Categorias
Consolo D. M. Panton Deus Disciplina Escatologia Segunda vinda Sofrimento

Tribulação não é julgamento (D. M. Panton)

Os amigos de Jó não entendiam que tribulação não é julgamento

Uma lição que é terrivelmente urgente que todos nós aprendamos hoje é uma lição para a qual não só existe um livro inteiro da Bíblia dedicado a ela, Jó, mas que esse livro foi, supostamente, o primeiro da Bíblia a ser escrito. Em um desafio de Deus a Satanás, e no desafio de Satanás em resposta a Deus, o Altíssimo seleciona um homem, um dos maiores patriarcas na aurora do mundo, a fim de resumir para sempre um único fato: que um filho de Deus, do mais elevado caráter, pode sofrer perda indescritível – propriedades, família, saúde, tudo dizimado exatamente como um ataque aéreo pode fazê-lo – e isso não ser nenhum julgamento sobre o pecado em caráter ou serviço, mas simplesmente ser o plano profundo do Altíssimo servindo a propósitos de que esse filho de Deus é totalmente ignorante.

Um homem perfeito

O livro se inicia com uma definição de Jó dada pelo próprio Deus. “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele” – o Senhor escolheu o caráter mais elevado que podia ser encontrado, então, sobre a terra –, “homem íntegro e reto”. Homem íntegro, perfeito no sentido bíblico: não sem pecado, mas totalmente maduro, não um botão, mas uma flor plenamente desabrochada – “temente a Deus e que se desvia do mal” (1.8). Deus, então, entrega Jó ao poder1 de Satanás, impedindo-o de matar o homem, e as aflições caem como relâmpagos. Rapidamente, sua riqueza desaparece, seus filhos e filhas são eliminados e, em seguida, uma doença desagradável destrói seu corpo. Jó instantaneamente se torna um dos homens que mais tristemente sofre na Bíblia, exceto os do martírio2.

Fé em agonia

Agora nós encaramos, como Satanás fez e foi planejado que fizesse, a reação de um fiel servo de Deus à infinita tristeza. Após o esmagamento de sua casa e de seus entes queridos, Jó exclama: “O Senhor deu e o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor” (v. 21). A fé repousa, não sobre o que Deus faz neste momento ou naquele, mas no que Ele é: Deus é amor; e a fé de ouro de Jó triunfa sobre todas as trevas, o mistério e a morte. Assim, Jeová desafia Satanás desafia: “Observaste o meu servo Jó? […] Ainda retém a sua sinceridade [integridade], havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa” (2.3). No final, Jó tinha perdido todas as coisas que Satanás dissera serem o único fundamento de sua lealdade a Deus; mas, mesmo com aquela perda, sua lealdade a Deus permaneceu um halo dourado em volta da testa do homem doente. E isso é mais maravilhoso porque, tanto quanto sabemos, Jó não tinha tais revelações claras como nós temos. “Nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2Co 4.17,18). “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).

Permissão

No entanto, ao mesmo tempo, Jó é para sempre um alerta para nós. Fundamentalmente, ele nunca vacilou em sua confiança em Deus, como é belamente provado quando sua esposa disse: “Amaldiçoa a Deus e morre”, e ele respondeu: “Receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal?” (Jó 2.9,10). No entanto, ele afundou em um pessimismo por se ressentir amargamente de suas aflições. “Ele consome ao perfeito e ao ímpio” (9.22). Nunca brilhou para Jó que a enormidade de seus infortúnios revelava a estimativa que Deus havia colocado sobre a força de seu caráter. Era como Paulo disse: “Não veio sobre vós tentação, senão humana [ou seja, que um homem pode suportar]; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis” (1Co 10.13). Assim, todas as palavras de Jó de desgosto e desespero nunca precisariam ter cruzado seus lábios de acordo com a estimativa divina sobre seu caráter. “Jó nunca poderia ter apresentado uma paciência [perseverança] que soa ao longo dos séculos, até nós ouvirmos falar dela, se ele não tivesse conhecido aflição extraordinária” (C. H. Spurgeon).

Culpa

Chegamos agora ao coração do problema no erro gigantesco (embora muito natural) feito pelos amigos de Jó. [Para eles], toda a pressão daqueles sofrimentos pessoais tinham apenas uma explicação: culpa pessoal. “Sabe, pois, que Deus exige de ti”, disse Zofar, “menos do que merece a tua iniqüidade” (11.6). No entanto, ao final, Jeová diz: “Não falastes de mim o que era reto” (42.7). O princípio pelo qual eles contenderam, que o pecado traz julgamento sobre os servos de Deus, é absolutamente verdadeiro e se aplica a inúmeros crentes. Porém, o enorme erro que eles cometeram, que é igualmente perigo para nós nesses dias em que crescente tribulação se aproxima, é que o sofrimento é, necessariamente, julgamento3. Ao longo de sua fala, Jó nunca hesitou por um momento em afirmar sua integridade, pois sabia que ela era um fato; contudo, seus amigos nunca especificaram com exatidão um único pecado em sua vida passada, nem sequer tentaram fazê-lo, enquanto atribuíam todo o sofrimento dele a uma vida tão pecadora que merecia esse julgamento esmagador4.

Deus

O próprio Jeová agora intervém nesse tremendo drama; e responde a Jó com uma palavra apenas: Deus. Na mais maravilhosa descrição da criação já dada, Ele desafia Jó: “Onde estavas tu quando Eu fundava a terra? […] Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus jubilavam?” (38.4,7). Você é competente para criticar Deus? Nossa profunda ignorância das maravilhas da criação e, portanto, dos planos e propósitos insondáveis ainda mais maravilhosas que repousam, invisíveis, por trás da criação, faz todo o julgamento das ações de Deus nada menos do que um absurdo. Deus reina em meio à confusão, ao terror e à morte tão completamente como quando tudo está em perfeita ordem. Mesmo quando Jeová estava falando a Jó, a causa de seu sofrimento ainda era totalmente desconhecida para o patriarca: Jó era totalmente ignorante do drama do qual ele era a figura central e o ator principal. Menos ainda poderia ele saber que, visto por céu e inferno, esse drama, registrada no livro de abertura da Bíblia5, era provar para sempre que um filho de Deus, despojado de tudo, pode ser como o ouro purificado pelo fogo.

Penitência

Então, agora conhecemos a reação de Jó. Embora fosse “perfeito”, na medida em que os seres humanos podem ser, ele exigiu uma experiência espiritual nova. Repetidamente, e de modo quase desafiador, Jó tinha pedido ao Altíssimo que lhe concedesse uma entrevista, na qual ele poderia pleitear sua causa. Agora que ele está cara a cara com Deus, exclama: “Relatei o que não entendia […] Com o ouvir de meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos” (42.3,5). Por fim, brilhou para Jó que suas aflições era apenas um dos pensamentos primorosamente planejados de Deus, assim como Ele tinha feito a maravilhosa beleza da criação. Agora ele viu Deus em tudo, e que essa visão resolve todos os problemas. E uma revelação muito mais profunda de si mesmo acompanha a visão celestial. “Por isso”, Jó exclama, “me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (v. 6). O desespero com que ele conheceu o mistério do Senhor ao lidar com ele e a maldição sobre o dia de seu nascimento revelaram a esse nobre servo de Deus o que Paulo tinha aprendido: “Em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18.). E, assim, a própria tragédia de sua agonia completava a santidade do santo de Deus.

