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Citações Corrie Ten Boom Elizabeth Elliot Gotas de orvalho Grãos de cevada John Piper John Wesley Osvald Chambers Paul Washer

Grãos de cevada (28)

Meu pai se sentou na beira da cama estreita. “Corrie”, ele começou gentilmente, “quando você e eu formos para Amsterdã, quando eu te dou sua passagem?” Eu funguei algumas vezes, considerando isso. “Ora, pouco antes de entrarmos no trem.” “Exatamente. E nosso sábio Pai do céu sabe quando vamos precisar das coisas também. Não corra na frente Dele, Corrie. Quando chegar a hora em que alguns de nós terão que morrer, você vai olhar para o seu coração e encontrar a força que você precisa na hora certa.

(Corrie Ten Boom)

Se você não consegue ver o sol, ficará impressionado com um poste de luz. Se você nunca sentiu trovões e relâmpagos, ficará impressionado com os fogos de artifício. E se você virar as costas para a grandeza e majestade de Deus, você se apaixonará por um mundo de sombras e prazeres efêmeros.

(John Piper)

Evite atividades triviais. Você é um filho de Deus, destinado à glória e chamado para fazer grandes coisas em Seu Nome. Não desperdice sua vida com hobbies, esportes e outras atividades recreativas. […] Use o tempo de sua juventude para desenvolver o caráter e as habilidades necessárias para ser um servo útil de Deus.

(Paul David Washer)

O trabalho é uma bênção. Deus organizou o mundo de maneira que o trabalho é necessário, e Ele nos dá mãos e força para fazê-lo. O gozo do lazer não seria nada se tivéssemos apenas lazer. É a alegria do trabalho bem executado que nos permite desfrutar do descanso, assim como são as experiências da fome e da sede que tornam o alimento e a bebida tão prazerosos.

(Elisabeth Elliot)

Todos nós somos mal ensinados se buscarmos resultados apenas nas coisas terrenas quando oramos. Um santo que ora causa muito mais estragos entre as forças invisíveis das trevas do que temos a menor noção.

(Oswald Chambers)

Quando um homem se torna cristão, ele se torna trabalhador, confiável e próspero. Agora, se aquele homem, quando ele consegue tudo que pode e salva tudo que pode, não dá tudo que pode, eu tenho mais esperança para Judas Iscariotes do que para aquele homem!

(John Wesley)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (261)

As Escrituras de Deus são meu único fundamento e a única substância em todos os assuntos de peso e importantes.

(John Knox)

A salvação é o supremo impossível humano, mas a Deus tudo é possível!

(Sören Kierkgaard)

Há somente uma porta, uma ponte, uma escada entre terra e céu: o crucificado Filho de Deus.

(J. C. Ryle)

Toda a Bíblia foi dada para este fim: que você tanto creia em sua doutrina quanto viva na doçura dela.

(John Bunyan)

Ressurreição é algo feito por Deus. Um homem morto não pode ressuscitar a si mesmo.

(R. C. Sproul)

O preço de diluir a ira de Deus é diminuir a santidade de Deus.

(D. A. Carson)

Porque há um só Deus,
e um só Mediador entre Deus e os homens:
Jesus Cristo homem.

(I Tm 2.5)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (241)

Cuidado para não dar aos servos de Cristo a honra que a ninguém é devida além de Cristo. Cuidado para não dar a ordenanças a honra devida ao Senhor. Cuidado para não descansar o fardo de sua alma em coisa alguma a não ser em Cristo, e em Cristo exclusivamente. Cuidado para não ter uma fé que seja inútil e que não pode salvar.

(J. C. Ryle)

O orgulho espiritual tende a falar dos pecados de outras pessoas com amargura ou com riso e leviandade e certo ar de desprezo. Mas a pura humildade cristã tende a estar calada sobre esses problemas ou a falar deles com aflição e compaixão.

(Jonathan Edwards)

Não se preocupe com aquilo que não entendes em tua Bíblia. Preocupe-se com aquilo que entendes e não praticas.

(Corrie Ten Boom)

Apresente Cristo ao mundo como Ele é, por meio de seu comportamento em relação a Ele. Ele é totalmente desejável? Deixe todo o mundo ver e saber que Ele o é, mediante seu deleite Nele e sua comunhão com Ele, por meio de seu entusiasmo por Ele e pela prontidão em separar-se de qualquer outra coisa desejável por causa Dele.

(John Flavel)

Não há outra forma de viver a vida cristã a não ser mediante uma contínua morte para o eu.

(François Fenelon)

Muitas pessoas que parecem arrepender-se são como marinheiros que lançam ao mar seus pertences em uma tempestade, ansiando novamente por eles quando chega a bonança.

(Anônimo)

O que encobre as suas transgressões nunca prosperará,
mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.

(Pv 28.13)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (137)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Como John Owen observou, alguns dos mais horrendos pecados cometidos por alguns dos mais santos na história foram praticados não em período de adversidade, mas de prosperidade. Pior que isso: aqueles pecados foram cometidos depois de anos de fidelidade em meio a adversidades, sofrimentos e perseguições num grau que não podemos começar a relatar. Homens como Davi, Noé e Ezequias pecaram mais gravemente em períodos de prosperidade.

(C. J. Mahaney)

Todos os dias podemos ver algumas coisas novas em Cristo. O rio de Seu amor não tem margem nem fundo.

(Samuel Rutherford)

Cristo levou nossa natureza para o Céu para nos representar, e deixou-nos na Terra com Sua natureza para representá-Lo.

(John Newton)

Cristo é nosso melhor amigo e logo será o nosso único amigo. Peço a Deus, com todo o meu coração, que eu me fatigue de tudo, exceto da conversa e da comunhão com Ele.

(John Owen)

A revelação de Cristo merece os mais solenes pensamentos, as melhores de nossas meditações e nossa maior diligência nelas. Que melhor preparo pode haver [para nosso futuro gozo da glória de Cristo] do que a contemplação prévia e constante dessa glória, na revelação feita no evangelho?

(John Owen)

A maior intimidade do cristão com Deus ocorre quando os pensamentos do Senhor substituem os nossos e, então, moldamos nosso comportamento de acordo com a mente de Cristo.

(John MacArthur)

Muito mais que as torturantes dores
torturava-O a divina sede que tinha,
desejando e anelando a alma dos homens;
Amado Senhor, e uma delas era a minha.

(Autor desconhecido)

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Cristo D. M. Panton Trindade divina

A grandeza de Jesus

“O que você pensa de Cristo?”

Nenhuma pergunta é mais fundamental, mais crítica ou mais persistente, nenhuma pode ser feita que seja mais carregada com irrevogável destino. O que pensam os homens? O ateu absolutamente não pensa sobre Ele; pois, como não há Deus, não pode haver Filho de Deus. O mundano, entregue ao prazer e ao amor ao dinheiro, é cuidadoso em não pensar sobre Ele, pois pensar sobre Cristo é pensar sobre santidade. O unitariano[1] pensa que Ele é o mais nobre de todos os homens, um revelador – ou o revelador – de Deus, mas somente um homem. O seguidor do swedenborgianismo[2] pensa que Ele é Deus, a única Pessoa na Divindade, e agora de modo nenhum um homem. O ariano [3](tal como os auroristas, membros da Aurora do Milênio, agora chamados Testemunhas de Jeová) pensa que Ele é um deus criado, um arcanjo poderoso e divino, que veio ao mundo. O gnóstico[4] (tal como o Novo Teólogo[5], o cientista cristão[6] e o teosofista[7]) pensa em Jesus como o filho de José, mas peculiar e misticamente habitado pelo Cristo. O maometano pensa que Ele é um profeta real, mas inferior a Maomé. Os judeus pensaram que Ele era o filho de um carpinteiro, e os fariseus pensaram que Ele era um endemoninhado. O cristão – e apenas o cristão – vê Nele o homem Jesus Cristo, nascido de uma mulher, “o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente” (Rm 9.5)

Abraão

Ninguém em toda vida de Cristo duvidou que Ele fosse um homem. Aqueles que O viram e ouviram, e até mesmo tocaram Nele (Lc 24.39; Jo 1.1) nunca duvidaram, e não podiam duvidar de Sua humanidade – isso foi deixado à invenção de uma era posterior. Mas que posição Ele tomou entre os homens? Essa era a pergunta, e ela começou com Abraão. Abraão despontava incomparavelmente como a maior figura no horizonte de Israel: ele era a personificação das promessas, o pai de toda fé, o amigo de Deus. “És Tu maior do que o nosso pai Abraão?”, os judeus perguntaram a Ele. “Quem Te fazes Tu ser?” (Jo 8.53). A franqueza e a intensidade do desafio provocaram uma declaração tão surpreendente como nosso Senhor mesmo nunca havia dado de Si mesmo: “Antes que Abraão existisse” – antes que houvesse um Abraão – “Eu sou”. O maior dos patriarcas era apenas uma estrela no amanhecer, engolida e perdida no dia que ele previu, pois EU SOU é o tremendo título da Deidade. Então, quão maior? Tão maior quanto Jeová é daquele que é amigo de Jeová.

Jacó

“És Tu maior”, novamente Jesus é desafiado, “do que o nosso pai Jacó?” (4.12). Jacó, aquele que lutou com o Anjo de Jeová, foi “um príncipe com Deus” – que título! Jesus respondeu: “Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva” (v. 10). Jacó cavou o poço e deu água terrena; Jesus diz que Ele dá água diretamente da mão de Deus aos lábios da alma. Então, quão maior? Tão maior quanto é a água viva do que a terrena, tão maior quanto é o Doador de uma do que o doador da outra.

Salomão

Salomão, no esplendor exterior, foi incomparavelmente o maior dos reis e dotado com um dom de sabedoria possivelmente nunca superado. “E era ele ainda mais sábio do que todos os homens […] e correu o seu nome por todas as nações em redor” (1Rs 4.31), pois era uma iluminação sobrenatural e abraçou toda natureza (v. 33). “És Tu, ó Senhor, maior que Salomão?” Ouça Jesus: “A rainha do sul se levantará no juízo com os homens desta geração e os condenará, pois até dos confins da terra veio ouvir a sabedoria de Salomão; e eis aqui está quem é maior do que Salomão.” (Lc 11.31). Jesus é o Logos divino (Jo 1.1). Então, quão maior? Tão maior quanto é o Doador da sabedoria maior do que a sabedoria que Ele dá.

Jonas

Passemos aos profetas. Talvez nenhum milagre maior (além do Dilúvio) se sobressai no Antigo Testamento do que a descida de Jonas ao seol (inferno, Jn 2.2), um homem que literalmente voltou do lugar dos mortos. “És Tu, ó Senhor, maior do que Jonas?” Jesus responde: “Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração e a condenarão, pois se converteram com a pregação de Jonas; e eis aqui está quem é maior do que Jonas” (Lc 11.32). Jonas ressurgiu da morte, mas ele não estava morto. Jesus esteve morto; contudo, venceu a morte. Então, quão maior? Tão maior quanto a ressurreição é maior do que a vida natural.

O templo

Os sacerdotes permanecem. Um ponto da terra sozinho mantém a manifestação local de Deus, um santo dos santos consagrado à Deidade, um sagrado mantém o único sacerdócio divino em todo o mundo. Jesus era maior do que Salomão, o construtor do templo; Ele era maior do que o templo? Novamente Ele responde: “Eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo” (Mt 12.6); “porque Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). Deus estava mais em Cristo do que esteve no templo, o corpo consagrado à Divindade como nenhum templo jamais pode – Ele foi mais santo do que o santo dos santos. Então, quão maior? Tão maior quanto o filho é maior do que a casa em que seu pai habita.

