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Igreja R. E. Walterson

O nome da igreja

Um dia, conversando com um desconhecido no interior do estado de São Paulo, tive oportunidade de dizer-lhe que sou cristão. Imediatamente, ele me fez uma pergunta que tenho ouvido inúmeras vezes: “Qual é o nome da sua igreja?”

Na confusão denominacional em que se encontra a cristandade atual, não podemos estranhar essa indagação, mas não devemos esquecer que já houve um tempo em que ninguém faria tal pergunta. Naqueles dias, agora tão distantes, não seria necessário perguntar, pois não havia denominações. “Todos os que criam estavam juntos” (At 2.44).

Lendo o Novo Testamento, percebemos que aquela união tão linda e tão agradável a Deus continuou por algum tempo. Veja, por exemplo, o que aconteceu em Corinto.

Quando chegou a Corinto para anunciar o evangelho, Paulo encontrou duas classes de pessoas: judeus e gentios. Tanto uma como a outra desprezou sua mensagem, mas por razões diferentes. Os judeus queriam ver sinais, uma demonstração de poder; os gentios queriam ouvir sabedoria, uma demonstração de inteligência; mas Paulo insistiu em pregar a Cristo crucificado, escândalo para o judeu e loucura para o gentio (1Co 1.22-24), e muitos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados (At 18.8).

Quando Paulo saiu de Corinto, portanto, não havia apenas dois grupos de coríntios, mas três. Escrevendo sua primeira carta àqueles irmãos, ele disse que não deveriam causar escândalo “nem aos judeus, nem aos gregos nem à igreja de Deus” (10.32). Mas observe bem: não havia necessidade de denominar aquela igreja, pois os cristãos estavam juntos; não havia divisões.

Nessa altura, porém, algo ominoso, preocupante, estava acontecendo naquela igreja. Uns diziam: “Eu sou de Paulo”, e outros: “Eu sou de Apolo”. Foram os primeiros sinais de denominacionalismo. Leia os capítulos 1 a 3 e veja como o Espírito Santo se entristeceu com isso. Veja como a epístola condena tal atitude dos coríntios.

É triste ver que aquela semente, lançada em Corinto, germinou, e hoje temos o fruto maduro e abundante. O denominacionalismo agora é tão antigo, tão enraizado e tão generalizado, que a maioria dos cristãos o aceita como se fosse normal. Muitos até o consideram necessário para acomodar os gostos diferentes do povo de Deus!

Nesta época denominacionalista, a pergunta do começo do artigo não surpreende. O fato, porém, de não causar surpresa hoje não deve obscurecer a lamentável realidade que Deus se entristece muito com isso. Veja quão diferente é o modelo que Ele deixou para Seu povo.

A primeira ocorrência da palavra “igreja” depois da descida do Espírito Santo é em Atos 2.47: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos”. Pouco tempo depois, Deus fala do grande temor em toda a igreja (5.11) por causa de Ananias e Safira. Nestes versículos, nenhum nome foi dado para identificar a igreja. E não era necessário, pois todos os que criam estavam juntos. Não havia outra igreja. Era tão simples e tão lindo.

Mas o evangelho avançava, e outras regiões foram alcançadas. Muitas outras igrejas foram plantadas. Mesmo assim, não há sugestão alguma de nome para identificar essas igrejas. Deus simplesmente as chama pelo nome da cidade. Lemos da igreja que estava em Jerusalém (8.1), da igreja que estava em Antioquia (13.1) e da igreja que estava em Éfeso (Ap 2.1), etc. O modelo é claro: em qualquer cidade onde havia conversões, aquelas pessoas salvas começavam a se reunir ali localidade como igreja. Não havia necessidade de denominá-la, pois não havia divisões. Eram simplesmente cristãos, reunidos ao nome do Senhor Jesus. O mal do denominacionalismo ainda não havia levantado a cabeça.

Mesmo quando muitas igrejas foram plantadas numa região, ainda não vemos um nome denominacional. Lemos das igrejas da Galácia (1Co 16.1), das igrejas da Macedônia (2Co 8.1) e das igrejas da Judéia (Gl 1.22), etc. Continuavam sendo apenas igrejas, sem qualquer denominação.

