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Gotas de orvalho (295)

Como seguidores de Cristo, nosso sofrimento vem dos homens, enquanto nossa glória vem de Deus. Nosso sofrimento é terrenal, enquanto nossa glória é celestial. Nosso sofrimento é breve, enquanto nossa glória é para sempre. Nosso sofrimento é trivial, enquanto nossa glória é ilimitada. Nosso sofrimento está em nosso corpo mortal e corrompido, enquanto nossa glória estará em nosso corpo aperfeiçoado e imperecível.

(John MacArthur)

O sal, quando dissolvido na água, pode desaparecer, mas não deixa de existir. Podemos ter certeza de sua presença provando a água. Da mesma forma, o Cristo que habita em nós, embora invisível, se tornará evidente a outros pelo amor que Ele nos concede.

(Sundar Singh)

A ética puritana do casamento consistia primeiro em procurar, não por um parceiro a quem você ame apaixonadamente neste momento, mas sim por alguém a quem você possa amar continuamente como seu melhor amigo para o resto da vida, e então prosseguir com a ajuda de Deus para fazer exatamente isso.

(J. I. Packer)

Oração ― oração secreta, fervorosa e fiel ― está na raiz de toda piedade pessoal.

(William Carey)

O que é fé? Na forma mais simples com que consigo me expressar, eu respondo: fé é a segurança de que aquilo que Deus disse em Sua Palavra é verdade, e que Ele vai agir de acordo com aquilo que Ele disse em Sua Palavra. Essa segurança, essa confiança na Palavra de Deus, essa convicção é fé.

(George Müller)

Cada nação na Terra está sob as mãos de Deus; por isso, não há poder neste mundo que não seja, em última instância, controlado por Ele.

(Martyn Lloyd-Jones)

Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.

(Jd 1.3)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (293)

Muitos podem admitir que Cristo lhes seja o Advogado para interceder por eles, mas não seu Rei para governar sobre eles.

(Thomas Watson)

Não pense que estou louco. Não é para ganhar dinheiro que acredito que um cristão deva viver. A coisa mais nobre que um homem pode fazer é apenas receber humildemente e depois ir para o meio de outros e dar.

(David Livingstone)

Às vezes, tememos levar nossos problemas a Deus, porque eles devem parecer pequenos para Aquele que está sentado nas redondezas da Terra. Mas, se são grandes o suficiente para irritar-nos e pôr em risco nosso bem-estar, são grandes o suficiente para tocar Seu coração de amor.

(R. A. Torrey)

Talvez o aspecto mais trágico de negar as características naturais cientificamente estabelecidas seja que, uma negação assim, força uma rejeição da evidência oportuna e convincente dada ao Deus da Bíblia e à veracidade e à autoridade de Sua Palavra.

(Hugh Ross)

Isso é fé: renunciar a tudo o que podemos chamar de nosso e confiar totalmente no sangue, na justiça e na intercessão de Jesus.

(John Newton)

Em tempos de aflição, é comum encontrarmos as mais doces experiências do amor de Deus.

(John Bunyan)

Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.

(1Jo 2.15)

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Gotas de Orvalho (156)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Se os homens soubessem que não merecem nada, que são devedores da misericórdia de Deus a cada dia, logo cessariam de se queixar.

(J. C. Ryle)

O sofrimento faz parte da condição humana e vem para todos nós. A chave é a forma como reagimos a ele: ou nos afastando de Deus com raiva e amargura ou nos aproximando Dele com confiança.

(Billy Graham)

Ninguém em seu leito de morte diz: “Tragam-me meus diplomas!” Não espere esse momento para descobrir a futilidade final das realizações humanas.

(Josemar Bessa)

Nada coloca uma pessoa tão fora do alcance dos demônios como a humildade.

(Jonathan Edwards)

Deus não espera que Lhe submetamos nossa fé sem o uso da razão, mas os próprios limites de nossa razão fazem da fé uma necessidade.

(Agostinho)

Estejam em muita oração secreta. Conversem menos com os homens e mais com Deus.

(George Whitefield)

O casamento pode ser uma grande bênção ou uma grande maldição, dependendo de onde você coloca a cruz.

(C. T. Studd)

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Indicações de sexta (11)

A Bíblia é nossa regra de fé e de prática!

 

Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que merecem ser lidos

  1. Você é grato ao Universo? Se sim, o naturalismo é falso, de Johannes Janzen. Um texto muito simples, mas cheio de sabedoria, que mostra como são vazios e tolos os argumentos e as palavras de ateus.
  2. Casamento é para perdedores, por Kelly Flanagan. Seu casamento vai durar na mesma proporção em que você perder.
  3. O verdadeiro propósito da Igreja, de Mark Dever. Algumas importantes considerações sobre a vida e a função da Igreja.
  4. Como se conduzir na caminhada cristã, de Jonathan Edwards. As orientações do piedoso teólogo a uma jovem cristã continuam válidas e necessárias séculos depois.

Mensagem que merece ser ouvida

Morte espiritual: a parábola do filho pródigo, por Timothy Keller

Comece a ouvir a partir de três minutos do vídeo.

Hino que merece ser ouvido

Nearer, My God, to Thee

Letra de Sarah Flower Adams (22.2.1805 – 14.8.1848), música de Lowell Mason (1856)

Letra original

Nearer, my God, to Thee, nearer to Thee!
E’en though it be a cross that raiseth me,
Still all my song shall be, nearer, my God, to Thee.

Refrain
Nearer, my God, to Thee,
Nearer to Thee!

Though like the wanderer, the sun gone down,
Darkness be over me, my rest a stone.
Yet in my dreams I’d be nearer, my God to Thee.

There let the way appear, steps unto Heav’n;
All that Thou sendest me, in mercy given;
Angels to beckon me nearer, my God, to Thee.

Then, with my waking thoughts bright with Thy praise,
Out of my stony griefs Bethel I’ll raise;
So by my woes to be nearer, my God, to Thee.

Or, if on joyful wing cleaving the sky,
Sun, moon, and stars forgot, upward I’ll fly,
Still all my song shall be, nearer, my God, to Thee.

There in my Father’s home, safe and at rest,
There in my Savior’s love, perfectly blest;
Age after age to be, nearer my God to Thee.

Tradução para o português

Mais perto, meu Deus, de Ti, mais perto de Ti!
E, mesmo que seja uma cruz que me erga,
ainda assim, toda a minha música será: “Mais perto, meu Deus, de Ti.

Refrão
Mais perto, meu Deus, de Ti,
Mais perto de Ti!

Embora eu seja como o andarilho, o sol se pondo,
a escuridão vindo sobre mim, meu descanso, uma pedra,
no entanto, em meus sonhos, eu estaria mais perto, meu Deus, de Ti.

Deixe o caminho aparecer, degraus para o céu;
tudo o que Tu me enviaste, em misericórdia foi dado;
anjos me atraem para mais perto, meu Deus, de Ti.

Então, com meus pensamentos despertos brilhando o louvor a Ti,
de meus pesares pedregosos Betel vou erguer;
então, por meio de meus sofrimentos, estarei mais próximo, meu Deus, de Ti.

Ou, se com alegres asas rasgando os céus,
sol, lua e estrelas esqueci, para o alto voarei,
ainda assim toda a minha música será: “Mais perto, meu Deus, de Ti”.

