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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (165)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Cada vez que o pregador se levanta para proclamar as riquezas insondáveis de Cristo, existe forte possibilidade de que irá entregar a mensagem de Deus a alguma alma pela última vez aquém da eternidade. Como precisa ter a certeza de ser o homem de Deus com a mensagem de Deus! E isso será determinado em parte pela vida que ele vive.

(Roberto L. Summer)

Nossas orações precisam ser apoiadas numa energia que nunca esmorece, numa persistência que não aceita não como resposta e numa coragem que nunca se rende.

(E. M. Bounds)

O chamado da cruz é para que participemos da paixão de Cristo. Precisamos trazer em nós as marcas dos cravos.

(Gordon Watt)

Ó corrente de águas vivas! Ó chuva de graça! Ninguém que espera por Ti espera em vão.

(Tersteegen)

Deve-se manter o hábito da oração diária. É bom ter horas regulares para devoção, e, na medida do possível, ir ao mesmo lugar para orar. No entanto, o espírito de oração é melhor que o hábito da oração. É melhor ser capaz de orar em todo momento do que ter a regra de orar apenas em certos momentos e ocasiões.

(C. H. Spurgeon)

Eu preciso passar mais tempo com Deus mesmo quando não sei o que orar.

(Andrew Murray)

E, quanto à verdade, não podemos abandoná-la, mesmo que isso implique na perda da vida, pois não vivemos para esta geração nem para servir aos príncipes, mas para o Senhor.

(Ulrico Zuínglio)

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Consolo Francisco Nunes Hinos & Poesia

As lágrimas e a graça

A meu amado Senhor, que não se poupou em Seu amor a um verme como eu.

Não creio no falso evangelho,
aquele que não me serve de espelho:
que não dá nome a meus pecados,
pelo qual os tolos são enganados;

que promete vida fácil, sem dores,
que promete felicidade sem cruz,
que vende tantos favores,
que entrega trevas, e não luz;

que promete bênçãos de Deus em troca de oferta,
oferecidas aos incautos por gente esperta;
que promete para esta vida o que só terei na eternidade,
que faz o homem maior do que Deus. Falsidade!

Eu rejeito o falso evangelho e seu falso Deus!
Eu creio no evangelho da velha Bíblia,
que não esconde que há sofrimento para os que são Seus,
para aqueles que são da divina família.

Creio no que a antiga Bíblia ensina,
e isso é mais do que uma bela doutrina:
que sou um vil pecador;
que nada merecia senão a morte;
que Deus me amou – e que amor! –
e, por amor, mudou minha sorte!

Que Cristo morreu por mim,
pagando a dívida que era minha,
pois eu não podia pagar pelos pecados que eu tinha!
E que Ele estará comigo até o fim!

Ela ensina que a salvação foi dada a mim
por graça, por abundante graça, por graça e nada mais.
E até o final da vida estarei em Cristo assim,
por graça, por abundante graça, por graça e nada mais.

Ela também mui claramente me diz
que ainda não serei totalmente feliz,
mas que até o fim de minha jornada,
carregarei minha cruz, que pode ser bem pesada:

não serei poupado de sofrimento,
enfrentarei dias de muitas lágrimas e tormento;
por vezes andarei sem saber para onde ir,
quase pensando em desistir;

serei atacado por dúvida inclemente,
passarei pelo fogo ardente,
me sentirei sozinho, mesmo cercado pelos meus,
pensarei ter sido esquecido até por Deus!

Serei severamente tentado
e, infelizmente, muitas vezes derrotado.
Mas poderei me erguer e continuar,
se o pecado reconhecer e o abandonar.

Poderei cair muitas vezes,
mas tenho Aquele que por mim sangrou;
Ele é o Deus dos deuses,
Ele é o que desde sempre me amou!

Mas sei – oh, indescritível alegria!
– que naquele assombroso dia,
na glória com meu Senhor,
Ele enxugará de meus olhos toda lágrima,
e esquecerei toda a dor.

Então, olharei para o eterno Cordeiro de Deus
que morreu em meu lugar,
no sublime trono nos céus,
de onde me chama para com Ele estar,
olharei para Suas mãos feridas,
mãos para mim tão queridas,
feridas cruelmente por amor a mim,

e serei eternamente por elas lembrado
– não poderei esquecer jamais:
só estou ali, bem-aventurado,
por graça, por abundante graça, por graça e nada mais.

(scs, 19316)

 

(Publicado originalmente em 9.4.16. Republicado em 6.8.18.)

 

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Charles Spurgeon Encorajamento

Há uma diferença?

Deus cuida dos Seus de modo especial!

“Mas entre todos os filhos de Israel nem mesmo um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para que saibais que o Senhor fez diferença entre os egípcios e os israelitas” (Êx 11.7).

