Passe bastante tempo meditando no que Ele fez por você e no que Ele é, como o “Primeiro entre dez mil” e o “completamente desejável.”
Desperte o fogo interior através da memória, e deixe a esperança empilhar sobre ele o combustível da promessa até que a chama volte a arder.
Cultive o hábito de conversar com Ele em voz alta em uma sala vazia ou em caminhadas a sós até que Ele esteja entrelaçado aos menores episódios da sua vida (Ct 5.10,16).
Abra seu coração para a entrada do Espírito Santo, derramando o amor de Deus no coração, e direcione os raios deste amor para formar um foco ardente em que você ame a Deus com o amor que veio do coração Dele e entrou no seu.(Rm 5.5).
E especialmente, acostume-se a fazer, por amor a Ele, muitas coisas que lhe custem sacrifício e esforço. Quando mostramos amor ao próximo, entendemos Seu amor para nós mesmos. “Todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (I Jo 4.7,8).
A chave para o conhecimento do amor de Jesus não está no cantar hinos arrebatadores nem em buscar o despertamento de intensas emoções, mas na quietude diária da abnegação por amor a Ele.
E certamente esta é a maneira para nos semearmos como trigo no chão ao mesmo tempo que Ele mede o mínimo ato de amor, não pela magnitude do ato em si, mas pela força do amor que o inspira. É espantoso como podemos nos formar rapidamente na escola do amor quando começamos a colocar em prática tudo o que sabemos.
Toda sexta-feira, indicação de artigos, de uma mensagem e de um hino recomendados. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.
Muitos daqueles que suspiram, ansiando pela graça de dar fruto, nunca aprenderam a profunda lição da cruz de Cristo. Não podemos morrer no sentido mais estrito em que Jesus morreu. Jamais poderemos oferecer, por nossa morte, substituição, sacrifício ou expiação. Contudo, há um sentido em que precisamos beber profundamente da morte do Senhor se realmente quisermos dar fruto.
Se quisermos salvar outros, não podemos salvar a nós mesmos. Se quisermos ajudar outros, teremos de nos contentar em ser impotentes. Se quisermos receber enxertos da oliveira selvagem, teremos de aceitar o corte da faca de poda. Se quisermos encher o mundo com a doce fragrância de perfume precioso, teremos de nos tornar vasos quebrados.
Os ramos mais frutíferos são aqueles que sofreram as podas mais severas, tirando folhagens e rebentos, a fim de que a seiva pudesse acumular-se nos cachos em desenvolvimento. “Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna” (Jo 12.25).
Você que anseia pela vida plena e abundante em Jesus, ouse olhar no rosto de Deus e diga-Lhe que não mais escolherá seu próprio caminho, mas que está disposto a segui-Lo até a morte, se esse for o único portal para a vida. Então, espere que Ele lhe ensine cada passo que deve ser tomado no meio das sombras cada vez mais escuras que o separam da vida frutífera, que é sua verdadeira herança.
Cristo, Aquele que já passou pela morte, conhece cada curva no vale e cada lugar de passagem pelo rio. Ele não comete erros nem nos conduzirá por uma trilha mais perigosa do que seria necessário. Veja pelas Suas pegadas, de pés traspassados, como já passou por esse caminho, muitas e muitas vezes, com todos aqueles que trouxe até aqui e conduziu até o final.
Ele não o teria trazido por esse caminho se você não fosse capaz de suportá-lo ou se Ele não fosse capaz de carregá-lo, em situações mais críticas. Como Ele está presente, não deixe de clamar Seu nome, cem vezes por dia, se necessário for, repetindo-o como antídoto à dor: “Jesus! Jesus! Jesus!”
Há momentos em tais experiências quando a voz Dele pode ser ouvida claramente, dando tranqüilidade ao coração ao reafirmar Suas promessas. Em outras ocasiões, parece impossível detectar Sua voz. Nesses casos, Ele infunde força no nosso interior de maneira mais sutil e sensível e, em vez de fortalecer-nos com palavras, torna-se, por Sua própria presença, a força e a porção de nosso coração para sempre.
Assim precisa ser para sempre. O dia nasce da noite, a primavera, do inverno, as flores, da geada, a alegria, da angústia, a frutificação, da poda, o Monte das Oliveiras, do Getsêmani, a ascensão, do Calvário, a vida, da morte e o Cristo formado em nós, das dores de uma criação em processo de parto.
