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Conselho aos pais Família Heresias Igreja Modernismos Mundo Sociedade

Não deixe que o ministério de jovens leve os jovens a apostatarem da fé!

Não deixe que a escola dominical destrua a fé das crianças e roube a responsabilidade dos pais!

Pais, não terceirizem sua responsabilidade!

Assista a este documentário e convença-se de que escola dominical, ministério de jovens e similares são marcas da vergonhosa degradação da igreja e da família cristã e que seus ocasionais e raros benefícios não mudam o fato de não serem bíblicos e de usurparem a responsabilidade dos pais e incapacitá-los a praticá-la!

Descubra que a educação oferecida pelo Estado, a escola dominical como praticada hoje, o ministério de jovens e a separação dos membros da igreja em grupos etários têm a mesma raiz: homens e princípios contrários à Bíblia.

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Salvação Sociedade

Segurança em um mundo instável

Em 13 de novembro último assistimos pelos meios de comunicação ao pior ataque terrorista a atingir a França desde a 2a. Guerra Mundial, segundo a Folha de São Paulo, com um saldo de 129 mortos e apenas dez meses depois do ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo.

Diariamente notícias sobre toda sorte de violência inundam os telejornais, propagando uma onda de temor e insegurança. Será que existe um lugar onde se pode encontrar segurança e estabilidade diante do que aconteça no mundo ou em nós mesmos? Podemos olhar para o futuro com esperança, sem levar em consideração as circunstâncias da vida?

Leia este artigo e veja onde encontrar segurança nestes últimos dias:

http://www.suaescolha.com/experiencia/seguranca/

Nestes dias de incertezas, que o Senhor traga esperança a seu coração.

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Pecado Sociedade Vida cristã

O pecado socialmente aceitável (Jason Todd)

Muitos cristãos hoje gostam de dizer que todos os pecados são “iguais” aos olhos de Deus, que não há uma escala de pecados menores ou piores, que uma mentirinha ou um homicídio são ambos o suficiente para que Cristo precisasse morrer na cruz. Todos dizemos isso na teoria, mas na prática, sabemos que uma “mentirinha branca” não vai te tirar da liderança da igreja. E um homicídio provavelmente vai.

Na prática, há alguns pecados que são socialmente aceitáveis, mesmo na igreja. Há um pecado em particular que tem permeado nossa sociedade e nossas igrejas tão silenciosamente que nós raramente prestamos atenção, que é a busca constante por mais, por além do que é suficiente. Ou, usando uma palavra mais feia, o que nós chamamos de glutonaria.

Quando eu penso sobre glutonaria, eu penso em meu desejo de devorar uma dúzia de rosquinhas, ajudando a descer com um copo de achocolatado. Ou talvez minha tendência de alimentar meu estômago com salgadinhos quando já nem estou mais com fome. Muitos de nós podem olhar para o pecado da glutonaria e pensar “não é bem com isso que eu luto” ou “que mal há nisso?”. Afinal, a maioria das congregações possuem pessoas que comem demais, e elas não são consideradas “menos espirituais” ou “relapsas” por isso.

Mas a glutonaria não é meramente um vício por comida. E se olharmos em sua definição e contexto originais, a glutonaria se torna muito mais próxima das nossas vidas do que gostaríamos de admitir.

Em sua forma mais básica, glutonaria é o vício da alma no excesso. Ela ocorre quando o gosto domina sobre a fome, quando o querer domina sobre o precisar. E em nossa sociedade, onde “crescer na vida” é o mais comum dos ideais, muitas vezes é difícil distinguir uma conquista merecida de um excesso indulgente. Nesse sentido, mesmo os mais atléticos e musculosos entre nós podem ser glutões. Qualquer um de nós pode ser.

Todo desejo por excesso provém de uma falta de satisfação. Eu não estou satisfeito com a minha porção – seja a porção no meu prato, no leito matrimonial ou na minha conta bancária. Por não estar satisfeito com minha porção, eu busco uma porção maior. Mas porque cada porção é uma parte finita de um todo finito, estou constantemente buscando um excesso que nunca poderá satisfazer.

Essa é a história de Gênesis 3. Qual foi o pecado do Jardim do Éden, se não um desejo por excesso? Adão e Eva receberam um paraíso para os olhos e para o paladar, em total ausência de qualquer vergonha, mas o que fazia do jardim um paraíso não era nada disso. Ali era um paraíso porque Deus andava na viração do dia com eles. Apesar disso, a queda de Adão e Eva ocorreu porque eles consideraram que mesmo isso não era suficiente. Eles não estavam contentes com sua porção no paraíso, e então foram em busca – com consequências desastrosas – de mais.

