O ouvir da Palavra de Deus que falha no tempo da provação não tem raiz (Lucas 8.13). Qual é a raiz de que necessitamos? É a confiança. Jeremias 17.7-8 diz: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro”. Confiar na verdade que você já possui é a melhor maneira de preparar-se para receber mais.
(John Piper)
Nosso Senhor hoje não quer ministros de cabeça vazia nem de coração vazio; portanto, meus irmãos, encham os potes com água. Estudem bastante, esforcem-se muito, aprendam tudo o que conseguirem, e encham os potes com água. “Oh”, alguém dirá, “como esses estudos levarão à conversão de pessoas? A conversão é como o vinho, o estudo que esses jovens aprenderão será como água”. Esse alguém tem razão; mas mesmo assim ainda mando os estudantes encherem os potes com água, na expectativa de que o Senhor Jesus a transforme em vinho. Ele pode santificar o conhecimento humano e torná-lo útil na exposição do conhecimento de Jesus Cristo. Espero já ter passado a época em que alguém sonhou com a utilidade da ignorância e da grosseria para o reino de Cristo. O grande Mestre queria que Seus seguidores aprendessem tudo o que pudessem conhecer, e especialmente conhecer a si mesmos e às Escrituras, a fim de poderem apresentá-lo para proclamar Seu evangelho. “Encham os potes com água!”
(C. H. Spurgeon)
Tome esta regra: tudo aquilo que debilita a sua razão, prejudica a sensibilidade da sua consciência, obscurece o seu senso de Deus ou tira o sabor de coisas espirituais; em resumo, qualquer coisa que aumente a força e a autoridade do seu corpo sobre a sua mente, isso é pecado para você, por mais inocente que pareça em si mesmo.
(Sra. Wesley para seu filho John)
Nunca nos esqueçamos de que a mensagem da Bíblia dirige-se em especial à mente, ao entendimento.
(Martyn Lloyd-Jones)
Não faz sentido carregar o nome de cristão e não apegar-se a Cristo. Jesus não é algum amuleto para ser usado como uma jóia que achamos que nos dará boa sorte. Ele é o Senhor. Seu nome deve ser escrito em nosso coração de uma maneira tão poderosa que crie dentro de nós uma profunda experiência de Sua paz e um coração que é preenchido com Seu louvor.
(William Wilberforce)
Uma vida ociosa e um coração santo é uma contradição.
(Thomas Brooks)
Aquele que considera ser feliz deve considerar primeiro ser santo.
“Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23 – Trad. Bras.).
O dever de guardar o coração é sempre obrigatório; não existe hora nem condição na vida em que sejamos dispensados dessa tarefa, mas existem algumas ocasiões especiais e horas críticas que requerem mais vigilância do que aquela que comumente mantemos sobre o coração.
Uma dessas ocasiões é quando somos ofendidos e maltratados pelos outros. A depravação e a corrupção do homem é tão grande que um trata o outro como lobo ou tigre. E, como os homens são cruéis por natureza e oprimem uns aos outros, assim os ímpios conspiram para maltratar e ofender o povo de Deus. “O ímpio devora o homem que é mais justo do que ele.” Quando somos ofendidos e maltratados dessa forma, é difícil guardar o coração de impulsos vingativos; com mansidão e quietude passar a situação para Aquele que julga retamente; evitar todo e qualquer sentimento pecaminoso. O espírito que está em nós deseja vingança, mas não deve ser assim. Nós temos opções de ajuda no evangelho para guardar o coração de sentimentos pecaminosos contra nossos inimigos e para abrandar nosso espírito amargurado. Quer saber como pode um cristão guardar o coração de sentimentos vingativos quando é alvo das maiores ofensas e maus tratos dos homens? Eu explico. Quando você começar a perceber o coração inflamar-se de sentimentos vingativos, reflita imediatamente nas seguintes coisas:
1ª) Recomende com insistência a seu coração as severas proibições da Palavra de Deus contra a vingança. Por mais gratificante que seja a vingança a suas propensões corruptas, lembre-se de que ela é proibida. Ouça a Palavra de Deus: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira [de Deus]; porque está escrito: A Mim Me pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.19-21). Este sempre foi um argumento apresentado pelos cristãos para provarem que sua religião é sobrenatural e pura: ela proíbe a vingança, que é tão agradável à natureza humana. Intimide seu coração, então, com a autoridade de Deus nas Escrituras; e quando a razão carnal disser: “Meus inimigos merecem ser odiados!”, faça a consciência replicar: “Mas será que Deus merece ser desobedecido?” “Isso e isso foi feito contra mim, eu fui injustiçado”; “Mas o que é que Deus fez para que eu cometa alguma coisa contra Ele? Se meu inimigo se atreve a perturbar minha paz, devo eu ser tão perverso ao ponto de transgredir o mandamento de Deus? Se meu inimigo não teme fazer mal contra mim, será que não devo temer fazer mal contra Deus?” Dessa forma, faça com que o temor de Deus restrinja e acalme seus sentimentos.
2ª) Coloque diante de seus olhos os mais altos padrões de mansidão e perdão, para você sentir o vigor do exemplo deles. Essa é a forma de acabar com os argumentos normais de carne e sangue em busca de vingança, como estes: “Homem nenhum suportaria esse tipo de ofensa!” Sim, há homens que suportaram ofensas tão grandes e até maiores do que as que você sofreu! “Mas eu vou passar por covarde, por estúpido, se não revidar!” Isso não deve preocupar você, desde que siga o exemplo de homens mais sábios e santos. Ninguém nunca sofreu mais ou maiores ofensas por parte dos homens do que Jesus, nem jamais suportou insultos e acusações e todo tipo de abuso de forma mais pacífica e perdoadora. Quando Ele foi insultado, não devolveu os insultos; quando sofreu, não fez ameaças; quando Seus assassinos O crucificaram, Ele pediu ao Pai que lhes perdoasse. Com isso, Ele nos deu exemplo, para que sigamos Seus passos. Seus apóstolos O imitaram: “Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos” (1Co 4.12,13).
