Tudo o que for necessário à comunhão com Cristo e à obediência a Ele é ensinado a todos os verdadeiros crentes.
(John Owen)
Se Cristo não lhe dá certos confortos terrenos ou certas bênçãos temporais que você deseja e pelos quais ora, não há defeito no amor de Cristo, mas um defeito naquilo que você está pedindo.
(David Clarkson)
Não é a ausência de pecado, mas o sofrimento por ele causado que distingue o filho de Deus dos cristãos professos vazios.
(A. W. Pink)
Satanás dá um fruto a Adão e lhe tira o paraíso. Portanto, em todas as tentações, não consideremos o que ele oferece, mas o que perderemos.
(Richard Sibbes)
A idéia de que Deus perdoará um rebelde que não desistiu da sua rebelião é contrária tanto às Escrituras como ao bom senso.
(A. W. Tozer)
Um Livro que eleva os homens a Deus deve ter vindo de Deus.
(R. A. Torrey)
O maior castigo infligido a Cristo, quando Ele se apresentou como sacrifício pelo pecado, não foi o realizado pelos homens, mas o realizado por Deus.
(Stephen Charnock)
Santidade de coração e de vida. Essa não é a perfeição da natureza humana, mas a santidade da natureza divina que habita dentro de nós.
As tentações e as ocasiões não colocam nada no homem, mas apenas extraem o que havia nele antes.
(John Owen)
É possível aprender tudo sobre os mistérios da Bíblia e a alma nunca ser afetada por isso. Grande conhecimento não é suficiente.
(John Bunyan)
Se tu fores levado a amar a oração secreta e a conversar afetuosamente com Deus em Sua Palavra, teu céu começará na terra.
(George Whitefield)
Feliz a alma que ficou maravilhada com a visão da majestade de Deus.
(A. W. Pink)
A questão que cada homem deve resolver não é o que faria para o Senhor se tivesse mais dinheiro, tempo ou educação, mas o que fará com as coisas que tem. O que importa não é quem você é ou o que você tem, mas se Cristo o controla.
(Dawson Trotman)
O amor a Deus engole todos os outros amores, assim como o cajado de Moisés engoliu os cajados egípcios.
(Thomas Watson)
Assim como os arbustos mais baixos são livrados de fortes e violentas rajadas de vento, que sacodem e destroem os cedros mais altos, assim a alma humilde está livre de um mundo de tentações, com as quais as almas orgulhosas e elevadas são abaladas e despedaçadas.
(Thomas Brooks)
Todo amor santo consiste essencial e radicalmente no amor a Deus. O amor a Deus é a raiz e a fonte de todos os exercícios de amor com respeito à criatura.
Deus condescendeu em tocar nosso coração […] pela maravilhosa variedade e beleza de Seu Livro.
(J. Gresham Machen)
Quando você encontrar seu coração sob o poder da morte e da distração, diga à sua alma: ‘Oh, o que eu perco por um coração descuidado agora! Meus momentos de oração são as partes mais escolhidas, os pontos dourados de todo o meu tempo’.
(John Flavel)
Oh, que eu aprenda a ser mais humilde e cheio de amor e a olhar para Jesus em busca de suprimentos contínuos de graça e força.
(William Wilberforce)
Quanto mais amor um cristão recebe de Deus, mais ele se vê como devedor da graça gratuita, e a percepção de sua dívida mantém-lhe o coração humilde.
(Thomas Watson)
Não havia nada atraente para ser visto em nós. Tudo era repulsivo. Não tínhamos nada amigável ou desejável em nós. Tudo era abominável aos Seus olhos puros. Mas Cristo tem infinita amabilidade para conquistar e atrair nosso amor.
(Jonathan Edwards)
Sem dúvida, muito bem é frequentemente negado a muitos por causa de sua negligência em orar por seus ministros, o qual teriam recebido, se tivessem orado por eles como deveriam.
(George Whitefield)
Satanás dá a Adão um fruto e tira-lhe o Paraíso. Portanto, em todas as tentações, consideremos não o que ele oferece, mas o que perderemos.
(Richard Sibbes)
Cristo na escuridão de um ventre.
Cristo na escuridão do jardim.
Cristo na escuridão da cruz.
Cristo na escuridão do túmulo.
Deus muitas vezes realiza Seus atos mais maravilhosos longe de olhares atentos.
Eu nunca temi o diabo, mas tremo cada vez que subo ao púlpito.
(John Knox)
Neste momento o meu coração não tem um grão sequer de sede de aprovação. Sinto-me a sós com Deus; Ele enche o vazio; não tenho um só desejo, vontade ou aspiração, senão Nele; Ele me pôs livre num lugar espaçoso. Tenho ficado maravilhada e surpresa de que Deus pudesse dominar completamente tudo o que há em mim, pelo amor.
(Lady Huntington)
Se você está em profunda escuridão por causa de alguma providência estranha e misteriosa, não tenha medo. Simplesmente prossiga, em fé e amor, sem duvidar. Deus está velando, e Ele tirará o bem e alguma coisa bela de todo o seu sofrimento e lágrimas.
(J. R. Miller)
É muitíssimo difícil, na maioria dos lugares, conseguir que alguém compareça a uma reunião onde a única atração é Deus.
(A. W. Tozer)
Algumas coisas confiamos a Deus, outras Deus confia a nós… Aquilo que Deus confia a nós é principalmente Sua verdade.
(William Gurnall)
Doutrinas fracas não são páreo para tentações fortes.
(William S. Plumer)
Aquele que crê mal nunca pode viver bem, pois não tem alicerces.
(Richard Sibbes)
Que Deus seja tudo para você. Busque conhecê-Lo em todas as Suas obras. Estude-O em Sua Palavra; estude-O em Cristo. E nunca O estude meramente para conhecê-Lo, mas a fim de amá-Lo e obedecer-Lhe.
Todo cristão deve estar pronto para morrer e para pregar.
(John Wesley)
Nunca me preocupei com onde viveria, nem como viveria, nem que provações teria de sofrer, desde que assim eu pudesse ganhar mais almas para Cristo.
(David Brainerd)
Bem-aventurado é o homem que não tem necessidade de defender-se porque suas obras e palavras são sólidos testemunhos de sua retidão e bondade.
(Charles H. Spurgeon)
Lembre-se como Joabe lutou contra Rabá e ganhou a vitória? Quando conseguiu a coroa do inimigo, mandou-a para Davi (2Sm 12.26-31). Penso que esta é uma boa ilustração de como age o cristão – ou deve agir. Você alcança uma vitória, mas não usa a coroa. Você a oferece para o Senhor que lhe deu a vitória.
(John MacArthur Jr.)
É mais fácil sair do caminho quando se está nele do que nele entrar quando se está fora.
