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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (240)

Você pode enganar a si mesmo com belos pensamentos sobre amar a Deus, mas é necessário provar seu amor a Deus amando seu irmão. Esse é o único padrão que Deus usará para avaliar seu amor por Ele.

(Andrew Murray)

Deus pode fender rochas, abrir o mar, destrancar os tesouros do ar e retirar o que desejar das reservas da terra. Se Ele ordenar, as aves trarão carne e os peixes, moedas. Ele levanta as ilhas como se fossem poeira; portanto, como é fácil para Ele tomar as cargas que você tem, por maiores que sejam.

(F. B. Meyer)

Nossa fé está senda provada no fogo; e, como o ourives, o cuidado de Deus é pelo ouro, não pelo fogo.

(D. M. Paton)

Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

(1Co 15.19)

O veneno não mata e a comida não nutre, a menos que permaneçam no corpo. Mas, quando os pensamentos de uma pessoa estão impregnados de tristeza, todos os dias e temores amargos penetram em seu coração, ela provavelmente ficará abatida com “um espírito de enfermidade” (Lc 13.11). Nesse caso, ela se torna incapaz de desviar o coração de pensar em seu sofrimento para meditar na promessa renovadora da ressurreição.

(William Gurnall)

Permaneça em Cristo: na fornalha ardente, você verá alguém como o Filho do homem como nunca antes; a remoção das impurezas e o refino do ouro serão efetuados e a semelhança do próprio Cristo será refletida em você.

(Andrew Murray)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (239)

Tenho muito mais medo da frieza e da formalidade daqueles que se dizem cristãos do que das palestras e discursos dos ateus! Uma reunião de oração como aquela do dia de Pentecostes abalaria permanentemente os ateus e agnósticos do mundo inteiro!

(D. L. Moody)

Crente, reivindique pela fé como propriedades suas a morte e a vida de Jesus. Entre na sepultura e descanse do ego e das suas obras – o repouso de Deus. Com Cristo, que entregou Seu espírito nas mãos de Deus, humilhe-se e desça cada dia para aquela perfeita insuficiência própria e para a dependência de Deus. Deus o levantará e o exaltará. Desça cada manhã para a suficiência profunda da sepultura de Jesus; a cada dia a vida de Jesus se manifestará em você.

(Andrew Murray)

Aquele que não crê que a Bíblia é a Palavra de Deus deve ser encorajado a estudá-la. Anteriormente eu também duvidava que fosse a Palavra de Deus, mas hoje a firme confiança que tenho veio mais do estudo da própria Bíblia do que de qualquer outra fonte. Aqueles que duvidam são geralmente os que estudam sobre a Bíblia e não os que investigam e buscam dentro dos próprios ensinamentos da Bíblia.

(R. A. Torrey)

Precisamos entender que a finalidade da oração em secreto não é meramente entregar para Deus uma lista de pedidos. É verdade que “a oração muda as coisas”? Definitivamente, sim; contudo, antes de tudo ela muda as pessoas. No caso de Ana, por exemplo, a oração não apenas removeu seu opróbrio, mas transformou a própria vida: de estéril tornou-se fértil; de espírito em luto, passou a regozijar-se (1Sm 1.10; 2.1). A oração converteu seu “pranto em folguedos” (Sl 30.11).

(Leonard Ravenhill)

Ó Tu que vieste do Alto
Repartir o puro fogo celestial,
Acende uma chama de amor sagrado
No altar indigno do meu coração.

Faze-o queimar ali para a Tua glória
Com brilho inextinguível;
E retornar trêmula para sua origem
Em humilde oração e fervoroso louvor.

(Charles Wesley)

Não extingais o Espírito.

(1Ts 5.19)

Que visão maravilhosa do amor do Espírito, como Autor de oração! Quantas vezes a culpa nos faz andar cabisbaixos, a alma coberta com a vergonhosa sensação de miséria e indignidade! Essa percepção de destituição impede o crente de buscar ajuda, assim como a penúria, os trapos imundos e a repugnância do mendigo o fazem se afastar da porta onde poderia receber alívio. É precisamente nesta hora que o bendito Espírito, com toda a Sua graça e ternura, vem e revela Jesus ao coração como Aquele que preenche tudo e que oferece pleno e livre acesso a Deus e intimidade com Ele.

(Octavius Winslow)

 

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Gotas de orvalho (238)

Quanto mais reverência tivermos pela Palavra de Deus, mais alegria encontraremos nela.

(Matthew Henry)

Se eu der ouvidos à infame fala de um homem orgulhoso, eu poderei, por vezes, imaginar que o pecado não é tão pecaminoso! Mas eu nunca poderei pensar pouco do pecado quando olho para a cruz de Cristo.

(J. C. Ryle)

Não é suficiente ler as Escrituras de modo correto; nós devemos ler as Escrituras de modo obediente.

(Albert Mohler)

A mente carnal não vê Deus em nada, nem mesmo nas coisas espirituais. A mente espiritual vê Deus em tudo, mesmo nas coisas naturais.

(Robert Leighton)

O coração de Cristo, agora no céu, é tão graciosamente afetado com respeito aos pecadores quanto sempre o foi na Terra.

(Thomas Goodwin)

Deus ama perdoar muito mais do que você ama pecar.