Os anjos

Posição sobre posição elevam-se as hierarquias do Céu: tronos, domínios, principados, potestades. “És Tu, ó Senhor, maior lá?” Ouça o testemunho do Altíssimo. “Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles” (Hb 1.4). “E” – agora ouça a voz de Deus – “quanto aos anjos, diz: Faz dos Seus anjos” – anjos são feitos – “espíritos, e de Seus ministros, labareda de fogo. Mas, do Filho, diz: Ó Deus” – incriado, da eternidade –, “o Teu trono subsiste pelos séculos dos séculos” (vv. 7,8). Então, quão maior? Tão maior quanto o Criador é maior do que a criatura, tão maior é Cristo do que todos os tronos, domínios, principados e potestades que circundam o trono de Deus. “Do Filho, [Ele] diz: Ó Deus”!


[1] Defensor do unitarismo (ou unitarianismo), corrente teológica que afirma a unidade absoluta de Deus. Os unitários não devem ser confundidos com os unicistas. Os primeiros entendem que Deus é um e único, o Pai de Jesus Cristo, e negam que o Espírito Santo seja uma Pessoa divina, considerando-O apenas como a mente de Deus; os unicistas, por sua vez, entendem que o Pai, o Filho e o Espírito são apenas manifestações diferentes do mesmo Deus. Ambos grupos negam a Trindade divina. (N. do R.)

[2] Doutrina criada por Emanuel Swedenborg (1688–1772) e também chamada de Igreja Nova. Afirmando ter recebido uma nova revelação de Jesus Cristo por meio de contínuas visões celestiais, sustenta que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três elementos essenciais de um Deus, como frações de um inteiro, nenhum deles sendo totalmente Deus. (N. do R.)

[3] Defensor do arianismo, doutrina de Ário, padre cristão de Alexandria (Egito), que afirmava ser Cristo a essência intermediária entre a divindade e a humanidade, negando-lhe o caráter divino e, portanto, rejeitando a Trindade divina. (N. do R.)

[4] Crê que, do Deus original, que não se pode conhecer, uma série de divindades menores tinham sido geradas, entre elas um Deus mau, criador do Universo e identificado com o Deus do Antigo Testamento, e que Cristo, o espírito divino, habitou o corpo do homem Jesus, mas não morreu na cruz. (N. do R.)

[5] Título dado a Simão (ou Simeão), o último dos três santos da Igreja Ortodoxa que teve o título de Teólogo (os outros dois são João, o Apóstolo, e Gregório de Nazianzo). Escreveu que os seres humanos podem e devem experimentar Deus diretamente (a chamada theoria). (N. do R.)

[6] A Ciência Cristã foi fundada por Mary Baker Eddy (1821–1910). Essa seita ensina que um Deus impessoal é Pai-Mãe de todos e que Jesus é apenas uma idéia espiritual ou verdadeira de Deus. (N. do R.)

[7] A teosofia é “um corpo de ensinamentos misteriosos revelados somente a poucas pessoas mais avançadas”. Declara que já houve cinco cristos, ou seja, cinco encarnações do Supremo Mestre do Mundo: Buda, Hermes, Zoroastro, Orfeu e Jesus. Segundo ela, Cristo usou o corpo de Jesus; assim, Jesus não é o único Filho de Deus, o Deus-homem, mas uma das muitas manifestações ou aparições de Deus. (N. do R.)

(Fonte da imagem)

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Amor a Deus George Mattheson

A nova luz e a antiga paz (George Mattheson)

A chegada de nova luz é sempre a quebra da antiga paz. Sempre falamos em ficar cansados das coisas. Quando isso acontece, você pode estar certo de que é porque uma coisa nova chegou. Não é a inconstância que torna uma criança cansada de seu brinquedo, mas é a visão de algo mais elevado. Toda a inquietação nasce de uma visão mais nítida.

Eu não tenho dúvida de que, para João, Patmos era absolutamente suportável até que ele divisou a Nova Jerusalém. Quando ele contemplou um mar de vidro, começou a desejar que não houvesse mais um mar de água; mas antes daquela ocasião ele provavelmente estava bem satisfeito com a água.

Quão pequenas e apertadas podem lhe parecer as ruas de sua cidade quando você volta da grande metrópole. Antes de sua ida elas pareciam esplêndidas, amplas e espaçosas; mas um minuto de Londres é o suficiente para colocá-las na sombra. Assim acontece com a cidade de Cristo: ela me inutiliza para tudo o mais. No momento em que descanso meus olhos nela, não posso pousá-los em nada mais. Ela transforma meus palácios em choupanas; ela abate minhas montanhas. As coisas que para mim eram ganho considero como perda na presença de tão excelente glória. Eu posso até mesmo ser mais facilmente entristecido que antes; mas, por amor a Deus devo aceitar isso.

A inquietação de um homem é proporcional a seu padrão. Aquele que nada conhece das profundezas tranqüilas de Deus pode estar contente com o balançar das ondas; mas o homem que contemplou o mar de vidro não deseja outro mar, e almejará ardentemente pelo tempo em que não mais haverá tempestade.

Esta, ó Filho do Homem é a cruz que Tu me trazes.
Não posso fugir dessa cruz.
Não posso contemplar a Ti, sem ficar desencantado com o mundo.
Antes de Tua vinda eu estava em paz.
Tudo era perfeito para mim.
Eu dizia: “É bom estar aqui; deixe-me construir meu tabernáculo neste lugar”.
Mas, com Tua vinda, a nuvem baixou.
Tudo o que era meu ficou coberto pela sombra irremediável.
Meus cômodos amplos pareceram pequenos;
meu ouro escureceu;
minhas canções deixaram de me inspirar;
faltou algo em meus livros;
meus divertimentos me deixaram sedento;
minhas ambições foram mais frustrantes onde mais plenamente se realizaram.

Deveria eu estar sem minha cruz? Absolutamente.
Considero os dias passados melhores do que estes? Sim; como um bruto avalia o que é melhor.
Eles não tinham sombra porque não tinham luz.
Tu trouxeste as sombras porque trouxeste a luz.
Tu revelaste a mortalidade por meio da imortalidade.
Tu me mostraste a noite fazendo-me ver o dia.
Tu me ensinaste o silêncio pela música.
Tu me instruíste quanto ao espinho pelo desabrochar da rosa.
Tu me fizeste conhecer o defeito pela visão de Tua formosura.
Tu, por Tua vida, me tens ensinado o que é estar morto.
Tu me deste uma visão da terra mediante os portões do céu.
É o esplendor da Tua vinda que tem consumido meus insignificantes raios luminosos;
minha espada foi vencida por Tua paz.

(Fonte: livro Thoughts for life´s Journey [Pensamentos para a jornada da vida])

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Octavius Winslow

É completamente impossível! (Octavius Winslow)

Tem sido o claro objetivo e o desejo sincero de meu ministério: fazer o Salvador ser conhecido e amado no coração de vocês.

Oh, quão digno Ele é…

de seus mais exaltados conceitos,
de sua mais implícita confiança,
de seu serviço mais abnegado,
de seu mais fervoroso amor!

Quando Ele não poderia lhes dar mais nada – e as profundezas insondáveis de Seu amor e as vastas fontes de Sua graça não seriam satisfeitos por dar-lhes menos –, Ele se deu a vocês!

Despojado na natureza de vocês,
oprimido com suas tristezas,
carregado com sua maldição,
ferido por suas transgressões
e assassinado por seus pecados,
Ele se deu inteiramente por vocês!

A obra redentora agora terminada – Ele está perpetuamente comprometido em encontrar bênçãos para Seu povo, dos tesouros inesgotáveis de Seu amor! Ele constantemente corteja sua afeição, solicita sua aflição, e lhe manda vir com suas provas diárias à simpatia Dele e com sua culpa de todo momento ao sangue Dele. Você não pode, em seus saques da plenitude de Cristo, ser tão sovina; nem, em suas expectações de suprimento, ser tão extravagante! Você pode falhar, como a maioria de nós!, em considerar Cristo menos do que Ele é, mas não pode falhar em considerá-Lo mais!

É completamente impossível conhecer Cristo e não se tornar inspirado com um desejo de…

amá-Lo supremamente,
servi-Lo devotadamente,
parecer-se intimamente com Ele,
glorificá-Lo fielmente aqui e
desfrutá-Lo plenamente daqui por diante!


(Traduzido por Tathyane Faoth. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Cristo T. Austin-Sparks

Cristo – tudo e em todos (Theodore Austin-Sparks)

“Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia” (Cl 1.18).
“No qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos” (Cl 3.11).

Muito tem sido feito nos últimos dias para trazer as grandes magnitudes do universo à compreensão do homem e da mulher comuns. Isso significa que muitas pessoas estão interessadas na explicação do universo e, sem dúvida alguma, do curso desta Terra e da criação e história do homem; mas cremos ter a resposta final e positiva para esta investigação. Para nós há somente uma definida e conclusiva explicação do universo, e esta explicação é uma Pessoa – o Senhor Jesus Cristo, com tudo que é eternamente relacionado a Ele. Não importa quanto leiamos e estudemos, nunca teremos a explicação do universo, no todo ou em parte, até que venhamos a enxergar o lugar do Senhor Jesus no eterno propósito de Deus. As simples, contudo abrangentes, palavras “Cristo é tudo em todos” resumem toda a matéria desde a eternidade, ao longo de todos os estágios de tempo, até a eternidade.

Primeiramente, então, vemos que “Cristo é tudo em todos” significa:

1. A explicação da própria criação

Esta carta aos colossenses faz esta mesma declaração em outras palavras. Ela nos diz que “pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste” (1.16,17). Esta é uma declaração abrangente, e claramente mostra que Cristo como tudo em todos é a explicação de toda a criação. Por que foram todas as coisas criadas? Por que Deus por meio Dele trouxe o universo à existência? Por que este grande sistema universal existe e se mantém? Qual é a explicação do mundo? A resposta é: para que Cristo possa ser tudo e em todos.

A intenção no coração de Deus ao ter trazido este universo à existência era que, ao final, toda a criação apresentasse a glória e a supremacia de Seu Filho, Jesus Cristo. E este específico pequeno fragmento “e nele tudo subsiste” diz muito claramente que, se não fosse o Senhor Jesus Cristo, o universo inteiro se desintegraria, desmembrar-se-ia; ele estaria sem seu fator unificador; ele cessaria de ter uma razão para ser mantido como uma completa e concreta unidade. Seu subsistir, sua falha em se desintegrar e acabar é por causa disto: Deus tem determinado que o Senhor Jesus será o centro – o centro governante – deste universo inteiro, e Ele, o Filho de Deus, é a explicação da criação. Se não fosse por Ele, nunca teria havido uma criação. Tire-O fora, e a criação perde seu propósito e seu objeto, e não precisa mais ir adiante. “Cristo é tudo, e em todos” era o pensamento – o pensamento dominante – na mente de Deus durante a criação do universo.

Isto pode deixá-los indiferentes em certa medida e não levá-los muito longe, mas eu arrisco pensar que o que irei dizer irá levá-los um pouco mais adiante e lhes aquecerá o coração. Pois a perspectiva é esta: que quando Deus tiver as coisas como na eternidade passada determinou tê-las – e Ele irá tê-las assim –, cada átomo deste universo inteiro irá mostrar a glória de Jesus Cristo. Vocês não serão capazes de olhar para algo ou alguém sem ver Cristo glorificado. Uma abençoada perspectiva!

É algo feliz quando, como um grupo de filhos do Senhor, nós podemos estar juntos por horas a fio ou mesmo dias a fio; quando nós estamos ocupados com o Senhor como nosso único interesse comum e todos estão enlevados Nele. Quando temos um tempo como este e voltamos ao mundo, que atmosfera diferente encontramos! Como nos sentimos frios! É algo agradável encontrar o Senhor em Seus filhos e estar enclausurado com Ele desta forma; contudo mesmo isto é apenas em parte. Todavia o eterno dia está chegando, quando não haverá o voltar para o mundo em uma manhã de segunda-feira depois de um dia nos átrios do Senhor; quando estaremos tocando ninguém mais além do Senhor, e o universo inteiro estará cheio Dele – “Cristo, tudo em todos”! Este é o alvo de Deus. Isto é o que Ele tem determinado; tudo mostrando o Senhor Jesus; tudo para Ele.

