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Deus (Matt Smethurst)

Ateísmo: Deus é uma ilusão.
Deísmo: Deus é uma idéia.
Panteísmo: Deus é um objeto.
Misticismo: Deus é uma experiência.
Cristianismo: Deus é uma Pessoa.

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Cinco aspectos em que proteger seu casamento (Brad e Heidi Mitchell)

Temos um serviço que monitora nossas contas bancárias para protegê-las contra roubo de identidade. Alertamos nossos filhos quando eles estão indo em direção ao perigo. Certificamo-nos de que nossos celulares são seguros e que nossa casa está bem fechada. Estamos vigilantes para proteger o que é importante para nós.

Nós protegemos o que é valioso para nós, não é? Talvez não.

Muitos casamentos ruíram porque um ou ambos os cônjuges não conseguiram proteger seu coração. A Bíblia diz: “Acima de tudo, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23). Mas de que coisas, especificamente, podemos proteger o coração?

Aqui estão cinco coisas das quais proteger o coração, seguidas por aquilo que ganhamos por ser diligentes nisso. Veja quais dizem respeito a você. Então, com a ajuda de Deus, faça todo o possível para proteger seu coração!

Proteja seu coração de

1. Curiosidade. A porta da tentação aparece bem aberta quando nos permitimos “só querer saber” sobre um antigo caso do ensino médio, da faculdade ou de um emprego anterior. A título de curiosidade, podemos procurá-lo no Facebook. Lemos tudo o que podemos e, então… talvez em um impulso do momento, jogamos-lhe um “Oi” particular e aguardamos ansiosos a resposta. A velha frase “A curiosidade matou o gato” é mais verdadeira no casamento do que em qualquer outro lugar. Um conselheiro, amigo nosso, nos disse que, em 90% de todos os casais que o procuraram sobre infidelidade, o Facebook estava envolvido.

Certamente a curiosidade pode levar a muitas situações de perigo além do Facebook. O ponto é: proteja seu coração contra a curiosidade doentia. Se estiver em dúvida, não procure.

2. Descontentamento. Quando nos debruçamos sobre o que não temos, nós nos abrimos para a insatisfação permanente no casamento. Gostaríamos de ter um cônjuge que fosse como o de um(a) amigo(a). “Se ele, ao menos, fosse mais divertido, mais envolvente, um ouvinte melhor, que gostasse de meus passatempos, se fosse diferentes de como ele é…”

Proteja o seu coração. Concentre-se naquilo pelo que você é grato em seu cônjuge e diga isso a ele. Ouça a si mesmo afirmar isso a seu cônjuge, e essa atitude vai revestir seu coração com teflon e protegê-lo de descontentamento.

3. Tentação sexual. Proteja seu coração de buscar imagens e vídeos na internet que só irão corroer seu caráter e arrastá-lo para um abismo escuro de vergonha e culpa.

Tentação sexual muitas vezes começa com o desejo de uma conexão mais profunda com alguém que “cuide” de nós. Proteja seu coração das pessoas do sexo oposto que parecem desejar uma conexão profunda e manifestam interesse profundo por você. Construa paredes, limites e corra para os braços de Jesus e de seu cônjuge.

4. Crítica. Isso está intimamente associado com descontentamento. Um coração crítico consegue o efeito oposto do que deseja. Queremos mudanças, mas buscamos isso por apontar constantemente o que está errado.

Não entenda mal: às vezes temos de apontar honestamente as coisas. Mas a crítica excessiva pode criar um espírito amargo que vai empurrar nosso cônjuge para longe de nós, em vez de atraí-lo.

5. Vindicação. Não precisa muito para que queiramos cuidar de nós mesmos, recompensar-nos ou confortar-nos. Estresse, conflitos, críticas e excesso de trabalho são algumas das coisas que colaboram para nos fazer pensar: “Eu mereço isso”. O que acontece em seguida é começarmos a focar em nossas necessidades como as primárias e considerar as do cônjuge como secundárias. Tornando a situação mais volátil, esperamos que nosso cônjuge satisfaça nossos desejos, e, se ele não pode fazê-lo, procuramos preenchê-los por meio de alguém ou de alguma coisa.

Temos de proteger-nos contra o pensamento de vindicação. Quando você perceber um pensamento desse tipo, reconheça-o como tal. Em seguida, peça a Deus para ajudá-lo a lutar contra isso, optando por fazer algo amável para seu cônjuge!

O que ganhamos

Aqui estão algumas coisas que ganhamos quando protegemos nosso coração:

  • Temos o favor e a bênção de Deus.
  • Estamos contentes por ter mantido nossas afeições sob controle.
  • Estamos cheios de paz, pois estamos vivendo com integridade.
  • Ganhamos apreciação mais profunda pelo cônjuge, pois somente ele tem nosso carinho terreno.
  • Temos o poder de Deus, porque Ele tem uma pessoa pura por meio de quem trabalhar.
  • Construímos nosso legado de um casamento saudável e honrado.

Em que outros aspectos você pensa que os cônjuges devem proteger o coração? Deixe seus comentários abaixo. E faça o compromisso em seu coração de protegê-lo enquanto você constrói seu casamento!

(Traduzido por Francisco Nunes de 5 Places to Protect Your Marriage.)

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Noé, um perigoso filme antibíblico

É só uma obra artística!
Não posso dizer que me surpreendo com as opiniões e considerações de muitos cristãos, incluindo líderes destacados e ministérios renomados, sobre o filme Noé. Não é uma surpresa por causa da ampla aceitação do liberalismo teológico e moral em muitos círculos cristãos. Certo pastor disse que é mediocridade não entender que Noé é apenas um filme e como tal deve ser visto. Além dele não saber muito bem o significado de mediocridade, não conseguiu apresentar nenhum bom argumento a favor do filme, nem mesmo considerando-o apenas como uma produção artística. Mas vamos por partes.

Penso que os críticos de cinema (e não vou entrar aqui na briga de foice público x crítica) podem bem avaliar o filme como produção que é. Na minha opinião leiga, é um filme desnecessariamente longo, com péssima interpretação de Russel Crowe e excelente de Emma Watson, com a patética presença dos Guardiões (não os da Galáxia, mas os expulsos do céu) e com efeitos especiais fraquinhos que são, em alguns momentos, muito ruins (como a serpente e as gêmeas criadas em CG). Ah, sim, eu vou contar o filme aqui… Mas, como cristão, o que me importa é considerar o filme à luz das Escrituras. E, definitivamente, este não é um filme bíblico, no sentido de não ser fiel tanto ao texto da Bíblia quanto a seu ensino. E, por isso, é perigoso, muito perigoso.

