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Linho fino: atos justos dos santos

A preparação da esposa aqui mencionada refere-se especialmente às vestes dela. Apocalipse 19.8 diz: “E lhe foi dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos”. A Escritura nos revela que há dois tipos de vestimenta para os cristãos. Uma delas é o Senhor Jesus. Jesus é nossa roupa. A outra é a vestimenta de linho fino, puro e resplandecente, que é mencionada aqui. Todas as vezes que nos apresentamos diante de Deus, o Senhor Jesus é nossa vestimenta. Ele é a nossa justiça, e nós O vestimos quando nos aproximamos de Deus. Essa vestimenta é nossa roupa constante, para que cada santo esteja vestido diante de Deus e não seja achado nu. Por outro lado, quando somos apresentados a Cristo, devemos estar ataviados com o linho fino, puro e resplandecente. Esse linho fino são os atos de justiça dos santos. A palavra no original está no plural, e pode ser traduzida como “justiças” ou “atos de justiça”, significando uma sucessão de atos justos, um após o outro. Estes, juntos, são nossa veste de linho fino. Desde o momento em que fomos salvos começamos a obter essa vestimenta de linho fino, nossos atos de justiça, para nosso adorno.

Podemos ver esses dois tipos de vestimenta para o cristão também em Salmos 45. O verso 13 diz: “A filha do rei é toda ilustre lá dentro; o seu vestido é entretecido de ouro”. (A idéia é que o material de sua vestidura é de ouro, ouro batido.) Então, o verso 14 diz: “Levá-la-ão ao rei com vestidos bordados”. As roupas mencionadas no verso 13 são diferentes das mencionada no verso 14. No verso 13, a vestimenta é de ouro, mas, no verso 14, a roupagem é bordada. Em Apocalipse 19, as vestimentas de linho fino são de obra bordada, não de ouro.

O que, então, é o ouro? O Senhor Jesus é o ouro. Ele é o ouro por ser totalmente de Deus. A justiça que o Senhor Jesus nos deu, a vestimenta que Ele colocou sobre nós quando fomos salvos, é feita de ouro. Mas, além dessa roupa, há outra veste que estamos bordando desde o dia em que recebemos a salvação. E esta são os atos de justiça dos santos. Em outras palavras, a roupa de ouro nos é dada por Deus por meio do Senhor Jesus, enquanto a roupa bordada nos é dada pelo Senhor Jesus por meio do Espírito Santo. Quando cremos no Senhor, Deus nos deu, mediante o Senhor Jesus, uma veste de ouro. Ela é o próprio Senhor Jesus [como nossa justiça] e de modo nenhum está relacionada com nossa conduta. Ela nos foi dada por Ele totalmente pronta. As roupagens bordadas, entretanto, estão relacionadas com nossas obras. Elas são feitas, ponto após ponto, pela obra do Espírito Santo em nós, dia após dia.

Qual é o significado do bordado? É o seguinte: originalmente há uma peça lisa de tecido sem nada sobre ela. Mais tarde, algo é bordado nela com agulhas, e, mediante essa obra, o tecido original e o que foi nela bordado com agulhas se tornam um apenas. Isso quer dizer que, quando o Espírito de Deus trabalha em nós, Ele incorpora Cristo em nós – isto é o bordado. Assim não teremos apenas a vestimenta de ouro, mas também uma roupagem bordada pelo Espírito Santo. Por intermédio desse trabalho Cristo, será incorporado em nós e manifestado por nós. Tal roupa bordada são os atos de justiça dos santos, e é um tipo de trabalho que não é feito de uma vez para sempre, e sim dia após dia, até que um dia Deus diz: “Está pronto”.

Talvez alguém possa perguntar: “O que especificamente são os atos de justiça mencionados aqui?” Os Evangelhos citam muitos atos de justiça, tal como o ato de Maria expressando seu amor pelo Senhor ao ungi-Lo com nardo puro. Isso foi sua justiça. Isso pode ser uma das linhas transversais ou longitudinais da sua vestimenta de linho fino. Houve outras, como Joana, a esposa de Cuza, e muitas outras mulheres que, por causa de seu amor pelo Senhor, supriram as necessidades materiais Dele e de Seus discípulos. Esses também são atos de justiça.

Muitas vezes nosso coração é tocado pelo amor do Senhor e nós o manifestamos externamente. Isso é a nossa justiça, nossa veste de linho fino. Esse é o bordado que está sendo feito hoje. Qualquer expressão que resulta de nosso amor pelo Senhor e que é feita pelo Espírito Santo é uma agulhada dentre as milhares de outras no bordado. A Bíblia nos diz que qualquer que der um copo de água fria a um pequenino de maneira nenhuma perderá seu galardão. Esse é um ato de justiça feito por amor ao Senhor. Quando temos alguma expressão ou ato de amor para o Senhor, isso é justiça.

Apocalipse 7 diz que essa roupa é branca. Ela foi lavada e branqueada no sangue do Cordeiro. Devemos nos lembrar que só podemos nos tornar brancos quando somos lavados de nossos pecados mediante o sangue. E não somente nossos pecados, mas nossa conduta também deve ser purificada. Ela também só pode ser branqueada sendo lavada no sangue. Não há um único ato de qualquer cristão que originalmente seja branco. Mesmo que tenhamos alguma justiça, ela tem mistura e não é pura. Muitas vezes somos gentis com as outras pessoas, mas interiormente estávamos contrariados. Muitas vezes somos pacientes com os outros, mas quando voltamos para casa murmuramos. Dessa forma, após termos feito algum ato de justiça, ainda necessitamos da purificação do sangue. Necessitamos do sangue do Senhor Jesus para nos purificar dos pecados que cometemos, e também para nos purificar de nossos atos de justiça.