Ali, na casa de meu Pai, seguro e em descanso;
Ali, no amor de meu Salvador perfeitamente abençoado;
século após século estarei mais perto, meu Deus, de Ti.

Versão em português

Mais perto quero estar

Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!
Inda que seja a dor que me una a Ti.
Sempre hei de suplicar: mais perto quero estar;
mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!

Andando triste aqui, na solidão,
paz e descanso, a mim, Teus braços dão.
Nas trevas vou sonhar: mais perto quero estar;
mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!

Minh’alma cantará a Ti, Senhor!
E, em Betel, alçará padrão de amor.
Eu sempre hei de rogar: mais perto quero estar,
mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!

E quando Cristo, enfim, me vier chamar,
nos céus, com serafins, irei morar.
Então, me alegrarei perto de Ti, meu Rei;
perto de Ti, meu Rei, meu Deus, de Ti!

História

Sarah era uma poeta inglesa. Sua obra mais longa é Vivia Perpetua, A Dramatic Poem (1841), que trata do conflito entre o paganismo e a fé cristã, no qual Vivia Perpétua foi martirizada. Em 1845, publicou The Flock at the Fountain (O rebanho na fonte), um catecismo e hinos para crianças. Membro da congregação do rev. W. J. Fox, em Londres, ela contribuiu com 13 hinos para o hinário Hymns and Anthems, publicado em 1841, para uso nessa capela. “Mais perto quero estar” era um deles.

Desse hino, que é inspirado no sonho que Jacó teve da escada que une a terra ao céu (Gn 12), disse Sarah: “Uma noite, algum tempo depois de estar deitada no escuro, olhos bem abertos, do silêncio na casa a melodia veio até mim e, na manhã seguinte, eu escrevi as notas”.

Muito conhecido no mundo todo, “Mais perto quero estar” tem sido usado em muitos filmes, além de estar ligado a muitas histórias inspiradoras, por ter trazido encorajamento às pessoas. Segundo alguns sobreviventes do Titanic, este era o hino que a orquestra estava tocando enquanto o navio afundava. (Outros sobreviventes negam essa versão.) De acordo com o médico do presidente americano William McKinley, entre suas últimas palavras ele teria dito: “’Mais perto, meu Deus, de Ti, mesmo que seja pela cruz’ tem sido minha oração constante”. No dia 13 de setembro de 1901, após cinco minutos de silêncio em todo o país, bandas na cidade de Nova York tocaram esse hino em homenagem ao presidente falecido.

O fundador da CNN, Ted Turner, no lançamento do canal, em 1980, prometeu: “Nós só sairemos do ar quando o mundo acabar. E nós faremos a cobertura ao vivo. E, quando o fim do mundo vier, nós tocaremos ‘Nearer My God to Thee’ antes de desligar.” Turner mandou fazer um vídeo para esse fim, com a gravação do hino tocado por uma banda marcial militar. O vídeo foi liberado na internet este ano.

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Conselho às mulheres casadas (1)

Se você não tem nada de bom para falar sobre o casamento, cale a boca!

 

Não acabe com o casamento das outras

 

Uns 20 anos atrás conheci dois jovens cristãos; vou chamá-los de Débora e de Moreira (nunca gravei o nome dele). Formavam um daqueles casais de capa de revista de moda, de anúncio de chinelo Havaianas, de comercial de plano de saúde: eram ambos lindos. Ela tinha longos cabelos loiros cacheados, um sorriso contagiante, era simpática ao máximo, cristã séria, nem um pouco exibida por sua beleza. Ele era um cara alto, de ombros largos, um sorriso branquíssimo, amplo, quase infantil de tão sincero, cabelos pretos bem arrumadinhos.

Não lembro exatamente em que ocasião os conheci, mas sei que fui próximo de ambos, principalmente dela, que conviveu mais comigo e com minha esposa a ponto de me chamar de pai. Pois lá estávamos, em uma grande conferência cristã. E lá eles entenderam ser de Deus o que já sentiam um pelo outro, e Moreira pediu a Débora em casamento.

Um dia ou dois depois disso, Débora nos procurou chorando, falando em terminar tudo com o Moreira. Perguntei a razão. “O que as pessoas estão falando! A Sílvia, esposa do presbítero Daniel, me disse que teve um sonho e que isso não é de Deus. E ela é minha amiga! Outras irmãs me disseram que hoje é tudo assim, cheio de amor, porque eu tô bonita, com tudo em cima, mas é só casar, ficar gorda, ter filhos, que a paixão toda vai acabar. Que o Moreira tá bonitão agora, mas é só casar que fica barrigudo, não tem mais carinho, só exigência.” Então, com os olhos vermelhos de chorar, me perguntou: “Será que todo casamento é assim?”

(Eu não recordo as palavras exatas ditas, mas o que ela me disse tinha exatamente esse teor.)

Fiquei furioso! Pensei em distribuir uns murros e uns puxões de cabelo neemiásticos (Ne 13.25) entre aquelas aves agoureiras. Mas preferi, com minha esposa, consolar a Débora.

“Será que todo casamento é assim?”

“Filha, ignore absolutamente o que essas frustradas estão falando. As casadas, por não viverem um casamento decente, satisfatório, por não se empenharem em ter um bom ambiente conjugal, por acharem que é assim mesmo, não conseguem ver um casal feliz sem achar que terá de terminar como elas. As solteiras estão, na verdade, doidinhas pra casar… com o Moreira! Você escolheu o cara; você acha que elas iam deixar barato? O Moreira deve estar ouvindo a mesma coisa por parte daqueles cretinos que estavam de olho em você. Estão torcendo pra vocês dois terminarem pra terem alguma chance. Débora, ignore essas pessoas que não têm um bom casamento porque não querem, porque não se submetem à orientação da Bíblia, porque não dependem do Senhor e de Sua graça, porque não fazem a lição de casa e querem só o bom resultado. Case e esfregue na cara delas, por anos a fio, que é possível, sim, ter um casamento constantemente cheio de alegria, prazer, satisfação mútua, respeito, carinho, doçura.”

(Eu não recordo as palavras exatas ditas, mas o que eu lhe disse tinha exatamente esse teor.)

Eles casaram. Infelizmente, o casamento não durou muito, pois Moreira não obedeceu à ordem bíblica de deixar pãe e mãe: permitiu que sua mãe se intrometesse na vida deles, a tal ponto que tiveram de se divorciar. A essa época, eu já havia perdido o contato com eles e não pude ajudá-los de modo algum. Só fiquei sabendo de tudo muitos anos depois. Mas mesmo isso confirma o que eu havia dito a ela: quem não se submete à orientação bíblica tem um casamento frustrado. Ou arruinado.

Com tristeza eu observo que aquilo que Débora sofreu acontece constantemente hoje em dia entre cristãos. Nada muda: mulheres frustradas com o casamento, em alguma área, em alguma medida, não suportam ver namorados ou recém-casados se acarinhando, se mimamdo, servindo-se mutuamente, sentindo prazer e alegria na presença um do outro, chamando-se de apelidos carinhosos, que logo precisam desfilar sua “experiência” na forma de alertas: “Isso só dura até chegarem os filhos! Ih, isso é fogo de recém-casado! Ainda estão na lua-de-mel, é? Cuidado, hein! Ele tá te explorando, querendo que você faça tudo pra ele. Não seja boba, não. Dê-se valor, minha filha!” E daí para baixo.