Péssima interpretação

Aos que o defendem dizendo que ele não tem compromisso com a Bíblia e é uma interpretação artística dela, eu pergunto: o que achariam eles se fosse feito um filme sobre sua esposa, no qual ela fosse apresentada como tendo um caráter totalmente diverso do real com a alegação de ser uma interpretação artística? Como reagiram se a esposa ou uma filha fosse retratada como insegura, devassa, violenta, inconstante, infiel, obstinada, não correspondendo isso à verdade? Será que aceitariam? Duvido muito. De pronto, falariam de calúnia, difamação, ameaçariam com processos, exigiriam indenização e retratação pública… Pois não é estranho que esses filhos de Deus (considerando que de fato o sejam) não se importem que seu Pai seja caluniado e difamado, que seja mal representado, que não seja respeitado naquilo que revela de Si mesmo de forma clara nas Escrituras? E que até defendam os que o fazem, dizendo que se trata apenas de uma representação artística? Esquisito cristianismo moderno.

Li, também, que alguns justificam o filme (como o fez famosa editora cristã brasileira) porque ele abriria uma oportunidade para explicar às pessoas sobre a verdade da Bíblia. Alguém acredita de verdade nisso? Quantos milhões de pessoas assistiram ao filme? Quantos desses milhões vieram perguntar aos cristãos se é aquilo mesmo que a Bíblia ensina? Lembro da controvérsia criada pelo livro O código da Vinci. Apesar de Dan Brown dizer que se tratava apenas de ficção, multidões sem conta o levaram e levam a sério como revelação de segredos que interessava à Igreja Católica esconder. (Um passeio pela internet comprova isso.) É uma absurda inocência acreditar que com Noé seria diferente. O mais óbvio e fácil de acontecer é as pessoas pensarem que aquilo é um registro do que a Bíblia ensina, quase um documentário.

(Num blog, li uma defesa do filme por ser apenas uma adaptação do livro de Noé (sic). O autor do texto, inclusive, diz ter lido o livro de Noé e comprovado isso…)

Sob a égide de licença poética quase tudo é aceitável, até mesmo distorcer a Bíblia. Sim, um filme bíblico precisaria supor algumas coisas, como roupas, cenários, características físicas, personagens secundários, alguns diálogos, etc. Mas, quando há clara e evidente alteração daquilo que a Bíblia afirma de modo preciso e inequívoco, não há licença poética, mas distorção, deturpação da verdade, afronta ao Autor da Palavra, Aquele que dá importância aos menores sinais gráficos usados nela (Mt 5.18; Lc 16.17) e à qualquer palavra que a ela seja acrescentada ou dela diminuída (Ap 22.19).

No conteúdo do filme, naquilo que ele diz implícita e explicitamente, está o grande problema e seu maior perigo.

Seu conteúdo antibíblico
1. No início do filme, Lameque, pai de Noé, é morto por Tubalcaim que tira do morto uma tira de origem e significado desconhecidos. Em alguma cena antes, essa tira aparece iluminando-se conforme é enrolada no braço de Lameque. Mais adiante, vê-se que ela é a pele da serpente tentadora do Éden: uma serpente dourada, brilhante, perde sua pele revelando-se (num dos piores momentos de computação gráfica do filme) uma serpente escura, de olhos imensos.

Quase ao final do filme, Noé recupera essa pele, enrola-a no braço (e, conforme o faz, ela se ilumina, fica radiante) e, assim, abençoa, em nome de Deus, suas duas netas. Quando ele toca a testa de cada menina, seu dedo e a testa delas brilham por um instante, parecendo indicar ou que algo da natureza brilhante daquela pele passou para a criança ou que a bênção pegou.

Bênção em nome de Deus com pele da serpente? Que mistura diabólica! A leitura que faço disso é que o roteirista está indicando haver certa correlação, certa semelhança entre Deus e o diabo: interiormente, eles não são o que aparentam ser exteriormente. Talvez nem sejam de todo maus ou de todo bons. E veremos que essa idéia se repete em outras cenas do filme – parece-me ser a grande mensagem pretendida por ele.

2. No filme, há os Guardiões, descritos em muitas resenhas como uma espécie de Transformers de pedra. Eles são os anjos caídos que foram expulsos do céu por Deus, por terem-se rebelado contra Ele. Lançados à terra (umas figuras brilhantes, anjos, feitas de luz, semelhantes a homens com asas), eles perdem as asas e se fundem a rochas, tornando-se monstros de uns três metros de altura, disformes, com uma luz interior que parece ser proveniente de lava. Essas criaturas inicialmente estão contra Noé, por ele se dizer enviado por Deus. Mas, depois de um milagre que Noé faz, eles passam a ajudá-lo. E são eles quem, na verdade, fazem o serviço pesado de construção da arca. Sim, a arca, que representa a salvação em Cristo, é construída com a ajuda dos anjos caídos petrificados!

Quando a multidão sob a liderança de Tubalcaim tenta invadir a arca, esta é protegida principalmente pelos Guardiões. Quando eles morrem, aquela luz interior, que não é lava, é liberada e volta ao céu na forma de anjo, indicando terem sido perdoados. Não fosse ruim o suficiente isso, um dos Guardiões, o que primeiro ajudou Noé, olha para o céu, pede que Deus o perdoe e, então, se suicida, abrindo as placas de rocha do peito. Mais uma vez, o anjo de luz volta para o céu: um suicida aceito por Deus por ter feito o bem, por ter ajudado Deus e/ou Seu enviado.

É possível aceitar isso como mera visão artística ou licença poética? É possível aceitar esse ensinamento universalista implícito, do perdão final a todas as criaturas, incluindo Satanás e seus anjos? É possível aceitar essa doutrina de redenção por boas obras, mesmo que culminadas com suicídio?

A Bíblia fala que havia gigantes na terra no tempo de Noé (Gn 6.4), mas não eram, com certeza, seres de pedra.

Esses são os da Galáxia, não os do filme…

3. Matusalém também está no filme, displicentemente interpretado por Anthony Hopkins. O personagem é igual ao Mestre dos Magos, da Caverna do dragão. Será que essa identificação teria sido um ato falho dos produtores, do diretor de arte, do diretor? Difícil acreditar. E você lembra da mitologia em torno da Caverna do dragão? De que o Destruidor, o inimigo mortal das crianças, e o Mestre dos Magos, o amigo das crianças, seriam, na verdade, a mesma pessoa?

Anthony Hopkins, é você?

Matusalém mora em uma caverna (do dragão?). Noé o procura quando recebe a primeira visão de Deus acerca do dilúvio. Por ter dúvidas, precisa saber o que seu sábio antepassado lhe diz. Com o filho caçula, Jafé, vai até ele. Matusalém, num gesto mágico, coloca o menino para dormir enquanto conversa com Noé. A fim de ajudá-lo a entender Deus, lhe dá uma infusão estranha. Noé fica tonto, enxerga coisas e, ao voltar da “viagem”, ainda meio zonzo, vê o velho conversando com seu filho, indicando que algum tempo havia se passado, e diz ter entendido.

Então, Deus precisa de uma infusão alucinógena para se revelar a Seu servo? Será esse o Deus da Bíblia? Não se parece mais com o deus do ocultismo, o deus da adoração da natureza, o deus da ecologia, o deus de Bob Marley, o deus liberal para quem está tudo bem, mesmo fumar uma coisinha, usar um chazinho, cheirar um pozinho?

