Orar é um trabalho espiritual, e a natureza humana não gosta de tão árduo trabalho. A natureza humana deseja velejar para os céus pelo impulso de uma brisa favorável, sobre um mar cheio e calmo.
Orar é um trabalho humilhante. Humilha o intelecto e o orgulho, crucifica a vanglória, assinala nossa derrota… e tudo isso é duro para a carne e o sangue. É mais fácil não orar do que suportar essas coisas.
Assim chegamos a um dos males clamorosos destes tempos, talvez de todos os tempos: pouca oração ou nenhuma. Destes dois males, talvez a pouca oração seja pior do que não orar. Orar pouco é uma espécie de desculpa, um desencargo de consciência, uma farsa e uma ilusão.
“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Sl 106.15).
O evangelho coloca diante de nós Cristo e seu Reino em contraste com o mundo e suas atrações. Insta conosco para escolher. De fato, toda sua influência é direcionada para mostrar que a escolha é inevitável. Mas, quando a vontade faz sua escolha eterna e abre sua vida ao reinado e governo do Salvador, somente o primeiro passo na vida cristã foi dado. Existe diante de nós todo um caminho de peregrinação que teremos de percorrer com paciência na companhia de nosso Senhor.
E, no decorrer deste caminho, sempre rondando nossos passos, existe a cilada sutil de se escolher um bem menor. Pois a vida é uma longa série de escolhas, escolhas que precisam ser feitas diariamente, entre aquilo que é supremo e superior e aquilo que é secundário, entre o que agrada a si mesmo e o que agrada a Deus.
O perigo mais comum não é o que muitos imaginam: desviar-se e cair no pecado. É antes a tentação que aparece com freqüência alarmante de escolher o bom em vez do melhor, de escolher algo que tem inúmeros pontos a favor, mas não é a vontade explícita de Deus para nós.
Quando nos comprometemos a qualquer outro curso de vida, que não seja de absoluta fidelidade ao bem superior, estamos nos posicionando lamentavelmente fora do contato vivo com Deus, que às vezes pode conceder-nos nossos desejos e, ao mesmo tempo, deixar nossa alma definhar-se.
Israel, a quem este texto em Salmos se refere, foi um forte exemplo disso. O propósito de Deus para a nação era que não tivesse um soberano terreno; Ele mesmo seria seu Senhor e seu Rei. Israel seria exemplo e modelo ao mundo inteiro. Mas Israel se rebelou. O povo queria ser igual, e não diferente, às outras nações. Pediram um rei para guiá-los à batalha; queriam um monarca com toda a pompa e todo o esplendor.
Mesmo assim, Deus não os deixou a seus próprios desejos nem os rejeitou. Com efeito, Deus disse a Samuel: “Muito bem; nomeie um rei para eles; não estão escolhendo o melhor, e vou permitir que tenham o bem inferior escolhido por eles mesmos. É a única maneira de mostrar-lhes a tolice do que estão fazendo.”
A história subseqüente da nação mostrou realmente o perigo de se escolher um bem inferior. Israel tinha uma posição geográfica crucial e visada por todos os povos que levantavam impérios. Desta forma, era mais importante ainda que estivesse sob a proteção de Deus. Mas escolheu um caminho diferente, e qual foi o resultado? Desastre após desastre em guerras e conquistas por outros povos. A terra foi dilacerada por dissensões e agitações e, por fim, o povo foi retirado e levado ao cativeiro.
Se essas ilustrações de um princípio de vida puderem servir de alguma forma para nós, certamente seria para mostrar a ênfase que Deus dá às escolhas que são feitas em cada crise moral e espiritual. É comum dizer que nossas escolhas atestam nosso caráter e que a direção a que a mente da pessoa se volta involuntariamente mostra que tipo de pessoa é. A seriedade da vida é que cada dia somos testados a respeito dos fundamentos e inspirações vitais de nosso ser.
Há momentos em que somos tentados a seguir rumos em que ganho material e vantagem pessoal estão em primeiro lugar. Somos tentados a garantir para nós mesmos vantagens atuais, e a colocar conforto, facilidade e prosperidade como nossos objetivos principais. Perguntamos: “Não podemos tirar proveito máximo dos dois reinos?”
O perigo é, ao tentar conciliar as duas coisas, escolhermos o bem inferior. E, se isto acontecer, Deus não nos abandonará, pois Ele nunca faz isso. Mas Ele permite que a escolha inferior corrija nossa vontade própria e nos conduza de volta ao lugar de obediência de todo coração a Ele.
