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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (313)

Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

(Mt 6.26)

Irmãos, é mais fácil falar contra mil pecados de outros do que mortificar um só pecado em nós mesmos.

(John Flavel)

O evangelho não é um anúncio de que Deus relaxou Sua justiça ou baixou o padrão de Sua santidade.

(Arthur W. Pink)

Deus é o Deus que nos liberta das mais escuras e profundas implicações de nosso próprio coração rebelde e nos leva em segurança para o lar.

(Alistair Begg)

Não importa quanto já tenhamos caminhado com Jesus, nós precisamos ouvir novamente: ‘Não ameis o mundo’.

(Kevin DeYoung)

Nossa alma é como o leito de um rio: nós fomos feitos para a água, fomos feitos para que Deus nos encha, e Ele mesmo é nossa água: Ele é a água da vida para nós.

(Stephen Kaung)

Só Deus, por Seu Espírito, faz novas todas as coisas. Só Ele pode restaurar e renovar o homem e o universo. Ele faz isso hoje, ainda que num sentido restrito. Ele o fará completamente, depois, quando Cristo voltar.

(William Hendriksen)

O labor de Paulo no evangelho é um modelo a ser imitado. Ele trabalhava até a exaustão, disposto a ser a libação na oferta a Deus pelas almas ganhas (Fp 2.16,17). Ele tinha uma dívida que nunca poderia saldar, e vivia a sua vida em devoção ao Senhor a quem ele tudo devia (Rm 1.14).

(Norman Crawford)

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Gotas de orvalho (298)

Festas, negócios, prazer e diversões parecem grandes coisas para nós, enquanto não pensamos em outra coisa; mas assim que acrescentamos a morte a elas, todas caem na mesma pequenez.

(William Law)

Não faça seu concerto primeiro e afine seu instrumento depois. Comece o dia com a Palavra de Deus e a oração, e entre antes de tudo em harmonia com Ele.

(Hudson Taylor)

A maioria das pessoas não consegue distinguir entre o que ama e o que deveria amar.

(David de Bruyn)

A oração toma por certa a soberania de Deus. Se Deus não é soberano, não temos certeza de que Ele é capaz de responder às nossas orações. Nossas orações se tornariam nada mais que desejos. Mas, enquanto a soberania de Deus, juntamente com Sua sabedoria e Seu amor, são o fundamento de nossa confiança Nele, a oração é a expressão dessa confiança.

(Jerry Bridges)

Quando eu estava no Tibete, vi um monge budista que viveu por cinco ou seis anos em uma caverna. Quando entrou na caverna, ele tinha uma boa visão. Mas, por ter ficado tanto tempo na escuridão, seus olhos foram ficando cada vez mais fracos e, por fim, ele ficou cego. É a mesma coisa conosco. Se não usarmos as bênçãos que recebemos de Deus para Sua glória, corremos o risco de perdê-las para sempre.

(Sundar Singh)

Cem pessoas religiosas unidas por organizações cuidadosas constituem uma igreja tanto quanto onze homens mortos formam um time de futebol. O primeiro requisito é a vida, sempre.

(A. W. Tozer)

Uma das marcas especiais do Espírito Santo na Igreja Apostólica foi o espírito de ousadia.

(A. B. Simpson)

Eu sou o Senhor; este é o Meu nome; a Minha glória, pois, a outrem não darei, nem o Meu louvor às imagens de escultura.

(Is 42.8)

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Gotas de orvalho (251)

Quando a intercessão mútua toma o lugar da acusação mútua, logo as diferenças e as dificuldades dos irmãos são vencidas.

(Robert Cleaver Chapman)

O Senhor usa aquele que Lhe apraz para realizar o trabalho, não havendo, entre os remidos de Cristo, divisão entre ordenados e não ordenados.

(Basil Willey)

Que Deus me ajude sempre a falar-vos com clareza. Mesmo a vida daqueles que vivem mais anos é, na verdade, curta. No entanto, essa vida curta que Deus nos deu é suficiente para que busquemos o arrependimento e a conversão, pois logo, muito logo, ela passará. Cada dia que passa é como um passo a mais em direção ao trono do juízo eterno. Nenhum de vós permanece imutável; talvez estejais dormindo; não importa, pois a maré do tempo que passa vos está levando para mais perto da morte, do juízo e da eternidade.

(Robert Murray Mc’Cheyne)

Nenhuma gota do sangue de Cristo foi vertida em vão por aqueles por quem Ele morreu.

(Steven Lawson)

Acho diariamente que os homens preferem sofrer alguma medida de servidão nas coisas da religião do que residir na responsabilidade individual diante de Deus por toda ação, todo pensamento e toda afeição.

(Anthony Norris Groves)

Tememos muito os homens, porque tememos muito pouco a Deus.

(William Gurnall)

Ensina-me, Senhor, o Teu caminho,
e andarei na Tua verdade;
une o meu coração
ao temor do Teu nome.

(Sl 86.11)

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Gotas de orvalho (239)

Tenho muito mais medo da frieza e da formalidade daqueles que se dizem cristãos do que das palestras e discursos dos ateus! Uma reunião de oração como aquela do dia de Pentecostes abalaria permanentemente os ateus e agnósticos do mundo inteiro!