Deus é incapaz de dar uma visão completa a um servo? Deus escolhe um homem para ser Seu arauto da justiça e construir a arca, e, apesar disso, esse homem é incapaz de entender o que Deus quer dele? Esse, com certeza, não é o Deus da Bíblia nem o Noé da Bíblia. Sem dúvida, muitos servos de Deus tiveram crises após serem por Ele chamados e/ou comissionados, mas isso não ocorreu com Noé. Não ocorreu porque a Bíblia não diz que ocorreu. “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor” (v. 8). Esse “porém” mostra que Noé era diferente dos homens descritos nos versos anteriores: que cobiçavam as mulheres, que eram maus, cujos pensamentos eram maus continuamente (vv. 1-5).

O Espírito Santo acrescenta: “Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus” (v. 9, ênfase acrescentada). O Noé do filme não andava com Deus, de modo nenhum. Ele não conhece Deus, ele duvida de Deus, ele questiona as intenções de Deus, ele não entende o que Deus lhe diz, ele não sabe consultar a Deus. O Noé da Bíblia andava com Deus antes de ser chamado; o do filme não andou com Ele em momento algum, pois Deus lhe era desconhecido. Precisou da intermediação mágica de Matusalém para pensar ter entendido o que Deus exigia.

A Bíblia diz que Deus falou a Noé – não que lhe deu uma visão –, dando-lhe as instruções completas sobre a construção da arca e que Noé fez exatamente como Deus lhe ordenou (6.13-22). Sem dúvidas, sem visões enigmáticas, sem chazinhos alucinógenos, sem questionamentos, sem Mestre dos Magos.

Ao mesmo tempo em que destrói o caráter do Noé bíblico, o filme destrói também o caráter de Deus, que é apresentado como um ser confuso, indeciso, indecifrável por aqueles a quem chama, incoerente, mau. Noé é o porta-voz de Deus, Seu representante, e o Deus que ele expõe não parece saber o que está fazendo ou parece ter tomado uma atitude extrema desnecessária ao inundar a terra, a qual muda por meio da decisão de Noé em desobedecer-Lhe e não matar as netas.

Ainda sobre Matusalém: como a terra toda é estéril, sem árvores de nenhum tipo (outra invenção do roteirista), o Mestre dos Magos dá a Noé uma semente, parecida com uma mamona, escura, cheia de pontas (semente de cardos ou abrolhos, o resultado da maldição de Deus sobre a terra?), a qual, segundo ele, havia sido preservada do Éden. Noé a planta, e ela produz todo tipo de árvore por todo lado, regada por um rio que surge do chão repentinamente e se espalha em quatro braços, como repetindo o Éden (2.10). Este é o milagre que encanta os Guardiões. A Bíblia é muito clara ao dizer que Deus criou as árvores segundo a sua espécie, “cuja semente está nela conforme a sua espécie” (1.11,12). É contra a Bíblia e contra o caráter de Deus a idéia de uma semente única para todas as árvores. A menos que o conceito por trás disso seja o da evolução, o que é corroborado por outra cena, em que Noé descreve a criação, enquanto as imagens que são mostradas indicam uma espécie animal evoluindo para outra.

Mestre dos Magos, é você?

O plantar da semente também parece indicar que, bastando ao homem ter a semente, a ferramenta, a palavra mágica correta, ele mesmo poderá reconstruir o Paraíso. Ele foi expulso de lá por Deus, mas pode tê-lo de volta se souber como usar algo dado por Deus – e esta é uma boa definição de magia.

O feiticeiro Matusalém cura uma moça estéril, a futura esposa de Sem, apenas por tocar-lhe no ventre, ao mesmo tempo em que ela é tomada de uma libido incontrolável, atracando-se com Sem ali mesmo e logo engravidando. Magia e sexo sempre andaram juntos, maculando o sexo como criação e dom de Deus para o homem.

4. A Bíblia é muito clara ao dizer quantas pessoas estavam na arca: Noé, a esposa, os três filhos e a esposa de cada filho (v. 18; 7.1,7,13; 8.16): oito no total. Para não haver dúvida, o Novo Testamento registra que Deus “guardou a Noé […] com mais sete pessoas” (2Pe 2.5): oito no total. Para quem crê na Bíblia e a respeita, isso é mais do que suficiente para saber que o número de oito pessoas e a identidade delas é importante para Deus e para a história da salvação. Pois o filme ignora isso totalmente.

Em determinado momento, Cão se preocupa por ele e Jafé, o caçula, não terem esposa – apenas Sem é casado, contrariando o que a Bíblia ensina. Então, na arca entram Noé e esposa, Sem e esposa, Cão e Jafé… e Tubalcaim! Exatamente! Tubalcaim, o líder da rebelião contra o enviado de Deus, o inventor das armas e dos instrumentos de metal (Gn 4.22), um assassino consegue entrar na arca. Ele, na verdade, a invadiu, arrombando uma parede lateral.

A arca lhes reserva surpresas desagradáveis

Deus, que planejou a arca e a executou por meio de Seu servo, não foi capaz de impedir que ela fosse invadida, que ela servisse de transporte a um assassino que desejava, junto com Cão, assassinar Noé! Como aceitar isso como licença poética? Isso é ignorar perigosa e estupidamente o significado espiritual da arca.

Deus ordenou que Noé betumasse a arca por dentro e por fora com betume (Gn 6.14). A palavra hebraica para betume é kâphar, uma raiz primitiva que significa “cobrir (especialmente com betume); figurativamente expiar ou perdoar, aplacar ou cancelar: fazer uma expiação, purificar, anular, desculpar, ser misericordioso, pacificar, perdoar, purgar, lançar fora, reconciliar, reconciliação”. É a mesma palavra usada no Antigo Testamento para expiação! Portanto, o betume por dentro e por fora representa, é um tipo da expiação única e definitiva realizada por Cristo na cruz do Calvário. A arca indica, é uma figura da salvação única e exclusiva por meio de Cristo. Graças a Seu sacrifício é que somos salvos, e somente por meio dele. E ninguém entra em Cristo se não for trazido a Ele pelo Pai (Jo 6.65; 10.27-29; 17.6,9).

Portanto, Tubalcaim na arca e o modo como ele entrou são uma afronta direta e declarada à obra salvífica perfeita do Senhor Jesus realizada na cruz.

Tubalcaim versão Hollywood

Mas fica pior: Tubalcaim mata animais dentro da arca (e come um deles, uma cobra). Ou seja, a arca planejada por Deus e betumada com a expiação não é suficiente para guardar os que estão dentro dela. A salvação não é suficiente? A salvação não é segura? A salvação não é digna de confiança? Algo que é começado por Deus não tem garantia? Deus não é capaz de preservar aqueles a quem salva? Então, há mais alguém, além de Deus, que pode matar não só o corpo como a alma (Lc 12.4,5)? E, para entornar de vez o caldo, Tubalcaim é morto dentro da arca por Cão enquanto lutava com Noé, mais uma vez revelado como homem sanguinário, violento. Você consegue entender o que isso prefigura? É possível? É aceitável como licença poética?