Essa maneira de referir-se às igrejas de uma região nos ensina uma lição importante. Aquelas igrejas eram autônomas. Não vemos uma federação de igrejas naquelas regiões. Não foi organizada A Igreja da Galácia ou A Igreja da Macedônia. Aquelas igrejas não se filiavam a organização alguma. Era por essa razão que não precisavam de denominação. Eram apenas igrejas locais e autônomas.

Vemos essa verdade com ainda maior clareza ao observar outra maneira de descrever as igrejas. Lemos da igreja dos laodicenses (Cl 4.16) e da igreja dos tessalonicenses (1Ts 1.1; 2Ts 1.1). A igreja que estava em Laodicéia (Ap 3.18) era a igreja dos laodicenses (Cl 4.16). Aquela igreja não fazia parte de um movimento nacional ou internacional, mas era uma igreja estritamente local, composta unicamente de laodicenses. Da mesma forma, a igreja em Tessalônica era a igreja dos tessalonicenses – local e autônoma.

Considere mais algumas expressões que Deus usa para descrever estas igrejas. [Não são nomes denominacionais, mas designações que destacam certas características da igreja. (N.R.)]

Igreja de Deus (1Co 10.32)

Cada igreja local pertence a Deus. A igreja dos laodicenses era composta de laodicenses, mas pertencia a Deus. Esse fato nos faz lembrar que nós não temos o direito de modificar a igreja ou tentar adaptá-la ao nosso gosto. Ela não é nossa. Destaca também a reverência que deve caracterizar todas as reuniões da igreja. Que sejamos fiéis, submissos e reverentes.

Igrejas de Cristo (Rm 16.16)

A igreja existe para Cristo, não para nós. Ele é o Cabeça; a igreja é o corpo. Cada igreja local é reunida a Seu nome, e deve adorá-Lo na presença de Deus e anunciá-Lo ao mundo. Veja 1Coríntios 11.23-26 e 1Pedro 2.5,9.

Igrejas dos gentios (Rm 16.4)

Nesta expressão Deus nos faz lembrar do que éramos: gentios, sem Cristo, sem esperança e sem Deus no mundo. Agora fazemos parte da igreja de Deus e de Cristo. Isso é graça! Isso é a maravilhosa graça!

Igrejas dos santos (1Co 14.33)

Essa expressão não mostra o que éramos, mas, sim, o que somos. Se “as igrejas dos gentios” destaca a graça soberana de Deus, “as igrejas dos santos” destaca a responsabilidade individual de cada membro da igreja. Deus, por Sua graça, nos santificou (Hb 10.10); devemos ser santos, como Ele é santo (1Pd 1.15).

Conclusão

Que nosso coração aprecie a beleza do modelo que Deus deixou para a igreja local. Sua simplicidade será desprezada pela carne e pelo mundo; o inimigo há de continuar atacando-a de todas as formas, mas Deus garante Sua graça. Se estamos dispostos a guardar Sua Palavra e não negar Seu nome, ninguém poderá fechar a porta (Ap 3.8).

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (136)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

É impossível a um só tempo fazer das coisas terrenas e das coisas celestiais o principal assunto de nossos pensamentos.

(A. W. Pink)

A graça não torna a contribuição algo opcional.

(Charles C. Ryrie)

O que nos torna ricos neste mundo não é o que tomamos, mas sim o que damos.

(Henry W. Beecher)

Quando os homens começam a se queixar mais de seus pecados do que de suas aflições, começa a surgir alguma esperança para eles.

(Matthew Henry)

Cristo não é doce enquanto o pecado não se faz amargo para nós.

(John Flavel)

A voz da consciência jamais foi silenciada sem prejuízo.

(Anna Jameson)

Uma boa consciência é a inseparável auxiliar da fé.

(João Calvino)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (135)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Veja a sua vida. Existe algo que você ama mais que Cristo? Existe algo que você queira mais que Cristo? Existe alguém que você queira servir mais do que a Cristo? Alguém que você queira honrar mais do que a Cristo? Alguém que você queira proclamar mais do que a Cristo? Se existe, você perdeu seu primeiro amor.

(John MacArthur)

Muitas pessoas não pensam em viver com mais santidade até que não possam viver mais.