O quê? Deus tem poder sobre a língua dos cães! Ele pode impedi-los de latir? Sim, é isso mesmo! Ele pode impedir um cão egípcio de perturbar um cordeiro do rebanho de Israel. Deus cala cães, e cães entre os homens, e o grande cão no portão do inferno? Então, vamos seguir em frente sem medo.

Se Deus impede cães de moverem a língua, pode também parar os dentes deles. Eles podem fazer um barulho terrível, e ainda não nos farão nenhum dano. Ainda assim, quão doce é o silêncio! Quão delicioso é passar entre os inimigos e perceber que Deus faz com que fiquem em paz conosco! Como Daniel na cova dos leões, nós estamos ilesos em meio a destruidores.

Oh, que hoje essa palavra do Deus de Israel seja verdadeira para mim! O cão me preocupa? Eu falarei a meu Senhor sobre ele. “Senhor, ele não se importa com meus argumentos; fala Tu a palavra de poder, e ele se deitará. Dá-me paz, ó meu Deus, e permita-me ver Tua mão tão distintamente nisso que eu perceba claramente a diferença que Tua graça fez entre mim e os ímpios!”

 

(Fonte da imagem)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (164)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Se o próprio Cristo só iniciou Sua pregação depois de ter sido ungido, nenhum jovem deve pregar enquanto não tiver recebido a unção do Espírito Santo.

(F. B. Meyer)

Uma das maiores qualificações para sermos úteis no serviço do Senhor é um coração que verdadeiramente deseja Sua honra.

(George Müller)

Será que em nossos dias não estamos confiando demais no braço de carne? Por que não presenciamos as mesmas maravilhas que ocorreram no passado? Os olhos do Senhor não passam mais por toda a terra para mostrar-se forte para com aqueles que confiam totalmente nele? Ah, que Deus me conceda uma fé mais prática! Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Está esperando que Elias clame por Ele.

(James Gilmour)

Aquele que prega arrependimento está-se colocando contra este século, e, enquanto insistir nisso, será impiedosamente atacado pela geração cuja fraqueza moral aponta. Para tal tipo de pessoa só existe um fim: “Sua cabeça vai rolar!” É melhor ninguém começar a pregar o arrependimento enquanto não confiar a cabeça ao céu.

(Joseph Parker)

Embora o avivamento e o evangelismo estejam intimamente relacionados, são, na verdade, duas obras distintas. O avivamento é uma experiência da Igreja; o evangelismo, a expressão dela.

(Paul S. Rees)

Quando buscamos a Deus em oração, o diabo sabe que estamos querendo mais poder para lutar contra ele e, por isso, procura lançar contra nós toda a oposição que é capaz de arregimentar.

(Richard Sibbes)

Ah, quem me dera um coração sensível, dominado pelo desejo de orar. Ah, quem me dera um espírito despertado diariamente cheio do poder divino. Quem me dera um coração como o do Salvador, que, mesmo agonizando, intercedeu. Dá-me, Senhor, esse mesmo amor pelos outros. Ah, que haja peso de oração em meu coração. Pai, anseio ter esse fervor, de derramar a alma em oração pelos perdidos… de entregar minha vida para que outros sejam salvos… orar, seja qual for o preço. Senhor, ensina-me, revela-me esse segredo. Estou ansiosa para aprender essa lição, ter essa grande paixão pelas almas. Anseio por isso, bendito Jesus. Pai, tenho um forte desejo de aprender Contigo essa lição. Que Teu Espírito a revele a mim.

(Mary Warburton Booth)

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A. W. Pink Citações Gotas de orvalho

Gotas de Orvalho ― Arthur W. Pink (163)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

O mundano nunca chora em segredo sobre o esfriamento do coração ou por atos de incredulidade. Os “gemidos” ou os “suspiros” são a prova da vida espiritual, o caminhar atrás da santidade, a fome e sede de justiça.

O verdadeiro amor é intensamente prático: não considera vil qualquer empreendimento, nem julga humilhante qualquer tarefa, sempre que pode aliviar os sofrimentos de algum irmão em Cristo. Quando o Senhor do amor esteve na terra, Seus pensamentos se voltaram para a fome física das multidões e para o conforto dos pés de Seus discípulos!

Nenhum pecador jamais foi salvo por entregar o coração a Deus. Não somos salvos por nossa entrega, somos salvos pelo que Deus entregou.

O sucesso de um falsificador de moedas depende de quão parecida a moeda falsa se torna com a genuína. A heresia não é uma negação completa da verdade, e sim uma perversão da verdade.

Assim como a desesperança do pecador de receber qualquer ajuda de si mesmo é o primeiro requisito para uma conversão real, também a perda de toda confiança em si mesmo é o principal fator para o crescimento do crente na graça.

Ah, se pudéssemos sentir-nos mais preocupados com o estado de inanição em que se encontra hoje a causa de Cristo na terra, com os avanços do inimigo em Sião e com a devastação que o diabo tem efetuado nela! Mas, infelizmente, um espírito de indiferença vem imobilizando muitos de nós.