Eu ouvi falar de um santo homem de Deus, o sr. Dod. Quando uma pessoa enfurecida por causa da pregação penetrante e convincente dele o atacou, socou-lhe o rosto e lhe quebrou dois dentes, esse humilde servo de Cristo cuspiu os dentes e o sangue na mão e disse: “Veja só, você me arrancou dois dentes, e isso sem nenhuma provocação legítima. Mas, se você permitir que eu o abençoe e faça bem a sua alma, deixo que arranque o resto de meus dentes”. Aqui temos o exemplo da excelência do espírito cristão. Esforce-se para ter esse espírito, que é a verdadeira excelência dos cristãos. Faça o que os outros não podem fazer, conserve ativo esse espírito, e você preservará a paz em sua alma e obterá a vitória sobre seus inimigos.
3ª) Considere o caráter de quem lhe fez mal. É um homem piedoso ou é um ímpio? Se é um homem piedoso, existem luz e sensibilidade na consciência dele, que mais cedo ou mais tarde lhe trarão um senso do mal que cometeu. Se é um homem piedoso, Cristo lhe perdoou ofensas maiores do que as que ele cometeu contra você; e por que você não o perdoaria? Cristo o repreenderá pelas suas ofensas, mas liberalmente perdoará todas elas; e você o pegará pelo pescoço por causa de uma pequena ofensa que ele cometeu contra você?
4ª) Mas se foi um ímpio que ofendeu ou insultou você, na verdade é mais razão ainda para você exercer misericórdia em vez de vingança contra ele. Ele se encontra numa situação de engano e miséria; é escravo do pecado e inimigo da justiça. Se ele algum dia se arrepender, estará pronto para reparar seu erro; se continuar impenitente, está chegando um dia quando será punido como merece. Você não precisa planejar nenhuma vingança; Deus executará a vingança contra ele.
5ª) Lembre-se de que, por meio da vingança, você só conseguirá gratificar uma paixão pecaminosa, paixão essa que, por meio do perdão, você pode subjugar. Lembre que, por meio da vingança, você pode destruir um inimigo; mas, pelo exercício da moderação cristã, pode subjugar três inimigos de uma só vez: sua própria paixão, a tentação de Satanás e o coração de seu inimigo. Se, por meio da vingança, você dominar seu inimigo, a vitória será infeliz e sem glória, pois, ao conquistá-la, você será vencido por sua própria corrupção; mas, pelo exercício da moderação mansa e perdoadora, você sempre sairá com honra e sucesso. A pessoa em quem a mansidão e o perdão não operam é, de fato, uma pessoa muito perversa. É de pedra o coração que não se deixa derreter por esse fogo. Foi assim que Davi obteve vitória sobre Saul, seu perseguidor: “E chorou Saul em voz alta. Disse a Davi: Mais justo és do que eu” (1Sm 24.16,17).
6ª) Com seriedade, pergunte a seu coração: “Será que aproveitei alguma coisa para minha própria alma por meio das ofensas e injustiças que sofri?” Se elas não lhe fizeram nenhum bem, volte sua vingança contra si mesmo. Você tem todos os motivos para se encher de vergonha e tristeza por ter um coração que não consegue extrair nenhum bem desse tipo de aflição e ter uma disposição mental tão diferente da atitude de Cristo. A paciência e a mansidão de outros cristãos fizeram com que as ofensas dirigidas a eles lhes fossem de bom proveito! Eles louvaram a Deus quando o mundo os acusou e repreendeu. Jerônimo disse: “Dou graças a meu Deus que eu seja considerado digno do ódio do mundo”. Mas, se você tem recebido algum benefício das acusações e injustiças que recebeu, se elas o levaram a examinar o próprio coração, se fizeram com que você conduzisse a vida com mais prudência, se elas o convenceram do valor de um temperamento santificado, não vai perdoá-las? E daí se essas coisas foram feitas com más intenções? Se, pela bênção de Deus, sua felicidade tem sido promovida por aquilo que lhe foi feito, por que deveria você sequer dispensar um pensamento desagradável a respeito do autor dessas coisas?
7ª) Pondere em quem ordena todas as suas tribulações. Isso será de grande ajuda para guardar seu coração da vingança; isso de imediato aquietará e suavizará seu ânimo. Quando Simei cercou Davi e o amaldiçoou, o espírito desse homem piedoso não se deixou envenenar pela vingança. Quando Abisai se ofereceu para arrancar a cabeça de Simei, o rei disse: “Deixai-o amaldiçoar; pois, se o SENHOR lhe disse: ‘Amaldiçoa a Davi’, quem diria: ‘Por que assim fizeste?’?” (2Sm 16.10). Pode ser que Deus o use como Sua vara para castigar-me, porque por causa do meu pecado eu dei ocasião a que os inimigos de Deus blasfemassem; e deveria eu ficar irado com o instrumento? Como isso seria irracional! Dessa mesma forma Jó se aquietou; ele não xingou nem planejou vingança contra os caldeus e sabeus, mas considerou que Deus tinha ordenado suas tribulações, e disse: “O SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!”
8ª) Considere em como você está diariamente e a toda hora ofendendo a Deus, e não será tão facilmente inflamado com represália contra aqueles que ofendem você. O tempo todo você está afrontando a Deus, mas Ele não se vinga contra você; antes, o tolera e perdoa – e mesmo assim você quer se levantar e vingar dos outros? Reflita nesta cortante repreensão: “Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” (Mt 18.32,33). As pessoas que mais devem estar cheias de paciência e misericórdia para com os que as prejudicam devem ser aquelas que experimentaram por si mesmas as riquezas da misericórdia! A misericórdia de Deus para conosco deve enternecer nosso coração com misericórdia para com os outros. É impossível sermos cruéis com os outros – só se esquecermos o quanto Deus tem sido bom e compassivo para conosco. E, se a bondade não prevalece em nós, temos de ouvir isto: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (6.15).