Defender a Bíblia? Seria o mesmo que defender um leão. Simplesmente dê liberdade à Bíblia. Ela defenderá a si mesma.
(C. H. Spurgeon)
Uma vontade rendida a Deus produz uma vida planejada por Ele.
(Hames H.McConkey)
O cristianismo tem sido, com sucesso, atacado e marginalizado […] porque aqueles que professam a fé são incapazes de defendê-la do ataque, mesmo que os argumentos dos adversários sejam profundamente falhos.
(William Wilberforce)
Provações […] são remédios, os quais nosso gracioso e sábio Médico prescreve porque precisamos deles. E Ele administra a freqüência e a dosagem deles para o que o caso requer […] Confiemos em Sua habilidade e agradeçamos por Sua prescrição.
(John Newton)
Você quer conhecer a Deus? Quer conhecer os caminhos Dele neste mundo e na sua vida? Quer ser capaz de entender e aplicar a Bíblia à sua situação? Quer ser um bom médico da alma para curar as feridas de outros? Então, este é um excelente conselho: medite na Palavra de Deus, noite e dia. Derrame sua alma em oração, rogando iluminação e amor. Seja paciente no sofrimento. Não permita que as suas lições se percam, enquanto você resmunga a respeito dos árduos dons de Deus. Confie Nele e aprenda as coisas mais profundas dentre todas.
(John Piper)
Na Índia temos um provérbio que diz: ‘Uma vez que você tenha cortado o nariz de uma pessoa, não há sentido em dar-lhe uma rosa para cheirar’. Se a arrogância de um cristão ofende alguém, essa pessoa não estará receptiva à mensagem cristã.
(Ravi Zacharias)
Um efeito peculiar da manifestação da pessoa de Cristo a nós é a clara percepção que ela produz em nosso entendimento acerca da divindade e da humanidade Dele. Ele é divino em Sua personalidade, possuindo todas as perfeições da eterna Deidade, mas Sua pessoa divina foi unida a um corpo humano e a uma alma humana numa união eterna – nunca serão separados. Visto que a bendita humanidade de Jesus é, como disse Paulo, exaltada acima de todo principado e poder, de todas as coisas no céu e na terra, e é a coroa, a pedra preciosa, a glória, o ornamento no topo de todo o universo criado, é mais certo que a humanidade do Filho de Deus é a mais perfeita, a mais bela, a mais preciosa, a mais ricamente dotada de todas as criaturas entre os anjos e os homens. O Espírito Santo refere-se à humanidade de Jesus assim: “Tu és mais formoso do que os filhos dos homens” (Sl 45.2).
Prezados leitores, o Campos de Boaz está enfrentando alguns problemas técnicos por conta da migração de seu conteúdo para o novo domínio, camposdeboaz.com.br. Pedimos desculpas a todos. Estamos trabalhando para resolver isso o mais rapidamente possível e ter o boletim e todo o conteúdo chegando a todos.
Este é o primeiro artigo da série Indicações de sexta de 2016. Ou, se você preferir, é o último de 2015, pois foi preparado dia 31 de dezembro.
Iniciamos essa série em 2015; às vezes, por motivos alheios a nossa vontade, não conseguimos publicá-la, mas sempre procuramos apresentar aqui alimento substancial para os sequiosos filhos de Deus.
O artigo de hoje é um pouco diferente de todos os outros. É um resumo de tudo o que pretendemos (falo em nome de todos os que têm trabalhado para produzir o Campos de Boaz, pessoas que serão formalmente apresentadas em breve) neste blogue. Tudo o que publicamos, todas as ênfases que desejamos dar com os artigos, todo o anelo por trás de nosso trabalho voluntário é despertar os filhos de Deus para amarem mais e conhecerem mais o Senhor Jesus, e para desejarem Sua volta.
Esses três itens estão intimamente ligados. Quanto mais O conhecemos mais O amamos, pois mais conhecemos quão digno de nosso amor Ele é. E, quanto mais O amarmos, mais desejaremos que Ele volte. Isso também implicará permitir que Seu morrer opere em nós. E, quanto mais morrermos para esse mundo, mais desejaremos que Ele volte.
Muitos cristãos, infelizmente, estão presos a este mundo, cegados para as verdades mais profundas e necessárias do Evangelho, enganados por falsos ensinos, seguindo lobos mal disfarçados de ovelhas. Por isso, oramos a fim de que, se ao aprouver ao Senhor, nosso trabalho sirva para despertar pelo menos um de Seus filhos. Se isso ocorrer, já nos sentiremos gratos e honrados por termos sido usados por Aquele que é o único merecedor de toda honra, glória e consagração.