O fundamento de todo verdadeiro conhecimento de Deus deve ser uma clara apreensão mental de Suas perfeições como reveladas nas Escrituras. Não se pode confiar em um Deus desconhecido, nem adorá-Lo ou servir a Ele.

Deus não pode mudar para melhor, pois é perfeito, e, sendo perfeito, não pode mudar para pior.

Ele [Deus] é solitário em Sua majestade, único em Sua excelência, incomparável em Suas perfeições. Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos. Ele dá bens a todos, mas não é enriquecido por ninguém.

A preocupação com a pobreza é tão fatal para o fruto espiritual quanto a alegria maligna por causa de riquezas.

Nossa leve tribulação que é para um momento, “produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2Co 4.17). O presente está influenciando o futuro. Não é para nós argumentarmos e filosofarmos sobre isto, mas submeter-nos a Deus e a Sua Palavra e crer nisso. Experiências, sentimentos, observação da vida dos outros podem parecer negar esse fato. Aflições muitas vezes só parecem nos amargurar e nos fazer mais rebeldes e descontentes. Mas deixe-me lembrá-lo que aflições não são enviadas por Deus com a finalidade de purificar a carne ― elas são intencionadas para o benefício do novo homem. Além disso, aflições nos ajudam a nos preparar daqui por diante para a glória. Aflição afasta nosso coração do amor pelo mundo; faz-nos almejar mais por aquele tempo em que seremos tirados desse mundo de pecado e tristeza; vai nos permitir apreciar as coisas que Deus tem preparado para os que O amam. Então, é para isso que a fé é convidada: a colocar em um prato da balança a aflição presente, no outro, a glória eterna. Eles merecem ser comparados? Não, realmente. Um segundo de glória vale mais do que o contrapeso de uma vida inteira de sofrimentos. O que são anos de labuta, de doença, de lutar contra a pobreza, de perseguição, sim, da morte como mártir, quando comparado com as glórias que estão à mão direita de Deus, que é eterno! Uma respiração no céu extinguirá todos os ventos adversos da terra. Um dia na casa do Pai vale mais que o contrapeso dos anos que passamos neste triste deserto terreno. Que Deus nos conceda a fé que nos habilite a esperançosamente nos agarrarmos a esse futuro e a viver alegremente no presente com essa promessa.


Nascido em 1° de abril de 1886, em Nottingham (Inglaterra), Arthur Walkington Pink abandonou o teosofismo em 1908, quando experimentou a conversão ao evangelho. Em 1910, aceitou o chamado para trabalhar como pregador num campo de minas em Silverton (Colorado, EUA). Chegou a pregar mais de 300 vezes ao ano. Mais tarde, viajou para a Austrália, onde suas pregações foram muito bem recebidas. Ali pastoreou uma igreja batista até que, em 1928, regressou à terra natal, onde, devido à perseguição que sofreu por causa da fidelidade às Escrituras, foi obrigado a se dedicar à escrita e ao aconselhamento de crentes por correspondência, tendo, em 1946, já escrito 20.000 cartas à mão.

Leitor incansável que era, em 1932 já havia lido toda a Bíblia mais de 50 vezes e milhares de livros teológicos, especialmente de autores reformados e puritanos.

Pink é o que todo bom leitor de teologia procura: erudição misturada com piedade. Seus comentários são inspiradores, não somente demonstrando a reverência do autor a Deus e à Escritura, mas também incitando o leitor a fazer o mesmo. Sua maneira cativante de descrever as verdades divinas, sua capacidade extraordinária de expor as mais difíceis passagens e seu rico e belo linguajar dificilmente encontram paralelo em toda a história do cristianismo.

Em 1922, ele começou a publicar uma revista mensal intitulada Studies in Scriptures (Estudos nas Escrituras), que circulava entre os cristãos de língua inglesa ao redor do mundo, porém em pequena tiragem. Em 1934, Pink retornou a Inglaterra e dedicou-se a escrever livros e panfletos. Ele morreu de anemia aos 66 anos em Stornoway, Escócia, em 15 de julho de 1952.

Após sua morte, suas obras foram republicadas pela Banner of Truth Trust, alcançando um público muito maior. O biógrafo Iain Murray observa que “a grande difusão de seus escritos depois de sua morte o tornou o mais influente autor evangelista da segunda metade do século 20”. Seus escritos despertaram um reavivamento da pregação expositiva e chamaram os leitores a viverem pela Palavra.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (162)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

A Bíblia não é nada mais do que a voz Daquele que se assenta no trono. Cada livro, cada capítulo, cada sílaba, cada letra da Bíblia é um pronunciamento direto do Altíssimo.

(John William Burgon)

Há mistérios de graça e de amor em cada página da Bíblia. E próspera é a alma que vê no Livro de Deus uma preciosidade cada vez maior.

(Robert Chapman)

De duas coisas a igreja necessita: mais morte e mais vida. Mais morte a fim de viver; mais vida para poder morrer.

