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Andrew Murray Conselho aos pais Encorajamento Família Oração

A oração perseverante de uma mãe (Andrew Murray)

“E eis que uma mulher cananeia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. […] Então lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E desde aquele momento sua filha ficou sã.” (Mt 15.22-28)

No Antigo Testamento, encontramos promessas claras e certas da bênção de Deus sobre o treinamento piedoso dos filhos. As advertências sobre a negligência desse dever não são menos distintas. Em mais de uma ocasião, vemos com que força irresistível a advertência tornou-se realidade. No caso dos filhos de Arão e dos de Eli, e no da família de Davi, bem como o da família de Salomão, provas foram dadas de que a justiça pessoal dos pais não pôde salvar o filho ímpio. Não encontramos ali resposta alguma para uma das perguntas mais sérias que podem ser feitas e que têm ardido no coração de muitos pais: ainda há esperança para um filho que vive no pecado e que está fora do alcance da influência dos pais?

É em Cristo Jesus que Deus revela quão completamente o poder do pecado e de Satanás foi quebrado. É em Cristo Jesus que Deus nos mostra o que Sua graça pode realizar. Descobrimos aqui o que Seu grande poder pode realizar em favor de um filho que se afastou do caminho.

Ouça as palavras preciosas e encorajadoras que Cristo proferiu a pais com referência aos filhos: “Não temas, crê somente” (Mc 5.36); “Tudo é possível ao que crê” (9.23); “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres” (Mt 15.28). Essas palavras são propriedade dos pais e lhes dão preciosa segurança de que não existe caso algum de que um filho, mesmo estando sob o domínio de Satanás, esteja além do alcance do amor do Salvador e da fé dos pais.

Vejamos quão maravilhosamente isso é demonstrado na história bem conhecida da mãe siro-fenícia, dando atenção especial ao estado miserável de sua filha, à recusa de sua oração, à perseverança de sua fé e a sua rica recompensa.

Estado de miséria de sua filha

“Minha filha está horrivelmente atormentada por um demônio.” Quantas mães também poderiam fazer essa oração por um filho perturbado por espírito maligno? No referido caso, era mais doença do que pecado, o poder de Satanás mais no corpo do que na alma. Entretanto, quantos filhos adultos de pais cristãos estão sob o poder de Satanás, entregando-se ao prazer, aos desejos do mundo, à vontade própria ou ao pecado! Que essa história encoraje esses pais a crer que, ainda que o caso pareça desesperador, há Alguém que é poderoso para salvar.

Que os pais cheguem a Jesus com suas necessidades e clamem em oração: “Meu filho está horrivelmente atormentado por um demônio!” Que façam plena confissão do estado perdido do filho. Mas tomem muito cuidado para não justificar o pecado, tentando exaltar o que é bom ou louvável sobre o filho, ou lançando a culpa nas circunstâncias ou companhias. Levem-no a Cristo e digam que está perdido, sob o poder de Satanás. Não ocultem seu estado miserável. Não peçam apenas para que seja salvo e feliz. Não peçam nada menos do que a libertação do poder de Satanás, para que seu filho se volte para Deus e seja transportado do poder das trevas para o reino do Filho amado de Deus.

A recusa de sua oração

Essa é a segunda lição que podemos aprender aqui. Parece que Cristo fez questão de se fazer de surdo para o pedido da mulher. Primeiro, Ele nem lhe respondeu. Depois, quando resolveu falar, Sua resposta foi pior do que o silêncio, tirando dela qualquer esperança: Ele não fora enviado para os gentios. Mesmo assim, ela se aproximou e O adorou, dizendo: “Senhor, socorre-me!” A segunda resposta de Jesus piorou ainda mais: pareceu acumular desprezo sobre o infortúnio da mulher: ela não era apenas uma gentia, mas também um cão.

Aqui está um verdadeiro quadro daquilo que se passa no coração de muitos pais suplicantes. Eles ouvem do amor e do poder de Cristo e começam a orar com uma enorme urgência. No entanto, a única resposta que recebem é o silêncio. Não existe sinal algum de mudança de pensamento ou atitude da parte daquele que está perdido. Enquanto os pais continuam a orar, é como se o poder do pecado crescesse ainda mais, e o filho amado apenas se afastasse para mais longe.

Com isso, a consciência dos pais começa a acusá-los, dizendo que a culpa é deles, que não são dignos de receber uma resposta de Deus. Como podem esperar que Deus opere um milagre? A tendência é recuar para um sentimento de desalento passivo e conformidade com a condição de miséria.

Fé e perseverança

O exemplo dessa mãe nos é apresentado exatamente por causa desta qualidade: ela se recusou a ser negada. Ela enfrentou o silêncio, o argumento e o aparente desprezo com apenas uma arma: mais oração e mais confiança.

Ela havia ouvido falar do Homem maravilhoso e de Sua compaixão. Ela viu o amor em Sua face e o ouviu até mesmo na voz que a recusava. Ela não podia acreditar que Ele a mandaria embora vazia. Ela esperou ainda que a esperança lhe tivesse sido negada; creu apesar das aparências – creu e triunfou.

Você tem milhares de palavras de promessa, uma revelação da vontade do Pai e do poder e amor do Salvador tais como a mulher cananeia nunca teve.

Portanto, você, mãe, que está rogando por seu filho pródigo, está aqui o exemplo dessa mulher para lhe dar esperança. Além disso, você também tem milhares de palavras de promessa, uma revelação da vontade do Pai e do poder e amor do Salvador tais como a mulher cananeia nunca teve.

Deixe que a fé e a perseverança dela envergonhem sua incredulidade. Diante de todas as aparências contrárias e de todas as dúvidas, que sua fé se levante e clame pela promessa de uma resposta à oração em nome de Jesus. Renda-se ao Espírito Santo para que Ele possa sondar e trazer à luz toda dúvida, a fim de que você a confesse e a lance fora. Não confie no próprio fervor nem no senso de urgência de sua petição. Coloque sua força na promessa e na fidelidade de Deus, no poder e no amor Dele. Permita que seu coração, com confiança e descanso em Jesus, louve-O pela promessa e pelo poder Dele para salvar. Nessa confiança, não permita que nada a abale, removendo-a da oração contínua e perseverante da fé. A oração da fé sempre é ouvida.