Agora vemos uns nos outros muitas outras coisas que não o Senhor Jesus; o dia está chegando quando vocês nada verão exceto o Senhor Jesus em mim, e eu nada verei exceto o Senhor Jesus em vocês; nós seremos “conformados à imagem do Seu Filho”: Sua glória moral brilhará e será mostrada; Cristo será “tudo em todos”. Deus o determinou, e, o que Deus determinou, Ele terá. Esta, então, é a explicação da criação: que Cristo seja tudo, e em todos, e sobre tudo tenha a preeminência.

Em Romanos, o apóstolo Paulo tem uma declaração muito notável dentro deste contexto: “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (8.19-22).

Notem o que isto realmente diz e implica. A criação está imbuída por uma expectativa ardente. Esta expectativa é com gemidos tais como em árduo trabalho, uma expectativa de esperança – não da dissolução do universo, sobre o quê certos cientistas tanto falam. Contudo, a esperança e os gemidos até o momento estão deliberadamente colocados sob um reinado de vaidade – feitos para ser tudo em vão – até um tempo e alvo fixados. Este clímax é em duas partes: uma, a revelação dos filhos de Deus; a outra – ligada com aquela – o livramento da criação de estar sujeita à corrupção.

Tudo isto é levado de volta à eternidade passada e unido com o Senhor Jesus como Filho: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (8.29).

Na passagem anterior há uma declaração definida e uma clara implicação. A declaração é que a criação estava sujeita à vaidade, e seu estado é o cativeiro da corrupção. Claramente, a implicação é que houve um tempo definido quando, por causa de sua corrupção, a criação inteira foi levada a uma condição na qual é forçada a gemer e se esforçar em direção a um alvo que não pode ser alcançado. É em conexão com isto que surge espaço para toda a gama e natureza da interferência satânica na criação, a qual objetiva a desafiar o propósito divino final na criação e a frustrá-lo ao trazer corrupção. Tão universal foi esta corrupção que uma sentença de vaidade foi pronunciada sobre “toda a criação”. O efeito disto foi, e é, que a criação nunca pode atingir o objetivo de sua existência, salvo no campo da santidade e semelhança divina.

Aqui também se encaixa toda a gama da “redenção que está em Cristo Jesus”; a obra universal que Ele consumou por meio de Sua cruz destruindo a obra do diabo e, potencialmente, o próprio diabo; com todo o poder destruidor do pecado e destruidor da corrupção advindos de Sua natureza e vida sem pecado, a eficácia de Seu incorruptível sangue, e a provisão de justificação e santificação para todos os que crêem, estes por regeneração se tornando uma nova criatura em Cristo Jesus (2Co 5.17).

Apenas por este meio a criação pode ser liberta. Quando estes filhos de Deus forem manifestos – seu número completo – e todos que têm recusado esta salvação forem rejeitados do domínio de Deus, então, a criação será libertada e sua intenção original será atingida, Cristo sendo tudo e em todos.

2. A explicação do homem

Depois, em seguida, como uma parte central da criação, temos o homem. Qual é a explicação do homem? Qual é a explicação de Adão como o primeiro homem? Há uma pequena passagem da Escritura que responde a isto: “Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir” (Rm 5.14), que é Cristo. Uma figura Daquele que havia de vir – esta é a explicação do homem. Deus planejou que cada homem ingresso neste mundo seja conformado à imagem de Seu Filho, Jesus Cristo. Multidões perderão isto, mas haverá multidões tais que nenhum homem poderá enumerar, de cada tribo, raça, nação e língua, que alcançarão isto. Que alto chamamento! Que concepção diferente do homem esta é daquela que é popularmente aceita, e que tremenda coisa a ser perdida! E ainda assim, há muitos que dizem reclamando que, se tivessem podido escolher, nunca teriam vindo a este mundo. Tem havido aqueles que, numa hora de eclipse, maldizem o dia em que viram a luz. Ah! Mas algo deu errado aí; isto não é como o Senhor planejou que fosse. E não importa quantos dias depressivos tenhamos: quando nos perguntarmos depois de tudo se realmente vale a pena, retornemos em nosso íntimo ao pensamento de Deus. É nosso tremendo privilégio, a mais alta honra que podia ser conferida a nós do ponto de vista divino: que tenhamos nascido.

Nem sempre nos sentimos ou falamos deste jeito, mas constantemente somos compelidos a nos voltar ao ponto de vista de Deus sobre isto e a nos lembrar que Seu propósito é o de ter um universo povoado com tais que sejam conformados à imagem de Seu Filho, Jesus Cristo, um povo que é uma manifestação universal do Cristo glorificado com a glória do Pai. Este é um privilégio, uma honra, algo para o qual vale a pena ter nascido! Esta é a explicação do homem.

Podemos apenas tocar levemente muitos destes assuntos, e caminhar adiante.

3. A explicação da redenção

Além disso, esta palavra “Cristo é tudo em todos” é a explicação da redenção. As coisas, é claro, deram errado: o propósito de Deus sofreu interferência. Ele não poderia nunca ser frustrado completamente, mas houve outro que determinou, tanto quanto estivesse em seu poder, que aquela apresentação universal de Jesus Cristo – o “ser-tudo-em-todos” do Senhor Jesus – nunca acontecesse. Houve alguém que desejou ter aquilo para si mesmo – que ele pudesse ser o senhor universal da terra e céu. Esta interferência tem feito uma grande diferença por certo tempo. Ela tem interferido com o homem e o transformado em outro, aquém do que Deus pretendia que ele fosse. Ela tem arruinado a imagem.

No entanto, há redenção pela cruz do Senhor Jesus. Qual é a explicação da cruz? Por um lado, qual é a explicação de toda aquela expiação, aquela obra redentiva do Senhor Jesus ao tratar com o pecado, em tomar o pecado universal sobre Si, e ser feito uma maldição por nós, em nosso lugar?

E ainda, por outro lado, como complemento disto, qual é a explicação daquela cruz sendo operada no crente de forma que o crente se torne unido com Ele na semelhança de Sua morte e sepultamento como uma experiência espiritual? – toda aquela aplicação do Calvário que é tão dolorosa, tão terrível de passar por ela: sim, a desintegração do “velho homem”, o cortar fora do “corpo da carne”, aquele conhecimento interior do poder da cruz, tão terrível à carne. Qual é a explicação? Amados, é que Cristo seja tudo e em todos.

Por que somos quebrados? Para dar lugar ao Senhor Jesus. Por que somos trazidos ao pó pelo Espírito Santo quando Ele opera a morte do Calvário sobre nós? De forma que o Senhor Jesus possa tomar o lugar que nós na carne temos ocupado. Algumas vezes entendemos errado esta aplicação da cruz. O inimigo está sempre em nosso ombro, insinuando e sugerindo a inclemência de Deus em nos esmagar, nos humilhar, nos reduzir a nada, e dizendo que não há fim nisto, tentando assim nos derrubar.

Amados, a cruz foi pretendida somente para fazer o Senhor Jesus tudo em todos, para nós. Devido ao modo como o Senhor tem tratado conosco, o modo pelo qual Ele tem aplicado a cruz, nos plantando naquela morte e sepultamento, não é verdade que nós O conhecemos de um modo que nunca O conhecêramos antes? Não é por este modo que Ele se tem tornado o que é para nós, cada vez mais e mais amado do nosso coração? O aumento do Senhor Jesus em nós e para nós é pelo caminho da cruz. Sabemos muito bem que nosso principal inimigo é nosso eu, nossa carne. Esta carne não nos dá descanso, nem paz nem satisfação; não temos alegria nela. Ela é obsessiva, nos absorve, constantemente se pavoneia atravessando nosso caminho para nos roubar a verdadeira alegria de viver. O que deve ser feito com ela? Bem, na cruz e pela cruz somos libertados de nós mesmos; não apenas de nossos pecados, mas de nós mesmos; e, sendo libertados de nós mesmos, somos libertados para Cristo, e Cristo se torna muito mais que nós.

É um processo doloroso, mas gera um fim abençoado; e aqueles dentre nós que tenham tido a maior agonia ao longo deste caminho testificariam, eu creio, que o que isto nos trouxe do conhecimento e das riquezas do Senhor Jesus faz todo o sofrimento valer a pena. Assim é a obra do Senhor por nós! E a obra do Senhor em nós, pela cruz, somente é pretendida no pensamento divino para abrir espaço para o Senhor Jesus.

O altar de bronze do tabernáculo, assim como o do templo, era um altar bem grande. Era possível pôr toda a mobília restante do tabernáculo inteiro dentro dele. Sim, o altar tem que ser bem grande; deve haver um grande espaço para Cristo crucificado. Ele irá preencher todas as coisas e Ele será a plenitude de tudo, e não haverá lugar para nós no final de tudo. Isto o deixa atônito? Certamente não. Assim a cruz, a obra de redenção por meio daquela cruz, tem como sua explicação simplesmente isto: que Cristo seja tudo e em todos; que em todas as coisas Ele tenha a preeminência.

Isto, pois, é a explicação de nossas experiências – o porquê do Senhor tratar conosco como Ele trata; o porquê dos crentes passarem pelas experiências que atravessam; o porquê eles passam por coisas que ninguém mais parece chamado a atravessar; o porquê de algumas vezes eles quase invejarem os incrédulos pela vida fácil que tantos deles têm. Isto explica os tratamentos do Senhor com Israel no deserto. Mesmo após sua libertação do cativeiro e tirania do Egito, houve quebrantamento de corações e agonia. Por que esta disciplina? No deserto, eles ainda pensavam no Egito. A obra que o Senhor estava fazendo neles era de forma que Ele pudesse ser tudo neles e para eles. Se Ele cortava seus recursos naturais, era apenas para mostrar quais eram seus recursos celestiais. Se Ele cortava seu poder natural, era para que eles pudessem vir a conhecer o poder dos céus. O que quer que seja que Ele pudesse tirar deles ou os conduzir a, era com vistas a tirá-los de si mesmos e com vista a que Ele mesmo pudesse ser tudo em todos.

Esta é a explicação de nossas dificuldades. O Senhor conhece como melhor tratar com cada um de nós, e Ele não usa métodos padronizados. Ele trata com você de um modo e comigo de outro. Ele sabe como nos conduzir a experiências que são bem calculadas para nos trazer à posição onde o Senhor é tudo e em todos.

4. A explicação do crescimento cristão

O que é crescimento espiritual? O que é maturidade espiritual? O que é caminhar no Senhor? Temo que tenhamos idéias embaralhadas sobre isto. Muitos pensam que maturidade espiritual é um conhecimento mais abrangente da doutrina cristã, uma compreensão mais larga da verdade das Escrituras, uma ampla expansão do conhecimento das coisas de Deus; e muitas destas características são registradas como marcas de crescimento, desenvolvimento, maturidade espiritual. Amados, não é nada disso. A marca distintiva do verdadeiro desenvolvimento e maturidade espiritual é esta: que nós tenhamos crescido bem pouco e que o Senhor Jesus tenha crescido muito mais. A alma madura é aquela que é pequena a seus próprios olhos, mas em cujos olhos o Senhor Jesus é grande. Isto é crescimento. Nós podemos saber muitas coisas, podemos ter uma maravilhosa compreensão da doutrina, do ensino, da verdade, até mesmo das Escrituras, e ainda ser espiritualmente muito pequenos, muito imaturos, muito infantis. (Há muita diferença entre ser infantil e ser semelhante a uma criança.) O crescimento espiritual real é somente isto: eu diminuo, Ele cresce. É o Senhor Jesus se tornando mais. Vocês podem testar o crescimento espiritual por meio disso.

