Quando um pregoeiro da justiça se detém no caminho dos pecadores, nunca deverá tornar a abrir os lábios na grande congregação, enquanto seu arrependimento não for tão notório quanto seu pecado.
(John Angell James)
Complicar o que é simples, qualquer um consegue; mas simplificar o que é difícil é trabalho para um grande pregador.
(James Ussher)
Quem realmente acredita no que diz, vive de acordo com aquilo que diz.
(Richard Baxter)
O sermão nunca é um fim em si mesmo, mas um meio para se atingir um fim, que é salvar almas.
(Phillips Brooks)
Pregar o evangelho é pregar a Cristo, pois Cristo é o evangelho.
(John Stott)
A pregação não é tarefa de uma hora. É a manifestação de uma vida. É preciso vinte anos para fazer um sermão, porque são necessários vinte anos para formar o homem. O verdadeiro sermão é uma obra de vida. O sermão evoluiu porque o homem se desenvolveu. O sermão é poderoso porque o homem tem poder. O sermão é santo porque o homem é santo. O sermão está cheio de unção divina porque o homem está cheio de unção divina.
(E. M. Bounds)
Imagino por quanto tempo precisaríamos quebrar a cabeça antes de poder expressar claramente o que significa pregar com unção. Todavia, aquele que prega conhece a presença dela, e aquele que ouve, depressa percebe sua ausência.
Se você está em profunda escuridão por causa de alguma providência estranha e misteriosa, não tenha medo. Simplesmente prossiga, em fé e amor, sem duvidar. Deus está velando, e Ele tirará o bem e alguma coisa bela de seu sofrimento e de suas lágrimas.
(J. R. Miller)
Demora e sofrimento são parte certa da bênção que Deus nos prometeu.
(C. G. Trumbull)
Por que me retrair ante o arado do meu Senhor, que faz sulcos profundos em minha alma? Eu sei que Ele não é um agricultor inconseqüente. Ele tem em vista uma boa colheita.
(Samuel Rutherford)
Ah, é triste ver um crente à porta da promessa na noite escura da aflição, com receio de abrir o trinco, quando deveria chegar-se ali e buscar abrigo com confiança, como um filho na casa do pai.
(Gurnal)
Há pessoas superficiais que lançam mão levianamente de uma doutrina ou de uma promessa e falam com leviandade da falta de confiança dos que recuam ante as aflições; mas, aquele que já sofreu muito, não faz isto: ele possui brandura e suavidade e sabe o que significa sofrer.
(A. B. Simpson)
Tudo o que for bom para os filhos de Deus eles devem ter, pois tudo é deles para promovê-los ao céu; portanto, se a pobreza é boa, eles a devem ter; se a desgraça é boa, eles a devem possuir; se cruzes são boas, eles a devem ter; se a miséria é boa, eles a devem possuir; pois tudo é nosso, para servir ao nosso maior bem.
(Richard Sibbes)
Aflições nada mais são do que uma entrada escura para a casa de nosso Pai.
Dar à oração o segundo lugar é tornar Deus secundário nos negócios da vida.
(E. M. Bounds)
Dentre todos os benefícios desfrutados pelos cristãos, nenhum é mais essencial, e mesmo assim mais negligenciado, do que a oração. A maioria das pessoas considera-a uma formalidade cansativa e por isso justifica-se abreviá-la o máximo possível. Mesmo aqueles cuja profissão ou medos os levem a orar, oram com tal abatimento e com a mente tão dispersa que suas orações, em vez de trazerem bênçãos do alto, apenas aumentam sua condenação.
(Fénelon)
Coisas legítimas e certas podem se tornar erradas quando ocupam o lugar da oração. Coisas certas em si mesmas podem se tornar erradas quando têm permissão de fixar-se sem moderação em nosso coração. Não são apenas coisas pecaminosas que prejudicam a oração. Não é apenas de coisas questionáveis que devemos nos guardar. Mas sim, de coisas que são certas em seu devido momento, mas que recebem permissão de desviar a oração e fechar a porta do quarto de oração, geralmente com o argumento confortante de que “estamos ocupados demais para orar”.
