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Indicações de sexta (14)

A Bíblia é nossa regra de fé e de prática!

 

Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que merecem ser lidos

  1. Pornografia, caminho para o inferno, de Michael Pearl. Apesar de não concordar totalmente com o título, pois o caminho para o lago de fogo é não crer no Senhor Jesus, independentemente de qualquer outra coisa, o artigo é sério em alertar para a destruição que a pornografia faz.
  2. Quem são os companheiros de Cristo?, por T. Austin-Sparks. Entenda o desejo de Deus de ter um povo celestial, conforme revelado em Hebreus.
  3. Qual era o desejo de Deus para Adão e, por conseguinte, para os homens? DeVern Fromke apresenta esse importante tema em O plano do Pai é revelado.
  4. Uma leitura superficial do discurso de Estêvão em Atos 7 pode fazer-nos pensar que se trata apenas de um longo discurso. No entanto, seu conteúdo é profundo e revelador sobre o propósito eterno de Deus revelado em Moisés e na história de Israel e cumprido em Cristo e Seu povo. Leia em A acusação contra Estêvão, sua defesa e seu martírio, de Robert Govett.

Mensagem que merece ser ouvida

O Propósito do casamento: destruindo visões populares de felicidade conjugal, por Paul Washer

Paul Washer – O Propósito do Casamento: Destruindo Visões Populares de Felicidade Conjugal from VoltemosAoEvangelho on Vimeo.

Hino que merece ser ouvido

As Tuas mãos dirigem meu destino

Letra e música de Sarah Poultoun Kalley (25.5.1825 – 8.8.1907)

Direção Divina

As Tuas mãos dirigem meu destino.
Ó Deus de amor! Bom é que seja assim!
Teus são os meus poderes, minha vida;
Em tudo, eterno Pai, dispõe de mim.

Meus dias, sejam curtos ou compridos,
Passados em tristezas ou prazer,
Em sombra ou luz, é tudo como queres
E é tudo bom, se vem do Teu querer.

As Tuas mãos dirigem meu destino,
Por mim sangraram na infamante cruz;
Por meus pecados foram transpassadas
E nelas posso descansar, Jesus!

Nos céus erguidas, sempre intercedendo
As santas mãos não pedem nunca em vão;
Ao seu cuidado, em plena confiança,
Entrego a minha eterna salvação.

As Tuas mãos dirigem meu destino;
O acaso, para mim, não haverá!
O grande Pai é justo e benfazejo
E sem motivo não me afligirá.

Encontro em Seu poder constante apoio,
Forte é Seu braço, insone o Seu amor;
E ao fim, entrando na cidade eterna,
Eu louvarei meu guia e Salvador!

História

Sarah nasceu em Nottingham, Inglaterra, tendo ficado órfã de mãe quatro dias depois. Era aluna brilhante, boa pianista, pintora, poetisa e poliglota. Tinha grande habilidade para ensinar, e seu pai, que era superintendente da Escola Dominical, confiou-lhe uma classe de meninos, na Capela que ele construíra em Torquay, cidade para onde haviam se mudado. Sarah formou um curso noturno, ministrando, também, conhecimentos gerais aos jovens que trabalhavam durante o dia. Muito cedo, Sarah abraçou a fé cristã. Na casa do pai, muitas vezes, eram recebidos missionários vindos de terras distantes. Ela se interessava em ouvir sobre o trabalho, suas necessidades e o que fazer para diminuí-las. Então, criou uma classe de costura para moças, em que eram confeccionadas roupas para enviar aos campos.

Em fins de 1851, por causa da doença de um dos irmãos de Sarah, a família foi para a Síria encontrar-se com o dr. Robert Reid Kalley, viúvo há pouco tempo. O dr. Kalley imediatamente impressionou Sarah, que já ouvira falar de seu trabalho na Ilha da Madeira e das perseguições que sofrera. Sentia-se bem ouvindo-o explanar as Escrituras e com sua maneira de orar. Por sua vez, o médico ficou muito impressionado com o interesse e o entusiasmo que a jovem demonstrava pelo trabalho missionário estrangeiro. Em 14 de dezembro de 1852, o casamento deles se realizou na Capela em Torquay.