Então, de novo, esta palavra é

5. A explicação de todo o serviço

O que é o serviço cristão de acordo com a mente de Deus? Não é necessariamente termos uma programação cheia de atividades cristãs. Também não é que estejamos sempre ocupados naquilo que denominamos “coisas do Senhor”. Não é a medida e a quantidade de nossa atividade e trabalho nem o grau de nossa energia e entusiasmo nas coisas do reino de Deus. Não são nossos esquemas, nossos projetos para o Senhor. Amados, o teste de todo serviço é seu motivo. Será que o motivo é, do começo ao fim, que em todas as coisas Ele tenha a preeminência, que Cristo seja tudo em todos?

Vocês conhecem as tentações e a fascinação do serviço cristão; a fascinação de estar engajado, de estar ocupado com muitas coisas; ter sua programação, esquemas, projetos; estar envolvido nestas coisas e sempre presente a elas. Há um perigo aí que tem apanhado multidões dentre os servos do Senhor. O perigo é que isto os leva à projeção, torna-se a obra deles; é a obra deles, interesses deles e, quanto mais governam e caminham nisto, mais satisfeitos ficam.

Não, há uma diferença entre passar o dia no serviço cristão como mero desfrutar da atividade, com a fascinação disto e todas as vantagens e facilidades que isto provê para nós mesmos, e a gratificação disto à nossa carne – há uma grande diferença entre isto e “Cristo, tudo em todos”. Algumas vezes este último é alcançado ao sermos postos fora de ação. Pois então, este é o teste: se estamos ou não completamente satisfeitos de ser colocados totalmente fora de ação para que tão somente o Senhor venha a ser mais glorificado deste modo. Se tão somente Ele puder vir ao que é Seu, não importa nada se somos vistos ou ouvidos. Estamos alcançando um lugar, na graça de Deus, onde ficamos bem contentes em ser largados num canto, sem ser vistos ou notados, se deste modo o Senhor Jesus puder vir para o que é Seu mais rápida e completamente.

De algum modo temos sido pegos nisto e pensamos que o Senhor somente pode vir ao que é Seu se nós formos o instrumento. A rivalidade na plataforma e no púlpito; a sensibilidade porque um é posto antes do outro, porque o sermão de um recebe mais atenção que o do outro; os comentários favoráveis feitos todos em uma só direção, etc! Conheço bem tudo isto. Afinal de contas, o que nós estamos buscando? Estamos buscando impressionar nossa audiência pela nossa habilidade ou fazer conhecido nosso Senhor? É uma grande diferença! Algumas vezes o Senhor ganha mais de nossos maus momentos do que pensamos, e pode ser que quando temos bons momentos Ele não tenha obtido o máximo. É por causa disto que há a necessidade de sermos postos de lado, mantidos fracos e humildes, para que Ele tenha a preeminência.

O desafio do serviço conforme o pensamento de Deus é somente este – por que o estamos fazendo? Queremos estar na obra porque gostamos de estar ocupados? Ou é absolutamente e somente para que, por qualquer meio, Ele possa vir ao que é Seu, para que o alvo de Deus possa ser concretizado? Se Ele puder ser tudo, e em todos, pela nossa morte assim como pela nossa vida, será que chegamos ao ponto onde realmente desejamos que “Cristo seja glorificado em meu corpo, quer pela vida ou pela morte” (Fp 1.20)? Esta é a explicação do serviço do ponto de vista de Deus.

É claro, isto é a explicação de muitas outras coisas. É também…

6. A explicação de todo o Antigo Testamento

Nós não nos demoraremos examinando em detalhes como é isto, mas apenas o indicaremos e passaremos adiante. O que é o Antigo Testamento? Ele está todo resumido em grandes representações de Jesus Cristo. Veja as duas principais, o tabernáculo e o templo. Estas são representações abrangentes do Senhor Jesus tanto em Sua pessoa como em Sua obra e elas ocupam, desta forma, o lugar central na vida do povo escolhido, cuja vida é unida a elas. As duas são uma. Enquanto o povo eleito se mantém num relacionamento correto com aquele objeto central (o tabernáculo ou o templo), enquanto lhe dá seu lugar de honra e reverência e o mantém em seu lugar da mais alta santidade, enquanto eles são verdadeiros ao seu espírito, suas leis e seu testemunho, e embora sejam entre todos os povos da terra os menos capazes naturalmente de cuidar de seus próprios interesses, ainda assim são o povo supremo da terra: não há uma nação ou povo na terra capaz de permanecer diante deles. Eles nunca foram treinados na arte da guerra, não têm uma longa história de armas e estratégia militar, e são em si mesmos um povo indefeso, ainda assim eles tomam ascendência não apenas sobre nações individuais maiores e mais fortes que eles, mas sobre uma combinação de nações. E embora todos se unam contra eles, enquanto verdadeiros àquele objeto central, eles são supremos. Aquele objeto central é uma representação do Senhor Jesus em Sua pessoa e obra.

A interpretação espiritual disto é que quando o Senhor Jesus tem Seu lugar há supremacia; há absoluta supremacia quando Ele em todas as coisas tem a preeminência em, através e por meio de Seu povo. “Cristo é tudo em todos”. Quando isto é verdade em Seu povo não existem forças capazes de lhes resistir. O segredo da absoluta supremacia e soberania é o Senhor Jesus ter Seu lugar nas vidas e nos corações, em todos os afazeres e relacionamentos do Seu próprio povo; então os portões do inferno não poderão prevalecer.

Além disto, é também…

7. A explicação do Novo Testamento

O Novo Testamento traz diminutos grupos, pequenos entre os povos da terra, desprezados, expulsos, dificilmente permitidos a falar sem serem amargamente molestados, e sobre os quais eventualmente vinha a ira e o ódio organizado das nações deste mundo, culminando em que todos os recursos do grande império de ferro foram explorados e postos em operação para destruir a memória deste humilde e desprezado povo.

A história é exatamente esta: que os impérios quebraram, e os poderes mundiais cessaram de existir. Nós rodamos o mundo agora para olhar as relíquias e ruínas destes grandes impérios; mas onde está aquele povo do caminho do desprezado Nazareno? Uma grande multidão que nenhum homem pode numerar! O céu está cheio deles, e aqui na terra há dezenas de milhares que conhecem e amam o Senhor Jesus, que são deste Caminho. A explicação é que Deus determinou que Seu Filho seja tudo, e em todas as coisas tenha a preeminência.

Tenha um relacionamento vivo com o Filho de Deus, e homens e inferno podem fazer o que quiserem – Deus irá atingir Seu alvo e tal povo será triunfante.

Uma palavra mais. Isto também é…

8. A explicação da Igreja

O que é a igreja? O pensamento de Deus não é o Cristianismo; não é o de ter igrejas como centros organizados do Cristianismo; não é a propagação do ensino e empreendimento cristãos. O pensamento de Deus é o de ter um povo na terra no qual, e no meio do qual, Cristo é tudo em todos. Esta é a igreja. Temos que revisar nossas idéias. No pensamento de Deus a igreja começa e termina com isto – a absoluta supremacia do Senhor Jesus Cristo. E o que Deus está sempre buscando é juntar aqueles de Seu povo que mais completamente concretizarão este pensamento Dele, e serão para Ele a satisfação de Seu próprio desejo eterno: o Senhor Jesus em todas as coisas tendo a preeminência e sendo tudo em todos. Ele ignora a grande instituição, a assim chamada “Igreja”, e está com aqueles que em si mesmos são de um humilde e contrito espírito e que tremem diante de Sua palavra, e nos quais o Senhor Jesus é o único objeto de reverência e adoração. Estes satisfazem o coração de Deus. Estes, para Ele, são a resposta à Sua eterna busca.

Vocês percebem que a Palavra de Deus diz isto. Vejam novamente Cl 3:11: “No qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos”. Eles têm se revestido “do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”. Observem atentamente estas palavras e vocês entenderão que este é o homem corporativo, a Igreja, o Corpo de Cristo, “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1:23). E ali, naquele homem corporativo, não pode haver grego ou judeu. Note as palavras. Não diz que gregos e judeus se unem em uma abençoada comunhão. Não, não há nacionalidades na igreja; livramo-nos de todas as nacionalidades, e agora temos um novo homem espiritual, uma nova criação, onde não pode haver grego, judeu, escravo, livre. Todas as distinções terrenas se foram para sempre – é um novo homem. O braço direito não é um judeu e o braço esquerdo um grego!

Não, isto passou. Nesta Igreja há apenas um novo homem – não uma combinação onde anglicanos, metodistas, batistas, congregacionais e todo o resto se juntam e esquecem suas diferenças por um tempo; isto não é a Igreja. Na Igreja estas diferenças não são meramente cobertas por um tempo – elas não existem. Há um Corpo, um Espírito. A Igreja é isto: “Cristo é tudo em todos”. Tenha isto e tem-se a Igreja. Chamar qualquer outra coisa de Igreja e deixar isto de fora é uma contradição. Testem-na por meio disso.

Se é verdade que a vida cristã conforme o pensamento e a mente de Deus é somente isto, “Cristo, tudo em todos”, então somos eu e você verdadeiros cristãos? Pois temos visto que mediante a cruz nós desaparecemos para dar lugar para o Senhor Jesus. Agora, se professamos ter vindo pelo caminho do Calvário até o Senhor, a implicação é que desaparecemos por intermédio desta cruz, para que Cristo seja tudo em todos.

O que pensar? Queremos nós um pedacinho do mundo? Nós ainda voluntariamente nos apegamos a esta ou aquela coisa fora do Senhor, porque o Senhor Jesus não tem nos satisfeito plenamente e precisamos ter um contrapeso? Um cristão mundano é uma contradição de termos. Ter um pouquinho de algo fora de Cristo é negar o Calvário e permanecer diretamente em oposição ao eterno propósito de Deus referente a Cristo. Você assume esta responsabilidade? Deus determinou isto desde toda a eternidade no referente a Seu Filho. Podemos nós professar pertencer ao Senhor Jesus e ao mesmo tempo ainda não ser verdade que Ele é tudo em todos para nós? Se podemos, há algo errado, há uma negação, uma contradição. Estamos nos opondo ao pensamento e propósito de Deus. É verdade que Ele é tudo em todos? Ele será isto se tomarmos todo o caminho.

Oh! Estas sugestões sutis que estão sempre sendo sussurradas em nossos ouvidos, que se desistirmos disto ou daquilo iremos nos arruinar, e a vida será mais pobre, e seremos reduzidos até que nada tenha restado. É uma mentira! É isto que contrapõe o grande pensamento de Deus sobre nós. O pensamento de Deus sobre nós é que Alguém, nada menos que Seu Filho, Jesus Cristo, em Quem toda a plenitude da divindade habita em forma corpórea, seja a nossa plenitude. Toda a plenitude de Deus em Cristo para nós! Você nunca obterá isto ao rejeitá-Lo. A vida será muito menos do que precisa ser se você não for até o fim com o Senhor. E o que se obtém em matéria de nossa consagração ao Senhor, nosso inteiro e completo abandono a Ele em nossa vida, nosso deixar completamente tudo que não é do Senhor, isto se obtém no domínio do serviço. Esta carne ama se jactar na obra cristã, e nos diz que se passarmos a ser dependentes do Senhor nós passaremos a ter um tempo de ansiedade. Mas uma vida de dependência de Deus pode ser uma vida de contínuo romance. É ali que fazemos descobertas que são constantes maravilhas.