E como eles, somos seres vorazes. Incorporamos desejos sem fundo sempre à procura da próxima coisa atrativa. Nossos apetites são tão fortes quanto a morte, nos diz Provérbios 27.20. Estamos sempre indo em busca da próxima coisa que poderá satisfazer e aplacar nossa sede infinda. Essa inclinação sem fim é o que move a glutonaria. É o que propulsiona nossas almas sempre em direção ao excesso.

E mesmo assim, o desejo por “mais” não é inerentemente mau, mas é quase sempre mal direcionado. O que nós precisamos é de um apetite incansável pelo divino. Precisamos de uma santa voracidade. Nossas carentes almas podem se voltar e serem capturadas por uma bondade encontrada na presença do Deus todo glorioso. Há apenas uma fonte infinita de satisfação que pode satisfazer nossos desejos sem fim.

Uma pequena prova de Sua graça suprema é o suficiente para atrair um apetite há muito prisioneiro de porções menores. Se água roubada é doce, graça abundante é ainda mais doce.

E há um efeito colateral estranho: quanto mais bebemos do amor sem fim do Deus infinito, mais nossos gostos serão transformados. A essência da graça vai permear cada vez mais fundo as almas incansáveis dos mais carentes.

Na busca por porções menores, nosso paladar foi anestesiado. Nos tornamos dormentes para nossa fome real, nos enchendo com efemeridades. Mas quando voltamos à fonte, nossos sentidos são renovados.

O Salmo 34.8 nos desafia a enxergar a diferença: “Provai e vede que o SENHOR é bom”. Eu entendo que Paulo entendeu esse verso quando disse ao povo de Listra que Deus dá fartura e alegria para que nossos corações se convertam de coisas vãs e se voltem para a satisfação suprema em quem Deus é (Atos 14.15.17).

Consequentemente, se Deus ordenou que sua bondade seja vista e provada (e, implicitamente, ouvida, cheirada e tocada), isso tem, pelo menos, duas implicações diretas. Primeiro, isso significa que cada prazer e satisfação finitos tem o objetivo de nos apontar para o prazer e a satisfação infinitos em Deus. Minha admiração por um pôr-do-Sol não precisa, assim, parar no horizonte, mas deve continuar e subir em adoração e gratidão. Em segundo lugar, isso significa que se nosso desejo por “mais” for mal-direcionado, então certamente ele pode ser redirecionado na direção certa.

O desejo pelo excesso é pecaminoso? Depende de se a alma está buscando um excesso finito ou um excesso infinito. Será que nós sequer pensamos vorazmente em Deus? Nos regozijamos nas chances de gastar alguns minutos a mais em oração, afastados do mundo apenas para provar mais uma vez do divino? Quando foi a última vez que ficamos compenetrados por muito tempo nas páginas de uma Bíblia aberta por não conseguirmos parar de admirar o sabor doce como o mel das verdades antigas? Se a Bíblia é a história do único bem infinito, por que gastamos tanto de nossas vidas em banquetes tão menores que ela?

Nós cristãos domamos nosso deleite em Deus de tal forma que sequer imaginamos como seria viver sempre em busca dEle. Se satisfazer em Deus é algo tão distante para a maioria de nós quanto um estômago vazio. Por que não focamos nossas almas na única bondade que pode lidar com nossos desejos? Por que corremos atrás dos efêmeros sabores do dinheiro, da comida e do sexo?

Como disse George MacDonald, “certas vezes eu acordo e, eis, já esqueci”. Dormir é como um botão de reinício e minha fome muitas vezes é mal direcionada. Penso ter fome do que é finito, mas minha necessidade real é Deus. Para nos lembrarmos disso, precisamos provar profunda, constante e diariamente a bondade de Deus. Então voltemo-nos e regozijemo-nos corretamente.


Traduzido por Filipe Schulz 
Recebido por e-mail. Fonte não mais disponível.

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Indicações de sexta (19)

A Bíblia é imutável como autoridade para todo ensinamento e toda prática!

 

Toda sexta-feira, indicação de artigos, de uma mensagem e de um hino recomendados. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que você precisa ler

  1. A encarnação de Cristo é, sem dúvida, tema fundamental da fé cristã. Leia o artigo de Joel Beeke.
  2. Em um mundo no qual os homens, ainda que brutais, vão se tornando efeminados por não compreenderem qual o papel que ocupam segundo o propósito de Deus, recomendamos leitura, análise e reflexão do artigo As marcas da masculinidade, de Albert Mohler Jr.

Mensagem que você precisa ouvir

Você não tem fé na humanidade, por Mário Persona

Hino que honra a Deus

Vigiar e orar

Letra: Autor desconhecido. Publicado no hinário francês Psaumes et Cantiques (Salmos e Cânticos), que, como muitos hinários da época, não registrava os autores. Tradução: Alfredo Henrique da Silva (1872-1950), em 1913. Música: Sophia Zuberbühler (1833-1893), de quem também nada se sabe.