Nenhum cristão pode fazer uma roupagem que seja totalmente branca. Mesmo que pudéssemos fazer uma que fosse 99% pura e branca, haveria ainda 1% de mistura. Diante de Deus, nenhum homem é inteiramente sem ofensa. Mesmo os bons atos feitos por amor a nosso Senhor carecem da purificação do sangue. Um homem muito espiritual uma vez disse que mesmo as lágrimas que ele derramou pelo pecado precisavam ser lavadas pelo sangue. Ah! Até as lágrimas do arrependimento devem ser lavadas pelo sangue! Portanto, em Apocalipse 7 é dito que suas roupas foram branqueadas no sangue do Cordeiro. Não possuímos nada de que possamos nos gloriar. Nada em nós, exterior ou interiormente, é inteiramente puro. Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais compreendemos o quão imundos somos; nossos melhores atos e intenções estão misturados com imundícia, e sem purificação do sangue é impossível ser branco.

Mas as roupagens aqui não são apenas brancas, mas brilhantes ou resplandecentes. A brancura tem a tendência de se tornar opaca, pálida e comum. Mas essa vestimenta não é apenas branca, mas resplandecente. Antes de pecar, Eva poderia ser branca, mas de maneira nenhuma poderia ser resplandecente. É verdade que antes da queda ela não tinha pecado, mas era apenas inocente, e não santa. Deus não requer que sejamos apenas brancos, mas também resplandecentes. A brancura é um aspecto passivo, inativo. O resplendor, porém, é um aspecto positivo e ativo.

Não devemos, portanto, ficar amedrontados com as dificuldades ou aspirar por um caminho tranqüilo, pois são os dias de dificuldades que podem nos fazer resplandecer. Você pode não sentir que alguns cristãos tenham pecado ou que estejam errados em qualquer coisa. Pelo contrário, você sente que em quase todos os aspectos eles são bastante bons. Mas, ao estar com eles, você não sente nenhum esplendor. A bondade deles é apenas comum. Eles são brancos, mas não reluzentes. Por outro lado, há outros cristãos que freqüentemente são provados e colocados frente a frente com o sofrimento. Muitas vezes são tão abalados que parece que certamente cairão, mas eles continuam de pé. Depois de certo período de tempo, tais cristãos obtém uma qualidade de esplendor. Eles não são apenas retos, mas brilhantes; não são apenas brancos, mas resplandecentes.

Deus está trabalhando em nós todo o tempo. Continuamente Ele dispende muito esforço conosco para que possamos ser brancos, e Ele está operando em nós para nos fazer resplandecentes. Seu desejo é que sejamos brilhantes. Por essa causa é que precisamos pagar um grande preço e desejar que venha sobre nós todo tipo de dificuldade. De outra forma, nunca poderemos resplandecer. Ser apenas branco não é o bastante. Deus requer que seja visto em nós um esplendor positivo. O medo das dificuldades, o medo dos problemas, o anseio por um caminho fácil e suave: tudo isso terá como conseqüência a perda de nosso esplendor. Quanto mais sofrimentos e dificuldades encontrarmos, mais poderemos resplandecer. As pessoas cuja vida é gasta de forma fácil e comum podem ser brancas, mas nunca serão resplandecentes.

Essa roupa é de linho fino. Segundo a Escritura, a lã tem um significado diferente do que tem o linho. A lã denota a obra do Senhor Jesus, e o linho finíssimo, a obra do Espírito Santo. Isaías 53.7 descreve o Senhor Jesus como uma ovelha que emudece diante de seus tosquiadores. Desse versículo vemos que a lã possui o caráter da redenção. Com o linho, entretanto, não há um caráter de redenção envolvido. Ele é produzido por uma planta; nunca esteve associado com o sangue. O linho finíssimo é produto da obra do Espírito Santo dentro do homem. A roupa de linho finíssimo mostra que Deus não requer apenas que o homem tenha sua justiça, mas também seus próprios atos de justiça. Deus não tem apenas a intenção de obter a Sua justiça em nós, mas tenciona também obter em nós os muitos atos de justiça.

“E lhe foi dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente”. Isso significa que todos os feitos, todos os atos de justiça exteriores são produzidos pela graça. “E lhe foi dado…” Eles não são manufaturados pelo homem natural, mas são o resultado da obra do Espírito Santo no homem. Portanto, devemos aprender a olhar para o Senhor e com expectativa dizer: “Senhor, dá isso a mim! Senhor, conceda-me a graça!” Quão bom é isto: essa roupa é dada pela graça! Se dissermos que essa veste é feita por nós mesmos, é verdade; realmente ela foi confeccionada por nós. Mas, por outro lado, ela foi dada por Deus, pois, quando dependemos de nós mesmos, não podemos produzir nada. É o Senhor que a produz em nós, mediante o Espírito Santo.

Muitas vezes sentimos que o encargo [de Deus para nós] é, na verdade, grande. Desejamos escapar, e quase suplicamos ao Senhor: “Ó Senhor, livra-me!” Mas devemos mudar nossa oração para: “Senhor, torna-me capaz de suportar a carga. Senhor, leva-me a estar de pé diante dela. Faça-me branco e conceda-me estar vestido de roupa resplandecente”.

Apocalipse 19.9 diz: “E [o anjo] me disse: Escreve…” Deus falou, e pediu a João que o escrevesse. O que ele escreveu? “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro”. Novamente o anjo disse: “Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” Deus fez com que ficasse especialmente claro que essas são Suas verdadeiras palavras. Devemos aceitá-las, atentar para elas e lembrar delas.