(E. M. Bounds)
A oração é uma confissão de impotência e necessidade, um reconhecimento de falta de recursos próprios, reconhecimento de dependência, e uma invocação do poder soberano de Deus para que Ele faça por nós o que nós mesmos não temos capacidade de fazer.
(J. I. Packer)
Se você se entrega à oração estribado em seu próprio poder, nada obterá; mas apresente a Deus sua fraqueza, e você prevalecerá. Não há melhor argumento diante do amor divino que a fraqueza e a dor; nada pode prevalecer tanto com o grande coração de Deus como o coração desmaiado do homem.
(C. H. Spurgeon)
O valor de uma oração não é determinado por sua extensão.
(Robert Murray McCheyne)
A maioria dos problemas do homem moderno origina-se do tempo exagerado que ele passa usando as mãos e do tempo insuficiente que passa usando os joelhos.
Não sei ao certo há quanto tempo este blogue existe. Seu início se deu, com certeza, há mais de 20 anos, quando, ainda preso a uma seita cristã exclusivista, comecei a conhecer a rica herança espiritual dada pelo Senhor a Seu Corpo por meio de muitos e muitos filhos.
Conforme eu conhecia autores e suas obras, mais fascinado eu ficava… com o Senhor! Quão rico Ele é! Quão insondáveis são Suas riquezas! Quão vastos são Seus campos! Quão limitados são, mesmo os mais fiéis servos, para colher os frutos, para recolher as respigas! E quanta profundidade, quanta revelação, quanto alimento há no pouco que do Senhor conhecemos! “Eis que isto são apenas as orlas dos Seus caminhos; e quão pouco é o que temos ouvido Dele!” (Jó 26.14).
Angustiado com a limitação, com a pobreza a que meus irmãos eram submetidos, como eu, naquele ambiente, comecei a divulgar frases, pequenos trechos, capítulos de livros desses autores até então desconhecidos, pelo menos para mim. E aquele pouquinho do sabor de favos de mel começou a me aclarar os olhos (cf. 1Sm 14.27)! E isso foi o embrião do Campos de Boaz.
Em algum momento, criei uma página na internet. Recordo que passei pelos falecidos GeoCities e Multiply; mexi com HTML, apesar de minha completa inaptidão técnica. (E eu encontrava mais e mais preciosidades que precisavam ser conhecidas por outros sedentos.) Mais tarde, abriguei o blogue em um domínio que me pertencia; a seguir, passei-o para outro. No meio desse processo todo, conheci o Rafael, um mais que irmão, profissional da área, que me ajudou a tornar o Campos um pouco menos amador. Identificando-se com o objetivo que eu tinha, o Rafa assumiu papel importante nos bastidores. Por fim, no ano passado, Campos de Boaz passou a ter seu próprio domínio.
A tarefa era grande demais para ser realizada sozinho, mesmo com a ajuda especializado do Rafa. Graças ao Senhor, paralelamente a esse desenvolvimento técnico, Ele trouxe ainda outros cooperadores, como Maria, editora, Hannah, a artista, e os demais respigadores, que têm cooperado na produção de conteúdo e em sua publicação. Todos com o mesmo objetivo do início: levar ao povo do Senhor um pouco das muitas riquezas que Ele espalhou em Seus campos ao longo dos séculos. Todos trabalhando voluntariamente, por amor ao Senhor e a Seu povo, nesse singelo serviço.
Quem visita o Campos regularmente, ou quem é assinante, percebeu que ele está diferente. Na quarta-feira 9 de maio, depois de horas de trabalho, que culminaram muitas horas anteriores (eu, leigamente, imaginava ser coisa bem simples fazer um blogue bonito), conseguimos colocá-lo no ar. (Obrigado a todos que participaram, obrigado a cônjuges e filhos pela paciência e apoio.)
