Não sou o que devo ser, nem o que desejo ser, nem o que espero ser, mas, pela graça de Deus, não sou o que era.
(John Newton)
O Senhor é bom para os que O esperam, para a alma que O busca (Lm 3:25). Almas esperançosas, lembrai-vos que essa garantia é vossa, mas o tempo de dá-la é do Senhor; a jóia é vossa, mas a época em que Ele a dará está em Suas mãos: a corrente de ouro é vossa, mas só Ele sabe a hora em que a colocará em vosso pescoço.
Esperai paciente e silenciosamente, esperai com expectativa, esperai com fé, esperai com afeição e esperai com diligência, e descobrireis que esta escritura foi cumprida com poder em vossa alma: ‘Ainda um pouquinho de tempo e o que há de vir virá, e não tardará’ (Hb 10.37).
(Thomas Brooks)
Se Deus não é soberano, Deus não é Deus.
(R. C. Sproul)
Sem amor, a verdadeira santidade é impossível; então, oro para que meu amor pelos outros cresça.
(Andrew Murray)
Todos os nossos perigos nada são, desde que tenhamos oração.
(Charles Spurgeon)
Este é o método comum de comunicação de todos os suprimentos de graça para nos fazer florescer espiritualmente e ser frutíferos, a saber: que sejamos encontrados no exercício diligente daquilo que recebemos.
(John Owen)
O diabo é o grande inimigo e vingador, e pela pregação do evangelho ele foi em grande medida silenciado, seus oráculos foram calados, os advogados de sua causa foram confundidos e aos próprios espíritos imundos não foi permitido falar.
(Matthew Henry)
Se Deus é o Fundador, Proprietário, Governador e Benfeitor das famílias, então os membros da família devem adorar a Deus e orar a Ele em conjunto.
A tarefa que Deus confiou aos pais não é fácil, em especial nestes dias excessivamente maus. Entretanto, poderão obter a graça de Deus, se a buscarem com sinceridade e confiança.
(A. W. Pink)
Se os pais têm criado os filhos para serem médicos, advogados, esportistas, músicos etc., mas não os criam para honrar e obedecer a Deus, eles fracassaram.
(Voddie Baucham)
Quando fui pai pela primeira vez, eu procurei por todo tipo de livro para me ajudar, estudei manuais e coisas que eu poderia passar para meus filhos, mas, toda vez que eu pegava algum material e começava a estudar com meus filhos, eu sempre tinha medo de que algo estivesse faltando, de que existisse algo de que precisavam, e eu não estava lhes dando. Um dia, eu peguei todas essas coisas, coloquei-as de lado e disse: “Existe apenas um livro perfeito. Se eu puder dar-lhes esse Livro, então, saberei que nada estará lhes faltando.” Então, eu apenas me dediquei, como pai, a sentar-me com meus filhos e, linha por linha, explicar-lhes as Escrituras, conversando com eles, rindo com eles, tudo no contexto das Escrituras. Tudo o que eu vou lhes dar é Escritura, porque sei que, se eu fizer isso, eles terão o que precisam.
(Paul Washer)
Numa “criança entregue a si mesma” (Pv 29.15), o único produto previsível é vergonha.
(Derek Kidner)
Como podemos esperar que o reino de Deus prospere, quando os discípulos de Cristo não ensinam o evangelho aos próprios filhos?
(Charles Spurgeon)
Seus filhos irão para a escola e eles serão treinados em torno de 15.000 horas em pensamento ateísta secular. Depois, eles vão para a escola dominical para colorir um desenho da arca de Noé. Você acha que essas crianças irão conseguir lutar contra as mentiras que estão sendo ensinadas na escola?
(Paul Washer)
Se servimos à igreja ou ao Senhor à custa de nosso dever para com os entes queridos e das responsabilidades para com nosso lar, algo está errado no equilíbrio de nossa vida cristã.
(Alan Redpath)
O lar é um teste importante para o caráter. O que você é em casa será em qualquer outro lugar, quer o demonstre, quer não.
Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.
Artigos que merecem ser lidos
Ashley Madison: Infidelidade. O que a revelação de dados de usuários de um sítio de adultério revela sobre todos nós.
A perda da masculinidade nos nossos dias, por Paul Washer. Meninos que querem viver como homens sem serem homens. Homens que querem continuar se comportando como meninos. O que a Bíblia tem a dizer sobre ser homem? E por que isso é tão fundamental para a saúda da família e da igreja?
Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
tudo, sim, por Ti darei.
Resoluto, mas submisso,
sempre sempre seguirei.
Coro
Tudo entregarei, tudo entregarei;
Sim, por Ti, Jesus bendito, tudo entregarei.
Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
corpo e alma eis aqui.
Este mundo mau renego,
ó Jesus, me aceita a mim!
Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
quero ser somente Teu.
Tão submisso à Tua vontade,
como os anjos lá no céu.
Tudo, ó Cristo, a Ti entrego.
Oh! Eu sinto Teu amor
transformar a minha vida
e meu coração, Senhor.
Tudo, ó Cristo, a Ti entrego –
oh, que gozo, meu Senhor!
Paz perfeita, paz completa,
glória, glória ao Salvador!
História
Judson W. Van DeVenter foi criado em um lar cristão. Aos 17 anos, creu no Senhor Jesus. Na universidade, graduou-se em arte e trabalhou como professor e administrador de arte do ensino médio. Viajou muito, visitando várias galerias de arte em toda a Europa.
Van DeVenter também estudou e ensinou música. Ele dominava 13 instrumentos diferentes, cantava e compunha. Ele estava muito envolvido no ministério de música da igreja metodista episcopal de que participava. Então, ficou dividido entre a carreira docente bem-sucedida e seu desejo de fazer parte de uma equipe evangelística. Essa luta interior durou quase cinco anos.