Por volta de 1854, nos Estados Unidos, o casal Kalley ficou sabendo bastante a respeito do Brasil e da carência espiritual de seu povo – o suficiente para que ambos aceitassem o desafio do trabalho missionário nesse país. Aqui chegaram em 10 de maio de 1855. Alugaram uma casa em Petrópolis (RJ), onde, no domingo 19 de agosto de 1855, Sarah ministrou a primeira aula bíblica a cinco crianças, contando a história do profeta Jonas. Nos domingos seguintes já funcionava, também, a classe de adultos dirigida pelo dr. Kalley. Aquela data é considerada a do início do trabalho evangélico no solo brasileiro e em língua portuguesa de caráter permanente. Sarah foi companheira fiel em tempo de sossego ou de perseguições, que foram muitas. Os opositores dos Kalleys insultavam-nos na Igreja, na rua e mesmo em casa. Tudo sofreram por amor à Causa que abraçaram, por conta própria, sem nenhum vínculo com alguma entidade missionária. Sarah participou da organização de Salmos e hinos, o primeiro hinário evangélico brasileiro, usado pela primeira vez em 17 de novembro de 1861, na Igreja Evangélica Fluminense. Muitos dos hinos ali contidos foram produzidos em colaboração com o esposo, ou são de sua exclusiva autoria, totalizando cerca de 200.

Em 1. de julho de 1876, o casal Kalley deixou definitivamente o Brasil, fixando residência em Edimburgo. Posteriormente à morte do esposo, ocorrida em 17 de janeiro de 1888, Sarah fundou, em 1892, a missão Help for Brazil (Auxilio para o Brasil), com o objetivo de cooperar, por meio do envio de obreiros, com as igrejas originadas do trabalho do esposo.

 

(Nota do editor: Para esse hino, também conhecido por “Direção divina”, há outra melodia, que considero mais bonita que essa, mas não encontrada em nenhuma gravação. Penso que esse hino seja uma oração adequada para os momentos em que não entendemos os perfeitos, mas misteriosos, caminhos de Deus. Foi o hino que consolou a mim e a minha filha, especialmente, durante os quatro anos de doença dela. E foi o hino que nos consolou quando uma querida irmã, muito próxima, dormiu no Senhor.)

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Eu odeio pornografia (Eric Simmons)

Pornografia é um problema.

A pornografia é como uma droga, que seqüestra o cérebro, redefine a sexualidade humana e, enquanto faz isso, arruína vidas, destrói famílias e desestabiliza ministérios [cristãos]. E, sinceramente, é um problema que me cansa – canso-me da devastação que Satanás está causando a crianças, mulheres, famílias, pastores, igrejas, e ao mundo com esse mal trágico.

Pornografia se tornou um problema para mim quando eu tinha apenas seis anos e, pela graça de Deus, esse problema acabou quando Jesus me salvou, aos dezessete anos. Mas eu sei que isso raramente acontece de modo tão completo. Ela ainda é uma tentação, sim; a tentação abunda na cidade em que vivo e com o coração que eu tenho, mas a graça abunda ainda mais em Jesus Cristo.

Amigos, eu odeio pornografia. E aqui estão as razões.

Eu odeio pornografia porque é uma perversão do que Deus criou no homem e na mulher.

Odeio pornografia porque explora mulheres criadas à imagem de Deus e as faz uma imagem feita para a luxúria do homem.

Odeio pornografia porque faz das mulheres objetos, um produto de consumo em vez de uma gloriosa criatura que traz a imagem de Deus.

Odeio pornografia, porque eu amo as mulheres – em especial minha esposa e minhas três filhas.

Odeio pornografia porque ela rouba a experiência de satisfazer a alma do sexo com o cônjuge comprometido por meio de uma aliança e a transforma em uma experiência mirrada de sexo solitário de uma alma confusa.

Odeio pornografia porque transforma filhos e filhas de Deus em escravos do sexo.

Odeio pornografia porque ela transforma potenciais missionários em cristãos sem poder.

Odeio pornografia porque ela destrói casamentos, muitos antes mesmo de começar.

Odeio pornografia porque ela estende a adolescência e mantém homens como meninos.

Odeio pornografia porque ela mente aos homens sobre a beleza e os leva a buscar por uma estrela pornô em vez de por uma mulher que teme ao Senhor.

Odeio pornografia porque ela rouba homens e mulheres da plena alegria da obediência.

Odeio pornografia porque ela rompe a confiança entre marido e mulher.

Eu odeio pornografia porque é uma atividade diabólica e satânica que está sutilmente levando milhares e milhares para o inferno.

