Categorias
Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (156)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Se os homens soubessem que não merecem nada, que são devedores da misericórdia de Deus a cada dia, logo cessariam de se queixar.

(J. C. Ryle)

O sofrimento faz parte da condição humana e vem para todos nós. A chave é a forma como reagimos a ele: ou nos afastando de Deus com raiva e amargura ou nos aproximando Dele com confiança.

(Billy Graham)

Ninguém em seu leito de morte diz: “Tragam-me meus diplomas!” Não espere esse momento para descobrir a futilidade final das realizações humanas.

(Josemar Bessa)

Nada coloca uma pessoa tão fora do alcance dos demônios como a humildade.

(Jonathan Edwards)

Deus não espera que Lhe submetamos nossa fé sem o uso da razão, mas os próprios limites de nossa razão fazem da fé uma necessidade.

(Agostinho)

Estejam em muita oração secreta. Conversem menos com os homens e mais com Deus.

(George Whitefield)

O casamento pode ser uma grande bênção ou uma grande maldição, dependendo de onde você coloca a cruz.

(C. T. Studd)

Categorias
Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (105)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

É lá na cruz que posso ver
a Tua glória e perfeição.
Olhando as trevas, posso crer
em Teu amor e compaixão.

(Edward Denny)

Não há nenhum náufrago perdido no mais profundo mar de iniqüidade que o profundo amor de Deus não possa alcançar e remir.

(John Henry Jowett)

Nossos grandes problemas são pequenos para o infinito poder de Deus, mas nossos pequenos problemas são grandes para Seu amor de Pai.

(Donald Grey Barnhouse)

O amor de Deus é sempre sobrenatural, sempre um milagre, sempre a última coisa que poderíamos merecer.

(Robert Horn)

Deus deixa depressa Sua ira, mas nunca se arrepende de Seu amor.

(Charles H. Spurgeon)

A única base do amor de Deus é Seu próprio amor.

(Thomas Brooks)

É por termos essa percepção tão superficial do amor de Deus que temos essa percepção tão defeituosa sobre Seu modo de lidar conosco. Interpretamos cegamente os símbolos de Sua providência porque lemos muito imperfeitamente o que está gravado em Seu coração.

(Otávio Winslow)

A morte de Jesus foi a abertura e o esvaziamento de todo o coração de Deus; foi a exuberância do oceano de infinita misericórdia que anelou e desejou por uma saída; foi Deus mostrando como poderia amar um pobre e culpado pecador.

(Otávio Winslow)

Categorias
Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (60)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

O amor não é apenas cheio de benevolência, mas de beneficência. O amor que dilata o coração nunca fecha as mãos. Aquele que ama a Cristo será liberal em favor de Seus membros. Ele será olhos para o cego e pés para o aleijado. As costas e o ventre dos pobres devem ser os sulcos onde ele semeia as preciosas sementes da liberalidade. Alguns dizem amar a Deus, mas seu amor é aleijado de uma mão: eles nada dão para boas aplicações. Com efeito, a fé lida com coisas invisíveis, mas Deus odeia aquele amor que é invisível. O amor é como vinho novo, que precisa ser arejado; e ele areja a si mesmo por meio de boas obras. O apóstolo fala, em honra aos macedônios, que eles haviam dado aos santos pobres não apenas na medida de suas posses, mas mesmo acima delas (2Co 8.3). O amor é uma nobre dádiva de liberalidade.

(Thomas Watson)

A aflição nos ensina a conhecermos a nós mesmos. Na prosperidade, nós somos na maioria das vezes estranhos a nós mesmos. Deus nos aflige para que possamos nos conhecer melhor. É em tempo de aflições que vemos aquela corrupção em nosso coração que não acreditaríamos que estava lá.  A água parece limpa num copo, mas ponha-a no fogo e sua impureza vai fervilhar. Na prosperidade, um homem parece ser humilde e grato, a água parece limpa; mas, ponha esse homem um pouco no fogo da aflição, e suas impurezas começam a fervilhar; muita impaciência e incredulidade começam a aparecer. “Oh”, diz um cristão, “eu nunca pensei que tivesse um coração tão mau! Agora eu vejo que tenho! Eu nunca pensei que minhas corrupções fossem tão fortes e minhas virtudes tão fracas!”

(Thomas Watson)

O alvo da tentação é desonrar a Deus e abater a alma.

(John Owen)

A igreja [visível] tem mais membros professos do que regenerados, e terá até o fim do mundo: ninguém espere que eles sejam proporcionais.