Nosso desejo, expresso neste hino, é que Ele volte. Logo.
Hino que honra a Deus
Desde Betânia
Letra de Watchman Nee; música: Danny Boy (melodia tradicional irlandesa)
Letra em português
Desde Betânia
Desde Betânia, quando nos deixaste,
Saudade imensa inundou meu ser.
Não tenho mais tocado a minha harpa –
Como tocar, se a Ti não posso ver?
Na solidão da noite tão profunda,
Fico em silêncio e calmo a meditar
Nessa distância, pois de mim tão longe estás
E há quanto tempo prometeste regressar!
Sem lar, recordo Tua manjedoura,
Olhando a cruz não posso me alegrar.
E Tu me lembras o meu lar futuro,
Mas é a Ti quem mais quero encontrar.
Sem Ti não tem sabor minha alegria;
Doçura, encanto, aos hinos vêm faltar,
Vazios são meus dias, pois aqui não estás.
Senhor, Te peço, não demores a voltar.
Embora aqui Tua presença eu goze,
De Ti saudade estou sempre a sentir.
Mesmo gozando o Teu amor imenso,
Anseio pelo dia em que hás de vir.
Mesmo na paz me sinto tão sozinho;
Por Ti suspiro em meio do prazer.
Jamais minha alma tem satisfação total,
Pois o Teu rosto amado não consigo ver.
Com sua terra sonha o peregrino,
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.
Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!
Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?
Tu lembras que buscar-me prometeste,
E junto a Ti em breve me levar?
Mas tantos dias e anos já passaram,
Cansado estou e peço-Te lembrar.
Tuas pegadas vejo tão distantes,
E quanto tempo ainda vai passar?
Ansioso clamo a Ti, e peço, ó Salvador:
Oh, não demores! Vem, Senhor, me arrebatar.
O dia nasce e morre, e assim as noites.
E quantos santos já não estão aqui
Tanto esperaram pela Tua volta,
E há muito tempo estão dormindo em Ti.
Ó meu Senhor, por que não Te manifestas?
Espesso véu está a Te ocultar –
Quantos remidos Teus estão a Te esperar!
Será que a nossa espera não vai mais findar?
Sei que também anseias por voltares
E arrebatar os redimidos Teus.
Por isso peço não mais demorares;
Depressa vem levar-nos para Deus.
Ó vem, Senhor, a Tua Igreja clama;
Não ouves Tua Noiva a Te chamar?
Olhando o céu, saudosa, diz a suspirar:
“Amado Noivo, não demores a voltar!”
História
Esta letra foi escrita por Watchman Nee depois da invasão comunista na China, a qual resultaria em sua prisão em 1952 e da qual nunca foi libertado, ali morrendo vinte anos depois. O hino expressa o mais sublime, profundo, doce, saudoso, real, desesperado anelo pela volta do Senhor. Impossível não ler sem sentir o coração apertar, tanto de saudade do Senhor quanto de vergonha por não termos o mesmo sentimento.
Há variações da letra em diferentes fontes e, em muitas delas, o autor é dado como desconhecido. Há um doce galardão em não ser conhecido por ninguém a não ser pelo Senhor.
Deus criou o homem à sua própria semelhança (Gn 5.1). O homem caído também produziu filhos à sua semelhança, de acordo com sua imagem. Infelizmente, depois da queda de Adão, seus filhos receberam a sua semelhança, e não a de Deus (v. 3).
Este fato nos mostra o temível e universal poder do pecado. O poder de dar vida aos outros foi uma das maravilhosas características da semelhança de Deus conferidas ao homem. Quando o pecado entrou no homem, aquela semelhança não foi destruída, porém foi terrivelmente distorcida. O homem ainda tinha o poder de gerar filhos a sua própria semelhança.
Quando o pecado conquistou Adão, conquistou toda a raça humana. É por causa dessa habilidade de reproduzir que o homem pode ser renovado para se tornar a força que Deus usa para restabelecer seu Reino. A relação de pais para filhos tornou-se o poder do pecado. Contudo, quando Deus a restaurar, será a força da graça.
O pecado dos pais
Notemos na primeira família como o pecado do pai reapareceu e amadureceu no filho. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração… e o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39). Nestes dois grandes mandamentos, temos a soma de toda a vontade de Deus para conosco.