Qual a diferença entre aqueles que são convidados à ceia das bodas do Cordeiro e a Noiva do Cordeiro? A diferença é: a Noiva é um grupo escolhido: o novo homem. Mas aqueles que são convidados à ceia das bodas são um grande número de indivíduos: os vencedores. A ceia das bodas do Cordeiro refere-se à era do reino. Aqueles que foram convidados estarão juntos com o Senhor, experimentando uma comunhão única e especial, que ninguém jamais provou anteriormente. O Senhor disse por meio do anjo: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. […] Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” Oh! Que Deus nos leve, por amor de Si mesmo, a sermos capazes de experimentar essa comunhão especial com Ele; que Ele faça de nós aqueles que humildemente buscam satisfazer o desejo de Seu coração. Por amor da Igreja, que Ele nos leve a buscar aqueles que suprem vida. E, mais ainda, por amor ao Reino, que Ele nos leve e nos capacite a sermos vencedores.

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Gotas de Orvalho (100) – Edição especial

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Mil e setecentos anos já se passaram, mas Ele ainda não voltou; e isso é um longo período, segundo o cômputo humano, mas não segundo a maneira de Deus ver as coisas. Pois para Ele mil anos é como um dia; embora os santos se impacientem, porque amam, anseiam e apressam a vinda de Cristo. Porém, embora pareça tardio, Ele finalmente virá: Ele mantém-se afastado a fim de dar tempo a Seus laboriosos ministros de exercerem todos os dons que Ele lhes outorgou, e a fim de que os preguiçosos não tenham meio de desculpa.

(John Gill: 1697-1771)

Se creio que o mundo dispara em direção ao caos irrefreável, e que Cristo voltará breve, então, meu clamor deve ser dirigido em favor de meus familiares e amigos que estejam despreparados. Seria hipocrisia eu orar para Jesus vir e, no entanto, não interceder para que meus queridos estejam preparados para aquele dia. A minha oração deve ser: “Venha, Senhor. Mas, primeiro, dá a meus familiares e amigos que estejam perdidos ouvidos para ouvir. Salve-os, salve os perdidos”.

(David Wilkerson: 1931-2011)

Com sua terra sonha o peregrino,
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.
Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!
Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?

(Watchman Nee: 1903-1972)

Pensem na segunda vinda do Senhor, e as coisas deste mundo lhes parecerão muito pequenas.

(João Flavel: 1628-1691)

Em todos os nossos pensamentos acerca de Cristo, nunca esqueçamos de Sua segunda vinda.

(J. C. Ryle: 1816-1900)

Os pensamentos sobre vinda de Cristo são os mais doces e prazerosos para mim.

(Richard Baxter: 1615-1691)

Demos, pois, guarida a uma mente mais saudável, e ainda que o cego e bronco desejo da carne lhe oponha resistência, não hesitemos em esperar a vinda do Senhor não só com anseio, mas também com gemidos e suspiros, como sendo de todas as causas a mais faustosa. Pois Ele nos virá como Redentor, para que, arrebatados deste imenso abismo de tantos males e misérias, nos introduzir naquela bem-aventurada herança da vida e de Sua glória.

(João Calvino: 1509-1564)

Quem ama a vinda do Senhor não é aquele que afirma que Ele ainda está distante nem aquele que diz que está perto. É aquele que, esteja distante ou próxima, aguarda-a com fé sincera, esperança firme e amor fervoroso.

(Agostinho: 354-430)

Cristo nos disse que virá, mas não revelou quando, para que nunca tiremos nossas roupas nem apaguemos nossas lâmpadas.

(William Gurnall: 1617-1679)

O fato de que Jesus deve voltar não é razão para ficarmos olhando para as estrelas, mas para trabalharmos no poder do Espírito Santo.

(Charles H. Spurgeon: 1834-1892)

Estou diariamente esperando a vinda do Filho de Deus.

(George Whitefield: 1714-1770)

Nunca começo a trabalhar de manhã sem pensar que Ele talvez venha interromper meu trabalho e começar o Seu. Não estou esperando a morte – estou esperando por Ele.

(G. Campbell Morgan: 1863-1945)

Oh, que Cristo venha a passos largos! Ah! Se Ele dobrasse os céus como uma capa e tirasse do caminho o tempo e os dias!

(Samuel Rutherford: 1660-1661)

Não é de admirar que, ao olharmos para nosso andar à luz da vinda do Senhor, nós nos consideremos indignos Dele. Eu não poderia esperar que nos sentíssemos de outra maneira. Mas eu gostaria que tivéssemos sempre diante de nossa mente a Pessoa
do Senhor Jesus Cristo, levantando-se de Seu lugar à direita do Pai a fim de vir nos buscar. Creio que bem cedo isso iria tornar nosso andar mais consistente e colocaria nossas afeições, nosso coração e nossos pensamentos em perfeita ordem.

(John Nelson Darby: 1800-1882)

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Citações Corrie Ten Boom D. L. Moody Gotas de orvalho Leonard Ravenhill Modernismos Oração Ruth Paxon Samuel Chandwick Watchman Nee

Gotas de orvalho (93)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

A fé é como o radar, que enxerga através do nevoeiro; vê a realidade das coisas a uma distância que os olhos humanos não conseguem alcançar.

(Corrie Ten Boon)

Estar em Cristo é compartilhar o que Cristo tem. Tudo o que Cristo possui possuímos. Cada bênção espiritual Nele – alegria, paz, vitória, poder, santidade – é nossa aqui e agora. Se somos filhos de Deus, então, somos Seus herdeiros e co-herdeiros com Cristo, para que tudo o que o Pai tenha dado a Seu Filho, o Filho compartilhe conosco.

(Ruth Paxson)

A pior maldição que um povo pode sofrer é ter uma religião movida à base de mera emoção e sensacionalismo. A ausência de realidade espiritual já é trágica; mas o aumento da falsa espiritualidade é pecado mortal.

