Nenhuma ciência é mais bem comprovada do que a religião da Bíblia.
(Isaac Newton)
Atribuirei todas as aparentes incoerências da Bíblia a minha própria ignorância.
(John Newton)
Nossa fé é alimentada pelo que está claro nas Escrituras e testada pelo que é obscuro.
(Agostinho)
O Senhor não brilha sobre nós, exceto quando tomamos Sua Palavra como nossa luz.
(João Calvino)
Deus nos fez seres pensantes, e Ele guia nossa mente à medida que refletimos em Sua presença.
(James Parker)
A Palavra, então, é o armazém de toda a instrução. Não ache que a adversidade lhe ensinará uma nova doutrina qualquer, que não se encontra na Palavra. Pois, na realidade, encontra-se aqui o ensinamento proveniente da aflição, que nos conforma e nos prepara para a Palavra, quebrando e fragmentando a teimosia de nosso coração, tornando-o flexível, capaz de ser impressionado pela Palavra.
(Daniel Dyke)
A disciplina não é a marca de um pai duro e sem coração, mas de um pai que se encontra profunda e amorosamente interessado no bem-estar de seu filho.
(Philip Hughes)
O tratamento escolhido por Deus tem de ser bem-sucedido. Ele não pode falhar ou ser frustrado até mesmo pelos maiores esforços, até mesmo em relação aos mínimos detalhes. É o imenso poder de Deus que opera em nós e sobre nós, e esse é nosso consolo. Tudo é amor, tudo é sabedoria e tudo é fidelidade. Todavia, tudo também é poder.
Senhor, no passado e nas eras distantes,
Muito antes daquilo que o homem pudesse ver,
Palavras de criação foram ditas,
Os céus e a terra começavam,
Tu estavas ali em toda a Tua glória –
Bendito Senhor, pomo-nos de joelhos –
Habitando, então, no amor irrestrito:
Com reverência agora nos rendemos a Ti.
Naquele amor nenhum pensamento pode penetrar;
Nem lábios humanos podem definir
Aqueles relacionamentos eternos,
Tão inescrutáveis, divinos!
Mas, no tempo, Tu irias, na humanidade,
Aqui o nome de Deus declarar,
Em uma maravilhosa, bendita relação
Que Tu poderias com outros compartilhar.
Toda a vontade Dele foi cumprida,
Toda a obra que Ele Te entregou foi feita;
Um em pensamento, plano e propósito:
Ele, o Pai, Tu, o Filho.
E na manhã da ressurreição,
Para Ti mesmo declaraste
Que Teu Pai era o Pai deles,
E de Teu amor eles agora poderiam partilhar.
Sempre que nos sentirmos tentados a duvidar do amor de Deus por nós, devemos nos voltar para a Cruz.
(Jerry Bridges)
Preocupação é pecado contra o cuidado amoroso do Pai.
(E. Stanley Jones)
Busquei o Senhor, e depois descobri
que Ele movia minha alma a buscá-Lo, me buscando.
Ó genuíno Salvador, não fui eu quem Te encontrou.
Não! Eu fui achado, achado por Ti!
(Anônimo)
Amo os homens que fazem a Palavra de Deus trovejar. O mundo cristão está dormindo profundamente. Nada, a não ser uma voz bem forte, pode acordá-lo desse sono.
(Goerge Whitefield)
Não se conhece um homem por sua animação, mas pela quantidade de sofrimento verdadeiro que é capaz de suportar.
(C. T. Studd)
O Calvário é a grande prova divina que Deus dá de que o sofrimento segundo a vontade divina sempre conduz à glória.
(Warren Wiersbe)
Fé é a recusa de entrar em pânico.
(Martyn Lloyd-Jones)
A fé pode colocar um candeeiro na noite mais escura.
Certifique-se de que as coisas pelas quais você está vivendo merecem até mesmo que você morra por elas.
(Charles Mayes)
O que torna a vida enfadonha é a ausência de motivos. O que torna a vida complicada é a multiplicidade de motivos. O que torna a vida vitoriosa é a unidade de motivos.