Recompensa

Por fim, chegamos ao que é sempre o objetivo de Deus: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó […] e o Senhor acrescentou em dobro a tudo quanto Jó antes possuía” (42.10,12)6. Jó não tinha sido alguém que ensinava que só deve buscar a Deus quando tudo está bem, mas um fiel seguidor de seu Senhor, a despeito da catástrofe terrível, assim confundindo Satanás completamente; e, apesar de sua paixão e dos discursos precipitados de desespero, ele não tinha perdido o favor de Deus, e agora tinha confessado e abandonado seu pecado. Nas palavras do apóstolo Tiago: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso [compassivo]” (5.11). O resumo que Deus dá a Jó, séculos depois, está em Ezequiel: “Quando uma terra pecar contra mim […] ainda que estivessem no meio dela estes três homens: Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrariam apenas a sua alma” (14.14). Então, aqui, no primeiro livro da Bíblia, toda a doutrina do galardão desponta. Como nosso Senhor a expressa, embora muito mais amplamente do que uma recompensa em dobro: “Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos ou campos, por amor de Mim” – Jó tinha perdido tudo por amor a Deus, na divina controvérsia com Satanás – “e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos e campos, com perseguições, e no século futuro a vida eterna7” (Mc 10.29,30) –, na glória do reino8.

 


(Traduzido por Francisco Nunes de “Tribulation that is not judgment”, de D. M. Panton, M. A. Você pode usar esse artigo desde que não o altere, não omita a autoria, a fonte e a tradução e o use exclusivamente de maneira gratuita. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

1Ele se encaixa apropriadamente a nosso próprio dia, em que nos lembramos de que, ao passo que o poder original de Satanás é descrito como dunamis, um poder inerente (Lc 10.19), desde o Calvário, quando seu poder foi paralisado (Hb 2.14), ele é exousia, uma autoridade puramente concedida (Ef 2.2; At 26.18). (N. do A.)

2O autor não quer significar que os mártires ou mesmo Jó estavam tristes por sofrer (talvez, em alguma medida, isso possa ser dito de Jó), mas que seu sofrimento inspirava tristeza em quem os via (veja o exemplo dos amigos de Jó). (N. do T.)

3Embora essa inculpabilidade possa ser aplicada aos convertidos durante a Grande Tribulação, ela não se aplica aos cristãos que entraram nela, uma vez que estes, se dignos, teriam escapado (Lc 21.36; Ap 3.10). (N. do A.)

4Eles justamente manchado críticas de coração partido de Jó da Providência, mas este pecado foi após o desastre, e, portanto, não poderia ser causa do mesmo.]

5Não no sentido de ser o primeiro que o leitor encontra na Bíblia, mas o primeiro escrito, como o autor já afirmou no primeiro parágrafo do texto. (N. do T.)

6É belo notar que seus filhos e filhas também foram exatamente em dobro, na medida em que os cinco anteriores ainda eram dele, embora no Paraíso (isto é, no Hades/Sheol) com seu Senhor. (N. do A.)

7A palavra grega aionios, traduzida por “eterna”, também pode ser traduzida como “duradoura pelas eras”, se o contexto assim o indica, como nesse versículo. A vida deve seguir a morte e a ressurreição. Portanto, Jó deve ser ressuscitado ao tempo da “primeira ressurreição” a fim de ser capacitado a desfrutar a vida na era por vir” (Ap 20.6). E assim está escrito: “Eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida minha pele [isto é, depois da minha morte], contudo ainda em minha carne [isto é, em meu corpo ressuscitado], verei Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, e meus olhos, e não outros, O contemplarão [isto é, sobre a terra, na era vindoura, depois da ressurreição dos justos]” (Jó 19.25-27). (N. do E.)

8É intensamente proveitoso notar que na aurora da Bíblia, o drama se encerra sobre a terra de modo que todo pecado tem apenas um perdão: sacrifício de sangue. Jeová diz a Elifaz: “A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos […] oferecei holocaustos por vós” (Jó 42.7). Ira e sangue: o sangue do Cordeiro é o único refúgio para o qual, se não-salvos, podemos fugir da ira vindoura. (N. do A.)

Categorias
Cristo Encorajamento Escatologia Irmãos Oração Salvação Santidade Segunda vinda Vida cristã

Constante prontidão (Sarah Foulkes)

Prontidão constante para a volta do Senhor

A hora não avisada do retorno de nosso Senhor torna imperativa a constante prontidão.

Como um profeta predizendo Seu próprio advento, nosso Senhor dá a Seus discípulos advertências enfáticas e incisivos alertas para a prontidão vigilante (Mt 24; 25). Vigiai […] para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai” (Mc 13.36,37). Falando como alguém com autoridade, nosso Senhor começa e termina esse solene alerta sobre Sua vinda com a ordem simples e explícita para vigiar!

Cristãos que estão realmente se preparando para a vinda iminente do Senhor estão vivendo hoje na atitude sempre vigilante de coração, de vida e de conduta que brota de um constante e predominante objetivo: poderem ser considerados dignos de escapar do julgamento de ira que virá rapidamente no fim desta era.

Lucas 21.34-36 torna surpreendente e evidente que a transladação é um escape do julgamento. Muitos estão dando como certo que estão prontos para fugir. Quão presunçosa é sua suposição quando contrastada com o exemplo na Escritura apresentado por Paulo! Em antecipação, ele escreve aos filipenses: “Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus […] Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (3.12,14).

Paulo viveu sua experiência cristã diária como um homem em uma corrida com o propósito em vista de ganhar o prêmio. Na corrida, ele se despojou de si mesmo por causa da coroa reservada para todos os que venceram e viveram piedosamente em Cristo Jesus (Ap 12.11). Assim, Paulo pôde dizer: “Graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo” (2Co 2.14). Para que pudesse ser um vencedor e não uma vítima de suas circunstâncias, Paulo colocou coração e alma em sua experiência cristã. Ele forçou cada nervo, dispôs cada músculo para alcançar aquilo para o que Cristo o havia ganho. Não muito tempo antes de partir, ele evidentemente atingiu a soberana vocação de Deus em Cristo, pois disse: “O tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia” (2Tm 4.6-8). Que certeza arrebatadora Paulo tinha! E ela pode ser nossa, se nós, como Paulo, buscarmos as superações que nos fazem mais do que vencedores sobre o mundo, a carne e Satanás.

As palavras vigiar e orar estão constantemente nos lábios de nosso Senhor quando alerta sobre Sua súbita volta como ladrão.

Enoque foi trasladado porque tinha o testemunho de que agradara a Deus. “A inclinação da carne [ou mente carnal] é inimizade contra Deus” (Rm 8.7). Podemos, portanto, esperar andar com Deus e agradá-Lo enquanto temos qualquer carnalidade, liberdade da carne, mundanismo em nós? “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais […] Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?” (1Co 3.1,3).

As palavras vigiar e orar estão constantemente nos lábios de nosso Senhor quando alerta sobre Sua súbita volta como ladrão. Todo o ensino, toda a pregação, toda a atividade que anula o aviso solene do Senhor a Seu povo de que deve cuidar de si mesmo e vigiar e orar sempre tornam o povo perigosamente desavisado. Essa é a razão pela qual muitos cristãos hoje estão caminhando despreocupadamente, como se estivessem indo a um piquenique, quando, como uma questão de fato, estamos na própria hora da vinda e do julgamento começar em Seu Santuário. O arrebatamento em si é um sinal do julgamento sobre aqueles que foram deixados. Daí, toda a estratégia de Satanás é impedir a vigilância e a atitude de alerta que o Senhor tão solenemente aconselhou.

E não o perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um e deixado o outro […] Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24.39-42).

