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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (192)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

Se eu de fato creio que meu pecado custou o sangue de Cristo, então, certamente meu pecado é um mal terrível.

(Jeremiah Burroughs)

Esta é uma sábia e sã fé cristã: que um homem entregue a si mesmo, sua vida e suas esperanças a Deus; que Deus encarregue-se da proteção especial desse homem; que, portanto, esse homem não tenha medo de nada.

(George MacDonald)

O que a Igreja precisa hoje não é mais ou melhores equipamentos, nem novas organizações ou mais e novos métodos, mas homens a quem o Espírito Santo pode usar: homens de oração, homens poderosos em oração. O Espírito Santo não flui através dos métodos, mas através de homens. Ele não vem sobre máquinas, mas sobre homens. Ele não unge planos, mas homens: homens de oração.

(Edward McKendree [E. M.] Bounds)

Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí.

(Jr 31.3)

Oh, a paz que flui da crença de que todos os eventos nos quais estamos envolvidos estão sob o arranjo direto de Deus; que os cabelos de nossa cabeça estão todos contados; que Ele se deleita em nossa prosperidade; […] e que todas as coisas certamente trabalharão juntas para nosso bem!

(John Newton)

Não é o mero tocar da flor pela abelha que recolhe o mel, mas é a permanência dela por um tempo sobre a flor que extrai o dulçor. Não é aquele que mais lê, mas aquele que medita mais, que provará ser o cristão mais excelente, mais doce, mais sábio e mais forte.

(Thomas Brooks)

Suas aflições não foram designadas arbitrariamente. Existe uma necessidade justa em tudo o que o Senhor faz. Quando Ele coloca a mão de repreensão sobre você, e o conduz por caminhos que você não conhece, e que você nunca teria escolhido, Ele sussurra com gentil ênfase em seu ouvido: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde”.

(John MacDuff)

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Gotas de orvalho (179)

Cedo pela manhã, o orvalho do céu!

A oração sem agradecimento é como um pássaro sem asas.

(William Hendriksen)

Preocupação é pecado contra o cuidado amoroso do Pai.

(E. Stanley Jones)

Para Deus, a única diferença entre o futuro e o passado é que certas verdades tão eternas como o próprio Deus ainda não se tornaram parte da história humana.

(W. Ian Thomas)

Nada pode ser adicionado à revelação de Deus, pois temos nela tudo de que precisamos; nada pode ser tirado dela, pois precisamos de tudo que temos nela.

(Mark Sweetnam)

Ama-Me a despeito das tentações, e Eu te amarei a despeito de tuas fraquezas.

(John Bunyan)

Vós, santos temerosos, recobrai coragem nova;
as nuvens que tanto temeis
estão cheias de misericórdia e se romperão
em bênçãos sobre vossa cabeça.

(William Cowper)

Que o Senhor desperte em nosso coração a resposta de amor que Seu amor merece.

(W. T. P. Wolston)

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Gotas de orvalho (175)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Não podemos saber, não podemos contar,
quantas dores Cristo teve de suportar;
mas cremos que tudo foi por nós,
Ele foi pendurado e sofreu ali.

(Cecil Frances Alexander)

Faz quase vinte anos que ouvi uma piada profana e ainda me lembro dela. De quantas passagens piedosas que li muito tempo depois já me esqueci completamente? Parece que minha alma é como um lago sujo onde peixes morrem cedo e rãs têm vida longa. Senhor, arranca de minha lembrança essa piada profana. Que não fique nenhuma letra para trás a fim de que minha corrupção não a procure novamente. E, Senhor, fica à vontade para escrever algumas reflexões piedosas no lugar dela e permite, Senhor, que eu tenha o cuidado no futuro de não aceitar o que tenho tanta dificuldade de banir.

(Thomas Fuller)

Há dor que ainda podes Lhe infligir:
é a bofetada tão cruel da ingratidão.
Oh! Não demores. Por que queres resistir
a quem te chama com tão terna compaixão?

(João M. Bentes)

Aquele que não tem certeza do amor de Deus conversa demais com Satanás.

(William Bridge)

Nada obtive senão aquilo que recebi;
a graça o concedeu a mim, desde que cri.
Jactância excluída, orgulho abatido;
sou somente um pecador salvo pela graça!

(James M. Gray)

Arrepender-se é tomar posição ao lado de Deus contra si mesmo.