9ª) Que a lembrança da proximidade do dia do Senhor refreie você de antecipá-lo com atos de vingança. Por que tanta pressa? Não está o Senhor perto para vingar todos os Seus servos maltratados? “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.8,9). A vingança pertence a Deus, e você vai se equivocar ao ponto de tomar sobre si o que é prerrogativa Dele?!
Assim como as crianças agradecem ao alfaiate, e pensam que devem suas roupas novas a ele e não à generosidade dos pais, assim nós, muitas vezes, olhamos para o instrumento usado para nos abençoar e lhe agradecemos em vez de agradecer a Deus.
As causas secundárias não devem nunca ser colocadas antes da Causa Primária. Amigos e ajudadores são todos servos de nosso Pai, mas é Ele quem deve receber todos os louvores.
Acontece um mal semelhante quando se trata do assunto de provações e tribulações. Temos a propensão de nos irarmos com o instrumento da nossa aflição, em vez de ver a mão de Deus em tudo, e mansamente nos dobrarmos diante dela.
Isso foi um grande auxílio para Davi quando teve de lidar com Simei, que o insultava, quando o rei viu que Deus tinha indicado essa provocação para castigá-lo. Ele não permitiu que seus capitães impulsivos decepassem a cabeça daquele que insultava, mas disse mansamente: “Deixai-o; que me insulte, pois o SENHOR lhe ordenou que o fizesse”.
Quando um cachorro é agredido, ele morde a vara! Se ele fosse sábio, perceberia que a vara se move apenas à medida que a mão a direciona. Assim também, quando nós percebermos Deus em nossas tribulações, teremos condições de ficar quietos, suportando a disciplina com paciência.
Que não ajamos como crianças tolas, mas percebamos de onde nos vêm todas as coisas e procedamos de acordo. Que o Espírito de sabedoria nos leve à compreensão.
“É o SENHOR; faça o que bem lhe aprouver” (1Sm 3.18).
“Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21).
“Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2.10).
“No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele” (Ec 7.14).
(Traduzido por Helio Kirchheim. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)
Deus separou para si um povo, Israel, a quem se revelou e essa revelação foi registrada/escriturada, revelação essa que damos o nome de especial, pois sem ela continuaríamos perdidos tateando ao nosso redor procurando encontrá-Lo, mas perdidos e corrompidos por conta de nossos pecados. Por meio de seu servo Moisés, Deus trouxe ao povo de Israel o livro da Lei, conhecido pelos judeus como a Torá, que compõe os cinco primeiros livros da Bíblia. Lá Deus deixou mandamentos e instruções sobre como viver bem e em harmonia com a vontade de Deus, revelando o Deus Criador e Sustentador de todas as coisas, o único Deus verdadeiro.
A ordem ao povo era dedicar-se a fé monoteísta revelada no Pentateuco, amar e servir a Deus de todo coração e alma, aplicando-se por guardar todos os mandamentos da Lei (Deuteronômio capítulo 6). Basicamente, o povo tinha que escolher entre a vida ou a morte, a benção ou a maldição que estava diante deles e dependia da obediência, fruto da Aliança com Deus (Dt 28 e 30).
Davi, conhecido com o rei segundo o coração de Deus, advertiu seu filho Salomão, que para a sucessão do trono ele deveria guardar todos os preceitos e mandamento de Deus, segundo a Lei de Moisés (1 Reis 2:3).
A situação de Josias era complicada, pois aos oito anos de idade ela herdara o trono debaixo de uma catástrofe. O reino de Judá (o remanescente de Israel) havia se afastado do Senhor durante os 57 anos de infeliz liderança de seu avô (Manassés) e pai (Amom). Além de abandonar ao Senhor, a nação estava imersa na idolatria, inclusive seu avô havia sacrificado seu filho como oferta aos deuses, além de outras práticas detestáveis a Deus como consultar os mortos, feitiçaria, homicídios e promoção da injustiça, provocando assim a ira de Deus e promovendo a corrupção moral de toda uma nação.
Porém o jovem Josias distinguiu-se dos seus antepassados por fazer aquilo que eles haviam abandonado, pois aos 16 anos de idade começou a buscar Deus (2 Cr 34:3, Buscar-me-eis e me achareis quando me buscares de todo coração Jr 29:13). A devoção de Josias a Deus se convertia em ações práticas, como o abandono da idolatria, o retorno as Escrituras e a renovação da Aliança entre Israel e o Senhor.
O retorno as Escrituras foi o grande responsável pelo avivamento espiritual da nação de Israel, sobre a liderança de seu rei Josias, muito parecido com a Reforma Protestante.
A Reforma Protestante, do século dezesseis, teve início no dia 31 de outubro de 1517, quando o monge agostiniano, Martinho Lutero, fixou nas portas da igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses contra as indulgências, rompendo assim, com os desmandos do papado e com os desvios doutrinários da igreja.
Os reformadores buscavam uma volta da Igreja aos ensinos bíblicos, ao modelo de vida da igreja primitiva, descentralizado o poder das mãos de uma liderança eclesiástica corrupta e distante dos leigos, para uma experiência de fé pessoal e comunitária acessível a todos. Porém as ideias dos reformadores não foram bem aceitas pela Igreja Romana, excomungando e condenando o ensino daqueles que protestavam.
A reforma não foi uma inovação da igreja, mas uma volta às Escrituras. Seu propósito foi fazer uma correção de rota e seguir pelas mesmas pegadas trilhadas pelos apóstolos. A reforma colocou a igreja de volta nos trilhos da Verdade.
A verdade de que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática e devemos rejeitar decisivamente todas as doutrinas que não estiveram amparadas pelas Escrituras.
A verdade de que a salvação é pela fé e não pelas obras. Não somos salvos pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz.
A verdade de que somos salvos pela graça de Deus e não pelos méritos humanos.
A verdade de que Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens, o único Salvador da igreja e o único Senhor do universo.
A verdade de que a Deus pertence o poder, honra e a glória, agora e pelos séculos eternos.