(George Eliot)
É muito maior negligência dos pais deixar uma criança crescer sem Cristo do que deixá-la crescer analfabeta.
(Donald Grey Barnhouse)
Nenhum homem ou mulher jamais teve um desafio mais nobre ou um privilégio mais elevado do que educar um filho para Deus. Sempre que menosprezarmos esse privilégio ou negligenciarmos esse ministério por causa de qualquer outra coisa, viveremos para nos lamentar disso com tristeza e dor.
(Vance Havner)
Pais piedosos não infligem a seus filhos a crueldade de dizer-lhes “façam o que quiserem”.
(William Hendriksen)
Um lar onde tudo é permitido é um lar onde não se ama o suficiente para se exercer a autoridade conferida por Cristo.
(Ben Haden)
Aprendi mais sobre cristianismo com minha mãe do que com todos os teólogos da Inglaterra.
(John Wesley)
O melhor teste para um homem santificado está naquilo que sua família diz sobre ele.
Martinho Lutero disse que há três regras para se entender as Escrituras: orar, meditar e passar por provações. As “provações”, ele disse, são extremamente valiosas: elas “ensinam não apenas a conhecer e entender, mas também a experimentar quão correta, quão verdadeira, quão doce, quão amável, quão poderosa e quão consoladora a Palavra de Deus é: ela é sabedoria suprema.” Portanto, o próprio diabo se torna um professor involuntário da Palavra de Deus: “O diabo o afligirá [e] fará de você um autêntico doutor, e lhe ensinará, por meio de suas tentações, a buscar e a amar a Palavra de Deus. Quanto a mim mesmo […] devo aos papistas muitos agradecimentos por tanto me espancarem, pressionarem e ameaçarem, motivados pela fúria de Satanás, de tal modo que me tornaram um teólogo razoavelmente bom, levando-me a um objetivo que eu nunca teria atingido.”
(John Piper)
Nós precisamos de ventos e tempestades para exercitar nossa fé, para arrancar o ramo podre da auto-suficiência e nos enraizar mais firmemente em Cristo.
(Charles Haddon Spurgeon)
O Evangelho tem de ser antagonista a tudo o que é contrário a Deus.
(C. A. Fox)
Deus nunca permitirá que paremos no estágio de ouvir uma mensagem e consagrar-nos. Ele deve nos testar. Deus somente pode fazer uso daqueles vasos que ainda podem permanecer firmes após passar pelo teste da provação. Ó irmãos, se puderem suportar o teste, a Palavra, então, estará garantida em vocês.
(Watchman Nee)
Não pense que conforme você cresce em graça, a vereda se tornará mais suave sob seus pés e os céus mais serenos sobre sua cabeça. Ao contrário: reconheça que, conforme Deus lhe dá maior habilidade como soldado, Ele o mandará para empreitadas mais árduas ainda. Conforme Ele adequa mais plenamente seu navio para resistir à tempestades e à borrasca, Ele o envia para mares mais turbulentos e para viagens mais longas, para que você O honre mais.
(Charles Haddon Spurgeon)
Precisamos entender que mesmo que as coisas fujam ao nosso controle, elas continuam rigorosamente sob o controle de Deus.
(Hernandes Dias Lopes)
A santidade implica mais que meras ações. Nossas motivações devem ser santas, ou seja, devem brotar de um desejo de fazer algo simplesmente porque é a vontade de Deus.
O pequeno valor que damos a nossa oração torna-se evidente pelo tempo que dedicamos a ela.
(E. M. Bounds)
Orações frias sempre se congelam antes de alcançar o céu.
(Thomas Brooks)
O segredo de uma vida pura é ter pensamentos puros.
(John Stott)
A pobreza e a aflição roubam o combustível que alimenta o orgulho.
(Richard Sibbes)
As flores são boas, mas as almas famintas preferem pão. Fazer alegorias como Orígenes pode espantar as pessoas, mas seu trabalho é encher-lhes a boca com a verdade, não fazer com que se abram de admiração.
(Charles H. Spurgeon)
Prefiro ser plenamente compreendido por dez a ser admirado por dez mil.