(Charles Spurgeon)

Então,
aqueles que temeram ao Senhor
falaram freqüentemente um ao outro;
e o Senhor atentou e ouviu;
e um memorial foi escrito diante Dele,
para os que temeram o Senhor
e para os que se lembraram de Seu nome.
“E eles serão Meus”, diz o Senhor dos Exércitos;
“naquele dia serão para Mim jóias;
poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho que o serve.
Então,
voltareis e vereis a diferença
entre o justo e o ímpio;
entre o que serve a Deus e o que não O serve.

(Ml 3.16-18. Em qual dos dois grupos você viverá em 2020?)

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Notícias

Conferência em Fortaleza

De 17 a 19 de janeiro, o responsável pelo blogue Campos de Boaz estará em Fortaleza (CE), dando uma conferência sobre o tema “A Bíblia como revelação dos atributos de Deus”.

Se você for de Fortaleza ou da região, ou estiver de férias por lá, participe! As informações estão na imagem acima.

Lembre-se de orar por esse evento, a fim de que Deus capacite e use Seus limitados servos e para que a exposição das verdades bíblicas produza fruto abundante no coração dos filhos de Deus.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (237)

Prezado leitor, esse é o último artigo Gotas de orvalho de 2019. Agradecemos ao Senhor por ter-nos capacitado a, durante esse ano, apesar de nossas muitas limitações e fraquezas, manter-nos firmes no propósito de oferecer a Seu povo um pouco de Suas insondáveis riquezas, espalhadas em Seus ricos campos ao longo das eras. Enquanto o Senhor nos der Sua graça, queremos perseverar em fielmente recolher algumas dessas respigas que Seus servos fiéis têm deixado cair para alimentar pobres, necessitados, estrangeiros, viúvas, amargurados, desamparados…

Em nome de toda a equipe do blogue Campos de Boaz, agradeço aos leitores, aos que nos acompanham por meio das redes sociais, aos que conversaram conosco por meio de perguntas e comentários. Que o Senhor abençoe a cada um em sua busca por conhecê-Lo mais e amá-Lo mais!

O testemunho de uma das colaboradoras do blogue sintetiza bem a experiência de outros leitores:

“Conhecer o singelo trabalho do Campos foi de muita edificação para minha vida; porém, quando fui convidada a colaborar, esse trabalho se tornou instrumento para um constante falar de Deus comigo. Por diversas vezes, minhas dúvidas e inquietações, que mal chegavam a ser orações, foram respondidas. Algumas palavras eram como alento a minha alma; outras vezes eu nem queria ouvi-Lo por meio dos artigos, mas, pelo compromisso assumido, fazia as leituras e era cortada por essa Palavra de dois gumes. Sou grata ao Senhor por cooperar com Seu trabalho de oleiro, a Ele que, mediante Sua Palavra, tem moldado a mim e a muitos outros irmãos. Que Ele nos encha de Sua graça para continuarmos.”
(Sileisa)

Outro colaborador fala aos leitores em nome de toda a equipe:

“‘E chamou-lhe Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor’ (1Sm 7.12).
Sem o Senhor, nada podemos fazer. Por mais um ano, por meio de Sua imensa graça, seguida de Sua paciência com nossas imensas limitações, o Senhor nos sustentou. Esperamos que os artigos publicados tenham sido de proveito para nossos queridos irmãos, de todos os que formam Seu tão amado Corpo. Agradecemos pelas orações, que são muito necessárias. Que a graça e a paz do Senhor seja com todos.”
(Rafael)

E até o próximo ano (caso nosso amado Senhor não volte antes)!

Deus nos ama quando não há nada em nós que mereça Seu amor ou para fazer com que Ele nos ame.

(John Owen)

Há um tremendo alívio em saber que o amor de Deus por mim é estabelecido, em cada ponto, sobre um conhecimento prévio do pior sobre mim.

(J. I. Packer)

Por meio da luz da natureza, nós vemos Deus como um Deus acima de nós. Por meio da luz da lei, nós O vemos como um Deus contra nós. Mas, por meio da luz do evangelho, nós O vemos como Emanuel, Deus com nós.

(Matthew Henry [o erro de português da tradução é proposital, com o objetivo de conservar a ênfase do original])

O grande paradoxo ou a suprema ironia da fé cristã é que somos salvos por Deus e para Deus.

(R. C. Sproul)

Para que você pudesse ser salvo, Alguém teve de receber a ira divina em seu lugar, e foi o próprio Deus quem o fez.

(Paul Washer)

A lei descobre a doença; o evangelho dá o remédio.

(Martinho Lutero)

Jesus lhes disse:
“Eu sou o pão da vida;
aquele que vem a Mim
não terá fome,
e quem crê em Mim
nunca terá sede. […]
Todo o que o Pai Me dá virá a Mim;
e o que vem a Mim
de maneira nenhuma o lançarei fora. […]
Ninguém pode vir a Mim
se o Pai que Me enviou o não trouxer;
e Eu o ressuscitarei no último dia.”

(Jo 6.35,37,44)

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Francisco Nunes Sofrimento

Da manjedoura à piscina


“O Senhor Jesus nasceu numa manjedoura!”

Este era o pensamento que consolava meu coração aflito. A sujeira e a escuridão eram angustiantes.

“Senhor, cuida do meu filho!”

Alguns meses antes, eu e minha esposa havíamos visitado o lugar. Instalações novas e modernas, recém-inauguradas, equipamento novo, completo, profissionais jovens e simpáticos, bem dispostos e de cara amiga. Excelente! “Já sabemos onde nosso filho irá nascer!” A maternidade pública próxima de nossa casa era resposta às orações. Sem convênio médico, numa cidade grande e nova, longe de minha irmã médica, era a segurança de que precisávamos. “Graças a Deus!”