Você pode estar quase morto num minuto e no seguinte o Senhor lhe dá algo para fazer e você fica muito vivo, dependendo Dele para cada respiração sua. Assim você vem a conhecer o Senhor. Mas, depois daquela experiência, você se torna de novo inútil e morto por um tempo, contudo você se lembra de que o Senhor fez algo. Então Ele faz de novo; e a vida se torna um romance. Ninguém pensaria que você estava dependendo do Senhor para sua própria respiração. É algo muito abençoado saber que o Senhor está fazendo isto, quando você não pode fazê-lo de jeito nenhum – é humana e naturalmente impossível, mas o Senhor o está fazendo!

Prossigamos, amados, no assunto da Igreja. Apliquem o teste. Não estou falando com julgamento ou censura, nem tenciono discriminar num sentido errado, mas deixe-me ser fiel – para nós, nossa comunhão deve estar onde o Senhor Jesus é mais honrado. Nossa comunhão deve estar onde Deus tem o que é seu mais plenamente, onde Cristo é tudo em todos. Nós não podemos estar presos por tradições, por coisas que levantam um clamor e assumem uma denominação. Onde o Senhor é mais honrado, aí é onde nossos corações devem estar; onde tudo o mais é feito subserviente a apenas isto: “Cristo, tudo em todos”. Este é o pensamento de Deus sobre a Igreja, e este deve ser o lugar onde nosso coração gravita. O lugar onde Deus vai registrar Seu testemunho e trazer o impacto deste testemunho sobre outros será encontrado onde o Senhor Jesus é mais honrado. E vocês perceberão que onde houver pessoas famintas vocês terão oportunidade de ministério se vocês estiverem completamente em acordo com o propósito de Deus referente a Seu Filho.

9. Vivenciando tudo

Lembre-se que tudo relacionado ao cristão é experimental. Tudo em relação ao Senhor Jesus é essencialmente experimental. Não é apenas doutrina. Não é questão de credo. Não é que aceitemos certas declarações de doutrina ou credo, e que somente por isto sejamos trazidos a um relacionamento com o Senhor Jesus. Nós não nos tornamos cristãos por aceitar declarações doutrinárias ou credos ortodoxos, ou fatos sobre o Senhor Jesus. A Igreja não se constitui sobre estes parâmetros, embora a Igreja defenda certos princípios. A experiência tem que ser operada na vida, você deve ser tornar parte dela e ela parte de você. Não é suficiente crer que Cristo morreu na cruz. Isto deve se aplicar aqui em nossas vidas tornando-se uma experiência, uma poderosa e operante força e fator em nosso ser. A igreja não é constituída sobre uma base de declarações doutrinárias. Você não pode juntar pessoas e dizer: “isto parece perfeitamente confiável, constituiremos nossa igreja sobre esta base”. Você não pode fazer isto.

A Igreja é aquela na qual a verdade tem operado, na qual ela se tornou experimental. Credos não podem nos manter juntos quando o inferno se levanta para nos dividir. Não, o credo mais ultrafundamentalista não tem conseguido manter as pessoas juntas. A unidade do Espírito é algo trabalhado lá dentro. A menos que seja assim, nada pode resistir contra os espíritos de divisão e cismas que estão por aí. Tudo precisa ser experimental, não apenas doutrinário ou confessional.

Agora, é aqui onde você chega à realidade de Deus. Uma coisa é cantar hinos sobre Cristo ser tudo em todos, olhar para isto como algo objetivo e concordar com isto; mas é outra coisa ser trazido experimentalmente ao lugar onde a verdade realmente opera. Há muitos que dirão hoje: “Sim, isto está certo. Cristo é tudo em todos”, e amanhã de manhã, quando você os toca sobre algum assunto melindroso em que suas preferências estão envolvidas, você percebe que Cristo não é tudo em todos. Temos de chegar a isto pela experiência. Que o Senhor nos dê graça para isso.

O apelo final que faço é que nós todos busquemos novamente a entronização do Senhor Jesus como supremo Senhor em nosso coração, em cada parte de nossa vida, em todos os nossos relacionamentos; que se houver algo que temos segurado, que deixemos ir; se temos tido qualquer reserva, que a quebremos agora; se temos sido menos que completamente comprometidos com Ele, de agora em diante isto não seja mais assim, mas que Ele seja tudo em todos, a partir de agora. Este deve ser nosso entendimento, nosso compromisso com o Senhor. Fará você isto? Peça ao Senhor para quebrar cada amarra que está no caminho de Ele ser tudo em todos. Estamos preparados para isto?

Que o Senhor nos dê graça.

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Charles Spurgeon Estudo bíblico

A Entrada Triunfal em Jerusalém

(The Triumphal Entry Into Jerusalem)

Um Sermão (Nº 0405)

Pregado na Manhã de Domingo, 18 de Agosto de 1861 por

C. H. Spurgeon

No Metropolitan Tabernacle, Newington– Inglaterra

“Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em um jumento, num jumentinho, cria de animal de carga.” Mateus 21:5.

Nós lemos o capítulo do qual nosso texto é tomado; deixe-me agora recontar o incidente para sua audiência. Havia uma expectativa na mente popular do povo judeu, que o Messias estava para vir. Eles esperavam que ele fosse um príncipe temporal, alguém que devia guerrear contra os Romanos e restaurar aos Judeus sua nacionalidade perdida. Havia muitos que, embora não cressem em Cristo com uma fé espiritual, esperavam entretanto que talvez Ele pudesse ser para eles um grande libertador temporal, e nós lemos que em uma ou duas ocasiões eles quiseram tomá-lo para fazê-lo rei, mas ele ocultou-se. Havia um ansioso desejo que uma pessoa ou outra deveria levantar o estandarte da rebelião e liderar o povo contra seus opressores. Vendo os feitos poderosos de Cristo, o desejo é pai do pensamento, e eles imaginaram que Ele podia, provavelmente, restaurar a Israel o reino e torná-los livres. O Salvador à distância via que estava adentrando a uma crise. Para ele, ela deveria ser morta por ter desapontado a expectativa popular, ou deveria ceder aos desejos do povo, e ser feito rei. Você sabe qual foi a escolha. Ele veio para salvar outros, e não para fazer-se rei no sentido em que eles entendiam. O Senhor tinha operado o mais notável milagre, ele tinha ressuscitado Lázaro da morte após ele ter estado por quatro dias na sepultura. Este era um milagre tão inesperado e tão espantoso, que tornou-se o assunto da cidade. Multidões foram de Jerusalém a Betânia, eram somente duas milhas de distância, para ver Lázaro. O milagre fora bem autenticado, havia uma multidão de testemunhas, e foi em geral aceito como sendo uma das grandes maravilhas do século, e eles inferiram disto que Cristo devia ser o Messias. O povo determinou que agora eles deveriam fazê-lo rei, e que agora ele deveria liderá-los contra as hostes de Roma. Ele, não pretendia tais coisas, entretanto prevaleceu o entusiasmo deles pelo qual Ele pôde ter a oportunidade de realizar o que tinha sido escrito pelos profetas. Você deve imaginar que todos aqueles que espalharam os galhos no caminho e clamaram “Hosana” desejavam Cristo como príncipe espiritual. Não, eles pensavam ser ele um libertador temporal, e quando eles descobriram mais tarde que estavam enganados odiaram-no na mesma proporção que o tinham amado, e “Crucifica-o, crucifica-o” era um clamor tão alto e veemente quanto “Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor.” Nosso Salvador assim utilizou-se do equivocado entusiasmo deles para diversos fins e propósitos. Era necessário que a profecia fosse cumprida – “Alegra-te muito, ó filha de Sião; Exulta ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.” Era necessário além disso, que ele reivindicasse publicamente ser o Filho de Davi, e que reivindicasse ser o legítimo herdeiro do trono de Davi, – isto ele fez nesta ocasião. Era necessário também, que ele deixasse seus inimigos sem desculpas. A fim de que eles não dissessem: “Se tu és o Messias, dize-nos claramente,” ele disse-lhes claramente. Este adentrar montado pelas ruas de Jerusalém era um manifesto e proclamação de seus direitos reais tão claro quanto poderia ser emitido. Eu penso, além disso, – e sobre isso eu construirei o discurso destas manhã, – Eu penso que Cristo utilizou o fanatismo popular como uma oportunidade de pregar-nos um vivo sermão, incluindo grandes verdades que são tão sujeitas a serem esquecidas por causa de nosso caráter espiritual, incluindo-as na forma externa e símbolo sua própria montaria como rei escoltado por hostes de seguidores. Nós viemos a isto como o assunto do nosso sermão. Dependamos dele.

I. Uma das primeiras coisas que aprendemos é isto. Por este modo através das ruas em pompa, Jesus Cristo foi aclamado como um rei. Aquela reivindicação tinha sido em grande medida, até agora, conservada na obscuridade, mas antes que Ele fosse para o seu Pai, quando a ira de seus inimigos tivesse alcançado sua mais extrema fúria, e quando sua própria hora de mais profunda humilhação tivesse chegado, ele fez uma reivindicação aberta diante dos olhos de todos os homens para ser chamado e reconhecido como um rei. Ele intima primeiro seus arautos. Dois discípulos vêm. Ele envia sua ordem – “Ide a aldeia que está diante de vós, e logo achareis presa uma jumenta e, com ela um jumentinho.” Ele reúne sua corte. Seus doze discípulos, aqueles que sempre acompanhavam-no, estão a sua volta. Ele monta o jumento, que em tempos antigos tinha sido domado pelos legisladores judaicos, os governadores do povo. Ele começa a cavalgar através das ruas e as multidões batem suas mãos. É reconhecido que não menos do que três mil pessoas deveriam estar presentes naquela ocasião, alguns indo adiante, alguns seguindo após ele, e outros parados ao lado para ver o espetáculo. Ele cavalgava para sua capital; as ruas de Jerusalém, a cidade real, estão abertas para Ele, como um rei, Ele sobe para seu palácio. Ele era um rei espiritual, e portanto Ele não ia para o palácio temporal mas para o palácio espiritual. Ele cavalga para o templo, e então tomando posse dele, começa a ensinar nele como não tinha feito antes. Ele tinha estado algumas vezes no pórtico de Salomão, mas ele estava mais freqüentemente na encosta da montanha do que no templo; mas agora, como um rei, ele toma posse de seu palácio, e ali, sentado em seu trono profético, ele ensina o povo em sua corte real. Vós príncipes da terra, dêem ouvidos, há alguém que clama ser enumerado convosco. É Jesus, o Filho de Davi, o Rei dos Judeus. Dai lugar a Ele, vós imperadores, daí lugar a Ele! Dai lugar ao homem que nasceu numa manjedoura! Dai lugar ao homem cujos discípulos eram pescadores! Dai lugar a Ele cuja veste foi de um camponês, sem costura, tecido de cima abaixo! Ele não usa nenhuma coroa, exceto a coroa de espinhos, contudo ele é mais nobre do que vocês. Sobre seus lombos ele não veste púrpura, entretanto ele é muito mais real do que vocês. Sobre seus pés não havia nenhuma sandália prateada adornada com pérolas, porém ele é mais glorioso do que vocês. Dai lugar a Ele! Dai lugar a Ele! Hosana! Hosana! Deixem-no ser novamente proclamado Rei! Rei! Rei! Deixem-no valorizar seu lugar sobre Seu trono, alto acima dos reis da terra. Isto é o que Ele fez, proclamou-se Rei.