A escolha de um bem inferior pode resultar no abafamento de nossos instintos mais espirituais, na perda de uma comunhão mais íntima com Deus e na ausência daquela divina parceria de poder em que Deus fortalece e usa as pessoas para Sua glória.
É sempre um grande desafio de fé compreender o que é o melhor de Deus, mas, quando o reconhecemos, isso traz a exigência imediata de uma resposta. Seguir a luz divina que vem para nos guiar e submeter todas as nossas escolhas à vontade de Deus são os testes mais severos que a vida nos reserva. Mas feliz de fato é o homem cuja coragem não hesita, cujos ideais não são renegados, na hora de sua provação.
Nossa vida presente e o treinamento que temos aqui são apenas uma preparação para o serviço eterno. A escolha de um bem inferior sempre resultará no empobrecimento da influência presente, pois, se um homem quiser exercer influência superior, ele deve viver em função das coisas superiores.
Sabemos de pais que se dizem cristãos, mas cuja escolha de um bem inferior se reflete na vida insatisfatória de seus filhos. Em vez de buscarem primeiro o reino de Deus, a perspectiva de sua vida no lar é influenciada em grande medida pelo mundo, pelas convenções da sociedade, não pelas convicções do coração. E seus filhos tomaram uma medida muito inferior de Deus por causa dessa imagem distorcida que os pais refletiram.
O Exemplo de Nosso Senhor
Nem tudo é desalento, porém. Para nos aliviar no meio de todas essas advertências, temos sempre presente a inspiração da própria vida do Senhor, na qual encontramos o mais forte apelo ao nosso coração para escolher o mais alto. Pois, ao lermos o registro de Sua vida, nos dias de Sua carne, vemo-Lo como aquele que sempre, coerentemente, escolhia o melhor de Deus. “Desci do céu, não para fazer a Minha própria vontade, e, sim, a vontade Daquele que Me enviou” (Jo 6.38). “O Filho do homem […] não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20.28).
E, no fim de Sua vida, quando o cálice estava cheio, amargo e pesado, ouvimo-Lo no Jardim, ainda fiel ao propósito governante de Sua vida redentora: “Todavia não seja o que Eu quero, mas o que Tu queres” (Mc 14.36). E, escolhendo o melhor de Deus, Ele bebeu o cálice até o fim.
Para os homens hoje, o melhor de Deus se expressa no chamado de Cristo: Segue-Me. Segui-Lo corajosa, coerente e lealmente é escolher a melhor e mais alta de todas as alternativas da vida.
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J. Stuart Holden era um pregador anglicano e um dos palestrantes regulares das famosas Conferências Keswick na Inglaterra no início do século 20.
Que os santos podem se tornar culpados de fornicação é algo fora de qualquer dúvida; isso é confirmado tanto por tristes fatos quanto pelas Escrituras. “E chore por muitos que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição e lascívia que cometeram” (2Co 12.21). Qual será, então, o resultado de tais pecados cometidos após a fé e a confissão do nome de Cristo? Eles não afetarão a posição da parte culpada no futuro? Não existe nenhuma punição além da frieza e da morte espirituais agora? A Escritura nos dá um testemunho bastante diferente. Ela nos assegura que os tais, embora sejam salvos no final, não terão nenhuma parte no reino de mil anos do Salvador. “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1Co 6.9,10). “Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus” (Ef 5.5). O reino mencionado como sendo de Cristo (ou Messias) demonstra ser o reino temporário que Jesus receberá como Filho de Davi, o Messias dos judeus.
Parece que até mesmo punição positiva será aplicada aos santos culpados desse pecado. “Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo” (1Ts 4.3-8). “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13.4)
A ira de Deus contra este pecado foi vista em Seu tratamento a ele dado sob a lei, conforme nos foi indicado no resumo de Paulo a respeito dos caminhos do Senhor com relação a Seu povo do passado (1Co 10). Moisés, da mesma forma, observa este ponto, quando recorda aos israelitas os tratos do Senhor com eles: “Os vossos olhos têm visto o que o Senhor fez por causa de Baal-Peor; pois a todo o homem que seguiu a Baal-Peor o Senhor, teu Deus, consumiu do meio de ti” (Dt 4.3).