– Liga pro Carlos!
Eram 3h da madrugada de 26 de agosto de 1991. As contrações se tornavam cada vez mais próximas uma da outra, a bolsa se rompera. Chegara a hora: Calebe queria nascer!
Carlos, um querido e tranqüilo irmão, morava relativamente perto de nós. Gentilmente havia se prontificado a nos levar para a maternidade. Ele nos acompanhara naquela visita que fizemos ao local.
– Carlos? Desculpe ligar a essa hora… É, o Calebe tá chegando!

Todo o período da gravidez havia sido cercado dos cuidados de Deus por meio de Seus filhos. Eu, minha esposa e dois filhotes viéramos de Porto Alegre para São Paulo há quatro meses. Terceira gravidez, cidade grande, muitas promessas e promessas quebradas (“Não foi isso que tinham nos falado!”), moradia num local de reuniões, sem plano de saúde, distância de tudo e de quase todos: tempo de provação em que a alma lutava para descansar e confiar em Deus.
Mas Ele, em Sua sempre infinita e imerecida bondade, nos cobriu de mimos. Entre os irmãos com quem nos reuníamos havia uma pediatra, uma médica, um dono de farmácia (o Carlos!), um casal sem filhos e dois dentistas, além de muitos outros amados santos. Resultado: compramos apenas uma chupeta para o Calebe.
E, para coroar todo aquele cuidado tão minucioso, a maternidade vizinha e reluzente. A única dor que havia eram as contrações. O coração estava tranqüilo, ansioso apenas para ver o guri que estava chegando.

Carlos chegou.

– Mas como?!
– Senhor, não podemos fazer nada. Todos os leitos estão ocupados e há quatro pacientes esperando vaga antes de sua esposa.
“Mas como? Por quê? Senhor, tava tudo tão certinho?! E meu filho?”

O ambiente era um caos. Pessoas correndo, mulheres e maridos preocupados de um lado para o outro, funcionários dando explicações, pacientes em macas no corredor, unhas sendo roídas, angústia palpável no ar, telefonemas sendo dados para todas as maternidades públicas da cidade, olhares pedindo socorro, os olhos do coração procurando Deus.
– Não tem vaga? Tá ok. Obrigado.
– Sem vagas? Todo mundo resolveu nascer hoje, né?! Então, tá.
– Uma vaga? Segura pra mim. Tô mandando uma paciente.

Carlos foi embora. Precisava trabalhar. Assegurou-nos de que tudo ia ficar bem, ia dar certo, pois Deus estava no controle. Confiei nele meio desconfiando de Deus. Custava ter deixado um leito para minha esposa?

Mais demora, mais hospitais sem vagas, menos tempo entre uma contração e outra. Não havia muito o que dizer! Quão rapidamente o tempo demora a passar em tempos de aflição.

– Duas vagas? Ótimo. Vão duas pacientes: Janisse e Celuta.
Aleluia! Nossa vez. Fim do sofrimento. Olhei aliviado para ela e sua barriga. Lindas.

– Calma, senhor, a ambulância está chegando.

Como um cretino desses ousa me pedir calma? Já faziam quase quatro horas que a bolsa de líquido de minha esposa tinha-se rompido, as contrações aumentando, ela sentada há horas numa recepção de maternidade, essa droga de ambulância não chega, e esse… me pede calma?! É fácil porque não é a esposa ou o filho dele.
O coração me jogava de um lado para o outro. “Tenho de dar um bom testemunho! Meu filho vai morrer. Senhor Jesus, socorro! Que droga de atendimento. Preciso encorajar minha amada…”.

A ambulância. Finalmente! De novo, um pouco de tranqüilidade.
Minha esposa e a outra grávida entraram com uma enfermeira. Prevendo o que poderia acontecer, a enfermeira pediu material para fazer o parto enquanto estivéssemos a caminho. Mas o quê ela faria se as duas crianças resolvessem nascer ao mesmo tempo?

– Maternidade do Brás? Não, não sei onde fica. Mas a gente descobre. Sobe aí, pai.
“Para que serve um motorista destes? Não me faltava mais nada?! Do Butantã para o Brás, e o cara não sabe o caminho?! Senhor!?”

– Acho que é por aqui.
E lá ia ele, como quem saiu para um piquenique com um cumpadre e duas cumadres barrigudas. Feliz, descansado, olhando o Tietê, sem pressa, sem sirene e filosofando.
– Correr? Não, não precisa. O que tem de ser será. Tudo tem seu tempo e só vai acontecer quando chegar a hora.
Seria pecado ou crime jogá-lo para fora e seqüestrar a ambulância com duas grávidas e uma enfermeira?

– Pronto. Chegamos. Não falei?
Bem seguro, ele entrou na rua estreitinha. Não seguiu muito adiante. Deu ré e retomou a viagem. Até hoje os funcionários daquela fábrica se perguntam o que fazia uma ambulância no meio do pátio onde tomavam café da manhã.

– Agora, sim! Taí! Pronto, pai. Chegamos.
Antes que eu fechasse a boca dele com um murro, desci e fui ajudar minha esposa. Levei-a até a recepção. Então, eu vi. “Meu Deus! Meu Deus!”