Adotamos novo tema, procurando com ele atender melhor aos que acessam por dispositivos móveis. Pensamos em uma identidade visual, para dar mais harmonia ao blogue e todas as suas partes.
Também teremos novidades ao longo do ano. Além de iniciarmos novas seções, pretendemos lançar dois livros gratuitos, em formato digital. Também planejamos o início da publicação, no segundo semestre, de um devocional que será enviado por e-mail diariamente, mas também será encontrado aqui, em nossa página no Facebook e no perfil no Twitter (outra novidade. Em breve, estaremos em outras redes sociais). Depois de completarmos sua tradução, o devocional será distribuído gratuitamente, em formato digital.
Em breve, a equipe receberá mais dois voluntários para a tradução. Apesar das limitações de todos, desejamos, com isso, ampliar o número de publicações inéditas no blogue.
Reconhecemos nossa incapacidade, nossa insuficiência, nossa inconstância. Mas temos o desejo de que o Senhor abençoe os poucos pães e peixes que Lhe apresentemos a fim de que uma parcela da multidão faminta que O segue seja saciada.
Se você tiver sugestões ou pensa que pode contribuir de alguma forma (contamos, claro, com suas orações!), escreva para contato(a)camposdeboaz.com ou deixe um comentário.
O fim destinado ao homem não é felicidade nem saúde, mas, sim, santidade. O único objetivo de Deus é a produção de santos.
(Oswald Chambers)
Pela justificação de Cristo, os crentes passam legalmente a ter vida; pela santificação são tornados espiritualmente vivos; pela primeira, recebem o direito à glória; pela segunda, são tornados dignos da glória.
(George Whitefield)
Um estado de salvação é um estado de santidade. As duas coisas são inseparáveis: porque a salvação não é só a redenção da pena do pecado, mas também livramento de seu poder.
(Charles Hodge)
Santos sem santidade são a tragédia do cristianismo.
(A. W. Tozer)
Quem tem uma visão superficial da salvação deprecia a doutrina da santificação.
(John F. MacArthur Jr.)
Nossa santificação não depende de mudanças ou obras, mas em fazer essas coisas por causa de Deus quando geralmente fazemos por nossa causa. Meu tempo de trabalho não é diferente do meu tempo de oração. A oração nada mais é do que o senso da presença de Deus.
(Irmão Lourenço)
Muitas vezes, eu oro: “Senhor, faze-me tão santo quanto pode ser um pecador perdoado”.
Mil e setecentos anos já se passaram, mas Ele ainda não voltou; e isso é um longo período, segundo o cômputo humano, mas não segundo a maneira de Deus ver as coisas. Pois para Ele mil anos é como um dia; embora os santos se impacientem, porque amam, anseiam e apressam a vinda de Cristo. Porém, embora pareça tardio, Ele finalmente virá: Ele mantém-se afastado a fim de dar tempo a Seus laboriosos ministros de exercerem todos os dons que Ele lhes outorgou, e a fim de que os preguiçosos não tenham meio de desculpa.
(John Gill: 1697-1771)
Se creio que o mundo dispara em direção ao caos irrefreável, e que Cristo voltará breve, então, meu clamor deve ser dirigido em favor de meus familiares e amigos que estejam despreparados. Seria hipocrisia eu orar para Jesus vir e, no entanto, não interceder para que meus queridos estejam preparados para aquele dia. A minha oração deve ser: “Venha, Senhor. Mas, primeiro, dá a meus familiares e amigos que estejam perdidos ouvidos para ouvir. Salve-os, salve os perdidos”.
(David Wilkerson: 1931-2011)
Com sua terra sonha o peregrino,
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.
Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!
Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?
(Watchman Nee: 1903-1972)
Pensem na segunda vinda do Senhor, e as coisas deste mundo lhes parecerão muito pequenas.