(William Secker)

Preocupação é pecado contra o cuidado amoroso do Pai.

(E. Stanley Jones)

Como é fácil a piedade de papel e pena! Não direi que ela não custa nada, mas, para exercer a bondade, é muito mais barato colocar a cabeça do que o coração. Posso escrever uma centena de meditações mais depressa do que subjugar o menor dos pecados de minha alma.

(Thomas Fuller)

Dedique-se ao estudo da santidade de vida. Sua utilidade depende disso. Seus sermões duram não mais do que uma ou duas horas; sua vida prega a semana inteira.

(E. M. Bounds)

Não teremos nenhum poder de Deus a não ser que sejamos convencidos de que não temos nenhum poder em nós mesmos.

(John Owen)

Se o diabo não puder usar os fracassos para derrubar você, ele usará o sucesso.

(J. Blanchard)

Podemos saber quando estamos sendo influenciados pelo mundo. É quando nos encontramos nem quentes nem frios, apenas acomodados.

(Malcolm Watts)

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Encorajamento Ministério S. R. Davison

Arquipo

“Também dizei a Arquipo: Atenta para o ministério que recebestes do Senhor, para o cumprires” (Cl 4.17).

Terminando sua carta à igreja em Colossos, Paulo chamou a atenção de um daqueles irmãos de uma maneira que também chama nossa atenção. Quem era Arquipo? Qual era seu ministério? Por que Paulo achou necessária essa exortação pessoal numa carta pública? Embora tenhamos poucas informações nas Escrituras sobre Arquipo, podemos descobrir algumas coisas sobre ele que também são importantes para nossos dias.

Comparando essa carta com a carta a Filemom, ficamos convencidos de que Arquipo é o mesmo citado em Filemom 2, que era parente de Filemom e Afia, e ajudava muito na igreja em Colossos, que se reunia na casa de Filemom.

Paulo o chamou de “companheiro de lutas”, indicando que, em seu ministério, Arquipo enfrentava dificuldade e oposição do mesmo tipo que Paulo enfrentava no ministério a favor daquela igreja. Em Colossenses 2, Paulo revela que essa “luta” era principalmente contra os falsos ensinadores que estavam procurando infiltrar-se naquela igreja. Esses confiavam em seus “raciocínios” e “filosofias” sobre a pessoa do Senhor Jesus Cristo (vv. 4,8). Ensinavam a necessidade de não comer certas comidas e de guardar o sábado (v. 16). Baseavam seus ensinos nas “visões” que receberam (v. 18). Tudo isso nos mostra que o ministério de Arquipo era também lutar contra estas “doutrinas dos homens”, ensinando o valor da pessoa e da obra do Senhor Jesus Cristo, em quem “habita corporalmente toda plenitude da Divindade” (Cl 2.9).

Nós temos a mesma luta hoje, com tantas seitas falsas propagando idéias baseadas em sabedoria humana, na lei, em visões, etc. Um pouco de meditação aqui revelará que os erros ensinados hoje são idênticos à situação em Colossos, quando Paulo e Arquipo lutavam pelo Evangelho verdadeiro. Não podemos nos calar sobre este grande perigo satânico que procura infiltrar, misturar e destruir o testemunho verdadeiro do Senhor Jesus Cristo com seu fermento ecumênico. A maneira mais usada por Satanás hoje não é a perseguição violenta, mas a imitação e a mistura com as denominações, até a igreja local perder completamente sua função divina como “santuário de Deus” e se tornar parte de uma organização humana com seu evangelho social que somente produz muito joio e pouco trigo. Não devemos ser enganados pelo crescimento rápido dessas seitas — “eles procedem do mundo; por esta razão falam da parte do mundo, e o mundo os ouve” (1Jo 4.5).

Notamos também que Arquipo recebeu este ministério “do Senhor”. Não foi um ministério escolhido por ele, nem dado por anjos ou por homens. Paulo nem precisava explicar para Arquipo qual era o ministério dele; ele bem o sabia, e a igreja em Colossos também sabia como era importante aquele ministério em dias de muitos falsos ensinos.