Querida irmã casada, vou dizer de novo: se você não tiver nada de bom para falar do casamento, cale a boca! Não peque com a boca (Mt 12.34), não amaldiçoe o relacionamento dos outros, não envenene quem está vivendo o que você gostaria de estar vivendo, mas não quer. Sim, você não quer! (Sei que há as responsabilidades de seu marido, mas falo com ele depois. Estou falando com você agora.) Deus abençoa abundantemente aqueles que se submetem a Sua vontade, que dependem Dele, que fazem o que lhes é exigido. E isso inclui um bom casamento.

Querida irmã casada, vou dizer de novo: se você não tiver nada de bom para falar do casamento, cale a boca!

Paulo escreveu algumas coisas interessantes a Tito, seu cooperador. Ele menciona a “sã doutrina” (1.9) e alerta para aqueles que, em lugar da sã doutrina, ensinam o que não convém (v. 11). Ele diz destes: “Aos quais convém tapar a boca” (v. 11a). No capítulo 2, ele ordena a Tito: “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (v. 1). Talvez você esperasse, a seguir, que o apóstolo mencionasse coisas como soteriologia, escatologia, discussão sobre a Trindade divina, mas não é o que ele faz. “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seu marido, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” (vv. 3-5; grifos acrescentados).

Leu com atenção? A mulher que já é casada deve ensinar as que casaram há pouco tempo. Se você alegar que a orientação de Paulo é para mulheres idosas e você não se encaixa na categoria, eu lhe pergunto: se você hoje é incapaz de ser um exemplo para as mais novas e continuar alimentando suas frustrações no casamento, será que vai ser diferente quando for mais velha?

Leia com atenção! Amor é coisa que se ensina! E você só pode ensinar o que aprendeu, o que pratica. Como você ama seu marido? Queixando-se dele sempre? Falando mal dele pelas costas? Revelando seus segredos para outras mulheres? Desrespeitando-o diante dos filhos? Ignorando a opinião e a orientação dele? Fazendo greve de sexo como reprimenda por qualquer mágoa não resolvida? É isso que você tem a ensinar àquela mulher ainda apaixonada pelo marido? É assim que você espera que ela proceda futuramente?

Como você ama seus filhos? Apenas dando-lhes presentes? Comprando-lhes o mais cedo possível um celular ou um tablet? Levando-os para a Disney? Mas se você os culpa por terem estragado seu corpo, sua vida sexual com seu marido, suas noites de descanso… Isso é amor? Será que sua atitude com os filhos não é um altissonante recado para as casadas jovens: “Muito cuidado para não procriarem! Vocês vão destruir seu casamento!”?

Amor é coisa que se ensina!

Você leu com atenção? O que você ensina com suas atitudes pode ornar a doutrina de Deus ou pode fazer com que sua Palavra seja blasfemada (vv. 10,5). Seus comentários ácidos, desencorajadores, frutos de sua frustração, blasfemam da Palavra de Deus, a qual dá perfeitas e práticas instruções para um casamento feliz. Sua vida de casamento frustrada está dizendo a todos que a Bíblia mente, que aquilo que ela promete não é realizável, que não passa de um ideal inalcançável. Se você não o tem é porque ainda não fez tudo que devia, não lutou até o sangue contra o pecado (Hb 12.4) da falta de perdão, da falta de submissão, da falta de busca pelo poder do Espírito, da falta de alimentar-se espiritualmente, da falta de alimentar interiormente uma boa disposição com respeito a seu marido e a seus filhos, da preguiça, da má vontade, da ira…

As jovens cristãs precisam ver e ouvir muitas mulheres casadas que, com realidade e satisfação, falem quão bom é estarem casadas, quão satisfeitas estão, quão felizes são por fazerem o que está a seu alcance para satisfazer o marido e os filhos. As jovens cristão precisam ser ajudadas a crer que o casamento não é uma instituição falida, que o sexo sem compromisso não é uma opção, que vale a pena, sim, se guardarem para seu futuro marido. E são as já casadas que podem ensinar isso a elas. Mas, para tal, devem viver o que ensinam. E viver com alegria e satisfação.

Abraço.

(Este artigo inaugura uma sub-categoria de Conselho para os pais. Se você quiser saber a razão desta série de artigos, clique aqui.)

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Cinco aspectos em que proteger seu casamento (Brad e Heidi Mitchell)

Temos um serviço que monitora nossas contas bancárias para protegê-las contra roubo de identidade. Alertamos nossos filhos quando eles estão indo em direção ao perigo. Certificamo-nos de que nossos celulares são seguros e que nossa casa está bem fechada. Estamos vigilantes para proteger o que é importante para nós.

Nós protegemos o que é valioso para nós, não é? Talvez não.

Muitos casamentos ruíram porque um ou ambos os cônjuges não conseguiram proteger seu coração. A Bíblia diz: “Acima de tudo, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23). Mas de que coisas, especificamente, podemos proteger o coração?

Aqui estão cinco coisas das quais proteger o coração, seguidas por aquilo que ganhamos por ser diligentes nisso. Veja quais dizem respeito a você. Então, com a ajuda de Deus, faça todo o possível para proteger seu coração!

Proteja seu coração de

1. Curiosidade. A porta da tentação aparece bem aberta quando nos permitimos “só querer saber” sobre um antigo caso do ensino médio, da faculdade ou de um emprego anterior. A título de curiosidade, podemos procurá-lo no Facebook. Lemos tudo o que podemos e, então… talvez em um impulso do momento, jogamos-lhe um “Oi” particular e aguardamos ansiosos a resposta. A velha frase “A curiosidade matou o gato” é mais verdadeira no casamento do que em qualquer outro lugar. Um conselheiro, amigo nosso, nos disse que, em 90% de todos os casais que o procuraram sobre infidelidade, o Facebook estava envolvido.

Certamente a curiosidade pode levar a muitas situações de perigo além do Facebook. O ponto é: proteja seu coração contra a curiosidade doentia. Se estiver em dúvida, não procure.

2. Descontentamento. Quando nos debruçamos sobre o que não temos, nós nos abrimos para a insatisfação permanente no casamento. Gostaríamos de ter um cônjuge que fosse como o de um(a) amigo(a). “Se ele, ao menos, fosse mais divertido, mais envolvente, um ouvinte melhor, que gostasse de meus passatempos, se fosse diferentes de como ele é…”

Proteja o seu coração. Concentre-se naquilo pelo que você é grato em seu cônjuge e diga isso a ele. Ouça a si mesmo afirmar isso a seu cônjuge, e essa atitude vai revestir seu coração com teflon e protegê-lo de descontentamento.

3. Tentação sexual. Proteja seu coração de buscar imagens e vídeos na internet que só irão corroer seu caráter e arrastá-lo para um abismo escuro de vergonha e culpa.

Tentação sexual muitas vezes começa com o desejo de uma conexão mais profunda com alguém que “cuide” de nós. Proteja seu coração das pessoas do sexo oposto que parecem desejar uma conexão profunda e manifestam interesse profundo por você. Construa paredes, limites e corra para os braços de Jesus e de seu cônjuge.

4. Crítica. Isso está intimamente associado com descontentamento. Um coração crítico consegue o efeito oposto do que deseja. Queremos mudanças, mas buscamos isso por apontar constantemente o que está errado.