Adão havia transgredido o primeiro e, no seu pecado, lançara fora o amor a Deus. Seu primogênito se recusou a sujeitar-se ao segundo mandamento, alimentando ódio e, depois, assassinando seu irmão. Com o pecado de Adão, sua natureza se corrompeu, e foi justamente essa natureza que ele transmitiu ao seu filho. O pecado do filho foi o fruto amadurecido do pecado do pai.
Este primeiro quadro da vida em família, que temos na Palavra de Deus, lança uma luz sombria sobre nossos próprios lares. Os pais freqüentemente vêem suas próprias falhas e limitações no comportamento pecaminoso de seus filhos. Quando os pais reconhecem que seus filhos herdaram sua própria natureza corrupta, isso deve torná-los muito mais pacientes e sábios na forma de discipliná-los. Deve levar os pais a buscarem a única solução para o pecado – a graça e a vida que vêm do alto!
A raiz de todo o pecado
É no pecado daquele primeiro filho, Caim, que temos a raiz e o protótipo de todos os pecados dos filhos. A família foi designada por Deus para ser a imagem do amor que reina no céu. O pecado entrou na primeira família e, ao invés de ser a imagem do céu, passou a ser a entrada para o inferno. No lugar do amor e da felicidade que Deus planejou para a família, ódio e homicídio a transformaram numa cena de terrível violência.
A raiz de todo o pecado é o egoísmo – separando-nos primeiro de Deus e depois do homem. O egoísmo se manifesta até nos pequeninos do maternal. Surge nas atividades diárias com amigos na escola ou nas brincadeiras com colegas. Manifesta-se mesmo contra o pai ou a mãe, impedindo o filho de dar amor ou obediência.
A raiz de todo o pecado é o egoísmo – separando-nos primeiro de Deus e, depois, do homem
O amor é o caminho que nos leva a habitarmos em Deus e Deus em nós. Os pais devem buscar isto acima de tudo: o reinado do amor em seu lar. Precisamos reconhecer que cada manifestação de um espírito egoísta ou sem amor é semente da árvore que produziu fruto tão amargo em Caim. Nada deve servir de empecilho para que os pais removam essas sementes malignas da vida de seus filhos. Devemos temer e arrancar as sementes que podem amadurecer de forma tão terrível mais adiante. Nosso alvo deve ser restaurar a vida em nossa família para aquilo que era o propósito original de Deus: ser um espelho e um antegosto do amor do céu.
A responsabilidade dos pais
Não devemos esquecer a influência da vida dos pais. “À sua semelhança, conforme a sua imagem…” Estas palavras se referem não só a uma bênção perdida no Paraíso e à maldição que veio com o pecado, mas também à graça que vem com a redenção.
É verdade que um cristão nascido de novo não pode, mediante nascimento natural, gerar um filho à sua semelhança espiritual. Entretanto, é também verdade que aquilo que a natureza não pode produzir, a oração e uma vida de fé podem alcançar por meio das promessas e do poder de Deus.
Os pais devem ser o que querem que seus filhos sejam. Se quisermos guardá-los do pecado de Caim, que não amou seu irmão, devemos vigiar contra o pecado de Adão, que não amou o mandamento do seu Deus. Que o pai e a mãe vivam uma vida marcada pelo amor a Deus e ao próximo. Este é o tipo de ambiente em que filhos amorosos podem ser criados. Que todos os tratamentos com seus filhos sejam marcados pelo amor. Palavras iradas, repreensões ásperas e respostas impacientes são contagiosas.
O amor exige abnegação. Leva tempo, atenção e perseverança para treinar nossos filhos nos caminhos de Deus. Quando nossos filhos nos ouvem falando dos outros, seja de amigos ou de inimigos, que recebam a impressão do amor de Cristo que queremos manifestar. O pai e a mãe também devem mostrar amor e respeito um pelo outro. Suas atitudes bondosas e desprendidas de egoísmo devem provar aos filhos que o amor é possível e que tem recompensas imediatas.
Os pais devem ser o que querem que seus filhos sejam
Acima de tudo, lembremos que é o amor de Deus que é o segredo de um lar amoroso na Terra. Quando os pais amam ao Senhor seu Deus com todo o coração, o amor em família será fortalecido. Somente aqueles pais que estão dispostos a viver vidas consagradas, inteiramente entregues a Deus, receberão a plena promessa e a bênção do Senhor. Se quisermos transformar nossos lares num antegosto do céu, então religião comum, de coração morno, não será suficiente. Somente o amor de Deus derramado em nossos corações e vidas farão nossos lares na Terra se assemelharem ao lar do céu.