5. A Bíblia diz claramente que foi Deus quem fechou a arca (Gn 7.16). Isso, mais uma vez, confirma a prefiguração da salvação em Cristo, obra realizada e concluída exclusivamente por Deus. No filme, é Noé quem a fecha, mas fica do lado de fora, matando mais um monte de gente e por lá quase ficando quando as águas começaram a subir.

A Bíblia registra que Noé e os demais ficaram sete dias na arca antes que começasse o dilúvio (vv. 9,10). Claro que isso não é dramático, não é cinematográfico, não é hollywoodiano, mas é bíblico, é a verdade! E, mais uma vez, prefigura detalhadamente a salvação realizada por Cristo.

6. Segundo sérios estudiosos da Bíblia, os animais na arca ficaram em um estado de hibernação, a fim de não consumirem alimento o tempo todo. É apenas uma suposição, não uma verdade bíblica. No filme, ela é retratada, mas, mais uma vez, com o elemento mágico: a mulher de Noé é que sabe queimar umas ervas que produzem uma fumaça que põe a bicharada para dormir até o fim do dilúvio. Além do efeito duradouro, a tal fumaça não afeta os seres humanos…

Em outra cena, a mulher de Noé mostra mais uma vez seus poderes mágicos: por meio de uma folha colocada sobre umas brasas ela consegue saber que a nora está grávida.

7. Em certo momento, na arca, Noé diz que Deus enviou o dilúvio para matar todos os homens e salvar apenas os inocentes: os animais. Isso cheira (fede?) à idolatria animal moderna, em que animais, inclusive na legislação, têm mais direitos e geram mais comoção do que pessoas. Quem não lembra da criminosa libertação dos beagles em um laboratório em São Paulo? Nisso, o filme ecoa o que até mesmo muitos cristãos modernos falam: a história de Noé é um libelo ecológico, Noé é o amigo dos animais, Noé mostra como a natureza é importante.

Por menos que entendamos e gostemos, a Bíblia não diz que os animais são inocentes (Êx 21.28-36; Lv 20.15,16) e diz que Deus está preocupado com os homens, não com os animais (1Co 9.9,10). Os animais foram preservados na arca por causa do homem, não o contrário. O homem é a criação mais importante de Deus, a única feita a Sua imagem e conforme Sua semelhança, a única capaz de crer Nele; somente o homem pode se tornar filho de Deus.

8. No filme, Noé é violento, indeciso, omisso, transtornado. Ao contrário do “pregoeiro da justiça” (2Pe 2.5) da Bíblia, no filme ele é um observador passivo e mudo da violência, e até se une a ela para impedir que pessoas invadam a arca. E este é mais um grave desvio do ensino das Escrituras.

Noé não quer que o povo entre na arca

As pessoas não se importaram com Noé nem com a arca, e o dilúvio as pegou de surpresa (Mt 24.37-39). Naqueles dias, como hoje, as pessoas estão indiferentes à verdade, ao juízo de Deus, aos resultados do pecado; elas querem apenas fazer o que gostam, aqueles pecados que dizem ter direito de praticar. Querem poder viver em pecado e não admitem que ninguém chame de pecado ao que fazem. A sociedade tem-se empenhado em calar os que denunciam seus pecados, sua idolatria, suas abominações, sua promiscuidade, sua imoralidade; a sociedade tem-se empenhado em exaltar os que defendem as práticas imorais, os que invertem valores, os que ousam desafiar os princípios éticos judaico-cristãos, os que negam Deus, os que zombam da fé cristã. A indústria do entretenimento ganha muito dinheiro com a exaltação da violência e, com certeza, não honrará alguém a quem foi revelado que a terra foi destruída por causa da violência. O homem moderno tem dado ouvidos a todos quantos o fazem sentir-se confortável com um deus menor que o Deus da Bíblia: um deus complacente com os pecados, um deus bonzinho, uma força qualquer, uma força interior, um deus que ama os pecadores e não se importa com os pecados deles, um deus a quem se pode xingar sem conseqüências, um deus que está em qualquer criatura, que pode ser chamado por qualquer nome, que pode ser alcançado por qualquer meio, que não exige santidade, lealdade, fidelidade, consagração, amor exclusivo.

Conclusão
“Mas não há nada que preste no filme?” Sim, há. As dimensões da arca são as descritas na Bíblia. Parte da arca, com a altura e largura bíblicas e parte da extensão, foi construída ao ar livre, e o restante da extensão foi criado em CG. E ela foi construída apenas como um grande caixote para flutuar, não como um barco para navegar. Isso é biblicamente correto. E acaba aí aquilo em que o filme é bom.

No mais, é um filme perigoso, por mostrar um Deus não bíblico, por ensinar uma soteriologia sem Cristo e sem segurança, por redimir aqueles para os quais não há perdão – os anjos rebeldes – e por mostrar o enviado de Deus como qualquer coisa, menos alguém que anda com Deus. E o filme será tudo o que milhões de pessoas saberão sobre Noé.

Que Deus tenha misericórdia daqueles Seus filhos que não vêem os perigos ocultos ou explícitos nesse filme.

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Evangelho Irmãos Testemunho

Uma grande missão (E. A. Bremicker)

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).

Essa missão data de quase dois mil anos, mas não perdeu nada de sua atualidade. Por meio dessas palavras, o Senhor ressurreto põe no coração de Seus discípulos levar a mensagem do Evangelho por todo o mundo. Poderia haver uma missão mais importante?

Os discípulos haviam vivido três anos com o Senhor Jesus. Haviam ouvido como o Perfeito profeta de Deus falou às multidões. Viram como curou e salvou a muitos. Foram testemunhas de Sua crucificação; a seguir O viram ressuscitado no meio deles. Seu Senhor era o Vencedor sobre a morte. Inicialmente, não quiseram crer em Sua ressurreição, e o Senhor teve até mesmo de reprovar-lhes a incredulidade e a dureza de coração (Mc 16.14). Apesar de tudo, agora recebem esta grande missão: ir por todo omundo a fim de anunciar a mensagem da cruz.

Nenhum de nós viu o Senhor Jesus com os próprios olhos. E, no entanto, todos aqueles que O aceitaram pela fé tiveram um encontro pessoal com Ele. Nós O conhecemos como aquele que morreu, foi sepultado e ressuscitou vitorioso. Nós nos apropriamos de tudo isso pela fé e com o coração. E, com os olhos de nosso coração, podemos vê-Lo agora no céu, à destra de Deus.

Aquele cujo coração está cheio da pessoa de seu Senhor também fala disso. Se nosso privilégio é abrir a boca diante Dele para expressar-Lhe nosso agradecimento pelo que fez de nós, não esqueçamos que nos deu a missão de ir ao mundo a fim de levar aos homens as boas-novas. Vamos tratar desse tema agora.