– Eu não disse? Tudo tem seu tempo. Chegamos na hora que Deus quis.

O hospital lembrava uma casa mal-assombrada. Abandonado, sujo, luzes apagadas. Não havia cadeiras de rodas para as grávidas, não havia papel higiênico nos banheiros cheios de teia de aranha, as macas frias, sem lençol, tinham pêlos e sangue de outras mulheres. Com a mesma lâmina usada sabe-se lá em quem, depilaram as duas novas vítimas que chegaram.

O único pensamento que me vinha ao coração e me trazia algum consolo e esperança era: “O Senhor Jesus nasceu numa manjedoura. E sobreviveu. Não teve infecção. Senhor, guarda meu filho! Por favor!”

Corri para o telefone, liguei para um irmão com quem eu trabalhava, pedi orações, socorro, esperança. Ele convocaria outros para orar. Ao desligar, senti-me sozinho, abandonado, num imenso e horrível açougue. E minha esposa e meu filho…

Lá dentro, a luta prosseguia. Não havia médico, apenas enfermeiras. Parteira. Os funcionários estavam em greve há três meses. O estado não fornecia praticamente nenhum material. As poucas pessoas disponíveis faziam seu melhor em meio à sujeira e falta do essencial.

Sem receber cuidados higiênicos, com o vestido com que viera da rua, minha esposa entrou em trablaho de parto. Sem perguntar-lhe nada, tentaram furar-lhe a bolsa com um objeto pontiagudo qualquer. Foi só o tempo de ela gritar que não precisava – um pouquinho mais e o Calebe terminaria ali. Então, para ajudá-la, fizeram a episiotomia… sem anestesia. A dor do parto impediu-a de sentir mais dor.

“… numa manjedoura. Senhor…”.

“Força!” Dor. Exaustão. Uma vez mais. Quase. Agora… Nasceu! Calebe. Lindo. Com arranhões na cabeça. Forte. Chorando. Vivo. Lágrimas. Carinho. Abraço. Graças a Deus!

– Parabéns, pai. Seu filho nasceu.

O aviso sem emoção me encheu de alegria, risos, lágrimas, gratidão. De joelhos no meu coração, agradeci porque o milagre de sobrevivência à manjedoura havia se repetido.
O Calebe nasceu a primeira vez.

Outra madrugada. Pesadelo. Medo. A pequenez diante das coisas inexplicáveis.
– MÃÃÃÃÃEE!
O mesmo bebê que lhe roubara aquela distante noite de sono precisava de ajuda novamente. A mãe atendeu-lhe o chamado. Ao lado dele, ouve o que o assustara. Abraça-o. Chora com ele. Afaga-o. Protege com seus invencíveis braços de carne frágil. É mãe.

– Mãe, eu quero entregar a minha vida pro Senhor Jesus. Ora comigo?

A luz brilhou nas trevas daquela madrugada. Repetia-se o milagre.
O Calebe nasceu a segunda vez.

Sábado, 26 de novembro de 2005. Ao completar 14 anos, como um presente para si mesmo e para Deus, Calebe foi batizado na piscina da casa de seus melhores amigos. Quanta alegria! Quanto louvor Àquele que tão bem cuidou dele ao longo desse tempo. A grande cicatriz no braço é mais um testemunho do mesmo amor de Deus por ele, cicatriz que não se compara àquelas que seu Senhor carrega por tê-lo salvo.

O frio, o vento que parou no momento adequado, a singeleza da cena, a emoção de quem estava presente – tudo e todos proclamavam a fidelidade Daquele que preserva a vida, da manjedoura à piscina.

(Mogi das Cruzes, 29.11.05. Publicado originalmente em 19.10.07. Revisado e republicado em 24.12.19)

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Encorajamento Sofrimento T. Austin-Sparks

“Nem cheiro de fogo”

Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: “Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.”

Então Nabucodonosor se encheu de furor, e mudou-se o aspecto do seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abednego; falou, e ordenou que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer. E ordenou aos homens mais poderosos, que estavam no seu exército, que atassem a Sadraque, Mesaque e Abednego, para lançá-los na fornalha de fogo ardente. Então estes homens foram atados, vestidos com as suas capas, suas túnicas, e seus chapéus, e demais roupas, e foram lançados dentro da fornalha de fogo ardente. E, porque a palavra do rei era urgente, e a fornalha estava sobremaneira quente, a chama do fogo matou aqueles homens que carregaram a Sadraque, Mesaque, e Abednego. E estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.

Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa; falou, dizendo aos seus conselheiros: “Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados?” Responderam e disseram ao rei: “É verdade, ó rei.” Respondeu, dizendo: “Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus.”

Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: “Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde!” Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo.

E reuniram-se os príncipes, os capitães, os governadores e os conselheiros do rei e, contemplando estes homens, viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os seus corpos; nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles.

(Dn 3.16-27)

Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; ao qual, não O havendo visto, amais; no qual, não O vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso.

(1Pd 1.6-8)

“A prova da vossa fé”. Vamos considerar quatro coisas que são o resultado da prova.