Tem sido dito que a única diferença entre os que o Senhor toma na transladação e os que são deixados para os últimos julgamentos sobre Terra é a diferença de prontidão vigilante. Em seus últimos discursos, nosso Senhor procurou despertar com exortações a vigilância do discípulo não-vigilante, o o pai de família roubado e o mordomo infiel (caps. 24 e 25).

Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir” (25.13). Cristo sempre ressaltou muito a necessidade de estarmos sempre prontos. “Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor […] Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!” (Lc 12.35-37).

Estamos às portas da volta de Cristo. Cada tique-taque do relógio nos aproxima disso. A escuridão da meia-noite da terra está espalhando. A vinda do Noivo está próxima. Então, Sua noiva está se aprontando. O espírito do anticristo está espalhado pelo mundo. A grande tribulação está lançando suas sombras diante de nós. Cristãos, olhem para cima! Estejam imediatamente prontos, vigilantes, atentos. “Já é hora de despertarmos do sono, porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado” (Rm 13.11,12).

Um movimento espiritual quase imperceptível está operando no coração de todos os verdadeiros crentes que separam o ouro da escória, o real do irreal, o precioso do vil, o joio do trigo. Ele vem como um silêncio sagrado sobre a alma, a sombra da Presença que se aproxima.

Ele vem quando não esperamos. Não haverá nenhum aviso.

Cristo está vindo! Esteja pronto para quando Ele vier. Separe-se da indulgência do mundo. Desembarace-se de sua imersão nos negócios dessa vida. Vigie e ore sempre! Um cristão carnal não pode ser vigilante. Nós só podemos vigiar se nos mantivermos despertados espiritualmente. A palavra vigiar significa ser espiritualmente despertado, estar em alerta constante. “Eu dormia, mas o meu coração velava. E eis a voz do meu amado que está batendo: ‘Abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite’” (Ct 5.2).

Ele vem quando não esperamos. Não haverá nenhum aviso. “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.27). Um rápido e cegante refulgir, e o vigilante vai estar com o Senhor. O não-vigilante, de acordo com as próprias palavras de nosso Senhor, não vai escapar dos últimos julgamentos sobre a terra (Lc 21.34-36).

O espírito do homem é a lâmpada do Senhor” (Pv 20.27). Em Sua parábola das virgens, nosso Senhor revela que haverá um reavivamento de preparar as lâmpadas às vésperas de Sua volta. Quanto tempo leva para preparar-se uma lâmpada? O sábio só tem tempo para preparar sua lâmpada, não para enchê-la, antes que a porta seja fechada. Encher exige constante e vigilante preparação do coração, da vida e dos lábios a fim de fazer-nos e manter-nos prontos para encontrar e saudar o Amado de nossa alma quando Ele, todo glorioso, vier para receber os “aceitos no Amado”.

Um não-abandonado pecado conhecido, uma ordem conhecida desobedecida, uma conhecida verdade não-crida, uma parte da vida conscientemente não-submetida, e nós estamos em perigo. As últimas sombras estão caindo sobre o mundo e, portanto, em sua vida. No entanto, você não está pronto. Mas há tempo para alcançar a vitória antes do sol se por. Seu Juiz vindouro é seu Salvador hoje” (The Midnight Cry).


(Traduzido por Francisco Nunes de “Constant Readiness”. Você pode usar esse artigo desde que não o altere, não omita a autoria, a fonte e a tradução e o use exclusivamente de maneira gratuita. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

Categorias
Cristo Cruz Disciplina Encorajamento Escatologia Estudo bíblico Salvação Santidade Sofrimento Vida cristã Watchman Nee

Hebreus 6.4-6 (Watchman Nee)

Hebreus 6.4-6 diz:

“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento”.

Esses versículos descrevem uma pessoa que possui muitas qualificações. É impossível que seja uma pessoa não-salva. Ela viu a luz, e viu o Deus revelado, o Unigênito do Pai; conheceu o amor de Deus e provou o dom celestial, o único dom, Jesus Cristo. Na Bíblia, dons, como um substantivo plural, refere-se aos dons do Espírito Santo, e dom, como um substantivo singular refere-se ao único dom, o unigênito Filho de Deus, como está em João 3:16. Esse dom é diferente dos dons do Espírito Santo. Essa pessoa não apenas tem Deus e o Senhor Jesus, mas também tornou -se participante do Espírito Santo. Ela conhece a Deus, provou do Senhor Jesus e tem o Espírito Santo vivendo dentro de si. Além disso, ela provou a boa palavra de Deus e os poderes da era vindoura. Os poderes da era vindoura são os poderes do reino milenar. Os dons e os poderes do Espírito Santo são particularmente abundantes no reino milenar. O reino milenar será repleto de obras de poder, milagres, maravilhas e outras coisas semelhantes. Dizer que alguém provou os poderes da era vindoura significa dizer que ele provou as coisas do reino milenar. Portanto, esta pessoa é definitivamente uma pessoa salva.

Se tal pessoa deixa hoje a palavra de Cristo, que ela recebeu quando creu, e escorrega e cai, não há arrependimento para ela. Ela não pode começar tudo de novo para crer no Senhor Jesus, pois já tem uma longa história com o Senhor. Ela recebeu muita chuva, porém caiu, não produz mais coisas boas para Deus, mas tem produzido cardos e abrolhos. Tal pessoa é como “a terra que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela, e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada, recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada” (vv. 7,8).

Perceba três coisas acerca desta pessoa e seu fim. Primeira coisa, ela é “rejeitada”. A palavra “rejeitada” aqui é a mesma usada em 1Coríntios 9:27, onde Paulo disse que temia que embora tivesse pregado o evangelho a outros, ele mesmo fosse desqualificado e não fosse mais usado por Deus nesta era e no reino. Ser rejeitado, ser desqualificado, significa que Deus rejeitará tal pessoa e não a usará mais no reino. Segunda coisa, esta pessoa “perto está da maldição”. O versículo não diz que ela receberá maldição, mas a punição que receberá é semelhante a uma maldição. Ela não perecerá eternamente, mas sofrerá o dano da segunda morte e padecerá a Geena de fogo no reino. Terceira coisa, “seu fim é ser queimada”. Que é isso? Por exemplo, há algumas semanas eu quis fazer uma queimada em algumas terras em Jen-ru. Poderia eu queimar a terra etername nte? Poderia queimar a terra pelo menos por cinco anos? O queimar aqui se refere a algo temporário.

Aqui se fala sobre queimar, enquanto Mateus 5 diz que alguns estarão sujeitos à Geena de fogo. Se você puser essas duas passagens juntas, elas se combinarão. Se um cristão recebe todas essas coisas maravilhosas, mas não produz bom fruto para Deus, e, sim, cardos e abrolhos, ele será queimado. Entretanto, esse queimar será apenas por breve tempo. Até mesmo um aluno do primário sabe que se você atear fogo em um terreno, o fogo irá parar após todo o mato ser queimado. A queimada no reino durará no máximo mil anos. Quanto tempo vai durar a queimada, na verdade, dependerá de você. Se você tiver produzido muitos cardos e abrolhos, então haverá mais queima. Se tiver produzido poucos cardos e abrolhos, então haverá menos queima.

Quantas coisas há em nós que ainda não foram tratadas? Quantas coisas não foram limpas pelo sangue do Senhor, e quantas coisas ainda não foram confessadas, tratadas e resolvidas com os irmãos e as irmãs? São esses os cardos e abrolhos a que o Senhor se refere. Mateus 5 diz que ninguém poderá sair dali enquanto não pagar o último centavo. Toda dívida terá de ser paga. Quando tudo houver sido queimado, toda dívida terá sido paga.