(João Flavel: 1628-1691)
Em todos os nossos pensamentos acerca de Cristo, nunca esqueçamos de Sua segunda vinda.
(J. C. Ryle: 1816-1900)
Os pensamentos sobre vinda de Cristo são os mais doces e prazerosos para mim.
(Richard Baxter: 1615-1691)
Demos, pois, guarida a uma mente mais saudável, e ainda que o cego e bronco desejo da carne lhe oponha resistência, não hesitemos em esperar a vinda do Senhor não só com anseio, mas também com gemidos e suspiros, como sendo de todas as causas a mais faustosa. Pois Ele nos virá como Redentor, para que, arrebatados deste imenso abismo de tantos males e misérias, nos introduzir naquela bem-aventurada herança da vida e de Sua glória.
(João Calvino: 1509-1564)
Quem ama a vinda do Senhor não é aquele que afirma que Ele ainda está distante nem aquele que diz que está perto. É aquele que, esteja distante ou próxima, aguarda-a com fé sincera, esperança firme e amor fervoroso.
(Agostinho: 354-430)
Cristo nos disse que virá, mas não revelou quando, para que nunca tiremos nossas roupas nem apaguemos nossas lâmpadas.
(William Gurnall: 1617-1679)
O fato de que Jesus deve voltar não é razão para ficarmos olhando para as estrelas, mas para trabalharmos no poder do Espírito Santo.
(Charles H. Spurgeon: 1834-1892)
Estou diariamente esperando a vinda do Filho de Deus.
(George Whitefield: 1714-1770)
Nunca começo a trabalhar de manhã sem pensar que Ele talvez venha interromper meu trabalho e começar o Seu. Não estou esperando a morte – estou esperando por Ele.
(G. Campbell Morgan: 1863-1945)
Oh, que Cristo venha a passos largos! Ah! Se Ele dobrasse os céus como uma capa e tirasse do caminho o tempo e os dias!
(Samuel Rutherford: 1660-1661)
Não é de admirar que, ao olharmos para nosso andar à luz da vinda do Senhor, nós nos consideremos indignos Dele. Eu não poderia esperar que nos sentíssemos de outra maneira. Mas eu gostaria que tivéssemos sempre diante de nossa mente a Pessoa
do Senhor Jesus Cristo, levantando-se de Seu lugar à direita do Pai a fim de vir nos buscar. Creio que bem cedo isso iria tornar nosso andar mais consistente e colocaria nossas afeições, nosso coração e nossos pensamentos em perfeita ordem.
Ai da geração de filhos que encontra seus incensários vazios do rico incenso da oração, cujos pais estavam ocupados demais ou eram incrédulos demais para orar, e perigos indizíveis e conseqüências não previstas são sua infeliz herança. Felizes são aqueles cujos pais e mães lhes deixaram um rico patrimônio de oração.
(E. M. Bounds)
O homem que se contenta em seguir de longe a Cristo jamais conhecerá a maravilha de Sua proximidade.
(A. W. Tozer)
Um filho de Deus é eterno como Deus, pois compartilha a vida de Deus, e, quando o mundo for totalmente dissolvido em labareda de fogo, ele estará entre as estrelas da manhã ao redor do Trono.
(D. M. Panton)
Para um cristão sincero, o engano e a esperteza, que são considerados sabedoria no mundo, são considerados não apenas ilegítimos, mas também desnecessários. Ele não precisa de pequenos subterfúgios, evasivas e disfarces, pelos quais homens astuciosos se esforçam (embora muitas vezes em vão) para esconder seu verdadeiro caráter e fugir de merecido desprezo. Ele é o que parece ser, e por isso não teme ser descoberto. Ele anda na luz da sabedoria que é lá do alto e se apoia no braço do Todo-Poderoso; por isso, anda com liberdade, confiando no Senhor, a quem serve em espírito no evangelho de Seu Filho.