Como Arquipo, todos os filhos de Deus receberam um ministério do Senhor. “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu” (1Pd 4.10). Não podemos escolher nosso serviço ao Senhor; é Ele quem escolhe para nós. Se procurarmos fazer algo que Ele não escolheu, haverá confusão e não bênção; mas, quando todos os membros do Corpo sabem, e fazem, seu trabalho, haverá paz e bênção e crescimento na igreja.

Por que esta exortação pessoal numa carta pública? Sem dúvida, foi uma surpresa para Arquipo ouvir seu nome mencionado por Paulo dessa maneira. Parece que não havia motivo visível para essa mudança na atitude do apóstolo, e claramente Arquipo não estava sob disciplina, ou Paulo não podia encorajá-lo assim sem primeiro saber de seu arrependimento e restauração à comunhão da igreja.

Contudo, alguma coisa tinha acontecido para o desanimar no ministério. Provavelmente, ele estava cansado e pensava em “parar um pouco” ou que já tinha cumprido seu trabalho. Paulo não podia esconder sua preocupação por dois motivos: a igreja precisava muito do ministério de Arquipo, e também Arquipo estava perdendo o galardão que o Senhor queria lhe dar mais tarde. “Se perseveramos, também com Ele reinaremos; se O negarmos, Ele por Sua vez nos negará” (2Tim 2.12).

Parece-nos que há muitos “Arquipos” nas igrejas que conhecemos, e para falar a verdade, quem entre nós não sente a tentação de “parar um pouco” na luta? Temos de lembrar que o único motivo justo para parar é quando chegarmos ao “fim” (Hb 6.11), quando o Senhor nos chamar para o descanso, ou por Sua vinda ou pela morte. João Batista “completou sua carreira” (At 13.25), mas somente quando desceu sobre seu pescoço a espada de Herodes. Paulo completou sua carreira, mas somente quando o tempo de sua partida tinha chegado (2Tm 4.6).

Não existe aposentadoria no serviço de Deus! Quando alguém falou sobre aposentadoria a um estimado e ativo servo de Deus, agora com Ele, mas naquele tempo com mais de noventa anos, ele respondeu que Satanás tinha trabalhado muito mais do que ele e nem pensava em parar, mas de fato trabalha mais agora do que nunca!

Gostaríamos de saber mais sobre o resultado desta exortação de Paulo. Sem dúvida, foi forte o remédio! Arquipo já está com Cristo, passou o tempo de servir. Será que podemos duvidar do valor da exortação que recebeu? Cremos que ele será sempre grato pelo “remédio” que recebeu naquele dia, mesmo que tenha sido uma injeção bastante dolorida na hora!

Esta exortação foi colocada na Escritura, não somente para Arquipo, mas também para cada um de nós. Seria muito triste, depois de ter corrido bem, parar agora, tão perto do fim da corrida, e perder o prêmio. Que Deus encoraje a cada um de nós a cumprir o ministério que Ele nos deu, pois, embora a luta seja grande, o fim está perto e a vinda do Senhor está próxima.

Agora desejo com Cristo viver,
com Ele a carreira acabar;
pois sei que, no meio das perturbações,
com Jesus sempre em paz posso estar.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (134)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Para muitos, Jesus é uma figura fascinante só até o momento em que é preciso renunciar algo para segui-Lo.

(Augustus Nicodemos)

A causa principal do esfriamento espiritual são os pecados acariciados no sótão do coração.

(John Owen)

Se estamos de joelhos é porque sabemos muito bem que não somos nós que controlamos o mundo.

(J. I. Packer)

Deus preza a santidade na criatura, e a santidade é, em essência, prezar a Deus.

(Jonathan Edwards)

Encha a mente da criança com as Escrituras. Deixe que a Palavra habite nela ricamente. Dê-lhe a Bíblia, a Bíblia inteira, mesmo enquanto ela for muito nova.

(J. C. Ryle)

Embora o cristianismo traga uma coroa no final da carreira, traz também uma cruz para o caminho.

(J. C. Ryle)

O medo surge quando acreditamos que tudo depende de nós.

(Elisabeth Elliot)

As riquezas terrenas estão cheias de pobreza.

(Agostinho)

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Escatologia Estudo bíblico G. H. Lang

O amigo do noivo

“Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que Lhe assiste e O ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu gozo está cumprido. É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.29,30).