Um cristão é semelhante a um campo, e seu comportamento indevido é comparado a cardos e abrolhos. Suponha que eu possua um terreno de cinco alqueires. Seria possível, depois da queimada, que somente dois alqueires tenham sido deixados intactos e três tenham sido queimados? Isso é impossível. O que é queimado são os cardos e abrolhos. O terreno em si não pode ser queimado. Em outras palavras, somente aquelas coisas que foram amaldiçoadas em Adão e deveriam ser removidas, mas não foram, é que serão queimadas. Elas serão o material que será queimado na Geena de fogo. A vida que Deus nos concedeu não pode ser tocada pelo fogo. Portanto, depois que os cardos e abrolhos forem queimados, o terreno ainda permanecerá. Nenhuma parte dele será tirada. Não há absolutamente nenhum problema com a nossa salvação, mas sim com o que vier a crescer sobre ela, com o que for prov eniente da carne. Se tais coisas não forem tratadas com o sangue de Jesus, deveremos sofrer algum tratamento.

Agora vejamos Hebreus 10.26-29:

“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança”.

Esses versículos referem-se a alguém que rejeitou a Cristo e voltou ao judaísmo. Ele acha que gastando alguns dólares pode comprar um touro ou um bode como oferta pelo pecado. Se, porém, alguém conheceu a Cristo e voltou ao judaísmo, ele calcou aos pés o Filho de Deus e considerou Seu sangue como algo comum. Ele está tratando o Senhor como um touro ou um bode. Para ele não existe diferença entre o Senhor e um touro ou um bode. O versículo conclui: “E ultrajou o Espírito da graça”. Enquanto o Espírito Santo está lhe dando graça, ele O está insultando por voltar ao judaísmo. Esses versículos nos mostram o caminho de um apóstata. Eu não diria que tal pessoa seja salva; somente diria que pode ser que ela seja salva; talvez nem seja salva. O apóstolo não nos diz se tal pessoa é salva ou não. Ele diz apenas que, se uma pessoa veio a Cristo e depois voltou ao judaísmo, ela sofrerá pior punição. Seu fim é uma expectação de juízo e fogo vingador. Aqui vemos uma espécie de fogo.

Juntamente com todas essas passagens, temos também as próprias palavras do Senhor em João 15. O versículo 2 diz: “Todo ramo em Mim que não der fruto, Ele o corta; e todo o que dá fruto Ele o limpa”. Esses não são ramos que nada têm que ver com Ele; são ramos que estão Nele. O que é mostrado aqui, pode não referir-se à punição temporária, mas à disciplina nesta era. Mas atente para o versículo 6: “Se alguém não permanece em Mim, é lançado fora, como o ramo, e seca; e os apanham, lançam no fogo, e são queimados”. Alguns ramos serão lançados no fogo e queimados. Alguns ramos cresceram e produziram folhas verdes, mas não têm fruto. Embora tenham vida interiormente, eles não têm fruto exteriormente. O Senhor Jesus disse que eles serão lançados fora, secarão, e queimarão no fogo. Aqui vemos claramente que os cristãos podem ter de passar pelo fogo.

Tendo lido todas essas passagens, podemos concluir que, se um cristão não lidar adequadamente com seus pecados, haverá punição à sua espera. A Bíblia nos mostra nitidamente que tipo de punição será. Não será uma punição comum, mas a punição da “Geena de fogo”. Contudo será o fogo no reino, não o fogo na eternidade.

A questão agora é esta: que tipo de pecado levará a essa condição? Desde que uma pessoa seja salva, é importante que ela lide com seus pecados. Nenhum dos pecados que ela tenha confessado, do qual tenha se arrependido, tratado e feito remissão pelo sangue do Senhor Jesus, voltará a ela no trono de julgamento. Tais pecados terão passado. Até mesmo o maior dos pecados terá passado. Mas existem muitos pecados que não serão omitidos; são os pecados que alguém contempla em seu coração. Salmos 66.18 diz: “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido”. Quais são os pecados que o coração contempla? O coração é o lugar onde residem nosso amor e nossos desejos. O coração representa nossa emoção. Ele representa o homem psicológico. Se o coração contemplar a vaidade, o Senhor não nos ouvirá. Muitas confissões são feitas só porque a pessoa sabe que pecou, não há aversão pelo pecado, tampouco condenação do pecado. Tal pessoa o Senhor não ouvirá. Além disso, se temos com alguém um problema que não foi resolvido, ou se há coisas que precisam ser perdoadas e não foram, ou se procedemos mal com as pessoas ou com o Senhor, temos de tratar com estas coisas de modo específico. Ao mesmo tempo, temos de colocá-las debaixo do sangue do Senhor. Só então tais coisas estarão tratadas, e estaremos livres do julgamento vindouro.

RESUMO

Vamos agora resumir o que vimos. O futuro dos cristãos é muito simples. Para uma pessoa salva o assunto do novo céu e nova terra, incluindo toda a eternidade, está resolvido. No entanto, a era do reino é duvidosa. Ninguém ousa dizer algo sobre o que ocorrerá. O que temos de resolver hoje é o problema do reino. No reino há muitas posições de cristãos. Muitos reinarão com Cristo por ter trabalhado fielmente e por ter sofrido perseguição, vergonha e sofrimento. Alguns podem não ter sofrido perseguição, vergonha e sofrimento, contudo eles também não têm pecados. Eles viveram uma vida limpa. Apesar de não terem feito nada que mereça um mérito especial, eles pelo menos deram um copo de água para um pequenino por causa do nome do Senhor (Mt 10.42). Eles também receberão uma recompensa; entretanto, sua recompensa será bem pequena.

Na era do reino, alguns cristãos receberão recompensa no reino. Alguns receberão uma grande recompensa; outros receberão uma recompensa pequena.

Os que não receberão recompensa também estão divididos em algumas categorias. Um grupo não entrará no reino de modo algum. A Bíblia não nos diz para onde eles irão; diz apenas que serão mantidos fora do reino, nas trevas exteriores (Mt 8.12; 22.13; 25.30; Lc 13.28). Eles serão deixados fora da glória de Deus. Haverá também muitos que, além de não terem trabalhado bem, têm pecados específicos que ainda não foram tratados. Eles são salvos, mas ao morrer, ainda têm pecados com os quais não trataram e dos quais não se arrependeram; eles ainda têm o problema do pecado. Esses tais serão temporariamente submetidos ao fogo, e sairão somente depois de terem pago todo seu débito. Eu não sei, na verdade, de quanto tempo esse período será, mas durará no máximo até o final do reino.

Ainda há muitas coisas das quais não estamos esclarecidos acerca do futuro, mas a Bíblia mostrou-nos o suficiente. Embora haja detalhes que ainda não vimos, nós de fato sabemos o que os filhos de Deus enfrentarão. Alguns receberão uma recompensa; alguns experimentarão corrupção. Alguns serão aprisionados, e outros serão lançados no fogo e serão queimados.

A questão da nossa salvação está muito clara. Quando um homem crê no Senhor Jesus, tanto a salvação como a vida eterna estão determinadas para ele. Mas, da salvação até sua morte, as obras de uma pessoa, isto é, seus fracassos ou suas vitórias, determinarão seu destino no reino. Nosso Deus é um Deus justo. Por um lado, nossa salvação é livre, e os que crêem terão vida eterna. Ninguém pode contrariar esse fato. Por outro lado, não podemos pecar à vontade, simplesmente porque recebemos a vida eterna. Se produzirmos cardos e abrolhos, seremos queimados. Se o Senhor Jesus não pode desligar-nos de nossos pecados e se não resolvermos todas as coisas em nossa vida, Deus não terá escolha a não ser castigar-nos no futuro; Ele não terá escolha, senão purificar-nos com punições específicas, de maneira que possamos estar juntos com Ele no novo céu e nova terra. Deus é um Deus justo. O que Ele preparou também é justo. Desde que tenhamos visto estas coisas, devemos aprender a lição e acatar as advertências de Deus.