Em 1896, Van DeVenter estava conduzindo a música de um evento da igreja. Foi durante essas reuniões que ele finalmente rendeu seus desejos completamente a Deus: ele tomou a decisão de se tornar evangelista de tempo integral. Ele mesmo narra:
A canção foi escrita enquanto eu estava conduzindo uma reunião em East Palestine, Ohio (EUA), na casa de George Sebring (notável evangelista, fundador da Conferência Bíblica Campmeeting Sebring, em Sebring, Ohio, e mais tarde desenvolvedor da cidade de Sebring, Florida). Por algum tempo, eu tinha lutado entre desenvolver meus talentos no campo da arte e ir para o trabalho evangelístico em tempo integral. Por fim, a hora crucial de minha vida veio, e eu entreguei tudo. Um novo dia se iniciou em minha vida. Eu me tornei evangelista e descobri, no fundo de minha alma, um talento até então desconhecido para mim. Deus havia escondido uma canção em meu coração e, tocando um doce acorde, Ele me fez cantar.
Ao se submeter completamente à vontade de seu Senhor, uma canção nasceu em seu coração.
Winfield Scott Weeden publicou vários livros de música religiosa, mas esta canção parece ter sido sua favorita: o título dela está gravado em sua lápide.
Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
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Artigos que merecem ser lidos
Carta aberta aos pais cristãos de filhos incrédulos. Poucas coisas angustiam tanto pais cristãos quanto filhos que ainda não obedecem à fé ou que dela apostataram. Esse artigo pode lhe trazer ajuda, consolo e orientação prática.
O que é a comunhão da igreja? Basta os cristãos estarem juntos para haver comunhão? A genuína comunhão é marca distintiva da igreja que se reúne segundo o modelo do Novo Testamento.
“Deus me revelou”. Devemos dar ouvidos a quem alega ter uma revelação nova de Deus, à parte de Sua Palavra?
Mensagem que merece ser ouvida
Amando a Deus com todo o nosso entendimento, por Héber Campos Júnior
Hino que merece ser ouvido
It’s well with my soul
Letra de Horatio G. Spafford (1873) e música, Ville du Havre, de Philip P. Bliss (1876). Inspirado em 2Reis 4.26 e Salmos 146.1. A música recebeu o nome do navio em que as filhas de Spafford pereceram. Ironicamente, Bliss morreu num trágico acidente de trem, ao tentar salvar a esposa, pouco tempo depois de escrever a música. Veja mais detalhes abaixo.
Enquanto lê a letra, ouça essa maravilhosa versão orquestral do hino.
Letra em inglês
When peace, like a river, attendeth my way,
When sorrows like sea billows roll;
Whatever my lot, Thou hast taught me to say,
It is well, it is well with my soul.
Refrain
It is well with my soul,
It is well with my soul,
It is well, it is well with my soul.
Though Satan should buffet, though trials should come,
Let this blest assurance control,
That Christ hath regarded my helpless estate,
And hath shed His own blood for my soul.
My sin—oh, the bliss of this glorious thought!—
My sin, not in part but the whole,
Is nailed to the cross, and I bear it no more,
Praise the Lord, praise the Lord, O my soul!
For me, be it Christ, be it Christ hence to live:
If Jordan above me shall roll
No pang shall be mine, for in death as in life
Thou wilt whisper Thy peace to my soul.
But, Lord, ’tis for Thee, for Thy coming we wait,
The sky, not the grave, is our goal;
Oh, trump of the angel! Oh, voice of the Lord!
Blessed hope, blessed rest of my soul!
And Lord, haste the day when the faith shall be sight,
The clouds be rolled back as a scroll;
The trump shall resound, and the Lord shall descend,
Even so, it is well with my soul.
Tradução literal em português
Está tudo bem com minha alma
Quando a paz, como um rio, estiver presente em meu caminho,
Quando tristezas se agitarem como ondas do mar –
Seja qual for minha sorte, Tu me ensinaste a dizer:
“Está tudo bem, está tudo bem com minha alma”.
Refrão
Está tudo bem com minha alma,
Está tudo bem com minha alma,
Está tudo bem, está tudo bem com minha alma.
Embora Satanás tenha de me esbofetear, embora provas tenham de vir,
Que esta certeza abençoada tome o controle:
Que Cristo considerou minha situação sem esperança
E derramou Seu próprio sangue por minha alma.
Meus pecados – Oh, a felicidade desse glorioso pensamento! –,
Meus pecados, não em parte, mas todos eles,
Estão pregados na cruz, e eu não os carrego mais.
Louve ao Senhor, louve ao Senhor, ó minha alma!
Para mim, seja Cristo, seja Cristo, portanto, a viver:
Se o Jordão1 acima devo atravessar,
Sem angústia estarei, pois, na morte como na vida,
Tu irás sussurrar Tua paz para minha alma.
Mas, Senhor, é por Ti, por Tua vinda que esperamos,
O céu, não a sepultura, é nosso objetivo.
Oh, trombeta do anjo! Oh, a voz do Senhor!
Bendita esperança, abençoado descanso de minha alma!
E, Senhor, apressa o dia em que a fé será visão,
As nuvens serão enroladas como um pergaminho,
A trombeta ressoará e o Senhor descerá.
Todavia, estará tudo bem com minha alma.
Versão em português
Sou feliz com Jesus
Se paz a mais doce me deres gozar,
Se dor a mais forte sefrer;
Oh, seja o que for, Tu me fazes saber
Que feliz com Jesus hei de estar.
Refrão
Sou feliz com Jesus!
Sou feliz com Jesus,
Meu Senhor!
Embora me assalte o cruel Satanás,
E ataque com vis tentações,
Oh, sim certo estou, mesmo em tais provações,
Em Jesus acharei força e paz.
Jesus, meu Senhor, ao morrer sobre a cruz
Livrou-me da culpa e do mal;
Salvou-me Jesus, oh, mercê sem igual!
Sou feliz, hoje vivo na luz.