(John Bunyan)
O propósito de Deus é a causa soberana de tudo que de bom há no homem, e de tudo o que é exterior, interior e eterno de bom que venha do homem. Sem obras passadas, pois os homens são escolhidos desde a eternidade; nem obras atuais, pois Jacó foi amado e escolhido antes de nascer; nem obras futuras, pois os homens eram todos corruptos em Adão. Toda a presente e a futura felicidades do crente brotam do eterno propósito de Deus.
(Thomas Brooks)
A tentação raramente vem nas horas de trabalho. É nos momentos de lazer que os homens são formados ou arruinados.
“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Sl 106.15).
O evangelho coloca diante de nós Cristo e seu Reino em contraste com o mundo e suas atrações. Insta conosco para escolher. De fato, toda sua influência é direcionada para mostrar que a escolha é inevitável. Mas, quando a vontade faz sua escolha eterna e abre sua vida ao reinado e governo do Salvador, somente o primeiro passo na vida cristã foi dado. Existe diante de nós todo um caminho de peregrinação que teremos de percorrer com paciência na companhia de nosso Senhor.
E, no decorrer deste caminho, sempre rondando nossos passos, existe a cilada sutil de se escolher um bem menor. Pois a vida é uma longa série de escolhas, escolhas que precisam ser feitas diariamente, entre aquilo que é supremo e superior e aquilo que é secundário, entre o que agrada a si mesmo e o que agrada a Deus.
O perigo mais comum não é o que muitos imaginam: desviar-se e cair no pecado. É antes a tentação que aparece com freqüência alarmante de escolher o bom em vez do melhor, de escolher algo que tem inúmeros pontos a favor, mas não é a vontade explícita de Deus para nós.
Quando nos comprometemos a qualquer outro curso de vida, que não seja de absoluta fidelidade ao bem superior, estamos nos posicionando lamentavelmente fora do contato vivo com Deus, que às vezes pode conceder-nos nossos desejos e, ao mesmo tempo, deixar nossa alma definhar-se.
Israel, a quem este texto em Salmos se refere, foi um forte exemplo disso. O propósito de Deus para a nação era que não tivesse um soberano terreno; Ele mesmo seria seu Senhor e seu Rei. Israel seria exemplo e modelo ao mundo inteiro. Mas Israel se rebelou. O povo queria ser igual, e não diferente, às outras nações. Pediram um rei para guiá-los à batalha; queriam um monarca com toda a pompa e todo o esplendor.
Mesmo assim, Deus não os deixou a seus próprios desejos nem os rejeitou. Com efeito, Deus disse a Samuel: “Muito bem; nomeie um rei para eles; não estão escolhendo o melhor, e vou permitir que tenham o bem inferior escolhido por eles mesmos. É a única maneira de mostrar-lhes a tolice do que estão fazendo.”
A história subseqüente da nação mostrou realmente o perigo de se escolher um bem inferior. Israel tinha uma posição geográfica crucial e visada por todos os povos que levantavam impérios. Desta forma, era mais importante ainda que estivesse sob a proteção de Deus. Mas escolheu um caminho diferente, e qual foi o resultado? Desastre após desastre em guerras e conquistas por outros povos. A terra foi dilacerada por dissensões e agitações e, por fim, o povo foi retirado e levado ao cativeiro.
Se essas ilustrações de um princípio de vida puderem servir de alguma forma para nós, certamente seria para mostrar a ênfase que Deus dá às escolhas que são feitas em cada crise moral e espiritual. É comum dizer que nossas escolhas atestam nosso caráter e que a direção a que a mente da pessoa se volta involuntariamente mostra que tipo de pessoa é. A seriedade da vida é que cada dia somos testados a respeito dos fundamentos e inspirações vitais de nosso ser.
Há momentos em que somos tentados a seguir rumos em que ganho material e vantagem pessoal estão em primeiro lugar. Somos tentados a garantir para nós mesmos vantagens atuais, e a colocar conforto, facilidade e prosperidade como nossos objetivos principais. Perguntamos: “Não podemos tirar proveito máximo dos dois reinos?”
O perigo é, ao tentar conciliar as duas coisas, escolhermos o bem inferior. E, se isto acontecer, Deus não nos abandonará, pois Ele nunca faz isso. Mas Ele permite que a escolha inferior corrija nossa vontade própria e nos conduza de volta ao lugar de obediência de todo coração a Ele.
A escolha de um bem inferior pode resultar no abafamento de nossos instintos mais espirituais, na perda de uma comunhão mais íntima com Deus e na ausência daquela divina parceria de poder em que Deus fortalece e usa as pessoas para Sua glória.
É sempre um grande desafio de fé compreender o que é o melhor de Deus, mas, quando o reconhecemos, isso traz a exigência imediata de uma resposta. Seguir a luz divina que vem para nos guiar e submeter todas as nossas escolhas à vontade de Deus são os testes mais severos que a vida nos reserva. Mas feliz de fato é o homem cuja coragem não hesita, cujos ideais não são renegados, na hora de sua provação.
Nossa vida presente e o treinamento que temos aqui são apenas uma preparação para o serviço eterno. A escolha de um bem inferior sempre resultará no empobrecimento da influência presente, pois, se um homem quiser exercer influência superior, ele deve viver em função das coisas superiores.
Sabemos de pais que se dizem cristãos, mas cuja escolha de um bem inferior se reflete na vida insatisfatória de seus filhos. Em vez de buscarem primeiro o reino de Deus, a perspectiva de sua vida no lar é influenciada em grande medida pelo mundo, pelas convenções da sociedade, não pelas convicções do coração. E seus filhos tomaram uma medida muito inferior de Deus por causa dessa imagem distorcida que os pais refletiram.
O Exemplo de Nosso Senhor
Nem tudo é desalento, porém. Para nos aliviar no meio de todas essas advertências, temos sempre presente a inspiração da própria vida do Senhor, na qual encontramos o mais forte apelo ao nosso coração para escolher o mais alto. Pois, ao lermos o registro de Sua vida, nos dias de Sua carne, vemo-Lo como aquele que sempre, coerentemente, escolhia o melhor de Deus. “Desci do céu, não para fazer a Minha própria vontade, e, sim, a vontade Daquele que Me enviou” (Jo 6.38). “O Filho do homem […] não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20.28).
E, no fim de Sua vida, quando o cálice estava cheio, amargo e pesado, ouvimo-Lo no Jardim, ainda fiel ao propósito governante de Sua vida redentora: “Todavia não seja o que Eu quero, mas o que Tu queres” (Mc 14.36). E, escolhendo o melhor de Deus, Ele bebeu o cálice até o fim.
Para os homens hoje, o melhor de Deus se expressa no chamado de Cristo: Segue-Me. Segui-Lo corajosa, coerente e lealmente é escolher a melhor e mais alta de todas as alternativas da vida.