Categorias
Bíblia Cristo Deus Escatologia Espírito Santo Estudo bíblico Evangelho História Profecias Salvação

Cumprimento das antigas profecias

Recebi por email muito tempo atrás. Não sei quem é o autor.
____

Segundo o cristianismo, o Messias enviado por Deus para salvar o seu povo cumpriria tudo o que foi dito a respeito dele por parte do Senhor através dos profetas, como por exemplo:

  • Nasceria em Belém de Judá (Miquéias 5:2)
  • de uma virgem (gr. phanteros) (Isaías 7:14)
  • por intermédio de Deus (Salmos 2:7)
  • descendente de Jacó (Números 24:17)
  • da tribo de Judá (Gênesis 49:10)
  • iria para o Egito (Oséias 11:1)
  • surgiria da Galiléia (Isaías 9:1)
  • um mensageiro prepararia o seu caminho (Malaquias 3:1) clamando no deserto (Isaías 40:3)
  • o Espírito de Deus iria repousar sobre Ele (Isaías 11:2)
  • faria profecias (Deuteronômio 18:18)
  • abriria os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos (Isaías 35:5)
  • curaria os coxos e os mudos (Isaías 35:6)
  • falaria em parábolas (Salmos 78:2)
  • mesmo sendo pobre, seria aclamado rei, em um jumento (Zacarias 9:9)
  • seria rejeitado (Salmos 118:22)
  • traído por um amigo (Salmos 41:9)
  • por trinta moedas de prata (Zacarias 11:12)
  • moedas essas que seriam dadas a um oleiro (Zacarias 11:13)
  • seria ferido, e depois abandonado por seus discípulos (Zacarias 13:7)
  • seria acusado injustamente (Salmos 35:11)
  • seria ferido pelas nossas transgressões (Isaías 53:5)
  • não responderia aos seus acusadores (Isaías 53:7)
  • seria cuspido e esbofeteado (Isaías 50:6)
  • seria zombado depois de preso (Salmos 22:7,8)
  • teria os pés e mãos transpassados (Salmos 22:16)
  • na terra dos seus amigos (Zacarias 13:6)
  • junto com transgressores (Isaías 53:12)
  • oraria pelos seus inimigos (Salmos 109:4)
  • seria rejeitado e ferido por nossas iniquidades (Isaías 53:3-5)
  • lançariam sortes para repartir as suas vestes (Salmos 22:18)
  • o fariam beber vinagre (Salmos 69:21)
  • clamaria a Deus no seu desamparo (Salmos 22:1)
  • entregaria seu espírito a Deus (Salmos 31:5)
  • não teria os ossos quebrados (Salmos 34:20)
  • a Terra se escureceria, mesmo sendo dia claro (Amós 8:9,10)
  • um rico o sepultaria (Isaías 53:9)
  • assim como Jonas ficou três dias dentro do grande peixe (Jonas 1:17; Mat.16:21; Lucas 11:30)
  • Ele ressuscitaria (Salmos 30:3)
  • no terceiro dia (Oséias 6:2)
  • subindo também aos céus (Salm. 68:18; Atos 1:11)
  • e sendo recebido pelo seu Pai, à sua direita (Salm. 110:1; Atos 7:55)

Então, aproximadamente dois mil anos atrás, Jesus Cristo teria vindo ao mundo e teria cumprido essas profecias a respeito de sua primeira vinda.

  • Jesus Cristo, o último Adão, I CORÍNTIOS 15:45

 Os milagres relatados

As Curas

Mateus

Marcos

Lucas

João

Um leproso

8:2-4

1:40-42

5:12-13

O servo de um centurião romano

8:5-13

7:1-10

A sogra de Pedro

8:14-15

1:30-31

4:38-39

Dois endemoninhados gadarenos

8:28-34

5:1-15

8:27-35

Um paralítico

9:2-7

2:3-12

5:18-25

Uma mulher com hemorragia há 12 anos

9:20-22

5:25-29

8:43-48

Dois cegos

9:27-31

Um homem mudo e endemoninhado

9:32-33

Um homem com a mão definhada

12:10-13

3:1-5

6:6-10

Um endemoninhado cego e mudo

12:22

11:14

A filha endemoninhada de uma cananéia

15:21-28

7:24-30

Um menino lunático

17:14-18

9:17-29

9:38-43

Dois cegos

20:29-34

10:46-52

18:35-43

Um surdo que falava com dificuldade

7:31-37

Um endemoninhado na sinagoga

1:23-26

4:33-35

Um cego de Betsaida

8:22-26

Uma mulher que andava curvada

13:11-13

Um homem hidrópico

14:1-4

Dez homens leprosos

17:11-19

Um servo do sumo sacerdote

22:50-51

O filho enfermo de um nobre

4:46-54

Um enfermo do tanque de Betesda

5:1-9

Um homem cego de nascença

9:1-7

 

O Poder Sobre a Natureza

Mateus

Marcos

Lucas

João

Jesus acalma o vento e o mar

8:23-27

4:37-41

8:22-25

Jesus caminha sobre as águas

14:25

6:48-51

6:19-21

A 1ª multiplicação de pães e peixes

14:15-21

6:35-44

9:12-17

6:6-13

A 2ª multiplicação de pães e peixes

15:32-38

8:1-9

O peixe com uma moeda na boca

17:24-27

A figueira se torna estéril

21:18-22

11:12-14,20-25

A água é transformada em vinho

2:1-11

A 1ª pesca milagrosa

5:1-11

A 2ª pesca milagrosa

21:1-11

 

O Poder Sobre a Morte

Mateus

Marcos

Lucas

João

Ressurreição da filha de Jairo

9:18-25

5:22-24,35-42

8:41-56

Ressurreição do filho de uma viúva

7:11-15

Ressurreição de Lázaro em Betânia

11:17-45

Sua própria ressurreição

28:1-7

16:1-6

24:1-9

20:11-18

Categorias
Deus Encorajamento Escatologia Oração Sofrimento T. Austin-Sparks Vida cristã

O esconderijo da Sua força

Há não muito tempo, encontramos uma carta numa antiga revista A Witness and A Testimony1, que foi escrita em janeiro de 1945; e, mesmo sabendo o que, na Inglaterra, as pessoas haviam sofrido nos intensos anos da II Guerra Mundial, parece que a tinta ainda está úmida e isto foi escrito para o Corpo de Cristo ontem.

Amados de Deus,

Que tempo de testes para a fé os santos enfrentam exatamente agora! E que tempo de fúria satânica! O que isso tudo significa? Parece haver somente duas respostas. Ou o Senhor está preparando movimento novo, e talvez final, para a consumação de Seu propósito na terra – o qual requer um estado que irá garantir profundidade, força e permanência, de modo que aquela plenitude real deverá marcar a recolha das colheitas para a glória em Sua manifestação – ou este é o fim de uma fase e o Senhor está vindo para os frutos maduros. Se Apocalipse 12 representa uma situação do fim dos tempos, então há muita coisa aqui que se ajusta com aquilo. As palavras aqui são, sem dúvida, proféticas, pois Apocalipse não foi escrito como história, mas como profecia em sua maior parte, isto é, não o que era passado, mas o que era naquele momento e o que viria a ser. O grande tema desse capítulo é: “Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado” (v. 10; grifos do autor).