(Richard Baxter)

Nenhuma lisonja pode curar uma má consciência, como nenhuma difamação pode ferir uma consciência sã.

(Thomas Watson)

Valeu a pena ter ficado um pouco no fogo, por causa da oportunidade de experimentar e demonstrar o poder e a fidelidade das promessas de Deus.

(John Newton)

Deus não espera que lhe submetamos nossa fé sem o uso da razão, mas os próprios limites de nossa razão fazem da fé uma necessidade.

(Agostinho)

A marca registrada de um hipócrita é ser cristão em todo lugar, menos em casa.

(Robert Murray M´Cheyne)

Aquele que exige misericórdia, mas não a demonstra, destrói a ponte sobre a qual ele mesmo deve passar.

(Thomas Adams)

Se você de alguma forma demolir a doutrina do inferno, ela demolirá seu zelo.

(R. A. Torrey)

Nossa preguiça para com Deus é nosso pecado alarmante… Nenhum homem encontra a Deus se não O procurar diligentemente.

(E. M. Bounds)

A Bíblia caindo aos pedaços geralmente pertence a alguém que não está nas mesmas condições.

(Vance Havner)

Cristo não é doce enquanto o pecado não se faz amargo para nós.

(John Flavel)

Categorias
Citações Consolo Cristo Encorajamento Gotas de orvalho Humildade João Calvino Matthew Henry Mundo Oração Pecado Repreensão Santidade Thomas Watson

Gotas de orvalho (48)

Orvalho dos céus para começar cada dia da semana

O homem nunca alcança um conhecimento claro de si mesmo a não ser que primeiro eleve os olhos para o rosto de Deus e, então, venha de contemplá-Lo para examinar a si mesmo.

(João Calvino)

Nada é mais contrário a uma esperança celestial do que um coração mundano.

(William Gurnall)

As orações e súplicas que Cristo ofereceu, com fortes clamores e lágrimas, são um claro exemplo não só sobre orar, mas para sermos fervorosos e importunos em oração. Quantas orações secas, quão poucas as molhadas de lágrimas, nós oferecemos a Deus!

(Matthew Henry)

A fé habita em um coração quebrantado. “O pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor!” (Mc 9.24). A verdadeira fé está sempre em um coração ferido pelo pecado. A fé salvadora sempre cresce em um coração humilhado pelo pecado, em um olho que chora e em uma lacrimosa consciência.

(Thomas Watson)

A terra não tem preocupação que o céu não possa curar.

(Thomas Moore)

Já não está na moda sofrer por amor de Deus e carregar a cruz por Ele, pois a diligência e a real seriedade, que por acaso eram encontradas no homem, foram extintas e se tornaram frias. E agora ninguém mais está disposto a sofrer angústia por causa de Deus.

(Johannes Tauler)

O mais santo dos homens precisa ser preservado dos piores pecados, pois está conscientes de que pode cair na mais profunda cova da iniqüidade se Deus retiver Sua misericórdia.

(George Lawson)

Categorias
Bíblia Charles Spurgeon Citações Gotas de orvalho John Piper John Stott Martin Lloyd-Jones Sofrimento T. Austin-Sparks Testemunho Thomas Brooks

Gotas de Orvalho (35)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Nada fecha a boca, cerra os lábios e amarra a língua como a pobreza de nossa própria experiência espiritual. Não damos testemunho pela simples razão de que não temos testemunho a dar.

(John R. W. Stott)

Nenhuma de nossas experiências, sob a mão de Deus, é acidental e sem propósito. As situações não surgem em nossa vida como obra do acaso ou por qualquer outro motivo. Se “algo mau” está acontecendo conosco, não significa que Deus esteja nos castigando por mero luxo. Os castigos e as disciplinas de Deus não são acidentais, sem motivo ou sem propósito, mas sempre têm um objetivo relacionado a Seu Cristo. Se reconhecermos essa ação divina em tudo e a aplicarmos em nossa vida, seremos muito ajudados e consolados diante de tantas situações que nos sobrevêm.

(T. Austin-Sparks)

A maior verdade debaixo do céu é esta: que Cristo, por Seu sangue precioso, verdadeiramente depõe o pecado, e que Deus, por amor a Cristo, trata com os homens nos termos da divina misericórdia, perdoa os culpados e os justifica, não de acordo com alguma coisa que vê neles ou pressupõe que estará neles, mas conforme as riquezas da misericórdia que habita em Seu próprio coração.