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J. Stuart Holden era um pregador anglicano e um dos palestrantes regulares das famosas Conferências Keswick na Inglaterra no início do século 20.
Não se enganem, Satanás é um ser real. Ele também é um inimigo explícito de Deus, de Seus propósitos, de Suas atividades e de Seu povo. O nome Satanás significa “adversário”, e diabo significa “acusador”. Em Mateus 12:24 ele é chamado de “maioral dos demônios”.
Em Apocalipse 12:9-10 nosso adversário é rotulado de “o grande dragão”, “a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo”. Também é designado ali como “o acusador de nossos irmãos”, incriminando-os diante de Deus dia e noite. O nome “grande dragão” fala de seu poder político como o soberano do mundo e “príncipe da potestade do ar” (Efésios 2:2). “Antiga serpente” fala de sua poder espiritual como o sedutor de todo o mundo e o “deus deste século”, que “cegou o entendimento dos incrédulos” (2 Coríntios 4:4).
Satanás é a mesma antiga serpente que veio ao jardim do Éden e enganou a mulher, levando Eva e Adão à desobediência e conseqüentemente ao pecado contra Deus. Eva teve de dizer mais tarde: “A serpente me enganou” (Gênesis 3:13).
Sua origem e queda
Em Isaías 14:12-15 e Ezequiel 28:12-19 temos um marcante relato do lugar original que Satanás ocupou como “estrela da manhã, filho da alva”. Sua queda desta exaltada posição original — sendo ele talvez o maior ser angelical criado por Deus — é narrada nestas Escrituras.
Orgulho, obstinação, iniqüidade, rebelião e violência são os motivos dados de sua queda.
Sob a figura do “rei de Tiro”, Ezequiel declara que este grande ser criado era “o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura”. Ele permanecia no monte santo de Deus e se cobria de todas as pedras preciosas. Deus o havia colocado ali como o “querubim da guarda ungido”, e andava no meio das pedras afogueadas. Talvez fosse o guardião da santidade de Deus, provavelmente sobre o planeta Terra no seu estado original.
O relato inspirado diz: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti” (Ezequiel 28:12-15).
O profeta Isaías diz no capítulo 14: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!”. O título “estrela da manhã” pode ser traduzido como Lúcifer, e deriva de uma palavra hebraica que significa “brilhante ou aquele que resplandece”. O título “filho da alva” é uma expressão poética para “estrela da manhã”. Lúcifer, a brilhante estrela da manhã, é o primeiro nome dado a este grande ser angelical ao sair das mãos criadoras de Deus. Grande como era, ele não passava de uma criatura de Deus, responsável por obedecer a seu Criador.
Em Isaías 14:13-14 vemos cinco expressões imperativas que caracterizam a expressa rebeldia e obstinação de Satanás: “Subirei”, “exaltarei”, “assentarei”, “subirei” e “serei”. Nesta última ele diz: “serei semelhante ao Altíssimo”. Lúcifer não estava satisfeito com a posição de exaltação que recebera na criação de Deus. Ezequiel diz: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ezequiel 28:17). Ele intentou exaltar a si mesmo e a seu trono e buscou ser semelhante ao próprio Deus. Particularmente, ele talvez invejasse o lugar do Filho de Deus e desejasse ser tão exaltado como Ele. Sua ambição e propósitos eram ser adorado como Deus, e disso ele nunca desistiu. Essas cinco questões imperativas que Satanás proferiu em Isaías 14:13-14, manifestam a pungente essência do pecado: é a vontade da criatura oposta à vontade e determinação do Criador. Foi assim, por causa da obstinação de Lúcifer, que o pecado entrou no universo, antes mesmo da criação do homem.
Ademais, vemos em Ezequiel 28:16-18 que Lúcifer estava envolvido numa multidão de comércio. Ele encheu o céu de violência e pecou. Ali se lê: céu de violência e pecou. A Bíblia diz: “Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários”. Acreditamos que isto indica algum comércio profano de Lúcifer, algum tráfico, pelo qual outras criaturas angelicais foram seduzidas de sua fidelidade ao Criador, dedicando lealdade e devoção a Lúcifer.
Assim Lúcifer instigou violência e rebelião entre as hostes celestes antes da criação do homem, e aqueles que o acompanharam se tornaram seus anjos ou demônios. A sentença divina de expulsão de sua exaltada posição como o “querubim da guarda ungido” foi pronunciada, embora ainda não completamente executada. Isso acontecerá no futuro, segundo Apocalipse 12:7-17. Como deposto de seu lugar celestial no governo de Deus, ele passou a chamar-se Satanás, o adversário, e no Novo Testamento ele é chamado de diabo (Jó 1:6-12; Mateus 4:1-11).
Satanás e Jó
O livro de Jó (1:8-19; 2:1-8) nos dá uma antiga ilustração do ódio e malignidade de Satanás contra o povo de Deus. Deus disse acerca de Jó que ele era Seu servo e não havia ninguém na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal (1:8). Então lemos que Satanás respondeu ao Senhor e insinuou que Jó verdadeiramente não temia a Deus, e caso Ele (Deus) estendesse Sua mão e tocasse em tudo o que possuía, Jó blasfemaria contra Deus. Aqui Satanás revelou seu caráter acusador e maligno.
Quando Deus autoriza Satanás a tocar em tudo o que Jó possuía — menos em sua vida –, Satanás sai da presença de Deus e terríveis coisas começaram a acontecer aos filhos e às posses de Jó.
Foi Satanás quem incitou os sabeus e os caldeus a roubar os animais de carga de Jó e a matar os seus servos. Foi ele quem fez cair fogo do céu e queimar as suas ovelhas e os seus servos, como também levantar um grande vento e derrubar a casa sobre os sete filhos e as três filhas de Jó, matando a todos. Tudo isso deixa claro o grande poder de Satanás e sua terrível hostilidade contra os servos de Deus. Mas também revela que Satanás só pode ir até onde Deus permite.
Jó conservou sua integridade e não amaldiçoou nem acusou a Deus, mas, em vez disso, lançou-se em terra e O adorou após todas estas calamidades. Então Deus novamente aponta Jó a Satanás como aquele que permaneceu inabalável e fiel a Ele.
Satanás respondeu com nova acusação e investida contra Jó, afirmando que, se os ossos e a carne de Jó fossem tocados, ele blasfemaria contra Deus. Deus disse a Satanás que Jó estava em seu poder para fazer o que quisesse, com a restrição de poupar-lhe a vida. Está escrito que Satanás saiu “da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça” (Jó 2:7).
O Senhor permitiu que Satanás tentasse severamente e causasse intenso sofrimento e angústia em Jó, e isto, no final das contas, serviu para o seu bem. O patriarca nunca amaldiçoou a Deus, e Satanás foi derrotado. No final Jó teve um maior conhecimento de Deus e de sua própria pecaminosidade, “e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra” (Jó 42:10). “Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro.” Também lhe foram dados outros sete filhos e três filhas, e “em toda aquela terra não se acharam mulheres tão formosas” (Jó 42:12 e 15).
