Não podemos saber, não podemos contar,
quantas dores Cristo teve de suportar;
mas cremos que tudo foi por nós,
Ele foi pendurado e sofreu ali.
(Cecil Frances Alexander)
Faz quase vinte anos que ouvi uma piada profana e ainda me lembro dela. De quantas passagens piedosas que li muito tempo depois já me esqueci completamente? Parece que minha alma é como um lago sujo onde peixes morrem cedo e rãs têm vida longa. Senhor, arranca de minha lembrança essa piada profana. Que não fique nenhuma letra para trás a fim de que minha corrupção não a procure novamente. E, Senhor, fica à vontade para escrever algumas reflexões piedosas no lugar dela e permite, Senhor, que eu tenha o cuidado no futuro de não aceitar o que tenho tanta dificuldade de banir.
(Thomas Fuller)
Há dor que ainda podes Lhe infligir:
é a bofetada tão cruel da ingratidão.
Oh! Não demores. Por que queres resistir
a quem te chama com tão terna compaixão?
(João M. Bentes)
Aquele que não tem certeza do amor de Deus conversa demais com Satanás.
(William Bridge)
Nada obtive senão aquilo que recebi;
a graça o concedeu a mim, desde que cri.
Jactância excluída, orgulho abatido;
sou somente um pecador salvo pela graça!
(James M. Gray)
Arrepender-se é tomar posição ao lado de Deus contra si mesmo.
(A. W. Pink)
Um espírito humilde e piedoso descobrirá mil coisas na Bíblia que o estudante orgulhoso e convencido não conseguirá discernir de jeito nenhum.
Somente quando virmos como todas as Escrituras se acham centradas em Cristo, como a revelação do Deus Triúno, de modo que no Antigo Testamento tudo aponta para Ele e, no Novo, tudo procede Dele, é que seremos capazes de entender a Bíblia.
(William Hendriksen)
Eu posso esquecer o Getsêmane?
Ou ali Teu conflito ver,
Tua agonia e Teu suor de sangue,
Sem me lembrar de Ti?
(J. Montgomery)
Quão abençoado é ser continuamente grato ao Senhor e falar constantemente Dele!
(Norman Crawford)
Daí, alguém está certo em cantar:
Ainda que a terra se abale,
todo coração estremeça,
Jesus acalma meus temores.
Que fogos chamejem e trovões estalem,
sim, e o pecado e o inferno me assaltem,
Jesus não falhará para comigo.
(Johann Franck)
O lucro, a ambição e a superstição estão sempre em guerra contra o evangelho, mas, quando o mundo se enfurece mais fervorosamente contra os membros de Cristo, o consolo do céu é ainda mais especial para nos ajudar.
(Erasmo de Roterdã)
Busquei o Senhor, e depois descobri
que Ele movia minha alma a buscá-Lo, me buscando;
ó genuíno Salvador, não fui eu quem Te encontrou,
não, eu fui achado, fui achado por Ti.
(Anônimo)
O homem arrepende-se de verdade somente quando aprende que o pecado o tornou incapaz de arrepender-se sem a ajuda da graça renovadora de Deus.
“Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.19,20).
Uma das primeiras lições de nosso Senhor em Seu ensino sobre oração foi que não devemos orar para sermos vistos pelos homens. Mas, ao orar, entremos no aposento e estejamos a sós com o Pai. Quando nos ensinou que orar é um contato individual e pessoal com Deus, Ele também nos apresentou uma segunda lição: você não só precisa orar de forma secreta e solitária, mas também em público e em unidade. E Ele nos deu uma promessa muito especial para a oração em unidade de dois ou três que concordarem naquilo que estão pedindo.
Assim como uma árvore tem as raízes escondidas sob o solo e os galhos vão crescendo em direção à luz do sol, igualmente a oração, para seu pleno desenvolvimento, necessita ser feita em secreto, que é quando a alma a sós encontra Deus, e em comunhão pública com aqueles que no nome de Jesus encontram seu lugar para estarem juntos.
A razão pela qual isso deve acontecer assim é simples: o laço que une um homem a seu companheiro não é menos real nem menos próximo do que aquele que o une a Deus – ele é um com eles. A graça não só renova nossa relação com Deus, mas também com o homem. Aprendemos a dizer tanto “meu Pai” quanto “nosso Pai”. Nada poderia ser tão estranho quanto filhos encontrarem com seu pai separadamente e não em uma expressão única de seus anseios e de seu amor. Cristãos não são apenas membros de uma família, mas também de um corpo. Da mesma forma que cada membro do corpo depende de outro, assim a plena ação do Espírito, que habita o corpo, depende da união e da cooperação de todos, de tal modo que cristãos correm o risco de não receberem a plenitude da bênção que Deus está pronto para conceder mediante Seu Espírito, a menos que eles a busquem e a recebam em comunhão uns com os outros. É por meio da união e da comunhão entre os que crêem que o Espírito pode manifestar Seu pleno poder. Foi porque 120 pessoas permaneceram em um mesmo lugar, orando em unanimidade, que o Espírito veio do trono do Senhor glorificado.
As marcas da genuína oração em unidade nos são apresentadas nestas palavras do Senhor:
1. Concordância no que está sendo pedido
A primeira coisa é “concordância” no que está sendo pedido. É indispensável que não haja apenas um simples consentimento mental entre os que pedem, mas é indispensável que haja algo especial, um desejo unânime. A concordância, assim como toda oração, deve ser em espírito e em verdade. Sobre essa concordância ficará muito claro para nós exatamente o que estamos pedindo, se estamos confiantemente pedindo conforme o desejo de Deus e se estamos prontos para crer que já o recebemos.