A maravilhosa recompensa

Aquela mulher recebeu não apenas a libertação de sua filha da terrível escravidão, mas também uma bênção espiritual: a admiração do Senhor ao aprovar sua fé: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres”.

Sim, é na súplica ardente e confiante por um filho que o coração de um pai ou de uma mãe pode ser atraído em direção ao Senhor para aprender a conhecer e a confiar Nele. Mãe, você que está rogando por seus amados que estão longe do aprisco, aproxime-se, aproxime-se de Jesus. Ele é plenamente capaz de salvá-los. Ele aguarda até que sua fé se apodere da força divina, para tomar posse da salvação em favor deles. Não permita que seus filhos se percam por sua falha em se achegar e gastar tempo com Ele até que o amor Dele lhe inspire fé. Mãe, aproxime-se, gaste tempo com Jesus em oração, confie Nele: seu filho pode ser salvo!

Oração de uma mãe (ou de um pai)

“Senhor, quero confessar o pecado de meu filho. Tu conheces todas as coisas: ele não é convertido e é Teu inimigo por natureza. Rejeitou Teu amor e escolheu o mundo e o pecado.

“Confesso meu pecado também, Senhor! Tivesse eu usado minha vida menos no mundo e na carne, vivendo com mais pureza e santidade, com mais fé e amor, meu filho poderia ter crescido de forma diferente. Senhor, em profundo sofrimento eu confesso meu pecado. Oh, não deixes que meu filho pereça! Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

“Bendito Senhor, ponho minha confiança em Ti. Aguardo, com fé, por Teu grande poder. As coisas que são impossíveis para os homens são possíveis para Ti. Creio que Tu me ouves; ajuda-me na minha incredulidade. Coloco esse filho que está perecendo a Teus pés e clamo por livramento, pelo Teu amor. Nessa fé, eu Te louvarei por Tua graça. Esperarei a Teus pés dia após dia, no descanso da fé, louvando a Ti e esperando o cumprimento de Tua promessa. Amém.”

 

(Fonte)

(Traduzido do livro How to Bring Your Children to Christ (Como levar seus filhos a Cristo), de Andrew Murray. Revisado por Francisco Nunes.)

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Citações D. L. Moody Fénelon Gotas de orvalho J. C. Ryle Martin Lloyd-Jones R. A. Torrey Serviço cristão Thomas Watson

Gotas de Orvalho (36)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

O problema de grande parte do ensino sobre santidade é que ele deixa de fora o Sermão da Montanha e nos pede que experimentemos a santificação. Esse não é o método bíblico.

(D. Martyn Lloyd-Jones)

Muitos daqueles que se denominam cristãos só possuem religiosidade suficiente para torná-los miseráveis. Não conseguem mais apreciar o mundo e ainda não entraram na “alegria do Senhor”. Permanecem ali no meio do caminho, privados dos “pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos” do Egito e, também, sem o leite e o mel e o melhor do trigo de Canaã. Esse é um lugar miserável para se estar.

(R. A. Torrey)

Quando um homem não está profundamente convicto de seus pecados, é um sinal bem certo de que ainda não se arrependeu de verdade. A experiência tem me ensinado que as pessoas que têm uma convicção muito superficial de seus pecados, cedo ou tarde recaem na velha vida que tinham. Nos últimos anos, tenho estado bem mais ansioso por uma profunda e verdadeira obra de Deus entre os já convertidos do que em alcançar grandes números [de novos convertidos]. Se um homem confessa ser convertido sem reconhecer a atrocidade de seus pecados, provavelmente se transformará num ouvinte endurecido que não irá muito longe. No primeiro sopro de oposição, na primeira onda de perseguição ou ridículo, ele será carregado de volta para o mundo.

(D. L. Moody)

Segue a sinceridade. Sê o que pareces ser. Não sejas como os remadores, que olham para um lado e remam para outro. Não olhes para o céu, com tua profissão de fé, para, então, remar em direção ao inferno, com tuas práticas. Não finjas ter o amor de Deus, ao mesmo tempo que amas o pecado. A piedade fingida é uma dupla iniqüidade.

(Thomas Watson, em seu último sermão)

“A tolice”, diz Salomão “está ligada ao coração da criança” (Pv 22.15). “A criança deixada a si mesma traz vergonha à sua mãe” (24.15). Nosso coração é como a terra onde andamos; deixe-a a si mesma, e é certo que ela produzirá ervas daninhas. Se você deseja, portanto, lidar de modo sábio com seus filhos, não deve deixar que eles sejam guiados pela própria vontade. Pense por eles, julgue por eles, aja por eles, assim como você faria por alguém que se encontra em estado de fraqueza e de cegueira; mas, pela misericórdia, nunca os entregue a suas próprias vontades e inclinações rebeldes. Não são os gostos e desejos deles que devem ser consultados. Eles ainda não sabem o que é bom para sua mente e alma, assim como também não sabem o que é bom para seu corpo. Você não deixa que eles decidam o que vão comer ou beber, ou como se vestirão. Seja consistente, e lide com a mente deles da mesma maneira. Treine-os no caminho que é bíblico e correto, e não no caminho que eles imaginam e desejam. A vontade própria é quase sempre a primeira coisa a aparecer na mente de uma criança; e seu primeiro passo deve ser resistir a ela.

(J.C.Ryle)

As menores coisas se tornam grandes quando Deus as requer de nós. Elas são pequenas somente em si mesmas. Elas são sempre grandes quando feitas por Deus e quando servem para unir-nos com Ele eternamente.  

(François Fénelon)

A inquietação sempre terminará em pecado. Pensamos que um pouco de ansiedade e preocupação é indício de que somos de fato sensatos; mas é muito mais indício de que somos de fato pecadores. A impaciência brota da determinação de desejarmos fazer aquilo que queremos. O Senhor nunca se preocupava e nunca se mostrava ansioso, porque não estava aqui para concretizar Suas próprias idéias; estava aqui para pôr em prática as idéias de Deus. Se você é filho de Deus, a impaciência é pecado. Será que você tem estado alimentando sua alma com a idéia de que sua situação é grave demais para esperar em Deus? Ponha de lado todas as “suposições” e “habite na sombra do Onipotente” (Sl 91.1). Diga firmemente a Deus que você não mais se impacientará com qualquer situação. Toda a nossa impaciência e preocupação é conseqüência de fazermos planos sem levar os planos de Deus e a forma de Deus em conta.