(Jonathan Edwards)
A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição.
(Vance Havner)
Dêem-me cem pregadores que não temam nada a não ser o pecado e não desejem nada a não ser Deus, e eu não darei a mínima atenção ao fato de serem eles ministros ou leigos; sozinhos abalarão as portas do inferno e implantarão o reino dos céus na terra.
Por que alguns cristãos, apesar de ouvirem mil bons sermões, não têm avanço na vida espiritual? Porque eles negligenciam sua obrigação, seu quarto fechado, a solidão com Deus […] eles não meditam no que ouviram. Eles “amam” o trigo, mas não moê-lo. Eles querem o milho, mas não irão ao campo colhê-lo. O fruto está pendurado, mas eles não vão estender a mão. A água está fluindo em seus pés, mas eles não vão se inclinar para beber […] irão reclamar porque outros não fazem isso para eles. De tal loucura livrai-nos, ó Deus!
(Charles H. Spurgeon)
[Oro] algumas horas todos os dias. E ainda vivo no espírito de oração; oro enquanto ando, enquanto deitado e quando me levanto. Estou constantemente recebendo respostas. Uma vez persuadido de que certa coisa é justa, continuo a orar até a receber. Nunca deixo de orar!
(George Müller)
Ainda que eu seja o principal dos pecadores
Jesus derramou Seu sangue por mim;
Morreu para que eu vivesse a vida sublime,
E vive para que eu jamais morra.
(William McComb)
O Calvário é a prova objetiva, absoluta e irrefutável do amor de Deus por nós.
(Jerry Bridges)
Oração é a mais elevada atividade da alma humana e, portanto, é, ao mesmo tempo, o teste definitivo da verdadeira condição espiritual do homem – não há nada como a vida de oração para falar a verdade sobre nós, como cristãos. Tudo o que fazemos na vida cristã é mais fácil que a oração.
(Martin Lloyd-Jones)
Cada homem obedece a Cristo na medida em que O considera Cristo, e de nenhuma outra maneira.
(Thomas Brooks)
O que o Senhor disse quanto a carregar a cruz e obedecer não está no rodapé. Está em negrito, bem na capa do contrato.
“Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento” (1Co 14.15).
Com freqüência lemos a Palavra de Deus de modo superficial, e isso é para nosso prejuízo, sobretudo quando se trata de ensinos relativos à oração. O desconhecimento das principais passagens apresentadas no Novo Testamento pode acarretar conseqüências nefastas para a vida espiritual conduzindo ao desalento e à incredulidade. Quem de nós não tem experimentado estes sentimentos porque, aparentemente, sua oração não teve resposta? Desânimo, porque, havendo orado com insistência por determinados motivos, ao fim não obtivemos a respostas; incredulidade, porque Deus, o qual fez tantas promessas à oração com fé, parece ter permanecido surdo e sem cumprir Sua Palavra. Deus não é fiel a Suas promessas?
É, portanto, importante examinar com atenção algumas dessas promessas que, mesmo nos parecendo incondicionais, estão sujeitas a condições precisas.
1) “E tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu o farei” (Jo 14.13,14).
A promessa repetida é alternada com uma condição essencial, que às vezes nos escapa. Estamos sempre conscientes de que nossas orações vão mais além de nossas próprias circunstâncias ou daquelas das pessoas pelas quais intercedemos? Elas interessam ao Pai e ao Filho. Deus, que vela pela glória de Cristo, não pode permitir o uso excessivo do nome de Jesus.
Para pedir algo em nome do Senhor devemos estar seguros de que nosso pedido é conforme o desejo Daquele a quem o Pai não pode recusar nada.
“Eu o farei”, afirma, então, o Senhor Jesus. Dito de outro modo, mediante o poder de Seu nome e pelo fato de que goza de um crédito ilimitado diante do Pai, achará resposta: Deus não pode recusar a petição de Seu Filho amado.
Essa consideração nos traz à memória o que o Filho és para o Pai e nos ensina a não usar o nome do Senhor em vão, como se fosse uma fórmula que solucionará tudo.