2. Estarem reunidos em nome de Jesus
A segunda marca é estar reunidos em nome de Jesus. Nosso Senhor nos ensina que Seu nome deve ser o centro da união na qual os crentes estão, cujo laço os faz serem um, assim como um lar contêm e une todos os que estão nele. “Torre forte é o nome do Senhor; a ela correrá o justo e estará em alto refúgio” (Pv 18.10). Tal é a realidade desse nome para aqueles que o compreendem e crêem nele que estar nele é ter o próprio Cristo presente.
O amor e a unidade de Seus discípulos têm atração infinita por Jesus: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18.20). É a presença viva de Jesus, na comunhão de Seus amados discípulos que oram, que dá poder à oração em unidade.
3. A resposta segura
A terceira marca é a resposta segura: “Isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mt 18.19).
Encontros de oração que visam manter comunhão religiosa ou busca pela edificação pessoal podem ter utilidade, mas não é esse o modelo que o Salvador deixou. Outrossim, Ele imaginou encontros de oração como um meio seguro de resposta à oração. Encontros de oração que não têm suas petições atendidas devem ser uma exceção. Quando qualquer um de nós tem anseios específicos e está muito fraco para exercer a fé necessária, deve procurar força e socorro em outros. Na unidade da fé, do amor e do Espírito, o poder do nome de Jesus e Sua presença agem mais livremente e a resposta vem com mais certeza. A prova de que houve unidade na oração é o fruto, o resultado, a resposta, o recebimento do que foi pedido: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mt 18.19).
Que indescritível privilégio é a oração em unidade e que poder ela pode ter! Se o marido e esposa crentes soubessem que estão unidos no nome de Jesus para experimentar Sua presença e Seu poder na oração em unidade (1Pd 3.7); se amigos cressem quão poderosa ajuda dois ou três orando em consonância poderia prover para cada um deles; se, em cada reunião de oração, o reunir-se no Nome, a fé na Presença e a expectativa de resposta ficassem em primeiro plano; se, em cada igreja, as efetivas reuniões de oração em unidade fossem o principal motivo das pessoas estarem reunidas, para expressar esse mais elevado poder da igreja; se na Única Igreja a vinda do reino, a vinda do próprio Rei, primeiramente na dispensação poderosa do Espírito Santo, depois em Sua gloriosa pessoa, fossem realmente a causa de um clamor constante a Deus… Oh! Que bênçãos poderiam vir para e por meio daqueles que concordam em provar Deus quanto ao cumprimento de Sua promessa.
No apóstolo Paulo vemos muito claramente que realidade sua fé tinha no poder da oração em unidade. Aos romanos, ele escreve: “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus” (15.30). Como resposta à oração, ele espera ser livre dos inimigos e também prosperar em sua obra.
Aos coríntios, ele escreveu: “O qual [o Senhor] nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda, ajudando-nos também vós com orações por nós, para que pela mercê, que por muitas pessoas nos foi feita, por muitas também sejam dadas graças a nosso respeito” (2Co 1.10,11). A oração deles era para terem uma participação real na libertação do apóstolo.
Aos efésios, ele escreveu: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito […] E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho” (6.18,19). Seu poder e sucesso no ministério dependiam da oração deles.
Aos filipenses, ele diz esperar que suas lutas sejam úteis para a salvação e sirvam para o progresso do evangelho: “Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo” (1.19).
Aos colossenses, ele ordena que continuem firmes em oração: “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra […]” (4.3). Aos tessalonicenses, disse: “No demais, irmãos, rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre vós; e para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos” (2Ts 3.1,2).
Está evidente, em todas essas passagens, que Paulo se sentia membro de um corpo e que ele contava com as orações das igrejas para que alcançasse o que, de outro modo, não obteria. Para ele, as orações da igreja eram um fator decisivo na obra do reino tanto quanto o era o poder de Deus.
Quem pode imaginar o poder que uma igreja poderia desenvolver e exercitar se ela se entregasse ao serviço da oração dia e noite para que o poder de Deus venha sobre Seus servos e Sua Palavra, e para que Deus seja glorificado pela salvação de almas?
A maioria das igrejas pensa que seus membros se reúnem simplesmente para zelar uns pelos outros e edificar uns aos outros. Elas não consideram que Deus rege o mundo pelas orações de Seus santos, que essas orações são o poder mediante o qual Satanás é vencido, que pela oração a Igreja na terra tem a seu dispor os poderes celestiais. Elas não se lembram de que Jesus, por Sua promessa, consagrou cada assembléia em Seu Nome para ser uma porta para o céu, onde Sua Presença pode ser percebida e Seu Poder pode ser experimentado quando o Pai responde a todos os anseios das igrejas.
Durante os dias em que nosso editor esteve em Salvador, participando da XXI Conferência UniCristã de Teologia e Espiritualidade, ele também teve oportunidade de servir à igreja naquela cidade com a Palavra. Foram duas mensagens. Elas estão abaixo.
Por trás da escuridão ignota
está Deus, no seio das sombras,
amorosamente vigiando os Seus.
