Uma vez que você se conscientiza de que seu principal negócio aqui é conhecer Deus, muitos dos problemas da vida se encaixam no devido lugar.
(J. I. Packer)
A oração não muda coisas; Deus muda coisas em resposta à oração.
(João Calvino)
O cristianismo é muito simples. Ele diz respeito a ter Cristo. Se você não tem Cristo, não tem nada. E se tem Cristo, você tem tudo.
(John MacArthur)
Nada é mais maravilhoso do que saber que Deus ama você.
(Martin Lloyd-Jones)
Seja cuidadoso com quais livros você lê sobre assuntos religiosos. Muitos livros estão fermentados com doutrinas que espoliam o evangelho.
(J. C. Ryle)
Podemos nunca ser mártires, mas podemos morrer para nós mesmos, para o pecado, para o mundo, para nossos planos e ambições. Este é o significado do batismo: nós morremos com Cristo e ressuscitamos para uma nova vida.
(Vance Havner)
Oh! que grande prazer
inundou o meu ser,
conhecendo esse tão grande amor,
que levou meu Jesus
a sofrer lá na cruz pra salvar um tão pobre pecador.
A cura divina é bíblica ou anti-bíblica? O Senhor é “socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1): isso significa apenas que o cristão deve buscar Dele graça para, pacientemente, suportar aflições? As Escrituras têm muito mais a dizer com relação ao corpo; será uma grande perda se ignorarmos isso.
1. Nossos deveres na enfermidade
É claro para nós que muitos cristãos estão vivendo abaixo de seus privilégios nessa questão. Jeová-Rafah (“o Senhor que te sara” [Êx 15.26]) é, verdadeiramente, um dos Seus títulos tanto quanto Jeová-Tsidkenu (“o Senhor justiça nossa” [Jr 23.6]).
Quais são os deveres e privilégios do cristão quando ele adoece? Primeiro, esforçar-se para determinar a ocasião e a causa de sua enfermidade. É fácil descobrir se a doença advém de ignorar as ordens da prudência comum (Pv 23.21; Gl 6.7,8). Se não conseguimos atribuir nosso atual problema de saúde à negligência física ou à insensatez, então, procuremos identificar a causa moral. “Esquadrinhemos nossos caminhos, e provemo-los” (Lm 3.40), fazendo um esforço honesto para descobrir o que tem entristecido o Espírito (Ef 4.30). É provável que haja algo contrário em mim sobre o que Ele está indicando Sua desaprovação (Mc 7.21-23), e pelo que Ele requer que eu me humilhe (Sl 139.23,24). O ponto de lepra de minha alma que precisa ser purificado pode ser um espírito de egoísmo, a permissão ao orgulho, as obras da vontade própria, as agitações da rebeldia quando a providência divina cruza meu caminho, o exercício da justiça própria.
Se nós temos estabelecido algum ídolo, ele precisa ser lançado fora (1Co 10.14; Sl 32.5);
– se nós temos cedido à lascívia, isso precisa ser mortificado (Cl 3.5);
– se nós tomamos um caminho proibido, ele precisa ser abandonado (Pv 14.12);
– se nós temos intencionalmente deixado um dever, ele precisa ser retomado.
Se temos sido descuidados, então, não devemos nos surpreender se ficarmos acamados por algum tempo. Isso é a fim de que haja tempo para relações estreitas entre a alma e Deus, para que as “coisas ocultas das trevas” sejam trazidas à luz e tratadas fielmente (1Co 4.5).
Algumas aflições são produzidas pelo diabo. Nós lemos em Jó, e de uma mulher “a qual há dezoito anos Satanás a tinha presa” (Lc 13.16). Está escrito: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7) – ao que deve ser adicionado “Ao qual resisti firme na fé” (1Pd 5.9).
Algumas enfermidades físicas são enviadas sobre os santos para seu aperfeiçoamento em vez de correção, para que eles produzam algum fruto espiritual superior (Gl 5.22,23). Portanto, o crente que deseja luz sobre sua situação deve esperar no Senhor para que este lhe mostre por que contende com ele (Jó 10.2).
2. 2Crônicas 7.14
“E se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a Minha face e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”
Alguns podem contestar que tal passagem não é aplicável a nós, pois Deus lidava com Israel de acordo com a Lei, ao passo que lida conosco de acordo com as riquezas da graça. Essa afirmação é completamente anti-bíblica. Manter os requisitos de santidade e exercer misericórdia com respeito ao penitente sempre caracterizou os caminhos de Deus em todas as épocas. O ensino do Novo Testamento nesse assunto é precisamente o mesmo que o do Antigo.
“Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem [que morreram]” (1Co 11.29,30).
Os coríntios eram culpados de transformar a Mesa do Senhor em um banquete carnal. Deus não toleraria tal irreverência. Ele os visitou com um julgamento temporal, punindo-os fisicamente. Portanto, esta passagem é estritamente análoga àquela em 2Crônicas 7.
Porém, tanto na primeira, quanto nesta o remédio é graciosamente revelado: “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” (1Co 11.31). Se os coríntios se condenassem honestamente por sua conduta indecorosa diante de Deus, o julgamento divino seria removido e os muitos enfermos, curados. “Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (v. 32). Deus está nos castigando aqui para que escapemos da dor eterna futuramente.
Ora, em 2Crônicas 7.14 nós encontramos o povo de Deus sendo tratado por seus pecados. Como a libertação seria obtida? Primeiro, eles deveriam “se humilhar”. Isso tem o mesmo significado da expressão “julgar a nós mesmos” em 1Coríntios 11.31. Uma palavra em Levítico 26.41,42 fornecerá a ajuda necessária: “Se então o seu coração incircunciso se humilhar, e então tomarem por bem o castigo da sua iniqüidade, também Eu Me lembrarei da minha aliança”.
Humilharmos a nós mesmos sob a vara de Deus é parar de perguntar: “O que eu fiz para merecer isso?”, é parar de resistir à vara e curvar-se humildemente, reconhecendo que minha conduta vil merece isso. Davi se humilhou quando declarou: “Bem sei eu, ó Senhor, que os Teus juízos são justos, e que segundo a Tua fidelidade me afligiste” (Sl 119.75). Julgar a nós mesmos é tomar posição do lado de Deus contra nós mesmos. Enquanto não o fizermos, a vara não terá completado o efeito para o qual foi designada (Hb 12.11).
“E orar” é a próxima coisa. Nós oramos com um senso mais profundo da santidade divina e de nossa vileza, por um coração contrito e quebrantado (Sl 34.18; 51.17), por fé na misericórdia de Deus, por purificação e restauração para comunhão.
“E buscar a Minha face”. Isso é um passo adicional. Expressa termos ainda mais diligência e fervor. O Onisciente não pode ser enganado por meras palavras. Ele requer uma busca de coração, para que nós tenhamos, de fato, um encontro face a face com Aquele a quem desagradamos. Deus não encobrirá nossos pecados; nós também não deveríamos fazê-lo.
“E se converter dos seus maus caminhos”. Se eles precisam ser libertados do julgamento de Deus, eles devem necessariamente abandonar seus pecados, sem nenhuma reserva secreta, com o firme propósito no coração de não retornar para eles jamais (Sl 85.8). Arrependimento é mais do que lamentar pelo passado. Inclui a resolução de que não haverá repetição no futuro.
“Então, Eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” Aqui está a graciosa promessa: é certo que será ouvido por Deus, o perdão é assegurado e a cura está disponível para ser reivindicada por fé. Deus concederá cura imediata e completa em toda situação? Não; 2Crônicas 7.14 não se compromete nem com a cura imediata nem completa.
Auxílio de médicos e uso de medicamentos
Os homens de Jericó buscaram a Eliseu dizendo: “As águas são más” (2Rs 2.19). E o profeta disse: “‘Trazei-me um prato novo, e ponde nele sal’. E lho trouxeram. Então, saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele e disse: ‘Assim diz o Senhor: Sararei a estas águas; e não haverá mais nelas morte nem esterilidade’” (2Rs 2.20,21).
Deus podia ter curado aquelas águas sem qualquer sal, assim como Ele poderia ter tornado doce as águas amargas de Mara sem ordenar que Moisés lançasse certa árvore nelas (Êx 15.23-35). Às vezes o Senhor se agrada de usar meios (tais como médicos e medicamentos), e, em outros momentos, Ele os dispensa, pois exerce Sua soberania tanta de uma forma como de outra.