João tirou essa doce figura das passagens do Antigo Testamento que descrevem Jeová como o marido, e os homens simples, perdoados e santificados como a esposa: “Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra” (Is 54.5). Nesta união tão íntima e santa, Jesus era uma parte. Portanto, a aplicação da figura a Ele significa que João sabia ser Jesus o Jeová do Antigo Testamento. João se regozijara grandemente com a voz do noivo e, neste sentimento, cumpriu a parte do “amigo do Noivo”, isto é, aquele que, segundo o costume oriental, procurava a noiva e a trazia ao noivo.

Assim fez o servo de Abraão, que buscou e encontrou Rebeca; com fidelidade zelosa ele encheu o coração dela de pensamentos sobre Isaque, não pensamentos sobre si mesmo. E, com cuidado vigilante, ele a protegeu na longa jornada, até apresentá-la a Isaque. Este servo não é uma figura do Espírito Santo, mas, antes, de pessoas como João, que sempre direcionam os homens para Jesus, atraindo-lhes as afeições para Ele, de modo que muitos como André, ouvindo João, seguem a Jesus.

Paulo aplica a si mesmo essa figura precisa de um servo de Deus, dizendo: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2Co 11.2). Ele os havia levado a se apaixonarem por Cristo, e estava “zeloso (deles) com zelo de Deus […] mas”, disse ele, “temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (v. 2).

Satanás deseja ardentemente que nosso coração se volte para qualquer outro objeto que não seja nosso Amado celestial. Não importa quem ou o que seja tal objeto. O amigo do Noivo tem preocupação ainda maior em manter os corações comprometidos com Cristo. Este é nosso bem-aventurado e verdadeiro trabalho: levar os outros a amarem a Cristo e mantê-los satisfeitos com Ele. O meio para isto, Paulo o indica nas palavras: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus” (2Co 4.5).

“Eu sou servo de Abraão” (Gn 24.34).

“É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (133)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Deus sempre revelará Sua vontade a alguém que esteja disposto a cumpri-la.

(Hilys Jasper)

Faça desta regra simples o guia de sua vida: não ter vontades, a não ser a vontade de Deus.

(François Fénelon)

Não existe momento mais perigoso em nossa vida do que aquele que segue uma grande vitória.

(Stephen Olford)

Sejamos tão vigilantes depois da vitória quanto antes da batalha.

(Andrew Bonar)

É melhor crescer em virtudes do que em dons.

(Thomas Watson)

A santidade começa no lar, e a santificação, na pia cheia de louça.

(W. F. Batt)

Um teste severo para a essência da natureza do homem é como ele é visto pelos membros da própria família.

(Maldwyn Edwards)

O lar é um teste importante para o caráter. O que você é em casa será em qualquer outro lugar, quer o demonstre, quer não.

(Thomas Dewitt Talmadge)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (132)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Estou certo de que você entende que não basta estar meramente separado do mundo, pois podemos estar separados e muito orgulhosos disso.

(François Fénelon)

Deus não se torna maior se você O reverencia, mas você se torna maior se O serve.

(Agostinho)

Nunca assuma mais serviço cristão se você não for capaz de dar conta dele mediante a oração da fé.

(Alan Redpath)

Deus não precisa de seus talentos, sabedoria, santidade e força. Pelo contrário, você, em fraqueza, precisa desesperadamente do poder do Espírito Dele em seus trabalhos.

(Walter J. Chantry)

Você nunca experimenta os recursos de Deus enquanto não tenta o impossível.

(F. B. Meyer)

Deus tem uma obra a realizar neste mundo; fugir dessa obra por causa das dificuldades e obstáculos é rejeitar Sua autoridade.

(John Owen)

Todos os gigantes de Deus foram homens fracos que fizeram grandes coisas para Deus porque se basearam na presença divina com eles.

(J. Hudson Taylor)

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Escatologia Estudo bíblico G. H. Lang

A cidade celestial


“Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos” (Hb 12.22).

Durante o reino de Cristo na terra, Jerusalém, a “cidade do grande Rei” será sua metrópole terrena e o centro do mundo. Mas nas regiões celestiais haverá outra “cidade”, da qual aquela na terra é apenas um reflexo. Naquela região onde a essência do ser é espírito, Deus terá uma metrópole espiritual, sendo Ele mesmo o arquiteto que desenhou e o construtor que a edificou (Hb 11.10). E as pessoas da igreja dos primogênitos, espíritos aperfeiçoados habitando corpos espirituais incorruptíveis, formarão aquele lugar de habitação de Deus.