(John Newton)
Tornemos cada circunstância do dia uma ocasião de comunhão com Deus. Coisas pequenas nos trarão, então, grandes bênçãos.
(Robert C. Chapman)
Ore até orar de verdade.
(Moody Stuart)
Visto que somos homens, Deus nos instruirá quanto a Sua mente e a Sua vontade por meio das faculdades racionais de nossa alma.
(John Owen)
Sempre que me é dado o direito de escolher meu assunto de conversa com outrem, o Tema dos temas (Cristo) deve ter proeminência entre nós, de tal forma que eu possa saber da necessidade do outro e, se possível, satisfazê-la.
Você já ouviu Jesus proferir-lhe uma palavra dura? Se não, duvido que O tenha ouvido dizer alguma coisa.
(Oswald Chambers)
Deus não pode exigir o pagamento duas vezes: primeiro, da mão ensangüentada de meu Fiador, e, então, de novo, de mim.
(A. M. Toplady)
Hoje em dia ouvimos alguém extrair de seu contexto uma frase isolada na Bíblia e clamar: “Eureka!”, como se tivesse descoberto uma nova verdade; no entanto, não achou um diamante, mas um pedaço de vidro quebrado.
(C. H. Spurgeon)
O vigor de nossa vida espiritual está na proporção exata do lugar que a Bíblia ocupa em nossa vida e em nossos pensamentos.
(George Müller)
Não podemos fazer progresso na santidade a menos que empreguemos mais tempo lendo e ouvindo a Palavra de Deus e meditando sobre ela; pois é ela que é a verdade pela qual somos santificados.
(Charles Hodge)
O homem pode despedir a compaixão de seu coração, mas Deus nunca fará isso.
(William Cowper)
Sem a presença do Espírito Santo não há convicção, nem regeneração, nem santificação, nem purificação e nem obras aceitáveis. A vida está no Espírito vivificante.
A primeira e tão bem-vinda palavra Dele para nós foi: “Vinde a Mim todos os que estais cansados” (Mt 11.28). Aquela labuta do fútil Adão estava sobre nós, tanto no pecado como na canseira das obras.
Deixamos isso na cruz do Senhor ou ainda o estamos suportando, em parte? Marta estava atarefada com muitas coisas, ainda que pensasse estar servindo seu Senhor! Estranho que tal serviço trouxesse tensão e irritação, ressoasse nos nervos e trouxesse um julgamento errado dos outros; contudo, essa dualidade que vemos em Betânia ainda não acabou; ainda a encontramos no serviço a Deus. E muitas “separações”, muitos afastamentos devem-se a isso, e muita é a perplexidade que vem desta outra palavra sobre o supremo serviço do Senhor: “Meu jugo é suave e Meu fardo é leve” (v. 30). Em face de algumas experiências [dos cristãos], essa frase soa irônica.
O Senhor não nos chama para tal labor, mas para o descanso. “Aqueles que crêem de fato entram no descanso” (cf. Hb 4.3) e: “Eu te darei descanso” (cf. Js 1.13). Ele promete descanso, não apenas do pecado, mas do trabalho inútil e desapontador. A maldição do trabalho de Adão em todas as suas formas gera nada além de um infrutífero cansaço, uma exaustão de esforço sem recompensa, e certamente “o suor da testa”. As energias da carne, a mera intensidade da alma, as chamas de uma paixão auto-criada, tudo isso causa febre, geralmente uma grande febre que nos torna desequilibrados para servir nosso Senhor quando Ele verdadeiramente necessita de nosso ministério.
Tão insistentemente o Salvador diz para a sinceridade e o impulso carnais: “Uma coisa é necessária: que você se aquiete e ouça Meu conselho, pois Eu sou seu Senhor”. Busque a quietude.
Pois as obras estão consumadas desde a fundação do mundo, e nada podemos fazer para torná-las mais perfeitas ou adicionar algo a elas. À parte Dele, nada há do que se fez.