(Charles Haddon Spurgeon)

O ouvir da Palavra de Deus que falha no tempo da provação não tem raiz (Lc 8.13). Qual é a raiz de que necessitamos? É a confiança. Jeremias 17.7,8 diz: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro”. Confiar na verdade que você já possui é a melhor maneira de preparar-se para receber mais.

(John Piper)

Quanto mais vivemos e procuramos pôr em prática o Sermão do Monte, tanto mais haveremos de experimentar a bênção. Examinemos as bênçãos prometidas àqueles que realmente o põem em prática. A dificuldade com grande parte do ensino a respeito da santidade é que deixa de lado o Sermão do Monte, e ainda assim pede-nos para experimentar a santificação. Não é esse o método bíblico. Se você quiser possuir poder espiritual em sua vida e ser abençoado, dirija-se diretamente ao Sermão do Monte. Viva-o, ponha-o em prática e dedique-se a ele, e, ao assim fazer, você receberá as bênção ali prometidas. “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mateus 5:6). Se você quiser desfrutar de fartura, não busque alguma bênção mística: não se apresse a frequentar reuniões, na esperança de obter tal fartura. Antes, volva-se para o Sermão do Monte, em suas aplicações e requisitos, perceba a sua absoluta necessidade e, então, você receberá essa fartura. Essa é a estrada que leva diretamente à bênção.

(Martyn Lloyd-Jones.)

A pobreza e a aflição retiram o combustível que alimenta o orgulho.

(Richard Sibbes)

Satanás promete o melhor, mas paga com o pior; ele promete honra, e paga com vergonha; ele promete prazer, e paga com a dor; ele promete lucro, e paga com a perda, ele promete a vida, e paga com a morte. Mas Deus paga como promete; todos os Seus pagamentos são feitos em ouro puro.

(Thomas Brooks)

Categorias
Vida cristã

Guarde seu coração (John Flavel)

“Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23 – Trad. Bras.).

O dever de guardar o coração é sempre obrigatório; não existe hora nem condição na vida em que sejamos dispensados dessa tarefa, mas existem algumas ocasiões especiais e horas críticas que requerem mais vigilância do que aquela que comumente mantemos sobre o coração.

Uma dessas ocasiões é quando somos ofendidos e maltratados pelos outros. A depravação e a corrupção do homem é tão grande que um trata o outro como lobo ou tigre. E, como os homens são cruéis por natureza e oprimem uns aos outros, assim os ímpios conspiram para maltratar e ofender o povo de Deus. “O ímpio devora o homem que é mais justo do que ele.” Quando somos ofendidos e maltratados dessa forma, é difícil guardar o coração de impulsos vingativos; com mansidão e quietude passar a situação para Aquele que julga retamente; evitar todo e qualquer sentimento pecaminoso. O espírito que está em nós deseja vingança, mas não deve ser assim. Nós temos opções de ajuda no evangelho para guardar o coração de sentimentos pecaminosos contra nossos inimigos e para abrandar nosso espírito amargurado. Quer saber como pode um cristão guardar o coração de sentimentos vingativos quando é alvo das maiores ofensas e maus tratos dos homens? Eu explico. Quando você começar a perceber o coração inflamar-se de sentimentos vingativos, reflita imediatamente nas seguintes coisas:

1ª) Recomende com insistência a seu coração as severas proibições da Palavra de Deus contra a vingança. Por mais gratificante que seja a vingança a suas propensões corruptas, lembre-se de que ela é proibida. Ouça a Palavra de Deus: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira [de Deus]; porque está escrito: A Mim Me pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.19-21). Este sempre foi um argumento apresentado pelos cristãos para provarem que sua religião é sobrenatural e pura: ela proíbe a vingança, que é tão agradável à natureza humana. Intimide seu coração, então, com a autoridade de Deus nas Escrituras; e quando a razão carnal disser: “Meus inimigos merecem ser odiados!”, faça a consciência replicar: “Mas será que Deus merece ser desobedecido?” “Isso e isso foi feito contra mim, eu fui injustiçado”; “Mas o que é que Deus fez para que eu cometa alguma coisa contra Ele? Se meu inimigo se atreve a perturbar minha paz, devo eu ser tão perverso ao ponto de transgredir o mandamento de Deus? Se meu inimigo não teme fazer mal contra mim, será que não devo temer fazer mal contra Deus?” Dessa forma, faça com que o temor de Deus restrinja e acalme seus sentimentos.