Salvação aqui é “livramento de cada calamidade, vitória sobre inimigos, recuperação de doença e libertação do cativeiro”. O reino e a autoridade [poder] aqui referidos são resistidos pelo grande acusador, e uma grande batalha nos céus é travada para lograr o estabelecimento deles [o reino e a autoridade] pela emancipação dos eleitos tirados da esfera do poder de Satanás. Isso não joga luz sobre o teste de fé e o intenso conflito pelo qual os santos estão passando? Aqui está a explicação para as manifestações de resposta à oração há tanto tempo esperadas, as libertações postergadas, a passagem do poder de Deus da esfera temporal para a espiritual em nossa experiência: “O esconderijo da Sua força”.

A combinação de fé testada em relação às coisas visíveis e o intenso conflito na vida espiritual é muito verdadeiro em relação a esse assunto. Conforme clamamos por “salvação” em um ou outra de suas formas, e temos ficado apenas conscientes do conflito e da demora, o acusador vem e levanta perguntas sérias sobre nosso relacionamento com Deus e do relacionamento de Deus conosco. É a velha pergunta: “Se és Filho de Deus…” Assim, nós somos derrubados, ele acusa e busca fazer-nos aceitar que fomos colocados de lado, que fomos dispensados, que Deus não tem mais o que fazer conosco. O triunfo sobre isso é por testemunhar contra ele por meio do sangue do Cordeiro, pela declaração de nosso testemunho e pela eliminação do interesse próprio e de não amar-preocupar-se com a vida até a morte. O resultado é que ele é derrubado, e isso é a natureza e o objetivo da provação e da batalha. Que imensa questão está amarrada a uma pequena palavra: se. “Se… então, por quê?” Essa foi a pergunta de Gideão. Que foi apresentado a Cristo.

Mas, louvado seja Deus, o fim é revelado: o acusador é derrubado e o reino, o poder, a autoridade de Deus e de Seu Cristo são vistos chegando. Apesar de não querermos sugerir que um complexo-de-satanás deva ser desenvolvido, queremos instar que uma olhada para além das coisas, para a parte e o lugar dele nelas, será uma grande libertação da paralisia das próprias coisas. Quer estejamos vivos para isso ou não, “temos que lutar […] contra as hostes espirituais da maldade” (Ef 6.12; grifo do autor), e somente quando atacarmos as forças espirituais por trás das coisas, na infinita virtude do sangue do Cordeiro, poderemos permanecer de posse da chave da situação. Mas vamos lembrar do valor do “eles” (Ap 12.11). É necessária uma ação coletiva, e nós precisamos tomar com muito mais seriedade a oração unida contra as forças espirituais. Assim, qualquer que seja o significado imediato da presente experiência, a necessidade é a mesma: um povo com força espiritual para levar à derrubada de Satanás, ou em situações e posições específicas ou na sua expulsão final das regiões celestiais.

Que o Senhor nos fortaleça com poder para essa batalha que, conforme Ele desejar que enfrentemos, teremos no novo ano.

Vosso, em Sua vida e esperança
T. Austin-Sparks

Irmãos, ao lermos essa carta, a frase “O esconderijo de Sua força” destaca-se, e nós só a encontramos uma vez na Escritura, em Habacuque 3.4. Quando uma frase ou palavra é mencionada somente uma vez na Palavra de Deus, usualmente se refere a algo que é importante para Deus e para Seu povo. Habacuque é um pequeno livro profético que foi, provavelmente, escrito ao mesmo tempo em que Jeremias profetizou e a nação de Israel, como um todo, estava em um estado de idolatria e apostasia, como “aconteceu nos dias de Ló”.

Pouco se sabe de Habacuque além do que está em seus escritos, que nos permitem imediatamente reconhecer que era um guerreiro de oração, profundamente comprometido com o propósito de Deus. Ele era um homem que devia ter uma comunhão sem sombras com seu Senhor, pois três capítulos de seu livro são escritos em forma de colóquio, o que significa um discurso mútuo entre os que são íntimos e familiarizados um com o outro.

Assim, Habacuque e o Senhor estão mantendo uma comunhão recíproca, Espírito a espírito, alma a alma, profundeza a profundeza. Quando o discurso mútuo começa, vemos que Habacuque está desencorajado por não poder ver na esfera temporal que Deus estava trabalhando nas coisas de acordo com Seu plano: os ímpios governavam e pareciam não sofrer julgamento e os justos estavam sofrendo grandemente.

Habacuque ora (1.1-4):

“Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? […] Por que razão me mostras a iniqüidade [problemas, com referência especial à natureza e às conseqüências da malignidade], e me fazes ver a opressão [injustiça que vem para o justo e o honesto]?”

“Até quando, Senhor! Até quando!” Habacuque perguntou isso como muitos de nós o fazem em tempos de tribulação. No entanto, algo que precisamos saber é que o clamor de Habacuque não é por seus desejos pessoais, mas está orando em nome de todos aqueles que sofrem nos tempos maus.

Deus responde a Habacuque (vv. 5-11):

“Vede entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizarei em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando for contada. […]” O Senhor menciona do julgamento que estava por vir. Ele diz a Habacuque que, não importa quão ruins as coisas possam parecer no reino natural, Ele está trabalhando nelas de acordo com o conselho de Sua própria vontade.

Habacuque continua o discurso com seu Senhor, por vezes ainda desencorajado, mas também encorajado, pois diz (vv. 12-17; 2.1):

“Sobre a minha guarda estarei e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que falará a mim, e o que eu responderei quando eu for argüido.”

Deus lhe responde e lhe diz que Seu propósito e conselho certamente virá no tempo que Ele determinou (2.2-20):

“A visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim e não enganará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará.” E diz que, durante o tempo da espera, a fé do fiel será provada! “O justo pela sua fé viverá.”

Esta é a única ordem que o Senhor dá a Habacuque: “Mas o justo pela sua fé viverá”. Nessa escritura, a palavra “mas” é muito importante. É uma conjunção adversativa, marcando geralmente um contraste distintivo, uma contradistinção em relação a tudo que o cerca. Em outras palavras, o Senhor está dizendo: “Quando as coisas parecem piorar, quando o inimigo parece estar conseguindo vencer, o justo deve viver por sua fé”. O Senhor está dizendo a Habacuque que a vida dele deve ser um contraste distinto, deve ser diametralmente oposta a tudo que Satanás instiga no mundo ou no meio do povo de Deus. Habacuque deve viver e se mover e ter seu ser na esfera da fé.

Então, o Senhor continua a falar do julgamento, bem como muitas palavras proféticas que seriam (e são) muito difíceis para os fiéis entenderem. No entanto, bem no meio de todo esse julgamento, Ele espantosamente declara:

“Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar. […] Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.” (2.14,20)

Quando Deus partilha isso com Habacuque, o profeta irrompe numa gloriosa oração que é um salmo de louvor bem como uma oração de guerra do Espírito. Pois, mesmo que possa parecer que todas as coisas não estejam funcionando de acordo com o propósito de Deus, Habacuque vem a perceber que o exato oposto é verdadeiro: Deus está de fato ocultando Seu poder, e no reino invisível o inimigo está sendo derrotado e os eleitos de Deus estão sendo libertados para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.

“[…] e ali estava o esconderijo da sua força. […] e os montes perpétuos foram esmiuçados; ou outeiros eternos se abateram, porque os caminhos eternos lhe pertencem” (3.4,6).