(C. A. Fox)

Nas ambições humanas, os homens constantemente mencionam: “Onde há uma vontade certamente há um caminho!” Senhor, seja nosso ditado ainda mais excelente: “Onde nossa vontade morreu, podemos certamente encontrar Teu caminho!”

(E. L. Bevir)

Sussurros que não podem ser expressos em palavras são freqüentemente orações que não podem ser recusadas.

(C. H. Spurgeon)

Eu aprendi a amar as trevas do sofrimento; lá você pode contemplar o brilho da face de Deus.

(Madame Guyon)

Se o Senhor falhar comigo desta vez, terá sido a primeira.

(George Müller)

Deus nos ajude a nunca suavizar Seu evangelho.

(David Wilkerson)

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Consolo Encorajamento Jessie Penn-Lewis

O vale de densas trevas

Não tema as trevas!

“Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus” (Is 50.10).

Ouvir o Senhor, obedecer a Sua voz, e ainda andar nas trevas! Ou, colocado de outra maneira, andar nas trevas, e ainda temer a Deus e obedecer a Sua voz! Podem essas coisas coexistirem? O Espírito Divino escreveu por intermédio do profeta Isaías as palavras desse texto, de maneira que, assim como Isaías 50.10 permanece escrito, assim a resposta divina deve ser: “Sim!”.

Antes de tudo, precisamos dizer que o Senhor permite que Seus filhos às vezes passem por tempos de profundas trevas devidos aos assaltos de Satanás, com o intuito de trazê-los a uma fé pura em Sua Palavra, ainda que a própria experiência deles pareça ser contrária a ela.

Uma palavra para o oprimido

Estamos escrevendo para esses filhos de Deus, e não para aqueles que estão se regozijando na consciente presença de seu Senhor e em sua aceitação mediante o sangue. Muitos desses jamais pisaram as profundezas a que nos referimos aqui. Aos tais, nossa mensagem talvez não faça sentido.

Mas é para as pobres, torturadas, angustiadas almas, que sabem o que é lutar com espíritos perversos nos lugares celestiais, que nossa mensagem se destina. As trevas estão perto, trevas essas que podem ser sentidas; o escudo da fé quase lhes caiu da mão, e o brilho dos inflamados e grossos dardos lançados agilmente em sua direção pelo mal é tudo o que elas vêem. Elas não podem ter descanso à parte de Deus, porém parecem tê-Lo perdido. Nada é real para elas além das trevas.

O diabo não triunfará!

Esse é um quadro belo? Para os outros pode até parecer, mas não para quem se encontra nessa situação. Nós, que o pintamos, sabemos por nossa própria experiência que não é. O diabo, que triunfaria em nossa agonia, também sabe que não é. Porém, ele não triunfará. “Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz” (Mq 7.8). Talvez até mesmo agora ele encontre você com os aleluias da fé, mas não de sentimentos, em seus lábios, enquanto você aponta para o sangue do Cordeiro.

“Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão” (Jó 1.12), Deus disse a Satanás em relação a Jó. Mas apenas até certo ponto Satanás poderia cumprir seu desejo. Pobreza, desfalecimento, doença, acusações injustas dos amigos, e, aquilo de que tratamos aqui, trevas espirituais, tudo isso sobreveio a Jó. “Eis que se me adianto, ali [Deus] não está”, ele clama em sua angústia; “e torno para trás, não O percebo. Se opera à esquerda, não O vejo; se se encobre à direita, não O diviso” (23.8,9). No entanto, Deus ainda estava ali todo o tempo.

Três laços sutis

Parece haver três laços sutis do diabo, pelos quais as almas são levadas às trevas, que geralmente estão entrelaçados uns com os outros.

O diabo usa as próprias palavras de Deus para levar as almas para as trevas. Se ele as citou ao Mestre na tentação no deserto (Mt 4.1-11), quão pronto estará para empregar o mesmo método com os servos. Ele conhece bem o ponto fraco e a história de cada um que deseja derrubar. Para uma mente legalista, ele citará textos que a levarão à agonia da introspecção e de atos infrutíferos que são seu resultado. Vamos dar apenas um exemplo.

O diabo confunde Tiago 5.16 e outras passagens para fazerem significar que os pecados do passado, que estão debaixo do sangue, devem ser confessados a outras pessoas. Mas quem o faz procura em vão ter paz dessa maneira. A memória sempre trará novos fantasmas à consciência. Apenas o sangue de Jesus Cristo os removerá. Nenhum ato de humilhação diante dos outros, como essas confissões, terá proveito, pois o pecado foi contra Deus.

A raiz do mal reside aqui: a alma não vê completamente o valor do sangue de Cristo.