(A. W. Pink)

Um espírito humilde e piedoso descobrirá mil coisas na Bíblia que o estudante orgulhoso e convencido não conseguirá discernir de jeito nenhum.

(J. C. Ryle)

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Gotas de Orvalho (105)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

É lá na cruz que posso ver
a Tua glória e perfeição.
Olhando as trevas, posso crer
em Teu amor e compaixão.

(Edward Denny)

Não há nenhum náufrago perdido no mais profundo mar de iniqüidade que o profundo amor de Deus não possa alcançar e remir.

(John Henry Jowett)

Nossos grandes problemas são pequenos para o infinito poder de Deus, mas nossos pequenos problemas são grandes para Seu amor de Pai.

(Donald Grey Barnhouse)

O amor de Deus é sempre sobrenatural, sempre um milagre, sempre a última coisa que poderíamos merecer.

(Robert Horn)

Deus deixa depressa Sua ira, mas nunca se arrepende de Seu amor.

(Charles H. Spurgeon)

A única base do amor de Deus é Seu próprio amor.

(Thomas Brooks)

É por termos essa percepção tão superficial do amor de Deus que temos essa percepção tão defeituosa sobre Seu modo de lidar conosco. Interpretamos cegamente os símbolos de Sua providência porque lemos muito imperfeitamente o que está gravado em Seu coração.

(Otávio Winslow)

A morte de Jesus foi a abertura e o esvaziamento de todo o coração de Deus; foi a exuberância do oceano de infinita misericórdia que anelou e desejou por uma saída; foi Deus mostrando como poderia amar um pobre e culpado pecador.

(Otávio Winslow)

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Gotas de orvalho (91)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

Uma vida interior com Deus é o único meio para viver em público por Ele. Toda atividade exterior que não seja o fruto da vida interior tende a fazer-nos trabalhar sem Cristo e a substitui-Lo pelo ego. Tenho muito temor de que se manifeste um grande ativismo quando há pouca comunhão com o Senhor. Todo verdadeiro serviço deve resultar do conhecimento do próprio Cristo.

(John Nelson Darby)

Não é só nas grandes ocasiões que devemos ser fiéis à vontade de Deus; as ocasiões se sucedem, e iremos ficar surpresos ao compreender quanto nosso desenvolvimento espiritual depende das pequenas obediências.

(Madame Swetchine)

A melhor prova de que Deus nunca cessará de nos amar reside no fato de Ele nunca ter começado.

(Geerhardus Vos)

Você acredita ser convertido? Então, não espere impossibilidades desse mundo. Não suponha que virá o dia em que você não encontrará fraqueza no coração, não terá incoerência em suas orações, não haverá distrações durante a leitura bíblica, nem desejos indiferentes na adoração pública a Deus, nenhuma carne para atormentar, nem diabo para tentar, nem ciladas para lhe fazer cair. Não espere nada disso. Conversão não é perfeição! Conversão não é céu! O velho homem dentro de você ainda está vivo, o mundo ao seu redor ainda está cheio de perigos, o diabo não morreu. Lembre-se de que um pecador convertido continua sendo um pobre e fraco pecador, necessitado de Cristo a cada dia. Lembre-se disso, e você não ficará desapontado.

(J. C. Ryle)

A oração não foi estabelecida como um meio de informar a Deus aquilo de que necessitamos, mas foi projetada como nossa confissão a Ele de que estamos cônscios de nossa necessidade. Na oração, como em tudo o mais, os pensamentos de Deus não são os nossos. Ele requer que Seus dons e Suas dádivas sejam procurados, que nos empenhemos em buscá-los. Ele é honrado quando pedimos, da mesma forma que devemos agradecer-Lhe assim que nos concede Sua bênção.

(A. W. Pink)

Cristo habita naquele coração que mais eminentemente se esvaziou de si mesmo.

(Thomas Brooks)

Enquanto a liderança espiritual não voltar a ser ocupada por homens que preferem a obscuridade, continuaremos a presenciar uma constante deterioração da qualidade do cristianismo popular, e possivelmente chegaremos ao ponto em que o Espírito Santo, entristecido, se retirará, como a glória de Deus se apartou do templo.

(A. W. Tozer)

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Gotas de orvalho (83)

Gotas de orvalho que alimentam a fé!