II. Além disto, Cristo por seu ato mostrou que tipo de Rei ele poderia ter sido se tivesse se agradado, e que tipo de rei ele pode ser agora, se ele desejar. Tinha sido este o desejo de nosso Senhor, aquelas multidões que seguiram-no nas ruas realmente tinham-no coroado lá e então, e dobrando os joelhos, eles tinham-no aceito como o ramo que brotou da seca raiz de Jessé – a ele que tinha vindo – o governante, o Siló entre o povo de Deus. Tivesse ele dito apenas uma palavra, e eles teriam arremetido com ele sobre suas cabeças para o palácio de Pilatos, e tomando-no de surpresa, com uns poucos soldados na terra, Pilatos poderia logo ter sido feito prisioneiro, e ter sido provado por sua vida. Diante do indomável valor e da tremenda fúria de um exército judeu, a Palestina poderia ter sido rapidamente limpa de todas as legiões romanas, e ter se tornado novamente uma terra real. Mais ainda, nós afirmamos, com seu poder de operar milagres, com poder pelo qual os soldados recuaram quando ele disse: “sou eu;” Ele podia ter limpado não somente aquela terra, mas todas as outras, ele podia ter marchado de país em país, e de reino em reino, até que toda cidade real e cada estado régio tivesse cedido a sua supremacia. Ele poderia ter feito aqueles que vivem em ilhas no mar curvarem-se diante dele, e aqueles que habitam o deserto poderiam ter sido obrigados a lamber o pó. Não havia razão, Ó vós reis da terra, para que Cristo não tivesse sido mais poderoso do que vocês. Se seu reino fosse deste mundo, ele poderia ter fundado uma dinastia mais duradoura do que as vossas, ele poderia ter reunido tropas diante das quais vossas legiões se derreteriam como a neve diante do sol de verão, ele poderia ter destruído a imagem de Roma, até, uma massa despedaçada, como um vaso de cerâmica destruído por uma haste de ferro, ele poderia ser feito em pedaços.
Ainda é assim, meu irmão. Se for a vontade de Deus, ele pode fazer seus santos, cada um deles, príncipes, ele pode fazer sua Igreja rica e poderosa, ele pode elevar sua religião se ele preferir, e fazê-la a mais magnificente e suntuosa. Se esta for sua vontade, não há razão para que toda a glória que nós lemos no Velho Testamento sob Salomão, não possa ser dada a Igreja sob o grande Filho de Davi. Mas ele não veio para fazer isto, e por isso a impertinência daqueles que pensam que Cristo deve ser adorado com uma esplêndida arquitetura, com magníficas vestimentas, com orgulhosas procissões, com a aliança do estados com igrejas, fazendo os bispos da igreja magnificentes senhores e governadores, erguendo a própria igreja, e tentando colocar sobre seus ombros aquelas roupas que nunca lhe caberão, vestimentas que nunca foram destinadas a ela. Se Cristo se preocupasse com esta glória do mundo, ela logo estaria a seus pés. Se ele desejasse tomá-la, quem levantaria uma palavra contra sua reivindicação, ou quem levantaria um dedo contra o seu poder! Mas ele não se preocupa com isso. Levem suas quinquilharias para outro lugar, tirem suas lantejoulas daqui, ele não as quer. Removam sua glória, e sua pompa, e seu esplendor, ele não necessita de nada de suas mãos. Seu reino não é deste mundo, de outro modo seus servos lutariam, e seus ministros estariam vestidos com mantos de escarlate, e seus servos estariam assentados entre os príncipes, Ele não se preocupa com isto. Povo de Deus, não busque por isso. O que seu Mestre não teria, não procurem para si próprios. Oh! Igreja de Cristo, o que teu marido desdenhou, desdenhe você também. Ele poderia ter tido isso, mas ele não teve. E ele leu para nós a lição, que se todas estas coisas podem ser da Igreja, foi bom para ele ter passado por elas e dizer: “Elas não são para mim – Eu não pretendo brilhar nestas plumas emprestadas.”

III. Mas em terceiro lugar, e aqui jaz o cerne do assunto, você viu que Cristo reivindicou ser um rei; você viu que tipo de rei ele poderia ter sido e não foi, mas agora você verá que tipo de rei ele é, e que tipo de rei ele reivindica ser. Qual era seu reino? Qual sua natureza? Qual era sua autoridade real? Quais foram seus súditos? Quais suas leis? Qual seu governo? Agora você perceberá imediatamente da passagem tomada como um todo, que o reino de Cristo é um reino muito estranho, totalmente diferente de qualquer coisa que jamais foi vista ou que ainda será vista.
Ele era um reino, em primeiro lugar, no qual os discípulos são os cortesãos. Nosso bendito Senhor não tinha príncipes à espera, nem porteiros de bastão negro, nenhuma guarda real que ocupasse o lugar daqueles altos oficiais? Porque uns poucos pobres e humildes pescadores, que eram seus discípulos. Aprenda , então, que se no reino de Cristo você quer ser um nobre você deve ser um discípulo; sentar aos seus pés é a honra que ele lhe dará. Ouvindo suas palavras, obedecendo seus mandamentos, recebendo sua graça – esta é a verdadeira dignidade, esta é a verdadeira magnificência. O mais pobre homem que ama a Cristo, ou a mais humilde mulher que está desejando aceitá-lo como seu mestre, torna-se imediatamente membro da nobreza que espera por Cristo Jesus. Que reino é este que faz pescadores nobres, e camponeses príncipes enquanto eles ainda continuam pescadores e camponeses! Este é o reino do qual nós falamos, no qual o discipulado é o mais alto grau, no qual o serviço divino é a mais alta patente.
Este era um reino, é estranho dizê-lo, no qual as leis do rei, não estão, nenhuma delas, escritas em papel. As leis do rei não são proclamadas pela boca do arauto, mas escritas no coração. Você não percebe que na narrativa Cristo manda seus servos ir e pegar seu corcel real, tal qual ele estava, e esta era a lei: “Soltai-o e deixai-o ir?” Mas onde estava escrita a lei? Estava escrita no coração do homem a quem pertenciam a jumenta e o jumentinho, pois ele imediatamente disse: “Deixai-os ir” cordialmente e com grande alegria; ele pensou ser uma grande honra contribuir para a cerimônia real deste grande Rei de paz. Assim, irmãos, no reino de Cristo você não verá nenhum enorme livro de leis, nem juristas, nem procuradores, nem advogados que necessitem esclarecer a lei. O livro da lei está aqui no coração, o advogado está aqui na consciência, a lei está escrita não mais em pergaminho, nem mais promulgada e escrita, como foram os decretos de Roma, sobre aço e aflição, mas sobre as tábuas de carne do coração. A vontade humana é persuadida à obediência, o coração humano é moldado à imagem de Cristo, seu desejo se torna o desejo de seus súditos, sua glória seu alvo principal, e sua lei o maior deleite de suas almas. Estranho reino este, que não necessita de nenhuma lei, salvo aquelas que são escritas sobre o coração de seus súditos.
Estranho ainda, como alguns pensarão dele, este era um reino no qual riquezas incertas não partilham o que quer que seja de sua glória. Lá vai o Rei, o mais pobre de toda a classe, por que aquele Rei não tinha onde reclinar a cabeça. Lá vai o Rei, o mais pobre de todos, sobre o jumento de outro homem que ele tinha emprestado. Lá vai o Rei, alguém que está para morrer; desprovido de seu manto para morrer nu e exposto. E ele ainda é o Rei do seu reino, o Principal, o Príncipe, o Líder, o Coroado de toda a geração, simplesmente porque ele tinha o mínimo. Ele era quem tinha dado mais aos outros e retido o mínimo para si mesmo. Ele que era o menos egoísta e mais abnegado, ele que viveu o máximo para os outros, era o Rei deste reino. E olhe para os cortesãos, olhe para os príncipes! Eles eram todos pobres também; eles não tinham nenhuma bandeira para colocar do lado de fora das janelas, então eles lançaram suas pobres roupas sobre as sacadas ou as penduraram das janelas quando ele passava. Eles não tinha púrpura brilhante para fazer um tapete para os pés de seu jumento, então eles lançaram suas próprias roupas surradas no caminho, eles espalharam ao longo do caminho ramos de palmeira que eles podiam facilmente obter das árvores que guarneciam a estrada, porque eles não tinham nenhum dinheiro com o qual custear a despesa de um grande triunfo. A cada caminho este era um pobre fato. Nenhum brilho de ouro, nenhuma bandeira ostentada, nenhum soprar de trombetas de prata, nenhuma pompa, nenhuma circunstância! Era o triunfo da própria pobreza. Pobreza entronizada sobre o animal próprio da pobreza cavalgando através das ruas. Estranho reino este, irmãos! Eu creio que nós o reconhecemos – um reino no qual aquele que é o principal entre nós, não é aquele que é mais rico em ouro, mas aquele que é mais rico em fé; um reino que não depende de nenhum rendimento exceto o rendimento da divina graça, um reino que oferece a cada homem sentar-se sob sua sombra com deleite, seja ele rico ou pobre.
Estranho reino este! Mas, irmãos, aqui está alguma coisa talvez ainda mais excessivamente extraordinária, ele era um reino sem força armada. Oh, príncipe, onde estão teus soldados? Este é teu exército? Este milhares que te servem? Onde estão tuas espadas? Eles carregam galhos de palmeira. Onde estão teus equipamentos? Eles estão quase se desnudando para calçar teu caminho com suas roupas. Estas é tua hoste? Estes são teus batalhões? Oh estranho reino, sem um exército! O mais estranho Rei, que não usa nenhuma espada, mas cavalga adiante no meio deste povo conquistando e para conquistar um estranho reino, no qual há a palma sem a espada, a vitória sem a batalha. Sem sangue, sem lágrimas, sem devastação, sem cidades queimadas, sem corpos mutilados! Rei de paz, Rei de paz, este é teu domínio! Ainda é assim no reino sobre o qual Cristo é rei hoje, não há força para ser usada. Se os reis da terra dissessem para os ministros de Cristo: “Nós lhe emprestaremos nossos soldados,” nossa resposta deveria ser: “O que nós podemos fazer com eles? – como soldados eles são inúteis para nós” Será um dia ruim para a igreja quando ela emprestar o exército daqueles iníquos gentios, o imperador Constantino também pensou que poderia fazê-la grande, Ela não nada além de poluição, degradação e vergonha, e aquela igreja que pediu às tropas civis para ajudá-la, aquela igreja que faria seu Sábados obrigatórios às pessoas pela força da lei, aquela igreja que teria seus dogmas proclamados com o ressoar dos tambores, e fez o punho ou a espada tornarem-se suas armas, não conheceu de que espírito ela é. Estas são armas carnais. Elas são fora de propósito em um reino espiritual. Seus exércitos são pensamentos amorosos, suas tropas são palavras amáveis. O poder pelo qual ele governa seu povo não é a mão forte e o braço estendido da polícia ou dos soldados, mas pelas ações de amor e palavras de superabundante bênção ele declara seu soberano poder.
Este era um estranho reino também, meus irmãos, porque ele não tinha qualquer pompa. Se você reclamar sua pompa, que pompa singular ela era! Quando nossos reis são proclamados, três estranhos indivíduos, como nunca se vê em outras ocasiões, chamados arautos, vêm cavalgando à frente para proclamar o rei. Estranhas são suas vestes, romântico seu traje, e com som de trombetas o rei é magnificamente proclamado. Então vem a coroação e como a nação se emociona de ponta a ponta com êxtase quando o novo rei está para ser coroado! Que multidão enche as ruas. Algumas vezes as fontes eram feitas para fluir vinho, e raramente havia uma rua que não estava forrada com trapezistas por toda a parte. Mas aqui vem o Rei dos reis, Príncipe dos reis da terra, nenhum cavalo colorido empinado que mantivesse a distância os filhos da pobreza; ele esta montado sobre um jumento, e enquanto cavalga adiante, fala gentilmente às pequenas crianças que clamam: “Hosana,” e quer bem às mães e pais da mais baixa estirpe que se comprimem à sua volta. Ele é acessível; ele não é separado deles; ele não reclama ser seu superior, mas servo deles não menos grandioso que um rei, ele era servo de todos. Sem trombetas soando – ele estava contente com a voz dos homens, nenhum adorno sobre seu jumento, mas as vestimentas de seus próprios discípulos, nenhuma pompa além da pompa que corações amorosos sinceramente rendidos a ele. Assim ele cavalga; seu reino de submissão, o reino de humilhação. Irmãos, nós podemos pertencer àquele reino também; nós podemos sentir em nossos corações que Cristo vem a nós para subjugar toda altivez e todo pensamento orgulhoso, que cada vale seja ser elevado, e cada monte seja humilhado, e toda a terra exaltada naquele dia!
Ouça novamente, e este talvez seja um lado impressionante do reino de Cristo – ele veio estabelecer um reino sem impostos. Onde estão os cobradores de impostos do Rei? Você diz que ele não tinha qualquer imposto; sim ele tinha, mas que imposto ele era! Cada homem, de bom grado, despia-se de suas vestimentas; ele nunca pediu isto; seu rendimento fluía livremente dos presentes dados de bom grado por seu povo. O primeiro tinha emprestado e seu jumento e o jumentinho, os outros tinham entregue suas roupas. Aqueles que tinham poucas roupas para repartir, retiraram os galhos das árvores, e ali estava declarado de vez que não custava qualquer coisa a nenhum homem, ou particularmente que nada era exigido de qualquer homem, mas todas as coisas eram dadas espontaneamente. Este é o reino de Cristo – um reino que não se mantém do dízimo, contribuições à igreja ou impostos de Páscoa, mas um reino que vive sobre a livre vontade de ofertar de um povo disposto, um reino que não exige nada de qualquer homem, mas que vem a ele com uma força mais poderosa eficácia do que exigência, dizendo a ele: “Tu não estás debaixo da lei, mas sob a graça, sendo comprados por preço”, dedique a si mesmo e tudo o que você tem ao serviço do Rei dos reis! Irmãos, vocês me acham um louco ou fanático em falar de um reino deste tipo? De fato, seria fanatismo se nós disséssemos que qualquer simples homem pudesse estabelecer tal domínio. Mas Cristo fez isto, e hoje há dezenas de milhares de homens neste mundo que chamam-no Rei, e que sentem que ele é mais Rei deles do que o governante de sua terra nativa; que eles dão a ele uma mais sincera homenagem do que eles deram ao amado soberano, eles sentem que seu poder sobre eles é tal que eles não desejam resistir – o poder do amor, que seus presentes a ele são tão pequenos, por isso eles desejam dar a si mesmos de agora em diante, Isto é tudo o que eles podem fazer. Maravilhoso e inigualável reino! Tal qual nunca se encontrará sobre a terra.
Antes de deixar este ponto, eu gostaria de observar que este era um reino no qual todas as criaturas foram consideradas. Porque Cristo tinha dois animais? Havia um jumento e um jumentinho, cria de jumento; ele montou o filhote de jumento porque ele nunca tinha sido montado antes. Eu já observei diversos comentaristas para ver o que eles dizem acerca disso, e um antigo comentarista me fez rir – Eu creio que ele não fará você rir também – dizendo que Cristo ordenando a seus discípulos para trazerem o filhote e também a mãe nos ensinaria que os infantes devem ser batizados tanto quanto seus pais, o que me parece ser um argumento eminentemente digno do batismo infantil. Pensando no assunto acima, contudo, eu considero que há uma melhor razão a ser dada, – Cristo não teria qualquer dor em seu reino, ele não teria nem mesmo um jumento sofrendo por ele, e se o filhote fosse tirado de sua mãe, lá estaria a pobre mãe no estábulo em casa, pensando em seu filhote, e lá estaria o filhote desejando voltar, como aquelas vacas que os filisteus usaram quando eles devolveram a arca, e que foram mugindo enquanto seguiam seu caminho, porque seus bezerros estavam em casa. Impressionante reino de Cristo no qual o animal natural possuirá sua parte!. “Porque a criatura foi sujeita a vaidade de nosso pecado.” Ele era um animal que sofria por causa do nosso pecado, e Cristo pretende que seu reino traga de volta os animais à sua primitiva felicidade. . Ele nos faria homens misericordiosos, considerando até mesmo os animais. Eu creio que quando seu reino vier totalmente, a natureza animal será reconduzida à sua felicidade original. “Então o leão comerá feno como o boi, a criança de peito brincará na toca da áspide, e a criança desmamada colocará sua mão no esconderijo do basilisco.” A velha tranqüilidade do Éden, e a familiaridade entre o homem e as criaturas e as criaturas inferiores, retornará novamente. E mesmo agora, sempre que o Evangelho é totalmente conhecido no coração do humano, o homem começa a reconhecer que ele não tem direito deliberado para matar um pardal ou um verme, porque ele está no domínio de Cristo, e aquele que não montou o jumentinho sem ter a mãe dele ao seu lado, para que isso pudesse ser em paz e alegria, não teria qualquer de seus discípulos pensando negligentemente da mais inferior criatura feita pela sua mão. Bendito reino este que considerou até mesmo o desprezado! Deus cuida dos bois? Oh, que ele cuide; e que o próprio jumento, aquele herdeiro do trabalho, seja cuidado. O reino de Cristo, então, cuidará de animais tanto quanto de homens.
Mais uma vez: Cristo montando através das ruas de Jerusalém, ensinou publicamente que seu reino era um reino de alegria. Irmãos, quando grandes conquistadores cavalgam através das ruas, você freqüentemente ouve da alegria do povo; como as mulheres atiram rosas no caminho, como eles se amontoam em volta do herói do dia, e balançam seus lenços para mostrar sua apreciação pela libertação que ele operou. A cidade foi longamente sitiada, o campeão desarraigou os sitiadores, e o povo terá descanso agora. Desocupando totalmente os portões, limpam as estradas e deixam o herói vir, permitem ao mais inferior pajem que está entre seus seguidores seja honrado neste dia por causa da libertação. Ah! Irmãos, quantas lágrimas, contudo, são aquelas ocultadas nestes triunfos! Há uma mulher que ouve o som dos sinos da vitória, e diz: “Ah! Vitória sem dúvida, mas eu estou de luto, e meus pequeninos estão órfãos” E dos balcões de onde a beleza olha para baixo e sorri, há talvez uma desconsideração naquele momento por amigos e parentes sobre os quais eles em breve eles terão de chorar, porque cada batalha é com sangue, e cada conquista é com tristeza, e cada grito de vitória tem seu luto, seu lamento, e ranger de dentes. Cada som de trombetas por causa da vitória conseguida, cobre o choro, os lamentos, e a profunda agonia daqueles que têm perdido seus parentes! Mas em teu triunfo, Jesus, não houve lágrimas! Quando as crianças clamavam: “Hosana,” elas não tinham perdido seus pais na batalha. Quando homens e mulheres gritavam: “Bendito o que vem em nome do Senhor,” eles não tinha nenhum motivo para chorar com a respiração presa, ou para estragar sua alegria com a lembrança da miséria. Não, em seu reino há alegria pura e sem mistura. Gritem, gritem, vocês que são súditos do Rei Jesus! Vocês têm aflições, mas não dele, problemas podem vir porque vocês estão no mundo, mas elas não vem dele. Seu serviço é perfeita liberdade. Seus caminhos são caminhos de conforto, e suas veredas são paz.
“Alegre-se o mundo, o Salvador vem,
O Salvador há muito prometido;
Prepare cada coração uma canção
E cada voz uma melodia”
Ele vem lançar fora suas lágrima e não fazê-las fluir, ele vem tirar você do seu lamaçal e colocá-lo sobre seu trono, para tirá-lo das suas masmorras e fazê-lo saltar em liberdade.
“Bênçãos abundam onde ele reina,
O prisioneiro salta por quebrar suas cadeias;
O cansado encontra eternal descanso,
E todas as eras de necessidade são abençoadas.”
Singular reino este!