E então? Há o lado bom, que é a boa parceria. Ele e nós devemos agora trabalhar juntos por meio de Seu Espírito que habita interiormente, assim como Ele e o Pai trabalharam juntos na terra mediante essa habitação. É o grande jugo, o eterno propósito de Deus; mas ele é fácil e leve, pois a carga está sobre o Espírito, dentro de nosso espírito, e não é uma pressão em algum lugar na alma: nem os nervos nem o cérebro são tentados por ele, nem a carne conhece seu peso. Porém o pilar interior de Sua força é o suporte, uma pressão de cima vinda do soberano amor.
Mas agora trabalhemos e nos alegremos em trabalhar. Existe labuta e talvez haja um feliz cansaço, mas não tensão.
Para concluir, eis aqui o segredo contido em uma experiência exultante: “Trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus que está comigo” (1Co 15.10). Paulo enfatizou grandemente estas últimas palavras, “a graça Deus que está comigo”, por toda a vida, pois o derradeiro toque sútil do “velho homem” que busca servir a Deus é dizer “eu” no templo de Sua glória. Como disse Andrew Murray: “Onde a carne busca servir a Deus há a força do pecado”.
“Levanta-Te, Senhor, ao Teu repouso, Tu e a arca da Tua força” (Sl 132.8).
A fé é uma inexprimível confiança em Deus. Uma confiança que nem sonha com a possibilidade de Deus não ficar ao nosso lado.
(Oswald Chambers)
Se você crê somente naquilo de que gosta no Evangelho e rejeita o de que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas em si mesmo.
(Agostinho de Hipona)
Não te acanhes se tua oração é gaguejante e tuas palavras, fracas e imperfeitas. O Senhor te entende. Assim como uma mãe entende o balbuciar de seu filhinho, assim o amado Salvador te entende. Ele pode ler um suspiro e captar o significado de um gemido.
(J. C. Ryle)
Os que se afastam de Deus nunca podem achar repouso em nenhuma outra parte.
(Mathew Henry)
É um vício destrutivo adicionar qualquer coisa a Cristo.
(Richard Sibbes)
A alma humilde contempla a justiça de Cristo como sua única coroa.
(Thomas Brooks)
Pequenos números não fazem nenhuma diferença para Deus. Não há nada pequeno se Deus estiver ali.
Como Mediador de Seu povo, Jesus o guarda em perfeita segurança de dia e de noite. Ninguém, ninguém pode arrancar alguém de Seu povo de Suas mãos; Ele se responsabiliza pela completa salvação deles. Morrer pelos pecados deles e ressuscitar por causa de sua justificação, mas não prover-lhes a segurança enquanto jornadeiam num mundo de pecado e tentação – deixá-los por conta própria como presa desprotegida das corrupções do próprio coração, das maquinações de Satanás e do embaraço do poder do mundo – teria sido apenas uma salvação parcial de Seu povo. Sofrendo a oposição de um triplo inimigo – Satanás e o mundo, aliados a seu próprio coração imperfeitamente renovado e santificado, esse inimigo traidor que mora dentro do acampamento, sempre pronto a desencaminhar a alma diante dos inimigos –, como poderia um pobre e fraco filho de Deus resistir e lutar contra essa poderosa falange? Mas Cristo, que foi poderoso para salvar, também é poderoso para guardar. Nele foram feitas provisões para todas as provações, todas as circunstâncias complicadas e perigosas em que o crente possa se encontrar. A graça é suprida para sujeitar toda corrupção inata; uma armadura é providenciada para cada assalto do inimigo; sabedoria, força, consolação, compaixão, bondade: tudo, tudo de que um pobre pecador crente possivelmente possa precisar está ricamente armazenado em Jesus, o Cabeça da aliança de toda a plenitude de Deus para Seu povo.
(Otávio Winslow)
O arrependimento produzido pelo evangelho não é um ligeiro inclinar de cabeça. É uma obra no coração até que o pecado se torne mais odioso do que qualquer punição a ele.