Esaú é caracterizado como “profano”, e sua história confirma de modo real e completo a acusação. Ele “vendeu o seu direito de primogenitura”. O que estava contido no “direito de primogenitura” não está esclarecido em cada ponto. Sob a lei, uma porção dobrada das posses do pai pertencia ao primogênito (Dt 21.17). E, quando o pai era um rei, o reino era, naturalmente, dado a ele, a menos que o Senhor, como Governador Supremo, se agradasse em ordenar de outra forma (2Cr 21.3). Porém, no caso de Esaú, podemos ver o que ele perdeu, observando o que Jacó se tornou posteriormente. O Altíssimo inseriu o nome de Jacó em Seu próprio nome. Jeová era “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. Freqüentemente Ele é chamado apenas de “o Deus de Jacó” ou “o Deus de Israel”. Tal glória, então, foi rasgada de Esaú, o profano. De Jacó também nasceram os doze patriarcas e o próprio Messias. O reino de Deus é fundado na base das doze tribos, e o nome delas está eternamente gravado nos portões da cidade eterna de Deus. Desistir das vantagens espirituais em troca daquelas que são terrenas é o ganho da profanação; e deste crime Esaú se tornou culpado ao vender seu direito de primogenitura.
Mas ele foi ainda mais culpado por ter aceitado em troca uma insignificante remuneração de categoria humana. Foi uma “única refeição”. Se ele tivesse exigido que Jacó o sustentasse durante toda a vida, como pagamento por sua rendição, teria sido profanação. Mas, desfazer-se do direito de primogenitura pela gratificação de uma hora, foi o extremo da profanação. Sua referência a tal direito revela desprezo enquanto efetua a venda: “Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?” (Gn 25.32). Os homens em geral apregoam o valor dos bens que estão para vender; mas o próprio Esaú deprecia a primazia daquilo que estava para lançar fora. Ele o vendeu também com um juramento recorrendo a Deus para dar testemunho à ímpia transação (v. 33). Observe outro agravante do pecado! Levando em consideração a venda, o Espírito Santo acrescenta: “E ele comeu, e bebeu, e levantou-se e saiu” (v. 34). Ele foi cuidar das suas obrigações rotineiras quando terminou a refeição, como se nada de importância particular tivesse acontecido.
Observe, entretanto, a extensão do pecado. Não foi por ter caído em idolatria, ou por ter renunciado a Deus de seu pai, que Esaú perdeu seu direito de primogenitura. Também não foi por ter repudiado Isaque como pai. Isaque ainda o reconhecia como filho, embora fosse forçado a reter a bênção do primogênito. O exemplo de Esaú é, portanto, uma lição para o crente, para alguém que será reconhecido por Deus como Seu filho no dia da recompensa.
O desfecho do caso é transformado em aviso para nós. Esaú, por fim, desejou a bênção. Quando seu pai estava para concedê-la, ele se empenhou em consegui-la, mas foi negada a ele pela providência de Deus. (Não temos necessidade de defender a conduta de Jacó, tanto pela compra do direito de primogenitura como pela tentativa de obtê-lo fraudulentamente. Isso foi incorreto à vista de Deus e, como tal, foi punido. Mas este não é o ponto de que estamos tratando agora.)
O Senhor sustentou a barganha de Esaú. Deus foi convidado como testemunha da venda, e, por Sua providência, impediu que Isaque concedesse a bênção a Esaú. Quando descobriu que seu irmão havia obtido a bênção para si, “ele [Esaú] bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai!” Mas Isaque não foi persuadido a se arrepender de suas palavras ou a revogar a bênção. “Abençoei-o e ele será bendito! E levantou Esaú a sua voz e chorou.” Embora tivesse buscado no final a bênção com lágrimas, não a obteve. (O buscar pode se referir, gramaticalmente, à (1) bênção ou à (2) mudança no propósito do pai. Eu prefiro entender como sendo a última.) Esaú não pôde levar o pai ao arrependimento por ter dado a suprema honra a seu irmão mais novo. “Ele foi rejeitado” (a palavra grega indica alguém vindo a ser um “rejeitado”, coisa que Paulo temia para si mesmo, uma vez que usa uma palavra da mesma raiz em 1Co 9.27).
Mas como o exemplo se aplica a nós, cristãos?
Em primeiro lugar, Esaú era um descendente de Abraão e o filho circuncidado de Isaque. Nisso ele corresponde aos crentes agora. Ele era em verdade um filho tanto quanto Jacó. Em todos os aspectos, o direito de primogenitura era seu. Ele lhe teria sido dado oportunamente no final, exceto por sua má conduta. Nós, cristãos, estamos, portanto, numa posição semelhante. Como nascidos de novo de Deus, somos presumivelmente herdeiros do reino. Como crentes em Jesus, antes do dia milenar e antes da inclusão de Israel, nós somos os primogênitos. Assim, essa não é uma lição para os descrentes.