IV. E agora eu venho para o meu quarto e último tópico. O Salvador, em sua entrada triunfal na capital de seus pais, declarou-nos muito claramente os efeitos práticos do reino. Ora, quais são eles? Um dos primeiros efeitos foi que toda a cidade se comoveu. O que isto significa? Isto significa que cada pessoa tinha alguma coisa a dizer sobre ele, e que cada pessoa sentiu alguma coisa porque Cristo montou através da rua. Havia alguns que inclinavam-se do topo de suas casas, olhavam a rua e diziam um ao outro – “Aha! Você já viu brincadeira mais tola do que esta? Humpf! Lá está Jesus de Nazaré, lá em baixo montando um jumento! Certamente se ele pretendia ser rei podia ter escolhido um cavalo. Olhe pra ele! Eles chamam isto pompa! Lá está um velho pescador atirando somente sua mal-cheirosa roupa; Eu diria que ele estava pescando nelas há uma ou duas horas atrás?” “Olhe,” alguém diz, “veja aquele velho mendigo jogando seu gorro pro ar por alegria!” “Aha!” dizem eles, “Há coisa mais ridícula do que esta?” Eu não posso colocar isto nos termos que eles o teriam descrito; se eu pudesse, eu acho penso que o faria. Eu gostaria de fazer você ver quão ridículo isto deve ter parecido ao povo. Por que se o próprio Pilatos tivesse ouvido sobre ele teria dito – “Ah! Não há muito o que temer disto. Não há temor que aquele homem derrube César; Não há temor que ele em algum tempo destrua um exército. Onde estão suas espadas? Não há nenhuma espada entre eles! Eles não têm nenhum clamor que soe como rebelião; seus sons são somente alguns versos religiosos tirados dos Salmos.” “Oh!” diz ele, “Tudo isto é desprezível e ridículo.” E esta era a opinião de um grande número em Jerusalém. Talvez esta seja sua opinião, meu amigo. O reino de Cristo, você diz, é ridículo; você talvez não acredite que há alguma pessoa que é governada por ele embora nós digamos que nós o temos como nosso Rei, e que sentimos que a lei do amor é uma lei que nos constrange a doce obediência. “Oh,”você diz, “isto é fingimento e hipocrisia.” E há alguns que estão presentes onde eles têm incensórios dourados, e altares, e sacerdotes e eles dizem: “Oh! Uma religião que é tão simples – cantando uns poucos hinos, e oferecendo improvisada oração! – Ah! Dê-me um bispo com uma mitra – um ótimo indivíduo envolvido em tecido – que isto é coisa para mim.” “Oh!,” diz outro, “deixe-me ouvir o ressoar dos órgãos; deixe-me ver as coisas feitas sistematicamente, deixe-me ver alguns ornamentos também; deixe o homem surgir coberto em roupas apropriadas para mostrar que ele é um tanto diferente das outras pessoas; não o deixem ficar vestido como se ele fosse um homem comum; deixe-me ver alguma coisa no culto diferente de todas as coisas que eu já vi antes.” Eles o querem vestido com alguma pompa, e porque não é assim eles dizem – “Ah! Humpf!” Eles o ridicularizam, e isto é tudo que Cristo tem da multidão de homens que se acham excessivamente sábios. Ele é para eles loucura e eles passam por ele com desprezo. Seus escárnios serão em breve trocados por lágrimas senhores! Quando ele vier com real pompa e esplendor vocês irão chorar e lamentar, porque vocês negaram o Rei da Paz.
“O Senhor virá! De uma terrível forma,
Com coroa de arco-íris e manto de tempestade,
Com voz de querubim e asas de vento,
O Julgamento marcado de toda humanidade.”
Então você achará perturbador tê-lo tratado com desprezo. Sem dúvida, havia outros em Jerusalém, que estavam cheios de curiosidade. Eles diziam – “Meu Deus, o que pode ser isto? O que isto significa? O que é isto?” “Eu gostaria que você viesse,” eles diziam aos seus vizinhos, “e nos contassem a história deste homem singular, nós gostaríamos de saber sobre ele.” Alguns deles diziam: “Ele foi para o templo, eu diria que ele fará um milagre;” Assim afastados eles correram, e se apertaram, e se espremeram, e se amontoaram para ver uma maravilha. Eles eram como Herodes, eles desejavam ver algum milagre operado por ele. Este foi também o primeiro dia da chegada de Cristo, e, é claro o entusiasmo podia durar uns nove dias se ele prosseguisse, assim eles estavam muito curiosos sobre isso. E isso é tudo o que Cristo tem de milhares de pessoas. Eles ouvem sobre um reavivamento da religião. Bem, eles gostariam o que é isso e ouvir sobre isso. Há alguma coisa acontecendo em tal e tal local de culto; bem, eles gostariam de ir mesmo que fosse somente para ver o lugar. “Há um estranho ministro dizendo coisas esquisitas, vamos ouvi-lo. Nós tínhamos intenção de sair” – vocês sabem que eu tenho em vista vocês mesmos – “nós tínhamos a intenção de ir a uma excursão hoje,” você diz, “mas, ao invés disto, vamos lá.” Apenas isto, curiosidade, curiosidade; isto é tudo tem hoje, e ele que morreu sobre a cruz tornou-se um tema para uma história sem propósito, e ele que é Senhor de anjos e adorado por homens, é discutido como se fosse um Bruxo do Norte ou algum excêntrico impostor! Ah! Daqui a pouco, você achará perturbador tê-lo tratado assim; porque quando ele vier, e quando todo olhos vê-lo, você que simplesmente inquiriu curiosamente por ele descobrirá que ele perguntará por você, não com animosidade mas com ódio, e dirá – “Apartai-vos, vós malditos, para o fogo eterno.” Mas anônimos na multidão houve alguns que foram ainda piores, porque eles observavam a coisa toda com inveja. “Ah!” disse o Rabi Simeon para o Rabi Hillel, “o povo nunca esteve tão satisfeito conosco. Nós conhecemos muito mais do que aquele impostor; nós lemos do começo ao fim todos os nossos livros religiosos.” “Você não se lembra dele,” disse alguém, “que quando ele era um menino era especialmente precoce? Você se lembra quando ele veio ao templo e conversou conosco, e desde então ele enganava o povo,” Pensando em que ele brilhava mais do que eles, que ele era mais estimado no coração das multidões do que eles eram, embora eles fossem altamente orgulhosos. “Oh!” disse o fariseu, “ele não usa nenhum filactério, e eu fiz os meus bem grandes; eu fiz minhas vestimentas até quase as extremidades, para que elas possam ser superiores.” “Ah!” diz outro, “Eu dizimo minha menta, meu anis, meu cominho, e fico no canto da rua e toco trombeta quando dou um centavo, mas, ainda assim, o povo não me coloca sobre um jumento; eles não batem palmas e dizem: ‘Hosana’ para mim, mas toda a terra vai atrás deste homem como um bando de crianças. Além disso, pense neles indo ao templo perturbando seus superiores, perturbando a nós que estamos fazendo uma exibição de nossas pretensas orações em pé no pátio!” E isto é o que Cristo tem de um grande número. Eles não gostam de ver a causa de Cristo progredir. Pelo contrário, eles necessitariam que Cristo fosse rebaixado para que eles pudessem engordar a si mesmos com o roubo, eles precisariam que sua igreja fosse desprezível. Eles gostam de ouvir da queda de pastores cristãos. Se eles podem achar falhas em um cristão, “noticiem isto, noticiem isto, noticiem isto,” dizem eles. Mas se um homem anda honestamente, se ele glorifica a Cristo, se a Igreja cresce, se almas são salvas, imediatamente há barulho e toda a cidade se movimenta, todo barulho começa e é conduzido por falsidade, fazendo acusações, e calúnias contra o caráter do povo de Cristo. De um modo ou de outro, homens por certo são movidos, se eles não são movidos ao escárnio, se eles não são movidos ao questionamento, eles são movidos a inveja. Mas benditos são aqueles alguns em Jerusalém que foram movidos ao regozijo. Oh! Havia muitos que, como Simeão e Ana regozijaram por ver aquele dia, e muitos deles foram para casa e disseram: “Senhor, agora podes despedir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a tua salvação.” Havia uma mulher, há muito acamada, na rua de trás de Jerusalém, que sentou-se me sua cama e disse: “Hosana,” e desejou descer para a rua, para que pudesse atirar seu velho manto no caminho, e pudesse saudar aquele que era o Rei dos Judeus. Havia muitos olhos lacrimejantes que lançaram fora suas lágrimas naquele dia, e muitos crentes enlutados que começaram naquela hora a regozijar com indescritível alegria. E assim há alguns de vocês que ouvem de Cristo o Rei com alegria. Você se unem ao hino, não como nós temos todos juntados nossas vozes, mas com o coração.