Você não foi chamado para crer em seu amor por Deus, mas no amor de Deus por você! Não argumente, dizendo: “Eu não consigo amar a Deus! Tenho me esforçado ao máximo para fazê-lo, mas falhei em todos os meus esforços, até que no desespero abandonei esse pensamento e deixei de me esforçar.” Nenhum esforço próprio pode acender uma fagulha de amor por Deus em seu coração. Deus tampouco requer essa tarefa de suas mãos. Tudo o que Ele pede de você é sua fé no amor Dele, encarnado e expressado em Jesus Cristo aos pobres pecadores.

(Octavius Winslow)

Aquele que entrega o que não pode guardar para ganhar o que nunca pode perder não é nenhum tolo.

(Jim Elliot)

Nunca suavize o Evangelho. Se a verdade ofende, então, deixe que ofenda. As pessoas passam a vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento.

(John MacArthur)

Cuidado com o primeiro passo para o mal. Cada avanço adicional no pecado será mais fácil que o passo anterior.

(William Hendriksen)

Quanto mais nos aprofundarmos na Palavra, mais elevada será nossa adoração e mais intensamente buscaremos a santidade.

(Steven Lawson)

Quando nos desenvolvemos sem termos cuidado com a alma, Deus recobra nosso gosto por coisas boas novamente por intermédio de severas cruzes.

(Richard Sibbes)

Satanás pinta o pecado com as cores da virtude.

(Thomas Brooks)

Minha opinião acerca de tudo o que me acontece dever ser regida por estas três coisas: a compreensão que tenho acerca de quem sou, a consciência que tenho de para onde vou indo e o conhecimento que tenho do que me espera quando eu chegar lá.

(Martin Lloyd-Jones)

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A auto-comiseração e a traição a Deus

Como vencer esse pecado?

A auto-comiseração é certamente pecado, mas como podemos levar a Deus o que nosso coração ainda não está convencido de ser pecado? Deus nos mostra por intermédio do profeta Jonas.

Há uma jovem aqui nesse café fazendo o que não tenho me permitido fazer há muito tempo. Ela está chorando, e, pela primeira vez, estou com inveja das lágrimas de alguém.

Muitos dias se passaram desde que, pela primeira vez, me encontrei sem inspiração pela vida. Vida! A completa existência vindo da inexistência. 1 de 0. Algo do nada. Como eu poderia estar tão sem inspiração? Descobri que isso não é tão difícil assim quando, no interior, há uma insatisfação com o próprio Criador da vida. É essa insatisfação que tem privado meu coração do louvor e do arrependimento, endurecendo-o pela auto-comiseração.

Deficiência e aflição

O termo “insatisfação” é mais freqüentemente um identificador do que um descritor; geralmente estamos insatisfeitos com algo do que estamos simplesmente insatisfeitos. Nosso desprazer funciona como um cartaz, apontando-nos para deficiência de seu objeto; usualmente nossa insatisfação fala sobre seu sujeito. Na auto-piedade, nossa insatisfação revela muito sobre a deficiência dentro de nós mesmos.

Passei a primeira metade de 2016, na véspera desse entendimento, murmurando pela suposição de que o problema reside em minhas circunstâncias, e não dentro de mim. Eu era a vítima. Fui eu a privada de alegria. Eu era como Habacuque com os frutos da figueira sem florescer, vinhas e campos infrutíferos e estéreis, currais de rebanhos vazios (Hc 3.17) – estava arruinada. Mas, diferente de Habacuque (vv. 18,19), minha canção acabava ali; e, onde a canção acabou, a insatisfação cresceu. Tornou-se amargura, e abundou.

Essa amargura emergiu mais duramente em uma noite de verão; eu estava num pequeno grupo quando, para finalizar um sermão sobre a nova série sobre Salmos de nossa igreja, um irmão conduziu-nos em louvor com esta canção:

Que o fraco diga: “Sou forte!”
Que o pobre diga: “Sou rico!”
Por causa do que o Senhor fez por nós!
Dai graças com um coração grato,
Dai graças Àquele que é santo,
Dai graças porque Ele deu Seu Filho, Jesus Cristo.