Uma conduta profana, como a de Esaú, causará a perda do direito de entrar no reino, que é o direito de primogenitura a nós proposto. Podemos trocar a bênção futura espiritual pelo presente e terreno. Em milhares de casos, essa venda profana tem acontecido, e até o dia presente é negociada das mais variadas formas:
Um ministro crente vê que tais e tais doutrinas e práticas de sua denominação não têm apoio nas Escrituras. Elas ferem muito sua consciência. Mas o que ele fará se desistir de seu posto atual e dos benefícios que tira dele? Que proveito seu direito da primogenitura terá para ele, caso tenha de entregar sua posição atual e seu sustento? Assim argumenta sua incredulidade. E, sob a influência de tal motivo sem valor, ele continua numa posição que acredita ser pecaminosa. Em que tal procedimento difere do de Esaú? Em princípio, nada. Os benefícios mundanos que essa pessoa recebe por manter sua posição de infidelidade são como um prato de lentilhas e representam o preço que recebe pela venda de seu direito de primogenitura. Daí em diante, Deus o prenderá a sua barganha.
Eis um negociante cristão. Ele descobre que algumas de suas práticas comerciais não são cristãs, e sim malignas. Mas como poderá agir de forma diferente de seus vizinhos incrédulos? Se ele deseja fazer fortuna, como é o caso deles, deve agir como eles; caso contrário, será deixado para trás na competição. Ele persevera em tais feitos, até que sua consciência se torna calejada. Que diremos, então? Não é a profana barganha de Esaú que se repete? Se esse homem recebe a realidade da troca ou não, Deus o prenderá à troca feita. Eles receberam suas boas coisas agora e as obtiveram pelo sacrifício dos interesses espirituais. Quando, portanto, vier o tempo da recompensa, sua venda real será lembrada. Foi uma barganha real, embora não tenha sido formal. Ela procede de pensamentos vulgares da prometida glória de Deus. É como o desprezo de Esaú pelo direito da primogenitura, manifestado em suas ações.
Para esses, o dia da recompensa apresentará novamente a cena entre Esaú e seu pai. Esaú, apesar da venda e do juramento, ainda esperava receber plenamente a bênção do primogênito. Finalmente, quando rejeitado, podemos ouvi-lo falar como alguém que tivesse sido roubado naquilo que lhe era devido. Mas o Senhor cuidou para que ele fosse rejeitado. Assim serão tratados todos aqueles cristãos que, como Esaú, se mantém presos a suas trocas profanas das coisas espirituais pelas coisas temporais. No final, quando o reino e a glória de Cristo chegarem, eles despertarão para a percepção e valor da bênção e a desejarão ardentemente. Mas a troca permanecerá. O reino não poderá ser deles.
Observe o mais convincente ponto da representação: é uma transação entre pai e filho. O pai a recusa ao seu filho favorito. A despeito da ternura natural e especial, o choro e as lágrimas são inúteis.
Cuidado, cristão, para não desvalorizar seu direito de primogenitura e não vir finalmente a vendê-lo, embora sendo filho de Deus. Aquele que é imutável em justiça e santidade excluirá você como profano dos mil anos de glória do Messias. Pois, observe bem, Esaú não se retirou da presença do pai com uma maldição. Ele simplesmente perdeu a bênção que comerciou.
(Clique aqui para ver o primeiro artigo desta série.)
É possível estar continuamente esperando em Deus, mas não somente Nele. Pode haver outra confiança secreta interferindo e impedindo a bênção que era esperada, e por isso a Palavra deve vir para lançar sua luz no caminho para a plenitude e certeza da bênção.
“Minha alma espera somente em Deus. Só Ele é minha rocha” (Sl 62.1,2; ênfase adicionada).
Parafraseando: “Há apenas um Deus, apenas uma fonte de vida e alegria para o coração, e só Ele é minha rocha. Minha alma espera somente Nele.”
Você deseja ser bom? “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18.19), e nada é bom se não aquilo que é recebido diretamente Dele.
Você busca ser santo? “Não há santo como o Senhor” (1Sm 2.2), e não há santidade senão no que Ele, pelo Espírito de santidade, a cada momento sopra em seu interior.
Você poderia viver e trabalhar para Deus e Seu reino, por outros e pela salvação deles? Ouça o que Ele diz: “O eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, nem se cansa nem se fatiga […] Dá força ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Is 40.28,29).
“Aqueles que esperam no Senhor renovarão suas forças” (Is 40.28; ênfase acrescentada).
Só Ele é Deus, só Ele é sua rocha.