(Richard Sibbes)
Cristo será responsivo a todos aqueles que Lhe foram dados, no último dia, e portanto não precisamos duvidar de que Ele certamente empregará todos os poderes de Sua divindade para assegurar e salvar todos pelos quais for responsável. A responsabilidade e o cuidado de Cristo pelos que Lhe foram dados se estendem até o dia da ressurreição, pois Ele não os perderá, mas reuni-los-á novamente e leva-los-á para a glória a fim de serem uma prova de Sua fidelidade; pois disse: “Nada perderei, mas ressuscitarei novamente no último dia”.
(Thomas Brooks)
Estou convencido de que o primeiro passo para se alcançar um padrão mais elevado de santidade está em reconhecer plenamente a tremenda pecaminosidade do pecado.
(J. C. Ryle)
Nunca pedi coisa alguma em oração sem um dia, afinal, recebê-la de alguma maneira, de alguma forma.
(Charles Muller)
A solução para este mundo tão insaciável por pecado é uma igreja insaciável por oração. Precisamos explorar novamente as “preciosas e mui grandes promessas” de Deus (2Pe 1.4). Naquele grande dia, o fogo do juízo haverá de provar o tipo, e não a quantidade, da obra que fizemos. Aquilo que nasceu em oração passará pela prova.
(Leonard Ravenhill)
Nosso orgulho sente desgosto por nossas falhas, e muitas vezes confundimos esse desgosto com o verdadeiro arrependimento.
Como Romanos 1 ilustra o ensino dado por Paulo em 1Tessalonicenses 5
Em Atos dos Apóstolos, Lucas afirma que, em seu Evangelho, ele relatara “tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar” (1.1). Lucas está dizendo que o Senhor era caracterizado por equilíbrio – não havia contradição entre Seus atos e Suas palavras. O Senhor manifestou harmonia entre vida e ensino – ambos eram claramente sujeitos à vontade e ao propósito de Deus.
Olhando para os escritos do apóstolo Paulo desse ponto de vista, podemos ver esse princípio aplicado a suas atividades pessoais em oração. Em 1Tessalonicenses 5 temos um exemplo do ensino de Paulo sobre oração, e, comparando-o com Romanos 1, veremos o equilíbrio do apóstolo, que é o que o Senhor exige de nós. Também podemos aprender um pouco sobre a importância de oração individual e particular.
A prioridade em oração (Rm 1.8)
“Primeiramente, dou graças a meu Deus”. Pare por alguns minutos e examine os capítulos iniciais das epístolas de Paulo, e veja o tamanho de sua lista de oração. Ele menciona o assunto nos versículos iniciais de seus escritos a cada cristão ou grupo de cristãos. Obviamente, colocar os santos perante o trono da graça era de suma importância para o apóstolo.
O louvor em oração (Rm 1.8)
“Dou graças a meu Deus”. Onde é que o louvor aparece em nossas orações? Paulo sempre começava suas orações com louvor, embora houvesse algumas igrejas a que escreveu em que não deve ter sido fácil achar alguma coisa digna de louvor. Lembrando que cada igreja é uma obra de Deus, Paulo oferece louvor a Deus por elas – aqui é “a vossa fé” que é “anunciada em todo o mundo”. Quaisquer que fossem os problemas, Paulo é capaz de mencionar o testemunho que aqueles cristãos tinham em todo o mundo, como um povo que tinha uma fé viva.
Note também que Paulo diz: “Dou graças o meu Deus […] acerca de vós todos”. Mesmo depois das críticas e dos ataques pessoais que sofrera por parte dos coríntios, Paulo podia escrever: “O meu amor seja com todos vós, em Cristo Jesus” (1Co 16.24). Podemos expandir nosso coração por meio da oração, e corremos o risco de estreitá-lo se formos seletivos em oração.