Mas eu não conseguia. Quem poderia dar aquilo que não tinha? Da boca dos gratos, louvores fluíam linda e suavemente a meu redor; mas eu continuava como estava: calada e intocada por causa da frieza embutida bem no fundo de mim. Eu não podia agradecer, não!, muito menos entoar sem sinceridade uma melodia sobre o que o Senhor tinha feito, porque eu não conseguia ver o que em Cristo Ele fizera por mim. E não estava disposta a admitir que não conseguia. Estava mais envergonhada do que “derrotada”, estava sem gratidão pela cruz.

Não admira que, então, quando mais tarde busquei pelo salmo que mais mencionamos, deparei-me imediatamente com o salmo 40.17a: “Eu, na verdade, sou pobre e necessitado, mas o Senhor cuida de mim” – palavras que eram outrora um hino, mas que agora estavam entalhadas contra meu coração. Em meu triste descontentamento, na fria, rígida e oca depressão, me perguntei: “Senhor, Tu realmente cuidas de mim? Tu realmente me amas?”

Uma história como a nossa

No centro da história de Jonas existe esta questão: “Deus, Tu realmente me amas?” Porque, se Deus de fato amasse a Jonas, Ele o enviaria para Nínive, a cidade assíria?

Para seu desprazer, Jonas é de fato comissionado a ir a Nínive para pregar a mensagem do arrependimento a fim de que Deus mostrasse Sua misericórdia por um povo mau. Porém Jonas não obedece. Ele conhece muito bem a maldade dessa cidade. Ele também conhece a bondade de Deus. Jonas não quer ver o arrependimento dessa cidade. Ele não quer ter parte na restauração daquelas pessoas. Então, ele foge, embarcando num navio que vai para Társis, cidade oposta a Nínive.

Pelo fôlego de Deus, uma tempestade começa a se formar e as águas se enfurecem por conta da desobediência de Jonas. Ele é, então, jogado pelos marinheiros nas agitadas águas onde um grande peixe o engole inteiro. Por três dias e três noites, ali nas trevas do interior do peixe, Jonas é levado a aquietar-se e contemplar. Como tudo aquilo que antes era bom podia agora mover-se em declive para esse momento trevoso e solitário? Ali, no ventre do peixe, Jonas é trazido ao arrependimento e ao louvor, e, imediatamente após isso, é vomitado em terra firme.

Jonas ruma a Nínive para obedecer à comissão inicialmente designada a ele, e, como esperado, Nínive se quebranta em arrependimento. Mas Jonas está desagradado. “Eu Te falei que Tu eras gracioso e misericordioso, Deus. Eu Te falei. Eu sabia que Tu os perdoarias. Agora, permita-me morrer”. O Senhor responde desta forma: “É razoável essa tua ira?” (Jn 4.4). E, com isso, Jonas parte.

Sentado fora dos limites da cidade, Jonas olha para a distante Nínive no forte calor, quando, de repente, uma aboboreira brota e o livra do sol escaldante. Porém, rapidamente cai a noite. Novamente, Jonas está insatisfeito, e acha de novo melhor morrer do que viver.

Uma coisa. O Senhor responde mais uma vez ao exagerado apelo de Jonas com uma coisa: “É razoável essa tua ira por causa da aboboreira?” Jonas responde: “É justo que eu me enfade a ponto de desejar a morte” (v. 9). Sua amargura permanece a mesma, e também seu coração, imutável.

O pecado da auto-piedade

A auto-piedade é facilmente descoberta como um pecado; não obstante obrigue a uma suave canção, de todas as formas, é um pecado. Mas há mais dela do que um rápido e às vezes rejeitado chamado ao arrependimento revela, e a resposta de Deus à ira de Jonas demonstra exatamente isso. A auto-piedade tem várias faces: ira, tristeza, amargura (ou seja, ira não-tratada), desapontamento e dúvida, citando poucas delas – e todas elas apontam para alguma verdade de Deus e do mundo.

A auto-piedade é, essencialmente, idolatria

A auto-piedade corretamente revela que as coisas de modo geral não são do jeito que deveriam ser – que Jesus, também, lastimou por Seu amado amigo, chorando ao ver o corpo de Lázaro em repouso, e que nosso trabalho exaustivo também é parte da maldição de Adão ter de trabalhar pelo pão. A ira de Jonas corretamente reconhece que a fraqueza em qualquer de suas formas não é merecedora da graça de Deus. Não estamos errados em reclamar das injustiças da vida dentre de limites apropriados. Porém, tomando emprestadas as palavras de Ed Welch, “desejos não-atendidos se tornam desejos egoístas que se tornam necessidades”. A ira de Jonas – e a nossa também – que permanece sem ser atendida por Deus se torna ira egoísta e baseada em justiça própria. Ela se torna ira à qual se tem direito. E se torna idolatria.