A doutrina da soberania torna o assunto mais intrigante, e Deus assim o deve ter planejado. O homem natural quer que tudo lhe seja facilitado. Mas o modo de Deus é manchar o orgulho humano, fazer-nos perceber nossa insuficiência, colocar-nos de joelhos. “Ó minha alma, espera somente em Deus, porque Dele vem a minha esperança” (Sl 62.5). Deus é soberano e não age de modo uniforme. Nós somos agentes responsáveis e dependentes Dele, e portanto não devemos agir nem irracional nem presunçosamente.
Quando sarou a terra de Israel, Deus por vezes usou certos meios; em outros momentos, foi sem o uso de qualquer meio. O mesmo se dá quando Ele cura nosso corpo. A um homem cego Cristo deu visão instantaneamente (Mc 10.46-52), mas, a outro, Ele colocou as mãos nos olhos do homem uma segunda vez antes da completa restauração (8.22-25).
Longe de nós afirmar que todos os que recorrem a médicos e a remédios estão perdendo o melhor do Senhor. Mas é Sua vontade que alguns O glorifiquem “em meio ao fogo” (Is 24.15). Deus enviou um anjo para libertar Pedro da prisão, mas permitiu que Estêvão fosse apedrejado até a morte.
Nós devemos nos apropriar da promessa de 2Crônicas 7.14, humildemente e não presunçosamente. Tendo corrigido qualquer erro diante de Deus, agora implore com Sua Palavra:
“Senhor, eu tenho buscado me humilhar diante de Ti e orar, buscar Tua face e renunciar a meus caminhos iníquos. E Tu me asseguraste que irás me perdoar e me curar. Faz como disseste. Mas, Senhor, eu não conheço Teus pensamentos. É Tua vontade pôr Tua mão restauradora sobre mim neste momento? Caso seja, habilita-me a confiar em Ti de todo o coração. Ou Tu gostarias que eu usasse alguns recursos, como médicos e medicamentos? Sendo assim, faz com que eu conte que Tu os torna eficazes para mim, para que eu confie em Ti e não neles, para que a glória seja toda Tua”.
Dois aspectos da fé
“Seja-vos feito segundo a vossa fé” (Mt 9.29). Deus promete honrar a fé onde quer que Ele a encontre. Mas qual é a fé aqui mencionada? É aquela que descansa sobre a segura Palavra de Deus e é composta por dois elementos principais: submissão e expectativa.
Alguns supõem que submissão – como expressa em: “Todavia não se faça a Minha vontade, mas a Tua” (Lc 22.42) – faz de expectativas reais coisas impossíveis. Mas isso está errado e se deriva de uma concepção equivocada do que consiste a expectativa espiritual. Comecemos por afirmar que onde não há uma genuína submissão à vontade de Deus não pode haver uma expectativa verdadeira. Submissão espiritual é apresentar uma causa diante do Senhor e pedir-Lhe que lide com ela da maneira que Ele achar melhor. Se há dependência de Sua sabedoria e de Sua bondade, isso é o exercício da fé. E se houver confiança de que Ele assim o fará, isso é a expectativa de fé, a expectativa, não de que Ele conceder o que a natureza carnal deseja, mas que Ele dará o que Lhe trará mais glória e será para o bem maior de quem pede. Qualquer coisa além disso é presunção.
3. Tiago 5.14-16
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (vv. 14,15).
Uma lista de dons sobrenaturais durante o período apostólico é encontrada em 1Coríntios 12.9,10, incluindo o de cura. Os reformadores consideraram [que a função desses] dons sobrenaturais era principalmente autenticar o cristianismo e confirmá-lo em países pagãos. O propósito deles foi apenas temporário; assim que as Escrituras foram escritas, eles foram revogados (1Co 13.8). Mas Tiago 5.14-16 é colocado à parte. Cremos que esse princípio e essa promessa gerais são válidos para todas as gerações, com exceção apenas dos períodos de grande declínio espiritual. Em tempos normais, é privilégio do santo, quando gravemente doente, chamar os presbíteros (pastores, ministros) da igreja local à qual pertence. Os que pregam a Palavra de Deus a ele certamente seriam os mais aptos para apresentar sua causa diante do Senhor (Jó 42.8). Eles devem orar por ele, encomendando-o à misericórdia de Deus e buscando restauração para ele, se isso estiver de acordo com a vontade divina. Se o enfermo deseja ser ungido com óleo, seu pedido deve ser atendido.