(Osvald Chambers)

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A. W. Pink Encorajamento Vida cristã

Os recursos deles são muito limitados, os Dele são infinitos! (Arthur Pink)


Há um duplo contraste aqui:

Primeiro, entre um pai terreno e Deus.

Segundo, entre o caráter moral deles.

Se um pai terreno não permite que seus pequeninos fiquem famintos, mas, em vez disso, atende livremente às necessidades deles, então, Deus certamente responderá aos clamores de Seus próprios filhos.

Aqueles foram apenas os progenitores de nosso corpo, Deus é o criador de nossa alma.

Os recursos deles são muito limitados, os Dele são infinitos!

Que evidência abundante que Deus deu ao cristão de que Ele é seu amável Pai celestial!

O envio de Seu Filho,

o dom de Seu Espírito,

a concessão da vida eterna,

Sua exaltação no trono da graça,

as inumeráveis promessas que Ele fez –

Tudo exclui a idéia de que Ele irá ignorar as petições de Seus filhos.

Mas há mais: nossos pais eram “maus”, considerando que Deus é essencialmente bom. A principal ênfase está nisso. Se aqueles que, por natureza, são corruptos e cheios de egoísmo podiam encontrar no coração o conceder as coisas necessárias a sua descendência, então, quão seguramente pode ser invocado Aquele que não tem nada em Si a reprimir Sua benignidade e impedir Sua generosidade. Ele é um oceano de todas as bem-aventuranças, o qual está sempre buscando um meio de comunicar-se com aqueles que Ele ama, escolheu e fez Seus filhos e filhas!


(Traduzido por Jacilara Conceição. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

 

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Consolo Encorajamento George Everard

O Amigo que não se vê! (George Everard)

“Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).

Tente constantemente perceber a proximidade e a presença de seu Senhor. Há sempre alguém no quarto com você. O Amigo que não se vê, o Senhor Jesus, que tem amado você com amor eterno, que deu a Si mesmo para morrer a favor de você. Ele é o mais verdadeiramente, embora invisivelmente, presente. Ele está próximo a você com bondade amável, pronto para ajudá-lo e confortá-lo em todos os momentos. Ele vê e ouve tudo – portanto aprecie continuamente o senso de Sua presença. Creia que Ele está com você, bem a seu lado.

Um homem que sinceramente crê na onipresença de Deus não pode ser indiferente ao pecado. Perceber que o Governador moral do universo está sempre perto, em toda Sua santidade e em todo Seu poder, e tão presente como se Ele não estivesse em mais nenhum outro lugar, deve despertar solicitude.

Para a alma reconciliada com Deus essa doutrina está cheia de consolação. Em cada lugar, em cada condição, ter conosco um Amigo todo-poderoso é uma fonte de inefáveis conforto e alegria. Precisamos não temer, embora passemos pelo fogo ou pelo dilúvio, se Deus está conosco. Mesmo no vale da sombra da morte, não devemos temer o mal. Em cada circunstância e provação, conduz à santidade saber que Deus está presente.

“Não temas, porque Eu te remi;

chamei-te pelo teu nome, tu és Meu!

Quando passares pelas águas estarei contigo,

e, quando pelos rios, eles não te submergirão;

quando passares pelo fogo, não te queimarás nem a chama arderá em ti.

Porque Eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador!” (Is 43.1-3).

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Autores Frank Hall Repreensão Testemunho Vida cristã

Esses ateus que vão à igreja! (Frank Hall)

O que a sua vida diz? Ela prova que sua profissão de fé é verdadeira ou a destrói em pedaços?

“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus!” (Sl 14.1).

Negar a existência de Deus é ser um ateu, e todos os ateus são néscios insensatos. No entanto, aqueles que professam ser ateus, e vivem de acordo com sua profissão, são néscios mais honrados do que milhões de hipócritas disfarçados que professam a fé em Cristo e ainda vivem como infiéis! Pelo menos, ateus declarados são néscios consistentes! Ateus dizem que não há Deus, e, sendo verdade a profissão deles, vivem como se não houvesse Deus. Mas há multidões incontáveis de freqüentadores de igreja que, em sua religiosidade pretensiosa, denunciam o ateísmo como uma abominação e ainda vivem como os ateus! Esses ateus que vão à igreja são patéticos porque lhes faltam a honestidade e a coragem de falar o que eles dizem com sua vida e em seu coração a cada dia: que não há Deus!

Homens e mulheres que dizem acreditar em Deus e ainda vivem como no inferno são ateus de coração – e isso os fazem os mais néscios de todos os néscios!

“Eu sou um beberrão, mas acredito em Deus!”

“Eu sou um mundano profano, mas acredito em Deus.”

“Eu sou um fornicador vil e imundo, mas acredito em Deus.”

“Eu gosto do inferno, mas estou indo para o céu.”

“Eu não adoro a Deus, mas acredito em Deus.”

“Eu não leio a Bíblia nem pratico seus ensinamentos, mas amo o Deus que a escreveu.”

Tal jargão estúpido trai o ateísmo que está entranhado no coração de hipócritas religiosos ao redor do mundo! Se você quer saber no que alguém crê, não se iluda com o que ele diz e só considere como ele vive. Todos aqueles que dizem que há um Deus nos céus e, apesar disso, recusam-se a honrar o Filho de Deus, são nada mais do que ateus disfarçados de cristãos.

Eu me pergunto: “O que a sua vida diz? Ela prova que sua profissão de fé é verdadeira ou a destrói em pedaços?”


(Traduzido por Jacilara Conceição. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Encorajamento George Everard Vida cristã

Caminhar com Deus é viver sempre em Sua presença! (George Everard)


“Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons” (Pv 15.3).