Não entenda mal: às vezes temos de apontar honestamente as coisas. Mas a crítica excessiva pode criar um espírito amargo que vai empurrar nosso cônjuge para longe de nós, em vez de atraí-lo.

5. Vindicação. Não precisa muito para que queiramos cuidar de nós mesmos, recompensar-nos ou confortar-nos. Estresse, conflitos, críticas e excesso de trabalho são algumas das coisas que colaboram para nos fazer pensar: “Eu mereço isso”. O que acontece em seguida é começarmos a focar em nossas necessidades como as primárias e considerar as do cônjuge como secundárias. Tornando a situação mais volátil, esperamos que nosso cônjuge satisfaça nossos desejos, e, se ele não pode fazê-lo, procuramos preenchê-los por meio de alguém ou de alguma coisa.

Temos de proteger-nos contra o pensamento de vindicação. Quando você perceber um pensamento desse tipo, reconheça-o como tal. Em seguida, peça a Deus para ajudá-lo a lutar contra isso, optando por fazer algo amável para seu cônjuge!

O que ganhamos

Aqui estão algumas coisas que ganhamos quando protegemos nosso coração:

  • Temos o favor e a bênção de Deus.
  • Estamos contentes por ter mantido nossas afeições sob controle.
  • Estamos cheios de paz, pois estamos vivendo com integridade.
  • Ganhamos apreciação mais profunda pelo cônjuge, pois somente ele tem nosso carinho terreno.
  • Temos o poder de Deus, porque Ele tem uma pessoa pura por meio de quem trabalhar.
  • Construímos nosso legado de um casamento saudável e honrado.

Em que outros aspectos você pensa que os cônjuges devem proteger o coração? Deixe seus comentários abaixo. E faça o compromisso em seu coração de protegê-lo enquanto você constrói seu casamento!

(Traduzido por Francisco Nunes de 5 Places to Protect Your Marriage.)

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Eu odeio pornografia (Eric Simmons)

Pornografia é um problema.

A pornografia é como uma droga, que seqüestra o cérebro, redefine a sexualidade humana e, enquanto faz isso, arruína vidas, destrói famílias e desestabiliza ministérios [cristãos]. E, sinceramente, é um problema que me cansa – canso-me da devastação que Satanás está causando a crianças, mulheres, famílias, pastores, igrejas, e ao mundo com esse mal trágico.

Pornografia se tornou um problema para mim quando eu tinha apenas seis anos e, pela graça de Deus, esse problema acabou quando Jesus me salvou, aos dezessete anos. Mas eu sei que isso raramente acontece de modo tão completo. Ela ainda é uma tentação, sim; a tentação abunda na cidade em que vivo e com o coração que eu tenho, mas a graça abunda ainda mais em Jesus Cristo.

Amigos, eu odeio pornografia. E aqui estão as razões.

Eu odeio pornografia porque é uma perversão do que Deus criou no homem e na mulher.

Odeio pornografia porque explora mulheres criadas à imagem de Deus e as faz uma imagem feita para a luxúria do homem.

Odeio pornografia porque faz das mulheres objetos, um produto de consumo em vez de uma gloriosa criatura que traz a imagem de Deus.

Odeio pornografia, porque eu amo as mulheres – em especial minha esposa e minhas três filhas.

Odeio pornografia porque ela rouba a experiência de satisfazer a alma do sexo com o cônjuge comprometido por meio de uma aliança e a transforma em uma experiência mirrada de sexo solitário de uma alma confusa.

Odeio pornografia porque transforma filhos e filhas de Deus em escravos do sexo.

Odeio pornografia porque ela transforma potenciais missionários em cristãos sem poder.

Odeio pornografia porque ela destrói casamentos, muitos antes mesmo de começar.

Odeio pornografia porque ela estende a adolescência e mantém homens como meninos.

Odeio pornografia porque ela mente aos homens sobre a beleza e os leva a buscar por uma estrela pornô em vez de por uma mulher que teme ao Senhor.

Odeio pornografia porque ela rouba homens e mulheres da plena alegria da obediência.

Odeio pornografia porque ela rompe a confiança entre marido e mulher.

Eu odeio pornografia porque é uma atividade diabólica e satânica que está sutilmente levando milhares e milhares para o inferno.

Odeio pornografia, pois ela leva a pastores desqualificados e a igrejas impotentes. (Pastor, se você é viciado em pornografia, você está desclassificado [para a função] e está matando sua igreja!)

Odeio pornografia porque suspeito que ela é a razão mais importante para não estarmos plantando mais igrejas nem enviando mais missionários.

Odeio pornografia porque desqualifica pregadores do evangelho que poderiam encher as igrejas vazias na minha cidade e de tantas outras.

Odeio pornografia por causa da decepção que os filhos têm de passar quando o pai lhes diz porque perderam o emprego ou a oportunidade de liderar na igreja.

Odeio pornografia porque ensina uma visão distorcida do sexo para as crianças antes que ele possa ser explicado por pais amorosos.

Odeio pornografia porque estou cansado de estar sentado em minha sala de estar com esposas soluçantes, confusas e devastadas e com maridos envergonhados, quebrados e condenados, que foram pegos [vendo pornografia].

Odeio pornografia, pois leva ao estupro, ao abuso sexual e à perversão que podem devastar as pessoas para o resto da vida.

Odeio pornografia porque transforma homens interiormente e sufoca sua ambição de santificar o nome de Deus.

Odeio pornografia porque ele diz que o pecado, Satanás e o mundo são mais satisfatórios do que nosso Deus triúno e Sua graça.

Odeio pornografia porque odeio culpa ímpia e condenação.

Eu odeio pornografia pelo medo que ela induz no coração dos pais em todos os lugares de que seu filho possa tropeçar por causa de uma olhadinha e ficar viciado.

 

Mas eu amo Jesus.

Eu amo Jesus porque Ele ama as pessoas com problemas com pornografia.

Eu amo Jesus porque Ele é poderoso para libertar corações escravizados à pornografia.

Aquele que não conheceu o vício da pornografia tornou-se o vício da pornografia para que o viciado em pornografia possa se tornar a justiça de Deus Nele.

Aquele que não tinha pecado se fez pecado por você para que você possa se tornar a justiça de Deus (2Coríntios 5.21).

Nessa frase brilhante, Paulo põe fim ao problema da pornografia.

 

Amigo [cristão], você não está mais em Adão, mas em Jesus. Jesus se tornou um substituto. Foi como se ele houvesse se tornado o viciado em pornografia, recebendo a justa condenação devido a nossa perversão, e você se tornou o filho justo ou a filha justa de Deus com todos os benefícios disso.

Amigo, em um ato de amor e justiça, na obra realizada por Jesus na cruz, mediante a fé Nele, agora você está limpo, santo e aceito, perdoado e livre. Deixe-me dizer isso novamente: livre!

Eu amo Jesus.