2ª) Coloque diante de seus olhos os mais altos padrões de mansidão e perdão, para você sentir o vigor do exemplo deles. Essa é a forma de acabar com os argumentos normais de carne e sangue em busca de vingança, como estes: “Homem nenhum suportaria esse tipo de ofensa!” Sim, há homens que suportaram ofensas tão grandes e até maiores do que as que você sofreu! “Mas eu vou passar por covarde, por estúpido, se não revidar!” Isso não deve preocupar você, desde que siga o exemplo de homens mais sábios e santos. Ninguém nunca sofreu mais ou maiores ofensas por parte dos homens do que Jesus, nem jamais suportou insultos e acusações e todo tipo de abuso de forma mais pacífica e perdoadora. Quando Ele foi insultado, não devolveu os insultos; quando sofreu, não fez ameaças; quando Seus assassinos O crucificaram, Ele pediu ao Pai que lhes perdoasse. Com isso, Ele nos deu exemplo, para que sigamos Seus passos. Seus apóstolos O imitaram: “Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos” (1Co 4.12,13).

Eu ouvi falar de um santo homem de Deus, o sr. Dod. Quando uma pessoa enfurecida por causa da pregação penetrante e convincente dele o atacou, socou-lhe o rosto e lhe quebrou dois dentes, esse humilde servo de Cristo cuspiu os dentes e o sangue na mão e disse: “Veja só, você me arrancou dois dentes, e isso sem nenhuma provocação legítima. Mas, se você permitir que eu o abençoe e faça bem a sua alma, deixo que arranque o resto de meus dentes”. Aqui temos o exemplo da excelência do espírito cristão. Esforce-se para ter esse espírito, que é a verdadeira excelência dos cristãos. Faça o que os outros não podem fazer, conserve ativo esse espírito, e você preservará a paz em sua alma e obterá a vitória sobre seus inimigos.

3ª) Considere o caráter de quem lhe fez mal. É um homem piedoso ou é um ímpio? Se é um homem piedoso, existem luz e sensibilidade na consciência dele, que mais cedo ou mais tarde lhe trarão um senso do mal que cometeu. Se é um homem piedoso, Cristo lhe perdoou ofensas maiores do que as que ele cometeu contra você; e por que você não o perdoaria? Cristo o repreenderá pelas suas ofensas, mas liberalmente perdoará todas elas; e você o pegará pelo pescoço por causa de uma pequena ofensa que ele cometeu contra você?

4ª) Mas se foi um ímpio que ofendeu ou insultou você, na verdade é mais razão ainda para você exercer misericórdia em vez de vingança contra ele. Ele se encontra numa situação de engano e miséria; é escravo do pecado e inimigo da justiça. Se ele algum dia se arrepender, estará pronto para reparar seu erro; se continuar impenitente, está chegando um dia quando será punido como merece. Você não precisa planejar nenhuma vingança; Deus executará a vingança contra ele.

5ª) Lembre-se de que, por meio da vingança, você só conseguirá gratificar uma paixão pecaminosa, paixão essa que, por meio do perdão, você pode subjugar. Lembre que, por meio da vingança, você pode destruir um inimigo; mas, pelo exercício da moderação cristã, pode subjugar três inimigos de uma só vez: sua própria paixão, a tentação de Satanás e o coração de seu inimigo. Se, por meio da vingança, você dominar seu inimigo, a vitória será infeliz e sem glória, pois, ao conquistá-la, você será vencido por sua própria corrupção; mas, pelo exercício da moderação mansa e perdoadora, você sempre sairá com honra e sucesso. A pessoa em quem a mansidão e o perdão não operam é, de fato, uma pessoa muito perversa. É de pedra o coração que não se deixa derreter por esse fogo. Foi assim que Davi obteve vitória sobre Saul, seu perseguidor: “E chorou Saul em voz alta. Disse a Davi: Mais justo és do que eu” (1Sm 24.16,17).

6ª) Com seriedade, pergunte a seu coração: “Será que aproveitei alguma coisa para minha própria alma por meio das ofensas e injustiças que sofri?” Se elas não lhe fizeram nenhum bem, volte sua vingança contra si mesmo. Você tem todos os motivos para se encher de vergonha e tristeza por ter um coração que não consegue extrair nenhum bem desse tipo de aflição e ter uma disposição mental tão diferente da atitude de Cristo. A paciência e a mansidão de outros cristãos fizeram com que as ofensas dirigidas a eles lhes fossem de bom proveito! Eles louvaram a Deus quando o mundo os acusou e repreendeu. Jerônimo disse: “Dou graças a meu Deus que eu seja considerado digno do ódio do mundo”. Mas, se você tem recebido algum benefício das acusações e injustiças que recebeu, se elas o levaram a examinar o próprio coração, se fizeram com que você conduzisse a vida com mais prudência, se elas o convenceram do valor de um temperamento santificado, não vai perdoá-las? E daí se essas coisas foram feitas com más intenções? Se, pela bênção de Deus, sua felicidade tem sido promovida por aquilo que lhe foi feito, por que deveria você sequer dispensar um pensamento desagradável a respeito do autor dessas coisas?