Amados, vamos nos tornar guerreiros de oração, tal como Habacuque, por unir-nos aos justos de todas as eras que, no meio de suas provações, viveram pela fé no Filho de Deus, e vamos, no Espírito, abraçar o encargo de nosso Senhor para Seu povo (o nome Habacuque implica “aquele que abraça o encargo”) e cantar como Habacuque:

“Porque ainda que a figueira não floresça
nem haja fruto na vide;
ainda que decepcione o produto da oliveira
e os campos não produzam mantimento;
ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas
e nos currais não haja gado;
todavia eu me alegrarei no Senhor,
exultarei no Deus da minha salvação.
O Senhor Deus é a minha força,
e fará os meus pés como os das cervas
e me fará andar sobre as minhas alturas”
(vv. 17-19).

Amém! Amém! Amém!

____
1 Essa revista, Uma Testemunha e um Testemunho, cujo editor era T. Austin-Sparks, não é mais publicada. Ele partiu para o Senhor na primavera de 1971.

(Traduzido por Francisco Nunes do livreto The hiding of His power, publicado em 1994 por Emmanuel Church, Tulsa, Oklahoma, EUA, sem indicação de autoria.)

Categorias
Apologética Bíblia Ciência Cosmovisão Criação Deus Disciplina Escatologia Ferramentas Irmãos Livros Salvação

Conexões recomendadas (1)

Introdução à Cosmovisão Reformada: Anotações quase aleatórias (1)

D.A. Carson – O Deus que Não Destrói Rebeldes [O Deus Presente 2/14]

Investigacão sobre a mente humana segundo os princípios do senso comum: lançamento de livro

O reino milenar (em inglês): série de artigos sobre este importante tópico da escatologia, ora desconhecido, ora mal interpretado pelos cristãos contemporâneos

Categorias
Cristo Encorajamento Escatologia Irmãos Salvação Vida cristã

Nossa vocação

A vocação é celestial (Hb 3.1), indicando que nossa profissão [de fé] não é terrena, não está ligada a casas religiosas terrenas, mas somos membros da casa celestial sobre a qual Jesus está no controle.

A vocação é santa (1Pe 1.15). Deus é quem nos chamou a Sua família, para que, como participantes da natureza divina, possamos evidenciar por nosso testemunho que temos algo de Deus, não somente em nós, mas demonstrado por nós. Portanto, somos diferentes e separados para viver vida santificada.

A vocação é de esperança (Ef 1.18). O futuro que Deus nos tem reservado é eterno, e será desfrutado não somente por nós, mas também por Deus mesmo. Pense não somente no que nossa herança é para nós, mas também no que ela significa para Deus, eternamente. Os dons e a vocação de Deus nunca são cancelados nem revogados. A herança está reservada no céu para nós (1Pe 1.4).

A vocação é soberana (Fp 3.14). Paulo se esforçava física e mentalmente, e pessoalmente afastava todo tipo de vantagem ou desvantagem terrena, e simplesmente prosseguia para o grande prêmio, a “soberana vocação” (Fp 3.20). Nós esperamos o Salvador (não o Juiz), o Senhor Jesus Cristo, o qual mudará nosso corpo limitado e o transformará em corpo glorioso e ilimitado. Que futuro glorioso aguarda cada um dos santos!

(G. Waugh, Comentário Ritchie, II Pedro. Edições Cristãs, pp. 286, 287)

Categorias
Disciplina Escatologia Leonard Ravenhill Vida cristã

O trono de julgamento de Cristo (Leonard Ravenhill)

“Oh, Deus! Grave a eternidade nos meus olhos!”

Mas, sabe, se Deus gravasse a eternidade ou o julgamento em nossos olhos ou, se você prefere, na tábua de carne dos nossos corações, estou convencido de que seríamos uma tribo de pessoas bem diferentes, pessoas de Deus no mundo de hoje. Nós vivemos muito no tempo, somos muito terrenos. Nós vemos como os outros homens vêem, nós pensamos como os outros homens pensam.

Nós investimos nosso tempo como o mundo o investe. Nós investimos nosso dinheiro…

Nós deveríamos ser uma raça de pessoas diferentes.

Eu creio que a Igreja de Jesus Cristo necessita de uma nova revelação da majestade de Deus, de que todos nós vamos comparecer um dia… você pode imaginar isso? … diante do Trono de Julgamento de Cristo para prestar contas pelas obras feitas no corpo.

Esse é quem? Esse é o Rei dos Reis e Ele é o Juiz dos Juízes e esse é o tribunal dos tribunais e não há corte de apelo depois disso.

O veredicto é final!

Ouça, quando você vir Jesus, você não vai levantar-se e dizer: “Ei, amiguinho. Estou feliz por você ter morrido por mim”, quando você ver Jesus, vai ficar quase paralisado de medo, a menos que você tenha um corpo glorificado e uma mente glorificada.

Você diz: “Bem, Sr. Ravenhill, eu não vou ter grandes problemas porque, sabe, eu não tenho uma boa memória.” Bem, eu lhe digo, naquele dia vai ter. Em Malaquias diz que Deus tem um livro memorial. E acho que lhe faria bem antes de ir para a cama toda noite nesta semana perguntar a Deus: “O quê você pôs em Seu livro hoje para minha vida?”

Você acordou nessa manhã e agradeceu a Deus por ser puro?

Você agradeceu a Ele pela febre diabólica que você tinha por cheirar cocaína ou drogas ou algo cujas algemas ele quebrou?

Você realmente está alegre por não ser mais uma prostituta, agora você vai fazer parte da noiva do cordeiro?

Você está alegre por Ele ter removido do seu coração a cobiça e o mau temperamento e todas essas coisas horríveis que costumavam dominar você?

O pensamento mais despedaçador que já tive é o de que vou responder pessoalmente a Deus algum dia. Nós não vamos ser julgados apenas pelas coisas que fizemos, vamos ser julgados pelo motivo por que as fizemos!

O quê motivou suas dádivas? Por quê? Qual é o motivo por trás disso? Ele não toma apenas seus pecados, Ele toma você mesmo, Ele toma o governo de sua vida.

E não é apenas verdade que vivemos em um mundo de políticos falidos, nós vivemos em um mundo, e isso é o mais trágico de tudo, de uma Igreja falida.

Quando, em nome de Deus, a Igreja vai abrir seu coração novamente e abrir sua mente novamente e ver novamente?

Deus pode perdoar qualquer pecado que eu tenha cometido? Eu digo, claro que pode. Ou seja, se você se arrepender de seu pecado e clamar pelo sangue de Cristo e pedir misericórdia.

Aquele Cristo suave que saiu fazendo o bem e beijando bebezinhos e abençoando as pessoas… Agora, ahh… Não há nada mais lindo do que um cordeirinho. Não há nada mais terrível do que a ira do Cordeiro!

Deus deve trazer cada obra ao julgamento, com cada coisa secreta. Os mortos, pequenos e grandes, vão comparecer diante de Deus naquele dia assustador!

Mas diga, estou apenas fazendo um espetáculo? Como é minha vida secreta? Porque Deus não nos deu apenas Jesus Cristo, Ele nos deu todas as coisas.

E, por não haver alegria suficiente na casa de Deus, precisamos de entretenimento! Porque o entretenimento é o substituto diabólico para a alegria.

Eu acho que, antes de apontarmos o dedo para o mundo, é melhor apontarmos para a Igreja e dizer: “Olha, é melhor nós arranjarmos roupas de saco e cinzas e nos humilharmos e dizer: ‘Deus Todo Poderoso!’”