Caminhar com Deus é viver sempre em Sua presença! Perceber Sua presença, habitar continuamente sob Seu olhar, reconhecer nosso Pai como alguém próximo, ao nosso lado, é o segredo de muita paz. Nós devemos sempre considerá-Lo, não como se Ele estivesse distante, em alguma habitação inacessível, porém mais próximo de nós do que nosso amigo mais chegado. Em nosso quarto, na rua, em nosso trabalho, em nossa recreação, quando misturados a outros ou completamente sozinhos, nós devemos ver Aquele que o mundo não vê, devemos ouvir a voz que o mundo não ouve.

Na vida do doce salmista de Israel, essa mesma verdade sempre foi a alegria de seu coração. Quando ele deitava para descansar, era sua alegria saber que o Guardião insone de Seu povo estava com ele: “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança.” Quando Davi levantava, ainda se regozijava em seu Amigo todo-poderoso que estava sempre próximo a ele: “Quando acordo ainda estou contigo.” Cercado por inimigos maliciosos, era ainda sua confiança: “Tu estás perto, ó SENHOR.” Sob todas as vicissitudes de sua vida agitada, a proximidade de Deus era a rocha na qual ele repousava: “Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim; porque Ele está à minha mão direita, nunca vacilarei.”

Se diante dos olhos do homem ou não, permita que todas as coisas sejam feitas sob os olhos Daquele a quem…

todos os corações estão abertos,
todos os desejos conhecidos e
de quem nenhum segredo é oculto.

Alguns princípios simples nos têm sido dados para nos ajudar a realizar isso na prática diária:

Não diga nada que você não gostaria que Deus ouvisse.
Não faça nada que você não gostaria que Deus visse.
Não escreva nada que você não gostaria que Deus lesse.
Não vá a nenhum lugar onde você não gostaria que Deus o encontrasse.
Não leia nenhum livro do qual você não gostaria que Deus dissesse “Mostre-o a Mim.”
Nunca gaste seu tempo de tal forma que você não gostaria que Deus dissesse “O que você está fazendo?”

Viver conscientemente na presença de Deus nos ajudará a cultivar piedade genuína completa e caráter piedoso.


(Traduzido por Jacilara Conceição. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Bíblia Charles Spurgeon Citações Gotas de orvalho John Piper John Stott Martin Lloyd-Jones Sofrimento T. Austin-Sparks Testemunho Thomas Brooks

Gotas de Orvalho (35)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Nada fecha a boca, cerra os lábios e amarra a língua como a pobreza de nossa própria experiência espiritual. Não damos testemunho pela simples razão de que não temos testemunho a dar.

(John R. W. Stott)

Nenhuma de nossas experiências, sob a mão de Deus, é acidental e sem propósito. As situações não surgem em nossa vida como obra do acaso ou por qualquer outro motivo. Se “algo mau” está acontecendo conosco, não significa que Deus esteja nos castigando por mero luxo. Os castigos e as disciplinas de Deus não são acidentais, sem motivo ou sem propósito, mas sempre têm um objetivo relacionado a Seu Cristo. Se reconhecermos essa ação divina em tudo e a aplicarmos em nossa vida, seremos muito ajudados e consolados diante de tantas situações que nos sobrevêm.

(T. Austin-Sparks)

A maior verdade debaixo do céu é esta: que Cristo, por Seu sangue precioso, verdadeiramente depõe o pecado, e que Deus, por amor a Cristo, trata com os homens nos termos da divina misericórdia, perdoa os culpados e os justifica, não de acordo com alguma coisa que vê neles ou pressupõe que estará neles, mas conforme as riquezas da misericórdia que habita em Seu próprio coração.

(Charles Haddon Spurgeon)

O ouvir da Palavra de Deus que falha no tempo da provação não tem raiz (Lc 8.13). Qual é a raiz de que necessitamos? É a confiança. Jeremias 17.7,8 diz: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro”. Confiar na verdade que você já possui é a melhor maneira de preparar-se para receber mais.

(John Piper)

Quanto mais vivemos e procuramos pôr em prática o Sermão do Monte, tanto mais haveremos de experimentar a bênção. Examinemos as bênçãos prometidas àqueles que realmente o põem em prática. A dificuldade com grande parte do ensino a respeito da santidade é que deixa de lado o Sermão do Monte, e ainda assim pede-nos para experimentar a santificação. Não é esse o método bíblico. Se você quiser possuir poder espiritual em sua vida e ser abençoado, dirija-se diretamente ao Sermão do Monte. Viva-o, ponha-o em prática e dedique-se a ele, e, ao assim fazer, você receberá as bênção ali prometidas. “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mateus 5:6). Se você quiser desfrutar de fartura, não busque alguma bênção mística: não se apresse a frequentar reuniões, na esperança de obter tal fartura. Antes, volva-se para o Sermão do Monte, em suas aplicações e requisitos, perceba a sua absoluta necessidade e, então, você receberá essa fartura. Essa é a estrada que leva diretamente à bênção.

(Martyn Lloyd-Jones.)

A pobreza e a aflição retiram o combustível que alimenta o orgulho.

(Richard Sibbes)

Satanás promete o melhor, mas paga com o pior; ele promete honra, e paga com vergonha; ele promete prazer, e paga com a dor; ele promete lucro, e paga com a perda, ele promete a vida, e paga com a morte. Mas Deus paga como promete; todos os Seus pagamentos são feitos em ouro puro.

(Thomas Brooks)

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A. W. Pink Bíblia Citações Gotas de orvalho J. C. Ryle John Newton Martin Lloyd-Jones Oração Pecado Serviço cristão Thomas Brooks

Gotas de Orvalho (34)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Se não vale a pena esperar por aquilo que você orou, então, não vale a pena pedir.

(David Wilkerson)

Certamente a essência da sabedoria está em, antes de começarmos a agir ou de tentar agradar a Deus, descobrir o que Deus tem a dizer sobre o assunto.

(Martyn Lloyd-Jones)

Duas coisas sempre vêm juntas na experiência de um crente genuíno:
uma crescente descoberta da própria vileza
e uma profunda apreciação da preciosidade de Cristo.
“Eis que sou vil” (Jó 40.4).
“Miserável homem que eu sou!” (Romanos 7.24).
“Sim, Ele é totalmente desejável” (Cântico dos cânticos 5.16).
“E assim para vós, os que credes, é preciosa [Ele, a Rocha]” (1Pedro 2.7).