É isso que a auto-piedade essencialmente é. É idolatria, porque a pergunta inicial: “Deus, Tu realmente me amas?”, é, na verdade, a declaração em nova forma: ”Deus, Tu não me amas; portanto, preciso me virar por mim mesmo”. Temos pena de nós mesmos porque cremos que não há ninguém mais que se compadeça de nós. Nosso próprio Deus nos traiu. Então, desejamos ser aprovados por qualquer ídolo. Desejamos ser justificados, porque, em nossa injustiça, nos sentimos esquecidos, abandonados, negligenciados, ignorados. Nós, como Jonas, temos pena de nós mesmos a fim de nos assegurarmos de que nossas lutas são de fato conhecidas.

Um novo fim

Em meio à irada miséria de Jonas, a palavra final do Senhor é esta:

“Tens compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer; que numa noite nasceu, e numa noite pereceu. E não hei Eu de ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem discernir entra a sua mão direita e a esquerda, e também muito gado?” (vv. 10-11).

Ao traduzirmos Jonas no curso de hebraico, meu professor Mike Kelly comentou: ”Por que ficar chateado? É algo passageiro. A aboboreira estava ali com um propósito; serviu a esse propósito e, então, morreu. Não se entristeça com isso”. Os antigos, ao lerem esse livro, talvez pensassem: “Onde está o Rei prometido? Quem são esses estrangeiros?” Eles talvez duvidassem de que Deus havia falado pelos profetas. Mas Deus nos confirma algo maior: Sua aliança. “Esses ninivitas estão servindo a Meu propósito. Eu estou no controle. Eles são parte de Meu plano. Porém, no grande esquema das coisas, são como essa aboboreira que cresceu sob a lua e pereceu na noite. Eles são temporários, e não irão frustrar Meu plano para Israel.”

Ao encararmos nossas lutas, podemos ser amargos como Jonas, mas, no final, essas coisas, todas essas coisas que surgem inesperadamente, que acabam inesperadamente, o nascer e o morrer das grandes coisas, das coisas terríveis – todas elas são coisas temporárias. Todas elas são transitórias e nenhuma delas, nem umazinha sequer, irá frustrar as promessas de Deus para nós, porque de fato até mesmo o mal mais vil não pode frustrar o plano de Deus para a salvação. Toda maldade tornou-se nada quando Cristo mergulhou nas profundezas de um grande peixe e levou tudo aquilo à cruz. Pela grande injustiça que Ele sofreu, somos redimidos.

E as frustrações? E as oportunidades perdidas? E os desapontamentos e arrependimentos? Ou talvez as profundas dores e sofrimentos? Anime-se, pois eles, também, não fazem oposição às promessas de Deus para nós – Suas promessas de nos perdoar e salvar; curar e limpar; justificar, adotar e santificar; guiar e proteger; ser para nós nossa paz e alegria; e nos levar um dia em glória para nosso verdadeiro lar. Pois todas as Suas promessas são sim e amém em Cristo – Naquele que sangrou, morreu e ressuscitou para nós, cuja pergunta: “Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?” era, na verdade, a declaração: “Eu serei abandonado por Meu próprio Pai para que vós sejais bem-vindos”.

Não, não há porque termos pena de nós, pois somos amados.

 

 

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (69)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

Sempre que nos sentirmos tentados a duvidar do amor de Deus por nós, devemos nos voltar para a Cruz.

(Jerry Bridges)

Preocupação é pecado contra o cuidado amoroso do Pai.

(E. Stanley Jones)

Busquei o Senhor, e depois descobri
que Ele movia minha alma a buscá-Lo, me buscando.
Ó genuíno Salvador, não fui eu quem Te encontrou.
Não! Eu fui achado, achado por Ti!

(Anônimo)

Amo os homens que fazem a Palavra de Deus trovejar. O mundo cristão está dormindo profundamente. Nada, a não ser uma voz bem forte, pode acordá-lo desse sono.

(Goerge Whitefield)

Não se conhece um homem por sua animação, mas pela quantidade de sofrimento verdadeiro que é capaz de suportar.