 

Artigos relacionados (em inglês)

 

Pornografia: a nova droga (John Piper)

Trazendo seu cérebro de volta da pornografia (John Piper)

Pornografia, orgulho e louvor (Heath Lambert)

 

 

(Traduzido por Francisco Nunes de I hate porn)

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Devo me casar com um homem que luta contra a pornografia? (Russell D. Moore)

Alguns meses atrás, eu postei no meu blog uma pergunta sobre um dilema ético que uma mulher que acabou de noivar estava enfrentando. Ela havia acabado de descobrir que o seu noivo tinha “constantes batalhas contra a pornografia”. Ela não tem certeza do que fazer ou como se certificar de que está lidando com a questão da melhor forma. Aqui está a minha resposta:

Cara noiva confusa,

Muitas mulheres estão assistindo “Diário de uma paixão” ou “Crepúsculo” como referência do tipo de homem com quem deveriam se casar. Ao invés disso, você provavelmente deveria assistir “O lobisomem”.

Você já viu algum daqueles filmes antigos de lobisomem? Você sabe, aqueles em que o homem aterrorizado, encharcado de suor, se acorrenta no porão e diz aos seus amigos “o que quer que aconteça, não importa o que eu diga ou o quanto eu implore, não me deixem sair daqui”. Ele sabe que a lua cheia se aproxima e está tomando providências para proteger todos de si mesmo.

De uma forma bem real, a vida cristã é semelhante a isso. Todos nós temos pontos de vulnerabilidade, áreas de suscetibilidade ao erro e à autodestruição. Há seres soltos no universo que observam essas áreas e sabem como colaborar com a nossa fisiologia e o nosso ambiente para nos aprisionar.

A sabedoria reside em saber quais são essas áreas, saber reconhecer as armadilhas que aparecem e tomar os cuidados necessários para manter a fidelidade a Cristo e àqueles quem Deus nos deu.

O que me preocupa mais na sua situação não é que o seu potencial marido tenha uma fraqueza por pornografia, mas que você só tenha descoberto ela agora. Isso me diz que, ou ele não enxerga isso como o horror matrimonial que é, ou ele estava muito paralisado pela vergonha.

O que você precisa não é de um homem sem pecado. Você precisa de um homem profundamente consciente de seus pecados e de seu potencial para pecar mais ainda. Você precisa de um homem que enxerga o quanto é capaz de destruir a si mesmo e a sua própria família. Você precisa de um homem com a sabedoria para, como Jesus diz, arrancar e lançar fora qualquer coisa que o leve ao caminho da autodestruição.

Isso significa um homem que sabe como subverter a si mesmo. Eu, no seu lugar, iria querer saber quem, na vida dele, sabe sobre esse problema da pornografia e como essas pessoas, juntamente com ele, tem trabalhado para impedi-lo de pecar, sem expô-lo. Eu iria querer saber, dele, como ele planeja agir de forma que não consiga esconder de você essa tentação após o casamento.

Pode ser que, por conta da natureza dessa tentação, vocês dois não possam ter um computador em casa. Talvez signifique que você deva receber relatórios em tempo real de toda a atividade dele na internet. Há uma série de obstáculos que podem ser colocados no caminho. O ponto é: como forma de demonstrar amor por você, ele deve lutar (Efésios 5.25; João 10), e parte dessa luta será contra si mesmo.

Pornografia é uma tentação universal precisamente porque provoca exatamente o que os poderes satânicos desejam provocar. Ela agride a natureza trinitariana da realidade, a comunhão em amor de pessoas, substituindo por um unitarianismo masturbatório.

E a pornografia também agride a figura de Cristo e sua igreja ao interromper a união de um só corpo, deixando os casais em situação semelhante à dos nossos ancestrais, escondendo-se um do outro e de Deus, por conta da vergonha.

E a pornografia ataca, como Satanás sempre faz, a Encarnação (1 João 4.2-3), ao substituir a intimidade corporal do casal pela ilusão de intimidade remota.

Não há garantia que você possa manter seu marido longe da infidelidade, seja digital ou carnal, mas você pode se certificar que o homem que você está prestes a seguir sabe o que está em risco, sabe como se arrepender e sabe o que significa lutar contra o mundo, a carne e o Diabo por todo o caminho até a cruz.

Resumindo, encontre um homem que sabe qual é a sua “lua cheia”, o que o leva a ficar vulnerável à sua fera interior. Encontre um homem que saiba lutar consigo mesmo e saiba buscar ajuda de outras pessoas para isso.

Você não vai encontrar uma bala de prata para esse caso, mas talvez você encontre um lobisomem que vive pelo evangelho.

 

Russell D. Moore. Website: http://www.russellmoore.com. Original: Should I Marry a Man with Pornography Struggles? My Response

Traduzido por Filipe Schulz. Por iPródigo.com. Original: Devo me casar com um homem que luta contra a pornografia?

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Casamento e amor (John Piper)

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Um Engano Chamado “Teologia Inclusiva” ou “Teologia Gay” (Augustus Nicodemus Lopes)