(Arthur Pink)

Se a Bíblia é falsa, como alguns homens soberbos se atrevem a dizer, não há motivo para manter um dia da semana santo, não há utilidade em honrar a igreja e exercer uma profissão de fé; não somos melhores do que os animais que perecem e a melhor coisa que um homem pode fazer é comer, beber e viver como lhe agrada. Se a Bíblia só é metade verdadeira, como algumas pessoas infelizes lutam por torná-la, não há certeza sobre nossa alma eterna: todo o Cristianismo é dúvida, obscuridade e suposição, nunca poderemos conhecer o que cremos ser necessário para salvação, nunca poderemos estar certos que nos apossamos das palavras de vida eterna. Abandone sua Bíblia e você não terá uma polegada quadrada de certeza e confiança para manter-se em posição; você pode pensar, imaginar e ter opinião própria, mas você não poderá me mostrar qualquer prova ou autoridade satisfatória de que está certo; você meramente está construindo algo apoiado em seu próprio julgamento; você coloca seus olhos para fora, por assim dizer, e como alguém no escuro, não sabe para onde realmente está indo.
Mas, amado, se a Bíblia é de fato a Palavra do próprio Deus e completamente verdadeira, então pode ser comprovada por inúmeras testemunhas; se a Bíblia é de fato verdade e nosso único guia para o céu – e isso eu confio que você esteja pronto em consentir – certamente deve ser o dever de todo homem pensante e sábio colocar no coração cada doutrina contida nela, e não acrescentar nada a ela, e ser cuidadoso para não tirar nada dela.

(J. C. Ryle)

Eu não sou o que eu deveria ser. Ah, quão imperfeito e deficiente sou!
Eu não sou o que quero ser. Abomino o que é mau, e eu, no poder de Deus, dia a dia quero abrir caminho para o que é bom, a conformidade com Cristo!
Eu não sou o que eu espero ser. Logo, logo devo ser liberto de toda mortalidade, e com a mortalidade, todo pecado e imperfeição partirão.
No entanto, embora eu não seja o que eu deveria ser,
nem o que eu quero ser,
nem o que eu espero ser,
eu posso verdadeiramente dizer que eu não sou o que eu era antes;
ESCRAVO do pecado, das paixões e de Satanás;
e posso sinceramente juntar-me com o apóstolo, e reconhecer,
“Pela graça de Deus sou o que sou.”

(John Newton)

Não conheço outro prazer tão rico, tão puro, tão santificador em suas influências ou ainda tão constante em seus benefícios como aquele que resulta da verdadeira e espiritual adoração a Deus.

(Richard Watson)

É melhor ir ao céu sozinho do que ao inferno acompanhado!

(Thomas Brooks)

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Encorajamento T. Austin-Sparks Vida cristã

Para onde você está olhando?

Olhe somente para Jesus!

Olhando fixamente para Jesus…

(Hebreus 12.2).

Para o homem em Cristo a vida tem um objetivo claro e definitivo. O Espírito achou por bem encher toda a Bíblia com essa verdade, continuamente exortando o crente a perceber que sua vida está firmada no contexto do propósito divino. A Epístola aos Hebreus não somente apela para nós prosseguirmos até essa meta, mas retrata Cristo como o grande exemplo e prova de que a meta pode ser alcançada. Jesus foi por este caminho; Ele passou por todo o caminho, e Ele chegou ao destino. Além disso, Ele fez tudo por nós e, por Sua realização, nos deu o terreno da confiança de que a meta pode ser alcançada e o prêmio, ser recebido. Ele levou sobre Si nossa humanidade, aceitou o desafio de nossas circunstâncias e experiências, nunca vacilando até que o fim divino foi alcançado. Somos lembrados de que Ele triunfalmente cumpriu o propósito de Deus e que, por Sua presente posição, Ele nos oferece a certeza de que nós também podemos participar no Seu triunfo. Devemos continuar a olhar para Jesus. Mais corretamente, isso deveria ser declarado como: “Olhando fixamente para Jesus”. Este assunto da direção de nosso olhar espiritual é de extrema importância. O homem sábio equiparou um percurso reto e estabelecido com o olhar para a frente e sem se desviar para a direita ou a esquerda. A Palavra de Deus dá clara advertência sobre sair do caminho de Sua vontade, pois Deus sabe dos perigos envolvidos ao fazer-se isso, e deseja nos poupar do obstáculo ao progresso que pode resultar quando olhamos ou estamos seguindo na direção errada. No presente artigo, consideraremos alguns desses olhares que devem ser evitados por aqueles que desejam fazer progresso espiritual.

O olhar para trás

O Senhor Jesus foi muito enfático acerca desse assunto quando declarou que ninguém que coloca a mão no arado, e fica contemplando as coisas que deixou para trás, é apto para o Reino de Deus. Este olhar para trás pode levar a graves tragédias. No deserto, foi isso que Israel fez. Egito ficou para trás deles e devia ter sempre ficado longe, mas nas dificuldades do caminho eles chamaram um ao outro a olhar para trás. “Voltaram atrás, e tentaram a Deus, e provocaram o Santo de Israel” (Sl 78.41). Eles estragaram todo o curso deles por essa ação, e por muitos anos não fizeram nenhum progresso, mas ficaram dando voltas e voltas em círculo; e tudo por olhar para trás. Aquela geração falhou em entrar no que Deus lhe tinha preparado simplesmente porque cedeu à tentação de olhar para trás, a qual foi – e sempre é – a direção errada.

Sempre seremos salvos pelo olhar para cima.