Família – Instrumento de Deus
“Pela fé Noé… aparelhou uma arca para a salvação de sua casa” (Hb 11.7). Noé é um exemplo de como a fé de um pai justo obtém uma bênção, não só para si mesmo, mas para seus filhos também. Até Cão, o filho de Noé que, quanto ao seu caráter, merecia perecer, foi salvo do dilúvio por meio da fé do pai. Isto prova que, aos olhos de Deus, a família é considerada uma unidade, com o pai como cabeça e representante. Os pais e os filhos são um só, e é neste princípio que Deus agirá com as famílias do seu povo. Foi esse mesmo princípio que deu ao pecado seu terrível poder no mundo.
Quando Adão pecou, todos seus descendentes se tornaram sujeitos ao pecado e à morte. O dilúvio, assim como a queda, foi prova disso. Vemos que os filhos do terceiro filho de Adão, Sete, caíram tanto quanto os filhos de Caim. Sete também foi um filho gerado à semelhança de Adão (Gn 5.3), com uma natureza pecaminosa a ser transmitida de geração a geração. Assim, o pecado ganhou domínio universal sobre todas as gerações. A família tornou-se a maior fortaleza do pecado, porque os filhos herdavam o mal de seus pais. A unidade dos pais e filhos era a força do pecado.
A libertação de Noé do dilúvio seria a introdução de uma nova era – o primeiro grande ato da graça redentora de Deus em favor de um mundo pecaminoso. Nele, Deus manifestou os grandes princípios da graça que são: misericórdia no meio do juízo, vida por meio da morte, e fé como o meio de libertação.
A família foi o instrumento por meio do qual o pecado alcançou seu domínio universal. Este princípio seria agora resgatado do poder do pecado e adotado na aliança da graça. A família agora serviria como a ferramenta para estabelecer o Reino de Deus. A relação de pais e filhos tinha sido o meio de transmitir e estabelecer o poder do pecado. Agora a família seria o veículo para a extensão da graça do Reino de Deus.
O pai deverá levar toda sua família para dentro da arca
O homem que é justo aos olhos de Deus não é tratado meramente como indivíduo, mas no seu papel como pai. Quando Deus abençoa, ele tem prazer em abençoar de forma tão abundante que a bênção transborda para a casa do seu servo. O pai é mais do que o canal designado para suprir as necessidades materiais do filho. O pai que crê precisa se enxergar como canal escolhido e administrador da graça de Deus.
Precisamos compreender esta verdade bendita e, pela fé, aceitar a Palavra de Deus. “Tens sido justo diante de mim no meio desta geração” (Gn 7.1). Então compreenderemos também esta palavra: “Entra na arca, tu e toda a tua casa”. Deus dá a certeza de que a arca na qual o pai será salvo é para toda sua família também. A arca será a casa da família. Deus não se dirige aos membros da família separadamente – o pai deverá levar toda sua família para dentro da arca.
Salvos pela fé
Pode surgir a pergunta se um pai tem o poder de levar seus filhos à arca. A resposta é simples e clara: “Pela fé Noé aparelhou uma arca para a salvação de sua casa”. Deus sempre dá graça em proporção ao dever que impõe. Os pais que crêem precisam viver, agir e orar em favor de seus filhos e, junto com eles, como os que têm a convicção que os filhos foram designados por Deus para estarem junto com eles na arca. Devemos confiar firmemente em Deus em favor da salvação de cada filho. Devemos instruir e inspirar nossos filhos com este pensamento em mente. Que eles cresçam com a consciência de que estar junto com seus pais é estar na arca. Dessa forma, a bênção não se perderá.
Não é suficiente orar e esperar que seu filho seja salvo. Você precisa aceitar pela fé a certeza de que pode ser salvo e agir em obediência à ordem de trazê-lo para dentro da arca.
(Extraído do livro How to Bring Your Children to Christ. www.impacto.com.br)
(Publicado originalmente neste blogue em 28.7.08. Revisado por Francisco Nunes e republicada em 30.12.15.)