“Minha alma espera somente em Deus”. Você será muito atraído para colocar sua confiança em igrejas e doutrinas, em estratégias, esquemas, planos e dispositivos humanos, em recursos da graça e instrumentos divinos. Mas a alma deve esperar somente no próprio Deus. Os compromissos mais sagrados se tornam um laço quando confiamos neles. A serpente ardente se torna apenas metal, a arca e o templo, uma confiança vã. Deixe apenas o Deus vivo ser sua esperança, e mais nada ou ninguém além Dele.
“Minha alma espera somente em Deus”. Os olhos e as mãos, a mente e o pensamento podem estar intensamente envolvidos nas obrigações da vida, mas a alma deve esperar somente em Deus. Você, que é um espírito imortal, não criado para este mundo, e sim para a eternidade, para Deus, deve compreender seu destino. Conheça seu privilégio e espere somente em Deus. Não permita que os interesses pelos pensamentos e exercícios religiosos o enganem, porque eles freqüentemente tomam o lugar da espera em Deus. Que seu próprio eu, seu mais profundo ser, com todo o poder, espere somente em Deus. Deus é para você, você é para Deus; espere somente Nele.
Sim, “minha alma espera somente em Deus”. Tome cuidado com dois inimigos: o mundo e o ego. Tome cuidado para que nenhuma satisfação terrena, embora pareça inocente, o impeça de dizer: “Seguirei a Deus, minha indescritível alegria” (cf. Jo 15.11). Lembre-se e estude o que Jesus disse sobre negar a si mesmo: “Que o homem negue a si mesmo” (cf. Lc 9.23). Agradar o ego nas pequenas coisas pode fortalecê-lo para sua afirmação nas coisas grandes.
“Minha alma espera somente em Deus”. Deixe que Ele seja toda a sua salvação e todo o seu desejo. Diga continuamente e com um coração íntegro: “Só Ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado” (Sl 62.6). Qualquer que seja sua necessidade espiritual ou temporal, qualquer que seja o desejo ou oração de seu coração, qualquer que seja seu interesse em conexão com a obra de Deus, na igreja, na solidão ou na correria do mundo: “Minha alma espera somente em Deus”. Deixe suas expectativas serem somente Dele. Somente Ele é a sua rocha.
“Minha alma espera somente em Deus”. Nunca se esqueça das duas verdades fundamentais sobre as quais essa abençoada espera descansa. Se você já está inclinado a pensar que essa espera é muito difícil, elas lhe farão lembrar. São elas: sua impotência absoluta e a total suficiência de Deus. Considere profundamente a total pecaminosidade de tudo o que é do ego, e não pense em deixá-lo ter qualquer fala. Considere profundamente a total pecaminosidade de tudo aquilo que é do ego e nunca permita que ele tenha lugar. Entre profundamente em seu relacionamento com a dependência de Deus, para receber a cada momento o que Ele dá. Entre mais fundo ainda em Sua aliança de redenção, com Sua promessa de restaurar mais gloriosamente do que nunca o que você perdeu e, por Seu Filho e por Seu Espírito, dar interiormente Sua presença real e poder divinos. E assim, espere contínua e exclusivamente em seu Deus.
“Minha alma espera somente em Deus”. Nenhuma palavra pode expressar, nem coração algum conceber as riquezas da glória desse mistério do Pai e de Cristo. Nosso Deus, na infinita ternura e onipotência de Seu amor, espera ser vida e alegria para você. Faça com que não seja mais necessário que eu repita as palavras: “Espere em Deus”, mas deixe tudo o que está em você se levantar e cantar: “Verdadeiramente minha alma espera em Deus. Em Ti, espero todo o dia”.
“Faze-me ouvir a Tua benignidade pela manhã, pois em Ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, pois a Ti elevo minha alma” (Sl 143.8).
Se nos dispusermos cada manhã a buscar a presença do Senhor, certamente conheceremos a pura alegria de ouvir Sua misericórdia e nossa alma será refrescada, alimentada, animada e fortalecida para enfrentar cada necessidade ou prova do dia.
Além disso, nossas orações da manhã sempre deveriam ter como meta pedir a direção de Deus para o dia que começa. Todo crente deve ser consciente de que sua própria sabedoria está distante de ser suficiente para guiá-lo, mesmo nas menores coisas. Alguns pensam que Deus não se interessa por nossas coisas de menor importância, mas isso é um erro. Ele se interessa por todos os detalhes da vida de um crente, e deveríamos entregar-nos totalmente a Ele a fim de pedir Sua direção em todas as áreas. Depois de termos feito isso – com honestidade, naturalmente –, não precisaremos nos preocupar com cada detalhe, pois teremos a segurança de que Deus responderá guiando-nos como Ele deseja.