O resultado da prova

1. A autodestruição do inimigo

Quão maravilhosamente superior foi a situação daqueles três homens! Com a proximidade da provação, com a ameaça sobre a cabeça, quão sumamente despreocupada foi sua resposta ao rei! “Não necessitamos de te responder sobre este negócio.” Isso era uma bem estabelecida confiança de coração, o resultado de integridade de vida e de caminhar diante de Deus. A preocupação deles é que, de modo algum, poderiam comprometer seu relacionamento com o Deus Altíssimo. Ameaçaram-nos com a fornalha ardente – eles estavam muito acima disso. E o primeiro efeito de lançarem aqueles três homens na provação justificou a confiança deles, porque os que foram usados pelo inimigo para lançá-los no fogo foram consumidos pelo fogo.

Se nossa vida está corretamente posicionada em relação ao Senhor a quem confessamos e servimos, não precisamos temer o fogo.

Certamente, devemos ser sábios para não convidar o fogo, mas, se no curso de nossa vida e de nosso testemunho, se e quando o fogo vier, não precisamos temê-lo. Os próprios instrumentos que o inimigo usa para levar-nos à situação ardente serão consumidos. Isso é uma palavra muito solene para qualquer um que seja achado criando condições ardentes para os santos. A preocupação dos santos deve ser apenas seu relacionamento com o Senhor.

2. O desatamento das amarras

Outro resultado do fogo é o desatamento das amarras. Você está no fogo? Quer uma boa razão para estar ali? Aqui está uma, que pode se aplicar a você: o fogo é ordenado por Deus com o propósito de desprender você de amarras. Sim, as limitações que as circunstâncias e as condições fora de nós impõem a nós, as frustrações das quais estamos tão conscientes – elas são tratadas com o fogo.

Mas o que dizer das limitações, as amarras, que são particularmente nossas, dentro de nós – as amarras de nossa constituição, as características de nosso temperamento? O mesmo é verdade. Aqui está um Deus amoroso ordenando o fogo e permitindo que o inimigo esquente a fornalha sete vezes mais, com o propósito, no coração de Deus, de desprender-nos das amarras. Oh, isso está acontecendo conosco? Os fogos estão sendo atiçados a uma intensidade tal que nunca pensamos ser possível suportar, e estamos sendo libertados por meio deles? Estamos sendo levados à gloriosa liberdade dos filhos de Deus? Estamos sendo livrados daquelas coisas que tanto arruinaram nossa vida, nosso testemunho, nosso ministério?

Talvez você sinta que não tenha muitas amarras. Bem, alguns de nós têm, e alguns de nós estão satisfeitos que seja isso o que Deus está fazendo no fogo. Há uma libertação no fogo.

3. Comunhão próxima com o Senhor

Outra coisa que aconteceu no fogo é que aqueles três homens se encontraram com Alguém numa comunhão e companhia mais próximas do que eles já houvessem experimentado. Nós conhecemos um pouco sobre isto, não é? No fogo, virmos a um conhecimento [especial] de nosso Senhor. Passamos pela fase do fogo e dizemos:

“Eu nunca teria conhecido o Senhor desta maneira se não fosse pelo fogo. Foi no fogo que eu O encontrei dessa forma. Antes, eu sabia toda a teoria sobre isso, mas eu alcancei a realidade aqui.”

Algumas versões registram que Nabucodonosor disse, em sua ignorância: “O aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses”, mas, no que diz respeito a nós, era o Filho de Deus. Passamos pelo fogo em comunhão com nosso amado Senhor. Bem, o fogo é justificado.

4. A suprema glória: nenhum cheiro de fogo, mas alegria inefável

Mas, para mim, a coroa de tudo isso foi o que se seguiu, e este é o real encargo de meu coração. Eles saíram do fogo, e não havia nem mesmo cheiro de fogo sobre eles. Eu penso que isso é maravilhoso. Sim, maior conhecimento do Senhor; sim, libertação e emancipação; sim, mas nem mesmo o cheiro de queimado! Qual é a interpretação disso? Bem, eu penso que não há dúvida de que um esforço muito grande do adversário na fornalha ardente – se ele não puder nos impedir de sair e não puder consumir-nos no fogo – é, então, deixar as marcas e o cheiro sobre nós para que, nos dias subseqüentes, as pessoas irão associar conosco o tema do sofrimento e da provação. Você vê o que isso faz: atrai atenção para nós, e o diabo não se importa que, por ser a atenção desviada para nós, o Senhor seja ocultado.

Ter cheiro de queimado sobre nós significa que o sofrimento e a provação pelos quais passamos eclipsaram a glória. Sair da provação de fogo de nossa fé sem o cheiro de queimado significa, eu penso, o cumprimento da palavra de Pedro: “Jesus Cristo; ao qual, não O havendo visto, amais; no qual, não O vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso [cheio de glória]” (1Pd 1.8). Isto é o que se segue à palavra concernente à provação em fogo de nossa fé: “gozo inefável e glorioso”.

Aqui está a coroa de um tempo desesperadamente negro, de, talvez, anos de sofrimento, de teste de nossa fé: alegria além do que é possível falar, cheia de glória. O inimigo sempre busca roubar nossa alegria e frustrar o desejo do Senhor de que sejamos irradiadores de Sua glória – e por meio da provação de fogo ele freqüentemente consegue.

Recentemente tive ocasião de ver um irmão que antes da última guerra [a Segunda Guerra Mundial] estava no Continente [na Europa]. Ele havia sido aprisionado por anos em um dos maiores campos de concentração. Sem tentar descrever suas lancinantes experiências em detalhes, é suficiente dizer que, em razão da posição que tomou, por, pelo menos, três vezes ele foi amarrado de cabeça para baixo no galho de uma árvore e espancado até ficar inconsciente. Eu estava interessado em vê-lo e notar quais foram os efeitos do sofrimento sobre ele. A fé daquele homem estava intacta; sua força foi aumentada e a marca proeminente não era o sofrimento, mas a glória. Ele é cheio de alegria. Sim, eu penso que ele conhece alguma coisa sobre a alegria inefável.