2) “Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7)
“Se vós estiverdes [ou, permaneceis] em Mim”, disse o Senhor a Seus amados discípulos. Tomando o exemplo do ramo, que deve permanecer na videira para dar fruto (v. 4), Jesus acaba de lhes relembrar o que é a dependência, essa grande virtude cristã. Assim, a oração é justamente a expressão dessa dependência. Alguém experimenta, ao mesmo tempo, a própria debilidade e o poder do Senhor, sua própria ignorância e a sabedoria do Senhor; ele toma o lugar que lhe corresponde e reconhece o lugar do Senhor. O Senhor tem todos os direitos sobre aquele que se inclina de joelhos diante Dele.
A Palavra nos comunica os segredos de Deus
O Mestre acrescenta: “E as Minhas palavras estiverem [ou, permanecerem] em vós”. Essa condição está ligada à primeira. A Palavra nos comunica os segredos de Deus. Ao lê-la, seremos capazes, pelo Espírito, de compreender Seus pensamentos. Então, se permanecermos nela e nos submetermos a ela, não teremos outros desejos além dos dela. “Pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”, disse, então, o Senhor Jesus. Porque o que queremos é o que o mesmo Senhor deseja.
3) “Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em Meu nome pedirdes ao Pai Ele vo-lo conceda” (Jo 15.16).
Aqui, a condição para que a oração seja respondida está ligada à do versículo 7, porque é absolutamente necessário depender do Senhor e conhecer Sua vontade por meio de Sua Palavra para saber como servi-Lo. Para o discípulo escolhido, estabelecido e enviado pelo Senhor, aqui se trata de ir e de dar fruto; por exemplo, o de realizar um serviço útil.
Que empregador envia seu trabalhador sem ter-lhe dado os meios para concluir o trabalho que lhe tenha ordenado? Se precisar de ferramentas ou de dinheiro, o trabalhador pedirá a seu devido tempo, e, tratando-se dos interesses do que o envia, o que pede não lhe poderá ser negado.
O mesmo ocorre, pois, com muito mais razão, no serviço cristão: o Senhor dá o necessário à pessoa que Ele envia. E, se Ele não dá nada, o obreiro do Senhor terá de perguntar-se: “Isso não significa que o que eu quero fazer não é o que me foi ordenado? Pelo contrário, se isso é um fruto que deve ser dado para Ele, um fruto que permanece, como o Senhor haverá de recusar o que Seu servo necessita?”
4) “Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e, qualquer coisa que Lhe pedirmos, Dele a receberemos, porque guardamos os Seus mandamentos e fazemos o que é agradável a Sua vista” (1Jo 3.21,22).
Aqui achamos duas condições que cercam uma promessa. A primeira é um coração que não nos condena. Dito de outro modo: é necessário termos uma boa consciência ao pedir algo a Deus, seja lá o que for. Como aproximar-nos Dele se temos algo condenável em nós? Perceberemos muito bem que a distância moral produzida por uma falta não-confessada nos faz fechar a boca.
Para compreender a segunda condição, guardar os mandamentos de Deus e praticar o que Lhe agrada, vamos usar uma ilustração: uma criança obediente, que agrada aos pais por seu comportamento, obterá deles tudo o que lhes pedir, porque eles têm confiança nela e sabem que fará bom uso daquilo.
Vemos que essas duas condições são complementares, ou melhor, constituem dois aspectos da mesma atitude. A primeira, uma boa consciência, manifesta nossos sentimentos com relação a Deus e nos dá segurança para dirigir-Lhe nossas orações. A segunda expressa os sentimentos de Deus: desde o momento em que colocamos em prática as coisas que Lhe são agradáveis, Ele se agrada também em atender a nossas petições. Tudo o que pedirmos, receberemos Dele. Mas, que bom estado espiritual é necessário de nossa parte!
5) “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. […] Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que Lhe pedirem?” (Mt 7.7-11; ver tb. Lc 11.9-13).