(J. R. Lowell)
Se um cristão é atormentado pelo diabo, pelo mundo e pelos tiranos, ele tão-somente precisa se lembrar de seu nome, ou seja, que é um filho de Deus, irmão e co-herdeiro de Cristo; então, certamente conseguirá superar tudo, recebendo consolo e alegria no coração e na consciência. Se tiver medo do pecado, da morte e do inferno, basta lembrar seu nome, e se sentirá consolado. Em Cristo, o diabo, a morte, o medo e o inferno são destruídos e devorados como se fossem pequenas faíscas em um imenso mar, contanto que permaneçamos na fé, sem dar oportunidade alguma ao diabo e sem fazer uma aliança com o pecado.
(Johann Spangenberg)
Tu, ó Cristo, és tudo o que eu quero;
eu encontro em Ti mais do que necessito.
(Charles Wesley)
A amplitude da misericórdia de Deus
é mais imensa que o mar.
Há bondade em Sua justiça
que é muito mais que a simples liberdade.
Porque o amor de Deus é mais amplo
do que a medida da mente humana,
e o coração do Eterno
é mui maravilhosamente benigno.
(F. W. Faber)
É uma grande vitória de nossa fé que nosso coração fique alegre e confortado mesmo quando todas as coisas parecem horríveis e assustadoras.
(Rudolf Gwalther)
O Teu toque trouxe saúde e vida,
restaurou a fala, o vigor e a vista;
renovou as forças e acalmou o frenesi:
eles Te reconheceram como o Senhor da luz.
E agora, ó Senhor, estás perto para nos abençoar,
ó Todo-Poderoso, como sempre,
nas ruas apinhadas, nos leitos dos insones,
como quando andavas pelas praias de Genesaré.
(E. H. Plumptre)
Não desanimem! Se Deus lhes envia o sofrimento, enviará também graça e consolo.
As pessoas estão sempre ansiosas por novas invenções e não hesitam em ignorar e ultrapassar os limites impostos por Deus, o que não é uma falha pequena.
(João Calvino)
Devemos orar até a morte, assim como Jesus fez na cruz.
(Johann Eck)
O que importa se o diabo não quer me deixar de lado? Meu coração continua seguro na paz divina.
(Martinho Lutero)
Não importa o tamanho da ira nos olhos dos tiranos; lemos em diversas passagens da Bíblia que os olhos e o cuidado de Deus estão sobre nós.
(Hans Has Von Hallstatt)
Na cruz de Cristo eu me glorio,
altaneira por sobre a ruína dos tempos;
toda a luz da história sagrada
põe-se em torno de seu sublime alto.
(John Bowring)
Deus induz de maneira misteriosa
Suas maravilhas a realizar.
Ele firma Seus passos no mar
e cavalga na tempestade.
(William Cowper)
A fé verdadeira é não apenas um conhecimento e convicção de que tudo o que Deus revela em Sua Palavra é verdadeiro; é também uma profunda segurança gerada em mim pelo Espírito Santo por meio do evangelho que, de plena graça foi para nós por Cristo conquistada, não somente os outros, mas também eu tive os meus pecados perdoados, fui feito justo para sempre aos olhos de Deus, e a salvação me foi concedida para sempre.
Como noticiado anteriormente aqui, Francisco Nunes, responsável pelo blogue Campos de Boaz, foi o palestrante da XXI Conferência UniCristã de Teologia e Espiritualidade. O tema de que tratou nas sete mensagens foi “Os atributos de Deus”. Ele não teve a pretensão de falar qualquer novidade, mas de chamar os filhos de Deus de volta ao conhecimento do verdadeiro Deus, Aquele que é revelado na Bíblia.
Clicando aqui, você será direcionado para a playlist no YouTube. As quatro primeiras mensagens já estão no ar. Por mesmo esse mesmo endereço você poderá ver as demais, quando forem disponibilizadas.
Desejamos que elas sejam úteis ao povo de Deus!
Atualização
O áudio não foi extraído de uma mesa de som; por isso, está baixo. Portanto, é preciso aumentar ao máximo o som do equipamento para obter um áudio satisfatório, e, no caso de celulares, usar fone de ouvido.
Crescimento é um dos mais claros sinais de uma vida saudável. Se é assim no reino vegetal ou animal, é da mesma forma no reino da graça. Portanto, esperamos ver crescimento em todo cristão. Na natureza, em certo ponto, o crescimento pára e o decaimento se estabelece, mas, no cristão, ele deve continuar todos os dias de sua vida terrena.
Nenhuma pessoa com sensibilidade espera que aquele que se converteu ontem seja alguma coisa além de um bebê. Mas esperamos que o convertido não permaneça um bebê. Com um apetite devorador por comida espiritual saudável, uma boa digestão, cheia do ar fresco do Céu e exercícios, ele será compelido a crescer. E a Escritura: “Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2Pd 3.18) se aplica a cada um de nós.
O que é crescimento?
Crescimento não tem conexão direta com idade. Um homem pode ter cabelos brancos com os anos e ter passado por muitos marcos históricos desde a conversão, e ainda assim espiritualmente ser uma criança atrofiada. Alguns dos crentes hebreus eram assim. Eles andavam tropeçando sobre o ABC cristão quando deveriam ser mestres, e precisavam de leite quando já deviam estar prontos para alimento sólido (Hb 5.12-14).