(C. T. Studd)

O Calvário é a grande prova divina que Deus dá de que o sofrimento segundo a vontade divina sempre conduz à glória.

(Warren Wiersbe)

Fé é a recusa de entrar em pânico.

(Martyn Lloyd-Jones)

A fé pode colocar um candeeiro na noite mais escura.

(Margaret E. Sangster)

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Gotas de orvalho (64)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

Deus nos vê como somos, nos ama como somos e nos aceita como somos. Mas, por Sua graça, Ele não nos deixa como somos.

(Tim Keller)

A Lei de Deus não nos restringe, mas nos direciona. Obediência é sempre um convite à alegria.

(R. C. Sproul Jr)

Em nossas instabilidades de sentimentos, é bom lembrar que Jesus não tem mudanças em Suas afeições; nosso coração não é a bússola pela qual Jesus navega.

(Samuel Rutherford)

Nunca estamos mais perto de Cristo do que quando nos encontramos perdidos, maravilhados com Seu amor indizível.

(John Owen)

Se eu pudesse ouvir Cristo intercedendo por mim no quarto ao lado, não temeria um milhão de inimigos. No entanto, a distância não faz diferença: Ele está intercedendo por mim!

(Robert Murray M’Cheyne)

Quando atiramos uma flecha, ficamos olhando onde ela cairá; quando enviamos um navio ao mar, esperamos seu retorno; e quando lançamos uma semente, esperamos a colheita. Assim também, quando semeamos nossas orações no coração de Deus, não devemos esperar uma resposta?

(Richard Sibbes)

Cristo não irá guardar-nos se nos colocarmos descuidada e temerariamente no caminho da tentação.

(F. B. Meyer)

Satanás nunca coloca diante dos homens um prato que eles não apreciem.

(Thomas Watson)

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Gotas de Orvalho (39)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Incendeie-se por Deus, e os homens virão ver você pegar fogo.

(John Wesley)

Em nossas orações ainda não resistimos até o sangue; não mesmo. Como diz Lutero, “nem ao menos fizemos suar nossa alma”. Oramos com uma atitude do tipo “o que vier está bom”. Deixamos tudo ao acaso. Nossas orações não nos custam nada. Nem mesmo demonstramos forte desejo de orar. Fica tudo na dependência de nossa disposição, e por isso oramos de forma intermitente e espasmódica. A única força diante da qual Deus se rende é a oração. Escrevemos muito sobre o poder da oração, mas ao orar não temos aquele espírito de luta. Nós fazemos tudo: exibimos nossos dons espirituais ou naturais; expomos nossas opiniões, políticas ou religiosas; pregamos sermões ou escrevemos livros para corrigir desvios doutrinários. Mas quem quer orar e atacar as fortalezas do inferno? Quem irá resistir ao diabo? Quem quer privar-se de alimento, descanso e lazer, para que os infernos o vejam lutando, envergonhando os demônios, libertando os cativos, esvaziando o inferno e sofrendo as dores de parto para deixar atrás de si uma fileira de pessoas lavadas pelo sangue de Cristo?

(Leonard Ravenhill)

Deus nos convida a vir como estamos, não para permanecer como estamos.

(Tim Keller)

Aprendi que não é em nosso perdão, nem em nossa justiça própria, que repousa a sorte do mundo, mas nos do Senhor. Quando Ele nos ordena que amemos nossos inimigos, Ele nos dá, juntamente com a ordem, Seu amor.

(Corrie Ten Boom)

O homem só deve entrar no ministério cristão se não conseguir ficar fora dele.

(Martyn Lloyd-Jones)

Nunca ouvi alguém dizer: “As lições mais profundas da minha vida vieram por meio de tempos de conforto e tranqüilidade”. Mas já ouvi santos fortes dizerem: “Todo avanço significativo que fiz em assimilar as profundezas do amor de Deus e em crescer na comunhão com Ele veio por meio do sofrimento.”

(John Piper)

É muito improvável que Deus use uma pessoa que nunca sofreu profundamente uma dor.