As Parábolas de Mateus 13
No Novo Testamento temos a atividade de Satanás salientadas em algumas das parábolas que o Senhor dá no tocante ao reino dos céus em Mateus 13.
Na primeira parábola, a do semeador, o Senhor disse que parte das sementes “caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram” (v. 4). Explicando a parábola, o Salvador disse que “a semente é a palavra de Deus. A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos” (Lucas 8:11-12, também Mateus 13:19).
Vemos aqui a atividade de Satanás impedindo a Palavra de Deus de ser semeada no terreno apropriado, no coração dos homens, evitando que eles creiam no evangelho e sejam salvos. É fácil entender que a beira do caminho é um solo endurecido pelo tráfego do mundo, e que ali a semente da Palavra de Deus só fica na superfície. O diabo então pode facilmente arrebatar a semente ao ocupar-nos com outras coisas, fazendo com que a Palavra de Deus seja esquecida.
Na segunda parábola, a boa semente é lançada no campo e, “enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se” (v. 25). O joio é uma nociva erva daninha que parece com o trigo. Na explicação desta parábola, o Senhor disse: “O que semeia a boa semente é o Filho do homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que semeou é o diabo” (vv. 37-39). O Senhor apresenta nesta parábola a atividade de Satanás como um inimigo em malévola oposição à semeadura da boa semente da pura Palavra de Deus.
Satanás tem estado ocupado na semeadura de seus falsos e enganosos ensinos, que são representados pelo joio. A figura do joio está para a imitação, o engano e a corrupção. O diabo lança sementes de engano e imitação que envenenam e corrompem a mente e o coração da humanidade. Ele tem um evangelho imitado, moderno; um Cristo imitado, falso; uma igreja imitada, falsa. Dessa forma busca destruir o verdadeiro cristianismo, que é uma obra de Deus, introduzindo no lugar uma brilhante imitação da coisa real. Aqueles que aceitam os malignos ensinamentos de Satanás tornam-se espiritualmente ligados a ele, vindo a ser “filhos do maligno”, como disse o Senhor. O caráter destes é moldado segundo suas inspirações e influenciado segundo os sutis ensinamentos dele.
Um anjo de luz
Nos dias do apóstolo Paulo, ele encontrou aqueles que praticavam as obras de engano de Satanás. Eles semearam seu venenoso joio e demonstraram que eram filhos do maligno. Observem como Paulo os descreve aos coríntios: “Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11:13-15).
Quando condiz com seus propósitos, ele vem como anjo de luz e ministro de justiça. Ele tem ministros que citam as Escrituras como ele próprio fez quando tentou ao Senhor Jesus no deserto. Só que eles torcem e distorcem as Escrituras, como afirmou o apóstolo Pedro em sua segunda epístola (2 Pedro 3:17). O apóstolo Paulo também escreveu aos crentes da Galácia acerca daqueles que perturbaram e perverteram (distorceram) o evangelho de Cristo (Gálatas 1:7). O diabo é o grande enganador que age por intermédio de seus servos, os quais têm sido enganados por ele e buscam enganar e seduzir outros.
Paulo escreveu a Timóteo que “nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (1 Timóteo 4:1-2).
Mediante espíritos de engano e mentira há ensinos demoníacos sendo atrevidamente proclamados em muitos lugares na atualidade sob a bandeira do cristianismo. O apóstolo João nos exorta a provar “os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 João 4:1). Temos de provar tudo à luz da íntegra da Palavra de Deus e não apenas tomar textos isolados e dar a eles a nossa própria interpretação. O profeta Isaías há muito declarou: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:20).
Um leão que ruge
Satanás é também mencionado na Bíblia num caráter completamente diferente. O apóstolo Pedro escreveu aos cristãos de seus dias que eles deveriam ser “sóbrios e vigilantes”. Porque o “diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo” (1 Pedro 5:8-9).
A figura de um leão que ruge apresenta Satanás como o perseguidor do povo de Deus. Os cristãos primitivos sofreram muito com o ódio e os intentos de Satanás de pôr fim ao testemunho cristão mediante tratamentos desumanos e morte. A palavra à assembléia em Esmirna foi: “Não temas as cousas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova… Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10).
O nosso grande adversário continuou a sua implacável oposição à igreja de Deus através dos séculos até os dias atuais. Os homens cruéis que infligem perseguição e sofrimento aos servos de Deus nada mais são que ferramentas nas mãos do diabo.
Um inimigo derrotado
Para o cristão, Satanás é um inimigo derrotado! Jesus Cristo tomou parte na carne e no sangue “para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14-15).
Como Senhor ressuscitado, Jesus declarou: “Não temas; eu sou… aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:17-18). Como Aquele que conquistou a vitória sobre Satanás, a morte e a sepultura, irá um dia prender e selar o diabo no abismo, onde ele ficará até se completarem mil anos.
Finalmente, o Senhor lançará Satanás para dentro do lago de fogo e enxofre, onde este será atormentado pelos séculos dos séculos (Apocalipse 20:1-3, 10). Por isso o apóstolo Tiago nos diz: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).
O pai da mentira
Embora Satanás tenha sido derrotado por Jesus Cristo, ele continua um inimigo implacável em sua guerra contra Deus e Seu povo. Assim, é importante que tomemos ciência das táticas e caminhos de nosso grande adversário. O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios: “Que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2 Coríntios 2:11).
Ele também exorta os crentes de Éfeso a não ser “mais… agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Efésios 4:14). Tais coisas, sem dúvida alguma, são inspiradas por Satanás, o pai da mentira.
O Senhor Jesus disse aos fariseus que O odiavam: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque eu digo a verdade, não me credes” (João 8:44-45).
A peneira de Satanás
Um exemplo da obra de Satanás contra os crentes em Jesus é dado pelo próprio Senhor em Suas palavras a Pedro em Lucas 22:31-32: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos”.
Satanás requereu a pessoa de Pedro, o líder dentre os apóstolos, para peneirá-la como trigo. Talvez ele tenha observado alguma autoconfiança em Pedro e então o pleiteou para testá-lo e sacudi-lo fortemente em seu peneirar, da mesma forma que fez com Jó séculos antes. É provável que ele tenha pensado poder levar Pedro à desgraça e ruína como apóstolo e testemunha de Cristo. Mas, de qualquer modo, essa reivindicação que Satanás faz no tocante a Pedro manifesta sua inimizade e propósitos de fazer o mal ao seguidor de Cristo.