Crescimento não está necessariamente conectado com o que fazemos. Pode haver muito fervor e atividade, e, ainda assim, nenhum crescimento. Os cristãos efésios exemplificaram isso tristemente anos após crerem. Quando o apóstolo Paulo escreveu uma epístola para os efésios, eles eram como uma árvore plantada ao lado de rios de águas: verdes e vigorosos. Mas, quando o Senhor Jesus se dirigiu a eles por meio de Seu servo João, apesar de reconhecer-lhes as obras, o trabalho e a paciência, Ele lhes disse: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste…”. A copa florescente da árvore jovem e promissora havia sido queimada pela frieza, e o crescimento parou (Ap 2.1-7).
Crescimento nem mesmo depende do que sabemos. Nosso desenvolvimento mental pode ultrapassar muito nosso desenvolvimento espiritual. Um “prodígio infantil”, em círculos musicais ou educacionais, é um objeto lamentável na esfera cristã, e terá um final ruim. O neófito, se capaz de mensurar abstrações, pode rapidamente compreender muitas verdades na mente, mas não assumir que se tornou um gigante e apto a instruir o avô.
Alguns dos cristãos de Corinto caíram sob esse engano. Eles estavam enriquecidos em “todo o conhecimento” (1Co 1.5), assumiram ser sábios (3.18), todos tentaram ser mestres (14.26); eles até mesmo começaram a deixar a mente se afastar da verdade cardeal da ressurreição (15.12,35). Mas, na verdade, eles eram ignorantes (6.2,3,9,15,19; 8.2; 10.1; 12.1; 14.38; 15.36), carnais e infantis (3.1-3). Eles usaram o “conhecimento” para prejudicar alguns irmãos (8.11). Esse conhecimento apenas encheu-os de orgulho. O amor edifica (v. 1).
Crescimento, portanto, está completamente ligado ao que somos. A própria Epístola que nos exorta a “crescer em graça” se inicia com uma clara declaração do que realmente isso realmente significa. Ei-la: “E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai a vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência [conhecimento], e à ciência, a temperança [domínio próprio], e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade, e à piedade, o amor fraternal, e ao amor fraternal, o amor” (2Pd 1.5-7).
Todos nós começamos com a fé. Mas, a ela, virtude (ou coragem) deve ser acrescentada, para que ela seja levada em conta. A coragem precisa ser controlada pelo conhecimento. Conhecimento precisa ser temperado com domínio próprio. O domínio próprio desenvolve paciência (ou perseverança). A perseverança gera piedade. A piedade produz e desenvolve amor fraternal. O amor, o divino amor, coroa completamente e solda todos juntos no coração do que crê.
Essas coisas, perceba, estão em nós e devem abundar (v. 8). Elas não devem ser colocadas como um homem veste um casaco, mas devem ser produzidas interiormente no poder do Espírito Santo, a fim de que se tornem parte e parcela de nós mesmos.
O apóstolo Pedro estava, de fato, desejando que as características da bela vida de Cristo fosse reproduzida naqueles crentes.
Crescimento, então, está relacionado a caráter. Enquanto crescemos, somos moldados mais e mais em conformidade a Cristo.
Você está crescendo?
Pergunte a si mesmo, então: “Isso está acontecendo comigo? Existe, em minha atividade cristã e no aumento de conhecimentos bíblicos, um forte desenvolvimento do caráter cristão?” Após se perguntar, responda com sinceridade e muito cuidado.
Ao fazer isso, contudo, um perigo espreita. Embora nada seja mais útil que um honesto auto-julgamento perante Deus, nada é mais nocivo do que deixar essa necessária inspeção degenerar em auto-ocupação.
Cuidado com seus pensamentos morbidamente centrados em si mesmo.
Vamos imaginar três crianças que têm pequenos jardins, claramente demarcados nos campos do pai. Quão diferentes eles são! Em um deles, as ervas daninhas crescem e, ao redor, as flores são poucas e fracas. Não há sinal de enxada, ancinho e regador! No segundo tudo está arrumado: as ervas daninhas são cortadas, e as flores, mesmo que não sejam as melhores, estão saudáveis. O terceiro, por sua vez, mostra marcas de muito trabalho. De fato, está quase penosamente em ordem, mas cada flor está ou murchando ou já morta. Quão fácil é, a partir do estado dos jardins, adivinhar o caráter das crianças! E se o estilo descuidado, vai-assim-mesmo, do primeiro deve ser lastimado, a febril ansiedade que levou o terceiro a continuamente puxar uma e outra das plantas para ver como as raízes estavam indo é quase tão desastrosa do ponto de vista prático.
Evite ambos os extremos. Que o bom Senhor livre você do descuido e do tipo de religião fácil que nunca permite que honestamente você se faça a pergunta: “Estou realmente crescendo em graça?” por medo de ser perturbado; e também da mórbida auto-ocupação que leva você a estar sempre se fazendo essa questão, e eternamente puxando tudo em seu pobre coração pelas raízes no esforço de responder a ela.
Encontrar a felicidade significa enfrentar a pergunta com o coração sob a grande luz do amor de Jesus, e, se chegar à conclusão de que seu crescimento é pequeno, deixar que ela o incentive alegremente a conhecer mais de Cristo.
Em que nós crescemos?
É importante lembrar que, como crentes, nós permanecemos na graça (ou favor) de Deus (ver Rm 5.2), e que nos foi pregado pelo apóstolo Pedro que crescêssemos em graça.