(D. L. Moody)

Crente, reivindique pela fé como propriedades suas a morte e a vida de Jesus. Entre na sepultura e descanse do ego e das suas obras – o repouso de Deus. Com Cristo, que entregou Seu espírito nas mãos de Deus, humilhe-se e desça cada dia para aquela perfeita insuficiência própria e para a dependência de Deus. Deus o levantará e o exaltará. Desça cada manhã para a suficiência profunda da sepultura de Jesus; a cada dia a vida de Jesus se manifestará em você.

(Andrew Murray)

Aquele que não crê que a Bíblia é a Palavra de Deus deve ser encorajado a estudá-la. Anteriormente eu também duvidava que fosse a Palavra de Deus, mas hoje a firme confiança que tenho veio mais do estudo da própria Bíblia do que de qualquer outra fonte. Aqueles que duvidam são geralmente os que estudam sobre a Bíblia e não os que investigam e buscam dentro dos próprios ensinamentos da Bíblia.

(R. A. Torrey)

Precisamos entender que a finalidade da oração em secreto não é meramente entregar para Deus uma lista de pedidos. É verdade que “a oração muda as coisas”? Definitivamente, sim; contudo, antes de tudo ela muda as pessoas. No caso de Ana, por exemplo, a oração não apenas removeu seu opróbrio, mas transformou a própria vida: de estéril tornou-se fértil; de espírito em luto, passou a regozijar-se (1Sm 1.10; 2.1). A oração converteu seu “pranto em folguedos” (Sl 30.11).

(Leonard Ravenhill)

Ó Tu que vieste do Alto
Repartir o puro fogo celestial,
Acende uma chama de amor sagrado
No altar indigno do meu coração.

Faze-o queimar ali para a Tua glória
Com brilho inextinguível;
E retornar trêmula para sua origem
Em humilde oração e fervoroso louvor.

(Charles Wesley)

Não extingais o Espírito.

(1Ts 5.19)

Que visão maravilhosa do amor do Espírito, como Autor de oração! Quantas vezes a culpa nos faz andar cabisbaixos, a alma coberta com a vergonhosa sensação de miséria e indignidade! Essa percepção de destituição impede o crente de buscar ajuda, assim como a penúria, os trapos imundos e a repugnância do mendigo o fazem se afastar da porta onde poderia receber alívio. É precisamente nesta hora que o bendito Espírito, com toda a Sua graça e ternura, vem e revela Jesus ao coração como Aquele que preenche tudo e que oferece pleno e livre acesso a Deus e intimidade com Ele.

(Octavius Winslow)

 

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Gotas de orvalho (219)

À parte do Espírito, a Bíblia não pode vivificar, nem santificar, nem confortar. Ela pode ser lida constantemente, e pesquisada profundamente, e conhecida acuradamente, e compreendida parcialmente, e citada apropriadamente. No entanto, deixada a seu próprio poder não assistido, ela tem apenas palavras, não produzindo resultados santos, nem permanentes, nem de salvação. Desacompanhada do poder do Espírito Santo, a Bíblia é inativa e inoperante ― uma mera letra morta! Tudo o que sabemos espiritualmente a respeito de nós mesmos, de Deus, de Jesus, de Sua Palavra devemos ao ensino sobrenatural do Espírito Santo. Toda luz verdadeira, santificação verdadeira, força verdadeira e todo conforto verdadeiro que temos em nosso caminho para a glória devemos atribuir ao Espírito Santo.

(Otávio Winslow)

Quando Cristo se revela, há satisfação mesmo na porção mais mirrada, e, sem Cristo, há vazio na maior plenitude.

(Alexander Grosse)

Constância no crer não exclui todas as tentações exteriores. Quando dizemos que uma árvore está firmemente enraizada, não estamos dizendo que o vento nunca sopra sobre ela.

(John Owen)

Não vos desvieis de seguir ao Senhor,
mas servi ao Senhor com todo o vosso coração.
E não vos desvieis;
pois seguiríeis as vaidades,
que nada aproveitam,
e tampouco vos livrarão, porque vaidades são.
Pois o Senhor,
por causa do Seu grande nome,
não desamparará o Seu povo,
porque aprouve ao Senhor fazer-vos o Seu povo.
[…]
Tão-somente temei ao Senhor,
e servi-O fielmente com todo o vosso coração;
porque vede quão grandiosas coisas vos fez.

(1Sm 12.20b-22,24)

Algumas pessoas não têm noção da vileza de seu pecado, e nenhuma percepção da infinita e santa oposição de Deus a ele. Elas acham que Deus não tem padrões mais altos do que os delas. Então, elas se dão bem com Ele e sentem uma espécie de amor por Ele, mas elas estão amando um Deus imaginário, não o Deus real! Há outras cujo amor-próprio produz uma espécie de amor a Deus simplesmente por causa das bênçãos materiais que receberam de Sua providência. Não há nada de louvável nisso também. O amor-próprio pode produzir uma gratidão meramente natural a Deus. Isso acontece por causa de idéias erradas sobre Deus, como se Ele fosse só amor e misericórdia, e nenhuma justiça vingadora, ou como se Deus fosse obrigado a amar uma pessoa por causa da dignidade dela. Por esses motivos, os homens podem amar um Deus de sua própria imaginação, quando não têm amor algum pelo verdadeiro Deus.

(Jonathan Edwards)

Deus nunca se apressa. Não há prazos contra os quais Ele deva trabalhar. Saber isso é suficiente para acalmar nosso espírito e relaxar nossos nervos.

