa a dor da tribulação para ter como separar o trigo da palha que carregou o trigo até ali.

É naqueles momentos de maior aflição que desvendamos muitas coisas acerca do real amor de Deus.

Não será qualquer tipo de sofrimento que faz um mártir, mas apenas o sofrer porque se é verdadeiro e se está em plena conformidade com a Palavra de Deus. Isto é, não apenas sofrer de forma justa, mas pela justiça; não apenas pela verdade, mas por amor à verdade; nunca apenas pela Palavra de Deus, mas de acordo com ela: dar testemunho, com a santidade, com a humildade, no mesmo espírito de mansidão que a própria Palavra de Deus requer de nós.

Cristo é o supremo desejo das nações, a alegria dos anjos e o deleite do Pai; quão grande deve ser a consolação da alma que O possuir pela eternidade afora!

Se você tiver muita curiosidade para saber tudo sobre a verdadeira essência da visão celestial, minha resposta para você será apenas que viva uma vida santa e chegue-se bem perto do Senhor para ver!

 


John Bunyan nasceu na Inglaterra da era puritana em 1628, numa cidadezinha rural chamada Bedford. Alguns anos depois de sua conversão, ficou viúvo e sua esposa deixou-lhe quatro filhos, sendo uma delas cega. Ele se casou novamente com uma mulher muito piedosa, Elizabeth, que foi sua companheira e ajudadora o resto da vida. Tornou-se pastor de uma congregação batista e, a partir da década de 1660, com o retorno da monarquia e a proibição do ministério de pregação leiga e não conformista, Bunyan foi encarcerado em inúmeras oportunidades. A soma do tempo em que Bunyan passou na prisão totaliza 12 anos.  Em cada oportunidade de sair da prisão, prometia que voltaria a pregar.  E voltava à prisão.  Seus dias de encarceramento foram de muitas incertezas e dificuldades.

Foi na prisão que Bunyan escreveu sua obra-prima, O Peregrino, e sua autobiografia, Graça abundante ao principal dos pecadores. O Peregrino só perde para a Bíblia em número de exemplares vendidos e influência nos círculos cristãos mais conservadores. Mas Bunyan produziu muitas obras e escritos. Segundo o historiador Christopher Hill, ele escreveu cerca de 60 obras!

A morte de John Bunyan ocorreu em 31 de agosto de 1688.

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Gotas de Orvalho (115)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Creiamos mais na Palavra e no poder de Deus do que em nossas emoções e experiências. A nossa Rocha é Cristo, e não é a Rocha que oscila nas marés, mas o mar.

(Samuel Rutherford)

A única função da fé é receber o que a graça oferece.

(John Stott)

Seria muito bom se nos libertássemos da ideia de que fé é uma questão de heroísmo espiritual, que apenas alguns cristãos seletos conseguem ter. Existem os heróis da fé, é verdade; mas a fé não é apenas para heróis. É uma questão de maturidade espiritual; é para adultos em Cristo.

(P. T. Forsyth)

Antes de a fé e a obediência se tornarem atos do homem, elas são dádivas de Deus.

(R. B. Kuiper)

A fé tem duas mãos: com uma arranca sua própria justiça e a joga fora; com a outra, ela se reveste da justiça de Cristo.

(William Gurnall)

A fé em Jesus ri das impossibilidades.

(C. T Studd)

Nossa fé é provada real e verdadeiramente apenas quando estamos em conflitos muito difíceis, quando o próprio inferno parece estar aberto para nos engolir.

(João Calvino)

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Gotas de Orvalho (114)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Ninguém pode obter o mínimo gosto da doutrina certa e sadia a não ser que se torne aluno das Sagradas Escrituras.

(João Calvino)

O Antigo Testamento é o evangelho em botão; o Novo Testamento é o evangelho aberto em flor.

(J. C. Ryle)

A verdade das Escrituras destrói a especulação.

(R. C. Sproul)

O homem verdadeiramente sábio é aquele que sempre crê na Bíblia contra a opinião de qualquer outro homem.

(R. A. Torrey)

Um simples cristão com a Bíblia na mão pode dizer que a maioria está errada.

(Francis Schaeffer)

Se um crente se recusar a aceitar os tratamentos de Deus nunca conseguirá progredir. Se apenas desejar adquirir conhecimento da Bíblia, só precisa estudar bastante e ser auxiliado por aqueles que já têm conhecimento bíblico. Mas se realmente deseja conhecer a Deus, precisa ter um encontro pessoal com Ele, pois não pode ser de outra maneira.

(Watchman Nee)

Nunca vi um cristão útil que não seja estudante da Bíblia. Não existem atalhos para a santidade.