Contudo, é muito bom observar que o Senhor, a quem Pedro amava e seguia, conhecia todos os intentos de Satanás e permitiu que Pedro caísse na peneira do inimigo. Mas primeiro Ele avisou a Pedro acerca disso e assegurou que já havia orado por ele, a fim de que a sua fé não desfalecesse.
O Senhor em Seu amor viu que era necessário Pedro ser peneirado a fim de trazer à luz todo o joio da autoconfiança que havia nele, pois o que fica na peneira é somente o joio imprestável. O verdadeiro trigo passa pela peneira, e Satanás somente fica com o joio.
Tanto Pedro como o Senhor Jesus ganharam através da experiência que o diabo infligiu. Pedro falhou terrivelmente ao negar o Senhor três vezes, mas chorou amargamente de arrependimento depois de o galo cantar e o Senhor fixar os olhos nele. Ele foi levado a perceber o quanto ele mesmo era fraco.
A oração do Senhor por ele sustentou a sua fé. Por meio dela ele foi restabelecido e restaurado para o Senhor. Agora ele estava mais capacitado para uma tarefa que viria depois: confirmar e fortalecer seus irmãos — o que ele fez na força do Senhor. Satanás só pode tocar num filho de Deus se o Senhor lhe permitir, e nunca sem a intercessão do Senhor por nós.
Judas e Satanás
Uma ilustração bem diferente de como Satanás logra vitória em sua obra como adversário de Cristo é visto em Judas Iscariotes. Ele foi escolhido como um dos doze apóstolos por Cristo, que conhecia tudo acerca de seu verdadeiro caráter. Certa vez o Senhor disse aos doze: “Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo. Referia-se ele a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era quem estava para traí-lo, sendo um dos doze” (João 6:70-71).
Veremos mais tarde que Satanás entra em Judas e o usa como instrumento seu na ocasião em que Cristo foi traído para a multidão que O prendeu e O conduziu ao sumo sacerdote e aos anciãos. Mas antes que isso acontecesse, Judas era um ladrão e roubava da bolsa de dinheiro do grupo apostólico, como João 12:6 nos diz. Ele era avarento e amava o dinheiro. É por isso que o vemos indo ter com os principais sacerdotes e dizendo a eles: “Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar” (Mateus 26:14-16).
A próxima coisa que lemos acerca de Judas é logo após o final da ceia da páscoa, que diz: “tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus” (João 13:2). Embora Judas tenha acompanhado o Senhor em Seu tremendo ministério de três anos e meio, ouvido todas as Suas maravilhosas palavras e testemunhado Seus graciosos atos de misericórdia e milagres, seu coração permaneceu endurecido diante de tudo isso. Ele continuou com sua gatunagem e avareza, que abriram seu coração para levar a cabo os malignos desígnios de Satanás.
Na última ceia, o Senhor molhou um pedaço de pão e o deu a Judas. Era costume do anfitrião honrar um convidado, e isto indicava uma manifestação de amor. Lemos que “após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás… Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite” (João 13:15-30). Judas deu as costas a este último apelo de amor do Senhor, e então Satanás o possuiu para fazer sua obra de traição, entregando Jesus a Seus inimigos com um beijo de falsidade.
Quando Judas viu que Jesus fora condenado, “tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se” (Mateus 27:3-5).
Esse foi o trágico fim de alguém que estava tão próximo do Salvador, sem, contudo, jamais entregar seu coração e alma a Cristo. Em vez disso, ele deu ouvidos a Satanás e foi possuído por ele para trair e entregar o amado Mestre aos que eram servos do diabo e queriam a morte de Jesus.
Embora Judas tivesse sentido remorso pelo que fez – um profundo e torturante senso de culpa –, ele não se arrependeu verdadeiramente ou mesmo se voltou ao Senhor contra quem ele tinha pecado. Em vez de se arrepender diante de Deus, ele saiu e cometeu suicídio. Pedro mais tarde disse: “Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar” (Atos 1:25). Ele não foi para o paraíso como aconteceu ao arrependido e moribundo ladrão na cruz. Quão triste é a história de Judas, que vendeu sua alma a Satanás por dinheiro. Verdadeiramente “melhor lhe fora não haver nascido!” (Mateus 26:24), como disse o Senhor Jesus.
Que lição admoestadora é Judas para qualquer pessoa religiosa! Ele recebeu o grande privilégio de ter convivido tão proximamente ao Senhor, mas nunca teve uma relação vital de fé em Cristo, o seu coração nunca se rendeu a Ele. Que contraste entre Judas e o apóstolo Pedro, que falhou mas amava o Senhor, e arrependido de fato foi restaurado e grandemente usado em Seu serviço.
Deus nos vê como somos, nos ama como somos e nos aceita como somos. Mas, por Sua graça, Ele não nos deixa como somos.
(Tim Keller)
A Lei de Deus não nos restringe, mas nos direciona. Obediência é sempre um convite à alegria.
(R. C. Sproul Jr)
Em nossas instabilidades de sentimentos, é bom lembrar que Jesus não tem mudanças em Suas afeições; nosso coração não é a bússola pela qual Jesus navega.
(Samuel Rutherford)
Nunca estamos mais perto de Cristo do que quando nos encontramos perdidos, maravilhados com Seu amor indizível.
(John Owen)
Se eu pudesse ouvir Cristo intercedendo por mim no quarto ao lado, não temeria um milhão de inimigos. No entanto, a distância não faz diferença: Ele está intercedendo por mim!
(Robert Murray M’Cheyne)
Quando atiramos uma flecha, ficamos olhando onde ela cairá; quando enviamos um navio ao mar, esperamos seu retorno; e quando lançamos uma semente, esperamos a colheita. Assim também, quando semeamos nossas orações no coração de Deus, não devemos esperar uma resposta?
(Richard Sibbes)
Cristo não irá guardar-nos se nos colocarmos descuidada e temerariamente no caminho da tentação.
(F. B. Meyer)
Satanás nunca coloca diante dos homens um prato que eles não apreciem.
Como manter uma comunhão ininterrupta com Deus é a grande pergunta em muitos corações. Pois a nova vida espiritual, dada a nós quando recebemos o Senhor Jesus (Jo 1.12), só pode ser sustentada por comunhão constante com Deus, que é a sua fonte – assim como ocorre na esfera física: precisamos respirar uma vez e outra vez e ainda mais uma vez a fim de continuarmos vivendo.
Há muito que o bebê tem de aprender enquanto cresce, mas uma coisa antes de todas as demais ele deve fazer: deve respirar! Assim é com os filhos do Senhor: eles têm muito para aprender, e Ele tem muito para fazer no treinamento deles, mas, acima de todas as coisas, eles também devem respirar: respirar na nova vida, dia após dia, em comunhão com Ele. Eles devem, portanto, aprender como viver nessa viva união e comunicação com Ele, e Ele os conduzirá em outras questões de modo gentil, conforme forem capazes de suportar.