O rei Davi, convencido de ter quebrado o quinto e o sétimo mandamentos, foi constrangido a clamar: “Contra Ti, contra Ti somente pequei” (Sl 51.4). Dessas “obras mortas” de auto-humilhação, dessas penitências protestantes[1], seja limpo pelo sangue, assim como dos pecados que pensam ter sido expiados por ele. Usamos a palavra “expiação” com conhecimento de causa. A raiz do mal reside aqui: a alma não vê completamente o valor do sangue de Cristo. Ela não enxerga que cada pecado, cada parcela da velha e corrupta vida, foi sepultada em Sua cova, e que não temos o direito de desenterrar o que Ele ali colocou.

Isso nos leva a pensar no segundo laço.

O diabo usa o assunto da consagração para levar almas às trevas. É dito aos cristãos que “rendam tudo”, que “consagrem plenamente” a si mesmos a uma “entrega absoluta”. Novamente, o diabo dirige os pensamentos interiores dos que ouvem isso. Consciências escrupulosas são torturadas com questões quanto ao que deve ser “entregue”, e os resultados são com freqüência um estado de pesadelo espiritual.

Mas a graça de Deus vai muito mais longe que isso! É Deus que opera em nós o querer e o efetuar (Fp 2.13). “Consagrem-se ao Senhor.” Sim, mas consagrem-se no sentido espiritual. “Encham suas mãos”, encham-nas com Cristo, levem Cristo a Deus. Digam a Ele que não podem entregar tudo, nada mais do que podem fazer para serem abençoados. Digam a Ele que tudo tem de ser por graça, que sofrerão uma bancarrota espiritual à parte da graça, mas que se lançam à graça para fazerem o que não podem por si mesmos. Digam também que confiam Nele daqui por diante, para escrever Suas leis na mente para as conhecerem, e no coração para as cumprir. Digam que morreram Nele, que foram sepultados com Ele, que ressuscitaram com Ele, e agora, como vivos dentre os mortos, confiam Nele para que viva Sua vida de ressurreição por meio de vocês.

É graça ao longo de todo o tempo. Aprendamos a magnificar a graça de Deus. A cada novo vislumbre de nossa própria impotência para desejar ou fazer, tanto em relação à consagração como em tudo o mais, glórias à graça que se responsabiliza em fazer tudo, e tenhamos um Cristo novo para todas as nossas necessidades.

Agora, passemos para o terceiro laço.

O diabo usa as palavras de outros cristãos para levar as almas às trevas. Paulo disse que agora conhecemos em parte (1Co 13.12). O maior santo, ainda que tenha sido aperfeiçoado no amor, ainda é imperfeito no conhecimento. Ele conhece apenas em parte. Não é essa a razão pela qual às vezes um cristão atribulado na alma se torna em dor para um companheiro crente? Os outros não entendem o que fazer com uma cana trilhada que não deve ser quebrada (Is 42.3); e novamente a cena descrita no Cântico dos Cânticos é promulgada: “Acharam-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me, feriram-me” (5.7). Desse modo, o cristão é levado cada vez mais para as trevas.

Existe purificação!

Sim! Existe purificação! Ouse crer que, não importando o que seja, aquilo que desvie sua visão do amor de Deus não é Dele. Ouse crer que tudo o que minimiza Sua graça não é Dele. Ouse crer que o amor de Deus é para você. Ouse crer que a graça de Deus é para você. Agora mesmo, nas densas trevas, creia nesse amor e nessa graça. Abandone as idéias distorcidas sobre Ele que estiveram em curso pela malícia de Satanás. Erga o escudo da fé uma vez mais, e diga como Jó: “Ainda que Ele me mate, Nele esperarei” (13.15), e louve a Deus. Sim, louve-O agora. Não espere até que as trevas passem para louvá-Lo. O caminho para sair delas, e o caminho para os muros da salvação, é pelos portões do louvor. “Aquele que oferece o sacrifício de louvor Me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus” (Sl 50.23).

 


[1] A autora se refere a fórmulas litúrgicas de confissão pública de pecados usadas em certos cultos protestantes. Segundo ela, essas práticas são, elas mesmas, as “obras mortas” das quais o penitente precisa ser limpo pelo sangue de Cristo. (N. do R.)

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Gotas de Orvalho (161)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

O arrependimento também é um ato continuo durante a vida inteira. Crescerá continuamente. Eu creio que um cristão em seu leito de morte se arrependerá mais amargamente do que jamais fez. Arrepender-se é algo que se fará durante toda a vida. Pecar e arrepender-se, pecar e arrepender-se, resume a vida de um cristão. Arrepender-se e crer em Jesus, arrepender-se e crer em Jesus, conforma a consumação da felicidade.

(C. H. Spurgeon)

A fé obedece. A incredulidade se rebela. O fruto da vida de uma pessoa revela se ela é crente ou incrédula. Não há meio termo. O simples conhecimento e aceitação de fatos, sem a obediência à verdade, não é crer, no sentido bíblico. Aqueles que se apegam à lembrança de uma “decisão de fé” feita no passado, mas não demonstram qualquer evidência de que a fé continua operando em sua vida, deveriam considerar bem a exortação clara e solene das Escrituras: “O que todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36).