7ª) Pondere em quem ordena todas as suas tribulações. Isso será de grande ajuda para guardar seu coração da vingança; isso de imediato aquietará e suavizará seu ânimo. Quando Simei cercou Davi e o amaldiçoou, o espírito desse homem piedoso não se deixou envenenar pela vingança. Quando Abisai se ofereceu para arrancar a cabeça de Simei, o rei disse: “Deixai-o amaldiçoar; pois, se o SENHOR lhe disse: ‘Amaldiçoa a Davi’, quem diria: ‘Por que assim fizeste?’?” (2Sm 16.10). Pode ser que Deus o use como Sua vara para castigar-me, porque por causa do meu pecado eu dei ocasião a que os inimigos de Deus blasfemassem; e deveria eu ficar irado com o instrumento? Como isso seria irracional! Dessa mesma forma Jó se aquietou; ele não xingou nem planejou vingança contra os caldeus e sabeus, mas considerou que Deus tinha ordenado suas tribulações, e disse: “O SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!”

8ª) Considere em como você está diariamente e a toda hora ofendendo a Deus, e não será tão facilmente inflamado com represália contra aqueles que ofendem você. O tempo todo você está afrontando a Deus, mas Ele não se vinga contra você; antes, o tolera e perdoa – e mesmo assim você quer se levantar e vingar dos outros? Reflita nesta cortante repreensão: “Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” (Mt 18.32,33). As pessoas que mais devem estar cheias de paciência e misericórdia para com os que as prejudicam devem ser aquelas que experimentaram por si mesmas as riquezas da misericórdia! A misericórdia de Deus para conosco deve enternecer nosso coração com misericórdia para com os outros. É impossível sermos cruéis com os outros – só se esquecermos o quanto Deus tem sido bom e compassivo para conosco. E, se a bondade não prevalece em nós, temos de ouvir isto: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (6.15).

9ª) Que a lembrança da proximidade do dia do Senhor refreie você de antecipá-lo com atos de vingança. Por que tanta pressa? Não está o Senhor perto para vingar todos os Seus servos maltratados? “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.8,9). A vingança pertence a Deus, e você vai se equivocar ao ponto de tomar sobre si o que é prerrogativa Dele?!

 


Fonte: Revista Meditas Estas Coisas

Categorias
Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (26)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Cultive o hábito de falar com Deus em voz alta. Talvez não sempre, porque nossos desejos são freqüentemente muito sagrados ou profundos para serem colocados em palavras. Mas é bom adquirir o hábito de falar com Deus como a um amigo presente ao sentar-se em casa ou andando pelo caminho. Busque o hábito de conversar sobre coisas com Deus: cartas, seus planos, suas esperanças, seus erros, suas lágrimas e pecados. As coisas parecem muito diferentes quando trazidas à calma luz de Sua presença.

(Frederick Brotherton Meyer)

Qualquer homem pode cantar durante o dia. É fácil cantar quando podemos ler as notas à luz do dia; mas é um cantor habilidoso o que pode cantar quando não há um raio de luz pelo qual se lê. Canções na noite vêm somente de Deus; elas não estão no poder do homem.

(Charles Haddon Spurgeon)

Nós imploramos a misericórdia de Deus, não para que Ele nos deixe em paz em nossos vícios, mas para que nos liberte deles.

(Blaise Pascal)

Deus está à mão quando você aproximar-se dEle em oração. Oh, confortante verdade! Um Deus de perto para ouvir a respiração suave de oração, para ouvir cada confissão de pecado, cada grito de necessidade, para qualquer expressão de tristeza, para cada gemido de consternação, para cada apelo por conselho, força e apoio. Levanta-te, ó minha alma! Dê-se à oração; porque Deus está à mão para ouvir e responder.

(Octavius Winslow)

Eu nasci somente para Deus. Cristo está mais próximo de mim do que pai, ou mãe ou irmã – uma relação próxima, um Amigo mais afeiçoado; e eu me regozijo em segui-Lo e amá-Lo. Bendito Jesus! Tu és tudo o que quero: um precursor para mim em tudo que eu irei passar como cristão, ministro ou missionário.