Graça, então, é o solo no qual os crentes são plantados, não o mundo – embora, se alguém julgasse pelos caminhos de alguns cristãos, poderia quase pensar que sim. Apesar de todos os crentes permanecerem na graça, muitos cercam a si mesmos com atmosfera mundana de tal modo que todo o processo é parado.
É muito fácil para nós abjurarmos o mundo de modo abstrato, enquanto fortemente nos entregamos a seus prazeres nos detalhes.
Para ilustrar isso. Algum tempo atrás, uma reunião de oração estava acontecendo. Considerável fervor era manifestado na reunião. Um homem começou a invocar a Deus. Em tom fervoroso ele clamou:
– Senhor, salva-nos do mundo!
– Amém! Amém – ecoou em alto coro de todas as partes do local.
Um momento de pausa. Então:
– Senhor, salva-nos do tabaco!
Silêncio mortal e ameaçador! Parecia ter matado a reunião.
Você pode desaprovar que se ore dessa maneira, mas isso mostra como é fácil orar para ser preservado do mundo de modo abstrato e apreciá-lo nos detalhes.
Lembre-se de que as vinhas de Salomão eram roubadas e estragadas pelas “raposinhas” (Ct 2.15). Havia muitas delas e, por serem pequenas, entravam nas vinhas sem atrair muita atenção.
Do mesmo modo, muitos cristãos sofrem por viver em uma atmosfera da lei. Eles vivem e andam, lêem e oram, servem e adoram mediante regras. Nenhum deles pode esperar crescer se ficar enclausurado em ferro rígido!
Quão doce é a liberdade que a graça dá! Refiro-me à liberdade, não à licenciosidade. Pois a graça que traz salvação também nos ensina “que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa e piamente” (Tt 2.12).
Vamos fincar nossas raízes profundamente na graça. Vamos nos expor a sua luz. Oh! O efeito de uma alma humilhada e subjugada por tal conhecimento, a despeito de tudo o que encontramos em nós mesmos, o doce e perfeito favor de Deus repousa sobre nós por causa de Cristo, e nada pode nos separar “do amor de Deus, que está em” – não em nós mesmos, mas em – “Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.39).
Como crescemos?
Ultimamente, muito tem sido dito em público sobre o aspecto físico decaído de milhares de crianças que frequentam a escola. A questão prática é: “O que deve ser feito?” O caso será resolvido dando a elas muito o que fazer em exercícios e atividades? Não, elas não tem energia ou vigor para tanto. Deve-se incluir alguma instrução sobre saúde nos estudos escolares, e ensiná-las como o corpo humano cresce, acrescentando célula a célula e tecido a tecido, o valor de diferentes alimentos e as leis que governam o processo de digestão?
Seis anos de estudos desse tipo não vão acrescentar muitos centímetros à estatura delas quanto seis meses de uma boa alimentação: refeições substanciais de comida adequada, quatro vezes por dia e sete dias por semana!
Se você quer crescer, então, selecione boa comida espiritual. Boa comida, lembre-se. Não novelas, literatura leviana ou outro lixo mundano. E digira isso. Invista tempo para meditar e pensar a respeito. Quando o boi rumina, geralmente se deita. Do mesmo modo, a digestão espiritual é grandemente favorecida por um pouco de quietude, com os joelhos dobrados em oração.
A comida do Cristão é, em uma palavra, Cristo: “crescendo no [ou pelo] conhecimento de Deus” (Cl 1.10) – e, como é em Cristo que Deus é conhecido por nós, Pedro afirma: “Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2Pd 3.18).
É bom conhecer sobre Ele, e tudo que nos ajuda nesse sentido é proveitoso, mas o ponto de suprema importância é conhecer o próprio Senhor Jesus Cristo, desfrutar aquela santa intimidade que é fruto do viver e do andar diários em Sua presença. Mesmo aqui na terra, estar
“Perto de Sua confiável companhia
em divina comunhão”.
Então, pouco a pouco, devemos descobrir Sua multifacetada glória, e apreciar as várias características nas quais Ele permanece relacionado a nós. Nas linhas seguintes, vamos tentar sugerir um pouco delas.
O começo de nosso conhecimento de Jesus é como
Salvador, para libertar.
Para o pecador ansioso, sobrecarregado com culpa, lamentando sob o pecado e tremendo diante da morte e do julgamento, Jesus se destaca como Salvador. Ele lutou com o pecado; Ele morreu e ressuscitou. Quão perfeito e atraente Ele é! Não admira que o recém-perdoado pecador não se preocupe com mais ninguém e com nada mais.
Você pode olhar para trás, para o momento em que experimentou a alegria da salvação, como os israelitas fizeram, quando estavam na outra margem da inundação de julgamento do Mar Vermelho: eles cantaram, dizendo: “Cantarei ao Senhor, porque gloriosamente triunfou […] O Senhor é a minha força e o meu cântico; Ele me foi por salvação” (Êx 15.1,2)? Ou como ocorreu com Israel séculos depois, quando Davi encontrou Golias, de Gate, e, em nome de Jeová, forjou a libertação? Então, a terrível tensão e o horrível suspense terminaram. Uma emoção poderosa percorreu os que assistiam, e “os homens de Israel e Judá se levantaram e jubilaram” (1Sm 17.52).
Foi assim conosco. Nós fomos libertados. Nossos dias de murmuração e suspense acabaram. A vitória foi conquistada, e Jesus vive! E, apesar de talvez anos terem se passado desde quando O conhecemos, a emoção daquele momento está em nosso coração ainda hoje.