(A. W. Tozer)

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Gotas de orvalho (21)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

A aurora é o portão do dia e deve ser guardada com orações. É a ponta do cordão que amarra as ações do dia, devendo ser atado com devoção. Se percebêssemos melhor a grandeza da vida, seríamos mais cuidadosos com suas manhãs. Quem sai correndo da cama para os negócios, e não espera para adorar, é tão tolo quanto quem não se veste ou não lava o rosto, ou tão insensato quanto o que se lança na batalha sem armas nem armadura. Que nos banhemos no rio refrescante da comunhão com Deus, antes que a solidão e o peso da estrada comecem a nos oprimir.

(C. Spurgeon)

Aflições são leves quando comparadas com o que realmente merecemos. Elas são leves quando comparadas com os sofrimentos do Senhor Jesus. Mas talvez sua real leveza seja melhor vista se comparadas com o peso da glória que nos espera.

(A.W. Pink)

Deus prometeu perdão para o seu arrependimento, mas Ele não prometeu amanhã para a sua procrastinação.

(Agostinho de Hipona)

A maior tristeza e peso que você pode dar ao Pai, a maior indelicadeza que você pode fazer a Ele é não crer que Ele te ama.

(John Owen)

Todo mundo reconhece que Estevão era cheio do Espírito Santo quando estava realizando maravilhas. Porém, ele era igualmente cheio do Espírito Santo quando estava sendo apedrejado até a morte.

(Leonard Ravenhill)

Quando agimos, colhemos os frutos do nosso trabalho, mas, quando oramos, colhemos os frutos do trabalho de Deus.

(Hans Von Staden)

Precisamos viajar menos de avião a jato, de um congresso para outro… porém de mais orações de joelhos, rogando a Deus que tenha misericórdia de nós, mais clamor a Deus para que se levante e disperse seus inimigos e se torne conhecido.

(D. Martyn Lloyd-Jones)

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Indicações de sexta (12)

A Bíblia é nossa regra de fé e de prática!

 

Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que merecem ser lidos

  1. Você já teve dificuldades de explicar o relacionamento de Davi e Jônatas quando ele é usado como “apoio bíblico” para a prática do homossexualismo? Entao, leia este artigo de Wilson Porte e habilite-se a defender a fé escriturística e a condenação sobre o pecado.
  2. Ainda sobre o assunto homossexualismo, este outro artigo de Wilson Porte desmonta a falácia de alguns que dizem que Romanos 1 não condena essa prática. Os homossexuais não são menos pecadores que o restante da humanidade, mas seu pecado é especialmente condenado nas Escrituras.
  3. Você já deve ter-se deparado com mensagens falando das assim chamadas luas de sangue, as quais, segundo seus “seguidores”, sempre estão ligadas a fatos extraordinários na história de Israel. Por essa razão, a tétrade de luas de sangue desse ano seria um sinal do fim do mundo ou da volta do Senhor Jesus. Leia dois artigos de Hugh Ross, astrofísico cristão, que demonstra a bobagem dessa interpretação, tanto do ponto de vista científico quanto do bíblico. Os artigos estão em inglês.
  4. A beleza da santidade, por A. W. Pink. Por que vale a pena ser santo? Por que a santidade é bela?

Mensagem que merece ser ouvida

O chamado para o arrependimento e a fé, por Paul Washer.

Hino que merece ser ouvido

O Love that wilt not let me go

Letra de George Ma­the­son (1882) e música de Al­bert Lister Peace (1884).

Letra original

O Love that Will Not Let Me Go

O Love that wilt not let me go,
I rest my weary soul in thee;
I give thee back the life I owe,
That in thine ocean depths its flow
May richer, fuller be.

O light that followest all my way,
I yield my flickering torch to thee;
My heart restores its borrowed ray,
That in thy sunshine’s blaze its day
May brighter, fairer be.

O Joy that seekest me through pain,
I cannot close my heart to thee;
I trace the rainbow through the rain,
And feel the promise is not vain,
That morn shall tearless be.

O Cross that liftest up my head,
I dare not ask to fly from thee;
I lay in dust life’s glory dead,
And from the ground there blossoms red
Life that shall endless be.

Tradução para o português

Ó amor que não me deixas ir

Ó amor que não me deixas ir,
descanso minha cansada alma em ti;
eu te dou de volta a vida que devo a ti,
para que, nas profundidades de teu oceano, seu fluir
a faça mais rica, mais plena.

Ó luz que me seguiste por todo meu caminho,
eu rendo minha tocha bruxuleante a ti;
meu coração restaura o raio que de ti tomou emprestado
para que na chama de tua luz do sol seu dia
seja mais brilhante, mais justa.

