“Deus é amor” (1Jo 4.16).
O amor de Deus é infinito em sua grandeza. […] Deus e amor são sinônimos sagrados, divinamente e essencialmente o mesmo. Seu amor, portanto, deve participar da infinitude de Seu ser. É um defeito grave na religião de muitos que sua fé lida muito fracamente com a infinitude de Deus. Isso conduz a uma limitação do Santo de Israel. Por nós mesmos sermos seres finitos, todas as nossas idéias e concepções da grandeza de Deus são limitadas pelo finito. Essa “restrição de Jeová” apequena nosso cristianismo pessoal e rouba-Lhe Sua glória divina. Mas Deus é infinito e, portanto, Seu amor por nós é insondável e sem limites. Essa visão de Sua infinita grandeza não é para paralisar, mas para fortalecer nossa fé; não para repelir, mas nos atrair. A própria imensidão de Deus é um dos maiores incentivos para nos aproximarmos Dele. Se Davi fez da grandeza de seu pecado um apelo a Deus pelo perdão divino – “Por amor do Teu nome, Senhor, perdoa a minha iniquidade, pois é grande” (Sl 25.11) –, certamente nós podemos invocar a grandeza do amor de Deus quando pedirmos alguma coisa a Sua mão.
E, apesar de chegarmos, assim, a Sua infinitude, podemos parecer como uma criança que mergulha sua minúscula concha na profundidade do oceano pensando esgotá-lo. No entanto, por menor que possa ser o recipiente que temos, nós devemos sentir que nada menos do que infinito amor pode satisfazer a necessidade profunda e saciar os anseios intensos de nossa alma. Na proporção em que o Espírito Santo nos leva a ver as profundezas de nossas pecaminosidade, pobreza e insignificância, vamos aprender que nada menos do que um Deus de amor, graça e suficiência infinitos poderia atender nossa necessidades.
Não há nada brilhante acima ou abaixo,
de flores que florescem a estrelas que brilham,
mas, na luz delas, minha alma pode ver
alguma característica de Sua divindade.
Não há nada escuro abaixo ou acima,
mas, nessa escuridão, eu vejo os passos de Seu amor,
e, humildemente, espero o momento em que
Seu toque irá tornar tudo claro novamente.
(Thomas Moore)
Pela cruz conhecemos a gravidade do pecado e a grandeza do amor de Deus por nós.
(João Crisóstomo)
(Traduzido por M. Luca. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito.)