A oração é a expressão de uma verdadeira confiança, e Deus espera também que meditemos em Sua Palavra, pois por ela aprendemos realmente qual é Sua vontade. Se não lhe damos importância, deixamos a única fonte real de instrução que Ele nos dá. Mesmo que não saibamos compreender as instruções em detalhes para nossa caminhada diária, seremos impregnados dos princípios de Sua Palavra de tal modo que não teremos muita dificuldade em discernir Sua vontade nos assuntos comuns.
“Não estejais inquietos por coisa alguma” (Fp 4.6).
A ansiedade é tão claramente proibida por Deus como é o roubo. Isso exige uma cuidadosa reflexão e um claro entendimento de nossa parte, a fim de não nos desculparmos por considerá-la uma simples “fraqueza”. Quanto mais estivermos convencidos da pecaminosidade da ansiedade, mais cedo perceberemos que ela desonra grandemente a Deus, e haveremos de “lutar contra” esse pecado (Hb 12.4). Mas como lutar contra o pecado da ansiedade?
Primeiro, supliquemos ao Espirito Santo que nos conceda uma convicção mais profunda da enormidade desse pecado. Segundo, façamos disso assunto de oração específica e séria, a fim de sermos libertados desse mal. Terceiro, fiquemos atentos ao começo da ansiedade e, tão logo estejamos conscientes da perturbação da mente, tão logo detectemos algum pensamento de incredulidade, elevemos o coração a Deus, suplicando-Lhe libertação desse pecado.
O melhor antídoto para a ansiedade é meditar com freqüência na bondade de Deus, em Seu poder e em Sua suficiência. Quando o santo consegue perceber confiantemente que o Senhor é seu pastor, forçosamente ele conclui: “Nada me faltará!” (Sl 23.1).
No texto de Filipenses, imediatamente após a exortação “Não estejais inquietos por coisa alguma”, lemos: “Antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ações de graças”. Não há nada grande demais nem pequeno demais para ser apresentado a Deus e lançado sobre Ele. A expressão “com ações de graças” é da maior importância; contudo, é o exato ponto em que muitas vezes falhamos. Ela significa que, antes de recebermos a resposta da parte de Deus, nós Lhe agradecemos por essa resposta. É uma confiança infantil, na expectativa de que o Pai será gracioso.
“Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto a vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que vestuário? […] Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.25,33).
Quando um pregoeiro da justiça se detém no caminho dos pecadores, nunca deverá tornar a abrir os lábios na grande congregação, enquanto seu arrependimento não for tão notório quanto seu pecado.
(John Angell James)
Complicar o que é simples, qualquer um consegue; mas simplificar o que é difícil é trabalho para um grande pregador.
(James Ussher)
Quem realmente acredita no que diz, vive de acordo com aquilo que diz.
(Richard Baxter)
O sermão nunca é um fim em si mesmo, mas um meio para se atingir um fim, que é salvar almas.
(Phillips Brooks)
Pregar o evangelho é pregar a Cristo, pois Cristo é o evangelho.
(John Stott)
A pregação não é tarefa de uma hora. É a manifestação de uma vida. É preciso vinte anos para fazer um sermão, porque são necessários vinte anos para formar o homem. O verdadeiro sermão é uma obra de vida. O sermão evoluiu porque o homem se desenvolveu. O sermão é poderoso porque o homem tem poder. O sermão é santo porque o homem é santo. O sermão está cheio de unção divina porque o homem está cheio de unção divina.
(E. M. Bounds)
Imagino por quanto tempo precisaríamos quebrar a cabeça antes de poder expressar claramente o que significa pregar com unção. Todavia, aquele que prega conhece a presença dela, e aquele que ouve, depressa percebe sua ausência.
Se você está em profunda escuridão por causa de alguma providência estranha e misteriosa, não tenha medo. Simplesmente prossiga, em fé e amor, sem duvidar. Deus está velando, e Ele tirará o bem e alguma coisa bela de seu sofrimento e de suas lágrimas.
(J. R. Miller)
Demora e sofrimento são parte certa da bênção que Deus nos prometeu.
(C. G. Trumbull)
Por que me retrair ante o arado do meu Senhor, que faz sulcos profundos em minha alma? Eu sei que Ele não é um agricultor inconseqüente. Ele tem em vista uma boa colheita.
(Samuel Rutherford)
Ah, é triste ver um crente à porta da promessa na noite escura da aflição, com receio de abrir o trinco, quando deveria chegar-se ali e buscar abrigo com confiança, como um filho na casa do pai.
(Gurnal)
Há pessoas superficiais que lançam mão levianamente de uma doutrina ou de uma promessa e falam com leviandade da falta de confiança dos que recuam ante as aflições; mas, aquele que já sofreu muito, não faz isto: ele possui brandura e suavidade e sabe o que significa sofrer.