Nós não vamos muito longe sem antes ver o mesmo Jesus em outra característica. Ele é
Senhor, para comandar.
O evangelho, claro, no-Lo apresenta como Senhor (2Co 4.5). Nós não apenas cremos com o coração para a justiça, mas também com a boca O confessamos como Senhor para a salvação (Rm 10.9,10). Mas algum pouco tempo se passa antes que nós percebamos o que isso significa.
Jesus está no lugar de autoridade. É Dele o comando, e nossa, a prazerosa obediência, e isso significa render nossa vontade a Ele.
A conversão do apóstolo Paulo foi a ideal. Ele muito rapidamente alcançou o ponto de se render (ver At 9.5,6). Ele estava na poeira da estrada para Damasco quando reconheceu Jesus como seu Senhor, e sua vida toda foi transformada. Muitos de nós ficam muito atrás dele. Ainda assim, todos temos de chegar a esse ponto.
Estávamos conversando com um jovem cristão outro dia, e, durante a conversa, ele se referia muitas vezes aos “dias de outrora”, quando ele era um crente mundano, negligente, tendo apenas um apático interesse pelas coisas de Deus. Ele disse: “Eu realmente cri no Senhor Jesus Cristo para o perdão de meus pecados, e, se eu tivesse morrido, tenho certeza de que iria para o céu.”
Entretanto, aqueles foram os “dias de outrora”, pois um novo dia amanheceu com a descoberta de que Jesus era seu Senhor, um Mestre pelo qual viver e a quem servir. Ao colocar-se sob essa nova postura, uma grande alteração tomou lugar. Ele era um homem diferente.
Esse novo dia já amanheceu em sua história? Se não, que venha rapidamente! Ele está bem no comecinho da vida cristã.
Um dos primeiros resultados de um genuíno reconhecimento do senhorio de Cristo é que o convertido mergulha em um bocado de problemas e de exercício da alma, uma vez que seus muitos esforços para fazer a vontade de seu novo Mestre, recentemente encontrado, o levam a estar em conflito com a própria vontade.
Três coisas, pelo menos, devem ser aprendidas.
Primeira: a verdadeira natureza da carne (i. e., a velha natureza má ainda dentro de nós), irremediavelmente má. “Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18). Se não há “bem algum”, então, nem mesmo um bom desejo será encontrado lá. No entanto, quanto tempo leva ainda para a maioria de nós abandonar qualquer expectativa de bem, ou mesmo de melhora, iniciado do interior.
Segunda: o terrível poder da carne. Esse poder – embora, de fato, tenhamos nascido de novo e, assim, possuindo uma nova natureza – não nos capacita a vencê-la. Vemos um homem dizendo: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (v. 19). Ele desejava o bem, provando a existência da nova natureza dentro dele, mas tal era o poder da velha natureza que superava a nova, levando-o ao cativeiro (v. 23) e fazendo dele um homem completamente miserável (v. 24).
Você supostamente começou a viver uma valorosa vida cristã para o Senhor, apenas para se encontrar derrotado, não por inimigos gigantes exteriores, mas pela traidora “carne” que está dentro de você?
Essa é, então, a lição que você está aprendendo.
Terceira: o que Deus fez em relação à carne na cruz de nosso Senhor, Jesus Cristo. “Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” (8.3). Que alívio é conhecer isso! Deus agora trata a carne como uma coisa condenada, e fez isso com ela. Só nos resta alinhar-nos com Deus e, de nosso lado, tratá-la como coisa condenada e acabada. Isso nós podemos fazer, pois, por termos crido em Jesus, recebemos o Espírito Santo, o novo poder, e Ele é mais do que um mero adversário para o poder da carne.
Liderados pelo Espírito Santo, levantamos os olhos para o céu, e Jesus agora se torna para nós
Um objetivo, para controlar.
E este é o verdadeiro segredo do crente ser libertado, de modo prático, do poder do mundo, da carne e do diabo.
Satanás, o astuto adversário e acusador final, ocupa seu tempo em atacar a fé dos santos (ver 2Co 11.3; 1Ts 3.5; 1Pd 5.9) e, conseqüentemente, para enfrentá-lo o escudo da fé é necessário (Ef 6.16).
A carne nos supre com todos os desejos mais baixos, os quais cada um de nós conhece muito bem, assim como com qualquer outro desejo que não está de acordo com a vontade de Deus.
O mundo – o gigantesco sistema ao nosso redor, no qual Satanás e o homem têm trabalhado entre si na vã esperança de torná-lo o mais feliz e contente sem Deus –, como na grande “Feira das vaidades” de Bunyan, contém atrações adequadas para cada gosto e temperamento, e todas apelando para os desejos da carne dentro de nós.
Embora livros possam ser bem escritos sobre como o crente se liberta desse triplo inimigo, e o caminho para isso, essa liberdade mesma é simples e docemente desfrutada por aqueles que, tendo aprendido o suficiente sobre o mundo e sobre si mesmos para estarem enojados de ambos, voltam para Jesus e encontram Nele
“O Objetivo brilhante e adequado
para preencher e satisfazer o coração.”
(Jim Elliot, em seu diário)
Jesus é isto para sua alma: um Objetivo para amar e pelo qual viver? Paulo disse: “Porque a lei [ou controle] do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei [ou controle] do pecado e da morte” (Rm 8.2).