A vinda eu anseio do meu Salvador;
Em breve virá me buscar;
E então lá no céu vou pra sempre morar,
Com remidos na luz do Senhor
Nota biográfica
Esse hino foi escrito depois de dois grandes traumas na vida de Spafford, um devoto cristão e estudante das Escrituras, amigo de D. L. Moody e de Ira Sankey. O primeiro foi o enorme incêndio de Chicago em outubro de 1871, que o arruinou financeiramente (advogado rico, ele havia investido em imóveis na cidade). Em 1873, durante uma travessia do Atlântico, da qual ele havia desistido pouco antes da partida, as quatro filhas de Spafford (com 11, 9, 7 e 2 anos) morreram em uma colisão com outro navio. Sua esposa, Anna, sobreviveu e enviou-lhe o agora famoso telegrama: “Única salva”. Várias semanas depois, quando o navio em que Spafford estava (ele viajou para encontrar-se com a esposa) passou perto do local onde as filhas morreram, o Espírito Santo inspirou essas palavras. Elas falam da eterna esperança que todos os crentes têm, não importando a dor e o sofrimento eles tenham na terra. O hino foi cantado pela primeira vez em 24 de novembro de 1876, por Bliss mesmo, em uma grande reunião evangelística de Moody.
Nota
1 Referência à morte, muito usada antigamente pelos cristãos. (N. do R.)
(Tradução do hino por M. Luca. Revisão de Francisco Nunes)
O mais alto tribunal em nosso país estabeleceu um acórdão. As manchetes proclamam que uma pequena maioria de juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos considera a liberdade de orientação sexual um direito para todos os americanos. Essa troca de um conjunto de valores em favor de outro não é uma surpresa para nós, que já sabemos que o deus deste século cegou a mente daqueles que não crêem (2Co 4.4). O dia 26 de junho de 2015 permanece como um marco significativo na demonstração americana desta realidade antiga.
Nenhum tribunal humano tem autoridade para redefinir o casamento.
Nos próximos dias, é esperado que você, como pastor, forneça comentários e conforto para seu rebanho. Esse é um momento crítico para os pastores, e fica como mais um lembrete de porque uma formação adequada é crucial.
Estou escrevendo esta mensagem curta como um pastor para outro. Os meios de comunicação estão apressando-se com as atualizações, e não preciso ajudar com minha voz para a briga geral. Em vez disso, quero ajudá-lo a pastorear sua igreja nesse momento confuso. Além dos artigos úteis em Preaching and Preachers Blog (Blog Pregação e Pregadores), também quero comunicar os pensamentos abaixo, que, espero, vá ajudar você a considerar a questão de uma maneira bíblica.
Nenhum tribunal humano tem autoridade para redefinir o casamento, e o veredito de ontem [dia 26] não muda a realidade ordenada por Deus com relação ao casamento. Deus não foi derrotado com essa decisão, e todo casamento será julgado, no último dia, de acordo com os fundamentos bíblicos. Nada irá prevalecer contra Ele (Pv 21.30) e nada vai impedir o avanço de Seu Reino (Dn 4.35).
A Palavra de Deus pronunciou julgamento sobre qualquer nação que queira reclassificar mal como bem, escuridão como luz e amargo como doce (Is 5.20). Como nação, os Estados Unidos continuam a colocar-se na mira do juízo [divino]. Como proclamador da verdade, você é responsável por nunca ajustar-se a essas questões. Você deve se manter firme em todos os aspectos.
Essa decisão prova que [nós, cristãos] estamos claramente em minoria e somos um povo separado (1Pe 2.9-11; Tt 2.14). Como escrevi no livro Why Government Can’t Save You (Por que o governo não pode salvar você), os padrões que moldaram a cultura ocidental e a sociedade americana deram lugar ao ateísmo prático e ao relativismo moral. Essa decisão simplesmente acelerou a velocidade do declínio. Um país não consegue ir além da moralidade de seus cidadãos, e a maioria dos americanos não têm uma cosmovisão bíblica.
A liberdade religiosa não é prometida na Bíblia. Nos Estados Unidos, a igreja de Jesus Cristo tem desfrutado de uma liberdade sem precedentes. Isso está mudando, e o novo normal pode incluir a perseguição do que é novo para nós. Nunca houve um momento mais importante para os homens talentosos ajudarem a liderar a igreja por manejar competentemente a espada do Espírito (Ef 6.17).
O casamento não é o campo de batalha final, e nossos inimigos não são os homens e mulheres que procuram destruí-lo (2Co 10.4). O campo de batalha é o evangelho. Tenha cuidado para não substituir paciência, amor e oração por amargura, ódio e política. Enquanto você guia cuidadosamente seu rebanho em torno das armadilhas perigosas à frente, lembre-o do poder indomável do perdão por meio da cruz de Cristo.
Romanos 1 identifica claramente a evidência a ira de Deus sobre uma nação: a imoralidade sexual seguida pela imoralidade homossexual culminando em uma disposição mental reprovável. Essa etapa mais recente nos lembra que a ira de Deus virá plenamente. Vemos agora mentes reprováveis em todos os níveis de liderança: no Supremo Tribunal Federal, na presidência, nos gabinetes, na legislatura, na imprensa e na cultura. Se nosso diagnóstico está alinhado com Romanos 1, então, também devemos seguir a prescrição encontrada em Romanos 1: não nos envergonharmos do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação! Nesse dia, é nosso dever e nosso chamamento divinos fortalecer a igreja, as famílias e o testemunho do evangelho por dissipar o absurdo pragmático que distrai a igreja de sua missão dada por Deus. Homossexuais, como todos os outros pecadores, precisam ser avisados do juízo eterno iminente e da amorosa oferta de perdão, graça e vida nova mediante o arrependimento e a fé no Senhor Jesus Cristo.
Em última análise, sua maior contribuição para seu povo será a de mostrar paciência e uma confiança inabalável na soberania de Deus, no senhorio de Jesus Cristo e na autoridade das Escrituras. Volte os olhos para o Salvador, e lembre seu povo de que, quando Ele voltar, tudo será colocado no lugar.