(A. B. Simpson)
Tudo o que for bom para os filhos de Deus eles devem ter, pois tudo é deles para promovê-los ao céu; portanto, se a pobreza é boa, eles a devem ter; se a desgraça é boa, eles a devem possuir; se cruzes são boas, eles a devem ter; se a miséria é boa, eles a devem possuir; pois tudo é nosso, para servir ao nosso maior bem.
(Richard Sibbes)
Aflições nada mais são do que uma entrada escura para a casa de nosso Pai.
Dar à oração o segundo lugar é tornar Deus secundário nos negócios da vida.
(E. M. Bounds)
Dentre todos os benefícios desfrutados pelos cristãos, nenhum é mais essencial, e mesmo assim mais negligenciado, do que a oração. A maioria das pessoas considera-a uma formalidade cansativa e por isso justifica-se abreviá-la o máximo possível. Mesmo aqueles cuja profissão ou medos os levem a orar, oram com tal abatimento e com a mente tão dispersa que suas orações, em vez de trazerem bênçãos do alto, apenas aumentam sua condenação.
(Fénelon)
Coisas legítimas e certas podem se tornar erradas quando ocupam o lugar da oração. Coisas certas em si mesmas podem se tornar erradas quando têm permissão de fixar-se sem moderação em nosso coração. Não são apenas coisas pecaminosas que prejudicam a oração. Não é apenas de coisas questionáveis que devemos nos guardar. Mas sim, de coisas que são certas em seu devido momento, mas que recebem permissão de desviar a oração e fechar a porta do quarto de oração, geralmente com o argumento confortante de que “estamos ocupados demais para orar”.
(E. M. Bounds)
A oração é uma confissão de impotência e necessidade, um reconhecimento de falta de recursos próprios, reconhecimento de dependência, e uma invocação do poder soberano de Deus para que Ele faça por nós o que nós mesmos não temos capacidade de fazer.
(J. I. Packer)
Se você se entrega à oração estribado em seu próprio poder, nada obterá; mas apresente a Deus sua fraqueza, e você prevalecerá. Não há melhor argumento diante do amor divino que a fraqueza e a dor; nada pode prevalecer tanto com o grande coração de Deus como o coração desmaiado do homem.
(C. H. Spurgeon)
O valor de uma oração não é determinado por sua extensão.
(Robert Murray McCheyne)
A maioria dos problemas do homem moderno origina-se do tempo exagerado que ele passa usando as mãos e do tempo insuficiente que passa usando os joelhos.
Ai da geração de filhos que encontra seus incensários vazios do rico incenso da oração, cujos pais estavam ocupados demais ou eram incrédulos demais para orar, e perigos indizíveis e conseqüências não previstas são sua infeliz herança. Felizes são aqueles cujos pais e mães lhes deixaram um rico patrimônio de oração.
(E. M. Bounds)
O homem que se contenta em seguir de longe a Cristo jamais conhecerá a maravilha de Sua proximidade.
(A. W. Tozer)
Um filho de Deus é eterno como Deus, pois compartilha a vida de Deus, e, quando o mundo for totalmente dissolvido em labareda de fogo, ele estará entre as estrelas da manhã ao redor do Trono.
(D. M. Panton)
Para um cristão sincero, o engano e a esperteza, que são considerados sabedoria no mundo, são considerados não apenas ilegítimos, mas também desnecessários. Ele não precisa de pequenos subterfúgios, evasivas e disfarces, pelos quais homens astuciosos se esforçam (embora muitas vezes em vão) para esconder seu verdadeiro caráter e fugir de merecido desprezo. Ele é o que parece ser, e por isso não teme ser descoberto. Ele anda na luz da sabedoria que é lá do alto e se apoia no braço do Todo-Poderoso; por isso, anda com liberdade, confiando no Senhor, a quem serve em espírito no evangelho de Seu Filho.
(John Newton)
Tornemos cada circunstância do dia uma ocasião de comunhão com Deus. Coisas pequenas nos trarão, então, grandes bênçãos.
(Robert C. Chapman)
Ore até orar de verdade.
(Moody Stuart)
Visto que somos homens, Deus nos instruirá quanto a Sua mente e a Sua vontade por meio das faculdades racionais de nossa alma.
(John Owen)
Sempre que me é dado o direito de escolher meu assunto de conversa com outrem, o Tema dos temas (Cristo) deve ter proeminência entre nós, de tal forma que eu possa saber da necessidade do outro e, se possível, satisfazê-la.