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Indicações de sexta (9)

Confronte todas as coisas com a verdade da Bíblia

 

Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
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Artigos que merecem ser lidos

  1. Ashley Madison: Infidelidade. O que a revelação de dados de usuários de um sítio de adultério revela sobre todos nós.
  2. A perda da masculinidade nos nossos dias, por Paul Washer. Meninos que querem viver como homens sem serem homens. Homens que querem continuar se comportando como meninos. O que a Bíblia tem a dizer sobre ser homem? E por que isso é tão fundamental para a saúda da família e da igreja?
  3. Como ler a Bíblia experimentalmente. Como ler a Bíblia respeitando-a como a Palavra revelada de Deus?
  4. Ensinando as partes explícitas da Bíblia para as crianças. Algumas passagens da Bíblia causam preocupação aos pais quando elas são apresentadas aos filhosl. Como lidar com isso? Por que não devemos ocultá-las das crianças?

Mensagem que merece ser ouvida

Chorando entre o átrio e o altar, de Leonard Ravenhill

Hino que merece ser ouvido

I Surrender All

Letra de Judson W. Van de Venter (1855-1939), música de Winfield Scott Weeden (1847-1908). Inspirada em Lucas 14.33.

Letra original

All to Jesus I surrender,
All to him I freely give;
I will ever love and trust him,
In his presence daily live.

Refrain
I surrender all,
I surrender all,
All to thee, my blessed Savior,
I surrender all.

All to Jesus I surrender,
Humbly at his feet I bow,
Worldly pleasures all forsaken,
Take me, Jesus, take me now.

All to Jesus I surrender;
Make me, Savior, wholly thine;
Let me feel the Holy Spirit,
Truly know that thou art mine.

All to Jesus I surrender,
Lord, I give myself to thee,
Fill me with thy love and power,
Let thy blessing fall on me.

All to Jesus I surrender;
Now I feel the sacred flame.
Oh, the joy of full salvation!
Glory, glory, to his name!

Tradução

Tudo a Jesus eu rendo,
Tudo a Ele livremente dou.
Eu irei amá-Lo e confiar nele,
Em Sua presença diariamente viver.

Coro
Eu rendo tudo,
Eu rendo tudo,
Tudo a Ti, meu bendito Salvador,
Eu rendo tudo.

Tudo a Jesus eu rendo,
Humildemente, a Teus pés, eu me curvo.
Prazeres mundanos, todos renunciados.
Toma-me, Jesus, toma-me agora.

Tudo a Jesus eu rendo,
Faz-me, Salvador, totalmente Teu.
Deixa-me sentir o Espírito Santo
Realmente saber que Tu és meu.

Tudo a Jesus eu rendo,
Senhor, eu me dou a Ti.
Enche-me com Teu amor e poder,
Deixa Tua bênção vir sobre mim.

Tudo a Jesus eu rendo,
Agora eu sinto a chama sagrada.
Oh, a alegria da plena salvação!
Glória, glória, a Seu nome!

Versão em português

Tudo entregarei

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
tudo, sim, por Ti darei.
Resoluto, mas submisso,
sempre sempre seguirei.

Coro
Tudo entregarei, tudo entregarei;
Sim, por Ti, Jesus bendito, tudo entregarei.

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
corpo e alma eis aqui.
Este mundo mau renego,
ó Jesus, me aceita a mim!

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
quero ser somente Teu.
Tão submisso à Tua vontade,
como os anjos lá no céu.

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego.
Oh! Eu sinto Teu amor
transformar a minha vida
e meu coração, Senhor.

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego –
oh, que gozo, meu Senhor!
Paz perfeita, paz completa,
glória, glória ao Salvador!

História

Judson W. Van DeVenter foi criado em um lar cristão. Aos 17 anos, creu no Senhor Jesus. Na universidade, graduou-se em arte e trabalhou como professor e administrador de arte do ensino médio. Viajou muito, visitando várias galerias de arte em toda a Europa.

Van DeVenter também estudou e ensinou música. Ele dominava 13 instrumentos diferentes, cantava e compunha. Ele estava muito envolvido no ministério de música da igreja metodista episcopal de que participava. Então, ficou dividido entre a carreira docente bem-sucedida e seu desejo de fazer parte de uma equipe evangelística. Essa luta interior durou quase cinco anos.

Em 1896, Van DeVenter estava conduzindo a música de um evento da igreja. Foi durante essas reuniões que ele finalmente rendeu seus desejos completamente a Deus: ele tomou a decisão de se tornar evangelista de tempo integral. Ele mesmo narra:

A canção foi escrita enquanto eu estava conduzindo uma reunião em East Palestine, Ohio (EUA), na casa de George Sebring (notável evangelista, fundador da Conferência Bíblica Campmeeting Sebring, em Sebring, Ohio, e mais tarde desenvolvedor da cidade de Sebring, Florida). Por algum tempo, eu tinha lutado entre desenvolver meus talentos no campo da arte e ir para o trabalho evangelístico em tempo integral. Por fim, a hora crucial de minha vida veio, e eu entreguei tudo. Um novo dia se iniciou em minha vida. Eu me tornei evangelista e descobri, no fundo de minha alma, um talento até então desconhecido para mim. Deus havia escondido uma canção em meu coração e, tocando um doce acorde, Ele me fez cantar.