Perigos similares assolaram o povo de Deus nos tempos do Novo Testamento. Os crentes da Galácia ficaram incertos pela voz dos judaizantes, que os chamava a olhar para trás, não para o mundo com sua impiedade, não para abandonar completamente Cristo, mas para olhar em direção a um procedimento religioso que não era a vida espiritual à qual tinham sido chamados em Cristo. Eles tinham parcialmente já olhado para trás, e chegado a uma paralisação por causa disso. Previamente, eles haviam feito bom progresso, como sempre fazemos quando mantemos os olhos em Cristo, mas agora eles tinham parado e estavam levantando a questão quanto a se continuariam ou  se voltariam para os elementos indigentes que deveriam ter deixado para trás. A carta pretendia adverti-los dos perigos de olhar para trás. A Epístola aos Hebreus foi escrita para o mesmo propósito. Os interessados podiam ser levados a sentirem a nostalgia emocional do sistema do qual tinham sido libertados; portanto, eles tinham de ser lembrados de que perderiam o prazer de Deus se recuassem, e foram exortados a prosseguir, em lugar de ficarem olhando para o passado, e a focar o olhar no Cristo exaltado. Por mais avançados que possamos estar em nossa experiência cristã, isso parece não servir de nada se nos dermos ao luxo de tirar os olhos do objetivo estabelecido diante de nós e entramos na insensatez de olhar para trás.

O olhar em volta

Quando os espias trouxeram o relatório errado concernente à Terra Prometida, eles o fizeram porque tinham somente olhado à volta, e nunca conferiram o que viram com a realidade de um Deus todo-poderoso. Eles não imaginaram as dificuldades – não precisavam fazer assim, pois as cidades e os gigantes eram reais o suficiente. Mas eles mantiveram o olhar fixo nas coisas à volta deles, nunca elevando os olhos para Aquele de quem a ajuda vem, e dessa maneira ficaram desencorajados e desencorajaram o povo de Deus com o que foi chamado uma infâmia. O problema foi que eles olharam apenas para os arredores visíveis e tiraram os olhos do Senhor. Houve somente dois deles que mantiveram o olhar fixo na direção correta, e foram os que acabaram indo até o fim. Seus olhos olharam diretamente, e assim seu caminho foi estabelecido.

No Novo Testamento, Pedro é o grande exemplo do perigo dos que olham em volta. Enquanto ele manteve os olhos em Cristo, pôde realmente andar sobre a água, mas começou a afundar logo que os desviou, mudando a direção de sua atenção e começou a olhar para as circunstâncias: “Todavia, reparando na força do vento…” (Mt 14.30). Mais uma vez seja dito que ele teve muitas razões para seu medo. De fato, existem manuscritos antigos que registram “o forte vento”. Por mais que fosse insensatez deixar circunstâncias externas distraírem sua atenção do seu Senhor, que lhe rendeu um banho, ainda assim a mão de Jesus tão graciosamente o resgatou de qualquer coisa pior. Devemos ter cuidado de evitar, a todo custo, olhar em volta incredulamente, quando devemos estar olhando fixamente em fé.

O olhar míope

Paulo teve de acusar os coríntios de limitarem a visão para as coisas imediatamente diante de seus olhos: “Observais tão somente a aparência externa dos eventos” (2Co 10.7). Ser espiritualmente míope, focando-se somente no que está ao alcance da mão, é se tornar facilmente satisfeito em demasia e contente na esfera das coisas espirituais; ter um horizonte pequeno e estreito e falhar em apreciar o muito mais que Deus tem em mente. É muito fácil se estabelecer numa área bem circunscrita e limitada, pensando somente das coisas espirituais com as que estamos familiarizados e que parecem tão importantes para nós, enquanto falhamos em tomar nota do muito mais que jaz além de nós e para o qual estamos sendo chamados.

Podemos ser de visão curta mesmo com a Palavra de Deus

Na vida cristã, existem poucas coisas mais paralisadoras do que a assunção de que não há nada além da pequena esfera de nossa experiência. É possível ficar tão fechado, tão míope, que ficamos dando voltas e voltas em círculo, nunca olhando para as novas dimensões da experiência espiritual para a qual Deus nos está chamando, e quase imaginando que sabemos tudo o que há para saber sobre a Palavra de Deus e Seus propósitos em Cristo. Os coríntios parecem ter feito isto: se concentraram tanto em seus próprios assuntos, mesmo em seus próprios dons espirituais, que quase ficaram numa paralisação espiritual. Eles estavam olhando para si mesmos, cheios de preocupação por sua assembléia, a qual estava certa o suficiente, mas aparentemente sem serem capazes de apreciar os grandes propósitos de Deus representados pelo ministério de Paulo.

Mesmo os assuntos que têm sido claramente mostrados por Deus e abençoados por Ele podem se tornar um obstáculo quando prendem e mantém a atenção como coisas em si mesmas. Essas são as coisas diante de nossa face, mas nós fomos destinados a olharmos sempre para além delas para o Senhor, e sempre além dos fatores imediatos para os eternos valores em Cristo. Podemos ser de visão curta mesmo com a Palavra de Deus, se nos concentramos somente no que já conhecemos de Cristo e falhar em apreciar que Deus tem muita mais luz e verdade para romper de Sua Palavra.

O olhar para baixo

Aos filipenses, Paulo escreveu: “Não olhe cada um somente para o que é seu” (Fp 2.4). Ele os estava exortando a não serem sempre governados por como as coisas lhes afetavam pessoalmente, para não medirem cada assunto como se eles ganhassem ou perdessem pelo que estivesse acontecendo. Esquecimento de si é um dos segredos do progresso espiritual. Quando, em Sua conversa com a mulher samaritana carente no poço de Sicar, Jesus tinha demostrado esse gracioso desvio dos interesses pessoais para cuidar dos outros, Ele deu seguimento a Seu exemplo exortando Seus discípulos para levantarem os olhos e olharem para os campos. Um olhar egoísta é um olhar para baixo, e, como tal, deve ser evitado pelos que desejam endireitar os caminhos de seus pés. A preocupação de Paulo não era somente com o bem espiritual dos crentes individuais, mas com a marcha progressiva da comunhão do povo de Deus, e ele sabia que isso seria comprometido se cada um ficasse preocupado com seus próprios assuntos, mesmo que fosse na esfera das coisas espirituais.