A palavra comunhão
O dicionário dá o significado da palavra comunhão como “conversa, intercâmbio de pensamento”, e descreve a comunhão como o ato de “consultar, conversar ou falar com outro”. Isto é o que a comunhão com Deus realmente significa: uma “consulta” incessante a Ele, uma abençoada conversa sobre todos os problemas e dificuldades que nos vêm em nossa peregrinação por este mundo mau de hoje.
O profeta Amós escreveu: “Podem dois caminhar juntos a menos que combinem [ou, marquem um encontro]?” (Am 3.3).
Deus marca um encontro para se reunir com o pecador na cruz do Calvário, e a conversa deve começar lá. Por natureza estamos em inimizade com Deus, mas Deus estava em Cristo reconciliando o mundo com Ele mesmo, e a paz foi feita pelo sangue na Cruz de Jesus (Cl 1.20). Assim, tudo está claro do lado de Deus, e Ele lança um apelo a Seus inimigos e marca um encontro para reunir-se com eles no Calvário, o lugar da reconciliação.
Como o Senhor Jesus pode viver em nós e manifestar Sua própria vida em nós, se não damos o trono inteiramente a Ele?
O lugar chamado Calvário
É aqui, à plena vista deste sacrifício maravilhoso do Filho de Deus (Hb 9.26), que Ele nos traz para o acordo Consigo mesmo. No início, são-nos mostrados nossos pecados pregados no madeiro com Seu Filho (1Pe 2.24), mas a salvação inclui muito mais do que isso. Devemos ser poupados de anos de lutas e fracassos se aprendemos de imediato, como aconteceu com os convertidos nos dias de Paulo, o apóstolo, que nós mesmos fomos mortos na morte de Cristo. O passado foi apagado, o pecador perdoado foi considerado crucificado com o Senhor crucificado, a partir dali unido a Ele e participando de Sua vida. Isso é de fato salvação! “Salvo por compartilhar de Sua vida” (Rm 5.10, Conybeare).
A vontade rendida
Para que essa salvação gloriosa seja percebida em toda a profundidade de seu significado, é necessário que nos rendamos inteiramente a Deus (6.13). Como podemos ser libertados da escravidão do ego e do pecado, se retivermos alguma coisa para o ego? Como pode o Senhor Jesus habitar em nós e manifestar Sua própria vida em nós, se não damos o trono inteiramente a Ele?
Nossa vontade é tudo o que realmente temos de dar para nosso querido Senhor. Ele faz toda a obra se nós apenas O deixamos ter o direito absoluto da direção. Não podemos nem nos salvar nem nos livrar de nossos pecados, nem do ego de forma alguma. Ele nos remiu na cruz do Calvário e fará a obra em nós, se dermos a Ele o controle total. Ele apenas nos pede decisivamente que nos coloquemos do lado Dele contra tudo em nós e em nossa vida do que Ele deve nos colocar em liberdade (2Co 6.14-18).
Em resumo, devemos entregar-nos irrevogavelmente a Suas mãos, para que Ele faça de nós o que Lhe agrada; por Sua graça deve resolutamente dizer: “Sim, Senhor”, para cada indicação de Sua vontade.
O Espírito de Cristo que em nós habita
Quando rendemos a Ele todo o nosso ser, o Espírito Santo toma posse do coração e o limpa de seus velhos desejos (At 15.9) e revela o Cristo vivo como o habitante do que se rende, vivendo no espírito do redimido filho de Deus por Seu Espírito, para que possamos contar daqui por diante com “a provisão do Espírito de Jesus” (Fp 1.19) para todas as nossas necessidades.
O caminhar em feliz conversação começou. O próprio Pai nos ama, porque amamos Seu Filho (Jo 16.27), e Ele conversa com Seus filhos, sussurrando: “Viverei neles e neles andarei” (2Co 6.16).
O ponto mais importante nesse abençoado caminhar com Jesus é que não deve haver nenhuma falha na comunhão.
Depois do primeiro “acordo” com Deus, há muito o que aprender, e não devemos ser desencorajados ou acovardados se não entendermos de imediato como andar com Ele fielmente.
Condições para a comunhão
Vamos ver algumas condições para a manutenção da comunhão.
1. Devemos cuidar para dar ao Senhor de fato os primeiros momentos do dia para consultá-Lo sobre nossa vida
O Senhor precisa de tempo para soprar Sua vida em nós e falar conosco sobre Seus propósitos para nós como revelados em Sua Palavra. Deixe que a primeira meia hora, ou uma hora, do dia, se isso for possível, seja uma real comunhão de coração.
Vamos entrar em Sua presença e sentar aos pés de nosso Pai, aproximando-nos Dele com coração verdadeiro na plena certeza de fé, pois podemos contar com o acesso imediato mediante o sangue precioso de Jesus (Hb 10.19,20), tendo “ousadia para entrar no santo dos santos” por meio Dele.
Tendo entrado na presença do Pai pela fé, abra a Palavra escrita e peça a seu Pai para falar-lhe por meio dela. Volte a sua porção para aquele dia e a leia, não tanto para estudá-la quanto para escutar o que Deus, o Senhor, lhe dirá por ela.
Fale com seu Pai sobre ela, peça-Lhe para revelar seu significado, que alerta ela tem para você. Que repreensão? Que ordem? Que consolação? Enquanto você lê Sua carta, responda a Ele dizendo-Lhe que obedecerá assim que souber como; que confiará Nele para cuidar de você, para guardá-lo durante o dia que está começando. Então, derrame o desejo de seu coração diante Dele, seu desejo profundo de conhecê-Lo melhor e de ser Seu filho obediente.
2. Devemos nos alimentar da comida celestial provida a nós na Palavra do Deus (Mt 4.4)
Há uma vasta diferença entre alimentar-nos espiritualmente da Palavra do Deus (Jr 15.16) e estudá-la com o intelecto. Muitos gastam todo o tempo buscando entender todas as “coisas difíceis de serem entendidas” (2Pe 3.16), ou alimentando a mente curiosa com todos os problemas que podem encontrar, para que sua alma fique de fato faminta em meio da abundância. No horário da manhã, devemos aprender a tomar nosso desjejum espiritual (Jó 23.12).
Lembre-se de que oEspírito Santo é o autor do Livro; portanto, antes de lê-lo, reconheça a presença do Autor, fale com Ele e peça-Lhe para abrir seus olhos a fim de ver coisas maravilhosas na lei Dele.
Podemos pensar na Bíblia como um depósito de comida armazenada para os filhos de Deus durante sua peregrinação na terra, e podemos conhecer a porção que Deus proveu para nossa refeição matinal pelas passagens que são claras e simples para nós, já que o Espírito Santo distribui a cada um segundo sua necessidade e capacidade. Vamos ser como criancinhas e tomar o alimento que é conveniente para nós. Ao chegarmos às “palavras difíceis”, deixemo-las de lado, pois elas fazem parte do alimento sólido (Hb .14), provido para nossas necessidades nos anos futuros, quando formos filhos de Deus plenamente amadurecidos.