Deve-se ressaltar que essas promessas de Deus relacionadas às misericórdias temporais e terrenas são diferentes daquelas relativas às coisas eternas e espirituais. As primeiras são gerais e indefinidas, e não incondicionais e absolutas como são muitas das últimas. Portanto, nós devemos pedir em completa submissão à soberana vontade de Deus, com a qual Ele tem a liberdade para torná-las reais quando e a quem Ele quer.
Desse modo, a oração de fé aqui não é uma expectativa definida de que Deus irá curar, mas uma garantia pacífica de que Ele fará o que Lhe dá mais glória e para o bem do enfermo.
Fé é confiança e submissão, bem como expectativa. Não há fé mais forte do aquela que tem tanta confiança na sabedoria e na bondade de Deus que conduz a pessoa a dizer: “Faze-nos aquilo que te pareça bom e reto” (Js 9.25). Naqueles aspectos em algumas necessidades específicas não estão cobertas por uma promessa expressa, a fé deve contar com a misericórdia e o poder do próprio Deus (Sl 59.16).
Preocupações angustiantes aumentam as aflições. Proibir-lhe tais preocupações prometendo cuidar de você é sinal da grande misericórdia de Deus.
(Richard Baxter)
Nove em dez vezes o afastar-se de Deus começa com a negligência da oração privativa.
(Charles Spurgeon)
Nada mais pode nos trazer maior satisfação do que o amor que anseia ardentemente por Deus.
(Frederick William Faber)
Por mais de meio século, nunca tive um único dia em que eu não tivesse mais coisas para tratar do que eu conseguia fazê-lo. Ao longo de quarenta anos, eu enviei cerca de 30 mil cartas, e a maioria delas passou por minha mãos. Eu tenho nove assistentes sempre trabalhando na correspondência em alemão, francês, inglês, dinamarquês, italiano, russo e outros idiomas. Além disso, como pastor de uma igreja com 1.200 membros, imenso tem sido meu cuidado. Eu tenho a responsabilidade por cinco orfanatos; também, em meu depósito de publicações, a impressão e a circulação de milhões de tratados, livros e Bíblias. Mas eu estabeleci uma regra: nunca começar a trabalhar sem ter tido um bom tempo com Deus.
(George Müller)
Nós vamos ficando parecidos com o que amamos ― seja bom, seja torpe.
(John Owen)
Gastar tempo sério com a piedade do cristianismo histórico tende a fazer a maior parte de nossa adoração e piedade parecer patética, quando comparações são feitas.
(David de Bruyn)
Um dia, quando ao céu chegar,
melhor Te poderei louvar, amar melhor, melhor fazer,
ó Pai de amor, o meu dever.
A morte, que destrói toda a glória do mundo e iguala o rico e o pobre, é a porta comum tanto para o céu quanto para o inferno.
(Richard Baxter)
Fé é uma graça inteligente. Embora possa haver conhecimento sem fé, não há fé sem conhecimento.
(Thomas Watson)
Estou apreensivo de que estejamos muito amoldados ao mundo para que o mundo nos odeie.
(Charles Spurgeon)
A falta de oração claramente demonstra a crença em nossa própria auto-suficiência.
(Tony Merida)
Desespero é quando você enfrenta os problemas desse mundo e se esquece do que Deus prometeu.
(Josh Bales)
Pessoas que não estão interessadas no viver santo evitarão serem expostas à sã doutrina.
(John MacArthur)
Oração é um reconhecimento de que nossa necessidade da ajuda de Deus não é parcial, mas total.
(Alistair Begg)
Lembra-te […] de onde caíste e arrepende-te. […]
Lembra-te […] do que tens recebido e ouvido,
e guarda-o e arrepende-te. […]
Eu [o Senhor Jesus Cristo] repreendo e castigo
a todos quantos amo.
Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
Como diz o Espírito Santo:
“Se ouvirdes hoje
a Sua [de Deus] voz, não endureçais o vosso coração,
como na provocação,
no dia da tentação
no deserto”.
(Hb 3.7,8)
Existem muitos que pregam a Cristo, mas não muitos que vivem Cristo. Meu grande alvo é viver Cristo.
(Robert Cleaver Chapman)
A menos que o homem seja reduzido a sua miséria e a sua culpa, toda a nossa pregação será vã. Somente um coração contrito pode receber um Cristo crucificado.
(Robert Murray Mc’Cheyne)
Existem muitos crentes que não sabem orar, mas tentam cultivar a “santa arte da intercessão” por meio de esforço pessoal e determinação, e freqüentando grupos de oração. Mas nada conseguem. Na verdade, o segredo de uma verdadeira vida de oração para esses, bem como para todos nos, é: “Enchei-vos do Espírito”, que é o mesmo “Espírito de graça e de súplicas”.