Odeio pornografia, pois ela leva a pastores desqualificados e a igrejas impotentes. (Pastor, se você é viciado em pornografia, você está desclassificado [para a função] e está matando sua igreja!)

Odeio pornografia porque suspeito que ela é a razão mais importante para não estarmos plantando mais igrejas nem enviando mais missionários.

Odeio pornografia porque desqualifica pregadores do evangelho que poderiam encher as igrejas vazias na minha cidade e de tantas outras.

Odeio pornografia por causa da decepção que os filhos têm de passar quando o pai lhes diz porque perderam o emprego ou a oportunidade de liderar na igreja.

Odeio pornografia porque ensina uma visão distorcida do sexo para as crianças antes que ele possa ser explicado por pais amorosos.

Odeio pornografia porque estou cansado de estar sentado em minha sala de estar com esposas soluçantes, confusas e devastadas e com maridos envergonhados, quebrados e condenados, que foram pegos [vendo pornografia].

Odeio pornografia, pois leva ao estupro, ao abuso sexual e à perversão que podem devastar as pessoas para o resto da vida.

Odeio pornografia porque transforma homens interiormente e sufoca sua ambição de santificar o nome de Deus.

Odeio pornografia porque ele diz que o pecado, Satanás e o mundo são mais satisfatórios do que nosso Deus triúno e Sua graça.

Odeio pornografia porque odeio culpa ímpia e condenação.

Eu odeio pornografia pelo medo que ela induz no coração dos pais em todos os lugares de que seu filho possa tropeçar por causa de uma olhadinha e ficar viciado.

 

Mas eu amo Jesus.

Eu amo Jesus porque Ele ama as pessoas com problemas com pornografia.

Eu amo Jesus porque Ele é poderoso para libertar corações escravizados à pornografia.

Aquele que não conheceu o vício da pornografia tornou-se o vício da pornografia para que o viciado em pornografia possa se tornar a justiça de Deus Nele.

Aquele que não tinha pecado se fez pecado por você para que você possa se tornar a justiça de Deus (2Coríntios 5.21).

Nessa frase brilhante, Paulo põe fim ao problema da pornografia.

 

Amigo [cristão], você não está mais em Adão, mas em Jesus. Jesus se tornou um substituto. Foi como se ele houvesse se tornado o viciado em pornografia, recebendo a justa condenação devido a nossa perversão, e você se tornou o filho justo ou a filha justa de Deus com todos os benefícios disso.

Amigo, em um ato de amor e justiça, na obra realizada por Jesus na cruz, mediante a fé Nele, agora você está limpo, santo e aceito, perdoado e livre. Deixe-me dizer isso novamente: livre!

Eu amo Jesus.

 

Artigos relacionados (em inglês)

 

Pornografia: a nova droga (John Piper)

Trazendo seu cérebro de volta da pornografia (John Piper)

Pornografia, orgulho e louvor (Heath Lambert)

 

 

(Traduzido por Francisco Nunes de I hate porn)

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Não pense que a pornografia é inofensiva

Leia também

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Adolescentes e acesso irrestrito: hora de arrepender-se (John Perrit)

As estatísticas foram publicadas, a literatura circulou amplamente, as conversas continuam, mas o assunto ainda parece não ser tratado com a devida vigilância. Estou falando sobre adolescentes com acesso irrestrito em seus smartphones e tablets. Dou um caloroso “Amém!” para o recente tweet de Russell Moore: “Estou chocado com pais que dão aos seus filhos pré-adolescentes iPhones e iPads com acesso irrestrito à Internet”.

Afirmamos corretamente que a pornografia é um vício, mas não parece que estamos desafiando os vendedores dessa droga. Quem são os vendedores? Pais. Pais que tolamente dão aos seus adolescentes (e pré-adolescentes) reinado livre sobre seus smartphones e, ao fazer isso, convidam o mundo para a cama de seus filhos todas as noites.

Alguns de vocês podem pensar que eu estou sendo um pouco exagerado, mas, após considerar outro verão de retiros de jovens, meus olhos foram abertos novamente para essa tolice absoluta (não há uma forma mais branda de colocar isso). As coisas que nossa juventude posta nas mídias sociais provam muitas coisas; uma delas é a ausência parental nessa esfera.