Vamos procurar por Deus em Sua Palavra, mais do que por conhecimento sobre Ele, e Ele vai nos revelar a Si mesmo cada vez mais. Ele nos ensinará como estudar Sua Palavra a fim de ganharmos o conhecimento exato dela, mas, principalmente, o que é realmente nosso é somente aquilo que somos capazes de assimilar e viver na vida diária.
3. Devemos aprender a viver momento a momento
Como temos visto, a comunhão com Deus se parece muito com a respiração: só pode ser mantida apenas um momento de cada vez. Devemos recusar a olhar para trás ou para frente, por mais que o inimigo possa nos tentar a assim fazê-lo. Vãs remorsos do passado e temores vagos pelo futuro nos atormentarão a mente o bastante para quebrar nossa comunhão com Deus.
A mente não pode estar ocupada com dois assuntos ao mesmo tempo; por isso, temos de confiar em nosso Senhor para nos guardar permanentemente, até mesmo inconscientemente, enquanto damos nossa atenção completamente a nosso dever em fazer todas as coisas a Seu modo (Cl 3.23).
Mas suponhamos que saibamos ter errado: não deveríamos consertá-lo?
“Comungar” significa consultar-se com o Senhor. Faça isto imediatamente! Dê todos os “erros” reais e até os aparentes imediatamente a Ele. Quando você expuser sua causa diante Dele, peça a Ele para lhe mostrar tudo que deseja que você faça, algum passo que você tenha de refazer.
Se Ele lhe mostrar algo acerca de outra pessoa com quem você tenha errado, Sua Palavra é clara: “Confessai as vossas culpas uns aos outros” (Tg 5.16; ver também Mt 5.23; 18.15).
Isto é sempre necessário para não quebrar a comunhão: uma consciência livre de ofensa para com o homem bem como para com Deus (At 24.16)! Se nenhuma luz especial for dada, deixe todo o assunto com seu Senhor; Ele promete que “Sua glória [presença] será a tua recompensa” (Is 58.8). Ele pode organizar e endireitar tudo que está atrás de você bem como as coisas tortas diante de você. O passado e o futuro estão sob o Seu controle.
4. Devemos estar atentos em não ter nenhuma quebra na comunhão
Se estivermos de fato na caminhada com Deus, veremos que o abençoado Espírito nos faz cada vez mais sensíveis a qualquer brecha nessa santa amizade. Quando estamos conscientes de um fracasso real, devemos voar imediatamente para o trono da graça e nos lançar pela fé na presença de nosso Deus Pai (ver Hb 10.19,20), tendo assegurado o acesso por causa do sangue precioso de Jesus. Oh, precisamos entender mais e mais que viemos a Jesus, o Mediador, e ao sangue da aspersão que fala eternamente por nós no céu (12.22-24)! Somente Seu sangue nos dá a entrada à presença do Pai, não nossa experiência, não nossa obediência, nada, nada a não ser o sangue precioso.
5. Devemos tratar rapidamente com a falha
Não é fácil ir imediatamente a Deus quando conscientes de termos falhado. De fato, a batalha se volta mais sobre este ponto, pois, assim que vamos, somos salvos no próprio ir. O diabo, nossa consciência, nossa vergonha e nosso remorso combinam-se para nos manter longe. Temos um sentimento de que deveríamos primeiro ser “miseráveis” durante algumas horas! Parece tão presunçoso levar o pecado à luz, ousar correr para Deus imediatamente; e, contudo, se nós retardarmos, sabemos que uma queda é apenas a precursora de muitas. O pecado será a mesma coisa horrível e pior três horas mais tarde.
O caminho da vitória na hora da derrota é levantar imediatamente e ir ao Pai, dizendo: “Pai, pequei”, sabendo que está escrito: “E Eu disse: Depois que fizer tudo isto, voltará para Mim […] Somente reconhece a tua iniqüidade […]” (Jr 3.7,13).
É da confissão franca e imediata a Deus que o diabo procura nos afastar e, como não conhecemos bem nosso Pai nos primeiros dias, muitas vezes ele tem sucesso e ficamos afastados de Deus; até em amarga tristeza somos conduzidos para trás.
Veja aquele pobre jovem! Ele havia caído na lama e suas roupas estavam imundas. Talvez tenha sentado na lama e dito: “Eu jamais conseguirei me erguer e manter minhas vestes brancas!”
Não, filhinho do Pai, o desânimo e o lamento só aumentam seu pecado. Levante-se e volte para seu Pai, clamando pelo sangue precioso, pois “quando ainda estava longe, o seu pai o viu, e, movido de íntima compaixão, correndo, lançou-se ao pescoço e o beijou” (Lc 15.20).
Devemos, contudo, nesse ponto, enfatizar que a transgressão e a restauração constantes não são o objetivo de Deus para os Seus remidos.
6. Devemos esperar não cair
Não devemos esperar cair muitas vezes no mesmo pecado, pois o Senhor vivo (Hb 7.25) é capaz de nos guardar de tropeçar (Jd 24). Uma quebra na comunhão mostra que a alma está fora do poder guardador de Deus, e, quando ela vai ao Senhor para restauração, deve esperar diante Dele para saber a causa de sua transgressão: provavelmente algum passo fora da vontade de Deus, pois somente no caminho de Sua vontade Deus se compromete a guardar-nos.
Está escrito: “Se andarmos na luz, como Ele está na luz […] o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos limpa de todo o pecado” (1Jo 1.7). À parte da confissão definida, quando estamos conscientes do fracasso definido, precisamos da aplicação contínua do sangue precioso para manter a comunhão límpida com Deus (1Pe 1.2), e podemos contar com isso se andarmos na luz. Isso está explicado em João 3.21: “Quem pratica a verdade vem para a luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (ver tb. Ef 5.3).
O sangue de Jesus limpa (gr., continua a limpar) se incessantemente vivermos sob o holofote de Deus, desejando sinceramente que Ele teste (1Ts 2.4) nossa vida, já que toda a obra é feita por Ele e Nele para Sua glória.
Mas e se estivermos conscientes de que há algo bloqueando a comunhão e não soubermos a causa?
Mais uma vez, o remédio é consultar o Senhor. Vá uma vez mais ao trono da graça e peça à Fiel Testemunha (Ap 3.14) para dizer-lhe a verdade e mostrar-lhe o que está errado. Confie que o bendito Espírito irá aplicar o sangue da aspersão, e, enquanto você aguarda, se nada específico é trazido a sua mente, deixe tudo com Deus e siga em calma confiança e descanse sob o sangue purificador. Cuide para não ficar morbidamente ocupado consigo mesmo, pois isso é introspecção, e, se você voltar-se para si mesmo, perderá a comunhão com o Senhor.