(A. W. Tozer)

Nós devemos crer que Deus é capaz de fazer o que Ele quiser, é sábio para fazer o que é melhor, e é bom, de acordo com Sua promessa, para fazer o que é melhor para nós, se nós O amamos e O servimos.

(Matthew Henry)

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Gotas de orvalho (211)

Deus desperta Seu povo!

Um homem finge em vão que será um mártir por sua fé quando, ao mesmo tempo, não rege um apetite seu, nem restringe uma concupiscência, nem subjuga uma paixão, nem crucifica a cobiça e a ambição por causa dela e pela esperança daquela vida eterna “que Deus, que não pode mentir, prometeu”. Aquele que se recusa a fazer o mínimo não está disposto a fazer o máximo. É muito improvável que um homem morra por sua fé quando não pode ser persuadido a viver de acordo com ela. Aquele que não pode tomar a decisão de viver como um santo tem dentro de si a demonstração de que nunca morrerá como um mártir.

(John Tillotson)

A oração é um sincero e afetuoso derramar da alma para Deus, por intermédio de Cristo, na força e na assistência do Espírito, por aquelas coisas que Deus prometeu em Sua Palavra. A oração abre o coração a Deus, e é o meio pelo qual a alma, embora vazia, está cheia da graça de Deus.

(John Bunyan)

Os homens perecem com pecados sussurrantes, não com pecados silenciosos, pecados que nunca dizem à consciência que são pecados, tão freqüentemente quanto com pecados que imploram; e no inferno encontraremos tantos homens que nunca pensaram o que era pecado, pois gastaram todos os seus pensamentos na inclinação do pecado.

(John Donne)

Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.

(Is 55.7)

Conceda que eu nunca estenda uma Escritura símile além da verdadeira intenção dela, para que, em vez de sugar leite, eu arranque sangue dela.

(Thomas Fuller)

A discussão sobre a oração é tão grande que requer que o Pai a revele, que Sua Palavra primogênita a ensine e o Espírito nos capacite a pensar e a falar corretamente de um assunto tão vasto.

(Orígenes)

Cristo é o mestre; as Escrituras são apenas o servo.

(Martinho Lutero)

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Gotas de orvalho (206)

Deus desperta Seu povo!

A fé é para a alma o que a vida é para o corpo. A oração é para a fé o que a respiração é para o corpo. Como uma pessoa pode viver e não respirar está além de minha compreensão, e como uma pessoa pode crer e não orar está além de minha compreensão também.

(J. C. Ryle)

Tentar a Deus é o exato oposto da fé. A fé é estabelecer completamente os alicerces de todo o homem sobre o que Deus disse e fez, sobre Sua auto-revelação. Tentar a Deus significa tentar obter mais segurança do que a que Deus deu.

(Lesslie Newbigin)

O Espírito Santo é o administrador da graça de Deus. Sem a operação graciosa do Espírito Santo na conversão, nenhum pecador jamais se tornaria beneficiário da graça salvadora. O bendito Espírito vivifica todos aqueles a quem o Pai escolheu na eternidade passada, leva a Jesus todas as ovelhas por quem o querido Pastor deu a vida, conquista os corações mais resistentes, purifica o mais maligno leproso espiritual, abre os olhos cegos pelo pecado e desimpede os ouvidos fechados pelo pecado!
A redenção foi efetivamente cumprida a favor dos eleitos de Deus por Cristo no Calvário, e ela é efetivamente aplicada a todos os redimidos pelo Espírito Santo no chamamento eficaz.
O Espírito aplica a obra de redenção de Cristo ao chamar, convencer, regenerar, santificar e fazer preservar todos por quem Cristo morreu.
Todos os que Deus escolheu em Cristo são efetivamente atraídos pelo Espírito para Cristo.
Todos os predestinados a serem salvos são chamados pelo Espírito no tempo, justificados no tempo e serão glorificados na eternidade, quando o tempo não mais existir!

(C. D. Cole)

Assim falou o Senhor dos Exércitos, dizendo: Executai juízo verdadeiro, mostrai piedade e misericórdia cada um para com seu irmão. E não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu irmão.

(Zc 7.9,10)

A doutrina da onipresença de Deus nos enche, apropriadamente, de admiração.
Além disso, essa doutrina também se mostra reconfortante. Podemos estar sempre certos da atenção não dividida de Deus. Nós nunca precisamos ficar na fila ou marcar um horário para estar com Deus. Quando estamos na presença de Deus, Ele não está preocupado com eventos do outro lado do mundo.
A doutrina, é claro, não é de modo algum reconfortante para o incrédulo. Não há lugar para [ele] se esconder de Deus!
Não há canto do universo onde Deus não esteja. Os perversos no Inferno não estão separados de Deus — apenas de Sua benevolência. Sua ira está com eles constantemente.
Para o incrédulo, a doutrina destaca o fato de que as pessoas não podem se esconder de Deus. Os pecados delas são cometidos na presença de Deus. Como Adão, elas procuram se esconder. No entanto, não há nenhum canto do universo que o olhar de Deus, seja em amor ou ira, não alcança.
A onipresença de Deus é um conforto para o crente e um terror para o incrédulo!

(R. C. Sproul)

Viva como se Cristo tivesse morrido ontem, ressuscitado hoje e voltasse amanhã.

(Theodore Epp)

O cristianismo não é simplesmente crer no Senhor Jesus, mas é ter comunhão e caminhar com Ele, falando com Ele e ouvindo-O.