Durante a visão de Apocalipse, João ouvira uma grande multidão no céu regozijando-se porque a hora havia chegado para o tão esperado casamento do Cordeiro, mas ele ainda não havia visto a Noiva. E pode ser que, à medida que as poderosas visões progrediam, e a era milenar passava para o estado eterno, ele interiormente estranhasse tal omissão. Mas, depois que tudo fora mostrado a ele, a Noiva foi revelada para seu olhar extasiado, pois ele diz: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das sete últimas pragas, e falou comigo dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me” – mostrou-me o quê? Uma noiva? Não – “uma cidade, a santa cidade de Jerusalém” (Ap 21.9,10).

Então, a “cidade” é a “noiva”, e visto que a última é figura de uma companhia de pessoas, a primeira também o é. A afirmativa de que a “cidade” é uma interpretação da figura de linguagem “noiva” não tem fundamento na passagem. O anjo não disse a João: “Vou interpretar ou explicar para você a metáfora da noiva”; porém, ele disse: “Mostrar-te-ei a noiva”, isto é,“vou te dar uma visão dela”. Assim “a cidade” é uma segunda visão em símbolo da mesma companhia da qual a “noiva” era o símbolo anterior. Tal duplicação de metáforas oriental é comum na Escritura. A figura da noiva não era mais adequada para revelar a glória da Igreja, nem seu mais elevado ofício como o lugar de habitação de Deus num universo reconciliado, do qual todos os ímpios haviam sido banidos. Por isso a cidade entra em cena; e a natureza, a arte e a linguagem se esgotam para descrever seu esplendor.

Ao interpretar a visão, um erro é particularmente comum, a saber: falar da cidade como sendo um lugar no qual todos os membros da igreja de Deus entrarão e serão abençoados. Essa noção efetivamente impede qualquer entendimento correto do assunto. A noiva, isto é, a igreja celestial glorificada dos primogênitos é a cidade. Outros salvos entram por suas portas; estes a compõem.
Pode ser difícil especificar um sentido exato para cada um dos detalhes dados, mas as principais características descritas prontamente oferecem seu ensino.

  1.  Em Seus santos celestiais, Deus habitará tão pessoalmente e estará presente de modo tão real, que eles serão para Ele o que uma cidade-capital era para um monarca: um lugar de residência, um cenário para a demonstração de Sua majestade, um lugar a que Seus súditos poderão vir para negociação com Ele e um centro de governo ao redor do qual a vida corporativa do império pode girar.
  2. “E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (21.14). Para os membros da igreja, esse não era um pensamento novo, pois lhes fora ensinado anteriormente que eles, como um corpo coletivo, eram “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas” (Ef 2.20). Historicamente, é sobre a pregação, o ensino, o labor e os sofrimentos dos apóstolos que a igreja é edificada; e de seus ensinos Cristo Jesus mesmo era o tema todo proeminente (a principal “pedra de esquina”), unindo o fundamento e proporcionando unidade e estabilidade ao edifício.
  3. “As nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória” (Ap 21.24). Será sob a direção beneficente dos santos celestiais que as nações, por tanto tempo separadas“da vida de Deus pela ignorância que há” nelas (Ef 4.18), aprenderão a andar em Seu temor; e elas, por sua vez, honrarão estes que são assim a causa da sua eterna bênção.
  4. Mas assim como será por reconhecerem a Israel como a principal nação sobre a terra pela vontade de Deus, é que os gentios reconhecerão a soberania de Deus. Portanto, por meio de Israel como intermediário é que eles desfrutarão das bênçãos dispensadas por meio da igreja; e por isso, nos portais da cidade está escrito o nome das doze tribos de Israel. Para os gentios, o meio de acesso às bênçãos celestiais será honrando a Israel (Is 14.2; 49.22,23; 60.12; 66.20; 66.20; Sf 3.10; Zc 8.20-23). Seria tão irracional “espiritualizar” o Israel literal desta figura (Ap 21.12) como “espiritualizar” os doze apóstolos do Cordeiro que são mencionados em seguida (v. 14).
  5. O Espírito Santo de Deus fluirá assim através da igreja para a vivificação de todos, conforme a figura do rio da água da vida; e será em resposta à obediência que os povos terão seus benefícios do Rio, pois este procede do trono de Deus e do Cordeiro.
  6. Na Jerusalém terrena dois montes são proeminentes: o monte Moriá e o monte Sião. O monte Moriá foi coroado com o templo de Salomão; porém, na Jerusalém celestial não é visto templo algum (v. 22), pois Deus não mais habita oculto atrás de um véu, visto que o Calvário tornou possível Sua habitação com os homens (21.3). Mas o monte Sião é fundado em Sua esfera eterna. Naquele monte, na cidade terrena, ficava o palácio de Davi (2Sm 5.7-9) e era a suprema corte de justiça para o reino, pois “ali estão postos os tronos e juízo, os tronos da casa de Davi” (Sl 122.5). Não um trono, mas tronos são mencionados. Quão preciso é o quadro profético das coisas que ainda hão de acontecer; pois Cristo, o Filho de Davi, associará consigo mesmo, em Seu ofício real, aqueles que foram considerados dignos de Seu chamamento e alcançaram este pináculo de honra, para reinar com Ele para todo o sempre (Ap 22.5). E, assim como muitos habitavam em Jerusalém e poucos comparativamente no monte Sião, não há aqui novamente a indicação de que os que hão de alcançar a bem- aventurança da “cidade” serão em número muito maior do que aqueles que serão coroados de honra e reinarão num trono no monte Sião? “Uma estrela”, mesmo sendo uma estrela de verdade, isto é, um ser celestial, “difere em glória de outra estrela” (1Co 15.41).