Alguém pode dizer: “Sim, eu volto imediatamente a Deus quando estou consciente de ter falhado, e confesso, mas não há a imediata restauração da paz e a consciência da comunhão”. Pode haver uma ou duas razões para isso.
Não conhecemos suficientemente a eficácia do sangue precioso para trazer-nos a certeza da paz. É mesmo possível que possamos, inconscientemente, estar confiando mais em nossa confissão do que na operação de Deus pelo Espírito Santo. Não é a confissão, mas a aplicação do sangue purificador pelo Espírito Santo que restaura imediatamente a comunhão quebrada com Deus. A confissão do pecado é o lado humano, a condição necessária para Deus cumprir Sua parte de perdão e purificação.
Quando pecamos contra o Senhor, e O buscamos para o perdão, devemos nos deixar humildemente em Sua mão para que Ele nos trate como achar apropriado. Ele conhece nosso caráter, e para alguns de nós poderia parecer que o pecado não é tão excessivamente pecaminoso se Ele rapidamente restaurasse o gozo de nossa salvação (Sl 51.12). Pode até ser possível que confessemos nosso fracasso com a tristeza pela perda da alegria, e não com a tristeza por causar dor a Ele. Ele precisa ensinar a Seus filhos quão pecaminoso é o pecado, e fazê-los entender quanto Ele é ofendido (Ef 4.30), muito embora o sangue precioso nos limpe e estejamos novamente em comunhão com Ele (ver Mq 7.7-9).
7. Devemos andar em obediência direta à luz
Se devemos andar em comunhão com o Senhor, é razoável que Ele espere que obedeçamos à toda luz que Ele nos dá, e podemos tomar Dele o espírito de obediência para nos capacitar a obedecer (Ez 36.27). “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando” (Jo 1.14), Ele disse a Seus discípulos, e a amizade com Jesus deve significar que nos alegramos em cumprir cada desejo Dele.
Se andarmos em obediência no que é de nosso conhecimento, podemos certamente confiar que o fiel Senhor nos parará no momento em que nos vê perto de dar um passo incorreto (Is 30.21). Deve ser dito, como regra, que a marca de andar no caminho da vontade de Deus é um profundo descanso de coração.
É melhor nunca agir quando estivermos em qualquer condição agitada ou apressada da mente; por isso, temos de cultivar a tranqüilidade de espírito e a consciência da presença do Espírito de nosso invisível Amigo.
8. Devemos nos lembrar que a tentação não é pecado
O adversário faz disso sua ocupação para cortar a comunicação entre a alma e o Senhor. Ele ajusta suas táticas àquele que está atacando e atormenta as almas sensíveis procurando mantê-las em constante condenação (veja suas razões em 1Jo 3.21,22) a uma suposta desobediência ou falta de rendição. Se algum passo de obediência é sugerido, e a alma recuar, o maligno de imediato dirá: “Não está rendida!”
O remédio para isso é, mais uma vez, o mesmo: consultar-se com o Senhor.
Enfrente todas as acusações de falta de rendição pela entrega definitiva ao Senhor do ponto específico em questão. Diga-Lhe que Ele sabe que você vai obedecer se puder ter certeza de Sua vontade, e, então, descanse na fidelidade de seu Deus Pai para tornar claro o caminho para você. Ele não espera que Seu filho obedeça sem conhecimento claro da mente do Pai. Sempre que há uma dúvida, é sempre bom submeter o assunto a Deus e esperar, certo de que Ele se encarrega disso.
A tentação não é pecado. Alguém utilmente definiu a verdadeira transgressão como o sim da vontade à tentação. Se a vontade imediatamente rejeita qualquer sugestão maligna, o tentador foi frustrado em seu ataque, embora mesmo nessa situação seja mais seguro buscar de imediato que o Espírito Santo aplique o sangue de Cristo – tão delicada é a comunhão com Deus.
É da maior importância que aprendamos a viver na vontade, e não no campo de nossos sentimentos. A vontade é o ego, a verdadeira pessoa, e é mediante o poder central da vontade que Deus nos controla.
Em todos os ataques da tentação, seja ela súbita ou aguçada, mantenha a calma. Mesmo que multidões de pensamentos terríveis sejam derramadas por sua mente, volte-se de pronto para seu Senhor, e silenciosamente estabeleça diante Dele sua atitude com respeito a todas essas coisas. “Vou escolhê-las ou recusá-las?” “Eu as rejeito!”; então, graças a Deus!, é vitória; o inimigo é posto em fuga.
Por fim, não vamos desonrar nosso Senhor pensando que toda coisa desagradável deve ser Sua vontade. Se estivermos realmente rendidos a Ele, procurando fazer Sua vontade e andando com Ele em comunhão e obediência, tanto quanto pudermos, experimentaremos o que Ele disse: “É Deus que opera em vós tanto o querer como o efetuar” (Fp 2.13). “Porei as Minhas leis em seus corações, e lhes escreverei em suas mentes” (Hb 10.16).
Contanto que em nossa vontade estejamos firmemente decididos a obedecer a Ele, e confiamos a Ele cada momento para nos impedir da busca própria e da auto-indulgência em todas as formas, podemos confiar Nele para inclinar o nosso coração para guardar Sua lei.
Assim, comprovaremos realmente que Seus mandamentos não são penosos e veremos que Seu jugo é suave e Seu fardo é leve.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós” (2Co 13.14).
Se você não deseja santidade, não vejo que tenha qualquer direito de pensar que é cristão.
(Martyn Lloyd-Jones)
É difícil ver como o cristianismo pode ter um efeito positivo na sociedade, se não pode transformar sua própria casa.
(John F. MacArthur Jr.)
É possível falar de amor pelos homens de tal maneira que Deus sai de cena. É possível começar a justificar sua vida unicamente na base do quão “bom” você é para os homens. E, gradualmente, a diferença entre um cristão e a falsa ética humanista desaparece. Não porque o humanismo tornou-se centrado em Deus, mas porque o cristão tornou-se o centro de tudo.
(John Piper)
Satanás ofereceu a Adão um fruto, e Adão perdeu o paraíso. Por isso, em todas as tentações considere não o que ele oferece , mas o que você vai perder.
(Richard Sibbes)
Ah, que alegria é ter nada, ser nada e ver nada além de um Cristo vivo em glória e não se importar com nada além de Seus interesses aqui na terra!
(John Nelson Darby)
Não perguntamos: “Cristo é seu Salvador?”, mas: “Ele é real e verdadeiramente seu Senhor?” Se Ele não for seu Senhor, então, com a mais absoluta certeza, Ele não é seu Salvador.
(A.W. Pink)
É bom desmascarar nossos pecados, para que eles não nos desmascarem.