A única coisa que nos consola das nossas misérias é o divertimento, e contudo é a maior das nossas misérias. Porque é isto que nos impede principalmente de pensar em nós, e que nos faz perder insensivelmente. Sem isso, estaríamos no tédio, e este tédio nos levaria a procurar um meio mais sólido de sair dele. Mas o divertimento distrai-nos e faz-nos chegar insensivelmente à morte.
(Blaise Pascal)
Digamos que você esteja indo para o escritório para ver se seu patrão está lá. Vê o carro dele no estacionamento. Pergunta à secretária se ele está e ela responde: “Sim, acabei de falar com ele.” Você vê a luz na soleira da porta dele, ouve sua voz ao telefone. Com base em todas essas evidências, você tem boas razões para concluir que seu patrão está no escritório. Mas você poderia fazer algo bem diferente. Você poderia ir até a porta, bater e encontrar seu patrão face a face. Nesse altura, as evidências do carro no estacionamento, do testemunho da secretária, da luz debaixo da porta e da voz ao telefone – tudo isso ainda seria válido, mas assumiria um papel secundário, porque agora você encontrou o patrão face a face.
Da mesma maneira, quando nos encontramos com Deus, por assim dizer, face a face, todos os argumentos e as evidências a favor de Sua existência – embora ainda válidos – assumem um papel secundário. Eles agora se tornam ratificadores do que o próprio Deus nos mostrou, de modo sobrenatural, pelo testemunho do Espírito Santo em nosso coração.
(Willian Lane Craig)
O diabo pode citar as Escrituras para seus propósitos.
(William Shakespeare)
É um homem insensato aquele que é tão ocupado que não tem tempo para considerar o estado da sua própria casa e família. Mas, não menos tolo é aquele que passa o tempo todo pensando em outras coisas e nunca no estado de sua própria alma.
(John Owen)
Os meios que Deus usa para nos libertar do pecado não é nos tornando mais e mais fortes, mas sim nos fazendo cada vez mais fracos. Esse é certamente um caminho peculiar de vitória, você diz; porém esse é o caminho divino. Deus nos liberta do domínio do pecado, não fortalecendo nosso velho homem, mas crucificando-o; não o ajudando a fazer alguma coisa, mas sim removendo-o do campo de ação.
(Watchman Nee)
Oh, que Deus faça o inferno tão real para nós que não possamos descansar, o céu tão real que guiemos os homens até lá, Cristo tão real que nossos motivação e objetivo finais sejam que o Varão de Dores venha a ser o Homem de Gozo por meio da conversão de muitos para Ele.
(Hudson Taylor)
Para o piedoso, a eternidade é um dia que não tem ocaso; para o ímpio, é uma noite que não tem amanhecer.
Tem sido o claro objetivo e o desejo sincero de meu ministério: fazer o Salvador ser conhecido e amado no coração de vocês.
Oh, quão digno Ele é…
de seus mais exaltados conceitos,
de sua mais implícita confiança,
de seu serviço mais abnegado,
de seu mais fervoroso amor!
Quando Ele não poderia lhes dar mais nada – e as profundezas insondáveis de Seu amor e as vastas fontes de Sua graça não seriam satisfeitos por dar-lhes menos –, Ele se deu a vocês!
Despojado na natureza de vocês,
oprimido com suas tristezas,
carregado com sua maldição,
ferido por suas transgressões
e assassinado por seus pecados,
Ele se deu inteiramente por vocês!
A obra redentora agora terminada – Ele está perpetuamente comprometido em encontrar bênçãos para Seu povo, dos tesouros inesgotáveis de Seu amor! Ele constantemente corteja sua afeição, solicita sua aflição, e lhe manda vir com suas provas diárias à simpatia Dele e com sua culpa de todo momento ao sangue Dele. Você não pode, em seus saques da plenitude de Cristo, ser tão sovina; nem, em suas expectações de suprimento, ser tão extravagante! Você pode falhar, como a maioria de nós!, em considerar Cristo menos do que Ele é, mas não pode falhar em considerá-Lo mais!
É completamente impossível conhecer Cristo e não se tornar inspirado com um desejo de…
amá-Lo supremamente,
servi-Lo devotadamente,
parecer-se intimamente com Ele,
glorificá-Lo fielmente aqui e
desfrutá-Lo plenamente daqui por diante!