Podemos fazer três aplicações simples que nos ajudarão a desenvolver na fé, de maneira segura e correta.
Não existe vida cristã sadia sem o conhecimento das Escrituras, por isso devemos nos aplicar a leitura e estudo da mesma como uma prática devocional diária.
Todo conhecimento sobre a fé cristã que contrariar ou ultrapassar (ir além) o ensino das Escrituras deve ser rejeitado.
Toda resistência à obediência às Escrituras deve ser combatida com oração e submissão do ‘eu’ a Deus.
Toda sexta-feira, indicação de artigos, de uma mensagem e de um hino recomendados. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.
Artigos que você precisa ler
A pequena Epístola de Judas é tão importante quanto o restante dos livros inspirados da Bíblia. Este estudo de H. Rossier vai apresentar algumas das riquezas espirituais dessa porção das Escrituras.
Moisés, servo de Deus (estudo 1), por Dana Congdon
Hino que honra a Deus
The Power of the Cross
Letra e música de Keith Getty e Stuart Townend
The Power of the Cross
Oh, to see the dawn
Of the darkest day:
Christ on the road to Calvary.
Tried by sinful men,
Torn and beaten, then
Nailed to a cross of wood.
Chorus:
This, the pow’r of the cross:
Christ became sin for us;
Took the blame, bore the wrath””
We stand forgiven at the cross.
Oh, to see the pain
Written on Your face,
Bearing the awesome weight of sin.
Ev’ry bitter thought,
Ev’ry evil deed
Crowning Your bloodstained brow.
Now the daylight flees;
Now the ground beneath
Quakes as its Maker bows His head.
Curtain torn in two,
Dead are raised to life;
“Finished!” the vict’ry cry.
Oh, to see my name
Written in the wounds,
For through Your suffering I am free.
Death is crushed to death;
Life is mine to live,
Won through Your selfless love.
Final Chorus:
This, the pow’r of the cross:
Son of God””slain for us.
What a love! What a cost!
We stand forgiven at the cross.
Em 13 de novembro último assistimos pelos meios de comunicação ao pior ataque terrorista a atingir a França desde a 2a. Guerra Mundial, segundo a Folha de São Paulo, com um saldo de 129 mortos e apenas dez meses depois do ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo.
Diariamente notícias sobre toda sorte de violência inundam os telejornais, propagando uma onda de temor e insegurança. Será que existe um lugar onde se pode encontrar segurança e estabilidade diante do que aconteça no mundo ou em nós mesmos? Podemos olhar para o futuro com esperança, sem levar em consideração as circunstâncias da vida?
Leia este artigo e veja onde encontrar segurança nestes últimos dias:
Torne sua vida uma constante comunhão com Deus. O aroma dEle não permanece por muito tempo em uma pessoa que não se demora em Sua presença.
(John Piper)
Naquilo que é essencial, unidade; naquilo que é duvidoso, liberdade; e em todas as coisas, caridade.
(Agostinho)
Precisamos suplicar de forma específica que Ele graciosamente unja nossos olhos – não apenas para conseguirmos ver coisas maravilhosas na Sua lei – mas também para que nos conceda pronto discernimento para percebermos como a passagem à nossa frente se aplica a nós mesmos – quais são as lições específicas que devemos aprender dela. Quanto mais cultivarmos este hábito, mais provável que Deus vai abrir-nos Sua palavra.
(A. W. Pink)
Nós nunca, nunca estamos em tanto perigo de sermos orgulhosos como quando pensamos que somos humildes.
(C.H.Spurgeon)
Qualquer homem é um tolo, apesar de sua inteligência ou o que você tem feito nesta vida, se não levar em conta o Deus do Universo. É simples assim.
(James Dobson)
Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta Terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força poderosa que tem movido não somente a mão de Deus, mas também o homem.
(D.L. Moody)
O começo da ansiedade é o fim da fé; e o começo da verdadeira fé é o fim da ansiedade.
John Wesley pregou muitas vezes sobre o uso do dinheiro. Possuindo provavelmente o maior salário já recebido na Inglaterra, ele teve oportunidades de colocar suas idéias em prática. O que ele disse a respeito do dinheiro? E o que fez com o próprio dinheiro?
John Wesley experimentou uma pobreza opressiva quando criança. Seu pai, Samuel Wesley, era pastor anglicano numa das paróquias que pagavam os menores salários do país. Ele tinha nove filhos para sustentar e raramente ficava sem dívidas. Uma vez John viu seu pai sendo levado para a prisão dos devedores. Portanto, quando seguiu seu pai no ministério, não tinha ilusão alguma acerca das recompensas financeiras.
É provável que tenha sido uma surpresa para John Wesley que, embora Deus o houvesse chamado para mesma vocação de seu pai, não o havia chamado para ser tão pobre quanto ele. Em vez de ser pastor numa paróquia, John sentiu a direção de Deus para ensinar na Universidade de Oxford. Lá, ele foi escolhido para ser membro do conselho do Lincoln College. Sua posição lhe garantia pelo menos trinta libras por ano, mais do que o suficiente para um rapaz solteiro viver. John parecia desfrutar de sua relativa prosperidade. Gastou seu dinheiro em jogos de cartas, tabaco e conhaque.
Enquanto estava em Oxford, um incidente transformou sua perspectiva acerca do dinheiro. Ele havia acabado de comprar alguns quadros para colocar em seu quarto, quando uma das camareiras chegou à sua porta. Era um dia frio de inverno, e ele notou que ela não tinha nada para se proteger, exceto uma capa de linho. Ele enfiou a mão no bolso para dar-lhe algum dinheiro para comprar um casaco, mas percebeu que havia sobrado bem pouco. Imediatamente, ficou perplexo com o pensamento de que Deus não havia se agradado pela forma como havia gasto seu dinheiro. Ele perguntou a si mesmo: O mestre me dirá “Muito bem servo bom e fiel”? Tu adornaste as paredes com o dinheiro que poderia ter protegido essa pobre criatura do frio! Ó justiça! Ó misericórdia! Esses quadros não são o sangue dessa pobre empregada?