Estamos orando por sua firme proclamação da verdade e por seu posicionamento inegociável por Cristo.
(Traduzido por Francisco Nunes de “An Open Letter to TMS Alumni”. Esta é uma carta aberta de John MacArthur para os alunos do The Master’s Seminary (O Seminário do Mestre), o qual é “comprometido em equipar homens para uma vida inteira de serviço na igreja para a glória de Cristo”. O nome ao artigo foi dado pelo tradutor. Você pode usar esse artigo desde que não o altere, não omita a autoria, a fonte e a tradução e o use exclusivamente de maneira gratuita. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)
Se você não tem nada de bom para falar sobre o casamento, cale a boca!
Uns 20 anos atrás conheci dois jovens cristãos; vou chamá-los de Débora e de Moreira (nunca gravei o nome dele). Formavam um daqueles casais de capa de revista de moda, de anúncio de chinelo Havaianas, de comercial de plano de saúde: eram ambos lindos. Ela tinha longos cabelos loiros cacheados, um sorriso contagiante, era simpática ao máximo, cristã séria, nem um pouco exibida por sua beleza. Ele era um cara alto, de ombros largos, um sorriso branquíssimo, amplo, quase infantil de tão sincero, cabelos pretos bem arrumadinhos.
Não lembro exatamente em que ocasião os conheci, mas sei que fui próximo de ambos, principalmente dela, que conviveu mais comigo e com minha esposa a ponto de me chamar de pai. Pois lá estávamos, em uma grande conferência cristã. E lá eles entenderam ser de Deus o que já sentiam um pelo outro, e Moreira pediu a Débora em casamento.
Um dia ou dois depois disso, Débora nos procurou chorando, falando em terminar tudo com o Moreira. Perguntei a razão. “O que as pessoas estão falando! A Sílvia, esposa do presbítero Daniel, me disse que teve um sonho e que isso não é de Deus. E ela é minha amiga! Outras irmãs me disseram que hoje é tudo assim, cheio de amor, porque eu tô bonita, com tudo em cima, mas é só casar, ficar gorda, ter filhos, que a paixão toda vai acabar. Que o Moreira tá bonitão agora, mas é só casar que fica barrigudo, não tem mais carinho, só exigência.” Então, com os olhos vermelhos de chorar, me perguntou: “Será que todo casamento é assim?”
(Eu não recordo as palavras exatas ditas, mas o que ela me disse tinha exatamente esse teor.)
Fiquei furioso! Pensei em distribuir uns murros e uns puxões de cabelo neemiásticos (Ne 13.25) entre aquelas aves agoureiras. Mas preferi, com minha esposa, consolar a Débora.
“Será que todo casamento é assim?”
“Filha, ignore absolutamente o que essas frustradas estão falando. As casadas, por não viverem um casamento decente, satisfatório, por não se empenharem em ter um bom ambiente conjugal, por acharem que é assim mesmo, não conseguem ver um casal feliz sem achar que terá de terminar como elas. As solteiras estão, na verdade, doidinhas pra casar… com o Moreira! Você escolheu o cara; você acha que elas iam deixar barato? O Moreira deve estar ouvindo a mesma coisa por parte daqueles cretinos que estavam de olho em você. Estão torcendo pra vocês dois terminarem pra terem alguma chance. Débora, ignore essas pessoas que não têm um bom casamento porque não querem, porque não se submetem à orientação da Bíblia, porque não dependem do Senhor e de Sua graça, porque não fazem a lição de casa e querem só o bom resultado. Case e esfregue na cara delas, por anos a fio, que é possível, sim, ter um casamento constantemente cheio de alegria, prazer, satisfação mútua, respeito, carinho, doçura.”
(Eu não recordo as palavras exatas ditas, mas o que eu lhe disse tinha exatamente esse teor.)
Eles casaram. Infelizmente, o casamento não durou muito, pois Moreira não obedeceu à ordem bíblica de deixar pãe e mãe: permitiu que sua mãe se intrometesse na vida deles, a tal ponto que tiveram de se divorciar. A essa época, eu já havia perdido o contato com eles e não pude ajudá-los de modo algum. Só fiquei sabendo de tudo muitos anos depois. Mas mesmo isso confirma o que eu havia dito a ela: quem não se submete à orientação bíblica tem um casamento frustrado. Ou arruinado.
Com tristeza eu observo que aquilo que Débora sofreu acontece constantemente hoje em dia entre cristãos. Nada muda: mulheres frustradas com o casamento, em alguma área, em alguma medida, não suportam ver namorados ou recém-casados se acarinhando, se mimamdo, servindo-se mutuamente, sentindo prazer e alegria na presença um do outro, chamando-se de apelidos carinhosos, que logo precisam desfilar sua “experiência” na forma de alertas: “Isso só dura até chegarem os filhos! Ih, isso é fogo de recém-casado! Ainda estão na lua-de-mel, é? Cuidado, hein! Ele tá te explorando, querendo que você faça tudo pra ele. Não seja boba, não. Dê-se valor, minha filha!” E daí para baixo.
Querida irmã casada, vou dizer de novo: se você não tiver nada de bom para falar do casamento, cale a boca! Não peque com a boca (Mt 12.34), não amaldiçoe o relacionamento dos outros, não envenene quem está vivendo o que você gostaria de estar vivendo, mas não quer. Sim, você não quer! (Sei que há as responsabilidades de seu marido, mas falo com ele depois. Estou falando com você agora.) Deus abençoa abundantemente aqueles que se submetem a Sua vontade, que dependem Dele, que fazem o que lhes é exigido. E isso inclui um bom casamento.
Querida irmã casada, vou dizer de novo: se você não tiver nada de bom para falar do casamento, cale a boca!