(Traduzido por Tathyane Faoth. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)
E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. (Rm 5.3-4)
Essa é uma promessa em essência senão em forma. Nós precisamos de paciência, e aqui vemos o meio de obtê-la. Somente suportando é que aprendemos a suportar, assim como os homens aprendem a nadar nadando. Você não poderia aprender essa arte em terra seca nem aprender paciência sem problemas. Não vale a pena sofrer tribulação a fim de ganhar essa bela serenidade de mente, a qual, de modo calmo, consente em todo o desejo de Deus?
Contudo, nosso texto apresenta um fato singular, o qual não está de acordo com a natureza, mas é sobrenatural. Tribulação em si e de si mesma produz petulância, incredulidade e revolta. Somente pela sagrada alquimia da graça é que ela pode produzir em nós paciência. Nós não debulhamos o trigo para assentar o pó, mas o trilho da tribulação faz isso na eira de Deus. Nós não agitamos um homem a fim de dar-lhe descanso, mas dessa forma procede o Senhor com Seus filhos. Sem dúvida, essa não é a maneira do homem, mas redunda grandemente em glória para nosso todo-sábio Deus.
Oh, pela graça permito que minhas provações me abençoem! Por que eu desejaria impedir a graciosa operação delas?
“Senhor, eu Te peço para remover minha aflição, mas Te suplico dez vezes mais que remova minha impaciência. Precioso Senhor Jesus, com Tua cruz esculpe a imagem de Tua paciência em meu coração.”
Um novo ano é sempre um bom momento para (re)começarmos a leitura da Bíblia. Sei dos imensos desafios que a vida moderna nos impõe até mesmo sobre nossas disciplinas espirituais: comunhão com o Senhor, oração, leitura devocional e estudo das Escrituras, meditação, etc. Mas devemos insistir, pedindo a graça e o poder do Senhor. Não há outro meio de sermos cristãos maduros e bem firmados na verdade sem um contato constante, sério, profundo e intencional com o Livro Antigo.
Coletei na internet algumas sugestões de planos de leitura da Bíblia. Estão no arquivo zipado que você encontra aqui. Escolha o que for mais adequado a você e use-o com dedicação.
Planos de leitura da Bíblia
O plano cronológico apresenta leitura dos livros da Bíblia, não na ordem em que se encontram, mas pela sequência dos fatos registrados.
O calendar_mccheyne apresenta o plano de leitura idealizado por Robert McCheyne, no qual há uma leitura individual e uma leitura em família. (É o que mais indico. Há alguns anos eu desenvolvi uma Bíblia que traz essas leituras para cada dia do ano. Chama-se Bíblia Devocional Robert McCheyne. Você a encontra em boas livrarias.) E há um plano adaptado, que exclui uma das leituras.
Há um plano para ler a Bíblia toda em três meses e um para ler apenas o Novo Testamento, Salmos e Provérbios. Há planos para novos convertidos, para crianças, em que os livros são lidos de modo alternado ou misturados. Há um plano que considera os meses tendo 25 dias, para que haja tempo para meditação e para repôr alguma leitura.
Há dois planos em formato de planilha, que permitem acompanhar seu progresso (é preciso habilitar as macros).
Desejo que o Senhor abençoe você a cada dia do novo ano por meio de Sua Palavra.
Poucas influências afetam mais o coração de um homem em seu relacionamento com Deus do que a de sua esposa, para melhor ou para pior. Ela incentivará ou impedirá sua devoção espiritual ao Senhor. Ela ampliará a sua paixão por Deus ou derramará um balde de água fria sobre ela. Que tipo de mulher estimula o crescimento espiritual de seu marido? Provérbios 31:10-31 fornece um perfil da mulher que é digna da confiança do seu marido. Esta mulher é a personificação da verdadeira sabedoria que vem de Deus, fazendo com que o marido tenha total confiança nela.
“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias” (versículo 10). Uma mulher tão boa assim é difícil de encontrar. A palavra virtuosa (hayil) significa “força, capacidade, coragem e dignidade”. Esta mulher é um exemplo de cada uma dessas qualidades, tendo grande competência, caráter nobre e um forte compromisso com Deus e sua família. Só o Senhor pode proporcionar essa mulher virtuosa: “A casa e os bens vêm como herança dos pais; mas do SENHOR, a esposa prudente”. (Provérbios 19:14). “O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR” (Provérbios 18:22). Essa mulher virtuosa é um presente inestimável de Deus.
Não é de se admirar que “o coração do seu marido confie nela” (versículo 11). O marido tem fé nela, porque “ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida” (versículo 12). Ela traz suas muitas qualidades para o casamento; cada uma adapta-se exclusivamente para complementar as fraquezas dele. Os dons dela tornam-se imediatamente os ganhos dele, e ela tem tanto a oferecer que faz com que ele confie nela.