(Samuel Chadwick)

O custo de chegar perto do coração de Deus, de ouvir a voz de Deus e fazer a vontade de Deus não é pequeno. Deus não pode ser apressado. A região isolada do deserto, solitário, sem recursos, atrativos ou vozes, é o lugar onde a sarça arde, onde a voz de Deus é ouvida, onde a visão é transmitida, onde o casamento com a vontade divina acontece.

(Leonard Ravenhill)

A razão pela qual muitos cristãos não experimentam o poder do Espírito é que lhes falta reverência para com Ele. E falta-lhes reverência porque os olhos deles não foram abertos para o solene fato da presença divina habitando em nós. O fato é incontestável, porém eles ainda não se deram conta disso. Por que alguns filhos de Deus levam uma vida vitoriosa, enquanto outros se encontram em um estado de constante derrota? A diferença não se deve à presença ou ausência do Espírito (pois Ele habita em todo filho de Deus), mas a isto: alguns sabem que Ele habita em nós, e outros, não; e, conseqüentemente, alguns reconhecem a autoridade de Deus sobre sua vida, enquanto outros continuam sendo seus próprios mestres. Descobrir que seu coração é a habitação de Deus será uma revolução na vida de qualquer cristão.

(Watchman Nee)

O imenso poder da oração já sujeitou a força do fogo, amarrou a ira de leões, acalmou as insurreições de anarquia, pôs fim a guerras, aplacou as forças selvagens da natureza, expeliu demônios, rompeu os grilhões da morte, expandiu os limites do reino dos céus, aliviou enfermidades, afastou fraudes, resgatou cidadãos da destruição, parou o sol no seu curso e impediu o avanço do raio destruidor. A oração é uma armadura contra todo mal, um tesouro que nunca se diminui, uma mina que jamais poderá ser esgotada, um céu sem qualquer obstrução de nuvem, um horizonte imperturbado por tempestades. É a raiz, a fonte, a mãe de incontáveis bênçãos.

(Crisóstomo)

Quando alguém dá uma boa olhada no espelho de Deus, não encontrará ali as faltas dos outros; tem coisas demais a ver em si mesmo.

(Dwight L. Moody)

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Amor a Deus Citações Disciplina Oração Serviço cristão Vida cristã Watchman Nee

Buscar o Senhor

Pomba Minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-Me a tua face, faze-Me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce e a tua face, graciosa.

Como muitas vezes achamos difícil colocar-nos na presença do Senhor!
Evitamos a solidão, e, até quando nos desprendemos fisicamente de coisas exteriores, nossos pensamentos ainda continuam a devanear nelas. Muitos de nós podem gostar de trabalhar entre outras pessoas, mas quantos podem aproximar-se de Deus no Santo dos Santos?

Entrar em Sua presença e ajoelhar-se diante Dele por uma hora exige toda a forca que possuímos. Temos de ser severos com nós mesmos para fazê-lo.

Contudo, todo aquele que serve ao Senhor conhece o precioso valor desses momentos, a doçura de acordar à meia-noite e passar uma hora com Ele ou acordar cedo de manhã e levantar-se para passar uma hora em oração.

Deixe-me ser bem franco com você: você não pode servir a Deus à distância. Apenas aprendendo a aproximar-se Dele é que você pode saber o que é realmente servi-Lo.

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Gotas de orvalho (53)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

A cruz de Cristo é o lugar de exposição. Ali, como em nenhum outro lugar, é revelado o ódio do homem por Deus e o amor de Deus pelo homem. Na cruz, o pecado é visto em sua pior maneira e o amor é visto em seu mais alto grau. O pecado do homem e o amor de Deus alcançam o auge no Calvário. Ali, a hediondez de um e a glória do outro são ressaltados com o mais aguçado relevo. A cruz de Cristo é o coração de Deus quebrado pelo pecado. Ela nos fala que Deus, que tem de julgar e punir o pecado, salvará e perdoará o pecador. Ela descobre para nós as insondáveis profundezas do amor de Deus.

(Ruth Paxson)

Há mistérios de graça e de amor em cada página da Bíblia. E próspera é a alma que vê no Livro de Deus uma preciosidade cada vez maior.

(Robert Chapman)

O Espírito Santo toma a Palavra de Deus e, em cooperação com nossa vontade, faz dela um espelho, no qual Ele nos revela a nós mesmos. E ali Ele nos mostra o contraste entre o que nós somos e o que nós devemos ser, e, conforme Ele lança luz em todos os esconderijos de nossa vida, expondo diante de nós o Senhor Jesus em toda a transparência e na pureza de Seu caráter, o que essa luz fará? Ela nos leva à confissão, na medida em que vemos a nós mesmos na luz de Cristo. A confissão nos leva ao sangue e nos traz para perto de Deus, em uma comunhão mais profunda e mais estreita. A única coisa a que você e eu temos direito neste mundo é o sangue de Cristo. E, graças a Deus, temos direito a ele a todo momento, todos os dias, e nós precisamos dele!

(Gordon Watt)

Oh! Quão esplêndida é a glória futura! Quão perfeita é a salvação que Deus preparou para nós! Levantemo-nos e elevemo-nos. Que o céu assim nos encha para que a carne não encontre mais base nem o mundo exerça nenhuma atração! Que o amor do Pai esteja assim em nós a fim de não mantermos mais nenhuma comunicação com Seu inimigo! Que o Senhor Jesus satisfaça nosso coração a fim de não desejarmos mais ninguém! E que o Espírito Santo gere em cada crente a oração: “Vem, Senhor Jesus!”

(Watchman Nee)

Não é triste que Deus nos dê Seu melhor – Seu Filho unigênito – e a Igreja manifeste mais interesse no acontecimento de Sua vinda do que na Pessoa que está lá? Deus deu Seu Filho na manjedoura, e a Igreja está ocupada com o Natal. Deus deu Seu Filho de volta em ressurreição triunfal, e a Igreja tem apenas uma Páscoa. Deus prometeu que Seu Filho vai voltar à terra, e muitos estão simplesmente buscando outro acontecimento. Você está esperando que Cristo volte ou está esperando a volta de Cristo?