Quem dá esta missão?
O próprio Senhor Jesus. Aquele que, na Terra, falou aos homens da parte de Deus. Aquele que, como prova de Seu amor por cada um de nós, deu a vida na cruz, entrou na morte, foi sepultado, ressuscitou vitorioso e ascendeu ao céu. Ele não teria o direito de dar essa missão? E aqueles a quem redimiu não devem cumpri-la? Poderíamos rejeitá-la?

A quem foi dada?
Quando o Senhor pronunciou essas palavras, dirigiu-se primeiramente aos onze discípulos. Que tipo de homens eram? Todos haviam abandonado a seu Senhor diante do perigo. Pedro até O negou. Quando chegou o momento de sepultar o Senhor, nenhum deles teve coragem de pedir Seu corpo. E quando lhes foi anunciada Sua ressurreição, não creram (Mc 16.11-13). O Senhor teve de repreendê-los por sua incredulidade. Era possível que uma missão tão importante fosse dada a mensageiros tão imperfeitos? Apesar de tudo, o Senhor o fez. Nós não somos melhores que os discípulos! E, apesar disso, Jesus quer empregar hoje pessoas fracas e insignificantes como nós. Não temos em nós mesmos nenhuma qualificação para o serviço e para o testemunho, mas o Senhor quer fazer-nos capazes.

Ide
O Senhor disse expressamente: “Ide”. Isso significa que devemos levantar-nos e mover-nos. Não devemos esperar que as pessoas venham a nós nem contentar-nos com fazer com que venham. Somos nós os que devemos tomar a iniciativa e ir. O cristão tem um campo de atividade no exterior, sobre o terreno. Esse serviço começa ali onde o Senhor nos colocou. Ir significa ser ativo. A esse respeito, tenhamos cuidado de não confundir atividade com ativismo. Quando a atividade se converte em um fim em si mesma, não fazemos mais do que dar voltas em vão ou golpear o ar. Se desejamos ser ativos, deve ser por amor ao Senhor e em obediência a Ele, que fez tudo por nós, e não para satisfazer o desejo carnal de aparecer.

Por todo o mundo
O Senhor disse: “Ide por todo o mundo”. Para os discípulos isso era uma nova dimensão. Estavam acostumados a pensar nos limites de Israel, e o serviço do próprio Jesus não havia passado desses limites até aquele momento. Mas a grande missão que lhes era dada agora acabava com esses limites. No entanto, notemos que “todo o mundo” começa em nossa casa. O primeiro lugar onde devemos dar testemunho do Senhor Jesus é o lugar em que vivemos. Ali começa nosso “campo misionário”. O Senhor usa somente aqueles que são fiéis nas pequenas coisas e dirigirá a cada um como melhor Lhe parecer, segundo Sua sabedoria.

Pregai
O “meio” pelo qual se difunde o evangelho é a pregação. O Senhor disse “Ide […] pregai”. Paulo, mais tarde, disse que “a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Disso procede a exortação a Timóteo: “Prega a palavra” (2Tm 4.2). Não devemos levar aos homens um evangelho adaptado ao século em que vivemos, mas a Palavra de Deus. E, para isso, não é necessário ser um pregado profissional. Às vezes temos ocasião de levar o evangelho a alguém com quem temos um encontro pessoal. Esse é sempre um meio muito bom. Também há “pregadores silenciosos”, que são um folheto ou uma revista evangélica. Enfim, não esqueçamos de que todas as nossas atitudes, nossos atos e gestos devem ser uma pregação visível (veja Fp 2.15).

O evangelho
As boas-novas são “o evangelho da […] salvação” (Ef 1.13), pois elas trazem libertação ao homem perdido. É o “evangelho da graça de Deus” (At 20.24) porque revela que Deus está cheio de graça para o pecador. Por ele, o homem sabe que, se o Deus justo e santo pode lhe oferecer a salvação e a vida, é porque deu Seu próprio Filho em propiciação pelos pecados. A expressão “evangelho de Deus” (1Ts 2.9) nos mostra que Deus é a origem; e é o “evangelho de Jesus Cristo” porque Ele é o centro. E, uma vez que o Senhor Jesus está glorificado no céu, o evangelho inclui não somente a mensagem dirigida aos perdidos, mas também proclama todas as riquezas que Deus deu a quem crê em Cristo (veja Rm 1.15). Quão ricas são estas boas-novas de Deus que nos são anunciadas! E é precisamente esta a mensagem que devemos transmitir.

A toda criatura
A mensagem de Deus se dirige ao mundo inteiro, a todos os seres humanos. Não há nenhum homem na Terra ao qual não se dirija essa mensagem. Todos podem e devem vir. Todos estão convidados. “A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). Não importa sua raça, nacionalidade ou posição social, as boas-novas de Deus são para todos. Ele quer salvar a todos. A única condição é que reconheçam que estão perdidos. O Senhor Jesus disse: “Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento” (Mc 2.17).

Levamos a sério, pessoalmente, a missão que o Senhor confiou a Seus discípulos? Não se trata do que meu irmão ou minha irmã faz, mas do que eu mesmo devo fazer. Depois de ter confiado essa missão a Seus discípulos, “o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus” (16.19). O Evangelho de Marcos termina mostrando-nos os discípulos obedecendo à ordem recebida: “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém” (v. 20).

Para terminar, vamos recordar as palavras dos quatro homens leprosos de Israel que, depois de chegar ao acampamento dos sírios e ver a grande libertação que Deus havia operado a favor de todo o povo, primeiro guardaram para eles o espólio e “então disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá” (2Rs 7.9). Alguns dias depois da ascensão do Senhor, dois dos discípulos disseram: “Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). Que estas palavras nos animem a cumprir fielmente a missão que o Senhor entregou a Seus discípulos há muito tempo!

(Traduzido por Francisco Nunes do artigo “Una grand misión”, revista Creced, n. 2/2014, marzo-abril, publicada por Ediciones Bíblicas, Perroy, Suíça.)

(O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, exclusivamente de forma gratuita, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria como de tradução.)

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Igreja John Nelson Darby Ministério

A fonte do ministério (J. N. Darby)

“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5.19).

Aqui há três coisas que resultam da vinda de Deus em Cristo: “reconciliando”, “não lhes imputando” e “pôs em nós a palavra da reconciliação”. Sem este último ponto, a obra da graça ficaria imperfeita em sua aplicação, pois Jesus, que, em Sua vinda ao mundo, reconciliava e não imputava, devia ser feito pecado por nós (v. 21), morrer e ir-se. A obra consumada ficaria, assim, suspensa em sua aplicação. O complemento desta obra gloriosa da graça de Deus era confiar aos homens “a palavra da reconciliação“, segundo Seu poder e Seu agrado. Desta maneira, introduzia dois elementos no ministério:

1. Uma profunda convicção, um sentimento poderoso do amor manifestado nesta obra de reconciliação;

2. Os [homens-]dons que eram capazes de anunciar aos homens, segundo suas necessidades, as riquezas desta graça que animava o coração daqueles que a anunciavam.