O que Wesley fez?
Talvez, como resultado desse incidente, em 1731, Wesley começou a limitar seus gastos para que pudesse ter mais dinheiro para dar aos pobres. Ele registrou que, em determinado ano, sua renda fora de 30 libras, suas despesas, 28, assim, tivera duas libras para dar. No ano seguinte, sua renda dobrou, mas ele continuou administrando seus gastos para viver com 28, desse modo, restaram-lhe 32 libras para dar aos pobres. No terceiro ano, sua renda saltou para 90 libras. Em vez de deixar suas despesas crescerem juntamente com sua renda, ele as manteve em 28 e doou 62 libras. No quarto ano, recebeu 120 libras. Do mesmo modo que antes, suas despesas se mantiveram em 28 libras e, assim, suas doações subiram para 92.
Wesley sentia que o crente não deveria simplesmente dar o dízimo, mas dar toda sua renda excedente, uma vez que já tivesse suprido a família e os credores. Ele cria que com o crescimento da renda, o que deveria aumentar não era o padrão de vida, mas sim o padrão de doações.
Essa prática começou em Oxford e continuou por toda a sua vida. Mesmo quando sua renda ultrapassou mil libras esterlinas, ele viveu de modo simples, doando rapidamente seu dinheiro excedente. Houve um ano em que seu salário superou 1400 libras. Ele viveu com 30 e doou aproximadamente 1400. Por não ter uma família para cuidar, não precisava poupar. Ele tinha medo de acumular tesouros na terra, portanto, seu dinheiro ia para as obras de caridade assim que chegava às suas mãos. Ele registrou que nunca permaneceu com 100 libras.
Wesley limitava suas despesas, não adquirindo coisas que eram tidas como essenciais para um homem de sua posição. Em 1776, os fiscais de impostos inspecionaram suas restituições e lhe escreveram a seguinte sentença: “Não temos dúvidas de que o senhor possui algumas baixelas de prata para cada item que o senhor não declarou até agora”. Eles queriam dizer que um homem proeminente como ele, certamente possuía alguns pratos de prata em sua casa, e o acusavam de sonegação. Wesley lhes respondeu: “Tenho duas colheres de prata em Londres e duas em Bristol. Essa é toda a prata que possuo no momento e não comprarei mais prata alguma, visto que muitos ao meu redor almejam por pão”.
A outra forma pela qual Wesley limitava seus gastos era identificando-se com os pobres. Ele pregava que os crentes deveriam se considerar como membros dos pobres, a quem Deus havia dado dinheiro para ajudá-los. Portanto, ele vivia e comia com os pobres. Sob a liderança de Wesley, a igreja Metodista de Londres estabeleceu dois abrigos para viúvas na cidade. Elas eram sustentadas pelas ofertas recolhidas nos encontros e nas celebrações da Ceia do Senhor. Em 1748, nove viúvas, uma mulher cega e duas crianças viviam ali. Juntamente com elas, vivia John Wesley e outro pregador metodista que se encontrava na cidade naquela ocasião. Wesley se alegrava em comer da mesma comida que elas, à mesma mesa, antevendo o banquete celestial que todos os crentes compartilharão.
Durante quatro anos, a dieta de Wesley consistia principalmente em batatas, em partes para melhorar sua saúde, mas também para economizar dinheiro. Ele dizia: “Aquilo que eu guardo para comprar carne pode alimentar alguém que não possui comida alguma”. Em 1744, Wesley escreveu: “Quando eu morrer, se eu deixar dez libras para trás… você e toda a humanidade poderão testemunhar contra mim, dizendo que tenho vivido e morrido como um ladrão e salteador”. Quando ele morreu em 1791, o único dinheiro que estava em sua posse eram algumas moedas, encontradas em seus bolsos e em sua gaveta de roupas.
O que havia acontecido ao restante do dinheiro que ele ganhara em toda a sua vida, uma quantia estimada em trinta mil libras?[i] Ele o havia doado. Como Wesley havia dito: “Não poderei evitar deixar meus livros para trás quando Deus me chamar, porém minhas próprias mãos executarão a doação de todas as demais coisas”.
O que Wesley Pregou?
O ensino de Wesley sobre o dinheiro oferece diretrizes simples e práticas para qualquer cristão.
A primeira regra de Wesley acerca do dinheiro era “Ganhe o máximo que puder”. Apesar de seu potencial para o mau uso, o dinheiro em si é algo bom. O bem que ele pode fazer é infinito: “Nas mãos dos filhos de Deus, ele é comida para os famintos, água para os sedentos, roupas para os que estão descobertos. Ele dá ao viajante e ao estrangeiro um lugar onde pousar a cabeça. Por meio dele, podemos manter a viúva, no lugar de seu marido, e aos órfãos, no lugar de seu pai. Podemos ser uma defesa para os oprimidos, levar saúde aos doentes e alívio aos que têm dor. Ele pode ser como olhos para o cego, como pés para o coxo e como o socorro para livrar alguém dos portões da morte”!
Wesley acrescenta que ao ganhar o máximo que podem, os crentes devem ser cuidadosos para não prejudicar sua própria alma, mente e corpo ou a alma, mente e corpo de quem quer seja. Desse modo, ele proibiu o ganho de dinheiro em empresas que poluem o meio ambiente ou causam danos aos trabalhadores.
A segunda regra de Wesley para o uso correto do dinheiro era “Poupe o máximo que puder”. Ele insistiu para que seus ouvintes não gastassem dinheiro somente para satisfazer a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Ele clamava contra comidas caras, roupas luxuosas e móveis elegantes. “Cortem todas essas despesas! Desprezem as iguarias e a variedade, e estejam contentes com o que a simples natureza requer”.