(John MacArthur)

Não há coração que Deus não possa conquistar. Não há vida que Ele não possa mudar. Não há passado que Ele não possa perdoar.

(Steven Lawson)

Muitos oram com os lábios por aquilo que o coração não deseja.

(Jonathan Edwards)

O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo.

(C. H. Spurgeon)

Quando realizamos alguma coisa digna de louvor, devemos nos esconder sob o véu da humildade e transferir para Deus a glória de tudo quanto fizemos.

(Thomas Watson)

Todas as atividades intelectuais (por exemplo: ler, ouvir rádio, assistir televisão e filmes, estudos acadêmicos, conversas casuais) devem sempre ser submetidas ao filtro da cosmovisão cristã para determinar quais delas estão aliadas às verdades das Escrituras e quais são suspeitas de serem inimigas.

(John MacArthur Jr.)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (160)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Ó Senhor, Teu desejo não é transformar o deserto, mas, sim, guardar nossos passos para que não nos desviemos do caminho que Teus próprios pés antes trilharam.

(F. E. Bevan)

Talvez seja maior o poder da Divina Providência que guarda o cristão dia a dia, ano após ano ― orando, cheio de esperança, correndo, crendo apesar das dificuldades ― do que aquele poder que o mantém firme no momento de seu sacrifício como mártir.

(R. Cecil)

A coroa de ferro dos sofrimentos antecede a coroa de ouro da glória.

(F. B. Meyer)

Você sentirá o amor de Deus por você mais intensamente conforme compreender a fé mais profundamente.

(Andrew David Naselli)

Houve uma profundidade de sabedoria no mandamento de nosso Senhor para dar a outra face, mas eu digo que, quando o fizer, certifique-se de manter sua língua nela.

(C. T. Studd)

Os mais habilidosos com as Escrituras são tolos, a menos que reconheçam que precisam de Deus como seu professor todos os dias da vida.

(João Calvino)

É doce não ser nada e menos do que nada para que Cristo possa ser tudo em todos.

(David Brainerd)

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Desconhecido Perdão

Um espírito perdoador

A cruz nos capacita a perdoar os outros!

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14,15).

O Senhor não ficou satisfeito com este impressionante chamamento para a graça prática na oração prescrita a Seus discípulos: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (v. 12), pois imediatamente depois completou com ênfase: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (v. 14).

Há tal confusão na cristandade quanto ao perdão dos pecados que a verdadeira força das solenes palavras do Senhor é grandemente perdida. A vasta maioria dos cristãos têm uma visão tão nebulosa da eterna redenção que temem crer na completa e permanente eficácia da obra de Cristo. As boas-novas, ou evangelho, de Deus são portanto despojadas de seu poder. Eles não são melhores do que um judeu que trouxe sua oferta, confessou seus pecados e foi embora com o conforto de que foi perdoado. Assim como este tinha de trazer sacrifícios com freqüência, assim os mal ensinados cristãos falam de sua necessidade de serem aspergidos de novo e de novo com aquele sangue, apesar de ter sido dito que ele foi derramado de uma vez por todas.

A vasta maioria dos cristãos têm uma visão tão nebulosa da eterna redenção que temem crer na completa e permanente eficácia da obra de Cristo.

Quanta cegueira, se não alegarmos nada mais, ao testemunho de Hebreus 10! O perfeito sacrifício fez cessar o imperfeito. Os adoradores uma vez limpos não têm mais consciência dos pecados; em evidente contraste com os sacrifícios levíticos, dos quais eram feitos lembrança ano após ano, os cristãos têm direito à remissão dos pecados. Cristo veio para remover o temporário e estabelecer o perpétuo. Assim sendo, quando Ele ofereceu um sacrifício pelos pecados, Ele eternamente [continuamente] sentou-se à mão direita de Deus. Ele tinha feito tudo perfeitamente a fim de apagar a culpa de Seus amigos (que haviam sido Seus inimigos), e assentou-se como prova de Seu triunfo, e está aguardando até que Seus inimigos, que O rejeitaram, e as obras deles sejam postos por escabelo de Seus pés. Então, Ele virá publicamente e pisará na rebelião aberta deles na consumação da era. Mas, para o cristão, o Espírito Santo testifica que de seus pecados e de sua anarquia Deus não se lembra mais. Agora, onde a remissão desses está, não há mais oferta pelo pecado: todas as coisas desse tipo são suplantadas e mais do que cumpridas em Cristo.