Temos um Deus cheio de bondade, de quem não podemos esperar nada mais que boas coisas. Este Pai nunca dará uma pedra a algum de Seus filhos que Lhe tenha pedido um pão. Contudo, se nos enganamos e Lhe pedimos uma pedra, Ele nos dará uma pedra? Antes, Ele nos dará esse pão que não soubemos pedir. O coração de Deus está aberto para nós, assim como Suas mãos, mas não esperemos Dele alguma coisa que não se relacione com Sua natureza.
Tiago 4.2,3 nos dá dois motivos pelos quais não recebemos nada. O primeiro é simplesmente porque não pedimos. Por isso, o convite do Senhor: “Pedi […] buscai […] batei”.
O segundo é que pedimos mal: coisas más para nós, enquanto nosso Pai quer nos dar boas coisas. Tiago explica: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastar em vossos deleites”. Peçamos a Deus boas coisas para o bem de nossa alma, para o bem-estar espiritual de nossa família e da assembleia. Assim confirmaremos as promessas do Senhor: “Todo aquele que pede, recebe”.
6) “E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis” (Mt 21.22).
A condição enunciada aqui é a da fé de que fala também o versículo precedente, a respeito do milagre da figueira. É necessário compreender bem o que é a fé. Alguns a consideram como uma espécie de auto-sugestão, de persuasão interior. Por exemplo: em certos lugares se dirá a um enfermo ou inválido: “Você deve ser curado por meio da oração da fé; se não é curado, é porque não tem fé suficiente”. Desse modo, as pobres pessoas são afundadas no desalento, chamadas a olhar para si mesmas, a analisar sua confiança em Deus para tentar aumentá-la por suas próprias forças, e isso é um absurdo.
Deus não dá jamais Sua glória ao homem. É o que aconteceria se as respostas Dele dependessem somente da intensidade de nossas orações, da quantidade ou das condições em que são feitas (jejuns, correntes ou noites de oração, etc.). Com todas essas coisas, nosso astuto coração prontamente buscaria fazer valer seus direitos e méritos.
Temos um Deus cheio de bondade, de quem não podemos esperar nada mais que boas coisas
Pois bem: a fé não é somente uma certeza e uma convicção; é “a certeza daquilo que se espera, a convicção daquilo que não se vê” (Hb 11.1). A fé não é uma ponte que se apoia no vazio, nem uma âncora sem um lugar a que se apegue. Ela se apoia sobre algo que está fora dela; vem “pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Se não possuo promessas específicas da parte de Deus, não terei a liberdade de dizer a Deus como espero que Ele deva responder-me.
7) “Todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.24,25)
A passagem corresponde ao que a antecede em Mateus, mas Marcos acrescenta outra condição suspensiva: o caso de, tendo algo contra alguém, não o perdoarmos. Observemos, em primeiro lugar, que isto é geral: não importa o quê nem contra quem. Assinalamos que o ressentimento é considerado aqui como humanamente justificado; nós somos a parte prejudicada, pois somos os que devemos perdoar. Com muito mais razão, essa restrição é aplicada a nós quando a falta é de nossa parte.
Antes de escutar-nos, o Senhor nos chama a pôr em ordem nossas relações com o próximo
8) “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23).
Ainda que essa resposta do Senhor a um pai angustiado não esteja relacionada à oração, podemos relacionar essa promessa com os versículos mencionados acima (ver ponto 6). Ela nos confirma que podemos esperar grandes coisas de nosso Deus Todo-poderoso e que devemos voltar os olhos em direção a Ele, de onde vem o socorro. Ele pode responder a todas as nossas necessidades; Seu poder é infinito. Um versículo no capítulo seguinte afirma: “Todas as coisas são possíveis para Deus” (10.:27). Nele, vemos a ilimitada perspectiva que se abre à fé. Todo o que Deus pode, pode também a fé Nele.
Mas, entre todas as coisas possíveis para Aquele a quem se chama “o Deus do impossível”, pensaríamos em escolher a que nos parece mais fácil para Deus? Isso não seria fé, e sim falta de fé.
9) “E esta é a confiança que temos Nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que Lhe fizemos” (1Jo 5.14,15).