(Bakht Singh)

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Gotas de Orvalho (152)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

O cientista moderno perdeu Deus no meio das maravilhas deste mundo; nós, os cristãos, estamos em verdadeiro perigo de perder Deus no meio das maravilhas de Sua Palavra.

(A. W. Tozer)

Se você vai caminhar com Jesus Cristo, você vai estar contra todo o mundo e contra a grande maioria dos evangélicos também.

(Paul Washer)

A pessoa que nunca medita sobre a glória de Cristo nas Escrituras agora não terá qualquer desejo real de ver a glória no céu.

(John Owen)

Não há doutrina mais excelente em si ou mais necessária para ser pregada e estudada do que a doutrina de Cristo, e este crucificado.

(John Flavel)

A fé é o que vence o mundo; ela faz nossas todas as promessas de Deus.

(Jeremias Burroughs)

O verdadeiro deus de seu coração é para onde seus pensamentos vão sem esforço quando não há mais nada exigindo sua atenção.

(Tim Keller)

Nada obterá mais sucesso em dividir a igreja do que o amor ao poder.

(Crisóstomo)

Há igrejas que se encontram tão completamente afastadas da mão de Deus que, se o Espírito Santo se afastasse delas, elas não perceberiam isso durante muitos meses.

(A. W. Tozer)

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Gotas de Orvalho (120)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

O Espírito Santo é o único que torna real em sua vida tudo o que Jesus fez por você.

(Oswald Chambers)

Assim como toda a Palavra de Deus é dada por Seu Espírito, assim também cada palavra dela precisa ser-nos interpretada pelo mesmo Espírito.

(Andrew Murray)

O fruto do Espírito não é emocionalismo nem ortodoxia: é caráter.

(G. B. Duncan)

Sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada, a não ser acrescentar pecado sobre pecado.

(John Wesley)

A compreensão adequada das Escrituras só ocorre por meio do Espírito Santo.

(Martinho Lutero)

Se de fato o Espírito Santo nos guia, Ele o faz de acordo com as Escrituras, nunca de maneira contrária a elas.

(George Muller)

Grande parte de seu trabalho de oração deve ser implorar ao Todo-Poderoso que lhe dê medida maior do Espírito Santo.

(Walter Chantry)

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Encorajamento Espírito Santo James Smith Vida cristã

O Espírito vivificador (James Smith)

O Espírito dá vida!

“O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita” (Jo 6.63).

Toda a verdadeira religião1 começa com a vivificação do Espírito. Quando experimentamos isso…
começamos a desejar coisas espirituais,
abrimos os olhos para um mundo novo,
nos tornamos famintos e sedentos de justiça,
e, por fim, provamos que o Senhor é bom.

Temos, então…
novos pensamentos,
novos desejos,
novas esperanças,
novos temores,
novas alegrias e
novas dores.

Os olhos estão fixos em Cristo,
o coração segue Cristo e
o principal desejo da alma é ser como Cristo.

O Espírito não nos vivifica só no início, mas por toda a vida precisamos e somos dependentes da vivificação do Espírito. Ele nos vivifica a orar, e Ele nos vivifica em oração. É Seu vivificar que coloca…
vida em nossas ações de graças,
energia em nossas orações,
confiança em nossas expectativas e
nos permite resistir a Satanás, firmes na fé.

Se Seu poder vivificador é retido, rapidamente nos tornamos maçantes, frios, sem vida e inativos! Não temos…
nenhum poder na oração,
nenhum prazer em ordenanças,
nenhuma liberdade em falar aos santos2,
nenhum proveito ao ler a Palavra de Deus.

Todo dever se torna uma tarefa,
cada privilégio torna-se um fardo e
cada cruz parece insuportável!

Enquanto estamos sob a operação vivificadora do Espírito, podemos fazer todas as coisas. Mas, sem Seu vivificar, não podemos fazer nada.

Freqüentemente, muito freqüentemente, temos de clamar por amarga experiência: “A minha alma está pegado ao pó; vivifica-me segundo a Tua palavra!” (Sl 119.25).

“Espírito vivificador, vivifica minha alma todos os dias!”

Notas

1 Smith, assim como muitos autores do passado (Andrew Murray e Tozer, por exemplo), usa a palavra religião em um sentido positivo, significando relacionamento com Deus. Pode ser entendida como vida cristã. (N. do T.)

2 Isto é, os cristãos, os irmãos com quem nos reunimos. (N. do T.)


(Traduzido por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria e de tradução e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Citações Deus Encorajamento Espírito Santo Vida cristã Watchman Nee

Presença de Deus (Watchman Nee)

A razão pela qual muitos cristãos não experimentam o poder do Espírito é que lhes falta reverência para com Ele. E falta-lhes reverência porque os olhos deles não foram abertos para o solene fato da presença divina habitando em nós. O fato é incontestável, porém eles ainda não se deram conta disso. Por que alguns filhos de Deus levam uma vida vitoriosa, enquanto outros se encontram em um estado de constante derrota? A diferença não se deve à presença ou ausência do Espírito (pois Ele habita em todo filho de Deus), mas a isto: alguns sabem que Ele habita em nós, e outros, não; e, consequentemente, alguns reconhecem a autoridade de Deus sobre sua vida, enquanto outros continuam sendo seus próprios mestres. Descobrir que seu coração é a habitação de Deus será uma revolução na vida de qualquer cristão.
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Espírito Santo Martin Lloyd-Jones Santidade Vida cristã

Mortificando o pecado pelo Espírito Santo (D. M. Lloyd Jones)

“Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Romanos 8.12-13).