Mas, aqui, a fé falha, porque a Palavra de Deus não é recebida em sua divina e conclusiva autoridade; e, por causa disso, almas são defraudadas de paz e alegria ao crer; e toda a devoção a Deus é reduzida, apesar de termos sido comprados, como fomos, por um preço incalculável. Essa incredulidade ainda é aumentada por confundir coisas que se diferem, como nosso texto indica, com aquela completa redenção que repousa unicamente na cruz de Cristo. Ainda mais quando as benditas instituições da cristandade, como o batismo e a ceia do Senhor, foram tornadas ordenanças salvíficas, não figurativamente, mas intrinsecamente; e uma classe clerical se fez necessária e com direito divino de aplicá-las com o devido efeito aos leigos: uma invenção que sobrepujou as mais altas reivindicações do sacerdócio judeu, e em princípio nega o evangelho.

Mas, embora o Senhor, nem aqui ou em qualquer parte de Seu ensinamento no Monte, se refira à redenção que estava para realizar, Ele tinha uma importante lição para inculcar a Seus discípulos sobre cultivar um espírito de graça. Se o judeu em geral não podia elevar-se acima da lei na distância de Deus que ela produzia, acima do medo que encheu o grande mediador de tremores, e acima da prontidão em denunciar e amaldiçoar que ela gerou, a graça é a atmosfera na qual cristãos vivem e florescem. Sem dúvida, é mediante a justiça, mas, ao mesmo tempo, é a graça reinando.

O que era isso que atraía ao Senhor Jesus mesmo João, o batizador? O que era isso que, apesar de um ambiente de legalismo, por fim floresceu e deu frutos tão doces em Pedro e João e Tiago e um nobre exército de mártires e confessores? O que era isso que derreteu o coração de aço de Paulo e fez dele a mais ardente e sofredora testemunha de Jesus Cristo, e Ele crucificado, para o mundo? O que mais poderia começar com a mais orgulhosa, mais auto-satisfeita, obstinada e rebelde raça e transformá-la em pobres em espírito, em quem chora, em mansos, em quem tem fome e sede por justiça, em misericordiosos, em puros de coração, em pacificadores, em perseguidos por causa da justiça, e mesmo por amor a Ele, para quem a nação e seus sumos sacerdotes julgaram a crucificação ser justa, e assim cumpriram a Lei, os Salmos e os Profetas?

Assim como foram a graça e a verdade que deram vida aos discípulos, e a deram com abundância no poder da ressurreição de Cristo, assim se segue aquela plena e permanente remissão que Seu sangue assegura, e isso ininterruptamente. Mas o pecado tolerado interrompe a comunhão com nosso Deus e Pai, e necessita a advocacia de Cristo para limpar os pés que foram contaminados, mediante o lavar de água pela palavra. Seu sangue retém intacta sua virtude expiatória; mas a palavra é aplicada pelo Espírito em resposta ao Cristo elevado, e aquele que pecou se arrepende no pó e em cinzas. Pois “este [Cristo] é Aquele que veio por água e sangue” (1Jo 5.6). Nós precisamos de ambos, e temos ambos, e nada podemos fazer sem a água, assim como temos o sangue de uma vez por todas. Quem quer que ignore, ou (pior ainda) negue, a dupla provisão da graça, mina a redenção e confunde a verdade de Deus.

Você, que mantém ressentimentos e fica afagando as ofensas (freqüentemente exageradas, se não imaginadas) que outros lhe fizeram, tenha cuidado!

Agora o Senhor especifica que um espírito não-perdoador é intolerável para nosso Pai em Seu governo diário de Seus filhos. E não é de se admirar. Isso é como retornar da graça para a lei, de Cristo para o miserável ego. Conseqüentemente, como na oração, Ele recomenda com insistência graça com relação àqueles que podem nos ofender mesmo de modo muito doloroso, e amor, a respeito do qual Ele diz, alertando de modo leal e terno, que sua falta é, na prática, detestável a Seus olhos. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”.

Você, que mantém ressentimentos e fica afagando as ofensas (freqüentemente exageradas, se não imaginadas) que outros lhe fizeram, tenha cuidado. Se você é cristão, está em total falta no tocante a esse dever característico, está muitíssimo diferente de Cristo. É preciso que alguém lhe diga que você está tão infeliz quanto está endurecido? Não é nada para seu espírito elevado, degradante quanto isso o é para um cristão, que seu Pai não lhe perdoe as ofensas? Não perca tempo com um estado tão ruim e orgulhoso e não entristeça mais o Espírito Santo de Deus que selou você. Não deixe o sol se pôr sobre sua ira, nem dê lugar para o diabo (Ef 4.26,27).

 

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Citações Gotas de orvalho J. C. Ryle

Gotas de Orvalho ― J. C. Ryle (159)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

A leitura da Bíblia, com regularidade e sinceridade, é o grande segredo para alguém permanecer firme na fé.

Aqueles que buscam felicidade somente nesta vida, e desprezam a religião da Bíblia, não têm idéia do verdadeiro conforto que estão perdendo.

Livre-se para sempre da vã idéia de que, se um crente não está crescendo na graça, isso não é culpa dele.

Seus pecados não são perdoados por aquilo que você é ou espera ser nem por causa de qualquer coisa que você fez ou sofreu; você está perdoado por causa do nome de Cristo, e todos os santos de Deus podem dizer o mesmo.