(J. Stuart Holden)
A oração é o teste que avalia a devoção do crente.
(Samuel Chadwick)
Uma vez que foi Deus quem criou o cosmos, não pode haver contradição entre o que Ele criou e o que Ele falou por meio dos escritores inspirados das Escrituras. O testemunho de ambos sempre estará de acordo, e nunca precisamos nos afastar de fatos que possam parecer assustadores para a fé. Precisamos apenas estudar e investigar mais, verificando a precisão ― a precisão das interpretações científicas e a precisão das interpretações bíblicas.
(Hugh Ross)
Tudo aquilo que nos faz orar mais trabalha para nosso bem.
A igreja em Éfeso representa as igrejas em cada época e em cada geração que compreenderam e continuam a compreender as riquezas insondáveis de Cristo, bem como aqueles que têm experimentado caminhar na luz que têm. Contudo, esta também é a igreja a quem o Senhor diz: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. […] Tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap 2.4,5).
Estamos convencidos de que o aviso “Deixaste o teu primeiro amor” fala, acima de tudo, do fato de que nossos interesses pessoais têm se misturado com nosso amor, nossa devoção e nosso compromisso com o Senhor, ou estão próximos de se misturar. Em uma mensagem sobre os valentes de Davi, T. Austin-Sparks colocou o assunto desta maneira:
Nós nos ocupamos muito com a proclamação destas duas coisas: que o próprio Senhor Jesus conquistou a lealdade de nosso coração, e também que passamos a ver que Ele é Aquele a quem Deus escolheu para o lugar de autoridade suprema neste universo por todas as eras – e estamos comprometidos com o Senhor, não por razões meramente pessoais. Se estivéssemos, quando um gigante surgisse, deveríamos sair rapidamente de cena; o teste, como se pode ver, é isso.
O Senhor está realmente trabalhando bastante em nós a fim de tentar nos persuadir de nossos interesses pessoais no cristianismo e de nossos interesses pessoais em nosso relacionamento com Ele; porque, quando as coisas que nos tocam aqui na Terra e em nossa vida pessoal são ameaçadas, geralmente perdemos a fé. Afundamos, dispersamo-nos espiritualmente, na presença de uma ameaça que se levanta contra nossos interesses aqui, mesmo sendo cristãos relacionados ao Senhor. Devemos colocar de lado a consideração sobre como essas coisas nos afetam e tomar a posição dos interesses do Senhor. Isso é algo muito relevante e muito importante.
Devemos dizer: ‘Não importa como isso me afeta, mas o que isso trará de padecimento ao Senhor? O que o Senhor tem a perder se eu fugir disso ou se essa coisa ganhar preponderância? Como isso afetará meu Senhor e afetará o grande fato de Seu trono?’
Vamos nos perguntar: “Estamos envolvidos no ministério do trono, ou nosso interesse pessoal nos mantém presos à terra?” Podemos descobrir o quanto somos eficazes nessa guerra por meio de nossas orações, observando o seguinte.
Muitos anos atrás, em uma reunião realizada na Inglaterra pouco antes da Segunda Guerra Mundial varrer o mundo, Watchman Nee expressou em oração o significado de ter Cristo como nosso “primeiro amor”. O Japão invadiu a China, e a China estava no início de uma guerra devastadora, mas foi assim que ele orou ao se colocar na plataforma com um falante japonês (Nee era chinês). O caos da guerra na China estava fresco na memória de todos, e, quando chegou sua vez, ele conduziu as pessoas que estavam reunidas em intercessão pelo Extremo Oriente em termos que, para muitos de nós ali, nos anos 1930, foi uma revelação. Foi uma oração que poucos dos que tiveram o privilégio de estar presentes esqueceram.
O Senhor reina: afirmamos isso com ousadia. Nosso Senhor Jesus Cristo está reinando, e Ele é o Senhor de tudo. Nada pode tocar Sua autoridade. Há forças espirituais para destruir Seus interesses na China e no Japão. Portanto, não oramos pela China, não oramos pelo Japão, mas oramos pelos interesses de Teu Filho na China e no Japão. Não culpamos nenhum homem, pois eles são apenas ferramentas nas mãos de Teu inimigo. Nós nos levantamos por Tua vontade. Quebra, ó Senhor, o reino das trevas, pois as perseguições à Tua Igreja estão Te ferindo. Amém.