 

A santificação é um processo em que o próprio homem desempenha uma parte. Nessa parte, o homem é chamado a fazer algo “pelo Espírito”, que está nele. Consideraremos agora o que exatamente o homem tem de fazer. A exortação é esta: “Se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo”. O crente é chamado a mortificar os feitos do corpo.

Temos, primeiramente, de abordar a palavra corpo, que se refere ao nosso corpo físico, nossa estrutura física, conforme vemos também no versículo 10. A palavra não significa “carne”. Até o grande Dr. John Owen se enganou neste ponto e trata a palavra como uma alusão à “carne” e não ao “corpo”. Mas o apóstolo, que antes falara tanto a respeito de “carne”, agora fala sobre o “corpo”. Ele fez isso no versículos 10 e 11, assim como o fizera no versículo 12 do capítulo 6. Paulo se referia a este corpo físico em que o pecado ainda permanece e que um dia será ressuscitado em “incorruptibilidade” e glorificado, para tornar-se semelhante ao corpo glorificado de nosso bendito Senhor e Salvador.

Enfatizo novamente que temos de ser claros neste assunto, porque está sujeito a ser mal entendido. O ensino não é que o corpo humano ou a matéria são inerentemente pecaminosos. Já houve heréticos que ensinaram esse erro conhecido como dualismo. Ao contrário disso, o Novo Testamento ensina que o homem foi criado bom tanto em corpo, alma e espírito. Não ensina que a matéria é sempre má e que, por essa razão, o corpo é sempre mau. Houve um tempo em que o corpo era… totalmente livre do pecado. Mas, quando o homem caiu e pecou, todo o seu ser caiu, e ele se tornou pecaminoso no corpo, mente e espírito.

Temos visto que pelo novo nascimento o espírito do homem é liberto. Ele recebe vida nova — “O espírito é vida, por causa da justiça” (Rm 8.10). Mas o corpo ainda “está morto por causa do pecado”. Esse é o ensino do Novo Testamento! Em outras palavras, embora o crente seja regenerado, ainda permanece em um corpo mortal. Por isso enfrentamos problemas para viver a vida cristã, visto que temos de lutar contra o pecado enquanto estivermos neste mundo, pois o corpo é fonte e instrumento de pecado e corrupção. Nossos corpos ainda não foram redimidos. Eles o serão, mas agora o pecado ainda permanece neles.

Conforme vimos, o apóstolo deixa isso bem claro. Em 1 Coríntios 9.27, ele disse: “Esmurro o meu corpo” (1 Coríntios 9.27), porque o corpo nos impele a obras más. Isso não significa que os instintos do corpo são em si mesmos pecaminosos. Os instintos são naturais e normais, não sendo, inerentemente, pecaminosos. Mas o pecado que permanece em nós está sempre tentando levar os instintos naturais a direções erradas. O pecado tenta levá-los a “afeições imoderadas”, a exagerá-los; tenta fazer-nos comer demais, satisfazer em excesso todos os nossos instintos, de modo que se tornem “imoderados”. Vendo esse assunto de outro ângulo, esse princípio pecaminoso tenta impedir-nos de dar atenção ao processo de disciplina e autocontrole ao qual somos constantemente chamados nas páginas das Escrituras. O pecado remanescente no corpo tende a agir dessa maneira. Por isso, o apóstolo fala sobre os “feitos do corpo”. O pecado tenta tornar o natural e normal em algo pecaminoso e mau.

O termo “mortificar” explica-se a si mesmo. “Mortificar” significa matar, trazer à morte… logo, a exortação diz que temos de matar, por um fim nos “feitos do corpo”. De uma perspectiva prática, esta é a grande exortação do Novo Testamento em conexão com a santificação e se dirige a todos os crentes.

Como devemos fazer isso?… O apóstolo esclarece: “Se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo” — pelo Espírito! É claro que o Espírito é mencionado particularmente porque a sua presença e sua obra são características peculiares do verdadeiro cristianismo. Isto é o que diferencia o cristianismo da moralidade, do “legalismo” e do falso puritanismo — “pelo Espírito”. O Espírito Santo, conforme já vimos, está em nós crentes. Você não pode ser um crente sem o Espírito Santo. Se você é um crente, o Espírito Santo de Deus está em você, agindo em você. Ele nos capacita, nos dá forças e poder. Ele nos traz a grande salvação que o Senhor Jesus Cristo realizou, capacitando-nos a desenvolvê-la. Portanto, o crente nunca deve se queixar de falta de capacidade e poder. Se o crente diz: “Eu não posso fazer isso”, está negando as Escrituras. Aquele que é habitado pelo Espírito Santo nunca deve proferir tais palavras; fazê-lo significa negar a verdade a respeito dele mesmo.

Conforme disse o apóstolo João, o crente é alguém que pode dizer: “Temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça” (Jo 1.16). No capítulo 15 de seu evangelho, João descreve os cristãos como ramos da Videira Verdadeira. Por isso, nunca devemos afirmar que não temos poder. Certamente, o Diabo está ativo no mundo e tem grande poder; contudo, “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 Jo 4.4). Ou considere novamente aquela importante declaração feita em 1 João 5.18-19: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado”. A expressão “não vive em pecado” expressa uma ação contínua no presente, e o sentido é este: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando”. Por que não? Porque “Aquele que nasceu de Deus” — ou seja, o Senhor Jesus Cristo — “o guarda, e o Maligno não lhe toca”.