Ao se submeter completamente à vontade de seu Senhor, uma canção nasceu em seu coração.

Winfield Scott Weeden publicou vários livros de música religiosa, mas esta canção parece ter sido sua favorita: o título dela está gravado em sua lápide.

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Indicações de sexta (3)

Confronte todas as coisas com a verdade da Bíblia!

Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe seja útil para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo e para despertar em você mais amor por Ele.
É importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: a menção a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que merecem ser lidos

  1. Confiabilidade do Novo Testamento. Em entrevista exclusiva, Craig Blomberg, uma das maiores autoridades sobre o Novo Testamento, fala sobre a confiabilidade dos textos neotestamentários.
  2. Resumo biográfico de Anthony Norris Groves, pioneiro em missões para os muçulmanos. Um dos principais nomes entre os irmãos, Groves foi grande conciliador entre diferentes opiniões no movimento, sem abrir mão dos fundamentos da fé. (O artigo peca em sua apresentação visual, atrapalhando um pouco a leitura, mas o conteúdo compensa.)
  3. O terrível legado de Charles Finney. Muito admirado e citado, Finney, no entanto, desviou-se seriamente da ortodoxia bíblica.
  4. A prática homossexual é igual a qualquer outro pecado? É dito popularmente entre os cristãos que não existem pecadinho e pecadão. Mas é isso que a Bíblia ensina?

Mensagem que merece ser ouvida

O Cordeiro de Deus e os vencedores (Stephen Kaung)

Hino que merece ser ouvido

There is a Redeemer (Keith Green)

Letra

There is a redeemer, Jesus, God’s own Son
Precious Lamb of God, Messiah, Holy One
Jesus my redeemer name above all names
Precious Lamb of God, Messiah oh, for sinners slain

Thank You oh my Father for giving us Your Son
And leaving Your Spirit ‘til the work on Earth is done

When I stand in glory I will see His face
And there I’ll serve my King forever in that holy place

Thank You oh my Father for giving us Your Son
And leaving Your Spirit ‘til the work on Earth is done

There is a redeemer, Jesus, God’s own Son
Precious Lamb of God, Messiah, Holy One

Thank You oh my Father for giving us Your Son
And leaving Your spirit ‘til the work on Earth is done
And leaving Your spirit ‘til the work on Earth is done

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Supremo conforto (R. C. Sproul Jr.)

O Senhor carregou a coroa de espinhos para nos salvar. Agora, Ele tem a coroa de Rei para julgar o mundo

A decisão na última sexta-feira [25.6.15] da Suprema Corte [dos Estados Unidos], embora não tenha sido exatamente uma surpresa, é angustiante, desencorajadora e repugnante. Mesmo o defensor mais inflexível dos chamados “direitos dos homossexuais” deveria, pelo menos, afirmar que a decisão é fundamentalmente falha, impulsionado por um embuste judicial, e, por qualquer leitura sã da Constituição, inconstitucional. No entanto, a decisão foi tomada.

Como os governos estaduais e locais devem responder é uma questão importante. Como as igrejas locais e a Igreja como tal deve responder é uma questão importante. Mas hoje eu gostaria de fazer algumas sugestões para os cristãos. O que devemos fazer? A mesma coisa que fazemos todos os dias.

Em primeiro lugar, arrependam-se. O julgamento começa com a casa de Deus (1Pd 4.17) – e não se engane: isso é julgamento de Deus. Assim, é sábio e prudente sempre, em tempos de providência difícil, examinar-nos o coração e arrepender-nos. Alguns, é claro, vão insistir em que nos arrependamos por não sermos suficientemente amorosos com aqueles que abraçam paixões não-naturais. E eles estariam certos. Mas, antes de inclinar a cabeça, precisamos entender melhor o que significa amar aqueles que abraçam pecado grave e hediondo. Significa chamá-los ao arrependimento e proclamar a garantia de que o sangue de Cristo cobre todos os pecados daqueles em Cristo. Aceitação do pecado é ódio contra os pecadores. A pressão cultural para fazer exatamente isso só vai aumentar. Será que vamos amar nossos inimigos o suficiente para chamá-los ao arrependimento ou vamos curar suas feridas levemente com palavras suaves que pavimentam o caminho para o inferno?