É o que a parábola dos talentos nos apresenta (Mt 25). Tanto o que tinha cinco talentos como o que tinha dois eram movidos pela confiança que a graça dá e pela segurança produzida pelo conhecimento do caráter de seu Mestre. As capacidades e os dons deles não eram iguais. Deus é soberano a este respeito. Àquele que tinha só um talento, em proporção a sua capacidade, faltava esta confiança que inspira o conhecimento de Deus em Cristo. Ele estava equivocado sobre o caráter de seu Mestre. Foi inativo por causa do estado de sua alma, como os outros dois foram ativos pela mesma razão.

Aqui vemos que o princípio do ministério é a energia do amor, da graça, que se origina na fé que nos faz conhecer a Deus. Atacar isso é fazer cair tudo de sua base fundamental. Em sua essência, o ministério emana do conhecimento individual do caráter do Mestre. Conhecer a graça, sentida profundamente, torna-se a graça ativa em nosso coração, única fonte verdadeira, a única possível, na natureza das coisas, para um ministério segundo Deus.

Além disso, vemos que em Sua soberania Deus distribui como Lhe parece bem, quer seja a capacidade natural como utensílio para conter o dom, ou o próprio dom, conforme a medida do dom de Cristo, tirado de Seus tesouros que se encontram Nele e que recebeu para dar aos homens.

Encontramos o ministério baseado no mesmo princípio quando o Senhor disse a Pedro: “Simão, filho de Jonas, amas-me […]?” e, à resposta dele, acrescenta: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.15,16). Isso leva a duas partes essenciais do ministério: primeira, a livre atividade do amor que motiva a chamar as almas e, segunda, o serviço que não cessa em seus esforços para edificá-las quando elas são chamadas.

Com respeito ao ministério da Palavra (pois há outros dons), estas duas partes são-nos apresentadas claramente em Colossenses 1. No verso 23, Paulo é ministro do evangelho, “o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu”, e, nos versos 24 e 25, é ministro da igreja, “para cumprir a palavra de Deus”.

Como energia e fonte de todo ministério estão, portanto, estas duas coisas:

1. O amor que a graça produz no coração, o amor que impulsiona a atividade, e

2. A soberania de Deus que comunica dons segundo Seu querer e chama para este ou aquele ministério, chamamento este que faz do ministério um assunto de fidelidade e de dever por parte daquele que é chamado.

Devemos notar que estes dois princípios supõem, um e outro, uma inteira liberdade em relação aos homens, que não deveriam intervir dando origem ou autorização ao ministério sem neutralizar, por um lado, o amor como fonte da atividade nem fazer, por outro, intrusão na soberania de Deus que chama, que envia e cujo chamamento é um dever. A cooperação e a disciplina segundo a Palavra permanecem sempre no lugar que lhes corresponde.

Todo ministério que não está fundamentado nos dois princípios que acabamos de enunciar não é, de fato, ministério. Não há nenhuma outra fonte cristã de atividade além do amor de Cristo e do chamamento de Deus.

(Traduzido por Francisco Nunes do artigo “La fuente del ministerio”, revista Creced, n. 2/2014, marzo-abril, publicada por Ediciones Bíblicas, Perroy, Suíça.)

(O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, exclusivamente de forma gratuita, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria como de tradução.)

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Pecado Vida cristã

Pecados (Willian Gurnall)

Aqueles pecados que ficaram durante tanto tempo mais próximos do seu coração devem agora ser pisados sob seus pés. E isso exige coragem e resolução!

O soldado é convocado para uma vida ativa, e assim é com o cristão. A própria natureza da vocação impede uma vida de facilidades. Se você estiver pensando em ser apenas um soldado de verão, considere sua comissão com cuidado e veja se ela é real. Suas ordens espirituais são rigorosas. Como o apóstolo Paulo fala sobre tomar a armadura, sobre o soldado sofrer as aflições como um bom soldado… eu não quero que você seja ignorante quanto a este ponto; portanto, olhe as diretrizes.

Aqueles pecados que ficaram tanto tempo mais próximos do seu coração, que eram ídolos do coração, devem agora ser pisados e esmagados sob seus pés. E que coragem e resolução tudo isso exige! Você acha que Abraão foi testado ao limite quando chamado a tomar Isaque, “o teu único filho… aquele que tu amas” (Gn 22.2), e oferecê-lo com as próprias mãos? Mas o mesmo é dito a você. “Alma, pega a concupiscência, que é o filho querido do coração, teu Isaque, e o pecado do qual tu dependeste a vida toda e do qual tiraste e pretendias ganhar o maior prazer. Coloca as mãos sobre ele e o ofereça… derrama todo o seu sangue diante de Mim; executa e usa a faca sobre o coração dele, e o faz com alegria.”

(Fonte)

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Disciplina Igreja

Disciplina na igreja: castigo ou amor? (Fred Greco)

Disciplina na igreja — a própria frase parece trazer à mente da maioria dos cristãos um desfile de horrores. Parece que a nossa imagem atual da disciplina eclesiástica é aquela de tiranos repressivos e alheios, nos dizendo o que podemos e o que não podemos fazer. Isso não nos surpreende quando consideramos os incidentes públicos de abuso de autoridade tanto dentro quanto fora da igreja. Também há a ideia de que a disciplina na igreja parece alheia ao nosso entendimento moderno de liberdade cristã, um entendimento no qual o indivíduo cristão é seu próprio juiz em todas as questões concernentes à fé e à vida cristãs. Mas para entender o motivo pelo qual a disciplina eclesiástica tem sido considerada uma “marca” na igreja historicamente, devemos nos lembrar do verdadeiro propósito da disciplina na igreja.

Uma marca da igreja

Desde o tempo dos reformadores, para distinguir entre uma igreja verdadeira e uma igreja falsa, teólogos têm descrito três “marcas” da igreja: a pregação adequada da Palavra de Deus, a administração apropriada dos sacramentos e a administração apropriada da disciplina eclesiástica. Embora não seja controverso pensar que uma igreja verdadeira ensinaria a Palavra de Deus e obedeceria o mandamento de Cristo para observar os sacramentos, muitos cristãos duvidariam que a disciplina eclesiástica é necessária para se ter uma verdadeira igreja. Na realidade, contudo, a ideia da disciplina na igreja é um paralelo essencial às primeiras duas marcas. Afinal, a Bíblia não nos diz que não é suficiente que a Palavra seja ensinada e pregada apropriadamente, mas que ela também deve ser obedecida e praticada (Rm 2.13; Tg 1.22)? E como a igreja pode administrar os sacramentos apropriadamente sem determinar a quem eles se aplicam? A disciplina eclesiástica é o mecanismo que o Senhor decretou para designar e edificar a sua igreja, a família de Deus.