(A. W. Tozer)

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Esperar em Deus

É possível estar continuamente esperando em Deus, mas não somente Nele. Pode haver outra confiança secreta interferindo e impedindo a bênção que era esperada, e por isso a Palavra deve vir para lançar sua luz no caminho para a plenitude e certeza da bênção.

“Minha alma espera somente em Deus. Só Ele é minha rocha” (Sl 62.1,2; ênfase adicionada).

Parafraseando: “Há apenas um Deus, apenas uma fonte de vida e alegria para o coração, e só Ele é minha rocha. Minha alma espera somente Nele.”

Você deseja ser bom? “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18.19), e nada é bom se não aquilo que é recebido diretamente Dele.

Você busca ser santo? “Não há santo como o Senhor” (1Sm 2.2), e não há santidade senão no que Ele, pelo Espírito de santidade, a cada momento sopra em seu interior.

Você poderia viver e trabalhar para Deus e Seu reino, por outros e pela salvação deles? Ouça o que Ele diz: “O eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, nem se cansa nem se fatiga […] Dá força ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Is 40.28,29).

“Aqueles que esperam no Senhor renovarão suas forças” (Is 40.28; ênfase acrescentada).

Só Ele é Deus, só Ele é sua rocha.

“Minha alma espera somente em Deus”. Você será muito atraído para colocar sua confiança em igrejas e doutrinas, em estratégias, esquemas, planos e dispositivos humanos, em recursos da graça e instrumentos divinos. Mas a alma deve esperar somente no próprio Deus. Os compromissos mais sagrados se tornam um laço quando confiamos neles. A serpente ardente se torna apenas metal, a arca e o templo, uma confiança vã. Deixe apenas o Deus vivo ser sua esperança, e mais nada ou ninguém além Dele.

“Minha alma espera somente em Deus”. Os olhos e as mãos, a mente e o pensamento podem estar intensamente envolvidos nas obrigações da vida, mas a alma deve esperar somente em Deus. Você, que é um espírito imortal, não criado para este mundo, e sim para a eternidade, para Deus, deve compreender seu destino. Conheça seu privilégio e espere somente em Deus. Não permita que os interesses pelos pensamentos e exercícios religiosos o enganem, porque eles freqüentemente tomam o lugar da espera em Deus. Que seu próprio eu, seu mais profundo ser, com todo o poder, espere somente em Deus. Deus é para você, você é para Deus; espere somente Nele.

Sim, “minha alma espera somente em Deus”. Tome cuidado com dois inimigos: o mundo e o ego. Tome cuidado para que nenhuma satisfação terrena, embora pareça inocente, o impeça de dizer: “Seguirei a Deus, minha indescritível alegria” (cf. Jo 15.11). Lembre-se e estude o que Jesus disse sobre negar a si mesmo: “Que o homem negue a si mesmo” (cf. Lc 9.23). Agradar o ego nas pequenas coisas pode fortalecê-lo para sua afirmação nas coisas grandes.

“Minha alma espera somente em Deus”. Deixe que Ele seja toda a sua salvação e todo o seu desejo. Diga continuamente e com um coração íntegro: “Só Ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado” (Sl 62.6). Qualquer que seja sua necessidade espiritual ou temporal, qualquer que seja o desejo ou oração de seu coração, qualquer que seja seu interesse em conexão com a obra de Deus, na igreja, na solidão ou na correria do mundo: “Minha alma espera somente em Deus”. Deixe suas expectativas serem somente Dele. Somente Ele é a sua rocha.

“Minha alma espera somente em Deus”. Nunca se esqueça das duas verdades fundamentais sobre as quais essa abençoada espera descansa. Se você já está inclinado a pensar que essa espera é muito difícil, elas lhe farão lembrar. São elas: sua impotência absoluta e a total suficiência de Deus. Considere profundamente a total pecaminosidade de tudo o que é do ego, e não pense em deixá-lo ter qualquer fala. Considere profundamente a total pecaminosidade de tudo aquilo que é do ego e nunca permita que ele tenha lugar. Entre profundamente em seu relacionamento com a dependência de Deus, para receber a cada momento o que Ele dá. Entre mais fundo ainda em Sua aliança de redenção, com Sua promessa de restaurar mais gloriosamente do que nunca o que você perdeu e, por Seu Filho e por Seu Espírito, dar interiormente Sua presença real e poder divinos. E assim, espere contínua e exclusivamente em seu Deus.

“Minha alma espera somente em Deus”. Nenhuma palavra pode expressar, nem coração algum conceber as riquezas da glória desse mistério do Pai e de Cristo. Nosso Deus, na infinita ternura e onipotência de Seu amor, espera ser vida e alegria para você. Faça com que não seja mais necessário que eu repita as palavras: “Espere em Deus”, mas deixe tudo o que está em você se levantar e cantar: “Verdadeiramente minha alma espera em Deus. Em Ti, espero todo o dia”.

“Minha alma espera somente em Deus.”

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