Em segundo lugar, creiam no evangelho. Uma das razões pelas quais tendemos a ceder à pressão cultural é que almejamos aprovação cultural. Crer no evangelho, no entanto, lembra-nos primeiro de que somos muito piores do que meros odiadores homofóbicos. Não importando do que nos acusem, a verdade é que apenas arranham a superfície do que realmente somos em nós mesmos. Suas acusações em tom estridente devem ser abafadas por nossos simples clamores: “Senhor, sê propício a mim, pecador”.

Não importando do que nos acusem, a verdade é que apenas arranham a superfície do que realmente somos em nós mesmos.

Crer no evangelho, no entanto, também nos lembra que já temos a aprovação do Único que realmente importa, e que isso nunca pode ser tirado. Por causa da vida perfeita, da morte expiatória e da ressurreição justificadora de nosso Senhor, somos os amados filhos adotivos1 do Deus Altíssimo. O que é um pouco de escárnio cultural ou mesmo uma grande quantidade de perseguição efetiva à luz disso? Tudo o que temos que realmente importa já está oculto com Ele nos lugares celestiais.

Crer no evangelho, por sua vez, lembra-nos de que Ele não está apenas nos lugares celestiais, mas, tendo ascendido, lá Ele se assenta em Seu trono. Nosso Salvador não é apenas nosso Rei, mas a Ele foi dado todo o poder no céu e na terra. Nada do que aconteceu está fora de Seu controle. A Suprema Corte [dos Estados Unidos] pode ter uma vez mais revogado a Constituição, mas Satanás não apreendeu o trono de Jesus. Isso, também, por mais horrível que seja, é parte integrante do perfeito plano divino para trazer todas as coisas à sujeição, para esmagar nossos ídolos e para lavar todas as nossas máculas e manchas. Não importando o que os tribunais digam sobre o casamento, na corte celestial, o verdadeiro Supremo Juiz nos diz que somos Sua noiva e que Ele nunca deixará ou nos abandonará.

Por fim, crer no evangelho significa crer que Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos. A Suprema Corte não é o mais alto nível de apelação, e sua injustiça um dia se moldará à justiça. Este não é o fim.

Eu, como a maioria de vocês, estou hoje afligido, desanimado e enojado. Mas também sou, todos os dias, regenerado, redimido, refeito. E obrigado a me arrepender e a crer no evangelho.

 

Nota

1 Apesar de ser esta a opinião geral entre os cristãos, de que somos filhos adotivos de Deus, este tradutor se alinha com aqueles estudiosos que entendem sermos filhos legítimos de Deus, de acordo com Jo 1.12,13, que diz claramente que aqueles que creram nasceram de Deus. (N. do T.)

(Traduzido por Francisco Nunes de “Supreme Comfort”, de R. C. Sproul Jr. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria e de tradução e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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A perigosa decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos (John MacArthur)

A Suprema Corte dos Estados Unidos está apressando a ira de Deus sobre a nação

Prezado homem do seminário,

O mais alto tribunal em nosso país estabeleceu um acórdão. As manchetes proclamam que uma pequena maioria de juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos considera a liberdade de orientação sexual um direito para todos os americanos. Essa troca de um conjunto de valores em favor de outro não é uma surpresa para nós, que já sabemos que o deus deste século cegou a mente daqueles que não crêem (2Co 4.4). O dia 26 de junho de 2015 permanece como um marco significativo na demonstração americana desta realidade antiga.

Nenhum tribunal humano tem autoridade para redefinir o casamento.

Nos próximos dias, é esperado que você, como pastor, forneça comentários e conforto para seu rebanho. Esse é um momento crítico para os pastores, e fica como mais um lembrete de porque uma formação adequada é crucial.

Estou escrevendo esta mensagem curta como um pastor para outro. Os meios de comunicação estão apressando-se com as atualizações, e não preciso ajudar com minha voz para a briga geral. Em vez disso, quero ajudá-lo a pastorear sua igreja nesse momento confuso. Além dos artigos úteis em Preaching and Preachers Blog (Blog Pregação e Pregadores), também quero comunicar os pensamentos abaixo, que, espero, vá ajudar você a considerar a questão de uma maneira bíblica.