João afirmou que isso é verdade em relação a todos os crentes. O crente não vive no pecado porque Cristo está vivendo nele, e o Maligno não pode tocar-lhe. Isso significa não somente que o Maligno não exerce controle sobre o crente, mas também que o Maligno não pode nem mesmo tocar-lhe. O crente não está sobre o poder do Maligno. E, para incutir isso no crente, João afirmou em seguida: “Sabemos que somos de Deus”; e quanto ao mundo: “O mundo inteiro jaz no Maligno” (1 Jo 5.19). O mundo está nos braços e domínio do Maligno, que o controla… O Diabo tem completamente em suas mãos e controle o mundo e os homens que pertencem ao mundo, os quais são suas vítimas indefesas. Não há sentido em dizer a tais pessoas que mortifiquem “os feitos do corpo”; elas não podem fazer isso, porque estão sob o poder do Diabo. Mas a situação do crente é outra; ele pertence a Deus e o Maligno não lhe pode tocar. O Diabo pode rugir para o crente e amedrontá-lo ocasionalmente, mas não pode tocar-lhe e, muito menos, controlá-lo.

Essas são afirmações típicas que o Novo Testamento faz a respeito do crente. E, quando compreendemos que o Espírito está em nós, experimentamos o seu poder. Somos chamados a usar e exercitar o poder que está em nós pela habitação do Espírito Santo. “Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito” — que habita em vós —, “mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.” A exortação diz que devemos exercitaro poder que está em nós “pelo Espírito”. O Espírito é poder e está habitando em nós. Por isso, somos instados a exercer o poder que está em nós.

Mas, como isso se realiza na prática?… Para começar, temos de entender nossa posição espiritual, pois muitos de nossos problemas se devem ao fato de que não compreendemos e não recordamos quem e o que somos como crentes. Muitos se queixam de que não têm poder e de que não sabem fazer isto ou aquilo. O que precisamos dizer-lhes não é que eles são absolutamente incapazes e que devem desistir. Pelo contrário, todos os crentes precisam ouvir estas palavras de 2 Pedro 1.2-4: “Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Tudo que “conduz à vida e piedade” nos foi dado por meio do “conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. E, outra vez: “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas [por meio dessas mui grandes e preciosas promessas] vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”.

Apesar disso, há crentes que lamentam e se queixam de não terem forças. A respostas para esses crentes é esta: “Todas as coisas que dizem respeito à vida e à piedade lhes foram dadas. Parem de lamentar, murmurar e queixar-se. Levantem-se e usem o que está em vocês. Se vocês são crentes, o poder está em vocês pelo Espírito Santo. Você não estão desamparados”. Todavia, o apóstolo Pedro não parou ali. Ele disse também: “Aquele a quem estas coisas não estão presentes” — em outras palavras, o homem que não faz as coisas sobre as quais foi exortado — “é cego, vendo só o que está perto” (2 Pe 1.9). Ele tem uma visão curta, havendo “esquecido da purificação dos seus pecados de outrora”. Não possui uma visão verdadeira da vida cristã. Está falando e vivendo como se fosse uma pessoa não-regenerada. Ele diz: “Não posso continuar sendo cristão; é demais para mim”. Pedro exorta esse homem a compreender a verdade a respeito de si mesmo. Precisa ser despertado, ter seus olhos abertos e sua memória refrescada. Ele precisa se animar e fazer, em vez de lamentar as suas imperfeições.

Além disso, temos de compreender que, se somos culpado de pecado, entristecemos o Espírito Santo de Deus, que está em nós. Pecamos a todo momento. O fato deveras grave não é o de que pecamos e nos tornamos infelizes, e sim o de que entristecemos o Espírito de Deus que habita em nosso corpo. Quão frequentemente pensamos nisso? Acho que, ao falarem comigo a respeito desse assunto, as pessoas sempre falam sobre si mesmas — “meu erro”. “Estou sempre caindo nesse pecado.” “Este pecado está me desanimando.” Falam completamente a respeito de si mesmas. Não falam sobre o seu relacionamento com o Espírito Santo. E, por essa razão: o homem que compreende que o maior problema de sua vida pecaminosa é o fato de que está entristecendo o Espírito Santo, esse homem para de fazer isso imediatamente. No momento que o crente percebe que esse é o seu verdadeiro problema, ele lida com esse problema. Não se preocupa mais com seus próprios sentimos. Quando o crente compreende que está entristecendo o Espírito Santo de Deus, ele age imediatamente.

Outra consideração importante sobre este tema geral é o fato de que temos sempre de fixar-nos no alvo crucial. Pedro enfatizou isso no mesmo capítulo da sua epístola: “Procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.10-11). Se vocês fizerem o que exorto-os a fazer, ele disse, a morte, quando lhes chegar, será algo maravilhoso. Você não somente entrarão no reino de Deus; antes, terão uma entrada ampla. Haverá um desfile triunfante; os portões do céu serão abertos, e haverá grande regozijo. Pedro não estava se referindo à nossa salvação presente, e sim à nossa glorificação final, à nossa entrada nos “tabernáculos eternos” (Lc 16.9).