Eu tive muitas conversas com estudantes viciados em pornografia e, igualmente, muitas conversas com pais que não fazem ideia do que os seus filhos estão fazendo na Internet. Não fosse por um Deus todo-poderoso, reinante e soberano, eu estaria ainda mais preocupado com os efeitos dessa negligência sobre o futuro da nossa cultura, incluindo a igreja. Portanto, aqui vão seis conselhos de um pastor de jovens que não reivindica ter todas as respostas para a criação de filhos.

 1. Arrependa-se

Deus graciosamente te deu filhos como dádivas maravilhosas. Antes da fundação do mundo, ele te escolheu para ser seus pais. Embora a salvação venha de Deus, ele espera que você cuide dessas crianças para a Sua glória. Por isso, arrependa-se da sua preguiça nessa área. Se você não restringe o uso dos smartphones e não faz ideia do que os seus filhos estão fazendo neles, estou falando com você. Peça perdão ao Deus que te deu filhos e peça perdão às crianças cujo vício você ajudou.

2. Eduque-se

A internet está sempre mudando e é impossível ficar no topo da mais alta tecnologia. Ainda assim, esse não é um motivo para desistir. Você ainda pode aprender sobre a tecnologia que mais consume tempo dos seus filhos. Pegue deles o telefone que você comprou e comece a olhar os aplicativos que eles baixaram. Como pai, você também deve começar a baixar esses mesmos aplicativos e se familiarizar com eles. Se você não puder fazer isso, arranje um amigo que o faça.

3. Peça ajuda ao corpo da igreja

Nas infinitas graça e misericórdia de Deus, ele deu ao corpo de Cristo uma grande variedade de dons e pessoas. Louve a Deus por ele encher a igreja com “nerds”, aqueles que não somente amam aprender sobre as mais variadas tecnologias como também têm paciência para educar outros acerca delas. Encontre aquelas pessoas da sua igreja que têm um dom para informática e pergunte se eles poderiam se reunir para um almoço – talvez eles até desejem dar aulas sobre o assunto. De forma ainda mais simples, comece um grupo de emails com alguns gurus da tecnologia que te alertarão de vários perigos. Conclusão: use os dons da igreja de Deus para o ajudar nessa batalha.

4. Estabeleça limites

Quer você compre ou não os celulares de seus adolescentes ou quer você pague ou não as suas contas mensais, você ainda tem autoridade sobre eles e você precisa exercer essa autoridade para a glória de Deus. Pegue os celulares de seus adolescentes toda noite em um horário específico. Nenhuma mensagem de texto é suficientemente importante para fazer adolescentes ficarem acordados até tarde da noite. As fotos que eles estão tirando nesse horário não são do tipo que você gostaria de emoldurar. Restrinja os aplicativos que eles podem usar.

5. Diga-lhes o porquê

Praticamente todo pai consegue entrar em modo combate e empunhar a pesada mão da autoridade. Mas é preciso graça divina para ser um pai que senta e conversa com sua filha ou filho. Diga aos seus filhos por que você está colocando algumas restrições em seus telefones, converse com eles sobre a variedade de ídolos em seus corações e use esse tempo como uma oportunidade de comunicar o evangelho. Tantas vezes nós queremos falar de forma mais relevante aos nossos adolescentes – essa é sua chance. Ilustre a relevância do evangelho ao aplicá-lo  à tecnologia. Finalmente, comunique que qualquer restrição que você impõe a eles é motivada por amor e cuidado. Lembre-os de que você os está protegendo dos males desse mundo.

6. Ore

Enquanto há pais tolos que deixaram seus filhos soltos na Internet, outros pais têm sido responsáveis quanto o uso de smartphones por seus filhos e ainda temem a tecnologia. A esses pais, desejo lembrá-los do seu amável Pai celestial. Muitos de vocês são ótimos pais e mães que estão, pela graça de Deus, tentando cuidar das vidas das preciosas crianças que Deus os deu. Lembre-se de que você tem um Pai que amavelmente cuida de você e de suas crianças. Ele é o melhor Pai que já existiu e deseja ouvir qualquer preocupação que você tenha acerca dos seus filhos. Além disso, ele é o gênio criativo por trás de toda nova criação; portanto, torne a ele em oração e confiança.