Seu Serviço
Em primeiro lugar, essa esposa extraordinária lhe serve incansavelmente. Sem ficar sentada de braços cruzados, ela “busca lã e linho” ativamente, então estende a “mão de bom grado” (versículo 13) para costurar e fazer material. Ela é “como um navio mercante” (versículo 14), lançando-se para encontrar o melhor tecido, com o melhor preço, a fim de fazer as melhores roupas. Esta mulher altruísta “ainda noite, já se levanta” (versículo 15) para preparar comida para sua família. Uma excelente gestora, ela supervisiona “suas servas”, enquanto servem ao seu lado, no cuidado da casa.
Seu Sucesso
Em segundo lugar, esta mulher empreendedora age com bom senso em suas muitas decisões. Ela “examina uma propriedade” com astúcia, e adquire-a. Lá, ela planta uma “vinha” (versículo 16). Por sua “forte” (versículo 17) determinação, ela ganha uma renda extra para a sua família. Esses ganhos são “rentáveis” (versículo 18), fornecendo recursos adicionais para compartilhar com os outros. Ela trabalha bem até a “noite” com seu “fuso” e “roca” (versículo 19) para fazer roupas para a sua família.
Seu Sacrifício
Em terceiro lugar, esta mulher diligente dá generosamente ao “aflito” e “necessitado” (versículo 20). Quando “a neve” se aproxima, ela também provê para a sua família. Ela planejou com antecedência, fazendo vestidos de “lã escarlate” (versículo 21) para sua família. Ela não poupa nenhum esforço ou custo para prover o melhor que pode. Depois de prover para outros, essa mulher trabalhadora faz “cobertas” e roupas “para si”, com “linho fino e púrpura” (versículo 22). Sua capacidade de dar roupas caras é uma prova clara do favor de Deus sobre o seu trabalho.
Sua Inteligência
Em quarto lugar, as suas muitas virtudes realçam a posição de seu marido nos “portões” (versículo 23), onde os líderes da cidade se encontram. Com a inteligência afiada, essa esposa virtuosa “faz”, “vende” e “dá” (v. 24) seus bens. Apesar de ser muito competente, ela não compete com a liderança de seu marido, mas a fortalece por sua humilde submissão—e todos sabem disso.
Sua Força
Em quinto lugar, essa esposa preciosa olha para o futuro com “força” e “dignidade” (versículo 25). Embora preveja muitos desafios, ela “sorri” (v. 25) com confiança no cuidado providencial do Senhor. Ela tem a expectativa de que a provisão dos céus suprirá todas as necessidades de sua família. Quando as pessoas procuram o seu conselho, ela fala palavras de “sabedoria” e “bondade” (versículo 26). Apesar de ocupada fora do seu lar, ela não negligencia a “sua casa” (versículo 27).
Sua Supremacia
Em sexto lugar, ela é uma mãe tão boa que, ao observarem sua excelência, seus filhos “lhe chamam ditosa” (versículo 28). Seu marido vê o seu caráter na criação dos filhos e “a louva”. Ele se gaba de que, entre as mulheres, “[ela] a todas sobrepuja” (versículo 29). Aos seus olhos, não há nenhuma que possa, legitimamente, ser igual a ela.
Sua Espiritualidade
Em sétimo lugar, a verdadeira grandeza dessa mulher é sua devoção espiritual. Ela “teme ao Senhor” (versículo 30). “Graça” e “formosura” apenas são “enganosas” e “vãs”. O que verdadeiramente atrai o seu marido é a sua reverência a Deus. Até os líderes da cidade “a louvam” nos “portões” (versículo 31), reconhecendo a integridade em sua vida. Seu marido valoriza sua fidelidade e diligência. Ele é o mais abençoado dos homens.
É de se admirar que o marido confie nela? A realidade de Deus em sua vida faz com que ela seja merecedora de sua total confiança. Em todas as estimativas, ela é “a coroa do seu marido” (Provérbios 12:4). Somente Deus pode dar uma excelente auxiliadora como essa.
O Senhor deu-lhe essa esposa excelente? Você vê como ela é feita especificamente para você? Você reconhece como ela tem contribuído para aumentar o seu relacionamento com o Senhor? Então, dê graças a Deus por essa esposa em quem o seu coração confia.
Fonte
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