Daquele estado glorioso, eterno e supremo é declarada uma sétupla perfeição (Ap 22.3-5): “Ali não haverá mais maldição” – bênção e perfeição plenas –; “nela estará o trono de Deus e do Cordeiro” – governo perfeito –; “e os seus servos o servirão” – serviço perfeito –; “e verão a sua face” – comunhão perfeita –; “e nas sua frontes estará o seu nome” – semelhança e identificação perfeitas –; “e ali não haverá mais noite” – conhecimento e força perfeitos –; “e reinarão pelos séculos dos séculos” – glória perfeita.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (131)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Temo porque os cristãos modernos são de falar muito e de fazer pouco. Usamos a linguagem do poder, mas nossas ações demonstram fraqueza.

(A. W. Tozer)

Quando compreendemos nossa fraqueza e o poder da tentação, estamos em condições de descobrir o poder da graça de Deus.

(John Owen)

Meus queridos amigos, tenham como regra geral que o Espírito de Deus não faz por nós aquilo que nós mesmos podemos fazer.

(Charles H. Spurgeon)

Os homens têm liberdade para tomar decisões em suas escolhas morais, mas também têm necessidade de prestar contas a Deus por essas escolhas.

(A. W. Tozer)

Depõe contra o servo procurar ser rico, grande e honrado neste mundo em que seu Senhor foi pobre, humilde e desprezado.

(George Muller)

As areias douradas do mundo são areias movediças.

(Thomas Watson)

A santidade é o lado visível da salvação.

(Charles H. Spurgeon)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (130)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

A gratidão enche a alma com o sol de Deus, enquanto a ingratidão fecha as janelas da alma, não permitindo que brilhe a luz de Deus, transformando a vida em neblina. Para o crente, toda circunstância deverá ser causa de louvor.

(John MacArthur Jr.)

Não há qualquer tipo de obediência que prestemos a Deus contra o qual o pecado não se oponha. E, quanto mais espiritualidade ou santidade houver no que fazemos, maior é esta oposição. Assim, aqueles que buscam oferecer o melhor a Deus são os que experimentam a oposição mais forte.

(John Owen)

Deus tornou-se tão precioso para mim que o mundo, com todos os seus prazeres, tornou-se infinitamente vil.

(David Brainerd)

Resolvi sempre refletir e me perguntar, depois da adversidade e das aflições, no que fui aperfeiçoado ou melhorado mediante as dificuldades; que benefícios me vieram por meio delas e o que poderia ter acontecido comigo, caso tivesse agido de outra maneira.