(Will H. Houghton)

A primeira e única lei vital que liberta o homem de todas as forças que arruínam e destroem é a vontade de Deus. Mostre-me um homem que vive por um dia total e completamente, em palavras, pensamentos e atos, na vontade de Deus, e eu lhe mostrarei um homem que está antecipando o céu e que naquele dia alcança o plano de vida que é, ao mesmo tempo, o mais amplo, o mais livre e o mais feliz.

(G. Campbell Morgan)

É da maior importância que os filhos do Senhor reconheçam plenamente que Seu objetivo é, acima de tudo o mais, que eles O conheçam. Essa é a finalidade que governa todos os Seus tratamentos para conosco. Essa é a maior de todas as nossas necessidades.

(T. Austin-Sparks)

Não, o cristão não luta visando a uma possível vitória. Ele é mais que vencedor porque a sua vida flui da triunfante morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

(F. J. Huegel)

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Deus está satisfeito!

É a santidade de Deus, a justiça de Deus, que exige que uma vida sem pecado seja dada em favor do homem. Há vida no sangue, e aquele sangue tem de ser derramado em favor de mim, pelos meus pecados. Deus requer que o sangue seja apresentado com o fim de satisfazer a Sua própria justiça, e é Ele quem diz: “Vendo Eu sangue, passarei por cima de vós” (Êx 12.13). O Sangue de Cristo satisfaz Deus inteiramente.

Desejo agora dizer uma palavra a respeito disto a meus irmãos mais novos no Senhor, porque é neste caso que muitas vezes caímos em dificuldade. Em nossa condição de descrentes, podemos não ter sido absolutamente molestados por nossa consciência, até que a Palavra de Deus começou a nos despertar. Nossa consciência estava morta, e aqueles que têm consciência morta certamente não têm qualquer préstimo para Deus. Mas, mais tarde, quando cremos, nossa consciência pode se tornar extremamente sensível, e isso pode vir a ser real problema para nós. O sentimento de pecado e de culpa pode se tornar tão grande, tão terrível, que quase nos paralisa porque nos faz perder de vista a verdadeira eficácia do sangue. Parece-nos que nossos pecados são tão reais, e algumas vezes algum pecado em particular pode atribular-nos tantas vezes, que chegamos ao ponto de imaginá-los maiores do que o sangue de Cristo.

Ora, nosso mal reside em estarmos procurando sentir seu valor e estimar, subjetivamente, o que o sangue é para nós. Não podemos fazê-lo. O sangue não opera desta forma. Destina-se, primeiramente, a ser visto por Deus. Então, temos de aceitar a avaliação que Deus faz dele. Ao fazê-lo, acharemos nossa própria estimativa. Se, em lugar disso, procuramos avaliá-lo, por meio do que sentimos, não alcançaremos nada e permanecemos em trevas. Pelo contrário, é questão de fé na Palavra de Deus. Temos de crer que o sangue é precioso para Deus porque Ele assim o diz (1Pd 1.18,19). Se Deus pode aceitar o sangue como pagamento por nossos pecados e como preço de nossa redenção, então, podemos ter certeza de que o débito foi pago. Se Deus está satisfeito com o sangue, logo, deve ser aceitável o sangue. Nossa estimativa dele é somente de acordo com a avaliação de Deus — nem mais nem menos. Não pode, evidentemente, ser mais, mas não deve ser menos.

Lembremo-nos de que Deus é santo e justo, e que o Deus santo e justo tem o direito de dizer que o sangue de Cristo é aceitável a Seus olhos e que O satisfez inteiramente.

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Gotas de Orvalho (45)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Dependemos diariamente não do que temos, mas do que Deus é. Precisamos ser libertados de nós mesmos. Precisamos ver Deus à luz do evangelho. Precisamos ver que estamos descansando no que Deus é e no que Ele tem. Estamos dependendo da graça e da misericórdia de Deus. Se virmos isso, não fracassaremos nem ficaremos tristes. Se confiarmos em nós mesmos, achando que somos muito bons e que amamos muito ao Senhor, seremos como areia movediça; não seremos capazes de construir uma casa sobre ela. Não podemos encontrar nenhuma paz e alegria em nós mesmos. Somente podemos encontrá-las no Senhor, em Deus.

(Watchman Nee)

Ateísmo: Deus é uma ilusão. Deísmo: Deus é uma idéia. Panteísmo: Deus é um objeto. Misticismo: Deus é uma experiência. Cristianismo: Deus é uma pessoa.

(Matt Smethurst)

A oração é o encontro da sede de Deus e da sede do homem.

(Agostinho de Hipona)

Tudo é pela graça na vida cristã, do início ao fim.

(D. Martyn Lloyd-Jones)

É por termos essa percepção tão superficial do amor de Deus que temos essa percepção tão defeituosa sobre Seu modo de lidar conosco. Interpretamos cegamente os símbolos de Sua providência porque lemos muito imperfeitamente o que está gravado em Seu coração.

(Octavius Winslow)

Assim como o inverno prepara a terra para a primavera, assim as santificadas aflições preparam a alma para a glória.

(Richard Sibbes)

Uma vida ociosa e um coração santo são uma contradição.

(Thomas Brooks)

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Gotas de Orvalho (41)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Ah, se pudéssemos sentir-nos mais preocupados com o estado de inanição em que se encontra hoje a causa de Cristo na terra, com os avanços do inimigo em Sião e com a devastação que o diabo tem efetuado nele! Mas infelizmente um espírito de indiferença vem imobilizando muitos de nós.