Tendo isso como pano de fundo, podemos ler 1Tessalonicenses 5.18: “ Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus”. É evidente, como podemos ver de Romanos 1, que Paulo não pediu de outros o que ele mesmo não estava pronto a praticar. Ele aprendeu sobre a vontade de Deus ao dar graças, e procurava ensinar aos outros a importância disso.
As pessoas da oração (Rm 1.8)
“Dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo”. Vemos aqui que a oração é feita por intermédio de Jesus Cristo e dirigida a Deus. Note a expressão que Paulo usa: “meu Deus”. É bom lembrar que ele usa as mesmas palavras em 1Coríntios 1.4, Filipenses 1.3 e Filemon 4. Há certa intimidade nesse relacionamento. Paulo transmite a idéia de que comunhão com Deus em oração é um acontecimento tão freqüente e regular que justifica o uso de palavras que indicam a natureza pessoal do relacionamento. Deus é seu Deus. Paulo sente a proximidade da comunhão que tem com Deus por meio da oração. Embora as palavras exatas de suas orações não sejam conhecidas, ele pôde confiantemente dizer que Deus era testemunha do espírito e da constância de suas orações. Paulo poderia ter ecoado os sentimentos do escritor do hino: “Que privilégio levar tudo a Deus em oração”.
Em segundo lugar, podemos enfatizar a obra intercessora de Cristo. Ela nos assegura que nossas orações são aceitas, pois são oferecidas em Seu nome e por intermédio de Sua posição intercessora. O escritor de Hebreus, ao nos assegurar que “temos um grande sumo sacerdote”, nos convida: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (4.16). Sabemos que Deus compreende nossa estrutura, que Ele se comove com nossas enfermidades.
As perspectivas em oração (Rm 1.9)
“De como incessantemente faço menção de vós […] em minhas orações”. Paulo era um homem de hábitos contínuos e cuidadosos. Repare que ele está descrevendo suas próprias orações: “Eu faço menção” e “em minhas orações”. Suas orações pelos cristãos de Roma eram incessantes. Ao lermos os versículos iniciais das outras epístolas, encontramos o mesmo pensamento. Que testemunho da vida de oração do apóstolo! Como que para autenticar a verdade do que afirma, ele enfatiza: “Deus […] me é testemunha”. Embora Paulo estivesse descrevendo o que acontecia no lugar secreto de oração, não há como duvidar do peso de seu coração. Assim como fora responsável por pregar o evangelho e estabelecer o testemunho [de Deus em vários lugares], ele orava sinceramente pela subsistência e pela proteção desse testemunho.
Que valor isso dá ao ensino de Paulo aos tessalonicenses: “Orai sem cessar” (1Ts 5.7). Ele está ensinando a importância da oração na vida dos cristãos. É a comunhão e a coparticipação que nos sustentam nesse mundo. Como ele diz em Filipenses 4.6: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplica, com ação de graças”. Além disso, Paulo está também ensinando a importância de tais orações por outros cristãos. Quantos, do povo de Deus, têm sido amparados em tempos difíceis e penosos pelas orações contínuas do povo do Senhor! Parece que foi o que ocorreu com Paulo, como ele diz no verso 25: “Irmãos, orai por nós”. Por essa razão, ele diz: “Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).
Propósito em oração (Rm 1.10)
“Pedindo sempre […]”. Seu desejo era, pela vontade de Deus, visitar os irmãos em Roma. Ele almejava vê-los, e almejava fortalecê-los na fé. Este era o objetivo do ministério de Paulo: edificar e, assim, estabelecer o testemunho do povo do Senhor. Era esse o resultado pelo qual ele orou aqui. Mas vamos notar que a ênfase de sua oração não está em seu desejo, mas na “vontade de Deus”. Para que essa visita acontecesse, ele reconhece que é necessário ser da vontade de Deus.
Não importa quão constantes sejam nossas orações; acima de tudo, elas precisam estar de acordo com o propósito e a vontade de Deus.