A necessidade de vigilância

O inimigo está, agora, fazendo um esforço muito grande para roubar nossa alegria. Se ele não puder nos manter na fornalha, jogará sobre nós algum cheiro de fogo para que, por onde quer que formos, as pessoas digam: “Tadinho! Ele está passando por uma situação terrível. Eu não sei como ele agüenta! Eu não sei o que ele vai fazer!” Você vê o que o cheiro de fogo está fazendo: está atraindo a atenção para nós mesmos.

Eu tenho sido bastante impressionado com quanto júbilo e alegria estão relacionados com a unção. Estamos familiarizados com o pensamento de que a unção traz poder e o exercício da autoridade do Trono, mas lembremos a palavra em Salmos 45.7 citada em Hebreus 1.9: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria mais do que a Teus companheiros”. Aqui está Aquele que se posiciona por Deus supremamente, entregue por um caminho de provação, de sofrimento, à fornalha ardente; sim, mas Esse é proeminente em júbilo e alegria.

Outra vez, o Senhor Jesus toma a profecia concernente a Si mesmo em Isaías 61 e diz: “O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim; porque o Senhor Me ungiu” (v. 1). Olhe para essa profecia e veja quanto júbilo e quanta alegria se seguem à unção: “Glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado” (v. 3). Por causa da grandeza da pressão e da adversidade em que se encontra, você está em perigo de perder a alegria? Você está tão feliz no Senhor agora que está caminhando há algum tempo na estrada como estava quando começou? Sem dúvida, podemos desdenhosamente atribuir a alegria inicial à superficialidade das coisas no começo. “Esses jovens crentes”, nós dizemos, “não sabem o que sofrimento, provação e teste significam. Se eles soubessem, não estariam tão radiantes!” Ah, sim, mas será que não perdemos alguma coisa? Teremos seguido com o Senhor e perdido a alegria do Senhor? Se estamos conscientes de termos perdido alguma coisa dela, devemos adotar atitudes para recuperá-la.

Eu li uma propaganda que foi colocada no jornal: “Procuram-se cristãos – alegres, se possível”. Sim, nós rimos disso, mas evidentemente quem fez o anúncio não pensa que haja muita chance de encontrar alguém assim! Piedade verdadeira e mau humor não andam juntos. Temos de vigiar, pois o inimigo está pronto para roubar-nos e manter o cheiro de fogo sobre nós. Oh, que passemos pelas mais negras experiências e sejamos aqueles que são tão cheios do que ganhamos no fogo que o fogo fica em lugar secundário e que todos que se encontrarem conosco após a provação encontrem-nos “com gozo inefável e glorioso”!

Pode ser que alguns que lêem essas palavras não saibam do que estamos falando, desta “prova de nossa fé”. Tudo o que eu posso dizer a eles é:

“Não se preocupe com isso. Apenas entesoure a Palavra, pois, se você está andando com o Senhor, se você tem alguma fé para ser purificada, Deus irá purificá-la e, de algum modo, em algum dia, de alguma forma, você vai se encontrar no fogo e não terá como escapar. Esta não é a experiência de alguns santos especiais somente. O Senhor está por trás da purificação da fé de todo Seu povo, e você chegará ao dia do fogo. Quando isso acontecer, lembre-se que o Senhor quer que estas coisas [alegria inefável e cheia de glória e fé purificada] resultem disso. Não fique tão preocupado com o inimigo; ele não está no comando de nada. Em sua fúria e malícia, em seu ódio ele está fazendo certas coisas, mas Deus as está tornando em algo importante e as usando para aperfeiçoar aquilo que diz respeito a Ele e a nós, a fim de levar-nos ao fim que Ele deseja, que é Sua glória em nós.”

(Publicado pela primeira vez em 24.12.2013.)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (236)

Quando eu entendo que tudo o que acontece comigo é para me fazer mais como Cristo, isso resolve muito da ansiedade.

(A. W. Tozer)

Quanto menos lemos a Palavra de Deus, menos desejamos lê-la, e, quanto menos oramos, menos desejamos orar.

(George Müller)

No momento em que você começa a questionar a autoridade do Antigo Testamento, você está, necessariamente, questionando a autoridade do próprio Filho de Deus, e estará se metendo em problemas e dificuldades sem fim. […] Você precisa ser muito cuidadoso, portanto, com o que diz a respeito das Escrituras.

(Martyn Lloyd-Jones)

O pecado faz você estúpido. Você fará as coisas mais irracionais e ilógicas quando o pecado capturar sua mente.

(Steven Lawson)

Nós privamos os homens de uma visão mais grandiosa de Deus porque não lhes damos uma visão mais baixa de si mesmos.

(Paul Washer)

Não, eu não encontrei Cristo. Eu estava cego. Foi Cristo quem me encontrou e abriu meus olhos. Quem estava perdido era eu, não Ele.