(A.W. Pink)

Dá-me o tipo de amor que segue à frente de todos, a fé que não desanima à vista de nada, a esperança que não morre mesmo sofrendo decepções, o fervor que arde como fogo. Que eu nunca fique estagnada como um torrão no chão. Torna-me o Teu combustível, Chama Divina!

(Amy Carmichael)

Como você tem reagido nas horas de aflição? Você está bebendo da taça do tremor, sentindo-se débil, sem poder para resistir ao inimigo? É hora de sacudir as amarras pesadas e levantar mãos santas em louvor a seu Redentor. Você está livre, não importa qual seja a prova – então, alegre-se e se regozije, sabendo que o Quarto Homem está na fornalha com você. Cristo se revelará em seu sofrimento, e o fogo queimará todas essas cordas que lhe atam.

(David Wilkerson)

Quando buscamos a Deus em oração, o diabo sabe que estamos querendo mais poder para lutar contra ele, e por isso procura lançar contra nós toda a oposição que é capaz de arregimentar.

(Richard Sibbes)

O principal requisito de um missionário não é, como temos ouvido tantas vezes, ter paixão pelos perdidos, mas ter amor por Cristo.

(Vance Havner)

A natureza da salvação de Cristo é deploravelmente deturpada pelos evangelistas de hoje. Eles anunciam um Salvador do inferno em vez de um Salvador do pecado. E é por isso que muitos são fatalmente enganados, pois há multidões que desejam escapar do lago de fogo que não têm nenhum desejo de ficar livres de sua carnalidade e de seu mundanismo.

(A. W. Pink)

As riquezas do ministério na Palavra serão proporcionais às provações pelas quais passarmos. Somente podemos dispensar aos filhos de Deus aquilo que tivermos ganho pela experiência. Somente podemos transmitir a eles o que efetivamente aprendemos do próprio Deus.

(Watchman Nee)

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Vida cristã Watchman Nee

Um caminho, não métodos (Watchman Nee)

“Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (Jo 14.6).

Freqüentemente escutamos a experiência de outros e sentimos sua preciosidade, mas vemos apenas um método que outra pessoa tocou em vez de vermos o Senhor. Como resultado, sofremos derrota após derrota. A principal razão é não conhecermos o Senhor como o caminho.

Procuremos entender que crer na pessoa do Senhor e crer em uma fórmula são duas propostas totalmente diferentes. Pela graça de Deus, o cristão tem os olhos abertos para ver que tipo de pessoa é; por essa razão põe a si mesmo de lado e crê no Senhor, confiando Nele para fazer em seu interior o que ele mesmo não pode fazer. Como conseqüência, ele obtêm liberdade e está plenamente satisfeito diante de Deus.

Mais tarde, entretanto, outra pessoa se interessa por Cristo por intermédio dele. Depois de ouvir o testemunho da primeira pessoa, esta também pede a Deus para iluminá-la a fim de que possa conhecer que é um homem inútil. Ela também aprende a crer em Deus e a humildemente abandonar a si mesma. Ainda assim estranhamente percebe que não recebeu a libertação como na experiência da outra pessoa. Qual é a explicação para isso?

É porque o primeiro irmão tem fé viva que o habilita a tocar o Senhor tanto quanto a crer em Deus, enquanto o segundo irmão não tem fé, mas somente uma “fórmula de fé copiada”; portanto não encontrou Deus. Resumindo, o que este segundo irmão tem é um método, não o Senhor. Um método não tem poder nem eficácia; por não ser Cristo, é simplesmente uma coisa morta.

Por essa razão, então, devemos, após ouvir uma mensagem ou um testemunho, examinar-nos a fim de saber se encontramos o Senhor ou meramente entendemos um método. Não há libertação no conhecimento de um método como há no conhecimento do Senhor. Ouvir como Ele ajuda outros não irá nos salvar. Somente nossa confiança no Senhor é eficaz. As palavras em ambos casos podem nos parecer as mesmas, mas as realidades são completamente diferentes. O Senhor é o Senhor da vida. Qualquer um que O toque toca a vida. Somente tocar o Senhor pode dar vida.


(Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Autores Oração Sofrimento Watchman Nee

Não há lugar para pressa na fé (Watchman Nee)

Lembremo-nos de que não há lugar para pressa na fé nem na oração. A fé resiste ao tempo. Se Deus não responder, podemos esperar até que tenhamos cem anos de idade. Esperamos contra a esperança. Abraão creu em Deus (Rm 4.18).

Eliseu disse ao rei Jeoás que atirasse a flecha contra a terra, mas o rei fez assim apenas três vezes, ao passo que teria podido ferir os siros até os consumir (veja 2Rs 13.14-19). Assim também é nossa oração: não devemos orar duas ou três vezes e parar.

Um servo do Senhor disse certa vez: “Orar é como colocar cartões de visita em uma balança. Você coloca um peso de 100 gramas em um dos pratos da balança, e vai colocando cartões no outro. Quando se lança aqui o primeiro cartão, este não consegue levantar o peso de 100 gramas. Cartão após cartão é colocado, mas sem afetar o peso. Daí, talvez, no exato momento em que lançar o último cartão, o peso do outro lado é finalmente erguido. Assim também acontece com a oração. Oramos uma, duas, três vezes, e uma vez mais. Talvez seja esta nossa última oração, mas então vem a resposta.”

Pregar é proclamar aquilo que Deus tratou em sua vida. De outra forma, pregue o que pregar, você não conseguirá levar outras pessoas até aquele ponto. Há tantas pregações hoje com tão pouco resultado porque os próprios pregadores não aprenderam mediante o tratamento de Deus. É melhor não abrirmos a boca se tudo o que pregarmos for mero ensinamento – o resultado de duas ou três horas de preparo de um sermão. Precisamos experimentar de três a cinco anos de atuação de Deus em nossa vida antes de estarmos aptos a pregar.