Wesley tinha duas razões para dizer aos crentes para comprarem somente o necessário. Uma era óbvia: para que não desperdiçassem dinheiro. A segunda era para que seus desejos não aumentassem. O antigo pregador destacou sabiamente que, quando as pessoas gastam dinheiro em coisas que, de fato, não precisam, elas começam a desejar mais coisas das quais não precisam. Em vez de satisfazerem aos seus desejos, elas apenas os fazem aumentar: “Quem dependeria de qualquer coisa para satisfazer esses desejos, se considerasse que satisfazê-los é o mesmo que fazê-los crescer? Nada é mais verdadeiro do que isto: A experiência diária demonstra que quanto mais os satisfazemos, mais eles aumentam”.
Wesley advertiu principalmente sobre a questão de comprarmos muitas coisas para os filhos. Pessoas que raramente gastam dinheiro consigo mesmas podem ser bem mais indulgentes com seus filhos. Ao ensinar o princípio de que gratificar um desejo desnecessariamente tende a intensificá-lo, ele perguntou a esses pais bem-intencionados: “Por que você compraria para eles mais orgulho ou cobiça, mais vaidade, tolice e desejos prejudiciais? …Por que você teria um gasto extra apenas para trazer-lhes mais tentações e ciladas, e para transpassá-los com mais tristezas”.
A terceira regra de John Wesley era “Doe o máximo que puder”. A oferta de uma pessoa deve começar com o dízimo. Ele disse àqueles que não dizimavam: “Não há dúvidas de que vocês têm colocado o seu coração no seu ouro”. E advertia: “Isso ‘consumirá sua carne como o fogo’”! Entretanto, a oferta de uma pessoa não deve se limitar ao dízimo. Todo o dinheiro dos crentes pertence a Deus, não apenas a décima parte. Os crentes devem usar 100% de sua renda da forma como Deus direcionar.
E como Deus direciona os crentes a usarem sua renda? Wesley listou quatro prioridades bíblicas:
1.Providencie o que é necessário para você e sua família (1 Tm 5.8). O crente deve estar certo de que sua família possui suas necessidades e comodidades supridas, ou seja, “quantidade suficiente de uma comida modesta e saudável para comer, e roupas adequadas para vestir”. O crente também deve garantir que a família tenha o suficiente para viver caso haja imprevistos em relação ao seu ganha-pão. 2. “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Tm 6.8). Wesley acrescentou que a palavra traduzida para “vestir” é literalmente “cobrir”, o que inclui tanto moradia como roupas. “Conclui-se claramente que tudo o que tivermos além dessas coisas, no sentido empregado pelos apóstolos, é riqueza – tudo quanto estiver além das necessidades, ou no máximo, além das comodidades da vida. Qualquer um que tenha comida suficiente para comer, roupas para vestir, um lugar onde repousar a cabeça, e mais alguma outra coisa, é rico”. 3. Providencie o necessário para “fazer o bem perante todos os homens” (Rm 12.17) e não fique devendo nada a ninguém (Rm 13.8). Wesley disse que a reivindicação pelo dinheiro do crente que se seguia à família era a reivindicação dos credores. Ele acrescentou que aqueles que dirigiam o próprio negócio deveriam ter ferramentas adequadas, estoque ou o capital necessário para manter seu negócio. 4. “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Após o crente ter provido o necessário para a família, credores e para o próprio negócio, sua próxima obrigação é utilizar todo o dinheiro que sobrou para suprir as necessidades dos outros.
Ao dar esses quatro princípios bíblicos, Wesley reconheceu que algumas situações não são assim tão claras. A forma como os crentes devem usar o dinheiro de Deus nem sempre é óbvia. Por essa razão, ele ofereceu quatro perguntas para ajudar seus ouvintes a decidirem como gastar seu dinheiro:
1. Ao gastar o dinheiro, estou agindo como se o possuísse ou como se fosse o curador de Deus? 2. O que as Escrituras exigem de mim ao gastar o dinheiro dessa maneira? 3. Posso oferecer essa compra como um sacrifício a Deus? 4. Deus me recompensará por esse gasto na ressurreição dos justos?
Finalmente, para um crente que ainda estivesse perplexo, John Wesley sugeriu a seguinte oração antes de realizar uma compra:
“Senhor, tu vês que estou para gastar esta quantia naquela comida, naquela roupa ou naquele móvel. Tu sabes que estou agindo com sinceridade nessa questão; como um mordomo de teus bens; gastando uma porção dele desta maneira, em conformidade com o desígnio que tu tens ao confiá-los a mim. Sabes que faço isso em obediência à tua Palavra, conforme tu ordenas e porque tu o ordenas. Peço-te que isso seja um sacrifício santo e aceitável a Ti, por meio de Jesus Cristo! Dá-me testemunho em mim mesmo de que, por meio desse esforço de amor, serei recompensado quando Tu recompensares a cada homem segundo as suas obras”.
Ele estava confiante que qualquer crente de consciência limpa que fizesse essa oração usaria o seu dinheiro com sabedoria.
[i] Essa quantia equivaleria a aproximadamente 30 milhões de dólares hoje.
Toda sexta-feira, indicação de artigos, de uma mensagem e de um hino recomendados. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.
Artigos que você precisa ler
A promessa de que o Senhor não nos desamparará nem abandonará é uma das mais encorajadoras das Escrituras. Leia o que Jonathan Edwardsescreve sobre ela.
Qualquer pecado é mais ou menos hediondo, dependendo da honra e majestade daquele a quem tínhamos ofendido. Uma vez que Deus é infinito em honra, infinito em majestade e infinito em santidade, o pecado mais leve é de conseqüência infinita. O menor pecado é nada menos do que traição cósmica quando percebemos contra quem pecamos.
(Jonathan Edwards)
Quem ama a vinda do Senhor não é aquele que afirma que ela ainda está distante nem aquele que diz que está próxima. É aquele que, esteja ele distante ou próxima, aguarda-a com fé sincera, esperança firme e amor fervoroso.
(Agostinho)
Medite, não nos confortos que você quer, mas nas misericórdias que você tem. Olhe antes para a finalidade de Deus ao afligir, do que para a medida e grau em que você é afligido.