O padrão de Deus para o exercício da sexualidade humana é o relacionamento entre um homem e uma mulher no ambiente do casamento. Nesta área, a Bíblia só deixa duas opções para os cristãos: casamento heterossexual e monogâmico ou uma vida celibatária. À luz das Escrituras, relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são vistas não como opção ou alternativa, mas sim como abominação, pecado e erro, sendo tratada como prática contrária à natureza. Contudo, neste tempo em que vivemos, cresce na sociedade em geral, e em setores religiosos, uma valorização da homossexualidade como comportamento não apenas aceitável, mas supostamente compatível com a vida cristã. Diferentes abordagens teológicas têm sido propostas no sentido de se admitir que homossexuais masculinos e femininos possam ser aceitos como parte da Igreja e expressar livremente sua homoafetividade no ambiente cristão.
Existem muitas passagens na Bíblia que se referem ao relacionamento sexual padrão, normal, aceitável e ordenado por Deus, que é o casamento monogâmico heterossexual. Desde o Gênesis, passando pela lei e pela trajetória do povo hebreu, até os evangelhos e as epístolas do Novo Testamento, a tradição bíblica aponta no sentido de que Deus criou homem e mulher com papéis sexuais definidos e complementares do ponto de vista moral, psicológico e físico. Assim, é evidente que não é possível justificar o relacionamento homossexual a partir das Escrituras, e muito menos dar à Bíblia qualquer significado que minimize ou neutralize sua caracterização como ato pecaminoso. Em nenhum momento, a Palavra de Deus justifica ou legitima um estilo homossexual de vida, como os defensores da chamada “teologia inclusiva” têm tentado fazer. Seus argumentos têm pouca ou nenhuma sustentação exegética, teológica ou hermenêutica.
A “teologia inclusiva” é uma abordagem segundo a qual, se Deus é amor, aprovaria todas as relações humanas, sejam quais forem, desde que haja este sentimento. Essa linha de pensamento tem propiciado o surgimento de igrejas onde homossexuais, nesta condição, são admitidos como membros e a eles é ensinado que o comportamento gay não é fator impeditivo à vida cristã e à salvação. Assim, desde que haja amor genuíno entre dois homens ou duas mulheres, isso validaria seu comportamento, à luz das Escrituras. A falácia desse pensamento é que a mesma Bíblia que nos ensina que Deus é amor igualmente diz que ele é santo e que sua vontade quanto à sexualidade humana é que ela seja expressa dentro do casamento heterossexual, sendo proibidas as relações homossexuais.
Em segundo lugar, a “teologia inclusiva” defende que as condenações encontradas no Antigo Testamento, especialmente no livro de Levítico, se referem somente às relações sexuais praticadas em conexão com os cultos idolátricos e pagãos, como era o caso dos praticados pelas nações ao redor de Israel. Além disso, tais proibições se encontram ao lado de outras regras contra comer sangue ou carne de porco, que já seriam ultrapassadas e, portanto, sem validade para os cristãos. Defendem ainda que a prova de que as proibições das práticas homossexuais eram culturais e cerimoniais é que elas eram punidas com a morte – coisa que não se admite a partir da época do Novo Testamento.
É fato que as relações homossexuais aconteciam inclusive – mas não exclusivamente – nos cultos pagãos dos cananeus. Contudo, fica evidente que a condenação da prática homossexual transcende os limites culturais e cerimoniais, pois é repetida claramente no Novo Testamento. Ela faz parte da lei moral de Deus, válida em todas as épocas e para todas as culturas. A morte de Cristo aboliu as leis cerimoniais, como a proibição de se comer determinados alimentos, mas não a lei moral, onde encontramos a vontade eterna do Criador para a sexualidade humana. Quando ao apedrejamento, basta dizer que outros pecados punidos com a morte no Antigo Testamento continuam sendo tratados como pecado no Novo, mesmo que a condenação capital para eles tenha sido abolida – como, por exemplo, o adultério e a desobediência contumaz aos pais.
PECADO E DESTRUIÇÃO
Os teólogos inclusivos gostam de dizer que Jesus Cristo nunca falou contra o homossexualismo. Em compensação, falou bastante contra a hipocrisia, o adultério, a incredulidade, a avareza e outros pecados tolerados pelos cristãos. Este é o terceiro ponto: sabe-se, todavia, que a razão pela qual Jesus não falou sobre homossexualidade é que ela não representava um problema na sociedade judaica de sua época, que já tinha como padrão o comportamento heterossexual. Não podemos dizer que não havia judeus que eram homossexuais na época de Jesus, mas é seguro afirmar que não assumiam publicamente esta conduta. Portanto, o homossexualismo não era uma realidade social na Palestina na época de Jesus. Todavia, quando a Igreja entrou em contato com o mundo gentílico – sobretudo as culturas grega e romana, onde as práticas homossexuais eram toleradas, embora não totalmente aceitas –, os autores bíblicos, como Paulo, incluíram as mesmas nas listas de pecados contra Deus. Para os cristãos, Paulo e demais autores bíblicos escreveram debaixo da inspiração do Espírito Santo enviado por Jesus Cristo. Portanto, suas palavras são igualmente determinantes para a conduta da Igreja nos dias de hoje.
O quarto ponto equivocado da abordagem que tenta fazer do comportamento gay algo normal e aceitável no âmbito do Cristianismo é a suposição de que o pecado de Sodoma e Gomorra não foi o homossexualismo, mas a falta de hospitalidade para com os hóspedes de Ló. A base dos teólogos inclusivos para esta afirmação é que no original hebraico se diz que os homens de Sodoma queriam “conhecer” os hóspedes de Ló (Gênesis 19.5) e não abusar sexualmente deles, como é traduzido em várias versões, como na Almeida atualizada. Outras versões como a Nova versão internacional e a Nova tradução na linguagem de hoje entendem que conhecer ali é conhecer sexualmente e dizem que os concidadãos de Ló queriam “ter relações” com os visitantes, enquanto a SBP é ainda mais clara: “Queremos dormir com eles”. Usando-se a regra de interpretação simples de analisar palavras em seus contextos, percebe-se que o termo hebraico usado para dizer que os homens de Sodoma queriam “conhecer” os hóspedes de Ló (yadah) é o mesmo termo que Ló usa para dizer que suas filhas, que ele oferecia como alternativa à tara daqueles homens, eram virgens: “Elas nunca conheceram (yadah) homem”, diz o versículo 8. Assim, fica evidente que “conhecer”, no contexto da passagem de Gênesis, significa ter relações sexuais. Foi esta a interpretação de Filo, autor judeu do século 1º, em sua obra sobre a vida de Abraão: segundo ele, “os homens de Sodoma se acostumaram gradativamente a ser tratados como mulheres.”
Ainda sobre o pecado cometido naquelas cidades bíblicas, que acabaria acarretando sua destruição, a “teologia inclusiva” defende que o profeta Ezequiel claramente diz que o erro daquela gente foi a soberba e a falta de amparo ao pobre e ao necessitado (Ez 16.49). Contudo, muito antes de Ezequiel, o “sodomita” era colocado ao lado da prostituta na lei de Moisés: o rendimento de ambos, fruto de sua imoralidade sexual, não deveria ser recebido como oferta a Deus, conforme Deuteronômio 23.18. Além do mais, quando lemos a declaração do profeta em contexto, percebemos que a soberba e a falta de caridade era apenas um entre os muitos pecados dos sodomitas. Ezequiel menciona as “abominações” dos sodomitas, as quais foram a causa final da sua destruição: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali” (Ez 16.49-50). Da mesma forma, Pedro, em sua segunda epístolas, refere-se às práticas pecaminosas dos moradores de Sodoma e Gomorra tratando-as como “procedimento libertino”.