    1. Nenhum tribunal humano tem autoridade para redefinir o casamento, e o veredito de ontem [dia 26] não muda a realidade ordenada por Deus com relação ao casamento. Deus não foi derrotado com essa decisão, e todo casamento será julgado, no último dia, de acordo com os fundamentos bíblicos. Nada irá prevalecer contra Ele (Pv 21.30) e nada vai impedir o avanço de Seu Reino (Dn 4.35).
    2. A Palavra de Deus pronunciou julgamento sobre qualquer nação que queira reclassificar mal como bem, escuridão como luz e amargo como doce (Is 5.20). Como nação, os Estados Unidos continuam a colocar-se na mira do juízo [divino]. Como proclamador da verdade, você é responsável por nunca ajustar-se a essas questões. Você deve se manter firme em todos os aspectos.
    3. Essa decisão prova que [nós, cristãos] estamos claramente em minoria e somos um povo separado (1Pe 2.9-11; Tt 2.14). Como escrevi no livro Why Government Can’t Save You (Por que o governo não pode salvar você), os padrões que moldaram a cultura ocidental e a sociedade americana deram lugar ao ateísmo prático e ao relativismo moral. Essa decisão simplesmente acelerou a velocidade do declínio. Um país não consegue ir além da moralidade de seus cidadãos, e a maioria dos americanos não têm uma cosmovisão bíblica.
    4. A liberdade religiosa não é prometida na Bíblia. Nos Estados Unidos, a igreja de Jesus Cristo tem desfrutado de uma liberdade sem precedentes. Isso está mudando, e o novo normal pode incluir a perseguição do que é novo para nós. Nunca houve um momento mais importante para os homens talentosos ajudarem a liderar a igreja por manejar competentemente a espada do Espírito (Ef 6.17).
    5. O casamento não é o campo de batalha final, e nossos inimigos não são os homens e mulheres que procuram destruí-lo (2Co 10.4). O campo de batalha é o evangelho. Tenha cuidado para não substituir paciência, amor e oração por amargura, ódio e política. Enquanto você guia cuidadosamente seu rebanho em torno das armadilhas perigosas à frente, lembre-o do poder indomável do perdão por meio da cruz de Cristo.
    6. Romanos 1 identifica claramente a evidência a ira de Deus sobre uma nação: a imoralidade sexual seguida pela imoralidade homossexual culminando em uma disposição mental reprovável. Essa etapa mais recente nos lembra que a ira de Deus virá plenamente. Vemos agora mentes reprováveis em todos os níveis de liderança: no Supremo Tribunal Federal, na presidência, nos gabinetes, na legislatura, na imprensa e na cultura. Se nosso diagnóstico está alinhado com Romanos 1, então, também devemos seguir a prescrição encontrada em Romanos 1: não nos envergonharmos do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação! Nesse dia, é nosso dever e nosso chamamento divinos fortalecer a igreja, as famílias e o testemunho do evangelho por dissipar o absurdo pragmático que distrai a igreja de sua missão dada por Deus. Homossexuais, como todos os outros pecadores, precisam ser avisados do juízo eterno iminente e da amorosa oferta de perdão, graça e vida nova mediante o arrependimento e a fé no Senhor Jesus Cristo.

Em última análise, sua maior contribuição para seu povo será a de mostrar paciência e uma confiança inabalável na soberania de Deus, no senhorio de Jesus Cristo e na autoridade das Escrituras. Volte os olhos para o Salvador, e lembre seu povo de que, quando Ele voltar, tudo será colocado no lugar.

Estamos orando por sua firme proclamação da verdade e por seu posicionamento inegociável por Cristo.

 

(Traduzido por Francisco Nunes de “An Open Letter to TMS Alumni”. Esta é uma carta aberta de John MacArthur para os alunos do The Master’s Seminary (O Seminário do Mestre), o qual é “comprometido em equipar homens para uma vida inteira de serviço na igreja para a glória de Cristo”. O nome ao artigo foi dado pelo tradutor. Você pode usar esse artigo desde que não o altere, não omita a autoria, a fonte e a tradução e o use exclusivamente de maneira gratuita. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Teologia bíblica e crise de sexualidade

(Albert Mohler Jr.)

A sociedade ocidental experimenta, atualmente, o que pode se chamar de fato uma revolução moral. O código moral de nossa sociedade e a avaliação ética coletiva acerca de uma questão particular sofreram não apenas pequenos ajustes, mas uma completa inversão. O que antes era condenado, agora, é celebrado; e a recusa a celebrar, agora, é condenada.

O que torna a presente revolução sexual e moral tão diferente das revoluções morais anteriores é que ela está acontecendo a uma velocidade absolutamente sem precedentes. As gerações anteriores experimentaram revoluções morais ao longo de décadas, até mesmo séculos. A presente revolução está acontecendo à velocidade da luz.

À medida que a igreja responde a essa revolução, devemos nos lembrar de que os atuais debates acerca da sexualidade apresentam à igreja uma crise que é irredutível e inescapavelmente teológica. A crise é equivalente ao tipo de crise teológica que o gnosticismo apresentou à igreja primitiva, ou que o pelagianismo apresentou à igreja no tempo de Agostinho. Em outras palavras, a crise da sexualidade desafia o entendimento da igreja acerca do evangelho, do pecado, da salvação e da santificação. Advogados da nova sexualidade exigem uma completa reescrita da metanarrativa da Escritura, uma completa reordenação da teologia, uma mudança fundamental em como nós pensamos o ministério da igreja.

“Transgênero” está na concordância bíblica?