O problema e o medo são como esporas para a oração, pois quando o homem, rodeado por veementes calamidades, e oprimido com uma solicitude contínua (não tendo nenhuma esperança de libertação pelo auxílio humano, com coração castigado e oprimido, e temendo castigos ainda maiores), pede a Deus por conforto e ajuda no profundo poço de tribulação, uma oração assim sobe até a presença de Deus e não é vã.
Quando a intercessão mútua toma o lugar da acusação mútua, logo as diferenças e as dificuldades dos irmãos são vencidas.
(Robert Cleaver Chapman)
O Senhor usa aquele que Lhe apraz para realizar o trabalho, não havendo, entre os remidos de Cristo, divisão entre ordenados e não ordenados.
(Basil Willey)
Que Deus me ajude sempre a falar-vos com clareza. Mesmo a vida daqueles que vivem mais anos é, na verdade, curta. No entanto, essa vida curta que Deus nos deu é suficiente para que busquemos o arrependimento e a conversão, pois logo, muito logo, ela passará. Cada dia que passa é como um passo a mais em direção ao trono do juízo eterno. Nenhum de vós permanece imutável; talvez estejais dormindo; não importa, pois a maré do tempo que passa vos está levando para mais perto da morte, do juízo e da eternidade.
(Robert Murray Mc’Cheyne)
Nenhuma gota do sangue de Cristo foi vertida em vão por aqueles por quem Ele morreu.
(Steven Lawson)
Acho diariamente que os homens preferem sofrer alguma medida de servidão nas coisas da religião do que residir na responsabilidade individual diante de Deus por toda ação, todo pensamento e toda afeição.
(Anthony Norris Groves)
Tememos muito os homens, porque tememos muito pouco a Deus.
(William Gurnall)
Ensina-me, Senhor, o Teu caminho,
e andarei na Tua verdade;
une o meu coração
ao temor do Teu nome.
A maior tragédia da vida não é a oração não respondida, mas a oração não feita.
(F. B. Meyer)
Quando Deus faz uma promessa, Ele sempre prova nossa fé. Assim como as raízes das árvores agarram-se mais firmemente ao solo quando estão lutando com o vento, a fé agarra-se mais firmemente à promessa quando luta com circunstâncias adversas.
(Robert Murray Mc’Cheyne)
Gratidão a Deus faz com que mesmo uma bênção temporal seja um antegozo do céu.
(William Romaine)
Veja, entretanto, que sua fé produza obediência, e Deus no devido tempo fará com que produza paz.
(John Owen)
Os absolutos morais repousam sobre o caráter de Deus. Os mandamentos morais que Ele deu aos homens são uma expressão de Seu caráter. Os homens criados à Sua imagem devem viver por escolha com base no que Deus é. Os padrões de moralidade são determinados pelo que está de acordo com o caráter de Deus, enquanto as coisas que não estão de acordo são imorais.
(Francis Schaeffer)
A justiça de Cristo é maior que os pecados de todos os homens, Sua vida é mais forte que a morte, Sua salvação é mais invencível que o inferno.
(Martinho Lutero)
Em vindo a soberba, virá também a afronta;
mas com os humildes está a sabedoria.
A maior prova de nosso amor a Cristo é a obediência às leis de Cristo. O amor é a raiz; a obediência é o fruto.
(Matthew Henry)
Em mil aflições, não quinhentas delas cooperam para o bem do crente, mas novecentos e noventa e nove mais uma: mil.
(George Müller)
“O Senhor é meu pastor”. Ele o é no domingo, é na segunda-feira e em todos os dias da semana. É em janeiro, é em dezembro e em todos os meses do ano. É em casa e na China. É em paz e em guerra; em abundância e em penúria.
(Hudson Taylor)
Que nenhum momento da minha vida seja passado fora da luz, do amor e da alegria da presença de Deus. E não haja nenhum momento sem toda a rendição de mim mesmo como um vaso para Ele encher completamente de Seu Espírito e Seu amor.
(Andrew Murray)
Só há uma coisa que me prosta até o chão e me humilha até ao pó: olhar para o Filho de Deus, e, em especial, contemplar a cruz. Quando contemplo a maravilhosa cruz, na qual o Príncipe da Glória morreu, meu maior ganho considero como perda e desprezo todo o orgulho meu.