Um quinto argumento é que haveria alguns casos de amor homossexual na Bíblia, a começar pelo rei Davi, para quem o amor de seu amigo Jônatas era excepcional, “ultrapassando o das mulheres” (II Samuel 1.26). Contudo, qualquer leitor da Bíblia sabe que o maior problema pessoal de Davi era a falta de domínio próprio quanto à sua atração por mulheres. Foi isso que o levou a casar com várias delas e, finalmente, a adulterar com Bate-Seba, a mulher de Urias. Seu amor por Jônatas era aquela amizade intensa que pode existir entre duas pessoas do mesmo sexo e sem qualquer conotação erótica. Alguns defensores da “teologia inclusiva” chegam a categorizar o relacionamento entre Jesus e João como homoafetivo, pois este, sendo o discípulo amado do Filho de Deus, numa ocasião reclinou a sua cabeça no peito do Mestre (João 13.25). Acontece que tal atitude, na cultura oriental, era uma demonstração de amizade varonil – contudo, acaba sendo interpretada como suposta evidência de um relacionamento homoafetivo. Quem pensa assim não consegue enxergar amizade pura e simples entre pessoas do mesmo sexo sem lhe atribuir uma conotação sexual.
“TORPEZA”
Há uma sexta tentativa de reinterpretar passagens bíblicas com objetivo de legitimar a homossexualidade. Os propagadores da “teologia gay” dizem que, no texto de Romanos 1.24-27, o apóstolo Paulo estaria apenas repetindo a proibição de Levítico à prática homossexual na forma da prostituição cultual, tanto de homens como de mulheres – proibição esta que não se aplicaria fora do contexto do culto idolátrico e pagão. Todavia, basta que se leia a passagem para ficar claro o que Paulo estava condenando. O apóstolo quis dizer exatamente o que o texto diz: que homens e mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza, e que se inflamaram mutuamente em sua sensualidade – homens com homens e mulheres com mulheres –, “cometendo torpeza” e “recebendo a merecida punição por seus erros”. E ao se referir ao lesbianismo como pecado, Paulo deixa claro que não está tratando apenas da pederastia, como alguns alegam, visto que a mesma só pode acontecer entre homens, mas a todas as relações homossexuais, quer entre homens ou mulheres.
É alegado também que, em I Coríntios 6.9, os citados efeminados e sodomitas não seriam homossexuais, mas pessoas de caráter moral fraco (malakoi, pessoa “macia” ou “suave”) e que praticam a imoralidade em geral (arsenokoites, palavra que teria sido inventada por Paulo). Todavia, se este é o sentido, o que significa as referências a impuros e adúlteros, que aparecem na mesma lista? Por que o apóstolo repetiria estes conceitos? Na verdade, efeminado se refere ao que toma a posição passiva no ato homossexual – este é o sentido que a palavra tem na literatura grega da época, em autores como Homero, Filo e Josefo – e sodomita é a referência ao homem que deseja ter coito com outro homem.
Há ainda uma sétima justificativa apresentada por aqueles que acham que a homossexualidade é compatível com a fé cristã. Segundo eles, muitas igrejas cristãs históricas, hoje, já aceitam a prática homossexual como normal – tanto que homossexuais praticantes, homens e mulheres, têm sido aceitos não somente como membros mas também como pastores e pastoras. Essas igrejas, igualmente, defendem e aceitam a união civil e o casamento entre pessoa do mesmo sexo. É o caso, por exemplo, da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos – que nada tem a ver com a Igreja Presbiteriana do Brasil –, da Igreja Episcopal no Canadá e de igrejas em nações européias como Suécia, Noruega e Dinamarca, entre outras confissões. Na maioria dos casos, a aceitação da homossexualidade provocou divisões nestas igrejas, e é preciso observar, também, que só aconteceu depois de um longo processo de rejeição da inspiração, infalibilidade e autoridade da Bíblia. Via de regra, essas denominações adotaram o método histórico-crítico – que, por definição, admite que as Sagradas Escrituras são condicionadas culturalmente e que refletem os erros e os preconceitos da época de seus autores. Desta forma, a aceitação da prática homossexual foi apenas um passo lógico. Outros ainda virão. Todavia, cristãos que recebem a Bíblia como a infalível e inerrante Palavra de Deus não podem aceitar a prática homossexual, a não ser como uma daquelas relações sexuais consideradas como pecaminosas pelo Senhor, como o adultério, a prostituição e a fornicação.
Contudo, é um erro pensar que a Bíblia encara a prática homossexual como sendo o pecado mais grave de todos. Na verdade, existe um pecado para o qual não há perdão, mas com certeza não se trata da prática homossexual: é a blasfêmia contra o Espírito Santo, que consiste em atribuir a Satanás o poder pelo qual Jesus Cristo realizou os seus milagres e prodígios aqui neste mundo, mencionado em Marcos 3.22-30. Consequentemente, não está correto usar a Bíblia como base para tratar homossexuais como sendo os piores pecadores dentre todos, que estariam além da possibilidade de salvação e que, portanto, seriam merecedores de ódio e desprezo. É lamentável e triste que isso tenha acontecido no passado e esteja se repetindo no presente. A mensagem da Bíblia é esta: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus”, conforme Romanos 3.23. Todos nós precisamos nos arrepender de nossos pecados e nos submetermos a Jesus Cristo, o Salvador, pela fé, para recebermos o perdão e a vida eterna.
Lembremos ainda que os autores bíblicos sempre tratam da prática homossexual juntamente com outros pecados. O 20º capítulo de Levítico proíbe não somente as relações entre pessoas do mesmo sexo, como também o adultério, o incesto e a bestialidade. Os sodomitas e efeminados aparecem ao lado dos adúlteros, impuros, ladrões, avarentos e maldizentes, quando o apóstolo Paulo lista aqueles que não herdarão o Reino de Deus (I Coríntios 6.9-10). Porém, da mesma forma que havia nas igrejas cristãs adúlteros e prostitutas que haviam se arrependido e mudado de vida, mediante a fé em Jesus Cristo, havia também efeminados e sodomitas na lista daqueles que foram perdoados e transformados.
COMPAIXÃO
É fundamental, aqui, fazer uma importante distinção. O que a Bíblia condena é a prática homossexual, e não a tentação a esta prática. Não é pecado ser tentado ao homossexualismo, da mesma forma que não é pecado ser tentado ao adultério ou ao roubo, desde que se resista. As pessoas que sentem atração por outras do mesmo sexo devem lembrar que tal desejo é resultado da desordem moral que entrou na humanidade com a queda de Adão e que, em Cristo Jesus, o segundo Adão, podem receber graça e poder para resistir e vencer, sendo justificados diante de Deus.
Existem várias causas identificadas comumente para a atração por pessoas do mesmo sexo, como o abuso sexual sofrido na infância. Muitos gays provêm de famílias disfuncionais ou tiveram experiências negativas com pessoas do sexo oposto.  Há aqueles, também, que agem deliberadamente por promiscuidade e têm desejo de chocar os outros. Um outro fator a se levar em conta são as tendências genéticas à homossexualidade, cuja existência não está comprovada até agora e tem sido objeto de intensa polêmica. Todavia, do ponto de vista bíblico, o homossexualismo é o resultado do abandono da glória de Deus, da idolatria e da incredulidade por parte da raça humana, conforme Romanos 1.18-32. Portanto, não é possível para quem crê na Bíblia justificar as práticas homossexuais sob a alegação de compulsão incontrolável e inevitável, muito embora os que sofrem com esse tipo de impulso devam ser objeto de compaixão e ajuda da Igreja cristã.
É preciso também repudiar toda manifestação de ódio contra homossexuais, da mesma forma com que o fazemos em relação a qualquer pessoa. Isso jamais nos deveria impedir, todavia, de declarar com sinceridade e respeito nossa convicção bíblica de que a prática homossexual é pecaminosa e que não podemos concordar com ela, nem com leis que a legitimam. Diante da existência de dispositivos legais que permitem que uma pessoa deixe ou transfira seus bens a quem ele queira, ainda em vida, não há necessidade de leis legitimando a união civil de pessoas de mesmo sexo – basta a simples manifestação de vontade, registrada em cartório civil, na forma de testamento ou acordo entre as partes envolvidas. O reconhecimento dos direitos da união homoafetiva valida a prática homossexual e abre a porta para o reconhecimento de um novo conceito de família. No Brasil, o reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo para fins de herança e outros benefícios aconteceu ao arrepio do que diz a Constituição: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (Art. 226, § 3º).