(Jonathan Edwards)

Enquanto você está mantido sob a cruz, seu inimigo não ousa se aproximar de você, o pecado não terá domínio sobre você, nem Satanás, seu acusador, lhe condenará.

(Octavius Winslow)

A batalha é quase sempre ganha na mente. É pela renovação de nossa mente que nosso caráter e nosso comportamento se transformam.

(John Stott)

A obra divina precisa ser iniciada com a iniciativa divina.

(Watchman Nee)

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Citações Gotas de orvalho Leonard Ravenhill

Gotas de Orvalho (129) – Leonard Ravenhill

Se Jesus tivesse pregado a mesma mensagem que os ministros de hoje pregam, Ele nunca teria sido crucificado.

Como você pode derrubar as fortalezas de Satanás se não tem força nem para desligar a TV?

Sabe o que me deixa perplexo? Os discípulos nunca disseram a Jesus: “Senhor, ensina-nos a pregar”.  Eles ouviram o maior sermão já pregado, pelo maior Homem que já viveu, o Sermão do Monte; mesmo assim nenhum deles disse: “Senhor, ensina-nos a pregar.” Eles nunca disseram: “Senhor, ensina-nos a operar milagres.” Eles disseram:“Senhor, ensina-nos a orar!”

Por que tarda o avivamento? A resposta é muito simples. Tarda porque muitos pregadores e evangelistas estão mais preocupados com dinheiro, fama e aceitação pessoal do que em levar os perdidos ao arrependimento.

Quantos de nós conhecemos alguém que está consciente da eternidade? O que a América precisa é alguém que passe por todas as igrejas e pregue por uma semana sobre a eternidade. Que pregue um dia sobre “o Tribunal de Cristo”; um dia sobre “o julgamento dos crentes” e um dia sobre “as bodas do Cordeiro”. Mais uma vez, eu já lhes disse antes: eu não quero só ir para o céu. Quero ir para as Bodas do Cordeiro. Eu não quero apenas ir para as bodas. Quero fazer parte da Noiva!

Eu certamente acredito em meu coração que não somos conscientes da eternidade. Vivemos para o cotidiano. Devemos viver com os valores da eternidade em vista.

Você acha que uma pessoa que está pronta para a eternidade perderia uma reunião de oração?

Vejo que Jesus está vindo para governar a terra. Não para morrer, não para ser empurrado, mas está vindo para governar a terra. A Palavra de Deus diz que pelo menos alguns irão reinar com Ele. Quem vai reinar com Ele? Os vencedores! Vencendo a tentação, vencendo o mundo, vencendo seus próprios desejos, sendo completamente controlados por Deus.

Durante anos eu encerrei todas as noites de oração do mesmo modo. Eu dizia: “Ó Senhor, não me diga naquele grande dia: ‘Ravenhill, eu tinha muitas coisas para lhe dizer, mas você não poderia suportá-las.’ Você não conta os segredos de família a seus filhos pequenos. Você quer falar com alguém que entenda.

Estou convencido, do fundo do coração, que o entretenimento é o substituto diabólico para a verdadeira alegria.


Nascido em Leeds, Yorkshire (Inglaterra), Ravenhill foi educado na Cliff College, aos pés do ministério de Samuel Chadwick. Suas reuniões durante a Segunda Guerra atraíram grandes multidões, produzindo ministros e missionários.

Era um escritor prolífico e amigo próximo de A. W. Tozer. Por meio de seu ensino e de seus livros, Ravenhill apontou as disparidades que percebia entre a Igreja do Novo Testamento e a Igreja moderna e apelou para a adesão aos princípios do reavivamento bíblico. Tozer disse de Ravenhill: “Para homens como este, a Igreja tem uma dívida muito pesada para pagar. O curioso é que ela raramente tenta pagá-la enquanto ele vive. Pelo contrário, a próxima geração constrói seu sepulcro e escreve sua biografia – como se instintivamente cumprisse a obrigação que a geração anterior, em grande medida, tinha ignorado”.

Faleceu em 27 de novembro de 1994 e foi enterrado no mesmo espaço do cantor Keith Green, seu aluno na fé.

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