Uma impressionante ilustração do poder de um objetivo para controlar ocorreu quando o primeiro avião militar fez um vôo de teste ao redor de Londres. Durante a breve hora que pairava sobre a metrópole, ele se tornou o objetivo de milhões de pares de olhos. Tudo o mais foi esquecido. A última moda perdeu sua atração, lojas ficaram desertas, jantares esfriaram. Alinhados homens de negócios largaram a caneta e estudantes largaram seus livros. Todo mundo parou e olhou fixamente para esse novo objetivo no céu e, naquele instante, foram claramente libertados de sua vida ordinária.
De qualquer modo, foi a novidade da coisa que atraiu. Não é assim com Jesus. Quem O tem amado há mais tempo e O conhece melhor sente Suas benditas e permanentes atrações. Em síntese: está tudo centralizado em Seu poderoso e eterno amor. Assim como um poderoso ímã extrairá uma agulha de um monte de serragem, o amor magnético de Jesus irá libertar uma alma de qualquer montanha de lixo mundano e carnal. Que Deus atraia tanto os leitores quanto o escritor para esse poder cada vez mais.
Se tudo isso for mantido, devemos conhecer e apreciar o Senhor Jesus em outra característica, que é
Sumo sacerdote, para sustentar.
Há muitos bons cristãos que querem ser mais devotados, ou viver “a vida mais elevada”. Mas, apesar dos desejos serem bons, suas circunstâncias são um desafio e os resultados são pobres. Você é um deles?
Possivelmente você está familiarizado com a Epístola de Hebreus e, assim sendo, sabe que Jesus é seu grande Sumo Sacerdote no céu (4.14), mas a questão é: Você, de modo real e prático, O conhece como seu grande Sumo Sacerdote, que sustenta sua alma dia a dia, no meio de tantas provas e dificuldades da vida?
Somente aqueles cujo rosto está voltado na direção certa podem esperar a ajuda do Sacerdote. Ajudar um homem no caminho errado não é, de fato, ajudar. Consequentemente, o crente descuidado e de mente mundana não receberá a ajuda do Sacerdote; ele precisa dos serviços de Jesus como Advogado para tocar-lhe a consciência e endireitá-lo. O crente de mente sincera, que, de coração, reconhece Jesus como Senhor e O ama como Objetivo, tanto precisará disso quanto o obterá, tendo por resultado não apenas ser levado em segurança para o céu mais tarde, mas também levado ao Santo dos Santos (i. e., a conscientemente percebida presença de Deus) agora (10.19-22)
Nada que possa ser dito sobre o assunto, entretanto, nos dará uma percepção da graça e do poder de Jesus como nosso Sumo Sacerdote maior do que a dada por uma pequena experiência prática, ganha em nos voltarmos para Ele em momentos de dificuldade e necessidade. Portanto, guardemos bem a exortação. “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (4.16).
Tudo isso nos ensinará a olhar alegremente para o Senhor Jesus como
A Cabeça, para direcionar.
Cristo é a cabeça da Igreja, assim como o marido é a cabeça da esposa (Ef 5.23). Dele, também, como Cabeça, vem todo o alimento e suprimento para Seu corpo (4.15,16).
Sabedoria, direção e nutrição são necessidades diárias, e o suprimento delas não está em nós, mas Nele. Como cabeça, Ele é a fonte superabundante de tudo. Estar “ligado à cabeça” (Cl 2.19) é apreciá-Lo e apegar-se a Ele como tal, e, desse modo, realmente encontrar Nele aquilo que nos faz gratamente independentes da sabedoria dos homens no caminho do racionalismo (v. 8) e de sua religião no caminho do ritualismo (vv. 20-23).
Cristo é tudo e, assim, Ele se torna tudo no coração do crente. Fora Dele, nada há.
Uma palavra de alerta. Não pense que cada um desses passos no conhecimento de Cristo existe separadamente. Eles estão intimamente ligados, e, com freqüência, se fundem um em outro na história do cristão. O grande final é que podemos estar completamente firmados, não sendo mais crianças, mas homens totalmente crescidos, com Cristo sendo tudo para nós.
Deus nos liberta do domínio do pecado, não fortalecendo nosso velho homem, mas crucificando-o; não ajudando-o a fazer alguma coisa, mas removendo-o do cenário da ação.
(Watchman Nee)
A oração é uma expressão tão natural da fé quanto a respiração o é da vida.
(Jonathan Edwards)
Aquele dia [da volta de Cristo] permanece oculto, para que estejamos vigiando todos os dias.
(Agostinho)
Quando a ciência parece conflitar com a teologia, não temos razão para rejeitar nem os fatos da natureza nem as palavras da Bíblia. Em lugar disso, temos razão para reexaminar nossas interpretações, pois os fatos da natureza e a Escritura sempre concordam.
(Hugh Ross)
A raiz de toda constância está na consagração a Deus.
(Alexander MacLaren)
Não teremos nenhum poder de Deus a não ser que sejamos convencidos de que não temos nenhum poder em nós mesmos.
(John Owen)
A ressurreição de Cristo é o amém de todas as Suas promessas.