Paulo escreveu algumas coisas interessantes a Tito, seu cooperador. Ele menciona a “sã doutrina” (1.9) e alerta para aqueles que, em lugar da sã doutrina, ensinam o que não convém (v. 11). Ele diz destes: “Aos quais convém tapar a boca” (v. 11a). No capítulo 2, ele ordena a Tito: “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (v. 1). Talvez você esperasse, a seguir, que o apóstolo mencionasse coisas como soteriologia, escatologia, discussão sobre a Trindade divina, mas não é o que ele faz. “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seu marido, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” (vv. 3-5; grifos acrescentados).
Leu com atenção? A mulher que já é casada deve ensinar as que casaram há pouco tempo. Se você alegar que a orientação de Paulo é para mulheres idosas e você não se encaixa na categoria, eu lhe pergunto: se você hoje é incapaz de ser um exemplo para as mais novas e continuar alimentando suas frustrações no casamento, será que vai ser diferente quando for mais velha?
Leia com atenção! Amor é coisa que se ensina! E você só pode ensinar o que aprendeu, o que pratica. Como você ama seu marido? Queixando-se dele sempre? Falando mal dele pelas costas? Revelando seus segredos para outras mulheres? Desrespeitando-o diante dos filhos? Ignorando a opinião e a orientação dele? Fazendo greve de sexo como reprimenda por qualquer mágoa não resolvida? É isso que você tem a ensinar àquela mulher ainda apaixonada pelo marido? É assim que você espera que ela proceda futuramente?
Como você ama seus filhos? Apenas dando-lhes presentes? Comprando-lhes o mais cedo possível um celular ou um tablet? Levando-os para a Disney? Mas se você os culpa por terem estragado seu corpo, sua vida sexual com seu marido, suas noites de descanso… Isso é amor? Será que sua atitude com os filhos não é um altissonante recado para as casadas jovens: “Muito cuidado para não procriarem! Vocês vão destruir seu casamento!”?
Amor é coisa que se ensina!
Você leu com atenção? O que você ensina com suas atitudes pode ornar a doutrina de Deus ou pode fazer com que sua Palavra seja blasfemada (vv. 10,5). Seus comentários ácidos, desencorajadores, frutos de sua frustração, blasfemam da Palavra de Deus, a qual dá perfeitas e práticas instruções para um casamento feliz. Sua vida de casamento frustrada está dizendo a todos que a Bíblia mente, que aquilo que ela promete não é realizável, que não passa de um ideal inalcançável. Se você não o tem é porque ainda não fez tudo que devia, não lutou até o sangue contra o pecado (Hb 12.4) da falta de perdão, da falta de submissão, da falta de busca pelo poder do Espírito, da falta de alimentar-se espiritualmente, da falta de alimentar interiormente uma boa disposição com respeito a seu marido e a seus filhos, da preguiça, da má vontade, da ira…
As jovens cristãs precisam ver e ouvir muitas mulheres casadas que, com realidade e satisfação, falem quão bom é estarem casadas, quão satisfeitas estão, quão felizes são por fazerem o que está a seu alcance para satisfazer o marido e os filhos. As jovens cristão precisam ser ajudadas a crer que o casamento não é uma instituição falida, que o sexo sem compromisso não é uma opção, que vale a pena, sim, se guardarem para seu futuro marido. E são as já casadas que podem ensinar isso a elas. Mas, para tal, devem viver o que ensinam. E viver com alegria e satisfação.
Abraço.
(Este artigo inaugura uma sub-categoria de Conselho para os pais. Se você quiser saber a razão desta série de artigos, clique aqui.)
Sei que isso soa meio ameaçador. Não era a intenção. No entanto, não há como negar que a Bíblia fala desse assunto com extrema seriedade e solenidade. O quinto mandamento é muito sucinto e direto: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Dt 20.12). Não é preciso explicar muita coisa, não é verdade?
Talvez alguém alegue que isso é coisa do Antigo Testamento, que isso não se aplica mais, que não tem terra nenhuma dada pelo Senhor… Todas essas desculpas furadas para não obedecer à Palavra de Deus caem por terra pela pena de Paulo. Ele, apóstolo do Senhor, escrevendo sob a nova aliança, após a morte e ressurreição do Senhor Jesus, escrevendo para cristãos regenerados (as redundâncias são propositais) diz: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.1-3).
Se havia alguma dúvida sobre o mandamento, Paulo as esclareceu. Honrar na prática é obedecer; a promessa é as coisas irem bem na vida e viver muito tempo. Simples assim.
Alguns engasgam com o “no Senhor” da ordem paulina, dizendo que isso só se aplica se os pais forem cristãos, ou seja, estiverem no Senhor. Interpretação errada. Vocês, filhos cristãos, que estão no Senhor, é que devem obedecer em tudo aquilo que não seja contrário ao Senhor. Isso é confirmado pela outra menção disso feita por Paulo: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor” (Cl 3.20). Ele escreve para uma igreja, portanto, para cristãos; e para os cristãos jovens ali ele diz que devem obedecer aos pais. Sem nenhuma condicional: se os pais forem cristãos, se os pais forem legais, se os pais fizerem a parte deles primeiro…
É evidente que isso tem um limite: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29. Leia o contexto todo para entender melhor). Se uma ordem ou orientação paterna for clara e frontalmente contra à verdade de Deus revelada na Bíblia, o filho não deve obedecer de forma alguma. Fora isso, não há desculpa para desobedecer, ou seja, desonrar, aos pais.
“Pra você é fácil falar isso. Você não sabe os pais que eu tenho!” Sim, é fácil falar isso mais do que praticar. Sim, não conheço (provavelmente) seus pais. No entanto, nada disso muda a verdade bíblica. Honrar os pais é uma ordem de Deus, escrita por Seu dedo em tábuas de pedra e ratificada no Novo Testamento. Não há como fugir disso.