Ó alegria que me procuras em meio à dor:
eu não posso fechar meu coração para ti.
Eu sigo o arco-íris no meio da chuva
E sinto que a promessa não é vã,
que a manhã será sem lágrimas.

Ó cruz que ergueste minha cabeça,
não me atrevo a pedir para voar para longe de ti.
Eu joguei ao pó a glória morta da vida
e, desse chão, irá florescer
a vida que será sem fim.

Versão em português

Amor que não me largas nunca

Amor! que não me largas nunca!
Minh’alma achou descanso em Ti;
Desejo dar-Te minha vida,
A Ti, de quem a recebi,
E só por Ti viver.

Ó Luz! que sempre me iluminas!
Por Ti, Senhor, eu posso ver;
E já que a luz celeste brilha,
Nenhum farol preciso ter,
Mas, sim, a luz do céu.

Ó Gozo! que minh’alma inundas!
Que penas Teu poder desfaz!
Na chuva ao ver um arco-íris,
Sei que a promessa cumprirás,
Que o pranto cessará.

Ó Cruz! Levantas minha fronte;
Alentas tu meu coração;
O sangue por Jesus vertido
Garante minha salvação
E dá-me paz com Deus.

História

George Matheson (27.3.1842–28.8.1906) nasceu com deficiência visual e, aos 15 anos, soube que estava ficando cego. Em lugar de ficar desencorajado com isso, matriculou-se na Universidade de Glasgow e graduou-se aos 19 anos. Aos 20, ficou completamente cego e resolveu entrar para o ministério, dedicando-se aos estudos teológicos.

Suas três irmãs o ajudaram nos estudos, de tal modo que aprenderam hebraico, grego e latim para poderem auxiliá-lo. Após formar-se, pastoreou igrejas na Escócia. Foi um dos mais destacados ministros de seus dias, servindo até 1899, quando teve de se aposentar por conta da precária saúde.

No dia em que uma de suas irmãs estava se casando, Matheson escreveu esse hino. Ele registrou a experiência em seu diário:

Meu hino foi composto na casa pastoral de Inellan na noite de 6 de junho de 1882. Eu estava sozinho naquele momento. Era o dia do casamento da minha irmã, e o resto de minha família foi passar a noite em Glasgow. Alguma coisa tinha acontecido para mim, que era conhecida apenas por mim, e que me causou o mais severo sofrimento mental. O hino foi fruto daquele sofrimento. Ele foi o mais rápido trabalho que já fiz na minha vida. Eu tive a impressão de ter sido ditado a mim por alguma voz interior mais do que de ter sido obra minha. Tenho certeza de que todo o trabalho foi concluído em cinco minutos, e estou igualmente certo de que nunca recebeu de minhas mãos qualquer retoque ou correção. Eu não tenho nenhum dom natural para ritmo. Todos os outros versos que escrevi são artigos manufaturados; esse veio como o amanhecer. Eu nunca fui capaz de expressar outra vez o mesmo fervor em versos.

Mesmo não tendo citado qual seria “o mais severo sofrimento mental” que sofrera, a história de Matheson permite deduzi-lo. Anos antes, ele estava noivo, quando soube que ficaria completamente cego. Então, perguntou à noiva se ela tinha disposição de estar ao lado de um homem que, além de cego, por quem os médicos nada podiam fazer, escolhera ser ministro do evangelho. Ela respondeu que lhe seria demais, que não tinha condições de viver daquele modo, e terminou o noivado com ele. Isso o entristeceu profundamente. Nos anos seguintes, aquela irmã que se casava tinha sido parte fundamental de seu ministério. Além de cuidar dele, ajudava-o a redigir seus sermões e a memorizar as Escrituras. Segundo pessoas que assistiam aos cultos, ninguém saberia dizer que Matheson era cego dada a facilidade com que recitava porções da Bíblia e pregava.

Agora, sua irmã não poderia estar mais com ele. Isso, provavelmente, tenha lhe trazido nova percepção de sua limitação, de sua dor, de sua insuficiência, nova lembrança dolorosa de que ele mesmo não tivera o prazer de casar-se. Então, Deus o lembrou que nunca o havia deixado, que uma luz mais real que aquela do sol o havia guiado todos os dias. E isso foi registrado nesse maravilhoso hino.