(Ashbel Green Simonton)

Cristo padeceu por nós,
deixando-nos o exemplo,
para que sigais as Suas pisadas.
O qual não cometeu pecado,
nem na Sua boca se achou engano.
O qual, quando O injuriavam,
não injuriava,
e quando padecia
não ameaçava,
mas entregava-se Àquele que julga justamente;
levando Ele mesmo em Seu corpo
os nossos pecados sobre o madeiro,
para que, mortos para os pecados,
pudéssemos viver para a justiça;
e pelas Suas feridas fostes sarados.
Porque éreis como ovelhas desgarradas;
mas agora tendes voltado
ao Pastor e Bispo da vossa alma.

(1Pd 2.21b-25)

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Gotas de orvalho (235)

Você pode confiar em um Deus soberano que sangra por você.

(D. A. Carson)

Em nenhum momento Deus mostrou mais claramente o inviolável e absoluto caráter de Sua santa lei além daquele em que colocou Seu próprio Filho sob ela.

(Martin Lloyd-Jones)

Se o Senhor está conosco, não temos o que temer. Seus olhos estão sobre nós, Seus braços estão ao redor de nós, Seus ouvidos estão abertos para nossa oração ― Sua graça é suficiente, Sua promessa é imutável.

(John Newton)

Assim está escrito
e assim convinha
que o Cristo
padecesse
e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos
e em Seu nome se pregasse
o arrependimento e
a remissão dos pecados.

(Lc 24.46,47)

Se revelações particulares concordam com a Escritura, elas são inúteis; e se elas discordam, são falsas.

(John Owen)

Se você se vê como um pequeno pecador, você irá, inevitavelmente, ver a Jesus como um pequeno Salvador.

(Martinho Lutero)

Nenhuma doutrina é mais excelente ou necessária de ser pregada e estudada do que Jesus Cristo, e este crucificado.

(John Flavel)

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Gotas de orvalho (234)

Não há situação tão desesperadora que impossibilite a invasão da glória de Deus; não há situação que possa excluir Deus e ser impossível demais para uma nova manifestação de Sua glória.

(T. Austin-Sparks)

Nosso Salvador ascendido tem o cetro do império universal em Sua mão imperial! Ele está em Seu trono glorioso, controlando todos os assuntos deste mundo, dirigindo todos os eventos da vida do crente e não permitindo que nenhuma provação venha a Seu povo comprado pelo sangue, exceto quando ela executa o Seu próprio projeto amoroso. A sabedoria infinita dirige cada passo do cristão que sofre, e o amor imutável está presente em toda tristeza! O amor de Jesus é tão profundo e terno que assegura Sua presença constante a cada passo de nossa jornada por este mundo hostil. “Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mt 28.20).

(J. H. Brookes)

O Senhor
é Deus zeloso e vingador;
o Senhor
é vingador e cheio de furor;
o Senhor
toma vingança contra os Seus adversários
e guarda a ira contra os Seus inimigos.
O Senhor
é tardio em irar-se,
mas grande em poder
e ao culpado não tem por inocente […]
O Senhor
é bom;
Ele serve de fortaleza no dia da angústia
e conhece os que confiam Nele.

(Na 1.2,3,7)

A fé é para a alma o que a vida é para o corpo. Oração é para a fé o que a respiração é para o corpo. Como uma pessoa pode viver e não respirar está além da minha compreensão, e como uma pessoa pode crer e não orar também está além da minha compreensão.

(J. C. Ryle)

O objetivo da vida cristã não é evitar problemas, decepções, tristezas e ferimentos, mas, em todas essas experiências, manter-se livre de pecados e de manchas.

(J. R. Miller)

Oh, agradeça ao Senhor, cristão, porque Ele não tratou com você segundo seus pecados, nem recompensou você de acordo com suas iniqüidades! Ele perdoou seus pecados, justificou sua alma, renovou sua natureza e lhe deu a posse da vida eterna! Ele, assim, impediu sua ruína eterna, suportou suas falhas e loucuras, supriu todas as suas necessidades, guiou seus passos e prometeu conduzi-lo à glória! A misericórdia do Senhor sempre foi grande em relação a você!
“Louvai ao Senhor, porque Ele é bom, porque a Sua benignidade dura para sempre” (Sl 107.1).

(James Smith)

A graça de Deus exaltará uma pessoa sem inflá-la e humilhará uma pessoa sem degradá-la.

(Adrian Rogers)

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Bíblia Comunhão com Deus Francisco Nunes

Leitura da Bíblia em 2020

Graça e paz, prezado leitor!

Um novo ano é sempre um bom momento para (re)começarmos a leitura da Bíblia. Sabemos dos imensos desafios que a vida moderna nos impõe até mesmo (ou principalmente) com respeito às disciplinas espirituais: comunhão com o Senhor, oração, leitura devocional e estudo das Escrituras, meditação, etc. Todas essas práticas vitais demandam tremendo esforço, organização e sacrifício para que as pratiquemos com regularidade, com profundidade, com paz, com realidade. Mas devemos insistir, pedindo a graça e o poder do Senhor. Não há outro meio de sermos cristãos maduros e bem firmados na verdade sem um contato constante, sério, profundo e intencional com o Livro Antigo. Como disse A. W. Tozer:

Nunca vi um cristão útil que não seja estudante da Bíblia. Não existem atalhos para a santidade.

Visando ajudar os leitores nessa tarefa tão vital, apresentamos – com antecedência, para que seja possível escolher – algumas sugestões de planos de leitura da Bíblia. Escolha o que for mais adequado a você e use-o com dedicação, diariamente.