Se tratarmos de algumas coisas que acontecem todos os dias, estaremos qualificados a tratar com pessoas que tenham os mesmos problemas. Você sabe a diferença entre fazer sermão e testemunhar? Fazer sermão não ajuda, mas testemunhar, sim. Podemos preparar um sermão que receba a aprovação dos homens, e no entanto não conseguir fazer que as pessoas prossigam vitoriosamente em seus caminhos, por não terem em que se apoiar. É como uma criança na escola primária que tenta escrever um relato sobre uma viagem que nunca realizou. Não é isso que acontece com o testemunho. Ao testemunhar, a pessoa estará descrevendo uma situação verdadeira – como se estivesse mostrando aquilo de que está falando. Talvez não fale bem, mas não falará errado, pois está descrevendo uma cena real, visível e palpável.

Portanto, no trabalho entre crentes como entre não-crentes, uma questão de grande importância para nós é a de lidarmos com Deus. Somente é real aquilo a respeito do que tenhamos tido tratamento; e é isso que vai tocar as pessoas quando falarmos.

Irmãos, há dezenas de milhares de coisas que exigem o toque de Deus hoje. Quão lastimável que tenhamos, até agora, ignorado tantas coisas sem termos jamais recebido os tratamentos de Deus! Se aprendermos a aceitar os caminhos de Deus para nós, todos os dias, aprenderemos a conhecê-Lo após algum tempo. Muitos crentes correm para lá e para cá a fim de ouvir pessoas e perguntar a elas, mas não buscam o Senhor por si mesmos. Não admira que ainda não conheçam o Senhor mesmo após terem sido salvos há tantos anos. Que lamentável é esse estado de coisas!

Deveríamos perguntar a Deus o que fazer quanto a todas questões. Deveríamos buscar até conhecer a vontade divina. Não devemos somente orar uma vez e parar. Repito: se for orar somente uma vez, seria melhor desistir de orar de vez.

Para concluir, então, deixem-me dizer que crentes preguiçosos jamais podem esperar conhecer a Deus. Que aprendamos diariamente a tratar com Deus bem como a ser tratados por Ele. Essas experiências são extremamente preciosas. Há mais valor em conhecermos a Deus do que em termos conhecimento intelectual da Bíblia.

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Amor Cristo Escatologia Hinos & Poesia Indicações de sexta Segunda vinda Watchman Nee

Primeiro Indicações de sexta de 2016

Você quer que Ele venha logo?

Este é o primeiro artigo da série Indicações de sexta de 2016. Ou, se você preferir, é o último de 2015, pois foi preparado dia 31 de dezembro.

Iniciamos essa série em 2015; às vezes, por motivos alheios a nossa vontade, não conseguimos publicá-la, mas sempre procuramos apresentar aqui alimento substancial para os sequiosos filhos de Deus.

O artigo de hoje é um pouco diferente de todos os outros. É um resumo de tudo o que pretendemos (falo em nome de todos os que têm trabalhado para produzir o Campos de Boaz, pessoas que serão formalmente apresentadas em breve) neste blogue. Tudo o que publicamos, todas as ênfases que desejamos dar com os artigos, todo o anelo por trás de nosso trabalho voluntário é despertar os filhos de Deus para amarem mais e conhecerem mais o Senhor Jesus, e para desejarem Sua volta.

Esses três itens estão intimamente ligados. Quanto mais O conhecemos mais O amamos, pois mais conhecemos quão digno de nosso amor Ele é. E, quanto mais O amarmos, mais desejaremos que Ele volte. Isso também implicará permitir que Seu morrer opere em nós. E, quanto mais morrermos para esse mundo, mais desejaremos que Ele volte.

Muitos cristãos, infelizmente, estão presos a este mundo, cegados para as verdades mais profundas e necessárias do Evangelho, enganados por falsos ensinos, seguindo lobos mal disfarçados de ovelhas. Por isso, oramos a fim de que, se ao aprouver ao Senhor, nosso trabalho sirva para despertar pelo menos um de Seus filhos. Se isso ocorrer, já nos sentiremos gratos e honrados por termos sido usados por Aquele que é o único merecedor de toda honra, glória e consagração.

Nosso desejo, expresso neste hino, é que Ele volte. Logo.

Hino que honra a Deus

Desde Betânia

Letra de Watchman Nee; música: Danny Boy (melodia tradicional irlandesa)

Letra em português

Desde Betânia

Desde Betânia, quando nos deixaste,
Saudade imensa inundou meu ser.
Não tenho mais tocado a minha harpa –
Como tocar, se a Ti não posso ver?
Na solidão da noite tão profunda,
Fico em silêncio e calmo a meditar
Nessa distância, pois de mim tão longe estás
E há quanto tempo prometeste regressar!

Sem lar, recordo Tua manjedoura,
Olhando a cruz não posso me alegrar.
E Tu me lembras o meu lar futuro,
Mas é a Ti quem mais quero encontrar.
Sem Ti não tem sabor minha alegria;
Doçura, encanto, aos hinos vêm faltar,
Vazios são meus dias, pois aqui não estás.
Senhor, Te peço, não demores a voltar.

Embora aqui Tua presença eu goze,
De Ti saudade estou sempre a sentir.
Mesmo gozando o Teu amor imenso,
Anseio pelo dia em que hás de vir.
Mesmo na paz me sinto tão sozinho;
Por Ti suspiro em meio do prazer.
Jamais minha alma tem satisfação total,
Pois o Teu rosto amado não consigo ver.

Com sua terra sonha o peregrino,
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.
Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!
Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?