A igreja não é apenas uma organização — é a personificação do propósito e do plano de Deus para redimir pecadores e reconciliá-los consigo mesmo. O mesmo crente em Jesus Cristo que é justificado através da fé também é adotado através da fé. Nosso grande Deus triuno não se satisfaz apenas com o fato de seu povo ser declarado não culpado diante do seu trono de julgamento (Rm 5.1). Ele também torna cada pecador redimido seu filho, parte da família de Deus (João 1.12). Quando vemos a igreja como uma família, começamos então a ver o propósito e a bênção da disciplina eclesiástica. Assim como pais e mães que carinhosamente amam os seus filhos devem tomar tempo para corrigi-los e encorajá-los, pastores e presbíteros que amam o Senhor e o povo do Senhor devem tomar tempo para corrigi-los e encorajá-los.

Disciplina e discipulado

Para melhor apreciar a posição da disciplina na vida da igreja, devemos vê-la através de uma lente bíblica em vez de tentarmos enxergá-la por meio de casos individuais que possamos ter ouvido (ou experimentado). A palavra disciplina traz à tona imagens de julgamento e punição que podem nos colocar imediatamente na defensiva. Mas esse não é o uso bíblico primário da disciplina. A disciplina bíblica está mais relacionada com outra palavra bíblica bem conhecida: discípulo. Um discípulo é alguém que é ensinado (Mt 10.24), e no Novo Testamento, discípulo tem uma especial referência a aprender a observar todos os mandamentos de Jesus (28.19-20). De maneira similar, disciplina é aprender os caminhos do Senhor. Paulo usa a palavra nesse sentido em Efésios 6.4: “Pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”. De fato, a palavra do Novo Testamento para disciplina é a mesma palavra grega que é usada para educação ou instrução (especialmente de crianças) em um sentido mais amplo. Disciplinar alguém é treiná-la no caminho em que ela deve seguir (Pv 22.6) e edificar alguém que é querido (Hb 12.5-11) por amor (Ap 3.19).

Esse modelo bíblico também nos ajuda a entender que a disciplina eclesiástica é necessária para o nosso crescimento na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Se disciplina é o trabalho de um pai amoroso que instrui os seus filhos, como podemos recusar a instrução do nosso Pai celestial? O Senhor concedeu pastores à sua igreja para o propósito de edificar e capacitar o rebanho, e ele usa esses pastores como meio para disciplinar o seu povo (Ef 4.11-16). Em primeiro lugar, disciplina começa com instrução a partir da Palavra de Deus. Disciplina na igreja nunca deveria começar no estágio de algum tipo de ação formal. Ela começa com os líderes da igreja dando direção, instrução e admoestação a partir da Bíblia. Para que sejamos edificados pelo Senhor, devemos conhecer os mandamentos do Senhor. Para sermos colocados no caminho correto, devemos conhecer os caminhos do Senhor. Em um sentido muito real, se não desejamos ser parte de uma igreja que pratica a disciplina eclesiástica, estamos desistindo do privilégio de sermos instruídos e constrangidos pela Palavra de Deus.

Como deve ser a disciplina na igreja?

Se a disciplina eclesiástica é uma marca de uma igreja legítima, e se isso é uma extensão da disciplina amorosa de Deus para com seus filhos, por que ela não é praticada em mais igrejas? Por que ela é tão subestimada? A resposta para tais perguntas é frequentemente encontrada na maneira como a disciplina eclesiástica é (mal) praticada. Assim como os pais devem cuidar de aplicar fielmente e biblicamente  disciplina a seus filhos, os líderes da igreja devem usar a sua autoridade com coerência e amor. O Antigo Testamento está cheio de advertências sobre os perigos do favoritismo (como Jacó com José e seus irmãos), e a falha em aplicar a disciplina (como Eli e seus filhos). O Senhor de fato disciplina aqueles a quem ele ama (Hb 12.6), e a igreja também deve fazê-lo. Mas nunca podemos nos esquecer que a disciplina eclesiástica é um exercício de amor. Isso significa que a disciplina na igreja não é algo que deve ser buscado apenas após uma situação não parecer mais ter jeito. Disciplina não é a “gota d’água”, onde o julgamento é pronunciado. Disciplina eclesiástica bíblica é uma cultura de responsabilidade, crescimento, perdão e graça que deve permear as nossas igrejas. Cada membro de igreja tem a responsabilidade de ajudar os outros em suas lutas contra o pecado — não através de julgamento e críticas, mas, ao invés disso, com gentileza e visando à restauração, sabendo que ele mesmo também está sujeito à tentação (Gl 6.1). Mateus 18 não descreve uma espécie de litígio alternativo; é uma cartilha sobre como abordamos amorosamente uns aos outros, pacientemente esgotando os passos menores (por exemplo, ir até a pessoa) antes de passar para os passos maiores (por exemplo, levar à igreja).

Os líderes da igreja devem sempre se lembrar que a autoridade que eles possuem quanto à disciplina não vem deles mesmos, mas é a autoridade de pastoreio de Cristo. Esta é a igreja de Cristo (Ef 1.22-23; Cl 1.18), e é ele quem a está edificando para torná-la sem mácula (Ef 5.27). Os líderes, portanto, devem fazer todo esforço para evitar agir de maneira dominadora e tirânica simplesmente para resolver rapidamente os problemas (1Pe 5.3), ou demonstrando parcialidade em disciplinar alguns enquanto ignora outros (Tg 2.1). Os membros devem saber que o processo de disciplina não é um método secreto de punição, mas é a maneira de Deus restaurar pecadores, curar relacionamentos e honrar a sua Palavra. Os líderes não devem temer que a disciplina na igreja seja vista à luz do dia, ao passo que, ao mesmo tempo, devem empregar todo esforço para proteger a reputação dos membros de desnecessária notoriedade e potenciais fofocas. O fim almejado não é simplesmente resolução, mas o fortalecimento de crentes individuais e de todo o corpo de Cristo.

Qual é o propósito da disciplina na igreja?

Por último, a disciplina eclesiástica é algo que requer oração, reflexão e coerência, porque possui propósitos importantes na vida da igreja. Há três propósitos principais para a disciplina na igreja. Primeiro, a disciplina na igreja existe para recuperar o pecador de volta à igreja, e em última análise, ao Senhor. A disciplina eclesiástica que é praticada em amor é uma poderosa maneira de confrontar um pecador com seu pecado e mostrar que a igreja o ama, não desistirá dele e deseja vê-lo restaurado à plena comunhão. Em um sentido muito real, a disciplina pode ser a atuação do evangelho diante dos nossos olhos. Devemos reconhecer o nosso pecado, nos arrepender e pedir perdão, o qual é livre e plenamente concedido.

Segundo, a disciplina é necessária para manter a pureza da igreja e seu testemunho diante de um mundo vigilante. Isso não significa que colocamos uma máscara hipócrita de perfeccionismo, mas admitimos diante do mundo que a Palavra de Deus é o padrão para as nossas vidas e que somos verdadeiros cristãos — não perfeitos, mas perdoados.