Você já ouviu Jesus proferir-lhe uma palavra dura? Se não, duvido que O tenha ouvido dizer alguma coisa.
(Oswald Chambers)
Deus não pode exigir o pagamento duas vezes: primeiro, da mão ensangüentada de meu Fiador, e, então, de novo, de mim.
(A. M. Toplady)
Hoje em dia ouvimos alguém extrair de seu contexto uma frase isolada na Bíblia e clamar: “Eureka!”, como se tivesse descoberto uma nova verdade; no entanto, não achou um diamante, mas um pedaço de vidro quebrado.
(C. H. Spurgeon)
O vigor de nossa vida espiritual está na proporção exata do lugar que a Bíblia ocupa em nossa vida e em nossos pensamentos.
(George Müller)
Não podemos fazer progresso na santidade a menos que empreguemos mais tempo lendo e ouvindo a Palavra de Deus e meditando sobre ela; pois é ela que é a verdade pela qual somos santificados.
(Charles Hodge)
O homem pode despedir a compaixão de seu coração, mas Deus nunca fará isso.
(William Cowper)
Sem a presença do Espírito Santo não há convicção, nem regeneração, nem santificação, nem purificação e nem obras aceitáveis. A vida está no Espírito vivificante.
A primeira e tão bem-vinda palavra Dele para nós foi: “Vinde a Mim todos os que estais cansados” (Mt 11.28). Aquela labuta do fútil Adão estava sobre nós, tanto no pecado como na canseira das obras.
Deixamos isso na cruz do Senhor ou ainda o estamos suportando, em parte? Marta estava atarefada com muitas coisas, ainda que pensasse estar servindo seu Senhor! Estranho que tal serviço trouxesse tensão e irritação, ressoasse nos nervos e trouxesse um julgamento errado dos outros; contudo, essa dualidade que vemos em Betânia ainda não acabou; ainda a encontramos no serviço a Deus. E muitas “separações”, muitos afastamentos devem-se a isso, e muita é a perplexidade que vem desta outra palavra sobre o supremo serviço do Senhor: “Meu jugo é suave e Meu fardo é leve” (v. 30). Em face de algumas experiências [dos cristãos], essa frase soa irônica.
O Senhor não nos chama para tal labor, mas para o descanso. “Aqueles que crêem de fato entram no descanso” (cf. Hb 4.3) e: “Eu te darei descanso” (cf. Js 1.13). Ele promete descanso, não apenas do pecado, mas do trabalho inútil e desapontador. A maldição do trabalho de Adão em todas as suas formas gera nada além de um infrutífero cansaço, uma exaustão de esforço sem recompensa, e certamente “o suor da testa”. As energias da carne, a mera intensidade da alma, as chamas de uma paixão auto-criada, tudo isso causa febre, geralmente uma grande febre que nos torna desequilibrados para servir nosso Senhor quando Ele verdadeiramente necessita de nosso ministério.
Tão insistentemente o Salvador diz para a sinceridade e o impulso carnais: “Uma coisa é necessária: que você se aquiete e ouça Meu conselho, pois Eu sou seu Senhor”. Busque a quietude.
Pois as obras estão consumadas desde a fundação do mundo, e nada podemos fazer para torná-las mais perfeitas ou adicionar algo a elas. À parte Dele, nada há do que se fez.
E então? Há o lado bom, que é a boa parceria. Ele e nós devemos agora trabalhar juntos por meio de Seu Espírito que habita interiormente, assim como Ele e o Pai trabalharam juntos na terra mediante essa habitação. É o grande jugo, o eterno propósito de Deus; mas ele é fácil e leve, pois a carga está sobre o Espírito, dentro de nosso espírito, e não é uma pressão em algum lugar na alma: nem os nervos nem o cérebro são tentados por ele, nem a carne conhece seu peso. Porém o pilar interior de Sua força é o suporte, uma pressão de cima vinda do soberano amor.
Mas agora trabalhemos e nos alegremos em trabalhar. Existe labuta e talvez haja um feliz cansaço, mas não tensão.
Para concluir, eis aqui o segredo contido em uma experiência exultante: “Trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus que está comigo” (1Co 15.10). Paulo enfatizou grandemente estas últimas palavras, “a graça Deus que está comigo”, por toda a vida, pois o derradeiro toque sútil do “velho homem” que busca servir a Deus é dizer “eu” no templo de Sua glória. Como disse Andrew Murray: “Onde a carne busca servir a Deus há a força do pecado”.
“Levanta-Te, Senhor, ao Teu repouso, Tu e a arca da Tua força” (Sl 132.8).