Eu peço aos que lêem esta mensagem hoje que considerem bem o que eu estou dizendo. Você vai para a igreja do sr. A ou B; você o considera um pregador excelente; você se deleita com seus sermões; você não consegue ouvir nenhum outro com o mesmo conforto; você aprendeu muitas coisas desde que começou a participar de seu ministério; você considera um privilégio ser um de seus ouvintes. Tudo isso é muito bom. É um privilégio. Eu seria grato se ministros como o seu fossem multiplicados. Mas, afinal de contas, o que você recebeu no coração? Você já recebeu o Espírito Santo? Se não, você não é melhor que a esposa de Ló.

Eu peço a Deus que todos os cristãos professos destes dias apliquem essas coisas ao coração. Que nós nunca esqueçamos que os privilégios sozinhos não podem nos salvar. Luz e conhecimento, pregações fiéis, meios abundantes de graça e a companhia de pessoas santas são todos grandes bênçãos e vantagens. Felizes aqueles que os têm! Mas, no final de tudo, há uma coisa sem a qual privilégios são inúteis: a graça do Espírito Santo. A esposa de Ló teve muitos privilégios, mas não teve a graça de Deus em seu coração.

A falta de tranqüilidade é uma das grandes características do mundo. A pressa, o vexame, o fracasso e os desapontamentos nos confrontam por todos os lados. Mas há esperança. Existe uma arca de refúgio para o cansado, tal como houve para a pomba solta por Noé. Em Cristo encontramos descanso ― descanso para a consciência e para o coração, descanso fundamentado no perdão de todo pecado, descanso que é resultado da paz com Deus.

Precisamos ter cuidado em não murmurar quando passamos por tempos de aflição. Devemos conservar na mente o fato de que, em cada tristeza que nos sobrevém, há um significado, uma razão e um recado de Deus para nós.

Jó pensou que conhecia seu coração, mas a aflição veio e ele descobriu que não o conhecia. Davi pensou que conhecia seu coração, mas ele aprendeu pela amarga experiência quão tristemente ele estava enganado. Pedro pensou que conhecia seu coração, e em pouco tempo estava se arrependendo em lágrimas. Oh, orem, amados, se amam a própria alma, orem por alguma compreensão da própria corrupção de vocês; os mais santos de Deus nunca perceberam completamente a extrema pecaminosidade do velho homem que estava neles.


John Charles Ryle nasceu em Macclesfield, na Inglaterra. Foi regenerado no ano de 1838, enquanto ouvia a leitura de Efésios 2 em uma capela de Oxford. Ele concluiu os estudos e pretendia seguir carreira nos negócios da família; no entanto, em 1841, o banco de seu pai faliu, deixando os Ryles em estado de pobreza e miséria. Durante essa fase, ele foi ordenado ao ministério em Winchester. Mesmo vivendo em um contexto político-religioso difícil e pertencendo a uma igreja estatal, J. C. Ryle exerceu um ministério muito vigoroso, pastoreando com fidelidade e dedicação. Durante seu pastorado, foram construídos quarenta locais de reunião, bem como construiu diversas capelas e escolas. J. C. Ryle, no período em que viveu, foi considerado um homem famoso, notável e amável, um campeão e expoente da fé evangélica reformada. Certa vez, Charles Spurgeon teceu o seguinte comentário sobre Ryle: “Ele é o melhor homem da Igreja da Inglaterra”. J. C. Ryle foi uma voz solitária clamando no deserto do conflito da religião estatal com o anglo-catolicismo. Em 1899, resolveu demitir-se do bispado, falecendo com 83 anos em junho de 1900.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (158)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Salvem alguns, ó cristãos! Tentem de todas as maneiras salvar algumas pessoas do fogo eterno e da escuridão infindável que fatalmente as aguardam. Salvem-nas pelas suas lágrimas, seu lamento e seu clamor por elas. Que este seja o grande objetivo da vida de cada um, a exemplo do apóstolo Paulo: que por todos os meios vocês salvem alguns.

(C. H. Spurgeon)

Qual é a causa da maioria dos desvios? Acredito que, como regra geral, uma das principais causas é a negligência da oração privada. As pessoas são desviadas em seus joelhos, muito antes de se desviarem abertamente aos olhos do mundo.

(J. C. Ryle)

Faça de Deus o objeto peculiar de seus louvores.

(Jonathan Edwards)

A religião verdadeira é uma coisa muito prática se não a adulterarmos.

(C. T. Studd)

Todo pecado é um tipo de ateísmo prático ― é um agir como se Deus não estivesse ali.

(Tim Keller)

O inverno prepara a terra para a primavera, assim as aflições santificadas preparam a alma para a glória.

(Richard Sibbes)

Tome para si a responsabilidade de elevar seus sentimentos em todas as suas atividades para mais próximo do céu.

(Richard Baxter)

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