Esse não é um assunto sem importância. Vejo muitos jovens de consciência cauterizada declarando-se seguidores de Jesus, Seus adoradores e outros tantos adjetivos, chorando emocionados no louvor, declarando fidelidade ao Senhor que, ao mesmo tempo, desonram os pais, não se importando com suas necessidades, não lhes dando ouvidos, não obedecendo, não seguindo suas ordens ou seus conselhos, zombando deles, desrespeitando-os diante de outras pessoas. A Bíblia diz que os “desobedientes aos pais e às mães […] são dignos de morte”! Grave, não é? E não, isso não está no Antigo Testamento, debaixo da implacável lei; é, mais uma vez, palavra de Paulo. Confira na sua Bíblia: Romanos 1.30,32. Mas leia a partir do v. 18 e veja quão grave a coisa é. Paulo menciona isso dentro do grande quadro em que descreve a situação do homem à parte de Deus, do homem que vive sem Deus, que vive em impiedade e injustiça (v. 18), daqueles que se negam a reconhecer o testemunho de Deus pelas coisas criadas (v. 20). Nesse contexto, o apóstolo menciona os homossexuais (vv. 26-28) e, a seguir, lista uma série de práticas pecaminosas, incluindo prostituição, maldade, homicídio… e desobediência aos pais.
Não acabou ainda. Paulo volta ao assunto mais uma vez. Ao falar a Timóteo sobre os “últimos dias” (alguém duvida que os estamos vivendo?), ele descreve o caráter dos homens que tornarão aqueles “tempos trabalhosos”, difíceis, perigosos. Entre outras características, lá está: “desobedientes a pais e maẽs” (2Tm 3.1-5). Paulo diz que Timóteo deveria se afastar de pessoas desse tipo. Ou seja, esta seria uma característica marcante dos tempos do fim, mas já no tempo de Timóteo havia gente com esse perfil.
Não há muito a explicar. Paulo não se preocupou em detalhar isso, pois a coisa é clara, evidente. É o que Deus disse e Paulo, sob a inspiração do Espírito, confirmou: filhos têm de honrar os pais.
Eu sei que não é fácil. Tive dois pais e duas mães; na verdade, tenho uma ainda: minha mãe biológica é viva. Meus pais adotivos tinham idade para serem meus avós, o que produziu muitos conflitos entre nós. Quando fui salvo pelo Senhor, essa questão de relacionamento com meus pais (lembre-se: eram dois casais!) foi uma das grandes lutas que travei. E não fiz tudo o que devia ter feito. Estive muito aquém do padrão bíblico em muitas circunstâncias. E não posso culpar ninguém nem justificar-me de modo algum: fui culpa minha não obedecer à ordem do Senhor e não depender de Sua graça para fazê-lo.
Então, voltando: eu sei que não é fácil. Ninguém disse que seria. Mas deve ser feito, pois é ordem de Deus. E tem uma promessa maravilhosa! No Senhor, é possível fazer isso.
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Sua primeira responsabilidade é serem pais de seus filhos, não seus amigos
Sim, eu sei que isso soa estranho, contrário a tudo o que as propagandas de margarina ensinam sobre família. Mas essa é a verdade bíblica. Os pais têm responsabilidades de modo muito claro designadas por Deus em Sua Palavra, principalmente a de levar os filhos ao conhecimento e ao temor do Senhor. Isso implica uso de autoridade (não interprete como uso de violência), exemplo, amor, dedicação, oração, tempo, ensino. Se como resultado do adequado exercício de sua paternidade vocês forem amigos de seus filhos, muito melhor!
Essa busca pela amizade em detrimento do relacionamento pais-filhos impede que os filhos tenham a clara percepção de que existe, sim, uma hierarquia na família (e, por conseguinte, na sociedade), a qual deve ser respeitada e honrada. A Bíblia sempre chama os pais ao dever pelo fato de serem pais. Isso é o que os comissiona a terem de fazer o que têm de fazer. Não tenho a menor dúvida de que pais plenamente pais serão também amigos dos filhos. Mas ser amigos não pode impedir os pais do pleno cumprimento de suas obrigações, com o custo nisso implícito de não ser compreendido, da cara feia do filho, da birra, das tentativas de sabotar a autoridade…
É por serem pais que vocês devem ensinar seus filhos a respeito do Senhor quando estiverem com eles em casa, andando pelo caminho ao lado deles, ao deitar e ao levantar (Dt 6.7). O objetivo primeiro disto é que eles conheçam o Senhor, que O amem, que obedeçam a Sua Palavra.
Se produzir também amizade entre vocês, aleluia!
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A pornografia é como uma droga, que seqüestra o cérebro, redefine a sexualidade humana e, enquanto faz isso, arruína vidas, destrói famílias e desestabiliza ministérios [cristãos]. E, sinceramente, é um problema que me cansa – canso-me da devastação que Satanás está causando a crianças, mulheres, famílias, pastores, igrejas, e ao mundo com esse mal trágico.
Pornografia se tornou um problema para mim quando eu tinha apenas seis anos e, pela graça de Deus, esse problema acabou quando Jesus me salvou, aos dezessete anos. Mas eu sei que isso raramente acontece de modo tão completo. Ela ainda é uma tentação, sim; a tentação abunda na cidade em que vivo e com o coração que eu tenho, mas a graça abunda ainda mais em Jesus Cristo.
Amigos, eu odeio pornografia. E aqui estão as razões.
Eu odeio pornografia porque é uma perversão do que Deus criou no homem e na mulher.
Odeio pornografia porque explora mulheres criadas à imagem de Deus e as faz uma imagem feita para a luxúria do homem.
Odeio pornografia porque faz das mulheres objetos, um produto de consumo em vez de uma gloriosa criatura que traz a imagem de Deus.
Odeio pornografia, porque eu amo as mulheres – em especial minha esposa e minhas três filhas.
Odeio pornografia porque ela rouba a experiência de satisfazer a alma do sexo com o cônjuge comprometido por meio de uma aliança e a transforma em uma experiência mirrada de sexo solitário de uma alma confusa.