Planos de leitura da Bíblia

Abaixo, apresentamos de modo sucinto cada um dos planos sugeridos. Para baixá-lo, basta clicar no nome.

O plano cronológico sugere a leitura dos livros da Bíblia, não na ordem em que se encontram, mas aproximadamente pela sequência dos fatos registrados. Bom para ter-se uma idéia mais histórica do relato bíblico.

O calendário McCheyne apresenta o plano de leitura idealizado por Robert McCheyne, no qual há uma leitura individual e uma leitura em família. (É a principal indicação de nosso editor que, há alguns anos, desenvolveu uma Bíblia que traz essas leituras para cada dia do ano. Chama-se Bíblia Devocional Robert McCheyne. Infelizmente, parece que ela não é mais publicada.) Nesse plano, o Antigo Testamento será lido uma vez e o Novo Testamento e Salmos serão lidos duas vezes.

Há o plano McCheyne adaptado, que exclui uma das leituras diárias do plano anterior, e uma versão dele feita para ser impressa em frente e verso e ser colocada dentro da Bíblia.

Há um plano para ler a Bíblia toda em três meses e um para ler apenas o Novo Testamento, Salmos e Provérbios. Há plano para novos convertidos e para crianças. Há um plano em que os livros da Bíblia são lidos de modo alternado ou misturados, com a leitura de três porções diárias. Há um plano que considera os meses tendo 25 dias, para que haja tempo para meditação e para repôr alguma leitura.

Há dois planos em formato de planilha (Plano 1 e Plano 2), para uso no computador, que permitem acompanhar o progresso (é preciso habilitar as macros).

Há duas versões (elas só têm diferenças na apresentação visual) para a leitura capa a capa, de Gênesis 1 a Apocalipse 22: Capa 1 e Capa 2.

Por fim, há um quadro com todos os livros da Bíblia, com seu número de capítulos, para que você marque seu progresso na leitura, seguindo o método que preferir. No início do arquivo, há algumas orientações sobre como ter mais proveito da leitura do Livro Antigo.

Independentemente do método escolhido, o fundamental é o contato diário com a Palavra de Deus. Para isso, com certeza será preciso (re)organizar a vida, estabelecer horários a fim de ser possível separar um tempo a cada dia para estar a sós com Deus e com Seu Livro.

Não há vida cristã sem a Palavra de Deus. Não há maturidade cristã sem contato constante e sério com a Sagrada Escritura. Não é possível conhecer de fato a Deus à parte da Santa Palavra. Não é possível conhecer a vontade de Deus sem buscá-la no Livro Antigo. Não é possível viver de modo agradável a Deus sem submeter-se ao Sagrado Livro. Não é possível ter uma fé robusta sem alimentá-la com o Santo Texto. Ninguém se volta para Deus sem voltar-se para Sua Palavra. Ninguém ama a Deus sem amar Seu Livro.

Leia a Bíblia na presença do Senhor, na dependência de Seu Espírito, sob a operação da cruz, com santo temor, com coração humilde, com santa expectativa, com alegria, com amor, com desejo de que Deus fale por meio dela. Já disse alguém: “Você quer ouvir Deus falar? Leia a Bíblia. Quer ouvir Deus falar com voz audível? Leia a Bíblia em voz alta!”

A equipe do Campos de Boaz deseja que o Senhor abençoe você a cada dia do novo ano por meio de Sua Palavra.

Divulgue também para outros irmãos.

(Atualizado e corrigido em 24.mar.2020)

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Gotas de orvalho (233)

Um dos grandes erros que muitos cristãos e jovens cristãos cometem é tentar fazer com que o mundo os entenda. Isso não pode ser feito! Se você baixa seu padrão para que eles o compreendam e o aceitem como um deles, você está jogando fora a própria verdade e realidade de sua vida cristã.

(T. Austin-Sparks)

“Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm 5.6).
Cristo não morreu para fazer Deus nos amar, mas porque Ele amava Seu povo. A cruz cruel é a suprema demonstração do amor divino. Leitor cristão, sempre que você estiver tentado a duvidar do amor de Deus por você, volte ao Calvário!
“Deus prova Seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (v. 8).

(Arthur Pink)

Justiça é Deus nos dando o que merecemos.
Misericórdia é Deus não nos dando o que merecemos.
Graça é Deus nos dando o que não merecemos.

(Adrian Rogers)

Com Davi, aprenda a agradecer por tudo. Cada sulco no Livro dos Salmos é semeado com as sementes de ações de graças.

(Jeremy Taylor)

Nada do que fazemos na vida cristã é mais difícil que a oração.

(Martin Lloyd-Jones)

Nada distingue o filho de Deus de forma tão clara e incisiva quanto a oração.

(E.M. Bounds)

Cristo padeceu por nós,
deixando-nos o exemplo,
para que sigais as Suas pisadas.
O qual não cometeu pecado,
nem na Sua boca se achou engano.
O qual, quando O injuriavam,
não injuriava,
e quando padecia
não ameaçava,
mas entregava-se Àquele que julga justamente;
levando Ele mesmo em Seu corpo
os nossos pecados sobre o madeiro,
para que,
mortos para os pecados,
pudéssemos viver para a justiça;
e pelas Suas feridas fostes sarados.
Porque éreis como ovelhas desgarradas;
mas agora tendes voltado
ao Pastor e Bispo da vossa Alma.

(1Pd 2.21b-25)

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