(Henry Martyn)

Algumas vezes penso que a própria essência de toda a posição cristã e o segredo de uma vida espiritual de êxito estão em reconhecer apenas duas coisas: preciso ter confiança completa e absoluta em Deus e nenhuma confiança em mim mesmo.

(Martyn Lloyd-Jones)

Não há nada que nos faça amar tanto uma pessoa quanto orar por ela.

(William Law)

Categorias
Deus Encorajamento Sofrimento T. Austin-Sparks Vida cristã

A atitude do Senhor em relação a Seus filhos em adversidade (T. Austin-Sparks)

Publicado pela primeira vez na revista A Witness and A Testimony, mar/abr de 1948, vol. 26-2

Em toda a angústia deles ele foi angustiado, e o anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão ele os remiu; e os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade” (Isaías 63.9).

A primeira cláusula deste versículo é o que vai nos ocupar por uns poucos minutos, e será na mais correta tradução encontrada como nota marginal em algumas Bíblias. Apesar de haver alguma autoridade para a tradução comum das palavras aqui, a verdadeira redação do original é: “Em toda a adversidade deles, Ele não foi adversário”1. Você pode escolher entre as traduções aquela de que mais gosta, e você não estará errado se preferir uma à outra. Mas essa tradução alternativa para o texto usual transmite uma mensagem por si mesma, a qual penso deveria ser grande ajuda, encorajamento e força para nós.

 

O fato da adversidade

Em primeiro lugar, notamos que a adversidade contra o povo de Deus é reconhecida e aceita, isto é, é dada como certa. É desnecessário dizer que, entre o povo de Deus, a adversidade é um fato. Nenhum de nós precisa dizer isso. Aqui a Palavra de Deus destaca o fato de que o povo do Senhor conhece a adversidade e a sofre, e que ela está sob os olhos de Deus. Só resta dizer que ninguém deve pensar que a adversidade significa que as coisas estão erradas. Talvez, às vezes, sintamos que, por causa da severa e contínua adversidade, deve haver alguma coisa errada. Embora possa haver uma esfera na qual a adversidade é o resultado de alguma coisa errada que foi feita, e o inimigo tem um terreno legítimo, no entanto não é a isso que se refere aqui. Em primeiro lugar, não era adversidade por causa do mal ou do erro; era a adversidade que é a experiência comum do povo de Deus que está se movendo com Ele. E, quando é assim, conforme podemos ver em um momento, não há nada errado de modo algum. É isso, a propósito, quanto ao fato da adversidade.

 

A natureza da adversidade

Então, sigamos para a natureza da adversidade referida aqui. A palavra “angústia” ou “adversidade” é a palavra “aperto” [em sentido físico ou figurado]: “Em todo o aperto deles, Ele não foi adversário”. E a idéia de aperto é apta para múltiplas aplicações. Qual é o aperto referido aqui? Bem, Israel é aqui visto como no deserto. Você nota que todas as frases que se seguem levam você de volta à vida de Israel no deserto, e é a essa vida com suas muitas formas de aperto que a palavra se refere.

Em primeiro lugar, os israelitas estavam confinados com respeito a muitas coisas que o mundo tinha e que o mundo pode fazer, as quais constituem toda a vida do mundo e dão ao mundo seu prazer e, tanto quanto ele pode, sua satisfação. Eles foram cortados de tudo aquilo, e por vezes essa forma de aperto veio para eles de forma dura e severa. Você sabe que, quando eles passaram por um tempo especialmente difícil, o coração deles quis voltar para o Egito e eles pensaram nos alhos e cebolas e em tudo o mais que havia lá e os desejaram. No Egito, nós temos isso e também as outras coisas de sentimos falta agora, e é difícil ser separado, como fomos, dessas coisas. Havia um elemento de certeza no Egito, mas fora dali você nunca sabe para onde está indo, tendo de viver um dia após o outro, ou o que vai acontecer com você – tudo o que as evidências atuais conseguem é fazer você se preocupar por não saber o que vai comer amanhã. Isso é uma vida de fé, e fé é uma vida de aperto muito freqüente, separado de muitas coisas e confinado a esse deserto em as coisas são, para a mente natural, “reduzidas” a Deus. (Sabemos que essa é a maneira errada de apresentar isso. Para a mente espiritual, as coisas são expandidas a Deus, mas quem foi plenamente levado para esse lugar, onde o aperto terreno é sempre um alargamento celestial?) Naturalmente, era assim com Israel: confinado, reduzido, enclausurado, apertado no que diz respeito às muitas coisas deste mundo. Porque eles eram o povo de Deus, não podiam fazer nem ter nada. Havia uma esfera inteira de coisas cortadas deles; naturalmente, na alma, isso era aperto.