Essa preciosa passagem nos lembra primeiro em quem temos crido (2Tm 1.12). Nossa fé, como acabamos de ver, se apoia nas promessas. Mas o valor de uma promessa está unida à qualidade daquele que a fez.
Pedro fala de “preciosas e grandíssimas promessas”, porque é um grande Deus quem as fez, e elas têm Cristo como garantia, precioso para o coração de Deus e do crente (2Pd 1.4).
A vontade divina, boa, agradável e perfeita, molda nosso entendimento e nos conduz a fazer petições sábias, de modo que possam ser ouvidas por Deus. Entre o versículo 14 e o 15 é possível que transcorra certo tempo, apropriado para exercermos a paciência da fé. Mas a fé tem o privilégio de considerar a coisa pedida já outorgada. Os verbos estão no presente: desde o momento em que a petição foi apresentada, sabemos que temos o que pedimos.
Nossa fé se apoia nas promessas
10) “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18.19,20).
Eis aqui duas promessas que se unem por meio da palavra “porque”. Bastará mesmo que dois crentes estejam de acordo em pedir qualquer coisa para que seja feita? Não, isdo poderia ser para o prejuízo deles. Essa promessa se une de forma muito entranhável à presença do Senhor prometida aos que se reúnem em Seu nome, isto é, reconhecendo Sua indiscutível autoridade. Isso dá a entender que as petições apresentadas terão Sua aprovação. Se desfrutamos dessa santa presença, como poderíamos formular petições sem reflexão? O nome de Jesus a que se reúnem os Seus é o que nos abre o coração de Deus. Ambos fatos estão sempre juntos.
Tendo considerado essas diversas passagens, talvez digamos com certo desânimo: “Se são tantas as condições a cumprir a fim de sermos favorecido pelo Senhor, não nos restam muitas oportunidades para a oração, estamos longe de conhecer sempre a vontade de Deus, raramente temos uma promessa específica sobre a qual descansar nossa fé, nem estamos comprometidos em um serviço que requeira pedir meios a nosso Pai Celestial. Então, por que somos convidados a orar sem cessar (1Ts 5.17), a orar “em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito (Ef 6.18)?”
Reconhecemos primeiramente que nosso Deus é soberano e que Sua graça jamais se deixará deter por nossa lógica humana. Ainda que Ele nos dê no Novo Testamento algumas normas para que compreendamos os princípios segundo os quais opera, às vezes é de Seu agrado intervir de uma maneira que nos é estranha, respondendo a nossas orações apesar de nossas incapacidades.
De algum modo receberemos uma resposta. Uma passagem posterior prova isso e nos alenta; até mesmo nos exorta a orar quaisquer que sejam as necessidades, os momentos e as condições: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).
Às vezes é de Seu agrado intervir de uma maneira que nos é estranha, respondendo a nossas orações apesar de nossas incapacidades
“Por coisa alguma”: é algo geral, sem nenhum tipo de limitação, nem em número nem em forma. Sem condição alguma: nada é demasiado grande nem demasiado pequeno para ser apresentado ao Senhor. Levamos uma carga ou temos preocupações que não podemos solucionar, e não conhecemos o pensamento do Senhor a respeito? Levemos a Ele. Neste caso, compreendemos que não podemos ter a promessa de de que nossa petição sera atendida segundo nosso desejo. Isso abriria a porta para qualquer tipo de oração que careceria de inteligência às quais Deus não poderia satisfazer. Não é dito, portanto, que teremos as coisas que pedimos, já que não sabemos qual é a vontade de Deus a respeito.
Mesmo assim, temos uma resposta para todo motivo, uma promessa de elevado preço: a paz de Deus guardará o coração do crente. É feita uma troca que me favorece: meu fardo para Ele. Sua paz para mim. Ela pode agora encher meu coração, qualquer que seja a forma pela qual Ele tratar o que acabo de depositar sobre Ele.
Um dia escutei duas linhas, nada mais,
Enquanto viajava ocupado numa vida falaz;
Aquilo, ao coração, trouxe certeza presente,
E nunca mais sairia do pensar de minha mente:
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
Uma vida só, isto mesmo, apenas só uma.