Por tudo isso, vemos que o ceder a pecados menores atrai a alma para cometer os maiores. Ah!, quantos nestes dias caíram, primeiro por ter pensamentos vis sobre as Escrituras e as ordenanças; então, por fazer pouco caso das Escrituras e das ordenanças; a seguir, por fazer divagações pessoais sobre as Escrituras e as ordenanças; e logo, por rejeitar as Escrituras e as ordenanças; e, por fim, por avançar e elevar-se, e elevar suas opiniões que desonram Cristo e danificam almas, acima das Escrituras e das ordenanças.
(Thomas Brooks)
De bom grado vou confirmar com meu sangue a verdade sobre a qual tenho escrito e pregado.
(John Huss, quando estava na fogueira para ser morto)
Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir.
(Martinho Lutero)
A verdade sem entusiasmo, a moralidade sem emoção e o ritual vazio de realidade são coisas que Cristo condena severamente. Sem fervor espiritual, elas não passam de uma filosofia ímpia, um sistema ético ou de mera superstição.
(Samuel Chadwick)
A libertação [dos pecados] deu-nos liberdade para sermos escravos da justiça.
(Charles Caldwell Ryrie)
Os que professam arrependimento precisam praticá-lo.
(Matthew Henry)
A cruz de Cristo é o mais suave fardo que eu já carreguei; é um peso como as asas para um pássaro, como as velas para um veleiro.
Uma vez, homens se assentaram ao redor da cruz para contemplar os Seus sofrimentos – provavelmente a última ocasião em que pecadores incrédulos puderam assentar-se em Sua presença.
“E havendo-O crucificado […] assentados, O guardavam” (Mt 27.35-36). Que cena! O Rei dos reis usando uma coroa de espinhos colocada sobre Sua cabeça por Seus súditos rebeldes. O Criador pendurado sobre um madeiro que Ele próprio criara, pregado ali por Suas próprias criaturas pecaminosas. Ele foi à cruz em submissão à vontade do Pai, levado como um cordeiro ao matadouro – e Mateus nos revela que aqueles que descarregaram ódio e violência sobre Ele se assentaram, friamente, para observar o espetáculo de Sua morte agonizante.
Talvez o Calvário tenha sido a última ocasião em que pecadores incrédulos puderam assentar-se em Sua presença. Um dia nós, os pecadores redimidos, estaremos assentados em Sua presença; mas os impenitentes, nunca. Lemos dos maus fugindo de diante de Sua presença (Ap 6), e, no juízo do Grande Trono Branco, estarão em pé na presença Dele para serem julgados (Ap 20).
Agora Ele é o Senhor na glória! Virá o tempo quando todos os habitantes da Terra se prostrarão perante Ele. Os vales estarão cheios de cadáveres, daqueles que se rebelaram contra Ele; Satanás e seu primeiro ministro do mal serão lançados no abismo; o joelho de todo sobrevivente terrestre se dobrará em sujeição ao Homem que morreu na cruz. Todo olho estará fito Nele – o tempo de Sua humilhação já terá passado.
Seu governo de graça não estará mais em evidência. Ele agora governará com uma vara de ferro. Aquelas feridas que os observadores infligiram no Calvário ainda estão em Sua pessoa, marcas eternas de Sua humilhação passada e de Sua vitória eterna.
Naquele grande dia do Senhor, todos os sobreviventes na Terra lamentarão e prantearão: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá, até os mesmos que O traspassaram; e todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém” (1.7). Ao olharem para Aquele a quem traspassaram, reconhecerão que Ele é, de fato, o Senhor de tudo. Durante mil anos a Terra terá descanso sob Seu reino benevolente. Os céus refletirão Sua glória. Finalmente, toda criatura no universo se unirá em louvor a este Príncipe onipotente.
“E verão o Seu rosto; e nas suas testas estará o Seu nome” (22.4). Uma vasta multidão de salvos vai contemplá-Lo eternamente. Sobre eles, aquele rosto, uma vez desfigurado, brilhará em graça e amor infindos. Seu rosto excederá em brilho todas as outras maravilhas. Para a Sua Noiva, a verdadeira Igreja, a beleza deste Ser ilustre será o centro incontestado de atração e deleite transformador, o objetivo central da eterna felicidade que ela terá.
Os pecadores nunca mais se assentarão para ver Seu sofrimento. Diante de Sua glória incomparável, todo joelho se dobrará, e os que Lhe pertencem – elevados à vida e à glória – se deleitarão em Seu maravilhoso ser e em Sua posição elevada, e serão para o louvor de Sua glória.
Nunca entendi o significado da Palavra de Deus enquanto não passei pela aflição.
(Martinho Lutero)
A pior maldição que um povo pode sofrer é ter uma religião movida à base de mera emoção e de sensacionalismo. A ausência de realidade espiritual já é trágica, mas o aumento da falsa espiritualidade é pecado mortal.
(Samuel Chadwick)
Como eu poderia passar os melhores anos de minha vida vivendo nas honras deste mundo, enquanto milhares de almas estão perecendo todos os dias?
(C. T. Studd)
Enquanto os homens não tiverem fé em Cristo, suas melhores obras nada mais são do que gloriosos pecados.
(Thomas Brooks)
Quando os homens começam a se queixar mais de seus pecados do que de suas aflições, começa a surgir alguma esperança para eles.
(Matthew Henry)
Quem de fato contemplou a cruz de Cristo não pode jamais falar de casos sem esperança.
(G. Campbell Morgan)
Rejeitar o estudo sob o pretexto da suficiência do Espírito é rejeitar a própria Escritura.