Odeio pornografia porque transforma filhos e filhas de Deus em escravos do sexo.
Odeio pornografia porque ela transforma potenciais missionários em cristãos sem poder.
Odeio pornografia porque ela destrói casamentos, muitos antes mesmo de começar.
Odeio pornografia porque ela estende a adolescência e mantém homens como meninos.
Odeio pornografia porque ela mente aos homens sobre a beleza e os leva a buscar por uma estrela pornô em vez de por uma mulher que teme ao Senhor.
Odeio pornografia porque ela rouba homens e mulheres da plena alegria da obediência.
Odeio pornografia porque ela rompe a confiança entre marido e mulher.
Eu odeio pornografia porque é uma atividade diabólica e satânica que está sutilmente levando milhares e milhares para o inferno.
Odeio pornografia, pois ela leva a pastores desqualificados e a igrejas impotentes. (Pastor, se você é viciado em pornografia, você está desclassificado [para a função] e está matando sua igreja!)
Odeio pornografia porque suspeito que ela é a razão mais importante para não estarmos plantando mais igrejas nem enviando mais missionários.
Odeio pornografia porque desqualifica pregadores do evangelho que poderiam encher as igrejas vazias na minha cidade e de tantas outras.
Odeio pornografia por causa da decepção que os filhos têm de passar quando o pai lhes diz porque perderam o emprego ou a oportunidade de liderar na igreja.
Odeio pornografia porque ensina uma visão distorcida do sexo para as crianças antes que ele possa ser explicado por pais amorosos.
Odeio pornografia porque estou cansado de estar sentado em minha sala de estar com esposas soluçantes, confusas e devastadas e com maridos envergonhados, quebrados e condenados, que foram pegos [vendo pornografia].
Odeio pornografia, pois leva ao estupro, ao abuso sexual e à perversão que podem devastar as pessoas para o resto da vida.
Odeio pornografia porque transforma homens interiormente e sufoca sua ambição de santificar o nome de Deus.
Odeio pornografia porque ele diz que o pecado, Satanás e o mundo são mais satisfatórios do que nosso Deus triúno e Sua graça.
Odeio pornografia porque odeio culpa ímpia e condenação.
Eu odeio pornografia pelo medo que ela induz no coração dos pais em todos os lugares de que seu filho possa tropeçar por causa de uma olhadinha e ficar viciado.
Mas eu amo Jesus.
Eu amo Jesus porque Ele ama as pessoas com problemas com pornografia.
Eu amo Jesus porque Ele é poderoso para libertar corações escravizados à pornografia.
Aquele que não conheceu o vício da pornografia tornou-se o vício da pornografia para que o viciado em pornografia possa se tornar a justiça de Deus Nele.
Aquele que não tinha pecado se fez pecado por você para que você possa se tornar a justiça de Deus (2Coríntios 5.21).
Nessa frase brilhante, Paulo põe fim ao problema da pornografia.
Amigo [cristão], você não está mais em Adão, mas em Jesus. Jesus se tornou um substituto. Foi como se ele houvesse se tornado o viciado em pornografia, recebendo a justa condenação devido a nossa perversão, e você se tornou o filho justo ou a filha justa de Deus com todos os benefícios disso.
Amigo, em um ato de amor e justiça, na obra realizada por Jesus na cruz, mediante a fé Nele, agora você está limpo, santo e aceito, perdoado e livre. Deixe-me dizer isso novamente: livre!
Creio que não há um assunto com tanto potencial para nos abençoar quanto nos arruinar tal qual o sexo. Deus criou algo tremendamente precioso e sagrado para que pudéssemos nos aproximar dEle. O homem em sua condição caída, porém, faz dele algo que serve unicamente ao seu prazer.
Por quê falar de sexo? Bem, em primeiro lugar, porque todo mundo pensa em sexo. Por mais clichê e desrespeitosa que seja a máxima de que “para chamar a atenção de jovens, tem que falar de sexo”, há nela algo de muito verdadeiro. É fundamental que todo e qualquer cristão tenha um entendimento bíblico a respeito do sexo. Mas o assunto hoje em dia tem sido abordado das seguintes maneiras:
Primeiro, há quem tome a máxima citada acima e abuse dela. Fala-se então do sexo de maneira explícita, descarada e quase beirando o deboche. Afinal, devemos “rasgar o verbo” e “falar a língua dos jovens”. Se a gente não falar assim, supostamente, o jovem não vai gostar. Vai ser careta. Por mais que seja verdadeira a noção de que devemos falar aberta e claramente a respeito do assunto, creio que essa abordagem trata de sexo de uma maneira caricata, muito aquém do quão sagrado é o tema.
Segundo, há aqueles que evitam o assunto a qualquer custo. Para esses, é melhor não trazer o tema à tona para evitar de incitar os jovens a pensar nisso. Melhor deixar quieto para não “atiçar” a garotada. Novamente, creio que isso seja igualmente errado. Por mais que se evite o assunto em casa e na igreja, a realidade é que isso está estampado em outdoors, na televisão, internet e afins. E se você não está disposto a falar sobre isso, há candidatos de sobra para educar nossos jovens quanto ao sexo.
Uma terceira abordagem é mais silenciosa e bem menos atraente. Ao abordarmos o tema pela perspectiva bíblica, inevitavelmente haverá quem diga que estamos sendo ingênuos. Da mesma maneira, há quem condenará um suposto exagero de interpretação, como se estivéssemos forçando a Palavra a dizer coisas que não diz. A verdade é que a Bíblia fala muito claramente sobre o sexo. E é isso que quero mostrar para que possamos entender o peso que isso tem na nossa caminhada com Cristo.