Textos-prova são a primeira reação de protestantes conservadores em busca de uma estratégia de resistência e reafirmação teológica. Essa reação hermenêutica ocorre naturalmente com os cristãos evangélicos porque nós cremos na Bíblia como a inerrante e infalível Palavra de Deus. Nós entendemos, como B.B. Warfield disse, que “quando a Escritura fala, Deus fala”. Eu devo deixar claro que essa reação não é inteiramente errada, mas também não é inteiramente certa. Não é inteiramente errada porque certas Escrituras (isto é, “textos-prova”) falam acerca de questões específicas de um modo direto e identificável.

Contudo, existem óbvias limitações a esse tipo de método teológico – o que eu gosto de chamar de “reação da concordância bíblica”. O que acontece quando você lida com uma questão teológica para a qual nenhuma palavra correspondente aparece na concordância? Muitas das questões teológicas mais importantes não podem ser reduzidas meramente a encontrar palavras relevantes e seus versículos correspondentes em uma concordância bíblica. Tente encontrar “transgênero” em sua concordância. Que tal “lésbica”? Ou “fertilização in vitro”? Elas certamente não estão no final da minha Bíblia.

Não é que a Escritura seja insuficiente. O problema não é uma falha da Escritura, mas uma falha de nossa abordagem da Escritura. A abordagem-concordância da teologia produz uma Bíblia rasa, sem contexto, sem aliança ou pacto, sem uma narrativa principal – três fundamentos hermenêuticos essenciais para entender a Escritura corretamente.

Uma teologia bíblica do corpo

A teologia bíblica é absolutamente indispensável para que a igreja molde uma resposta apropriada à presente crise sexual. A igreja precisa aprender a ler a Escritura de acordo com o seu contexto, envolta em sua narrativa principal e progressivamente revelada em linhas pactuais. Nós precisamos aprender a interpretar cada questão teológica por meio da metanarrativa bíblica da criação, queda, redenção e nova criação. Especificamente, os evangélicos precisam de uma teologia do corpo que esteja ancorada no próprio desvelar do drama da redenção ao longo da Bíblia.

Criação

Gênesis 1.26-28 indica que Deus criou o homem – diferentemente do resto da criação – à sua própria imagem. Essa passagem também demonstra que o propósito de Deus para a humanidade era uma existência corporal. Gênesis 2.7 também enfatiza esse ponto. Deus criou o homem do pó da terra e, depois, soprou nele o fôlego de vida. Isso indica que éramos corpo antes de sermos pessoa. O corpo, como se vê, não é incidental à nossa personalidade. Adão e Eva recebem a comissão de multiplicarem-se e sujeitarem a terra. Os seus corpos lhes permitem, pela criação de Deus e por seu plano soberano, cumprirem aquele mandato como portadores da imagem divina.

A narrativa de Gênesis também sugere que o corpo vem com necessidades. Adão sentiria fome, então Deus lhe deu o fruto do jardim. Essas necessidades revelam, no bojo da ordem criada, que Adão é um ser finito, dependente e derivado.

Além disso, Adão teria a necessidade de companhia, então Deus lhe deu uma esposa, Eva. Tanto Adão como Eva deveriam cumprir o mandato de multiplicar-se e encher a terra com portadores da imagem divina, mediante o uso apropriado das habilidades reprodutivas com as quais foram criados. Ligado a isso está o prazer corporal que ambos experimentariam ao se tornarem uma só carne – isto é, um só corpo.

A narrativa de Gênesis também demonstra que o gênero é parte da bondade da criação de Deus. Gênero não é meramente uma construção sociológica imposta a seres humanos que, de outro modo, poderiam negociar um número indefinido de permutas.

Ao contrário, Gênesis nos ensina que o gênero é criado por Deus para o nosso bem e para a sua glória. O gênero é planejado para o florescimento humano e é estabelecido pela determinação do Criador – assim como ele determina quando, onde e que nós devemos existir.

Em suma, Deus criou sua imagem como uma pessoa corpórea. Como seres corpóreos, recebemos do próprio Deus o dom e a mordomia da sexualidade. Nós somos feitos de um modo que testifica os propósitos de Deus a esse respeito.

Gênesis também molda toda essa discussão em uma perspectiva pactual. A reprodução humana não é simplesmente para propagar a raça. Em vez disso, a reprodução enfatiza que Adão e Eva devem multiplicar-se a fim de encher a terra com a glória de Deus refletida nos portadores de sua imagem.

Queda

A queda, o segundo movimento na história da redenção, corrompe a boa dádiva divina do corpo. A entrada do pecado traz a mortalidade ao corpo. Em termos de sexualidade, a Queda subverte os bons planos de Deus para a complementaridade sexual. O desejo de Eva é de dominar o seu marido (Gênesis 3.16). A liderança de Adão será cruel (3.17-19). Eva experimentará dor ao dar à luz filhos (3.16).