Portanto, temos de manter os olhos fixos nesse alvo. Nosso maior problema é que sempre estamos olhando para nós mesmos e para o mundo. Se pensarmos mais e mais sobre nós mesmos como peregrinos da eternidade (o que, de fato, somos), todo o nosso viver será transformado. Paulo afirmou isso no versículo 11 deste capítulo. Mantenham seus olhos nisso, eles disse em outras palavras; mantenham seus olhos no alvo. João disse a mesma coisa: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 Jo 3.2-3). A causa de muitos de nossos problemas, como crentes, é que vivemos demais para este mundo. Persistimos em esquecer que somos apenas “peregrinos e forasteiros” neste mundo. Pertencemos ao céu; nossa pátria está no céu (Fp 3.20), e estamos indo para lá. Se apenas mantivéssemos isso diante de nossa mente, o problema de nossa luta contra o pecado assumiria um aspecto diferente…

Devemos nos mover agora do geral para o específico, relembrando-nos de que tudo é feito “pelo Espírito”, com uma mente iluminada por Ele. O que temos de fazer especificamente? O ensino do apóstolo pode ser considerado sob dois aspectos: direto e negativo, indireto e positivo.

No aspecto direto ou negativo, a primeira coisa que o crente tem de fazer é abster-se do pecado. É bem simples e direto! Pedro disse: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pe 2.11). Esse é um ensino bastante claro. Aqui não há qualquer sugestão de que somos incapazes, temos de desistir da luta e entregar tudo ao Senhor ressuscitado. Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes…” — parem de fazer isso, parem imediatamente, não o façam mais! Vocês precisam se abster totalmente desses pecados, essas “paixões carnais, que fazem guerra contra a alma”. Vocês não têm o direito de dizer: “Sou fraco, não posso; as tentações são poderosas”.

A resposta do Novo Testamento é: “Parem de fazer isso”. Vocês não precisam de hospital e de um tratamento médico; precisam recompor-se e compreender que são “peregrinos e forasteiros”. “Exorto-vos… a vos absterdes.” Vocês não têm qualquer negócio com essas coisas. Lembrem outra vez o ensino de Efésios 4: “Aquele que furtava não furte mais… Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”. Não haja em vocês nenhuma dessas conversas ou gracejos tolos! Não façam isso! Abstenham-se! É tão simples e claro como estas palavras: parem de fazer isso!

Em segundo lugar, de modo específico, citando outra vez as palavras do apóstolo em Efésios: “Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha” (Ef 5.11-12). Observe o que ele disse: “Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas”. Vocês não devem apenas abster-se dessas coisas, mas também não ter comunhão com pessoas que fazem essas coisas ou têm esse modo de vida. “Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” O princípio governante de sua deve ser o não associar-se com pessoas desse tipo. Fazer isso é ruim para você e lhe será prejudicial… Não devemos ter qualquer comunhão com o mal; antes, precisamos fugir dele e manter-nos tão distantes quanto pudermos.

Outro termo é “esmurrar” (1 Co 9.27). “Esmurro o meu corpo”, disse o apóstolo. “Todo atleta” — ou seja, aquele que compete nas corridas — em tudo se domina”. As pessoas que passam por treinos visando as grandes competições atléticas são bastante cuidadosas quanto à sua dieta; param de fumar e ingerem bebidas alcoólicas. Quão cuidadosos eles são! E fazem tudo isso porque desejam ganhar o prêmio! Se eles faziam isso, disse Paulo, por causa de coisas corruptíveis, quanto mais devemos disciplinar-nos a nós mesmos… O corpo tem de ser “esmurrado”. Nas palavras de nosso Senhor registradas em Lucas 21.34, há uma sugestão a respeito de como isso deve ser feito. Ele disse: “Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente”. Não coma bem beba demais; não se preocupe excessivamente com as coisas deste mundo. Coma o suficiente e o alimento correto; mas não se torne culpado de “excesso”. Se uma pessoas satisfaz em demasia seu corpo, com alimento, bebida ou outra coisa, ele achará mais difícil viver uma vida cristã santificada e mortificar os feitos do corpo. Portanto, evite todos esses obstáculos, pois, do contrário, seu corpo se tornará indolente, pesado, moroso e lânguido. Há uma intimidade tão grande entre o corpo, a mente e o espírito, que achará grande problema em seu conflito espiritual. “Esmurre o corpo.”

Outra máxima usada pelo apóstolo, na Epístola aos Romanos, se acha no capítulo 13: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (v. 14). Se querem mortificar os feitos do corpo, “nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”. O que isso significa? Em Salmos 1, achamos um discernimento claro quanto ao significado dessas palavras do apóstolo. Eis a prescrição: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores” (Sl 1.1). Se vocês querem viver esta vida piedosa e mortificar os feitos do corpo, não gastem tempo permanecendo nas esquinas das ruas, porque, se fizerem isso, provavelmente cairão em pecado. Se permanecerem no lugar por onde o pecado talvez passará, não se surpreendam se voltarem para casa em tristeza e infelicidade, porque caíram no pecado. Não se detenham no “caminho dos pecadores”. E, menos ainda, devem vocês assentar-se “na roda dos escarnecedores”. Se permanecerem em tais lugares, não haverá surpresa em caírem no pecado. Se vocês sabem que certas pessoas lhes são má influencia, evitem-nas, fujam delas. Talvez vocês digam: “Eu me ajunto com elas para ajudá-las, mas percebo que, todas as vezes, elas me levam ao pecado”. Se isso é verdade, não estão em condições de ajudá-las…