Começo hoje uma série de posts sobre o sexo e qual deve ser a nossa postura quanto a ele, a partir da perspectiva bíblica. Não tratarei de tudo em apenas um texto, pois ficaria gigante e pesado (tanto para escrever quanto para ler). A cada post abordarei um tópico diferente no intuito de cercar o assunto com o máximo de embasamento bíblico e entendimento possível. Se você tiver alguma pergunta, por favor deixe um comentário abaixo que tentarei respondê-la num post futuro. Eu quero responder as perguntas que surgirem pois meu objetivo é munir o leitor com o máximo de informação possível para que ele não seja levado por uma onda de pensamento mundana. Os comentários do blog são moderados por mim, então, sinta-se a vontade para deixar uma pergunta sem medo de que seja vista por todos. Prometo a vocês o devido anonimato. Só publicarei comentários que forem explicitamente autorizados por você. Se não quiser que sua pergunta seja publicada, por favor me avise que assim o farei. Desde já, agradeço pela sua confiança.
Vamos lá, então, arregaçar as mangas e entrar no assunto que tanto ocupa a nossa vida.
O homem à imagem de Deus
Em Gênesis 1.26 temos o relato da criação do homem “à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Diferente de todo o resto da criação, o homem foi feito para refletir Deus na terra. Somos então como “retratos vivos” de Deus, uma representação terrena de uma realidade divina. Mas antes de sermos criados vem a seguinte pergunta: por quê Deus criou o homem? Tim Keller responde sucinta e brilhantemente:
Por quê Deus criaria a humanidade se Ele tinha um amor e uma comunhão perfeita na Trindade? A única resposta: para compartilhar o seu amor com outros.
Ou seja, nós fomos criados por amor. Pura e simplesmente. Deus nos criou porque o seu amor transbordou e Ele escolheu compartilhar isso conosco. Ele ainda nos fez à sua imagem, sempre em amor a si mesmo. O aspecto que devemos ressaltar aqui é a origem, o ponto de partida. De onde viemos? Para quê viemos? Viemos de e para Deus, porque dEle e por Ele são todas as coisas. (Rm 11.36) Logo, toda a criação fala dEle. (Sl 19.1) Tudo que somos deve apontar de volta para Ele. Mas por quê? Simplesmente porque Deus não divide a sua glória com ninguém. Imagine que Deus fosse modesto e ao ser louvado dissesse: “Imagina, quem, eu? Soberano? Perfeito? Ah, vai… não chega a tanto.” Se isso acontecesse, Ele estaria mentindo. Mas Deus é perfeito e não pode fazer isso. Logo, se Ele não for o alvo maior da sua própria criação e devoção, então está sendo incoerente consigo mesmo!
Da mesma maneira, devemos viver a partir desse paradigma, desse padrão: Deus nos criou para Ele, para a glória única e exclusiva dEle. E disso não abre mão. Foi Deus que nos deu vida, que nos dá um propósito e que deve reger tudo que fazemos. Somos um ‘tipo’ de Deus. O que quero dizer com isso? Trabalharemos com o termo grego tupos, cujo significado remete a algo como uma marca ou impressão física deixada por um martelo, por exemplo. Ou seja, ao dizer que somos um ‘tipo’ de Deus, entendemos que remetemos àquele que nos criou, que temos quase que uma “impressão digital” de Deus em nós.
A noção de ‘tipos’ é muito comum na Bíblia. Paulo afirma que Jesus era o segundo Adão, por exemplo. Da mesma maneira que o pecado entrou no mundo por meio de uma só homem, a salvação aconteceu da mesma maneira. (Rm 5.18) A Páscoa do AT remete à Páscoa do NT. O sangue de um cordeiro “salvava” o povo do Egito da morte ao marcar a porta daqueles que eram do Senhor. Da mesma maneira, é o sangue do Cordeiro que nos marca e nos salva da morte eterna.
Após entendermos a noção de ‘tipo’ e tudo que já mencionamos acima, temos que trazer isso de volta para o assunto principal.
O que a imagem de Deus e o fato de sermos um ‘tipo’ dEle tem a ver com o sexo?
Tem TUDO a ver. Quando entendemos que a nossa vida deve servir para apontar de volta para Ele, temos que carregar esse propósito para todos os aspectos da nossa vida. Inclusive a maneira que lidamos com a nossa sexualidade.
O que temos de guardar a partir disso é a noção de que nós devemos viver a nossa vida integralmente de acordo com um padrão instituído por Deus, cujo alvo final é a glória dEle. Ao trazer isso para o sexo, devemos nos apegar com toda a nossa força ao que Paulo diz:
Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. – Romanos 12.1,2
Ao tratarmos de sexo, o mundo deixa muito claro qual é o padrão que devemos seguir. A Bíblia, porém, nos diz o contrario. Devemos viver toda a nossa vida como um culto a Deus a fim de gozarmos da boa, agradável e perfeita vontade do Pai.
O mundo já deixa bem claro que devemos buscar, acima de tudo, o prazer próprio. Mas o que temos que lembrar é que o sexo segundo o padrão bíblico não é algo penoso, como se não houvesse prazer nele. Muito pelo contrário! O sexo, quando praticado segundo o padrão de Deus, foi feito para que possamos experimentar o prazer de Deus para nós, algo muito maior do que qualquer outro! Um Deus bom não pode criar coisas ruins. O primeiro capítulo de Gênesis deixa bem claro que após criar tudo, Deus contemplou aquilo tudo e viu que era MUITO bom! Da mesma maneira, o sexo criado por Deus é muito bom! Aliás, é algo tão bom que mesmo quando praticado fora dos padrões bíblicos, pessoas conseguem ter prazer nele. Acontece que enquanto o prazer proposto por Deus para o sexo foi feito para nos aproximar dEle e termos vida abundante, o sexo fora desse padrão traz afastamento e morte.
Qual é o sexo, então, segundo o padrão de Deus? Qual é o prazer que temos ao nos submetermos à vontade do Pai? Se somos um ‘tipo’ de Deus e fomos criados conforme a imagem e semelhança dEle, qual é o propósito do sexo e para quê que ele foi criado?
Essas e outras perguntas serão abordadas nos textos a seguir…
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