 

A adversidade não prova que o Senhor é nosso adversário

Quando você e eu começamos a sentir isso – e há dias em que a alegria pura e sem mácula do próprio Senhor e das coisas celestiais se tornam nubladas, veladas e remotas, e percebemos estar mais sensíveis ao aperto e a como estamos confinados –, quão rapidamente o inimigo vem e diz: “O Senhor está contra você! Isso não é a bondade do Senhor, isso não é a beneficência e a graciosidade do Senhor, esse tipo de vida realmente não é a vida que o Senhor prometeu a você.” Ele tenta fazer com que, em nosso coração e em nossa mente, o Senhor seja nosso adversário por causa da consciência da presente situação de dificuldade. Ele deturpa o Senhor; ele pinta o Senhor com as cores de nossa provação, de nossa dificuldade, e diz: “O Senhor é assim; Ele é um mestre difícil de servir. Essa vida cristã não é tudo que disseram que seria. O Senhor enganou você, Ele falhou com você. E mais…”. Ele mistura tudo para maldizer o Senhor.

O que a Palavra está dizendo aqui é definitivamente isto: em todo esse aperto, essa privação, esse confinamento, o Senhor não estava contra os israelitas; por mais que pareça, o Senhor não estava mesmo contra eles. Então, temos de encontrar outra explicação. Os fatos são muito reais, aquelas condições são muito verdadeiras. Adversidade, provação, sofrimento são muito reais, e se eles não significam que o Senhor está contra nós, qual é a explicação?

 

A intenção do Senhor para o bem

A única alternativa, com certeza, é que o Senhor está pretendendo o bem, que Sua intenção não é, em última instância, nossa limitação e privação, mas nosso alargamento, nosso enriquecimento. Evidentemente, o Senhor pode dizer algo diferente do que aquilo que as circunstâncias parecem indicar que ele quer dizer. Em todos esses apertos, Ele não é contra você. “Se Deus é por nós…” (Rm 8.31). Na adversidade, no aperto, no privar de muitas coisas, no dizer “Não” muitas vezes, o Senhor não é contra você, Ele não está roubando você de qualquer coisa realmente boa, tirando de você qualquer prazer real, Ele não está trabalhando contrariamente a seus interesses, Ele não é o adversário. Mas em tudo isso, Ele é por você enquanto você estiver no caminho da vontade Dele, seguindo com Ele.

Eu disse que a palavra “aperto” tem múltiplas aplicações. Eu não vou detalhar de que modo ela pode ser aplicada. Eu conheço o aperto. Quantas vezes o inimigo chuta as portas e, então, diz que o Senhor as chutou porque Ele é contra você! Quão freqüentemente o inimigo leva você ao sofrimento, coloca sobre você alguma coisa, e, então, diz: “Isso é o Senhor!” Quantas vezes o inimigo tenta anuviar sua segurança e trazer condenação e acusação sobre você, e colocar você sob uma sensação de julgamento e, depois, dizer: “É o Senhor!” Não é nenhum pouco!

Essa não é necessariamente a explicação ou a interpretação para tudo. Você percebe que a primeira fase dessas coisas encontra o povo fora e se movendo com o Senhor, e, conforme isso acontecia, os membros do povo iam entrando nessa adversidade de várias formas. E a declaração é que isso não significa que o Senhor era contra eles. Se quisermos, podemos acrescentar muitas outras passagens para mostrar como o Senhor era, na verdade, a favor deles exatamente naqueles dias de dificuldade e de adversidade. Eu só quero dar a você algo sobre o que firmar os pés.

 

O Senhor é o adversário dos rebeldes

A passagem segue para outro e escuro estágio. “Mas eles foram rebeldes […] por isso se lhes tornou em inimigo” (Is 63.10), seu adversário. Mas mesmo quando afirmamos o aspecto negro da coisa, isso amplia o outro. Você se rebelou contra o Senhor? Pode realmente ser dito que você tomou a mesma atitude tomada por aquele povo? Você conhece algumas das perversas e terríveis coisas que eles disseram em sua rebelião, quando o coração deles se afastou do Senhor. Eles, de fato, disseram: “Não queremos mais esse Senhor. Não queremos mais ter esse Senhor.” Isso pode ser dito de você? Bem, então, nessa situação, o Senhor se torna o inimigo daqueles, e será seu inimigo enquanto você estiver naquela posição; Ele não pode estar a seu favor enquanto você estiver lá. Mas se não é assim com você, e, a despeito de todas as fraquezas, falhas, faltas, imperfeições (sim, nós nunca estaremos sem alguma coisa que possa ser condenada em nós), não obstante tudo isso, seu coração é para o Senhor, é seu desejo seguir com Ele, então, Ele não é adversário. Sim, há muitas imperfeições, mas Ele não é adversário. Ele será quando nós, como aquele povo, deliberada e positivamente nos voltarmos e nos rebelarmos contra o Senhor e dissermos: “Não obedeceremos, não seguiremos!”. Então, Ele será nosso adversário. Isso significa que Ele tem de nos levar a julgamento.