Traduzido por Kimberly Anastacio | iPródigo.com | Original aqui

(Fonte)

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Devo me casar com um homem que luta contra a pornografia? (Russell D. Moore)

Alguns meses atrás, eu postei no meu blog uma pergunta sobre um dilema ético que uma mulher que acabou de noivar estava enfrentando. Ela havia acabado de descobrir que o seu noivo tinha “constantes batalhas contra a pornografia”. Ela não tem certeza do que fazer ou como se certificar de que está lidando com a questão da melhor forma. Aqui está a minha resposta:

Cara noiva confusa,

Muitas mulheres estão assistindo “Diário de uma paixão” ou “Crepúsculo” como referência do tipo de homem com quem deveriam se casar. Ao invés disso, você provavelmente deveria assistir “O lobisomem”.

Você já viu algum daqueles filmes antigos de lobisomem? Você sabe, aqueles em que o homem aterrorizado, encharcado de suor, se acorrenta no porão e diz aos seus amigos “o que quer que aconteça, não importa o que eu diga ou o quanto eu implore, não me deixem sair daqui”. Ele sabe que a lua cheia se aproxima e está tomando providências para proteger todos de si mesmo.

De uma forma bem real, a vida cristã é semelhante a isso. Todos nós temos pontos de vulnerabilidade, áreas de suscetibilidade ao erro e à autodestruição. Há seres soltos no universo que observam essas áreas e sabem como colaborar com a nossa fisiologia e o nosso ambiente para nos aprisionar.

A sabedoria reside em saber quais são essas áreas, saber reconhecer as armadilhas que aparecem e tomar os cuidados necessários para manter a fidelidade a Cristo e àqueles quem Deus nos deu.

O que me preocupa mais na sua situação não é que o seu potencial marido tenha uma fraqueza por pornografia, mas que você só tenha descoberto ela agora. Isso me diz que, ou ele não enxerga isso como o horror matrimonial que é, ou ele estava muito paralisado pela vergonha.

O que você precisa não é de um homem sem pecado. Você precisa de um homem profundamente consciente de seus pecados e de seu potencial para pecar mais ainda. Você precisa de um homem que enxerga o quanto é capaz de destruir a si mesmo e a sua própria família. Você precisa de um homem com a sabedoria para, como Jesus diz, arrancar e lançar fora qualquer coisa que o leve ao caminho da autodestruição.

Isso significa um homem que sabe como subverter a si mesmo. Eu, no seu lugar, iria querer saber quem, na vida dele, sabe sobre esse problema da pornografia e como essas pessoas, juntamente com ele, tem trabalhado para impedi-lo de pecar, sem expô-lo. Eu iria querer saber, dele, como ele planeja agir de forma que não consiga esconder de você essa tentação após o casamento.

Pode ser que, por conta da natureza dessa tentação, vocês dois não possam ter um computador em casa. Talvez signifique que você deva receber relatórios em tempo real de toda a atividade dele na internet. Há uma série de obstáculos que podem ser colocados no caminho. O ponto é: como forma de demonstrar amor por você, ele deve lutar (Efésios 5.25; João 10), e parte dessa luta será contra si mesmo.

Pornografia é uma tentação universal precisamente porque provoca exatamente o que os poderes satânicos desejam provocar. Ela agride a natureza trinitariana da realidade, a comunhão em amor de pessoas, substituindo por um unitarianismo masturbatório.

E a pornografia também agride a figura de Cristo e sua igreja ao interromper a união de um só corpo, deixando os casais em situação semelhante à dos nossos ancestrais, escondendo-se um do outro e de Deus, por conta da vergonha.

E a pornografia ataca, como Satanás sempre faz, a Encarnação (1 João 4.2-3), ao substituir a intimidade corporal do casal pela ilusão de intimidade remota.

Não há garantia que você possa manter seu marido longe da infidelidade, seja digital ou carnal, mas você pode se certificar que o homem que você está prestes a seguir sabe o que está em risco, sabe como se arrepender e sabe o que significa lutar contra o mundo, a carne e o Diabo por todo o caminho até a cruz.

Resumindo, encontre um homem que sabe qual é a sua “lua cheia”, o que o leva a ficar vulnerável à sua fera interior. Encontre um homem que saiba lutar consigo mesmo e saiba buscar ajuda de outras pessoas para isso.

Você não vai encontrar uma bala de prata para esse caso, mas talvez você encontre um lobisomem que vive pelo evangelho.

 

Russell D. Moore. Website: http://www.russellmoore.com. Original: Should I Marry a Man with Pornography Struggles? My Response

Traduzido por Filipe Schulz. Por iPródigo.com. Original: Devo me casar com um homem que luta contra a pornografia?

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