O olhar para dentro

O último desses olhares mal direcionados é talvez o mais comum no caso dos que desejam seguir o Senhor. Grande parte das Escrituras parece estar preocupada em conseguir com que o povo de Deus pare de olhar para dentro. Talvez não haja nada mais calculado para deter o progresso espiritual do que o olhar para dentro. O que estamos procurando? Algo bom em nós mesmos? Nunca encontraremos isso, como Paulo deixa bem claro quando afirma: “Sei que na minha pessoa, isto é, na minha carne, não reside bem algum” (Rm 7.8). Introspecção é exatamente o oposto da fé, pois procura por alguma evidência da santidade e de poder de Deus em nós mesmos, em vez de se regozijar na perfeição do Salvador. Tem uma falsa aparência de humildade e piedade, mas na verdade leva para a autopreocupação, em vez de para a preocupação com Cristo. Precisamos ser sensíveis para que o Espírito Santo possa sempre nos conduzir continuamente para a apropriação do poder purificador do sangue de Cristo, mas nunca devemos nos manter olhando para dentro em lugar de fitar os olhos no nosso Substituto e Salvador. Não é uma pessoa sadia, mas uma doente, a que está sempre sentindo o próprio pulso e tomando a própria temperatura. Salvação é saúde; a saúde dos que sabem que a justiça deles está no céu. Fazemos bem em deixar o Senhor nos sondar, mas não teremos nada senão problemas se persistirmos em olhar para dentro. Se pensamos que é necessário continuar olhando para dentro a fim de evitar cair nas ciladas de Satanás, o salmista nos assegura que o Senhor vigiará nossos pés se mantivermos nossos olhos Nele: “Os meus olhos estão sempre voltados para o Senhor, pois somente Ele livrará os meus pés da cilada” (Sl 25.15). Isso é mais um argumento para o olhar para cima.

Nosso procedimento deveria ter sempre a eternidade em vista.

O olhar para cima

Está ficando aparente que muita coisa depende de nosso olhar, de modo que não ficamos surpresos de que perto do final da Epístola aos Hebreus, a qual nos lembra que somos chamados à parceria com Cristo e nos exorta a nos apressar para a plenitude Nele, haja essa chamada a olhar fixamente para Jesus, o autor e consumador de nossa fé. É para desviar nosso olhar do que está para trás, do que está em volta, do que está ao alcance da mão e do que é essencialmente egoísta; desviar o olhar de nós mesmos para Jesus. Abraão, o grande homem da fé, aguardava alcançar uma cidade celestial e um país celestial, e assim foi poupado de olhar para trás ou de se estabelecer. Muito estava ligado ao olhar sustentável dele. Muitas vezes ele foi tentado a procurar benefícios mais imediatos, algum meio-termo que era menor do que o melhor de Deus, e o Senhor tinha de constantemente chamá-lo para tirar os olhos das distrações e recompensas da terra para que desviasse o olhar para o objetivo essencialmente espiritual e celestial de seu chamado.

A passagem em Provérbios sublinha o íntimo relacionamento entre olhar diretamente para a frente e tendo um caminho de progresso claro e direto. Abraão descobriu que esse desviar do olhar das coisas da terra lhe mantinha constantemente em movimento. De tempos em tempos ele poderia ter se estabelecido em satisfação com sua própria posição, mas “ele aguardava alcançar uma cidade”, e foi poupado de estagnação ao manter os olhos no objetivo prometido de Deus.

Uma passagem muito relevante nesta conexão é: “Nossas aflições leves e passageiras estão produzindo para nós uma glória incomparável, de valor eterno. Sendo assim, fixamos nossos olhos, não naquilo que se pode enxergar, mas nos elementos que não são vistos; pois os visíveis são temporais, ao passo que os que não se veem são eternos” (2Co 4.17,18). É o eterno que está em vista, e isso exige ajustamento em muitos aspectos de nossos assuntos, para que nossa vida seja direcionada para a permanente glória do propósito de Deus para nós. Nosso procedimento deveria ter sempre a eternidade em vista. Quando estamos considerando um relacionamento, deveríamos vê-lo à luz do objetivo de Deus. Se temos de decidir onde viver ou qual trabalho tomar, deveríamos deixar nossos olhos olharem diretamente, não escolhendo o que parece bom só no momento, mas se certificando de que os valores eternos são também considerados. Exatamente como Satanás tentou Cristo ao Lhe oferecer os reinos deste mundo e sua glória, assim ele tentará distrair nossa atenção da vontade de Deus, oferecendo aparentes vantagens agora. Sempre seremos salvos pelo olhar para cima.

De “Para o Alvo” May-Jun 1975, Vol. 4-3.

Origem: “Where Are You Looking”

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Evangelho Igreja

Um evangelho anormal (J. Lee Grady)

Meu mundo foi sacudido violentamente em janeiro, quando dediquei algum tempo entrevistando líderes do movimento ilegal da “igreja nas casas” da China.

Durante cinco dias orei, louvei e participei de refeições simples com estes santos preciosos, a maioria dos quais passou anos solitários nas prisões comunistas pelo crime de pregarem o evangelho. À medida que eu ouvia seus relatos em primeira mão de milagres, e do tratamento cruel que receberam dos guardas policiais, senti como se tivesse encontrado pela primeira vez uma fé parecida com aquela que vemos no Novo Testamento. Quando retornei aos Estados Unidos comecei a imaginar se o que nós chamamos de cristianismo aqui tem alguma semelhança com o verdadeiro produto.

Uma líder me explicou que supervisiona 5.000 igrejas numa área rural. “Você é um bispo ou um apóstolo?” perguntei, tentando entender os termos que eles usam. “Nós não usamos títulos”, a mulher me explicou. “Nós simplesmente nos chamamos de irmão e irmã.”

Os 80 crentes que conheci são responsáveis por mais de 35 milhões de cristãos na China. Este é um número impressionante. Mas nenhum deles chegou ao nosso local de reunião numa limousine, nem qualquer um deles era seguido por um grupo de guarda-costas e publicitários. Muitas destas pessoas vivem como fugitivos, mas os seus rostos estavam radiantes de alegria.

O sr. Yu, que é o nome que vou usar para ele, é como o apóstolo Paulo da China. Ele viu pessoas ressuscitarem de entre os mortos, e uma vez ele viu Deus paralisando sobrenaturalmente um oficial do governo que ameaçava suspender uma reunião evangelística ao ar livre. Mas o sr.Yu não esperava nenhum tratamento especial ao passar algum tempo comigo e com seus colegas em janeiro. Ele usava um simples camisa de manga curta, comeu o mesmo peixe com arroz que nós comemos, e comparecia para a oração como qualquer outra pessoa, antes de cada reunião. Geralmente ele tomava seu assento no fundo da sala.