Quando eu vejo a Igreja do Novo Testamento… eles não eram proprietários de prédios. Eles não tinham evangelistas pagos. Eles não tinham montes de dinheiro. Eles não tinham uma organização. Não podiam ir à TV pedir. Mas eu digo o que eles fizeram: Eles viraram o mundo de cabeça para baixo! E estou envergonhado por ser parte da Igreja de Jesus de hoje porque acredito que é uma vergonha para um Deus Santo.

A nossa alegria é bater palmas e nos divertir. E depois estamos falando das novidades do mundo.

Oh, se perder nEle! Ser consumido nEle!

Você se aproxima de tal forma ao coração de Deus, que você compartilha da Sua tristeza por um mundo e por uma Igreja desviada que temos hoje?

Porque, se você vai amadurecer em Deus, todos os anões ao seu redor vão criticar e debochar de você! E dirão “você está tentando ser mais santo do que o resto de nós?”

Você vai descobrir isto: Os homens que foram mais heróicos por Deus foram os homens com maiores vidas devocionais. A única coisa que vai me manter em vitória  continuamente pelo sangue de Cristo é minha devoção pessoal a Ele, o Filho de Deus.

Minha adoração, que eu dou a Ele, meu tributo diário, é mais do que meu serviço. É mais do que dar meu dinheiro que eu o ame e o adore e o magnifique e o tome nos meus braços.

Você sabe porque o mundo está pobre e doente exteriormente? Porque não sabemos realmente como orar, é por isso! Eu disse várias vezes e digo de novo: nenhum homem é maior do que sua vida de oração. Deixe-me viver com um homem por um tempo e compartilhar de sua vida de oração e eu lhe direi o quão grande eu penso que ele é ou quão majestoso eu penso que ele é em Deus.

Vai ser um dia assustador!

Você vê, não há nenhuma possibilidade de ensaio. E não há nenhuma possibilidade de repetição. Porque, mais uma vez, esse é um Julgamento Final.

Eu penso mais uma vez em uma declaração que o Dr. Tozer me fez certa vez. Ele disse “Len, quer saber?…!” Ele disse que dificilmente poremos nossos pés na eternidade e olharemos para a eternidade. Que curvaremos nossas cabeças em vergonha e humilhação dizendo: “Meu Deus, veja todas as riquezas que estavam em Jesus Cristo, e eu venho ao trono de Julgamento quase paupérrimo.”

Mestre, perdoa e inspira-nos novamente. Expulsa nosso mundanismo, ajuda-nos a viver sempre com valores eternos em vista.

Disse aquele grande homem que iniciou aquele avivamento: “Oh, Deus! Grave a eternidade nos meus olhos!”

Sabe, se não conseguimos viver como uma raça de pessoas diferentes nessa terra, não temos o direito de viver aqui. E se voltarmos a ser um povo que é realmente batizado com obediência submisso à vontade total de Deus não preocupados com a opinião humana, não pedindo por mais para gastar prodigamente em nós mesmos mas dizendo: “Ó Deus eu quero essa minha vida ajustada. Para que, quando eu comparecer na tua assustadora presença… como Tiago diz, não sejamos envergonhados com seu aparecimento.”

Categorias
Escatologia

Será assim?

Talvez, sim. Talvez, não. Mas acontecerá. E parece-me que será em breve.

Categorias
Cristo Escatologia Watchman Nee

Desde Betânia

Este hino foi composto por Watchman Nee depois da invasão comunista na China, a qual resultaria em sua prisão em 1952. Ela expressa o mais sublime, profundo, doce, saudoso, real, desesperado anelo pela volta do Senhor. A melodia usada é Danny Boy. Impossível não ler sem sentir o coração apertar, tanto de saudade do Senhor quanto de vergonha por não termos o mesmo sentimento…

Desde Betânia

Desde Betânia, quando nos deixaste,
Saudade imensa inundou meu ser.
Não tenho mais tocado a minha harpa –
Como tocar, se a Ti não posso ver?
Na solidão da noite tão profunda,
Fico em silêncio e calmo a meditar
Nessa distância, pois de mim tão longe estás
E há quanto tempo prometeste regressar!

Sem lar, recordo Tua manjedoura,
Olhando a cruz não posso me alegrar.
E Tu me lembras o meu lar futuro,
Mas é a Ti quem mais quero encontrar.
Sem Ti não tem sabor minha alegria;
Doçura, encanto, aos hinos vêm faltar,
Vazios são meus dias, pois aqui não estás.
Senhor, Te peço, não demores a voltar.

Embora aqui Tua presença eu goze,
De Ti saudade estou sempre a sentir.
Mesmo gozando o Teu amor imenso,
Anseio pelo dia em que hás de vir.
Mesmo na paz me sinto tão sozinho;
Por Ti suspiro em meio do prazer.
Jamais minha alma tem satisfação total,
Pois o Teu rosto amado não consigo ver.

Com sua terra sonha o peregrino,
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.
Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!
Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?

Tu lembras que buscar-me prometeste,
E junto a Ti em breve me levar?
Mas tantos dias e anos já passaram,
Cansado estou e peço-Te lembrar.
Tuas pegadas vejo tão distantes,
E quanto tempo ainda vai passar?
Ansioso clamo a Ti, e peço, ó Salvador:
Oh, não demores! Vem, Senhor, me arrebatar.

O dia nasce e morre, e assim as noites.
E quantos santos já não estão aqui
Tanto esperaram pela Tua volta,
E há muito tempo estão dormindo em Ti.
Ó meu Senhor, por que não Te manifestas?
Espesso véu está a Te ocultar –
Quantos remidos Teus estão a Te esperar!
Será que a nossa espera não vai mais findar?

Sei que também anseias por voltares
E arrebatar os redimidos Teus.
Por isso peço não mais demorares;
Depressa vem levar-nos para Deus.
Ó vem, Senhor, a Tua Igreja clama;
Não ouves Tua Noiva a Te chamar?
Olhando o céu, saudosa, diz a suspirar:
“Amado Noivo, não demores a voltar!”

Categorias
Escatologia Profecias

O cumprimento das profecias (em inglês)

Não há dúvida de que a volta do Senhor está muito próxima. E sabemos, pela leitura da Bíblia, de que alguns fatos deverão acontecer nesses tempos que precedem a Parousia. Há tópicos relacionados a Israel, ao Oriente, à apostasia, à Rússia, etc.
Não é uma tarefa fácil perceber nestes eventos mundiais quais estão ligados à profecia bíblica. O Prophecy News Watch é uma grande ajuda nesta tarefa. Além do material disponível no sítio, você pode assinar um boletim e receber semanalmente essas informações. Apesar de muito um pouco americanófilo, os assuntos apresentados são bastante amplos, e nos encorajam a dizer como os primeiros cristãos: Maranata!

Categorias
Escatologia

Bruxas e armas nucleares

Há aquela frase em espanhol que diz: “Eu não creio em bruxas, mas que elas existem, existem”.

Há quem não creia em sua existência. Há quem se divirta com Halloween. Quem faz cursos de inglês sabe que as escolas adotam essa festa “inocente”. E há quem se dê por satisfeito com os alertas evangélicos sobre isso tudo, supondo que eles apresentem toda a verdade sobre o assunto. Ledo engano. Leiam, por favor, este artigo: http://news.yahoo.com/news?tmpl=story&u=/cdh/20041030/lo_cdh/realwitchestrytobreakoldmyths

Agora, para você ficar um pouco mais tranqüilo, aprendam como guardar material nuclear em casa: http://msnbc.msn.com/id/6389521/

Com certeza, nosso Senhor está próximo, muito próximo.

Sair da versão mobile