As narrativas que seguem demonstram o desenvolvimento de práticas sexuais aberrantes, desde a poligamia até o estupro, as quais a Escritura aborda com notável franqueza. Esses relatos em Gênesis são seguidos pela entrega da Lei, a qual é planejada para refrear o comportamento sexual aberrante. Ela regula a sexualidade e as expressões de gênero ao fazer pronunciamentos claros acerca da moralidade sexual, travestismo[1], divórcio e uma miríade de outras questões corporais e sexuais.

O Antigo Testamento também associa o pecado sexual à idolatria. Adoração por meio de orgias, prostituição cultual e outras horrendas distorções da boa dádiva divina do corpo são todas vistas como parte da adoração idólatra. As mesmas associações são feitas por Paulo em Romanos 1. Havendo mudado “a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis” (Romanos 1.23), e havendo mudado “a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador” (Romanos 1.25), homem e mulher mudaram suas relações naturais um com o outro (Romanos 1.26-27).

Redenção

No tocante à redenção, precisamos notar que um dos mais importantes aspectos de nossa redenção é que ela vem por meio de um Salvador com um corpo. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14; cf. Filipenses 2.5-11). A redenção humana é realizada pelo Filho de Deus encarnado – que permanece encarnado eternamente.

Paulo indica que esta salvação inclui não meramente a nossa alma, mas também o nosso corpo. Romanos 6.12 fala do pecado que reina em nosso “corpo mortal” – o que implica a esperança da futura redenção corporal. Romanos 8.23 indica que parte de nossa esperança escatológica é a “redenção do nosso corpo”. Mesmo agora, em nossa vida de santificação, nós somos ordenados a apresentar o nosso corpo como um sacrifício vivo a Deus, em adoração (Romanos 12.1). Além disso, Paulo descreve o corpo redimido como um templo do Espírito Santo (1Coríntios 6.19) e, claramente, devemos entender a santificação como tendo efeitos sobre o corpo.

A ética sexual no Novo Testamento, assim como no Antigo, regula as nossas expressões de gênero e sexualidade. Porneia, a imoralidade sexual de qualquer espécie, é categoricamente condenada por Jesus e os apóstolos. Semelhantemente, Paulo claramente indica à igreja de Corinto que os pecados sexuais – pecados cometidos no corpo (1Coríntios 6.18) – são o que traz má reputação à igreja e ao evangelho, porque proclamam ao mundo que nos observa que o evangelho não possui qualquer eficácia (1Coríntios 5-6).

Nova criação

Finalmente, chegamos ao quarto e último ato do drama da redenção – a nova criação. Em 1Coríntios 15.42-57, Paulo nos aponta não apenas a ressurreição de nosso próprio corpo na nova criação, mas também o fato de que a ressurreição corporal de Cristo é a promessa e o poder dessa esperança futura. Nossa ressurreição será a experiência da glória eterna, no corpo. Esse corpo será uma continuação transformada e consumada da nossa existência corporal presente, do mesmo modo como o corpo de Jesus é o mesmo corpo que ele possuía na terra, embora absolutamente glorificado.

A nova criação não será simplesmente uma recomposição do jardim. Será melhor do que o Éden. Como Calvino observou, na nova criação, nós conheceremos a Deus não apenas como Criador, mas como Redentor – e essa redenção inclui nosso corpo. Reinaremos com Cristo corporalmente, assim como ele também está reinando corporalmente como o Senhor do cosmo.

Em termos de nossa sexualidade, embora o gênero permaneça na nova criação, o mesmo não ocorrerá com a atividade sexual. Não é que o sexo seja nulificado na ressurreição; em vez disso, ele é cumprido. A ceia escatológica de casamento do Cordeiro, para a qual o casamento e a sexualidade apontam, terá finalmente chegado. Nunca mais haverá qualquer necessidade de encher a terra com portadores da imagem divina, como era o caso em Gênesis 1. Em vez disso, a terra estará cheia do conhecimento da glória de Deus, como as águas cobrem o mar.

A indispensabilidade da teologia bíblica

A crise da sexualidade tem demonstrado o fracasso do método teológico adotado por muitos pastores. A “reação da concordância” simplesmente não pode alcançar o tipo de pensamento teológico rigoroso que se exige nos púlpitos hoje. Pastores e igrejas devem aprender a indispensabilidade da teologia bíblica e devem praticar a leitura da Escritura de acordo com a sua própria lógica interna – a lógica de uma história que se move da criação para a nova criação. A tarefa hermenêutica diante de nós é imensa, mas é também indispensável para um fiel engajamento evangélico com a cultura.

Notas:

[1]: N.T.: Usar roupas do sexo oposto.

Tradução: Vinícius Silva Pimentel
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel

(O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e/ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.)

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