Estas pessoas choravam cada vez que orávamos pela China. Elas estavam dominadas por um sentimento de urgência espiritual. Muitos deles estão ansiosos por uma mudança política em seu país, não para que tenham liberdade para se mudarem para os Estados Unidos, ou para que possam comprar uma casa, mas para que possam enviar missionários para países muçulmanos vizinhos e fechados como o Casaquistão ou o Uzbequistão.

Eu senti vergonha quando voltei para casa. A humildade dos meus novos amigos chineses expôs a realidade do meu orgulho. A sua fé infantil revelou o quanto eu confio na tecnologia, na educação e nos ídolos do materialismo ocidental. A sua contagiante paixão pelo cumprimento da Grande Comissão forçou-me a enxergar o meu autocentrismo.

Estou cheio do nosso ramo anormal e americanizado do cristianismo. É tão impotente quanto é letal. Depois de passar esse tempo com meus irmãos e irmãs da China, compreendi que muito do que vejo na igreja e até daquilo que publicamos na nossa revista (a revista norte-americana Charisma) dá náuseas para Deus.

Quão desesperadamente precisamos do Espírito Santo, nosso Refinador, para que venha nos despojar dos nossos títulos, nossas limousines, nossos lugares nas primeiras fileiras nos templos e nossas mensagens do tipo “que vantagem posso tirar para mim”. Precisamos voltar à simples humildade!

Que Deus nos guarde de algum dia exportarmos para outros países um evangelho adulterado e centrado no homem. Peçamos ao Refinador que envie seu fogo e destrua nossa escória de tal modo que possamos experimentar em nosso país um avivamento estilo chinês. O que eles têm é genuíno. O que temos aceitado é uma imitação barata.


J. Lee Grady é editor da revista CHARISMA.
Este artigo foi traduzido de um editorial publicado na Revista
Charisma de março/2001

(Publicado originalmente neste blogue em  17.11.2007  e republicado em 20.01.2016.)

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A. W. Pink Charles Spurgeon Citações F. B. Meyer Gotas de orvalho John Piper Octavius Winslow Richard Sibbes Thomas Brooks

Gotas de Orvalho (33)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Quando nós queremos conhecer a vontade de Deus, há três coisas que sempre precisam estar alinhadas: o impulso interior, a Palavra de Deus e a disposição das circunstâncias. Nunca atue até que essas três coisas estejam em concordância.

(F. B. Meyer)

É necessário que nos aproximemos de Deus, mas não se requer de ti que prolongues teu discurso até que todos anelem escutar a palavra “amém”.

(Charles H. Spurgeon)

Arrepender-se é tomar posição do lado de Deus contra si mesmo.

(A. W. Pink)

Não meça o amor e o favor de Deus por seu próprio sentimento. O sol brilha tão claramente no dia mais escuro como acontece nos dias mais ensolarados. A diferença não está no sol, mas em algumas nuvens que impedem a manifestação da sua luz.

(Richard Sibbes)

Estações variam, circunstâncias mudam, sentimentos flutuam, amizades arrefecem, amigos morrem, mas Cristo é sempre o mesmo.

(Octavius Winslow)

Assim como o corpo vive ao respirar, assim também a alma vive ao crer.

(Thomas Brooks)

Uma das maiores utilidades do Twitter e do Facebook será provar, no Último Dia, que a falta de oração não era por falta de tempo.

(John Piper)

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Consolo Encorajamento Hinos & Poesia Sofrimento

Mais graça Deus dá quando as cargas aumentam (Annie Johnson Flint)

Mais graça Deus dá quando as cargas aumentam,
Mais força concede ao crescer o labor,
Em grandes angústias envia consolo,
Em todas as provas dá paz e valor.

Amor sem limites, poder sem barreiras,
Que graça infinita, inefável tem Deus!
E desses tesouros, guardados em Cristo,
Em grande medida dará sempre aos Seus.

E, quando os recursos em nós se esgotarem
E em meio ao caminho a força faltar,
Veremos a fonte da graça divina
Em nós Seu poder começar a jorrar.

(Hino 300 no Cancioneiro Salvacionista – traduzido do CS da Argentina)

Letra em inglês:

He giveth more grace as our burdens grow greater,
He sendeth more strength as our labors increase;
To added afflictions He addeth His mercy,
To multiplied trials He multiplies peace.

His love has no limits, His grace has no measure,
His power no boundary known unto men;
For out of His infinite riches in Jesus
He giveth, and giveth, and giveth again.

When we have exhausted our store of endurance,
When our strength has failed ere the day is half done,
When we reach the end of our hoarded resources
Our Father’s full giving is only begun.


Annie Johnson Flint (1866-1932) escreveu alguns dos mais inspiradores hinos a ver com fé e triunfo em meio a provas e sofrimento, baseados na sua própria experiência.

Nascida em Vineland, New Jersey, Annie perdeu ambos os pais quando tinha somente seis anos de idade. Um casal sem filhos de nome Flint adotou-a.

Quando adolescente Annie contraiu artrite, que a impossibilitou de caminhar. Ela aspirava ser compositora e pianista, mas por causa da doença ficou impossibilitada de realizar o seu sonho, assim começou a escrever poesias, muitas das quais transformadas em canções.

Mais tarde na vida, impossibilitada de abrir suas mãos, escreveu muitos de seus poemas usando seus dedos dobrados em uma máquina de escrever.

Nessas circunstâncias, que poderiam tornar pessoas incapazes também emocionalmente, pelo sofrimento, Annie escreveu hinos que têm trazido forças espirituais a um número sem conta de pessoas enfrentando problemas.

Há graça e força vindas de Deus que não nos são dadas na rotina da vida. Mas Deus nô-las dá em nossas horas aflitivas quando colocamos nEle nossa fé. Quando problemas e provas surgem no nosso caminho, que possamos experimentar Sua graça adicionada, Sua força aumentada e Sua paz multiplicada.


Fonte

 

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