 

O amor do Senhor pelos rebeldes

Mas, mesmo assim, a terceira fase é muito abençoada: “Todavia se lembrou […]” (v. 11). Mesmo quando Ele tem de ser adversário dos israelitas por causa da atitude que eles adotaram, o fim disto é que Ele “se lembrou […] de Moisés”. Ele lembrou de Sua Palavra, e a última fase é que Ele volta em amor para restaurar. No final, o Senhor alcança até mesmo os rebeldes. “[…] e até para os rebeldes […]” (Sl 68.18), diz a Palavra. “Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (103.14). Você é um daqueles que, às vezes, de fato desviou-se no coração, com dureza, amargura e ácida indisposição, contra o Senhor por causa da dificuldade do caminho e você se tornou realmente rebelde contra ele, e o inimigo disse: “A coisa toda é sem esperança. Veja que você chutou a porta, e isso é fim!” Oh, como esse inimigo irá tomar o controle de tudo para usar para sua destruição! Mas, mesmo que tenha feito isso, o fim é: Ele “se lembrou”. É uma maravilhosa abertura outra vez de Seu amor para os rebeldes.

Eles estão seguindo com o Senhor; eles sofrem adversidade, mas isso não significa que Ele esteja contra eles. Eles se rebelaram contra Ele, e Ele os tem de levar à disciplina, e naquele momento Ele poderia ser contra eles. Mas aquilo não precisa ser a situação estabelecida e permanente. “A sua misericórdia dura para sempre” (106.1). Se em nosso coração, vez por outra, temos nos tornado amargos, temos sentido que o Senhor foi muito duro e que o caminho não pode ser o caminho de Seu amor, se nós temos nos detido em pensamentos amargos e rebeldes, Satanás vem para tentar consolidá-los numa situação inalterável, que fechará para sempre a porta nos termos do pecado imperdoável. No entanto, o Senhor lembrará Sua Palavra, e Seu amor é manifestado, o qual, na verdade, nunca mudou. Eu espero que não haja muitos que tenham deserdado e se rebelado. Se você é um desses, esta é uma palavra de conforto e encorajamento para você.

O aspecto principal da palavra, no entanto, é para a maioria de nós que, enquanto o coração é para o Senhor, encontra muito aperto, muitos caminhos fechados, muita redução, muita privação, muito do que para a vida natural parece ser um caminho de trevas; porém, isso não significa que o Senhor é contra nós, mas exatamente o oposto. O Senhor está após um alargamento que é muito mais do que um alargamento da vida aqui. Pois, se tivermos tudo aqui, e ainda formos pequenos na medida de Cristo, o que teríamos ganho? Ganhamos nada. Assim, se o alargamento de Cristo parece significar a redução do ego e do mundo, isso é evidência de que o Senhor é por nós, e não contra nós. “Em toda a adversidade deles, Ele não foi seu adversário.” Em todo aperto deles, Ele não era contra eles.

___

1Antes da palavra hebraica tsâr, “adversário, problema, angústia, etc.”, בכל צרתם לא, (a terceira da direita para a esquerda) não há verbo. A Young’s Literal Translation of the Holy Bible, de 1898, e a Literal Translation of the Holy Bible, de 1976, vertem o versículo como indicado por Austin-Sparks. (N.T.)

(Traduzido por Francisco Nunes do livreto The Lord’s Attitude To His Children In Adversity, de T. Austin-Sparks, publicado pela Emmanuel Church, Tulsa, Oklahoma. A maior parte dos textos de Austin-Sparks são transcrições de suas mensagens orais. Os irmãos que as transcrevem não fazem nenhuma edição ou aprimoramento. Por isso, o texto conserva bastante de seu caráter oral, o que, em muitas circunstâncias, não permite uma tradução mais apurada. Se houver qualquer sugestão para aprimoramento desse trabalho, por favor, deixe um comentário.)

Sair da versão mobile