(Christopher Love)
Em cada texto da Escritura existe um caminho para Cristo.
(Charles Haddon Spurgeon)
Por um lado costumamos considerar a emoção como sendo da alma, e em conseqüência rapidamente catalogamos como sendo da alma aos que se emocionam ou se entusiasmam com facilidade. Por outro lado esquecemos que ser racional não faz absolutamente ninguém espiritual. Este entendimento errôneo de espiritualizar uma vida racional deve ser evitado, da mesma maneira que também terá que evitar o julgamento errôneo de confundir uma vida predominantemente emocional com espiritualidade.
E outra coisa mais: não devemos jamais reduzir a função de nossa alma a uma inatividade mortal. Antes, possivelmente, nunca tínhamos contemplado nosso sentimento e nossa emoção como sendo da alma com um pouco de interesse e vivemos de acordo com esse fato.
Entretanto, mais adiante percebemos nosso engano e então suprimimos estas emoções por completo. Uma atitude semelhante pode parecer-nos muito boa mas não nos fará mais espirituais. Se meu leitor entender erroneamente este ponto — e pouco importa se pouco ou muito —, sei que sua vida «se secará». Por que? Porque seu espírito, sem nenhuma oportunidade de expressar-se, ficará aprisionado por uma emoção amortecida. E depois disto há outro perigo: que ao suprimir em excesso sua emoção, o crente terminará convertendo-se em um homem racional, não espiritual, e desta maneira continuará sendo da alma, embora de uma forma diferente. Entretanto, a emoção da alma, se expressa o sentimento do espírito, é muito valiosa, e, por sua vez, o pensamento da alma, se revela o pensamento do espírito, pode ser muito instrutivo.
(Watchman Nee)
Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta Terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força poderosa que tem movido não somente a mão de Deus, mas também o homem.
(D. L. Moody)
Um dos maiores perigos da vida espiritual é viver em função de suas próprias atividades. Em outras palavras, a atividade não está em seu devido lugar como algo que você faz, mas tornar-se algo que o leva a manter-se em movimento.
Eu tenho tendência a desenvolver cistos sebáceos. Já fui operado algumas vezes disso, para extraí-los.
Duas bolinhas, uma no lóbulo de cada orelha. Eu sabia: mais dois cistos. Nada alarmante, mas precisava ser operado. Consulta, cirurgia marcada. Lá fui eu.
Cirurgia ambulatorial, sem nenhum drama maior. (Às vezes passo mal nessas circunstâncias corriqueiras. Eu e agulhas não nos damos muito bem.) Saí eu do hospital com curativos em ambas orelhas, visíveis, indisfarçáveis. E voltei para a empresa em que eu trabalhava, uma editora.
Essa empresa pertence à denominação (hoje eu a chamo de seita) em que eu me congregava na época. A maioria quase absoluta dos funcionários também pertencia à denominação, e seus diretores eram os grandes líderes dela na América do Sul. Éramos, aos nossos próprios olhos, o melhor tipo de cristão que havia.
Ao encontrar com meus colegas, recebi três tipos diferentes de reação. Grande parte dos que comentaram alguma coisa disseram: “Ih, tá usando brinco!” Depois, um único colega me disse: “Puxa, você permitiu que furassem sua orelha na porta, como o escravo de Deuteronômio. Agora, você pertence para sempre ao Senhor!” Eu mesmo nem havia pensado nessa passagem, mas a relação com ela me alegrou.
Fui trabalhando durante o dia. Mais tarde, tive uma reunião rápida com o diretor, um dos tais grandes líderes. Sua observação? Nenhuma. Absolutamente nada. Como se fosse a coisa mais comum do mundo eu ir trabalhar com pontos e esparadrapo nas orelhas.
Essa situação me faz pensar no modo como nos relacionamos com os irmãos, e creio serem três os modos, ilustrados por cada uma das reações.
Talvez a maneira mais comum com que nos relacionemos com nossos conservos, os outros redimidos pelo Senhor, seja mundana, segundo a carne, superficial. Fazemos comentários que qualquer pessoa faria, falamos sobre assuntos da moda, fazemos piadas de gosto duvidoso, criticamos e zombamos de maneira descuidada. Muitas vezes, parece-me que a única forma de alguns filhos de Deus terem assunto para conversar é depois de verem um capítulo da novela ou assistido a um filme ou lido o jornal do dia. Para muitos, a grande maioria talvez, é difícil conseguir ter Cristo de forma viva e real como o centro e o ambiente de seu contato com outros filhos de Deus.
O segundo comentário, ligando minha cirurgia à consagração testemunhada pelas orelhas furadas no umbral da porta, indica-me a maneira correta de nos relacionarmos com outros a quem nosso Senhor redimiu. A Palavra tem de ser nosso ambiente, Cristo tem de ser o assunto e o limite, Sua glória tem de sempre ser respeitada. Isso não significa, é óbvio, que tenhamos de sempre estar citando versículos ou falando de assuntos “espirituais”. Significa, sim, que devemos estar permeados pela Palavra de tal modo que, de modo sábio e espontâneo, saibamos ligar todos os fatos a ela e, a partir deles, apresentá-la.
“A boca fala do que o coração está cheio” é verdade indiscutível revelada pelo Senhor. Se a primeira idéia que nos vem à mente é de brincos, é sinal evidente de que o coração está cheio de determinados conceitos. A boca não consegue falar de outra coisa.
Por outro lado, se a reação espontânea é relacionar tudo à Palavra, é sinal de que ela ocupa um bom lugar no coração, determinando, assim, o que a boca vai dizer. Somente desse modo poderemos ver em cada situação uma oportunidade de falar algo de Cristo, de Seu amor ou de Sua justiça, de Sua vida ou vinda. Do contrário, faremos apenas comentários bobos que qualquer incrédulo faria. Melhor seria ficar calado.
Precisamos de gigantes pequeninos!