Por último e mais importante, a disciplina na igreja é feita para a glória de Deus. Cristãos são exposições vivas da glória de Deus, e nós mostramos muito mais a sua glória quando lutamos para refletir seu amor e seu santo caráter (Ef 3.10). Que maneira melhor de mostrar que um Deus santo é um Deus amoroso do que através da disciplina? Conforme buscamos a restauração daqueles que tropeçam, em espírito de amorosa humildade, colocamos em exposição uma honorável conduta que apontará para aquele que é a fonte de toda a restauração no universo (1Pe 2.12).

Tradução: Alan Cristie.

(O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.)

(Fonte)

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Apologética Cristo Deus

Deus não está morto…

E também ateus afirmam isso.

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Amor Consolo Cristo Deus Hinos & Poesia Sofrimento Vida cristã

As Tuas mãos

As Tuas mãos dirigem meu destino,
ó Deus de amor! Bom é que seja assim!
Teus são os meus poderes, minha vida;
em tudo, eterno Pai, dispõe de mim!

Meus dias, sejam curtos ou compridos,
passados em tristezas ou prazer,
em sombra ou luz, é tudo como queres,
e é tudo bom, se vem do Teu querer.

As Tuas mãos dirigem meu destino,
por Mim sangraram na infamante cruz;
por meus pecados foram traspassadas,
e nelas posso descansar, Jesus!

Nos céus erguidas, sempre intercedendo,
as santas mãos não pedem nunca em vão.
Ao seu cuidado, em plena confiança,
entrego a minha eterna salvação.

As Tuas mãos dirigem meu destino;
o acaso, para mim, não haverá!
O grande Pai é justo e benfazejo,
e sem motivo não me afligirá.

Encontro em seu poder constante apoio,
forte é seu braço, insone o seu amor;
e ao fim, entrando na cidade eterna,
eu louvarei meu Guia e Salvador!

(Sara P. Kalley)

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Em minha opinião, este é um dos melhores hinos cristãos já compostos.

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Amor Cristo Cruz Encorajamento Hinos & Poesia Humildade

Torna-me um cativo

Torna-me um cativo, Senhor,
e, então, livre serei.
Força-me a render minha espada,
e conquistador serei.
Eu me afundo nos temores da vida
quando sozinho fico;
aprisiona-me em Teus braços,
e forte será minha mão.

Meu coração será fraco e pobre
até encontrar o seu mestre;
não procede dele nenhuma ação confiável;
ele varia com o vento.
Ele é incapaz de se mover livremente
enquanto Tu não forjares grilhões para ele;
escraviza-o com Teu amor inigualável,
e imortal ele reinará.

Meu poder será débil e tímido,
enquanto eu não aprender a servir;
ele carece do fogo necessário para brilhar,
e da brisa para revigorar-se.
Meu poder não pode conduzir o mundo
até que ele mesmo seja conduzido;
a bandeira de meu poder só pode ser desfraldada
quando soprares do céu.

Minha vontade não é minha própria,
até que a tornes Tua;
se ela subissse ao trono de um monarca,
ela teria de resignar a sua coroa.
Minha vontade só fica firme,
em meio à estrondosa luta,
quanto em Teu peito se apóia
e descobre sua vida em Ti.

(George Matheson)

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Deus Serviço cristão Soberania Sofrimento Vida cristã

E quanto a este?

“Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? Respondeu-lhe Jesus: Se Eu quero que ele permaneça até que Eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-Me.” (João 21.21, 22)

Se Deus chamou você para que seja verdadeiramente como Jesus com todas as forças de seu espírito, Ele o estimulará para que leve uma vida de crucificação e de humildade, e exigirá tal obediência que você não poderá imitar aos demais cristãos, pois Ele não permitirá que você faça o mesmo que fazem os outros, em muitos aspectos.

Outros, que aparentemente são muito religiosos e fervorosos, podem ter a si mesmos em alta estima, podem buscar influência e ressaltar a realização de seus planos; você, porém, não deve fazer nada disso, pois se tentar fazê-lo, fracassará de tal modo e merecerá tal reprovação por parte do Senhor, que você se converterá em um penitente lastimável.

Outros poderão fazer alarde de seu trabalho, de seus êxitos, de seus escritos, mas o Espírito Santo não permitirá a você nenhuma dessas coisas. Se você começar a proceder dessa forma, Ele o consumirá em uma mortificação tão profunda que você depreciará a si mesmo tanto quanto a todas as suas boas obras.

A outros será permitido conseguir grandes somas de dinheiro e dar-se a luxos supérfluos, porém Deus só proporcionará a você o sustento diário, porque quer que você tenha algo que é muito mais valioso que o ouro: uma absoluta dependência Dele e de Seu invisível tesouro.

O Senhor permitirá que os demais recebam honras e se destaquem, enquanto mantém você oculto na sombra, porque Ele quer produzir um fruto seleto e fragrante para Sua glória vindoura, e isso só pode ser produzido na sombra.

Deus pode permitir que os demais sejam grandes, mas você deve continuar sendo pequeno; Deus permitirá que outros trabalhem para Ele e ganhem fama, porém fará com que você trabalhe e se desgaste sem que saiba sequer quanto está fazendo. Depois, para que seu trabalho seja ainda mais valioso, permitirá que outros recebam o crédito pelo que você faz, com o fim de lhe ensinar a mensagem da cruz: a humildade e algo do que significa participar de Sua natureza. O Espírito Santo manterá sobre você uma estrita vigilância e, com zeloso amor, lhe reprovará por suas palavras, ou por seus sentimentos indiferentes, ou por malgastar seu tempo, coisas essas que parecem não preocupar aos demais cristãos.

Por isso, habitue-se à idéia de que Deus é um soberano absoluto que tem o direito de fazer o que Lhe apraz com os que Lhe pertencem, e que não pode explicar-lhe a infinidade de coisas que poderiam confundir sua mente pelo modo como Ele procede com você. Deus lhe tomará a palavra; e se você se vende para ser Seu escravo sem reservas, Ele o envolverá em um amor zeloso que permitirá que outros façam muitas coisas que a você não são permitidas. Saiba-o de uma vez por todas: você tem de se entender diretamente com o Espírito Santo acerca dessas coisas, e Ele terá o privilégio de atar sua língua, ou de colocar algemas em suas mãos ou de fechar seus olhos para aquilo que é permitido aos demais. Entretanto, você conhecerá o segredo do reino. Quando estiver possuído pelo Deus vivo de tal maneira que se sinta feliz e contente no íntimo de seu coração com essa peculiar, pessoal, privada e zelosa tutoria e com esse governo do Espírito Santo sobre sua vida, então, haverá encontrado a entrada dos céus, o chamado do alto, de Deus.

(Autor conhecido somente por Deus)

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A. W. Tozer Testemunho Vida cristã

Felicidade (A. W. Tozer)

Quanto a mim, há muito tomei a decisão de que preferiria conhecer a verdade a ser feliz na ignorância. Se não posso ter a verdade e a felicidade ao mesmo tempo, prefiro a verdade. Teremos muito tempo para sermos felizes no céu.

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