Tu lembras que buscar-me prometeste,
E junto a Ti em breve me levar?
Mas tantos dias e anos já passaram,
Cansado estou e peço-Te lembrar.
Tuas pegadas vejo tão distantes,
E quanto tempo ainda vai passar?
Ansioso clamo a Ti, e peço, ó Salvador:
Oh, não demores! Vem, Senhor, me arrebatar.

O dia nasce e morre, e assim as noites.
E quantos santos já não estão aqui
Tanto esperaram pela Tua volta,
E há muito tempo estão dormindo em Ti.
Ó meu Senhor, por que não Te manifestas?
Espesso véu está a Te ocultar –
Quantos remidos Teus estão a Te esperar!
Será que a nossa espera não vai mais findar?

Sei que também anseias por voltares
E arrebatar os redimidos Teus.
Por isso peço não mais demorares;
Depressa vem levar-nos para Deus.
Ó vem, Senhor, a Tua Igreja clama;
Não ouves Tua Noiva a Te chamar?
Olhando o céu, saudosa, diz a suspirar:
“Amado Noivo, não demores a voltar!”

História

Esta letra foi escrita por Watchman Nee depois da invasão comunista na China, a qual resultaria em sua prisão em 1952 e da qual nunca foi libertado, ali morrendo vinte anos depois. O hino expressa o mais sublime, profundo, doce, saudoso, real, desesperado anelo pela volta do Senhor. Impossível não ler sem sentir o coração apertar, tanto de saudade do Senhor quanto de vergonha por não termos o mesmo sentimento.

Há variações da letra em diferentes fontes e, em muitas delas, o autor é dado como desconhecido. Há um doce galardão em não ser conhecido por ninguém a não ser pelo Senhor.

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Indicações de sexta (17)

A Bíblia é nossa regra de fé e de prática!

 

Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que você precisa ler

  1. É importante conhecer a impossibilidade do homem conhecer a Deus por seus próprios esforços. É a depravação total, aqui ensinada por Joel Beeke.
  2. Qualquer cristão sincero reconhecerá que orar é difícil e manter uma vida de oração é ainda mais difícil. Este artigo de Mark Jones traz preciosa e prática ajuda para todo aquele que deseja orar.
  3. Para o bom testemunho da família cristã, devem ser conhecidos Os respectivos deveres dos maridos e das esposas (por John Gill). Que Deus nos ajude a termos um lar que Lhe traga honra e cumpra Sua vontade.
  4. O que pode sustentar você? Horatius Bonar responde.

Mensagem que você precisa ouvir

Não há apóstolos hoje, por Augustus Nicodemus

Essa mensagem difere um pouco das que normalmente apresentamos aqui. No entanto, dada a seriedade do assunto, ela deve ser ouvida com atenção. O povo de Deus está sendo muitíssimo enganado e destruído por dar ouvido a esses falsos apóstolos modernos.

Hino que honra a Deus

Desde Betânia

Letra de Watchman Nee; música: Danny Boy (melodia tradicional irlandesa)

Letra em português

Desde Betânia

Desde Betânia, quando nos deixaste,
Saudade imensa inundou meu ser.
Não tenho mais tocado a minha harpa –
Como tocar, se a Ti não posso ver?
Na solidão da noite tão profunda,
Fico em silêncio e calmo a meditar
Nessa distância, pois de mim tão longe estás
E há quanto tempo prometeste regressar!

Sem lar, recordo Tua manjedoura,
Olhando a cruz não posso me alegrar.
E Tu me lembras o meu lar futuro,
Mas é a Ti quem mais quero encontrar.
Sem Ti não tem sabor minha alegria;
Doçura, encanto, aos hinos vêm faltar,
Vazios são meus dias, pois aqui não estás.
Senhor, Te peço, não demores a voltar.

Embora aqui Tua presença eu goze,
De Ti saudade estou sempre a sentir.
Mesmo gozando o Teu amor imenso,
Anseio pelo dia em que hás de vir.
Mesmo na paz me sinto tão sozinho;
Por Ti suspiro em meio do prazer.
Jamais minha alma tem satisfação total,
Pois o Teu rosto amado não consigo ver.

Com sua terra sonha o peregrino,
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.
Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!
Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?

Tu lembras que buscar-me prometeste,
E junto a Ti em breve me levar?
Mas tantos dias e anos já passaram,
Cansado estou e peço-Te lembrar.
Tuas pegadas vejo tão distantes,
E quanto tempo ainda vai passar?
Ansioso clamo a Ti, e peço, ó Salvador:
Oh, não demores! Vem, Senhor, me arrebatar.

O dia nasce e morre, e assim as noites.
E quantos santos já não estão aqui
Tanto esperaram pela Tua volta,
E há muito tempo estão dormindo em Ti.
Ó meu Senhor, por que não Te manifestas?
Espesso véu está a Te ocultar –
Quantos remidos Teus estão a Te esperar!
Será que a nossa espera não vai mais findar?

Sei que também anseias por voltares
E arrebatar os redimidos Teus.
Por isso peço não mais demorares;
Depressa vem levar-nos para Deus.
Ó vem, Senhor, a Tua Igreja clama;
Não ouves Tua Noiva a Te chamar?
Olhando o céu, saudosa, diz a suspirar:
“Amado Noivo, não demores a voltar!”

História

Esta letra foi escrita por Watchman Nee depois da invasão comunista na China, a qual resultaria em sua prisão em 1952 e da qual nunca foi libertado, ali morrendo vinte anos depois. O hino expressa o mais sublime, profundo, doce, saudoso, real, desesperado anelo pela volta do Senhor. Impossível não ler sem sentir o coração apertar, tanto de saudade do Senhor quanto de vergonha por não termos o mesmo sentimento.

Há variações da letra em diferentes fontes e, em muitas delas, o autor é dado como desconhecido. Há um doce galardão em não ser conhecido por ninguém a não ser pelo Senhor.

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