Há a última reação. E ela foi a que mais me chocou, escandalizou mesmo. Poucas coisas ferem mais os filhos de Deus do que a indiferença por parte de outros cristãos. Há quem deseje ser tão espiritual, ou que quer que outros pensem que é, que, para alcançar isso, supõe ser necessário viver isolado deste mundo, indiferente às pessoas, avesso a reações muito “humanas”. Não sei se aquele líder fingiu alguma coisa, mas, no mínimo, refreou sua curiosidade – sim, uma característica humana, de gente que ainda está deste lado da eternidade! Há algum problema em perguntar a alguém: “Que é isso na sua orelha?” Seria menos celestial?
Esse mesmo líder, quando meu pai faleceu, falou comigo sobre o trabalho, mas nada disse, uma palavra sequer, sobre o que havia acontecido. Nem o mais tradicional e burocrático “meus pêsames” saiu daquele homem espiritual, maduro e equilibrado. Capaz de lidar com assuntos complexos do governo da seita, mas incapaz de se enternecer com alguém que havia ficado órfão de pai. Estranho, muito estranho.
Somos seres humanos. Sim, redimidos pelo sangue de Cristo, salvos para habitar com Ele pela eternidade na glória, povo escolhido de Deus, propriedade exclusiva de Deus – mas ainda seres humanos. Ainda gente de carne e osso, emoções e dores, sofrimentos e dúvidas, angústias e medos, sonhos e carências. Ainda não somos anjos. Ainda sofremos todas as limitações da carne. E ainda precisamos de gente que nos compreenda e se interesse por nós.
Não estou falando aqui de desequilíbrios emocionais, como a autocomiseração, a síndrome do ninguém-me-ama. Mas refiro-me a necessidades comuns, pés-no-chão, como: um ombro para chorar, alguém com quem rir ou orar, um amigo para ouvir um desabafo. Não precisamos de gigantes espirituais inatingíveis, que assustam por sua inacessibilidade, por seu padrão tão alto que, em lugar de atrair outros, repele-os. Precisamos de gigantes pequeninos, gigantes que se humilham, poderosos homens de Deus capazes de sentar no chão e chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram. Não é esta a ordenança bíblica?
A igreja primitiva atraía as pessoas por ser humanamente celestial e celestialmente humana. Ela não era desencarnada, indiferente, fria. Mas era muito viva. Ela se importava com mulheres que pediam comida e era comovida com a necessidade de irmãos pobres. Vemos como o apóstolo Paulo era preocupado com gente. Basta ler Romanos 16 para ver a maneira tão humana e cheia de vida com que ele fala de muitos irmãos. Este é o evangelho!
Um dos autores publicados por aquela editora em que eu trabalhei disse que não devemos ter amigos na igreja. E acrescentou, sem disfarçar o orgulho, que nunca trocou um presente ou uma brincadeirinha sequer com outro irmão, ao lado de quem serviu por 18 anos. Sinto muita pena dele. Triste alguém que nunca teve amigos, mas apenas irmãos, cooperadores, esposas (teve duas) e filhos. Pena ter desperdiçado muitas oportunidades de presentear alguém a quem amava. Que tolice não ter trocado um gracejo com alguém em quem confiava.
Não quero ser como esses homens espirituais. Quero, antes, o evangelho que torna o homem a plenitude daquilo que Deus concebeu que ele fosse. Quero um evangelho cheio da Palavra de Deus e de amigos, de troca de presentes e de boas risadas. Quero um evangelho que me autorize a perguntar: “Irmão, que é isso na sua orelha?” e a lhe dar os pêsames e abraçá-lo quando estiver triste pela morte do pai. E isso sem fazer com que eu seja menos espiritual, menos santo ou menos consagrado.
(Francisco Nunes, 20.12.04, publicado originalmente em 15.11.07, atualizado e republicado em 3.12.15. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)
Cultive o hábito de falar com Deus em voz alta. Talvez não sempre, porque nossos desejos são freqüentemente muito sagrados ou profundos para serem colocados em palavras. Mas é bom adquirir o hábito de falar com Deus como a um amigo presente ao sentar-se em casa ou andando pelo caminho. Busque o hábito de conversar sobre coisas com Deus: cartas, seus planos, suas esperanças, seus erros, suas lágrimas e pecados. As coisas parecem muito diferentes quando trazidas à calma luz de Sua presença.
(Frederick Brotherton Meyer)
Qualquer homem pode cantar durante o dia. É fácil cantar quando podemos ler as notas à luz do dia; mas é um cantor habilidoso o que pode cantar quando não há um raio de luz pelo qual se lê. Canções na noite vêm somente de Deus; elas não estão no poder do homem.
(Charles Haddon Spurgeon)
Nós imploramos a misericórdia de Deus, não para que Ele nos deixe em paz em nossos vícios, mas para que nos liberte deles.
(Blaise Pascal)
Deus está à mão quando você aproximar-se dEle em oração. Oh, confortante verdade! Um Deus de perto para ouvir a respiração suave de oração, para ouvir cada confissão de pecado, cada grito de necessidade, para qualquer expressão de tristeza, para cada gemido de consternação, para cada apelo por conselho, força e apoio. Levanta-te, ó minha alma! Dê-se à oração; porque Deus está à mão para ouvir e responder.
(Octavius Winslow)
Eu nasci somente para Deus. Cristo está mais próximo de mim do que pai, ou mãe ou irmã – uma relação próxima, um Amigo mais afeiçoado; e eu me regozijo em segui-Lo e amá-Lo. Bendito Jesus! Tu és tudo o que quero: um precursor para mim em tudo que eu irei passar como cristão, ministro ou missionário.
(Henry Martyn)
Algumas vezes penso que a própria essência de toda a posição cristã e o segredo de uma vida espiritual de êxito estão em reconhecer apenas duas coisas: preciso ter confiança completa e absoluta em Deus e nenhuma confiança em mim mesmo.
(Martyn Lloyd-Jones)
Não há nada que nos faça amar tanto uma pessoa quanto orar por ela.