No livro de Jó, o homem sábio disse: “Fiz aliança com meus olhos” (Jó 31.1). Era como se dissesse: “Olhem diretamente, não olhem para a direita ou para a direita. Cuidem de seus olhos propensos a vaguear, esses olhos que se movem quase automaticamente e veem coisas que iludem e induzem ao pecado”. “Faça uma aliança com os seus olhos”, declara esse homem. Concorde em não olhar para coisas que tendem a levá-lo ao pecado. Se isso era importante naqueles dias, é muito mais importante em nossos dias, quando temos jornais, cinemas, outdoors, televisão e assim por diante! Se há uma época em que os homens precisam fazer aliança com seus olhos, esta época é agora. Tenham cuidado com o que leem. Certos jornais, livros e diários, se os lerem, eles lhes serão prejudiciais. Vocês devem evitar tudo que lhes prejudica e diminui sua resistência. Não olhem na direção dessas coisas; não queira nada com elas… Na Palavra de Deus, vocês são instruídos a mortificar “os feitos do corpo” e não satisfazer “a carne no tocante às suas concupiscências”. Agradeça a Deus pelo evangelho poderoso. Agradeça a Deus pelo evangelho que nos diz que agora somos seres responsáveis em Cristo e que nos exorta a agir de um modo que glorifica o Salvador. Portanto, “nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”.

Meu próximo assunto é sobremodo importante: enfrentem as primeiras movimentações e impulsos do pecado em vocês; combatam-nos logo que aparecerem. Se não fizerem isso, estão arruinados. Vocês cairão, conforme somos ensinados na epístola de Tiago: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”. O primeira moção do pecado é um encantamento, um leve incitação de cobiça e sedução. Esse é o momento em que temos de lidar com o pecado. Se deixarem de enfrentar o pecado nesse estágio, ele os vencerá. Cortem o mal pela raiz. Ataquem-no de imediato. Nunca lhes permitam qualquer avanço. Não o aceitem de maneia alguma. Talvez sintam-se inclinados a dizer: “Bem, não farei tal coisa”; mas, se aceitam a ideia em sua mente e começam a afagá-la e entretê-la em sua imaginação, vocês já estão derrotados. De acordo com o Senhor, vocês já pecaram. Não precisam realmente cometer o ato; nutri-lo no coração já é o suficiente. Permitir isso no coração significa pecar aos olhos de Deus, que conhece tudo a respeito de nós e vê até o que acontece na imaginação e no coração. Portanto, destruam o mal pela raiz, não tenham qualquer relação com ele, parem-no imediatamente, ao primeiro movimento, antes que comece a acontecer esse processo ímpio descrito por Tiago.

No entanto, lembrem-se de que isto — que será nosso próximo assunto — não significa repressão. Se vocês apenas reprimirem uma tentação ou esse primeiro movimento do pecado, ele provavelmente surgirá novamente com mais vigor. Nesse sentido, concordo com a psicologia moderna. A repressão é sempre má. “Então, o que devo fazer?”, alguém pergunta. Eu respondo: quando sentir aquele primeiro movimento do pecado, erga-se e diga: “Isto é mau; isto é vileza; é aquilo que expulsou do Paraíso os nossos primeiros pais”. Rejeite-o, enfrente-o, denuncie-o, odeie-o pelo que é. Assim, terá lidado realmente com o pecado. Você não deve apenas fazê-lo recuar, com um espírito de temor e de maneira tímida. Traga-o à luz, exponha-o, analise-o e, denuncie-o pelo que ele é, até que o odeie.

Meu último assunto neste tema é que, se você cair no pecado (e quem não cai?), não restaurem a si mesmos de modo superficial e apressado. Leiam 2 Coríntios 7 e considerem o que Paulo disse sobre a “a tristeza segundo Deus” que produz arrependimento. Outra vez, tragam à luz aquilo que fizeram, contemplem-no, analisem-no, exponham-no, denunciem-no, odeiem-no e denunciem a si mesmos. Mas não façam isso de um modo que os atire nas profundezas da depressão e desânimo! Sempre tendemos a ir aos extremos; ou somos muito superficiais ou muito profundos. Não devemos curar superficialmente a ferida (cf. Jr 6.14), mas tampouco devemos lançar-nos no desespero e melancolia, dizendo que tudo está perdido, que não podemos ser crentes, e retornar ao estado de condenação. Isso é igualmente errado. Temos de evitar ambos os extremos. Façam uma avaliação honesta de si mesmos e do que fizeram, condenando totalmente a si mesmos e seu ato; porém compreendam que, confessando-o a Deus, sem qualquer desculpa, “ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). Se vocês fizerem essa obra de maneira superficial, cairão novamente no pecado. E, se vocês se lançarem em um abismo de depressão, hão de sentir-se tão desesperados que cairão em mais e mais pecado. Uma atmosfera de melancolia e fracasso leva a mais fracasso. Não caiam em nenhum desses erros, mas respondam à obra da maneira como o Espírito sempre nos instrui a fazê-la.

 

Extraído de Romans: Na Exposition of Chapter 8:15-17, The Sons of God, p. 132-144, publicado pela Banner of Truth Trust.

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Tradução: Pr. Wellington Ferreira

© Editora FIEL 2009.

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