(Martyn Lloyd-Jones)
Penso que os cristãos falham tantas vezes em obter respostas para suas orações porque não esperam tempo suficiente em Deus. Eles simplesmente ajoelham-se e dizem algumas palavras; depois se levantam e esquecem, e esperam que Deus as responda. Essa oração sempre me lembra o menino tocando a campainha da porta do vizinho e depois fugindo o mais rápido que pode.
(E. M. Bounds)
Eu, porém, Senhor, tenho clamado a Ti,
e de madrugada
Te esperará a minha oração.
Não é maravilhoso que Deus dê folego a um homem que irá blasfemar Dele o dia todo?
(Leonard Ravenhill)
Ser levado a uma situação em que Deus é nossa única esperança real é uma experiência de misericórdia.
(Jon Bloom)
A verdade é que os santos da história oravam por horas que pareciam minutos, e nós oramos por minutos que parecem horas.
(Russel Shedd)
Para muitos, Jesus tornou-se uma coisa a ser estudada em lugar de uma Pessoa a ser amada.
(Paul Washer)
Não há nada que mantenha um homem a uma distância maior da instrução divina do que um conceito orgulhoso da própria sabedoria, do próprio entendimento, das próprias capacidades e das próprias habilidades.
(John Owen)
Maravilhosa graça!
Quão doce é o som que salvou
um miserável como eu!
Antes eu estava perdido,
mas agora fui encontrado;
estava cego,
mas agora eu vejo!
(John Newton)
Dou graças a Deus,
por Jesus Cristo,
nosso Senhor.
Tenho muito mais medo da frieza e da formalidade daqueles que se dizem cristãos do que das palestras e discursos dos ateus! Uma reunião de oração como aquela do dia de Pentecostes abalaria permanentemente os ateus e agnósticos do mundo inteiro!
(D. L. Moody)
Crente, reivindique pela fé como propriedades suas a morte e a vida de Jesus. Entre na sepultura e descanse do ego e das suas obras – o repouso de Deus. Com Cristo, que entregou Seu espírito nas mãos de Deus, humilhe-se e desça cada dia para aquela perfeita insuficiência própria e para a dependência de Deus. Deus o levantará e o exaltará. Desça cada manhã para a suficiência profunda da sepultura de Jesus; a cada dia a vida de Jesus se manifestará em você.
(Andrew Murray)
Aquele que não crê que a Bíblia é a Palavra de Deus deve ser encorajado a estudá-la. Anteriormente eu também duvidava que fosse a Palavra de Deus, mas hoje a firme confiança que tenho veio mais do estudo da própria Bíblia do que de qualquer outra fonte. Aqueles que duvidam são geralmente os que estudam sobre a Bíblia e não os que investigam e buscam dentro dos próprios ensinamentos da Bíblia.
(R. A. Torrey)
Precisamos entender que a finalidade da oração em secreto não é meramente entregar para Deus uma lista de pedidos. É verdade que “a oração muda as coisas”? Definitivamente, sim; contudo, antes de tudo ela muda as pessoas. No caso de Ana, por exemplo, a oração não apenas removeu seu opróbrio, mas transformou a própria vida: de estéril tornou-se fértil; de espírito em luto, passou a regozijar-se (1Sm 1.10; 2.1). A oração converteu seu “pranto em folguedos” (Sl 30.11).
(Leonard Ravenhill)
Ó Tu que vieste do Alto
Repartir o puro fogo celestial, Acende uma chama de amor sagrado No altar indigno do meu coração.
Faze-o queimar ali para a Tua glória
Com brilho inextinguível;
E retornar trêmula para sua origem
Em humilde oração e fervoroso louvor.
(Charles Wesley)
Não extingais o Espírito.
(1Ts 5.19)
Que visão maravilhosa do amor do Espírito, como Autor de oração! Quantas vezes a culpa nos faz andar cabisbaixos, a alma coberta com a vergonhosa sensação de miséria e indignidade! Essa percepção de destituição impede o crente de buscar ajuda, assim como a penúria, os trapos imundos e a repugnância do mendigo o fazem se afastar da porta onde poderia receber alívio. É precisamente nesta hora que o bendito Espírito, com toda a Sua graça e ternura, vem e revela Jesus ao coração como Aquele que preenche tudo e que oferece pleno e livre acesso a Deus e intimidade com Ele.