“Regozijem-se o Salvador reina,
O Deus de paz e amor
Quando ele limpou nossas manchas.
Tomou seu assento nas alturas
Regozijem-se, regozijem-se!
Regozijem-se em alta voz, vós santos, regozijem-se

Este é, então, o primeiro efeito do reino de Cristo! Sempre que ele vem, a cidade é movimentada. Não acredite que o Evangelho é pregado de maneira nenhuma se não faz barulho. Não acredite, meu irmão, que o evangelho é pregado no modo de Cristo se ele não deixa alguns irritados e alguns felizes, se ele não faz muitos inimigos e alguns amigos.

Há ainda outro efeito prático do reino de Cristo. Ele subiu ao templo e lá em uma mesa, um monte homens com cestas contendo pares de pombas. “Pombas , senhor, pombas!” Ele olhou para eles e disse: “Tirem essas coisas daí.” Ele falou com grande furor. Havia outros trocando dinheiro para que o povo entrasse para pagar seu meio siclo, Ele derrubou as mesas e colocou-os para correr, e logo esvaziou todo o pátio de todos aqueles mercadores tiravam lucro da religiosidade, e fazendo da religião um pretexto para sua própria compensação. Agora isto é o que Cristo faz sempre que ele vem. Eu desejaria que ele viesse um pouco mais na Igreja da Inglaterra, e a purgasse da venda de nomeações, a livra-se daquela maldita simonia que ainda é tolerada pela lei e a limpasse dos homens que são oportunistas, que tomam aquilo que pertence aos ministros de Cristo, e aplicam para seu próprio uso. Eu gostaria que ele estivesse envolvido em todos os nossos lugares de adoração, para que de uma vez por todas pudesse ser visto que aqueles que servem a Deus, o servem porque o amam, e não pelo que podem obter com isso. Eu gostaria que cada professor de religião tivesse completamente claro em sua própria consciência que ele nunca fez uma profissão para gerar respeitabilidade ou estima, mas que somente fez isso naquela que ele pode honrar a Cristo e glorificar seu Mestre. O significado espiritual disso tudo é este – Nós não temos nenhuma casa de Deus hoje; tijolos e argamassa não são santos, os lugares onde nós cultuamos a Deus são lugares de adoração, mas eles não são casas de Deus, não mais do que nós que estamos neles. Nós não cremos na superstição que faz qualquer lugar santo, mas nós somos o templo de Deus. Os próprios homens são templos de Deus, e onde Cristo vem ele expulsa os compradores e negociantes, ele elimina todo o egoísmo. Eu nunca acreditarei que Cristo, o Rei fez de seu coração o palácio dele até que você não seja mais egoísta. Oh, quantos professores há que querem obter tanta honra, tanto respeito! Quanto a dar ao pobre, pensando que é mais abençoado dar do que receber, quanto alimentar o faminto e vestir o desnudo, como vivendo para os outros e não para si mesmos – eles não pensam nisto. Ó Mestre, venha ao teu templo e expele nosso egoísmo, agora vem, tira todas aquelas coisas que fazem-no conveniente para servir Mamom para que sirva a Deus; ajuda-nos a viver para ti, e viver para os outros pelo viver contigo, e não viver para nós mesmos!
O último efeito prático do reino de nosso Senhor Jesus Cristo foi que ele organiza uma grande festa; ele teve, se eu posso falar assim, um dia de recepção na sala real, e quem foi o povo que veio para atendê-lo? Ora, vós cortesãos, os discípulos, nobreza alta e baixa que vêm esperar por ele. Aqui vem um homem, ele tem uma bandagem aqui, e o outro olho tem quase falhando – faça-o entrar, aqui vem outro, seus pés estão totalmente virados e contorcidos – faça-o entrar, aqui vem outro avançando sobre duas muletas, ambas as pernas são defeituosas, e outro perdeu as suas pernas. Aqui eles vêem e aqui está a recepção. O próprio Rei vem aqui e prepara um grande encontro, e o cego e o coxo são seus convidados, e agora ele vem, ele toca aquele olho cego e a luz brilha nele; ele fala a este homem com um perna seca, ele anda; ele toca dois olhos de uma vez, e ambos vêem,e ao outro diz: “Eu lançarei fora suas muletas, ponha-se ereto e regozije e salte com alegria.” Isto é o que o Rei faz todas as vezes que ele vem. Venha aqui esta manhã, eu te suplico, tu grande Rei! Há olhos cegos aqui que não podem ver tua beleza. Anda, Jesus, anda no meio desta multidão e toca os olhos. Ah! Então irmãos, se ele fizer isto, você dirá: “Há uma beleza nele que eu nunca vi antes.”Jesus, toca seus olhos, eles não podem lançar fora sua própria cegueira, tu podes fazê-lo! Ajude-os a olhar para ti pendurado sobre a cruz! Eles não podem fazê-lo a menos que tu os habilite. Possam eles fazer isto agora, e encontra vida em ti! Ó Jesus, há alguns aqui que estão coxos – joelhos que não se dobram, eles nunca oraram; Há alguns aqui cujos pés não correrão no caminho dos teus mandamentos – pés que não os levarão onde teu nome é louvado, e onde tu és tido em honra. Anda, grande Rei, anda em solene pompa através desta casa, e faze-a como o antigo templo! Mostra aqui o teu poder e prepara teu grande encontro na recuperação do coxo e curando o cego “Oh!” disse alguém, “Eu desejaria que ele abrisse meus olhos cegos.” Alma, ele fará isso, sussurre sua oração agora, e isto será feito, porque ele está junto de ti agora. Ele está em pé ao teu lado, ele fala a ti e diz – “Olhe pra mim e seja salvo, tu o mais vil de todos.” Há outro, e ele diz – “Senhor, eu quero ser íntegro.” Ele diz – “Seja íntegro então.” Creia nele e ele te salvará. Ele está próximo a você irmão. Ele não está no púlpito mais do que está no banco, nem em um banco mais do que em outro. Não diga – “Quem irá ao céu para encontrá-lo, ou às profundezas para trazê-lo?” Ele está perto de você; ele ouvirá sua oração mesmo que você não fale; ele ouvirá seu coração falar. Oh! Diga a ele – “Jesus, cura-me,” e ele fará isto; ele fará isto agora. Deixe-nos sussurrar um oração, e então nós nos separaremos.
Jesus, cura-nos! Salva-nos Filho de Davi, salva-nos! Tu vês quão cegos nós somos – Oh! Dá-nos a visão da fé! Tu vês o quão coxo nós somos – Oh! Dá-nos a força da graça! E agora, agora mesmo, tu Filho de Davi, arranca nosso egoísmo, e vem e vive e reina em nós como em teu templo-palácio! Nós pedimos isto, Ó tu grande Rei, por tua própria causa. Amém. E antes de deixarmos este lugar, clamemos novamente: “Hosana, hosana, hosana. Bendito o que vem em nome do Senhor.”

Traduzido pelo: Rev. Marco Antonio Rodrigues

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