Cristãos que recebem a Bíblia como a palavra de Deus não podem ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que seria a validação daquilo que as Escrituras, claramente, tratam como pecado. O casamento está no âmbito da autoridade do Estado e os cristãos são orientados pela Palavra de Deus a se submeter às autoridades constituídas; contudo, a mesma Bíblia nos ensina que nossa consciência está submissa, em última instância, à lei de Deus e não às leis humanas – “Importa antes obedecer a Deus que os homens” (Atos 5.29). Se o Estado legitimar aquilo que Deus considera ilegítimo, e vier a obrigar os cristãos a irem contra a sua consciência, eles devem estar prontos a viver, de maneira respeitosa e pacífica em oposição sincera e honesta, qualquer que seja o preço a ser pago.

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O evangelho e o casamento (im)perfeito (Winston Hottman)

De acordo com o dicionário, perfeccionismo pode ser definido assim:

Uma disposição para considerar qualquer coisa aquém da perfeição como inaceitável; especialmente o estabelecimento de objetivos absurdamente exigentes acompanhado por uma disposição para considerar o fracasso de alcançá-los como inaceitáveis e um sinal de falta de valor pessoal.

Apesar da necessidade de um pouco mais de nuance, essa descrição serve como uma boa definição. O perfeccionismo não parece ser muita coisa para a maioria das pessoas, e mesmo nós cristãos tendemos a vê-lo como um pecado “respeitável”. A simples verdade é que o perfeccionismo, como qualquer outro pecado, é uma demonstração aberta de orgulho humano. E que fique claro uma coisa: eu sou um perfeccionista.

Sendo cristão, meu tipo de perfeccionismo pode ser um pouco mais sutil por algumas vezes se disfarça de atitude piedosa. Mas mesmo quando o perfeccionismo parece ser direcionado a uma vida piedosa, ele é orgulhoso porque cria uma expectativa para agora do que Deus prometeu realizar apenas no futuro. O perfeccionismo desconsidera a promessa de Deus de nos fazer quem um dia seremos ao tentar, por nossas próprias forças, alcançar o alvo dessa promessa no presente, e por colocar nós mesmos como os juízes supremos de nosso desempenho.

Dependendo de quão bem nós estamos indo aos nossos próprios olhos, o perfeccionismo pode se manifestar em uma variedade de respostas negativas: sentimentos de autodepreciação, preocupação desmedida com a opinião das outras pessoas, medo paralisante, impaciência ou senso de superioridade.

Por mais que eu reconheça minhas tendências perfeccionistas há algum tempo, e esteja confiante de que Deus está me transformando, a verdade é que eu tendo a descontar essa disposição nos meus relacionamentos, e não menos no meu casamento.

O Casamento Perfeito?

Como ávido leitor, eu investi nos anos que precederam meu casamento muito tempo na leitura de livros cristãos sobre casamento e masculinidade. Pude observar muitas verdades e muitos conselhos sábios, mas conforme crescia meu entendimento sobre o que deve ser um casamento, o que era um desejo parcialmente sincero de glorificar a Deus se tornou uma expectativa egocêntrica e irreal. E isso levou ao pensamento de que, se eu tentasse o suficiente, eu poderia alcançar o padrão bíblico de um marido piedoso, ou pelo menos chegaria bem perto. Por sua vez, isso levou à demanda por uma esposa que fosse exatamente o que Deus diz que uma esposa deva ser, e um casamento que representasse perfeitamente a imagem bíblica dessa união.

Mas quando se trata de lutar contra o perfeccionismo no casamento, eu sei que não estou sozinho. Tenho conversado com muitos irmãos cristãos, solteiros e casados, que vivem sob ideias utópicas do que seus casamentos serão ou deveriam ser. Alguns desses passaram anos em uma busca arrogante por potenciais cônjuges à procura daquele par “perfeito” enquanto outros lutam em busca de paciência e contentamento quando seus casamentos não alcançam o padrão que havia sido idealizado.

E enquanto ser solteiro pode muitas vezes acomodar uma autoconsciência inflada de espiritualidade, o casamento garante que as imperfeições de alguém serão expostas, como rapidamente eu descobri quando me casei. Não importa quão bom seja nosso casamento, como o relacionamento mais íntimo que pode haver entre dois seres humanos, ele funciona como um holofote sobre nossos corações, nos possibilitando ver de perto nosso egoísmo na perspectiva da outra pessoa. Ele nos expõe. E, consequentemente, isso é uma forma de demolir nossa pretensa autoconfiança. Vem à tona de forma clara e pessoal a noção por vezes abstrata da depravação humana, nos mostrando a profundidade de nosso egocentrismo. E por mais que todos os princípios certos possam ajudar bastante, eventualmente temos que lidar com a realidade de nossa fraqueza e da fraqueza da pessoa com quem entramos no sagrado pacto matrimonial.

Em outras palavras, Deus está usando meu casamento para destruir meu orgulho.

O Poder do Evangelho

Enquanto princípios, passos e práticas dos conselheiros cristãos a respeito do casamento são muitas vezes úteis e corretos, o evangelho é a verdade mais central em qualquer casamento. Assim como o resto de nossas vidas, é a mensagem da redenção de Deus em Cristo e nossa restauração nele que nos torna possível entender, processar e responder de forma apropriada aos fracassos em nossos casamentos. Isso nos afasta tanto da arrogância pecaminosa que ignora a profundeza de nosso pecado quanto da vergonha pecaminosa que se recusa a aceitar o perdão e as promessas de Deus para nós e para nossos casamentos. No evangelho nós percebemos que, de fato, nossos casamentos serão cauterizados, manchados e bagunçados pelos nossos esforços, mas que nosso Pai está trabalhando em nossos casamentos, através do Espírito, para realizar algo belo ao nos restaurar e restaurar nossos cônjuges à dignidade e glória da imagem do Filho, Jesus Cristo.

Como um recém-casado, eu não tenho nada de novo para propor em termos de aconselhamento matrimonial. Mas se alguém me pedisse conselhos, é isso que eu diria: está tudo bem em aceitar que nem tudo está bem. Complacência? Não. Preguiça? Não. Mas consciência honesta de que você e seu cônjuge são indivíduos pecadores e imperfeitos que, no presente, nunca alcançarão um padrão perfeito, ou até mesmo quase perfeito, de casamento? Sim. E confiança na fidelidade de um todo-poderoso e gracioso Deus que prometeu fazer de nosso casamento o tipo de relacionamento que comunica o amor de Jesus por sua noiva mesmo quando a realidade presente de nossos casamentos parece longe disso? Sim. A questão é em quem você coloca sua esperança e confiança. Parafraseando as palavras do apóstolo Paulo, nossas orações deveriam ser:

Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória em nossos casamentos, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com | Original aqui

 

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(Fonte)

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Livro indicado para irmãs

Há algum tempo minha esposa leu um livro em espanhol chamado Creada Para Ser Su Ayuda Idonea: Descubre Como Puede Dios Hacer Glorioso Tu Matrimonio, de Debi Pearl. Sua orientação é absolutamente bíblica e prática, partindo de um princípio simples: faça o que você tem de fazer, pois esta é a vontade de Deus.É um livro dirigido para irmãs casadas, principalmente, mas pode ser lida também por aquelas que querem ter um casamento que traga glória a Deus.Por ser um livro centrado na Bíblia e na vontade de Deus, incomodará feministas, modernistas, liberais, relativistas. A autora crê inegociavelmente que a Bíblia é o padrão absoluto de Deus para a vida cristã em todas as áreas. E ali ela aplica isso específica e enfaticamente às mulheres cristãs casadas. Por isso, eu o recomendo.
Como adquirir a versão impressa
Infelizmente, o livro não tem versão (ainda) em português, apenas em inglês ou espanhol. Ele está à venda na Amazon. Clique aqui para a versão em espanhol e aqui para a versão em inglês.
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Como adquirir a versão digital
Há também a versão digital, que pode ser lida no PC, em celulares Android ou iPhones, tablets com Android ou em iPads. Ela é mais barata que a versão impressa.
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Apesar das explicações estarem em inglês, são bastante simples e não oferecem maior dificuldade.
Versão pirata
Há uma versão pirata deste livro na internet, mas por questão de consciência eu não a indico. O livro não é caro, mesmo impresso e enviado para o Brasil. E seu conetúdo vale muito mais do que se paga por ele.
Que o Senhor abençoe ricamente todas que o lerem. E divulguem à vontade essas orientações.
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