Cujas horas, fugazes, são como a bruma;
Então estarei com o Senhor no dia previsto,
Ali, em pé, diante do Tribunal de Cristo.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
Só uma vida, ecoa uma voz no pensamento,
Rogando: “Escolha o melhor a cada momento”;
Insistindo que eu deixe minhas metas egoístas,
E me apegue a Deus, em meus atos e m’ia vista.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
Só uma vida de anos breves na balança,
Cada um com fardos, temores e esperanças;
Todos com vasos que preciso encher,
Com o que é de Cristo ou com o meu querer.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
Quando o mundo e as miragens vierem me tentar,
E Satanás quiser de minha meta desviar;
Quando um ego inflado quiser tomar o meu ser,
Ajuda-me Senhor, a sempre alegre dizer:
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
Dá-me, ó Pai, um só propósito eu ter:
Na alegria ou tristeza, a Tua Palavra viver;
Fiel e constante em qualquer tentação,
A Ti somente eu dedicar meu serão:
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
Que Teu amor atice a chama de fervor
E me leve a fugir deste mundo vil de dor;
Vivendo para Ti, e para Ti somente,
O teu prazer seja minha meta frequente.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
Só uma vida eu tenho, sim, só uma, é verdade,
Pra poder dizer: “Seja feita a Tua vontade”;
E quando ouvir Teu chamado, finalmente,
Eu possa dizer que a vivi intensamente.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
—
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
E se eu morrer, quão grande gozo terei ali,
Se minha chama de vida foi consumida só pra Ti.
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus […] remindo o tempo, porque os dias são maus” (1Co 10.31; Ef 5.16).
Charles Studd foi um milionário britânico e famoso jogador de críquete do século 19, que gastou seus bens e a vida servindo a Cristo na China, na Índia e em outros lugares.
Deus nos vê como somos, nos ama como somos e nos aceita como somos. Mas, por Sua graça, Ele não nos deixa como somos.
(Tim Keller)
A Lei de Deus não nos restringe, mas nos direciona. Obediência é sempre um convite à alegria.
(R. C. Sproul Jr)
Em nossas instabilidades de sentimentos, é bom lembrar que Jesus não tem mudanças em Suas afeições; nosso coração não é a bússola pela qual Jesus navega.
(Samuel Rutherford)
Nunca estamos mais perto de Cristo do que quando nos encontramos perdidos, maravilhados com Seu amor indizível.
(John Owen)
Se eu pudesse ouvir Cristo intercedendo por mim no quarto ao lado, não temeria um milhão de inimigos. No entanto, a distância não faz diferença: Ele está intercedendo por mim!
(Robert Murray M’Cheyne)
Quando atiramos uma flecha, ficamos olhando onde ela cairá; quando enviamos um navio ao mar, esperamos seu retorno; e quando lançamos uma semente, esperamos a colheita. Assim também, quando semeamos nossas orações no coração de Deus, não devemos esperar uma resposta?
(Richard Sibbes)
Cristo não irá guardar-nos se nos colocarmos descuidada e temerariamente no caminho da tentação.
(F. B. Meyer)
Satanás nunca coloca diante dos homens um prato que eles não apreciem.
Quando uma águia estiver feliz em uma gaiola de ferro; quando uma ovelha estiver satisfeita na água; quando uma coruja estiver contente no fulgor do meio-dia ou ainda quando um peixe estiver alegre em terra seca, então, e só então, admitirei que o homem não santificado estará feliz no céu.
(J. C. Ryle)
De que adianta o conhecimento mais profundo se tivermos os corações mais superficiais?
(Leonard Ravenhill)
Pode-se conhecer muito sobre a divindade sem haver muito conhecimento de Deus.
(J. I. Packer)
A maneira correta de crescer é crescer menos aos próprios olhos.
(Thomas Watson)
As feridas feitas por Deus curam; os beijos do pecado matam.
(William Gurnall)
Dons espirituais não são prova de espiritualidade.
(Samuel Chadwick)
Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.